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Radioproteção e Biossegurança

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Radioproteção e Biossegurança
Prof.ª Debbie Gouveia
Descrição
O conhecimento das implicações da interação dos raios X no corpo humano e no meio ambiente gerou a
edição das normas de radioproteção, das medidas de biossegurança e do descarte adequado dos resíduos
radiológicos odontológicos com objetivo de reduzir ou eliminar seus efeitos deletérios.
Propósito
Conhecer os métodos de radioproteção paciente-profissional, biossegurança e o descarte adequado dos
resíduos radiológicos é fundamental para a prevenção, redução ou eliminação da contaminação e dos
efeitos danosos causados pelas radiações ionizantes nas pessoas e no meio ambiente.
Objetivos
Módulo 1
Métodos de radioproteção
Identificar os métodos de radioproteção para o profissional e o paciente na rotina odontológica.
Módulo 2
Biossegurança e descarte de resíduos radiológicos
Descrever a biossegurança e o descarte adequado dos resíduos radiológicos na odontologia.
A radiografia é um método auxiliar de diagnóstico muito utilizada na rotina odontológica para a
realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos. Como sabemos, os exames de raios X possuem
muitas vantagens, pois permitem a rápida visualização da área que está sendo investigada, não
causam dor e, dentre os outros exames de imagem, é o mais econômico. Mas será que os raios X só
trouxeram benefícios para a humanidade?
Sabemos que, para a formação da imagem radiográfica, os raios X são absorvidos por diferentes
partes do corpo e em diferentes graus. Essa interação pode provocar efeitos prejudicais ao
organismo. Na radiologia odontológica, estudos afirmam que a radiação produzida pelos aparelhos
de raios X odontológicos são mínimas, devido às baixas doses e à dimensão da área irradiada ser
pequena, mas, ainda assim, devemos diminuir todos os riscos.
A biossegurança é considerada um conjunto de ações e protocolos, que previnem, reduzem ou
eliminam os perigos que possam causar danos à saúde e ao meio ambiente. Portanto, para que
possamos realizar os exames radiográficos na odontologia, adequadamente e em segurança,
devemos estar em um local com riscos reduzidos de contaminação, proteger o paciente, utilizar
todos os equipamentos de proteção e descartar os resíduos adequadamente, para que o meio
ambiente não seja prejudicado.
Introdução
1 - Métodos de radioproteção
Ao �nal deste módulo, você será capaz identi�car os métodos de radioproteção para o
pro�ssional e paciente na rotina odontológica.
Neste conteúdo, conhecerá a importância da radioproteção, os protocolos da biossegurança e o
gerenciamento dos resíduos produzidos que devem ser seguidos durante a rotina profissional na
radiologia odontológica, para que os agentes físicos, biológicos e químicos sejam controlados,
minimizados ou eliminados, evitando qualquer risco à sua própria saúde, bem como à dos demais
profissionais envolvidos, à do paciente e ao meio ambiente.
Orientação sobre unidade de medida
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número
e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem
seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
A importância da radioproteção
Em janeiro de 1896, após a descoberta da radiação X por Wilhelm Roentgen, o fabricante dos tubos a vácuo,
Emil Grubbé, apresentou uma dermatite na mão, devido à sua excessiva exposição aos raios X. Com isso, a
preocupação quanto aos efeitos da interação da radiação X no nosso organismo vieram à tona.
Comentário
Estudos revelaram que as consequências podem ser somáticas ou genéticas, ou seja, podem atingir o
nosso corpo e/ou o feto, causando várias doenças, como queimaduras, infertilidade, catarata, vômitos,
diarreias, queda de cabelo (alopecia), leucemia, além de induzir a câncer, mutações, anomalias genéticas,
aborto, entre outros efeitos nocivos para a saúde.
Não podemos esquecer de que os efeitos biológicos gerados com a interação da radiação ionizante
dependem da dose recebida, da frequência da exposição e da região atingida, já que cada parte do nosso
corpo reage diferentemente, por possuírem distintos níveis de sensibilidade. Em função disso, essa
sensibilidade pode ser dividida em alta, no caso dos órgãos genitais, medula óssea e trato gastrointestinal;
em média, como na pele e nos pulmões; e em baixa, como nos músculos e ossos.
Na odontologia, o risco de uma alteração biológica é muito baixo.
Exemplo
De acordo com Melo e Melo (2008), a probabilidade de uma pessoa adquirir um câncer fatal por uma
radiografia panorâmica é de 1 para 1.000.000 e por uma radiografia intraoral é de 1 para 10.000.000. Mesmo
assim, apesar de o risco ser mínimo, não podemos esquecer de que os efeitos da radiação podem ser
acumulados e devemos evitá-los.
Com essa preocupação, diferentes instituições e órgãos tomaram providências.
Veja a seguir:
Portaria nº 453
O Ministério da Saúde do Brasil, em 1998, estabeleceu as Diretrizes de Proteção Radiológica em
Radiodiagnóstico Médico e Odontológico, também conhecida como Portaria nº 453, que definiu protocolos
de segurança que garantem a qualidade nos procedimentos de radiodiagnóstico para o paciente e, ao
mesmo tempo, a proteção radiológica aos profissionais da área de saúde.
RDC nº 330
Em 2019, a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 330 instituiu os requisitos sanitários para a
organização e o funcionamento de serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista e regulamentou o
controle das exposições médicas, ocupacionais e do público, decorrentes do uso de tecnologias
radiológicas diagnósticas ou intervencionistas.
