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Tumores de vias urinárias

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Vias urinárias - Tumores 1
🔬
Vias urinárias - Tumores 
Prof. Valéria
➯ Lesões que preferencialmente ocorrem na bexiga e surgem a partir do urotélio
➯ O urotélio é localizado na pelve renal, ureter, bexiga e uretra, sendo que essas lesões são muito mais comuns na 
bexiga
Bexiga
CA de bexiga → 9º malignidades mais comums
4ª mais comum em homens
Não são dos mais comuns
Agressividade: tem um espectro de agressividade que vai de benigno a lesão de alto grau, mas a maioria se restringe a 
lesões de baixa agressividade
Lesões de prognóstico favorável
95% dos tumores surgem a partir do epitélio e são lesões uroteliais, ou de células transicionais
O epitélio que reveste a pelve renal, ureter, bexiga e uretra proximal é o EPITÉLIO TRANSCIONAL
1. Tumor de Células Transicionais
➯Classificação de 2016:
Tumor urotelial (transicional) não invasivo: 
Não infiltra lâmina própria e nem o estroma
Podem ser PLANAS OU PAPILARES (maioria PAPILARES)
Crescem de forma exofitica, sem invadir o estroma
Tumor urotelial (transicional) invasivo: 
Infiltra a lâmina própria, podendo infiltrar também a muscular própria
Prognósticos ruim quando infiltram a muscular própria (musculo detrusor) 
São mais raras
➯ Ambos têm tendência a recidiva, seja novos tumores verdadeiros ou implantes secundários dentro da bexiga (multifocal 
ou formação de clones diferentes de neoplasias)
➯ Tem como característica serem multifocais e recidivantes
Lesões precursoras:
Tumor papilar não invasivo (origem na hiperplasia urotelial papilar)
Carcinoma urotelial “in situ” plano: não tem invasão e tem uma configuração plana, um aspecto que não é 
papilomatoso → se apresenta como uma cistite (endoscopia com biópsia)
Principais fatores de risco:
Fumo: é dose dependente, principal fator de risco
Vias urinárias - Tumores 2
Exposição industrial: especialmente exposição a corantes tipo anilinas (após anos)
Esquistossomose: ovos são depositados na bexiga e desencadeiam inflamação crônica e metaplasia escamosa
A esquistossomose tem associação maior com o carcinoma epidermóide (escamoso) de bexiga
Analgésicos: sobretudo do grupo das fenacetinas por longos perigos, tem relação a nefropatia por analgésico e 
carcinoma de bexiga
Ciclofosfamida: uso crônico dessa droga imunossupressora
Irradiação: por outras lesões pélvicas por exemplo
Critérios histológicos:
Desordem arquitetural (polaridade);
Número de camadas de células;
Atipias;
Mitoses
Capacidade invasiva
➯ Epitélio normal possui de 3 a 5 camadas de células, sendo que a camada superficial é uma célula aplanada (célula em 
guarda-chuva)
➯ A bexiga contraída dá a ideia de maior número de camadas
As mitoses são excepcionais e ocorrem sempre no polo basal
A desordem estrutural está relacionada a alteração na forma e organização desse tecido
Tudo isso é levado em consideração no momento que se faz a classificação dessas lesões.
Classificação de grupos internacionais de estudo de patologia urológica, nela se divide as lesões em planas e papilares 
Vias urinárias - Tumores 3
➯ Gradação dos tumores uroteliais – ISUP/OMS
Padrões morfológicos:
➯ As células têm dois padrões de crescimento:
Papilomatosa: projeções vilosas em forma de dedo
Pode ser não infiltrativa ou infiltrativa
Papilomatosa não infiltrativa = arborescente, padrão 
couve flor
 Planas: infiltrativas ou não infiltrativas
Planas não infiltrativas = intraepitelial, in situ. 
Diagnóstico mais difícil de ser realizado.
