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Função Hepática


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Avaliação da função hepática
(The liver – o fígado)
https://www.youtube.com
Esse órgão tem um papel muito importante na fisiologia normal.
É também sítio de uma grande variedade de doenças
Situado entre o aparelho digestório e o restante do organismo, tem a enorme tarefa de manter a homeostase metabólica do corpo
Fígado
Síntese, armazenamento e metabolismo dos carboidratos.
• Síntese do colesterol.
• Síntese de triglicerídeos.
• Síntese da maioria das proteínas plasmáticas.
• Armazenamento de vitaminas lipossolúveis (A,D, E, K) e hidrossolúveis.
• Armazenamento e metabolismo de ferro, cobre e outros metais.
• Secreção da bile (que participa do metabolismo dos lipídeos).
• Destruição das hemácias.
• Metabolização de drogas.
• Desintoxicação do organismo. 
Síntese de fatores de coagulação
Funções
Possui capacidade de regeneração para a maioria das doenças hepáticas
Principais doenças hepáticas:
Insuficiência hepática
Cirrose
Icterícia e Colestase
Fígado
É a consequência clínica mais grave de uma hepatopatia
Na maioria das vezes, essa condição representa estágio final de um dano progressivo
Caracteriza-se pela perda de 80-90% da função do órgão Necrose
Insuficiência hepática
Causas:
Fármacos
Hepatite viral
Características:
	Icterícia
	Hipoalbuminemia (predispõe ao edema)
 Hiperamoniemia (falhas no ciclo da ureia)
	
Caracteriza-se pela fibrose (cicatrizes internas) e pela transformação da arquitetura do fígado em nódulos anormais
Insuficiência hepática progressiva
Causas:
Hepatite B e C
Alcoolismo crônico
Cirrose
A Icterícia é uma manifestação comum da doença hepática e resulta da retenção da bile
A formação da bile no fígado é importante para:
Via para eliminação da bilirrubina
Permite a eliminação do colesterol em excesso
Os sais biliares secretados promovem a emulsificação da gordura da dieta no intestino
Icterícia e colestase
Icterícia, cor amarela na pele e mucosas, ocorre pelo acúmulo de bilirrubina quando os níveis séricos ultrapassam 2,0-2,5 mg/dL (média plasmática é < 1,2mg/dL)
A colestase é definida como a retenção de bilirrubina e outros solutos eliminados na bile como sais biliares e colesterol devido diminuição ou interrupção do fluxo biliar
Icterícia Hemolítica
	Neste tipo, a função excretora do fígado não é afetada
	os eritrócitos sofrem hemólise rápida
 e as células hepáticas não podem excretar a bilirrubina com
a mesma velocidade em que é formada. 
Tipos de Icterícia (ver metabolismo)
A concentração plasmática de bilirrubina livre aumenta e atinge valores bem acima do normal 
A velocidade de formação do urobilinogênio no intestino aumenta e grande parte é absorvida no
sangue excretada na urina. 
As fezes e urina mostram-se escuras 
2. Icterícia Obstrutiva 
é causada por obstrução dos ductos biliares (ocorre mais facilmente por cálculos biliares) ou por lesão das células hepáticas (hepatite). 
 A velocidade de formação da bilirrubina é normal, porem a bilirrubina não pode passar do sangue para o intestino para ser convertida em urobilinogênio. 
A bilirrubina livre continua
penetrando nas células hepáticas e sofre conjugação de modo habitual. 
A bilirrubina conjugada retorna ao sangue, provavelmente devido à ruptura dos canalículos biliares congestionados
A maior parte da bilirrubina no plasma é do tipo conjugada 
há presença de bilirrubina na urina. 
 
