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HISTÓRIA, FONTES E TEMPORALIDADE ESCRAVIDÃO NO SECULO XXI: ALICIAMENTO E VULNERABILIDADE
Acadêmicos: Kelly Victoria Silva Pereira Marcia Virginia Carneiro dos Santos Rodrigo Otavio Oliveira de França Wisley Vilgner Carvalho de Barros
Pedro Henrique Boaski
Tutor Externo: Maycc Camilo
RESUMO
Este trabalho foi fundamental para entendermos o presente e planejarmos o futuro, e para isso, é preciso analisar fontes que nos permitam reconstruir os acontecimentos do passado. No entanto, a persistência da escravidão no século XXI revela a importância de uma análise crítica da temporalidade histórica, reconhecendo que algumas práticas ultrajantes ainda são perpetuadas em nossos dias. O aliciamento e a vulnerabilidade das pessoas são os principais fatores que contribuem para a continuidade da escravidão moderna, exigindo um esforço conjunto da sociedade civil, governos e organizações internacionais para o seu combate
Palavras-chave: Escravidão. Aliciamento. Vulnerabilidade.
1. INTRODUÇÃO
A história é a ciência que estuda o passado humano, suas ações, eventos, ideias e sociedades, em busca de compreender as causas e consequências desses acontecimentos. Para isso, é fundamental o uso de fontes, que são todos os vestígios deixados pelas pessoas do passado, como documentos, objetos, monumentos e relatos. Essas fontes são analisadas e interpretadas pelos historiadores, que buscam construir uma narrativa coerente sobre o passado.
No entanto, a temporalidade da história não se limita apenas ao passado distante. Infelizmente, a escravidão é uma realidade presente no século XXI, mesmo que de forma ilegal em muitos países. O aliciamento e a vulnerabilidade das pessoas são as principais causas desse problema, que muitas vezes é perpetuado por redes criminosas organizadas.
Acadêmicos: Kelly Victoria Silva Pereira, Marcia Virginia Carneiro dos Santos, Rodrigo Otavio Oliveira de França, Wisley Vilgner Carvalho de Barros.
Professor tutor externo: Maycc Camilo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – História (FLC26819HID) – Prática Interdisciplinar III- 24/04/2023.
A escravidão moderna pode assumir diferentes formas, como trabalho forçado, servidão por dívida, tráfico de pessoas e exploração sexual. Muitas vezes, as vítimas são aliciadas com promessas de emprego e melhores condições de vida, mas acabam sendo submetidas a condições degradantes de trabalho e sem possibilidade de sair da situação. É importante ressaltar que a escravidão moderna é um problema global, que afeta países desenvolvidos e em desenvolvimento. É necessário um esforço conjunto da sociedade civil, governos e organizações internacionais para combater esse problema e
garantir que todas as pessoas possam viver com dignidade e liberdade
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A história é uma ciência que se ocupa do estudo do passado humano, buscando compreender as ações, eventos, ideias e sociedades que moldaram as diferentes épocas. Para isso, os historiadores se valem de diversas fontes, que podem ser escritas, iconográficas, arqueológicas, orais, entre outras. Essas fontes são analisadas e interpretadas à luz de um contexto histórico, permitindo a construção de uma narrativa sobre o passado.
A temporalidade da história é fundamental para compreender as transformações sociais, econômicas, políticas e culturais que ocorreram ao longo do tempo. A partir do estudo das diferentes épocas, é possível identificar as permanências e mudanças que caracterizam cada período histórico.
No entanto, a escravidão moderna, presente no século XXI, apresenta uma situação paradoxal. Apesar de existir tecnologia, informação e leis que garantem a liberdade, a exploração da mão de obra continua ocorrendo, sobretudo em países periféricos e em desenvolvimento.