Normas da vigilância sanitária
A vigilância sanitária também preconiza normas que devem ser cumpridas na instalação dos aparelhos
radiográficos e no ambiente de trabalho odontológico. As medidas de proteção são estabelecidas desde a
fabricação até a utilização dos equipamentos e aparelhos de radiodiagnóstico, não oferecendo riscos para o
paciente.
A proteção radiológica ou radioproteção é o conjunto de medidas e procedimentos que tem como objetivo
proteger o homem, seus descendentes e o meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela
radiação ionizante. De acordo com Freitas e outros autores (2004), “as radiações não devem ser temidas, e
sim controladas”. Neste módulo, vamos conhecer as normas de proteção radiológica utilizadas na
Odontologia para o paciente e para o profissional. Vamos juntos nos radioproteger!
Princípios gerais da radioproteção
Conforme a Portaria nº 453/98 da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e a Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) nº 330/2019, para se realizar exames de radiodiagnóstico com qualidade das imagens e,
ao mesmo tempo, oferecer segurança para os pacientes e profissionais envolvidos, é necessário ter atenção
ao cumprimento dos princípios básicos da radioproteção.
No caso da Odontologia, os exames de imagem mais solicitados são, exatamente, os que utilizam a
radiação X na produção das imagens, sendo as radiografias intra e extraorais e a tomografia
computadorizada as mais utilizadas. Por conta disso, devemos conhecer e empregar os princípios de
radioproteção, com atenção especial para os seguintes aspectos:
Justi�cação
A exposição à radiação odontológica deve ser feita desde que os benefícios gerados pelos raios X sejam
maiores que os riscos de danos ao organismo. Por isso, o dentista só deve solicitar os exames
radiológicos quando realmente necessários para o diagnóstico, planejamento e/ou tratamento, sempre
pensando em evitar exposições desnecessárias ao paciente.
Otimização da proteção radiológica
Estabelece que a proteção e a segurança dos pacientes e profissionais sejam realizadas com a menor
dose possível e com a redução do número de pessoas expostas. Esse princípio também é conhecido pela
sigla ALARA, que, em inglês, significa aslow as reasonably achievable e, em português, significa “tão baixo
quanto razoavelmente exequível”. Podemos concluir que devemos utilizar a menor dose possível da
radiação para alcançar uma boa qualidade da imagem. Esse princípio deve ser aplicado durante o
planejamento, a construção e a instalação dos equipamentos radiológicos bem como no decurso dos
procedimentos para a realização dos exames.
Limitação de doses individuais
São as doses estipuladas seguras e que não podem ser ultrapassadas durante todas as atividades do
profissional (indivíduo ocupacionalmente exposto) e para as pessoas em geral (indivíduos do público),
mas não devem ser consideradas para pacientes em tratamento, em exposição da radiação ionizante, ou
seja, não há limite de dose para os pacientes.
Atenção!
A limitação da dose não deve ser utilizada como uma referência entre seguro e perigoso, já que qualquer
exposição à radiação tem potencial para causar efeitos deletérios no organismo. O pensamento deve ser
sempre a utilização da menor dose possível para a aquisição de uma boa qualidade do exame.
Antes de conhecermos os limites das doses permitidas, é necessário relembrarmos conceitos importantes.
Sendo assim, vamos vê-los a seguir:
Dose absorvida
É a quantidade de radiação ionizante depositada em certa quantidade no nosso organismo. É utilizada para
avaliar possíveis mudanças bioquímicas em partes específicas do corpo.
Dose equivalente
Usada para estimar o potencial de dano biológico decorrente da dose absorvida.
Dose efetiva
É o cálculo da probabilidade de dano ao corpo humano em virtude da combinação das probabilidades de
danos aos tecidos e órgãos irradiados. Usada para avaliar os efeitos a longo prazo sobre o corpo humano.
Os limites das doses são calculados considerando as doses efetiva e equivalente e o órgão do corpo
humano afetado pela radiação. A dose anual é a calculada no período decorrente de janeiro a dezembro de
cada ano. A média aritmética limítrofe é calculada por 5 anos consecutivos e não deve exceder 50mSv em
qualquer ano. Em circunstâncias especiais, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) poderá
autorizar um valor de dose efetiva de até 5mSv em um ano, desde que a dose efetiva média em um período
de 5 anos consecutivos não exceda a 1mSv por ano. O valor médio de aplicação é de 1cm2 de área na
região mais irradiada (CNEN, 2014).
Na tabela da CNEN a seguir, podemos visualizar as doses recomendadas.
Limites de Dose Anuais[a]
Grandeza Órgão
Indivíduo
ocupacionalmente
exposto
Indivíduo do
público
Dose efetiva Corpo inteiro 20 mSv[b] 1 mSv[c]
Limites de Dose Anuais[a]
Dose equivalente
Cristalino
20 mSv[b]
(Alterado pela
Resolução CNEN
114/2011)
15 mSV
Pele [d] 500 mSv 50 mSv
Mãos e pés 500 mSv ---
Também existem outros limites de doses individuais. No caso de gestantes expostas à radiação durante o
trabalho, elas não devem receber, a partir da notificação da gravidez, mais de 1mSv como dose efetiva
durante o resto do período de gestação. O objetivo é proteger o feto; por isso, o trabalho deve ser
readequado para que ele não seja exposto a danos biológicos. Quanto aos menores de 18 anos, eles não
podem trabalhar com a radiação X. Esse tema será abordado, de forma mais detalhada, no tópico referente
à proteção dos profissionais, mas já podemos antecipar que os limites estabelecidos não se aplicam aos
acompanhantes que, eventualmente, ajudam os pacientes. Mesmo assim, nesses casos, a dose limite é de
5mSv durante o período de exame diagnóstico.
