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AVALIAÇÃO CLINICA 3

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RESUMO AVALIAÇÃO CLINICA 3 Após o entendimento da Enfermagem enquanto prática social que converge no conceito de promoção da saúde e, também, a partir da perspectiva ampliada de compreensão do ser humano em uma avaliação que ultrapassa o foco apenas biológico, esta unidade abordou os principais aspectos para a avaliação clínica do ser humano, algo fundamental para uma boa prática de cuidado em saúde. Abordamos os principais sistemas do corpo humano para expor o modo de desenvolvimento da anamnese e do exame físico. O conteúdo, entretanto, não se esgota: pretendemos, com esta unidade, realizar uma aproximação com terminologias e técnicas de avaliação que possam disparar o processo de raciocínio clínico do aluno. É importante notar, contudo, que a consulta às referências será fundamental para ampliar o conhecimento necessário para uma atuação profissional de qualidade. principais distúrbios de linguagem dislalia (lesões do palato): alterações de articulação das palavras; • disartria (lesões dos nervos cranianos VII, IX, X e XII): causa falhas na articulação das palavras; • dislexia: dificuldade em aprender a ler; • afasia: incapacidade de expressar a linguagem. . As agnosias referemse à incapacidade de reconhecimento de som (agnosia auditiva), de visão (cegueira cortical ou psíquica), de objetos colocados na mão (estereoagnosia), do próprio corpo em relação ao espaço (somatoagnosia), da fisionomia alheia (prosopoagnosia) ou da própria (autoprosopoagnosia) (BARROS, 2016). As apraxias (lesões nos lobos parietais e frontais) são a incapacidade de atividade gestual consciente. Podem se manifestar de diferentes modos (BARROS, 2016): • apraxia construtiva: perda da capacidade de gestos organizados (exemplo: desenhar); • apraxia ideomotora: incapacidade de gestos simples ordenados (exemplo: bater palmas); • apraxia ideatória: incapacidade de organizar gestos simples (exemplo: virar a garrafa para encher um copo); • apraxia de vestir: incapacidade de vestirse ou despirse. Notas da reatividade pupilar a ser subtraída: • Inexistente (nenhuma pupila reage ao estímulo de luz) – 02. • Parcial (apenas uma pupila reage ao estímulo de luz) – 01. • Completa (as duas pupilas reagem ao estímulo de luz): - 00 . z. O diâmetro pupilar é mantido pelo sistema nervoso autônomo (BARROS, 2016): • Parassimpático: responsável pela contração pupilar (miose). • Simpático: responsável pela dilatação pupilar (midríase). O reflexo fotomotor é resultante das funções nos nervos óptico e oculomotor. • astasia: impossibilidade de manterse em pé; • abasia: impossibilidade de andar. As sensações somáticas são divididas em (BARROS, 2016): • sensações mecanorreceptivas (sensação de tato e posição do corpo); • sensações termorreceptivas (frio/calor); • sensação de dor (ativada por qualquer fator que cause lesão no corpo). Para proceder à avaliação sensitiva, é necessário conhecer as seguintes terminologias e seus conceitos: • analgesia: ausência de sensação de dor; • hipoalgesia: diminuição da sensação de dor; • hiperalgia: aumento na sensação de dor; • anestesia: ausência de sensibilidade (mais utilizada para sensibilidade tátil); • hipoestesia: diminuição da sensibilidade; • hiperestesia: aumento da sensibilidade; • parestesia: sensação de formigamento ou adormecimento; • sensibilidade profunda: — vibratória (palestesia): avaliação com uso de diapasão; — à pressão (barestesia): avaliação com compressão digital manual. • sensibilidade cinética postural: reconhecimento das variações de postura; • estereognesia: capacidade de reconhecer um objeto pelo tato, sem o uso da visão; • agnosia tátil: incapacidade de reconhecer um objeto pelo tato, sem o uso da visão. Sons cardíacos são chamados de bulhas cardíacas (BARROS, 2016): • primeira bulha (B1) “tum”: relacionase ao fechamento das valvas mitral e tricúspide, que são as valvas