A escravidão contemporânea tem início no aliciamento do trabalhador em sua terra natal pelos gatos, que são uma espécie de agenciadores contratados pelos fazendeiros para transportar trabalhadores para prestarem serviços em suas fazendas. Na maioria das vezes, esses trabalhadores saem de cidades pobres da região nordeste do país, onde a miséria não lhes deixa alternativa, senão aventurar-se em busca de uma vida mais digna e confortável para si e seus familiares (esposa, filhos e pais). Alguns vão com pequenos sonhos, como o de conseguir comprar uma bicicleta, uma roupa ou um tênis de marca e/ou ter um dinheirinho para “tocar” a roça quando retornarem. Alguns são casados e outros solteiros. Segundo Audi (2005), em sua maioria, são homens (98%) entre 18 e 40 anos (75%), sendo que há menores de idade entre eles; e há uma minoria de mulheres, que são aproveitadas nos serviços domésticos, como para cozinhar
 (
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)
Uns têm o consentimento dos pais para viajar. “Saem, na maioria das vezes, com a única roupa que possuem e com apenas uma marmita que a mãe ou a esposa preparou- lhes no dia anterior”. Outros vão embora sem a bênção dos pais e saem na calada da noite, sem que eles presenciem (REZENDE, 2004, p. 113-117)
Além do medo acima citado, outro que os faz perder o sono é o de serem picados ou atacados por animais. Sem dormir direito e com a pressão da dívida que dia a dia aumenta, esses trabalhadores são levados ao stress físico e emocional. Segundo Melo (2008), nesse momento, a escravidão física dá lugar ao medo, com o consequente sequestro da subjetividade, quando a pessoa perde a sua identidade. E, fragilizado, perde o poder de lutar e de se defender dos ataques que lhe são altamente nocivos. E prossegue o autor:
[...] instaura-se, portanto, o medo de tudo e de todos. É o caos dos afetos e pensamentos, das diretrizes. É o caos lançando suas raízes tão destruidoras e profundas neutralizando as iniciativas que poderiam gerar alguma forma de superação. (MELO, 2008, p. 54).
Na dureza do sistema escravocrata, vê-se uma sociedade transformando um homem. No processo de liberdade e de recuperação da igualdade e da dignidade, ainda é a vítima que, além da sua reorganização pessoal, deverá enfrentar a resistência da coletividade, na busca incessante por sua inteira aceitação. Em resumo, sempre será o indivíduo contra o todo. A essa sugestão, aliás, já se aliava Kopytoff:
“A escravidão não deve ser definida como um status, mas sim como um processo de transformação de status que pode prolongar-se uma vida inteira e inclusive estender-se para as gerações seguintes. O escravo começa como um estrangeiro social e passa por um processo para se tornar um membro. Um indivíduo, despido de sua identidade social prévia, é colocado à margem de um novo grupo social que lhe dá uma nova identidade social.”
Uma das principais causas da escravidão moderna é o aliciamento e a vulnerabilidade das pessoas. Muitas vezes, as vítimas são enganadas por falsas promessas de emprego ou aliciadas por meio de dívidas e outras formas de coerção. A partir daí, são submetidas a trabalhos forçados, servidão por dívida, tráfico de pessoas e exploração sexual, sem terem possibilidade de sair da situação.
A luta contra a escravidão moderna exige uma abordagem multidisciplinar, que envolve ações governamentais, sociedade civil, organizações internacionais, entre outras. É necessário desenvolver estratégias que garantam a proteção dos direitos humanos, a
educação e a conscientização da população, a criação de políticas públicas que visem à prevenção e ao combate do problema, entre outras medidas
Segundo Rezende (2004, p. 184-202), além do trabalho forçado ou obrigatório realizado em condições degradantes e adversas, esses trabalhadores deparam, também, com o medo e a desconfiança entre si, ou seja, eles não têm confiança nos seus próprios colegas de serviço e nem em seus patrões e ajudantes. E, quando surge algum atrito ou briga entre os colegas, instaura-se neles o medo da retaliação, sendo que eles passam a ficar noites sem dormir, com medo de serem assassinados por aqueles.
De acordo com Rezende (2004, p. 184-202), os trabalhadores em condições análogas à escravidão enfrentam não apenas o trabalho forçado e degradante, mas também o temor e a desconfiançaem relação aos seus colegas de trabalho, bem como aos patrões e ajudantes. Em situações de conflito entre os trabalhadores, instala-se o medo de retaliação, levando-os a passar noites sem dormir, com receio de serem vítimas de violência
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi abordada a forma qualitativa visando a aproximação com a realidade sobre a qual se formulou determinada pergunta. Pois, a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. (M INAYO, 2001, p. 22).