1.1. Papiloma Urotelial:
O urotélio normalmente tem de 3 a 5 camadas de núcleos, com 
a sua polaridade preservada, sem atipias, sem mitoses 
aumentadas
LESÕES ÚNICAS
Tende a ocorrer em pacientes mais jovens e não costumam 
recidivar (é uma exceção pois a maioria dos tumores do 
urotélio recidivam)
Proliferação papilomatosa recoberta por urotelio normal
Estroma conjuntivo frouxo.
1.2. Neoplasia Urotelial de Baixo Potencial de Malignidade
Não tem atipias nem mitoses significativas
Urotélio com organização preservada
Maior número de camadas em relação ao urotélio 
normal: + de 5 camadas de células
Estroma conjuntivo fino
As papilas são delgadas e suscetíveis à ruptura, 
causando HEMATÚRIA – principal manifestação clínica
Fio no centro (pointer) = eixo conjuntivo vascular de 
sustentação dessa projeção digitiforme (papila)
Vias urinárias - Tumores 4
1.3. Carcinoma Urotelial Papilar de Baixo Grau
Desorganização observada
Mitoses frequentes no terço basal do epitélio
Uma lesão papilomatosa
1.4. Carcinoma Urotelial Papilar de Alto Grau
Desorganização evidente do urotélio
Inversão da relação núcleo citoplasma
Confluência e fusionamento das papilas
Maior número de mitoses e atipias (mitoses não só no polo basal, mas em 
qualquer ponto)
Perda de coesão celular → a células começam a se soltar
1.5. Carcinoma In Situ
Lesão plana de alto grau
Sem presença de papila
Urotelio com acentuada atipias
Perda de coesão (células se soltam) → característica de células malignas → 
área desnudada e com o urotélio solto
Há congestão, com inflamação, na lâmina própria
Na cistoscopia se apresenta como processo inflamatório (cistite) → 
quando se observa lesões multicêntricas de aspecto inflamatório na bexiga, 
deve ser feita a biópsia
Potencial significativo de romper a membrana basal e infiltrar o estroma
Pode ocorrer concomitantemente à lesão de alto grau papilomatosa ou 
único
Quando sozinho, tem menos chances de infiltrar
Pode ser multifocal
Clínica → simula uma cistite
Forma placas avermelhadas
A infiltração da muscular própria o prognostico e os procedimentos 
terapêuticos mudam drasticamente
Achados clínicos:
Hematúria não dolorosa: Pode ser intermitente, macroscópica ou 
microscópica
Perda de coesão do urotpelio
A infiltração da lâmina própria e 
submucosa
Infiltração da muscular próopria
Vias urinárias - Tumores 5
Hematúria microscópica muitas vezes e desconsiderada no paciente 
assintomático, mas é extremamente importante para o diagnóstico precoce, 
especialmente, no fumante
Aumento da frequência urinária
Urgência
Disúria
Pielonefrite
Hidronefrose
Curso clínico:
50% de recorrências em baixo grau
80-90% de recorrências em alto grau
Recorrências podem exibir maiores 
graus
Estadiamento patológico do câncer de bexiga: 
➢ 0 – é limitado a mucosa; 
➢ I – Invade a lâmina própria; 
➢ II – Invade a muscular; 
➢ III – Alcança a região perivesical; 
➢ IV – Invade próstata, útero, vagina, parede pélvica ou abdominal ou 
existem metástases em linfonodos ou a distância
Prognostico
Papilomas, Neoplasia benigna de potencial maligno 
indeterminado (NBPI) e Ca de baixo grau: 98% de 
sobrevida em 10 anos; 10% progridem para graus 
maiores
Alto grau papilar: 25% de sobrevida em 10 anos; 65% 
progridem (invasão da lâmina própria e musculo 
detrusor => potencial metastático)
➯ A infiltração da parede se presente, costuma ser 
superficial, mas na maioria das vezes não está presente
➯ A infiltração na parede é o principal fator prognóstico
➯ Sobretudo, a infiltração da muscular própria torna a 
lesão agressiva, com potencial de disseminação e 
infiltração de estruturas vizinhas e determina um fator 
prognóstico ruim
Tratamentos
Ressecção transuretral (RTU): lesões invasivas são 
tratadas assim, cistoscopia e ressecção transureteral: o 
procedimento queima e cauteriza, causando reação 
inflamatória tipo corpo estranho
Cistectomia: lesões de alto grau, quando infiltra a 
muscular própria, faz-se cistectomia parcial ou radical
BCG intravesical: em lesões que infiltraram a muscular 
própria, pode-se utilizar BCG intravesical 
É instilada na bexiga, desencadeia um processo 
inflamatório que destrói as células tumorais por 
meio de uma reação granulomatosa idêntica à 
tuberculose
Quimioterapia e radioterapia: não são curativas, têm 
resposta é limitada.