3. Icterícia Parenquimatosa
 resultado da lesão do hepatócito seja por vírus ou drogas, podendo ser
tóxica ou autoimune.
 Apresenta o aumento da bilirrubina direta
4. Icterícia Neonatal
A)Fisiológica (devido a imaturidade hepática) 
durante a primeira semana de
vida o fígado funciona de modo deficiente e é incapaz de conjugar quantidades significativas de bilirrubina
com ácido glicurônico para a excreção da bile 
a concentração plasmática de
bilirrubina sobe de um valor normal de menos 1,0 mg/dL a uma média de 5,0 mg/dL durante os primeiros três dias de vida e, depois gradativamente volta ao normal à medida que o fígado se torna funcional. 
B)Patológica
Quando há aumento de bilirrubina livre acima de 20,0 mg/dL passa haver risco de acúmulo no S.N.C, levando a lesões irreversíveis ao recém-nascido. 
A icterícia fisiológica ou da prematuridade ocorre com muita frequência em bebês prematuros porque que eles levam muito mais tempo para conseguir excretar a bilirrubina
	Já a icterícia do leite materno ocorre em 1% a 2% de bebês alimentados ao peito,
pode ocorrer icterícia causada por substâncias que dificultam e defecação e reduzem a excreção intestinal da bilirrubina
Começa geralmente ao redor dos 4 a 7 dias de vida e pode durar de 3 a 10 semanas
Em casos de incompatibilidade de grupo sanguíneo, Rh (mãe é Rh negativo e o feto Rh positivo) ou ABO, a icterícia muitas vezes começa durante o primeiro dia de vida; a incompatibilidade de Rh causa a forma mais severa
A incompatibilidade sanguínea é prevenida com uma injeção de gamaglobulina anti-Rh à mãe nas primeiras horas após o parto 
A injeção pode impedir que ocorra a formação de anticorpos que podem colocar em risco a vida dos próximos bebês, evitando a anemia hemolítica grave das células fetais
 Após 120 dias, as hemácias são fagocitadas pelo Sistema Reticulo Endotelial (baço, fígado e medula óssea) e a fração heme da hemoglobina serve de fonte para a formação da bilirrubina, que é conjugada no fígado para depois ser eliminada na bile.
 Aproximadamente de 80% da bilirrubina formada no organismo deriva da hemoglobina de hemácias. 
Metabolismo da bilirrubina
O restante (20%) são produtos da degradação de hemoproteínas não hemoglobínicas como catalase e citocromos.
 O metabolismo hepático da bilirrubina envolve três etapas: captação, conjugação e excreção (etapa limitante e mais susceptível de falha em doenças hepáticas).
A hemoglobina é inicialmente desdobrada em globina e heme, e o anel heme é aberto, produzindo ferro livre, que é transportado pela transferrina
A primeira substancia formada é a biliverdina, que é rapidamente reduzida à bilirrubina livre, que é liberada gradualmente no plasma.
A bilirrubina livre combina-se imediatamente com a albumina plasmática e, nesta combinação, é transportada para o sangue e líquidos intersticiais. Mesmo quando ligado à proteína plasmática, esta bilirrubina é ainda denominada bilirrubina livre. 
Dentro de poucas horas, a bilirrubina livre é absorvida através da membrana celular hepática e ao passar para o interior das células hepáticas, é liberada da albumina plasmática e, pouco depois, cerca de 80%, são conjugados com ácido glicurônico para formar glicuronídeo de bilirrubina
desta forma é excretada dos hepatócitos por um processo de transporte ativo nos canalículos, biliares e em seguida, no intestino.
No intestino a bilirrubina sofre uma redução por enzimas da flora bacteriana, tornando-se urobilinogênio. Este é oxidado pelo oxigênio atmosférico, convertendo-se a urobilina, que da cor às fezes 
Por ser muito solúvel em água, uma parte do urobilinogênio é reabsorvido e eliminado na urina.
Somente a forma conjugada de bilirrubina, que é solúvel em água, é excretada pelo fígado e rins.
A forma conjugada é também denominada bilirrubina direta, solúvel em água
nas icterícias causadas por lesão hepatocelular ou hepatocanalicular, bem como na obstrução biliar externa, ocorre a eliminação urinaria de bilirrubina (urina escura), pois o pigmento retido é do tipo direto, solúvel
oxidação
Ductos biliares
urobilina
Bilirrubinas total e direta (conjugada)
Diagnóstico da icterícia 
Aminotransferases (ALT/TGP e AST/TGO)
Lesão hepatocelular em atividade aguda ou crônica; inflamação 
Fosfatase Alcalina (ALP) 
Desordens do trato biliar e hepática
 Gama Glutamil transferase (γ-GT)
Dano alcoólico, hepatopatia
 