Comentário
Sobre a prevenção de acidentes, vale destacar que nos locais que possuem fontes de radiação ionizante, é
necessário o planejamento da instalação dos equipamentos para prevenir qualquer acidente. O treinamento
de todos os envolvidos, direta e indiretamente, na operação com os raios X também é necessário para
diminuir a possibilidade de acidentes, erros humanos e problemas nos equipamentos.
Medidas adotadas para a proteção do paciente
A radioproteção é o conjunto de medidas que protegem o paciente, o profissional e o meio ambiente dos
efeitos deletérios da radiação ionizante. Para melhor compreensão, ela será dividida em radioproteção para
o paciente e para o profissional.
Quando protegemos o paciente, estamos, indiretamente, protegendo também o operador da técnica
radiográfica e toda a equipe. A Portaria nº 453 do Ministério da Saúde elenca várias medidas que podem ser
adotadas.
A primeira medida estabelecida é que a realização dos exames radiográficos só deve ser feita quando
realmente necessária para diagnóstico ou planejamento do tratamento, com o propósito de evitar exposição
desnecessária aos raios X. Também, com esse mesmo objetivo, o tempo de exposição deve ser o menor
possível, mantendo uma boa qualidade de imagem. Por isso, são necessários receptores de imagem mais
sensíveis, como os filmes intraorais ultrarrápidos, tipo E e F, que utilizam menos tempo de exposição.
Atenção!
Atualmente, com a chegada dos aparelhos digitais, ocorreu a diminuição do tempo de exposição para a
obtenção das radiografias. Nas radiografias convencionais utilizadas na odontologia, o tempo é baseado em
segundos ou décimos de segundos, enquanto, nas digitais, o tempo é em centésimos de segundos.
Muito importante tomarmos alguns cuidados para que evitemos repetir os exames. Para isso, não devemos
cometer erros na técnica e na revelação dos filmes radiográficos. Também precisamos armazená-los de
modo adequado, assim como os produtos utilizados na revelação (revelador e fixador), que devem ser
guardados longe das fontes de raios X, das altas temperaturas e protegidos das luzes naturais ou artificiais
para que não se degradem.
Atenção!
Sempre devemos observar a validade dos produtos radiográficos estipulada pelos fabricantes, com objetivo
de evitar a sua utilização deteriorada e acarretar repetições desnecessárias para o paciente.
Durante as tomadas radiográficas intraorais, o profissional deve utilizar, preferencialmente, a técnica do
paralelismo ou cone longo, que diminui o grau de distorções na imagem em relação à técnica da bissetriz, já
que o uso do posicionador permite mais facilmente a perpendicularidade do feixe primário dos raios X em
relação ao filme.
Técnica do paralelismo gera menos chances de repetições das radiografias.
Alinhadores (posicionadores) para filmes periapicais.
A utilização dos posicionadores, prendedores de filme e da técnica bite-wing são muito úteis para evitar que
o paciente tenha que segurar o filme e altere o seu posicionamento, causando imagens distorcidas e
levando a repetições. Entenda mais a seguir:
Cilindro localizador
É considerado benéfico para garantir uma proteção adicional a aproximação da extremidade do cilindro
localizador à pele do rosto paciente, com o propósito de garantir o tamanho de campo mínimo. Com
isso, temos menor área de exposição.
Radiogra�as extraorais

No caso das radiografias extraorais, deve-se utilizar tamanho de campo menor ou igual ao tamanho do
filme.
O uso de sistema de acionamento de disparo com retardo e sem fio é proibido, pois, se ocorrer algum
problema ou imprevisto durante a execução, não será possível sua interrupção, e o paciente será exposto a
mais radiação.
O profissional operador deve sempre vestir o paciente com os aventais de chumbo, com espessura de pelo
menos 0,25mm de chumbo, para proteger o tronco e a região genital e reprodutora; e colar cervical
plumbífero para proteger a tireoide.
Paciente com o colar cervical (azul) e avental de chumbo (verde).
Atenção!
Os aventais de chumbo são frágeis, portanto devem ser guardados de forma que preserve a sua integridade
em cabides apropriados ou na posição horizontal para que a folha de chumbo seja preservada e não sofra
fissuras, deixando de ser uma barreira de proteção eficiente à radiação para o paciente.
A forma adequada para guardar o avental em suporte apropriado esticado e sem dobras.
Além de necessário, é muito importante que os locaisque possuem equipamentos radiológicos, como as
clínicas radiológicas ou consultórios odontológicos, possuam avisos com orientações sobre a
radioproteção do paciente, em lugares com fácil visualização.
Placa de advertência sobre acompanhantes.
Placa de advertência sobre uso de EPI pelo acompanhante durante o exame.
Placa de advertência sobre o uso de EPI pelo paciente durante o exame.
A placa de advertência sobre a presença de radiação X.
Na porta da sala em que se realizará o exame de radiodiagnostico, deve estar fixo o aviso proibindo a entrada de pessoas não autorizadas.
Atenção!
Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez: favor informarem ao médico ou técnico antes do exame.
Agora, sobre os aparelhos radiológicos é necessário que passem por manutenção periódica para serem
calibrados e para prevenir qualquer escape de radiação. Além disso, a portaria nº 453/1998 SVS/MS e a
RDC 330 instituem requisitos obrigatórios nos aparelhos de raios X para uso odontológico que contribuem
para a proteção do paciente, dentre os quais:
Filtração
Tem como objetivo eliminar (filtrar) os raios com maior comprimento de onda, já que possuem menor
poder de penetração, não servindo para os exames radiológicos na odontologia. Essa filtração é dada
pelos discos de alumínio entre o diafragma de chumbo junto com o óleo lubrificante. Nos aparelhos
radiográficos de tensão inferior ou igual a 70kVp a espessura do filtro deve ser 1,5mm de alumínio. Os
aparelhos com tensão superior a 70kVp devem ter filtro com espessura equivalente a 2,5mm de
alumínio. Com isso, reduz-se a dose recebida pelo paciente em 50%. Na imagem, a seta indica o filtro
de alumínio localizado na saída do feixe de raios X.
Colimação
O colimador ou diafragma é um disco de chumbo que possui uma abertura central com 2,0mm de
espessura com a finalidade de reduzir a área exposta aos raios X, limitando seu campo de atuação e
diminuindo a produção da radiação secundária. Nas radiografias intraorais, o diâmetro da face exposta
não deve ser superior a 6cm. Nas radiografias extraorais, é obrigatório o uso de colimadores
retangulares. Na imagem, a seta indica o diafragma ou colimador de chumbo.
Medidas adotadas para a proteção do pro�ssional
operador e equipe
Posição de segurança para o operador durante as exposições atrás de barreiras protetoras.

Os profissionais que atuam na radiologia estão muitos expostos a receberem todos os tipos de radiação,
por isso, além de todos os cuidados que devem ter em relação à proteção dos pacientes, é necessária a
autoproteção.
Nos consultórios odontológicos, durante a realização de radiografias intraorais, o operador deve manter-se a
uma distância de, no mínimo, 2 metros do tubo e do paciente, em um ângulo entre 90° e 135° com o feixe
primário. Esse posicionamento diminui a exposição às radiações secundárias. Mas, se a rotina de trabalho
for superior a 30 mA.min (miliampere X minuto) por semana, o operador deve manter-se atrás de uma
barreira protetora com uma espessura de, pelo menos, 0,5mm equivalentes ao chumbo. Por isso, a
exigência do botão disparador ser instalado em uma cabine de proteção, ou o seu fio ter o comprimento de,
pelo menos, 2 metros para permitir que o operador o maneje e possa permanecer a essa distância do tubo e
do paciente durante a exposição.
Atenção!
O operador nunca deve se posicionar atrás do cabeçote do aparelho, devido ao risco da radiação de fuga,
nem atrás do paciente, por causa das radiações secundárias.
No caso das radiografias extraorais, como as panorâmicas ou as cefalométricas, o operador deve estar
posicionado dentro da cabine ou biombo, com visor apropriado ou sistema de televisão. A localização da
cabine deve permitir a visualização da entrada da sala para não permitir que outras pessoas entrem sem o
conhecimento do profissional.
Localização segura para o profissional durante a técnica radiográfica extraoral.
Comentário
Com o intuito de reduzir ou eliminar os efeitos danosos da radiação X no organismo humano, o operador ou
qualquer membro da equipe deve ficar atento à radioproteção e, em nenhuma hipótese, pode ficar na
direção do feixe primário nem segurar o cabeçote ou o cilindro localizador durante as exposições, tampouco
o filme radiográfico, devido às radiações secundárias.
Nos casos de impossibilidade de o paciente segurar o filme durante a tomada radiográfica, devemos pedir
para o seu acompanhante realizar o procedimento com as devidas orientações e proteções utilizando o
avental de chumbo. A seguir, veja exemplos de condutas inadequadas do operador:
Conduta inadequada do operador
Conduta inadequada do operador
Conduta inadequada do operador
Outra medida de proteção para o profissional é a dosimetria individual da radiação, ou seja, a monitoração
da exposição aos raios X durante as atividades laborais. Isso é de fundamental importância para monitorar
o nível da exposição à radiação ionizante no ambiente e no profissional da radiologia.
Dosímetro utilizado pelo profissional.
Existem vários sistemas de dosimetria, sendo mais utilizado na odontologia os filmes dosimétricos,
colocados na altura do tórax, que aferem a dose acumulada recebida pelo profissional em determinado
período. Essa leitura é realizada por empresas específicas. Sua utilização é muito importante, pois as doses
absorvidas acima dos limites aceitáveis podem causar efeitos prejudiciais ao organismo. Entenda melhor, a
seguir, como profissionais gestantes devem proceder em relação à radioproteção.
As profissionais gestantes terão um tratamento diferenciado na rotina funcional que visam a proteção do
embrião.
Como sabemos, a radiação ionizante pode causar efeitos biológicos no feto, acarretando malformações,
como deficiência mental, microcefalia, retardo no crescimento, hidrocefalia e aborto. A fase de implantação,
entre o 4º e 6º dia, é o período de maior sensibilidade celular. Por isso, a norma CNEN-NN-3.01, da
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) estabelece que a mulher grávida, ao tomar conhecimento da
sua condição, deve notificar, imediatamente, esse fato ao seu empregador, para que sejam tomadas as
medidas protetivas para preservar a saúde do embrião ou feto.