atrioventriculares (AVs); • segunda bulha (B2) “tá”: está relacionada com o fechamento das valvas aórtica e pulmonar, que são as valvas chamadas semilunares. Dispneia é dificuldade respiratória. — platipneia: dificuldade de respirar na posição ereta; — ortopneia: dificuldade de respirar na posição deitada; — trepopneia: pessoa sentese mais confortável para respirar em decúbito lateral; — tiragem intercostal: depressão dos espaços intercostais em situação de dispneia intensa; pode ser unilateral ou bilateral. Alterações na eliminação urinária: • anúria: débito urinário inferior ao volume de 50 ml/dia; • oligúria: diminuição do débito urinário, geralmente inferior a 400 ml/dia; • poliúria: aumento do volume urinário acima de 1.800 ml/dia; • polaciúria: urina várias vezes, em um curto intervalo de tempo, em pequena quantidade; • nictúria ou noctúria: micção excessiva durante a noite; 72 Unidade III • enurese: perda involuntária de urina durante o sono, considerada fisiológica até os 3 anos de idade; • urgência urinária: necessidade súbita de urinar, podendo ocorrer esvaziamento involuntário da bexiga; • hematúria: presença de sangue na urina; • piúria: presença de pus na urina, tornandoa turva e com presença de sedimentos; • disúria: micção acompanhada de dor, desconforto ou queimação; • hesitação: retardo, dificuldade em iniciar a micção; • incontinência: perda involuntária de urina; • proteinúria: quantidades anormais de proteína na urina; • urina turva: alteração na coloração da urina, com perda da transparência e coloração esbranquiçada; • estrangúria: emissão lenta e dolorosa de urina; • odor fétido: odor desagradável, com fetidez propriamente dita. A pele humana é dividida em duas camadas: epiderme (camada externa) e derme (camada interna), que são separadas por uma estrutura designada membrana basal. Abaixo da derme, há tecido conjuntivo gorduroso denominado hipoderme ou subcutâneo. As células que compõem a epiderme são de vários tipos: • Ceratinócitos: produzidas pelas células da camada basal, são mais numerosas. Sintetizam a ceratina e, à medida que migram para a superfície, transformamse progressivamente, formando a cama córnea ou ceratinizada. • Melanócitos: são células especializadas presentes na camada basal e responsáveis pela síntese de melanina, um pigmento escuro cuja função é proteger a pele contra os raios ultravioletas (RUV) do Sol. • Células de Langerhans: são células imunitárias gigantes produzidas pela medula óssea e que migram para a epiderme, onde atuam como macrófagos e contribuem para a ativação do sistema imunológico (GAYTON, 2017). • Células ou discos de Merkel: estão presentes em pequena quantidade entre a epiderme e a derme, ligamse estreitamente às terminações nervosas sensitivas, atuando como receptores do tato e de pressão. • Derme papilar: situada abaixo da membrana basal da epiderme, é rica em células, capilares sanguíneos, fibras nervosas e corpúsculos táteis. Nela se encontram fibras especiais de colágeno, fibras de elastina e fibronectina, que condicionam as ondulações da junção dermoepidérmica, desempenhando papel importante na aderência entre os tecidos (BOLOGNIA; JORIZZO; RAPINI, 2003). 81 AVALIAÇÃO CLÍNICA E PSICOSSOCIAL EM ENFERMAGEM • Derme reticular: é mais densa e pobre em células, mas rica em colágeno, elastina, fibronectina, fibroblastos, histiócitos e líquido intercelular. Contém vasos sanguíneos, glândulas sebáceas e sudoríparas, receptores de pressão (corpos lamelares) e numerosas células fagocitárias que impedem a passagem de bactérias para camadas mais profundas (BOLOGNIA; JORIZZO; RAPINI, 2003). • Derme profunda: dificilmente é diferenciada da camada reticular. Essa camada penetra no subcutâneo e é composta de grandes feixes de fibras colágenas. Em sua face interna e em algumas regiões do corpo, também contém fibras musculares lisas e/ou músculos eretores dos pelos (BOLOGNIA; JORIZZO; RAPINI, 2003).

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