Principais exames/significado
As aminotransferases (ou transaminases) catalisam a transferência do grupo amino ao α-cetoglutarato, dessaforma, atuam como uma ponte entre o metabolismo dos aminoácidos e carboidratos
Localização: predomínio no fígado, pequenas quantidades rins, coração e músculo 
Aminotransferase ou transaminases
Excreção Nitrogênio
O glutamato sintetizado pelo organismo para exercer funções fundamentais em diversos órgãos, inclusive no fígado, pode desempenhar um papel central no metabolismo de aminoácidos, tanto para sua síntese como para degradação
Glutamato (aa)
Os principais processos em que participa são reações de transaminação e desaminação, ciclo da uréia, ciclo de krebs, além da gliconeogênese.
 Devido a tantas funções, o glutamato é considerado por alguns pesquisadores como “o componente central do metabolismo hepático
Glutamato
Transaminases
Digestão
Degradação
Síntese
Ciclo de Krebs
Gliconeogênese
Glicólise
Lactato, Piruvato
CH
Ciclo de Krebs
O grupo amino da maioria dos aminoácidos é inicialmente retirado da molécula por um processo chamado transaminação que consiste na transferência do grupamento amino para uma molécula de alfa cetoglutarato, formando assim o glutamato. 
 Desse modo, o glutamato tem a importante função de reservar temporariamente os grupamentos amino. 
Transaminação
As reações de transaminação são catalisadas por enzimas presentes no citosol e na mitocôndria chamadas aminotransferases ou transaminases.
 O nome dado à enzima transaminase deriva do aminoácido doador do grupamento amino, por exemplo a alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase 
Alanina aminotransferase (ALT) ou 	transaminase glutâmica-pirúvica (TGP) 
citoplasma
 predomina em dano celular leve
aspartato aminotransferase (AST) ou
transaminase glutâmica-oxalacética (TGO)
Mitocôndria (80%) 
Enzimas
A hepatite viral é a infecção hepática mais comum
Na hepatite aguda e na crônica há lesão dos hepatócitos, morte celular e inflamação
AST e ALT aumentam de 1 a 2 semanas antes do início dos sintomas 
Atividade da ALT maior que da AST nas hepatites virais 
Hepatites
Cirrose: doença hepática, resultado de inflamações e agressões crônicas do fígado 
Pode levar de 10-15 anos para que o consumidor de álcool desenvolva cirrose (50-60g/dia)
1 lata de cerveja tem 17g de álcool
Colestase: resulta da obstrução dos principais ductos biliares (fluxo de bile do fígado diminui )
Atividade da AST maior que da ALT 
Cirrose hepática/ colestase
A AST catalisa a transferência de grupos amina da alanina para o cetoglutarato, com formação de glutamato e oxalacetato. Este é reduzido a malato por ação da malato desidrogenase (MDH), enquanto que a coenzima NADH é oxidada a NAD.
A conseqüente redução da absorbância em 340 ou 365 nm, monitorizada espectrofotometricamente, é diretamente proporcional à atividade da enzima na amostra.
 
			 AST					
L-Aspartato + Cetoglutarato		Oxalacetato + L-Glutamato
 
 MDH
Oxalacetato + NADH		 L-Malato + NAD
Determinação laboratorial (método cinético)
A ALT catalisa a transferência de grupos amina da alanina para o cetoglutarato, com formação de glutamato e piruvato. Este é reduzido a lactato por ação da lactato desidrogenase (LDH), enquanto que a coenzima NADH é oxidada a NAD. A conseqüente redução da absorbância em 340 ou 365 nm, monitorizada espectrofotometricamente, é diretamente proporcional à atividade da enzima na amostra.
 
Determinação laboratorial
L-Alanina + Cetoglutarato	ALT	Piruvato + L-Glutamato
 
 LDH
Piruvato + NADH	 	L-Lactato + NAD
ALT
Envolvida na transferência de aa
encontrada em maior concentração no fígado e nos rins e, em menor concentração, no baço, pâncreas, intestino, coração e cérebro. 
A determinação da atividade
dessa enzima é útil na avaliação de hepatopatias agudas e crônicas (elevação semelhante a AST) e nas colestases intra ou extra-hepáticas (obstrução dos principais ductos biliares)
Aumenta com o uso de etanol
Gama Glutamil Transferase (Ƴ-GT)
enzima que remove grupos fosfato de um grande número de moléculas diferentes, incluindo nucleotídeos e proteínas 
Localização: fígado, mucosa intestinal, baço, canalículos biliares, ossos
Aumento em doenças ósseas e fraturas (aumento discreto), 
Desordens e obstrução do ducto biliar
Fosfatase Alcalina
bilirrubina direta está associada a doença hepática e obstrução das vias biliares
Aumento da bilirrubina direta (conjugada):
deficiência na eliminação da bilirrubina na bile
Bilirrubina direta
A dosagem das bilirrubinas pode avaliar ao mesmo tempo lesão hepatocelular, fluxo biliar e função de síntese do fígado. 
Aumento da bilirrubina direta (conjugada):
deficiência na eliminação da bilirrubina na bile 
Aumento da bilirrubina indireta:
Aumento do heme ou deficiência da conjugação pelo fígado 
Icterícia é a presença de pigmento amarelado na pele, nos olhos e nos líquidos corporais, causada por um aumento da quantidade de bilirrubina no sangue 
. 
 
Bilirrubinas
VR
Bilirrubina total: (adulto) 0,1-1,0 mg/dL
Bilirrubina não conjugada: 0,2-0,8 mg/dL
Bilirrubina conjugada: 0,1-0,3 mg/dL
VR
Icterícia e colestase
A icterícia ocorre quando a retenção de bilirrubina eleva os níveis séricos a valores acima de 2 mg/dL
A hepatite e a obstruções do fluxo biliar são as causas mais comuns de icterícia,acúmulo de billirrubina conjugada
As anemias hemolíticas são as causas mais comuns de icterícia e envolve a bilirrubina não conjugada
Colestase é caracterizada pela alteração do fluxo biliar que resulta na retenção de bilirrubina
Na colestase a ALP geralmente está elevada
Resumo

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