A rotina de trabalho deve ser controlada para que, a partir da notificação da gravidez, o feto não receba dose
efetiva superior a 1 mSv durante o resto do período de gestação. A Norma Regulamentadora nº 32 (NR32)
dispõe que, após a confirmação da gravidez, a trabalhadora deve ser afastada das atividades que utilizam a
radiação ionizante, devendo ser remanejada para outra atividade compatível com a sua formação, sendo
afastada das áreas controladas. Também a legislação trabalhista assegura que durante o afastamento, o
salário e todos os direitos sejam mantidos e que a profissional retorne a sua função anterior quando voltar a
trabalhar.
Segundo o professor e pesquisador Giovane de Jesus Teixeira, tecnólogo em radiologia e doutor em
radioproteção e dosimetria (IRD/CNEN), em entrevista à revista CONTER, há risco de efeitos biológicos para
o embrião ou para o feto, principalmente, se houver exposição à radiação ionizante no primeiro trimestre da
gestação.
Ainda, afirma-se que:
É de extrema importância que uma gestante seja submetida a exames que utilizam radiação
ionizante apenas quando for comprovadamente necessário. Principalmente, se estiver no primeiro
trimestre da gravidez, pois o feto tem maior nível de radiossensibilidade neste período. Uma vez
comprovada a extrema necessidade do exame, recomenda-se que o profissional utilize as técnicas
radiográficas (kV e mAs) mais otimizadas possíveis, caso essa via (radiologia), para o diagnóstico,
seja fundamental e única. A lactante, pelos mesmos motivos que não pode tingir o cabelo, deve
evitar exames de medicina nuclear, pois os radiofármacos administrados no paciente podem ser
transmitidos como conteúdo radiativo por meio da amamentação. Dependendo da meia-vida
efetiva do radioisótopo e do procedimentorealizado, pode perdurar uma contagem significativa,
gerando risco de efeitos biológicos para a criança.
(TOMAZ, 2013)
A tabela a seguir apresenta a relação dos dias pós-concepção com a dose recebida e os
efeitos causados.
Efeitos da radiação no embrião/feto conforme dose e tempo de gestação
Estágio de estação
Dias (pós-
concepção)
Limite de Dose Riscos Primários
Pré-implantação do
embrião
(parede do útero)
0-8 0,1Gy
Letalidade (50% de
risco para 1Gy de
dose)
Embrionária 9-50 0,05-0,1Gy Má-formação,
crescimento retardado,
pequeno tamanho da
Efeitos da radiação no embrião/feto conforme dose e tempo de gestação
cabeça (40% de risco
para 0,5Gy)
Feto
(estágio inicial)
51-105 0,12Gy
Pequeno tamanho da
cabeça, retardamento
mental e retardamento
no crescimento (40%
de risco por Gy)
Feto
(estágio
itermediário)
106-175 0,5Gy
Pequeno tamanho da
cabeça, retardamento
no crescimento
Feto (estágio final) >175 0,5Gy
Retardamento no
crescimento
Para terminarmos este módulo, tenha em mente que é essencial que o profissional da área radiológica
realize a monitoração individual, para verificar se a dose de radiação recebida está dentro do aceitável, por
meio da dosimetria individual e de exames complementares, como o hemograma a cada seis meses, já que
os primeiros sinais biológicos de danos da radiação no nosso organismo é a alteração da contagem dos
glóbulos sanguíneos.
Riscos da radiologia odontológica em pacientes
gestantes
Neste vídeo, você conhecerá um pouco mais sobre as principais dúvidas e os receios na utilização de
procedimentos de radiologia em pacientes gestantes.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Assinale a afirmativa que apresenta o princípio da justificação na radioproteção.
A
A proteção e a segurança das pessoas, dos pacientes e dos profissionais devem ser
realizadas com a menor dose possível e com a redução do número de pessoas
expostas.
B
A exposição à radiação odontológica deve ser feita desde que os benefícios gerados
pelos raios X sejam maiores que os riscos de danos ao organismo.
C
Esse princípio também é conhecido pela sigla ALARA, que, em inglês, significa as low as
reasonably achievable e, em português, quer dizer “tão baixo quanto razoavelmente
exequível”.
D
Nos locais que possuem fontes de radiação ionizante, é necessário o planejamento das
instalações dos equipamentos para prevenir qualquer acidente.
Parabéns! A alternativa B está correta.
O princípio da justificação determina que os indivíduos somente devem ser expostos à radiação quando
os benefícios gerados pelos raios X sejam maiores que os riscos de danos ao organismo. Já a
alternativa “proteção e segurança das pessoas, pacientes e profissionais devem realizadas com a
menor dose possível e com a redução do número de pessoas expostas” diz respeito ao princípio da
otimização, conhecido pela sigla ALARA. A prevenção de acidentes estipula que, nos locais que
possuem fontes de radiação ionizante, é necessário o planejamento das instalações dos equipamentos
para prevenir qualquer acidente. A limitação das doses individuais estabelece as doses consideradas
seguras para os profissionais e para as pessoas em geral.
Questão 2
Dentro das práticas de proteção radiológica na odontologia, assinale a alternativa que não é uma
medida adotada para a radioproteção dos pacientes.
Parabéns! A alternativa C está correta.