Em seguida, quanto aos objetivos eles se darão de forma exploratória, pois este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2002, p. 41).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A escravidão no século XXI é uma realidade global que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora a escravidão tenha sido abolida oficialmente em todo o mundo, muitas pessoas ainda são forçadas a trabalhar contra sua vontade em condições desumanas e sem remuneração adequada.
A história da escravidão é longa e complexa, e suas raízes remontam a milhares de anos. A escravidão já foi legal em muitas sociedades antigas, incluindo a Grécia e Roma, e continuou a ser praticada em diferentes partes do mundo até o século XIX. A abolição da escravidão no século XIX foi um importante marco na história mundial, mas a prática de escravidão ainda persiste em muitas formas no mundo atual.
As fontes de escravidão no século XXI variam amplamente, mas muitas vezes envolvem aliciamento e vulnerabilidade. Pessoas vulneráveis, incluindo migrantes, refugiados e pessoas que vivem em extrema pobreza, são frequentemente alvo de traficantes que as enganam com promessas de trabalho ou oportunidades em outros lugares. Muitas vezes, essas pessoas são forçadas a trabalhar em condições desumanas, com salários muito baixos e sem proteção legal ou acesso a serviços básicos.
A escravidão moderna também pode ser encontrada em setores como a indústria da pesca, a mineração e a agricultura, onde trabalhadores são frequentemente submetidos a condições de trabalho perigosas e insalubres e forçados a trabalhar longas horas sem descanso ou pagamento adequado.
A escravidão no século XXI é um problema complexo que exige uma resposta global coordenada. A erradicação da escravidão exige a colaboração de governos, organizações internacionais e da sociedade civil para identificar e proteger as vítimas de escravidão e garantir que os perpetradores sejam responsabilizados. Além disso, é preciso investir na melhoria das condições de trabalho e na promoção dos direitos humanos e da justiça social para combater as raízes da escravidão moderna
5 CONCLUSÃO
A meu ver a prática do trabalho escravo no Brasil, em pleno século XXI, não foi erradicada ainda, em função de uma série de fatores que propiciam tal prática, quer seja, em primeiro, a desigualdade social e econômica, em segundo, a impunidade e, em terceiro, a reincidência.
Com desigualdade social e econômica é uma consequência da má distribuição de renda, quando uns são muito ricos e a maioria é muito pobre. No rol desses muito ricos, estão os latifundiários, proprietários de fazendas com grande extensão de terras e, por outro lado, os abaixo da linha de pobreza: os trabalhadores aliciados para prestar serviços para aqueles. Haja vista que a maioria desses trabalhadores advém de cidades e pequenos povoados pobres da região nordeste.
A história da escravidão nos lembra das lutas e conquistas dos nossos antepassados que lutaram pelo fim dessa prática, e nos mostra que ainda há muito trabalho a ser feito para erradicá-la por completo.
As fontes da escravidão moderna estão relacionadas ao aliciamento e vulnerabilidade das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, refugiados e migrantes. Essas pessoas são frequentemente enganadas com promessas de emprego e melhores condições de vida, mas acabam se tornando vítimas de tráfico humano e exploração.
Para combater a escravidão moderna, é preciso uma abordagem holística e coordenada que envolva governos, organizações internacionais, a sociedade civil e indivíduos. É preciso investir na melhoria das condições de trabalho, na proteção dos direitos humanos e no fortalecimento da justiça social. Além disso, é importante garantir que os perpetradores da escravidão sejam responsabilizados e punidos de forma adequada.
Em suma, a escravidão no século XXI é uma questão complexa e preocupante que requer esforços contínuos e colaborativos para garantir que todas as pessoas possam viver com dignidade e liberdade.
REFERÊNCIAS
AUDI, Patrícia. Combate ao trabalho escravo: avanços e desafios. Datado de 11.05.2005. Disponível em: <http://www.oitbrasil.org.br/news/artigos/ ler_artigos_php?id=753>. Acesso em: 18.04.2023.
KOPYTOFF, Igor. Slavery. Annual Review of Anthropology, v. 11, 1982.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed, São Paulo. Atlas, 2007.
MELO, Fábio de. Quem me roubou de mim? O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa. 23. ed. São Paulo: Editora Canção Nova, 2008.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

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