1. Carcinoma epidermoide
É comum observar carcinoma urotelial com focos de 
diferenciação escamosa
Diagnóstico é feito no componente urotelial
É um carcinoma urotelial com áreas escamosas 
junto (enquanto o carcinomaepidermoide verdadeiro 
não tem componente urotelial)
É um tumor raro, de 2 a 5% das malignidades vesicais
O diagnóstico é feito quando exclusivamente há 
componente escamos
Tende a se desenvolver em processos inflamatórios 
de longa evolução da bexiga tal como se observa na 
Adenocarcinoma
Tumor raro (1-2%), associado ao urotélio
É classificado como adenocarcinoma quando ele é 
puro adenocarcinoma, pode ser simples ou 
mucossecretor
Costuma se apresentar de uma forma dita tipo 
intestinal, que dizer, com aspecto semelhante ao 
carcinoma que surge no TGI
Geralmente, fazem parte de tumores mistos, com 
componente urotelial associado (o adenocarcinoma 
verdadeiro não tem componente urotelial, sendo raros, 
bem como os adenocarcinomas verdadeiros)
Vias urinárias - Tumores 6
esquistossomose, mas também associado a processos 
inflamatórios, irritação crônica por litíase e cateteres, 
tem associação com fumo
São mais agressivos.
Tumores Mesenquimais
➯ Podem ocorrer de diversas naturezas principalmente leiomiomas, mas podem ser lipoma, hemangiomas etc
➯ Se apresentam como neoplasias murais semelhantes aos leiomiomas em qualquer outro lugar
➯ Os sarcomas podem ocorrer, mas são incomuns
Mais frequentes são as apresentações sarcomatosas do carcinoma urotelial, ou seja, apresenta uma variante 
de diferencial celular que simula um sarcoma
Tumores Secundários
São tumores que em outros locais que infiltram a bexiga, secundariamente, por tumores pélvicos associados
Ocorre nos carcinomas intestinais, de colo do útero, próstata
Metástases são mais raras
Tumores do Ureter
➯ É incomum um tumor primário surgir a partir do urotélio do ureter
➯ Mas podemos ter tumor na bexiga, com foco em ureter, visto que são multifocais
Tumores benignos
➯ Pode ser pólipos fibroepitelial e leiomiomas
Pólipos fibroepiteliais: descreve os principais constituintes
Forma um eixo conjuntivo vascular em configuração 
polipoide, recoberto por urotélio
Apesar de ser uma lesão benigna, pode determinar 
obstrução ao fluxo, podendo comprometer função 
renal e aumentar as chances de infecção
Não é exclusivo desse local, podendo aparecer na 
cavidade oral, pele
Cura por excisão
Leiomiomas: surgem a partir da musculara lisa da parede e 
tem características semelhantes aos de outros lugares
Tumores malignos
Considerando que os dois terços proximais da uretra são revestidos por urotélio e o terço distal por epitélio 
escamoso, está relacionado a:
Papilomas escamoso ou urotelial: depende da localização, se for nos dois terços proximais é urotelial, se for no 
terço distal é escamoso.
Carcinomas: são uroteliais ou escamoso, dependendo da localização
Carúncula uretral: tem natureza inflamatória e acomete sobretudo mulheres idosas, no segmento terminal da 
uretra feminina.
Vias urinárias - Tumores 7
Tem um tecido de granulação inflamatória que tende a ter um aspecto polipoide, comumente sofre ulceração
Extremamente doloroso, mas facilmente tratada

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