E Esse princípio estipula as doses limites seguras e que não podem ser ultrapassadas
durante todas as atividades do profissional e para as pessoas em geral.
A Utilização dos posicionadores radiográficos.
B Utilização do avental de chumbo.
C Utilização do filme dosimétrico.
D Utilização de filmes mais sensíveis.
E Utilização do cone localizador próximo a face.
As medidas protetoras na radiologia protegem os pacientes e os profissionais. Dentro da radioproteção
ao paciente, temos: utilização dos posicionadores radiográficos que evitam as repetições das tomadas;
utilização do avental de chumbo para proteção do tórax e gônadas; utilização de filmes mais rápidos
(mais sensíveis) para diminuir o tempo de exposição e a localização do cone localizador próximo à face
para reduzir a radiação secundária. Logo, resta apenas a utilização dos filmes dosimétricos, que são
usados pelos profissionais da radiologia para verificar o nível da exposição à radiação ionizante no
ambiente e no operador, considerado como uma medida de proteção para o profissional.
2 - Biossegurança e descarte de resíduos radiológicos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever a biossegurança e o descarte adequado
dos resíduos radiológicos na odontologia.
Preservar a saúde e o meio ambiente
Na odontologia, durante a execução da técnica radiográfica e a revelação da radiografia, existe a
possibilidade de ocorrer a contaminação, tanto das pessoas envolvidas no procedimento quanto do meio
ambiente. Durante o posicionamento do paciente e do filme radiográfico, secreções, como saliva e sangue
dos pacientes, podem entrar em contato com os aparelhos radiográficos, outros equipamentos e
superfícies, gerando a transmissão de microrganismos entre os pacientes e para os profissionais e equipe.
Com intuito de impedir essa disseminação, foram criados os protocolos de biossegurança.
Também não podemos esquecer de que o lixo decorrente da prática radiológica deve ser descartado de
forma apropriada, para que não ocorra a contaminação do ecossistema. Diante dessa preocupação,
pensando na prevenção da contaminação ambiental, foram criadas medidas para o descarte adequado dos
resíduos radiográficos.
Você quer aprender a se proteger e a descartar sem contaminar? Então, vamos juntos preservar a nossa
saúde, a do paciente e o meio ambiente!
O que é biossegurança e qual sua importância na
radiologia odontológica?
A biossegurança ou segurança biológica, na radiologia odontológica, é definida como um conjunto de ações
e procedimentos adotados nos consultórios e clínicas, que visam prevenir e proteger os profissionais, os
pacientes e o meio ambiente dos riscos da contaminação por microrganismos patogênicos.
Comentário
Temos sempre que ter em mente que um paciente aparentando possuir boa saúde não significa que esteja
livre de bactérias, vírus, fungos e protozoários. Da mesma forma, um ambiente sem sujeiras visíveis não
está, necessariamente, livre de contaminação. Os microrganismos patogênicos podem ser transmitidos da
boca do paciente para os equipamentos, aparelhos, superfícies e ambiente. Por isso, são tão importantes os
cuidados com a proteção individual e com o local onde são realizados os exames em que se utilizam os
raios X.
Vários microrganismos, como bactérias, fungos, vírus, protozoários e outros, estão presentes na nossa
boca, na saliva, nos dentes, no sangue e em outras secreções de nosso corpo. Mesmo não visíveis, eles
estão presentes na cavidade oral, podendo causar e propagar inúmeras doenças.
Sendo assim, a transmissão de doenças na rotina dos exames radiográficos na Odontologia pode ocorrer do
paciente para a equipe, da equipe para o paciente e de paciente para paciente, por meio do contato com os
aparelhos radiográficos, superfícies e durante o processamento da revelação dos filmes.
O controle das infecções na odontologia é realizado por meio de protocolos, normas e resoluções.
Mundialmente, esses protocolos são estipulados por órgãos internacionais, como: OSHA (Occupational
Safety and Health Administration), ADA (American Dental Association) e OSAP (Organization for Safety and
Asepsis Procedures). Já no Brasil, ocorre por meio da Vigilância Sanitária.
Pensando em tornar o entendimento mais fácil, o protocolo de biossegurança será dividido em preparação
do profissional e processamento dos equipamentos, dos periféricos e do consultório ou sala radiográfica
(limpeza e desinfecção).
Preparação do pro�ssional
São as medidas adotadas pelo profissional; elas começam antes do início do exameradiográfico e devem
ser seguidas no atendimento a todos os pacientes, independentemente de possuírem ou não doenças
infectocontagiosas. É um protocolo universal que deve ser utilizado na execução de qualquer exame
radiográfico na Odontologia.
Equipamentos de proteção individual (EPIs)
Durante o atendimento radiográfico, é obrigatória a utilização de luvas, máscaras, gorros, óculos de
proteção, aventais de manga longa e sapatos fechados. Essas barreiras impedem o contato direto do
operador com sangue, saliva e outras secreções do paciente.
Os protetores faciais ( face shield), muito utilizados agora na pandemia do covid-19, atuam na proteção
contra aerossóis e gotículas de saliva, principalmente quando a paciente tosse no momento do
posicionamento dos filmes intraorais. Podem ser utilizados para substituir os óculos de proteção, mas não
substituem a máscara.
Comentário
Quando o profissional estiver com as luvas, não deve atender telefones, abrir portas usando a maçaneta
nem encostar em bancadas, mesas e outros utensílios com as mãos em locais passíveis de contaminação.
Atenção!
O profissional não deve tocar os olhos, nariz, boca, máscara ou cabelo durante a realização das radiografias
e nem se alimentar ou beber na sala dos aparelhos de raios X.
Higienização das mãos
A principal via de transmissão de microrganismos durante a execução da radiografia são as mãos, pois os
microrganismos presentes nelas podem passar de uma superfície para outra, por meio de contato direto
(pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. Confira mais
detalhes a seguir:
A higienização das mãos é considerada a medida individual mais simples e menos custosa que
previne ou minimiza a contaminação dentro dos consultórios e clínicas odontológicas. A lavagem
das mãos deve ocorrer antes e após o atendimento, em água corrente com sabão comum, que deve
ser preferencialmente, líquido, para evitar a contaminação do produto.
Em 2010, a Resolução da Anvisa nº 42, criou a obrigatoriedade do uso do álcool líquido ou gel para a
higiene das mãos em todas as unidades de saúde. A fricção do álcool deve ocorrer após a lavagem
Higienização com água e sabão 
Higienização com álcool 
das mãos porque ele não substitui a limpeza das mãos.
Além do sabão comum, também podem ser utilizados os antissépticos para a higienização das
mãos. Além do álcool, outros como clorexidina, iodo/iodóforos e triclosan. A indicação de cada
substância é de acordo com a sua a ação antimicrobiana e o procedimento a ser realizado.
Saiba mais
Na rotina da radiologia odontológica, a lavagem das mãos com o sabão comum é o suficiente para prevenir
a propagação das contaminações.
Atenção!
Antes de iniciar a higiene das mãos, o profissional deve retirar relógio, pulseiras e anéis, incluindo a aliança.
As unhas devem ser mantidas aparadas e, caso use esmalte, este não deve apresentar fissuras ou
descamação.
A imagem anterior demonstra as etapas para a correta higienização das mãos: após molhar as mãos em
água corrente, devemos colocar o sabonete líquido e esfregar as palmas, em seguida, friccionar entre os
dedos, o dorso das mãos, as articulações e a ponta dos dedos, o polegar e os punhos. Para finalizar,
devemos remover o sabonete em água corrente e secar na fonte automática de ar ou com papel toalha.
Atenção!
A utilização das luvas não substitui a higienização das mãos.
Imunização
Higienização com antissépticos 
A vacina é uma forma de proteção muito eficaz na prevenção de doenças que podem causar até a morte. Os
profissionais da área da saúde estão muito expostos à contaminação biológica durante o trabalho, tendo
contato com diversos vírus e bactérias, por isso é tão importante o esquema de imunização ocupacional.
Acompanhe mais detalhes a seguir:
Principais vacinas
As principais vacinas para os profissionais que atuam na radiologia odontológica são aquelas contra
hepatite B, tétano e, atualmente, prevenção do covid-19. Outras importantes são: influenza, tríplice viral
e dupla.
Contaminação
É extremamente importante e necessário que o profissional e equipe estejam imunizados, pois, durante
o procedimento radiográfico, existe risco de potencial contaminação por esses microrganismos
patogênicos.
Processamento dos equipamentos, periféricos e consultório
odontológico ou sala radiográ�ca
A limpeza e a desinfecção de artigos e ambiente radiográficos são realizados com o objetivo de minimizar a
contaminação nas superfícies, nos equipamentos e periféricos odontológicos utilizados nas técnicas
radiográficas. Estudos revelaram que algumas bactérias e vírus, como Staphylococcus aureus e S.
pneumoniae, podem permanecer vivos por mais de 48 horas, inclusive dentro dos líquidos de revelação
radiográfica. Por isso, saber como se realizam a limpeza e a desinfecção corretamente é tão importante
para minimizar ou eliminar a propagação de doenças.
Antes de iniciarmos, é necessário saber o conceito de alguns dos processos de descontaminação.

Desinfecção
É o procedimento que elimina a maioria dos microrganismos patogênicos, menos os esporulados, dos
materiais, dos aparelhos e das superfícies. Deve ser definido o grau de desinfecção de acordo com o
artigo que será processado.
Limpeza
É a remoção, mecânica ou química, da sujeira a fim de reduzir a sua visibilidade, não importando a carga
microbiana que é removida. Deve ocorrer antes da desinfecção.
Esterilização
Trata-se da destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados.
Para sabermos qual método de descontaminação será utilizado, é necessário
conhecermos como ocorre a divisão dos materiais, que podem ser classificados da
seguinte forma:
Críticos: aqueles que entram em contato com sangue e, por isso, devem ser esterilizados ou
descartáveis, como agulhas, lâminas de bisturi e curetas cirúrgicas. Na radiologia odontológica, estes
não são utilizados.
Semicríticos: aqueles que entram em contato com mucosas e podem ser esterilizados ou desinfetados,
como filmes e posicionadores radiográficos.
Não críticos: aqueles que só entram em contato com pele íntegra, não entram em contato com a mucosa,
devem ser desinfetados ou limpos, como é o caso do cilindro localizador, do avental de chumbo, da
cadeira radiológica e do botão disparador do aparelho radiográfico.
O chão, as paredes, as divisórias e as portas da sala onde são realizadas as radiografias devem ser lavados
com água e sabão e hipoclorito de sódio. Os equipamentos e os periféricos que não podem ter contato com
água, por danificar seu funcionamento ou por serem sensíveis ao calor, devem ser desinfetados com álcool
70%, hipoclorito de sódio ou solução detergente germicida.
As superfícies mais tocadas e utilizadas, e, portanto, mais vulneráveis à contaminação, como cabeçote,
cilindro localizador e braço articulado do aparelho de raios X, disparador de raios X, posicionadores
radiográficos, painel de controle do equipamento radiográfico, cadeira odontológica, filmes radiográficos
intraorais, superfícies da câmara escura e os receptores de imagem digital intrabucal, após passarem pela
desinfecção com álcool 70%, é recomendável que sejam envolvidos por barreiras físicas de proteção, como
o filme plástico policloreto de vinil (PVC) ou sacos plásticos, que devem ser trocadas a cada paciente. Veja
os detalhes nas imagens a seguir:
Cilindro localizador e alça do cabeçote envolvidos pelo �lme PVC.
Disparador envolvido pelo �lme PVC.
O ideal é proteger as áreas que são tocadas pelo profissional durante a radiografia. A troca deve ser
realizada a cada paciente.

Após o exame, as barreiras físicas protetoras devem ser retiradas, e o álcool 70% deve ser friccionado com
papel toalha, sempre no mesmo sentido e por 3 vezes, deixando-o secar naturalmente. O avental de chumbo
e protetor de tireoide devem passar pelo mesmo processo. Os posicionadores radiográficos devem ser
lavados e esterilizados em autoclave.
Alguns autores, como Salzedaset al. (2014), sugerem que as técnicas radiográficas intraorais sejam
realizadas por meio do método a 4 mãos, ou seja, duas pessoas, operador e auxiliar. Dessa forma, o
operador com as luvas irá manusear os materiais e o aparelho radiográfico protegidos com o plástico, além
de posicionar o paciente e o filme para a exposição radiográfica. O auxiliar manuseará as superfícies livres
de contaminação e ajudará o operador na realização de suas tarefas. Esse método visa à maior eficácia de
atendimento aliado ao menor risco de contaminação cruzada.
Comentário
Também é importante que, durante o processamento radiográfico, o operador, ainda com as luvas, retire o
plástico PVC que envolve o filme radiográfico com cuidado para não contaminar a sua superfície. Com isso,
o profissional não precisará utilizar as luvas durante a revelação na câmara escura.
Alguns autores, como Salzedas et al. (2014), sugerem que as técnicas radiográficas intraorais sejam
realizadas por meio do método a 4 mãos, ou seja, duas pessoas, operador e auxiliar. Dessa forma, o
operador com as luvas irá manusear os materiais e o aparelho radiográfico protegidos com o plástico, além
de posicionar o paciente e o filme para a exposição radiográfica. O auxiliar manuseará as superfícies livres
de contaminação e ajudará o operador na realização de suas tarefas. Esse método visa à maior eficácia de
atendimento aliado ao menor risco de contaminação cruzada.
Atenção!
Todo processo de limpeza e desinfecção dos artigos, aparelhos, instrumentos e superfícies deve ser
realizado com o profissional utilizando o equipamento de proteção individual com luvas de borracha grossa
ou sobre luvas descartáveis quando possível. Não devemos esquecer dos óculos de proteção, pois os
líquidos utilizados na limpeza e na desinfecção podem respingar nos olhos durante o procedimento.
O que a pandemia do covid-19 trouxe de novo para a biossegurança na
radiologia odontológica?
O novo coronavírus, causador da síndrome respiratória aguda grave que pode levar à morte, pode ser
transmitido durante a fala, a tosse ou o espirro. Enfim, a contaminação pode ocorrer por meio das gotículas
de saliva ou pelo contato de objetos ou superfícies contaminadas com as secreções.
Diante desse cenário, é necessária a adoção de medidas mais eficazes de prevenção e controle de infecção,
a fim de evitar ou reduzir ao máximo a transmissão desse vírus. Na radiologia odontológica, a produção de
aerossóis com a tosse induzida durante o posicionamento dos filmes radiográficos intraorais e o contato
com a saliva deixa o operador mais suscetível ao risco de contaminação.
Atenção!
Vários estudos e artigos trouxeram orientações e recomendações que devem ser adotadas nesse período
crítico que estamos vivendo. Por exemplo, a orientação de que os dentistas priorizem, quando possível, a
indicação das técnicas radiográficas extraorais e optem pelos exames de imagens digitais, inclusive
realizando a sua entrega via internet, com objetivo de minimizar a exposição dos operadores às secreções
salivares dos pacientes e evitar o trânsito de pessoas, reduzindo a aglomeração de pacientes na sala de
espera. Além disso, nos casos em que não for possível a técnica extraoral, antes da realização da técnica
radiográfica intraoral, o paciente deve realizar bochecho com peróxido de hidrogênio 0,5 – 1% ou clorexidina
0,12%, com objetivo de diminuir a quantidade de microrganismos da cavidade oral.
Outra novidade é a aplicação dupla das barreiras físicas de proteção nos equipamentos, instrumentais,
materiais e superfícies que serão tocadas pelo operador durante o exame radiográfico, para evitar ou
minimizar a probabilidade da contaminação. A respeito dos equipamentos de proteção individual,
recomenda-se a utilização das máscaras faciais tipo PFF2 e jalecos de manga comprida, impermeáveis e
descartáveis.
Dessa forma, percebemos que as medidas de biossegurança foram intensificadas e devem ser seguidas,
independentemente da confirmação da infecção dos pacientes por covid-19 por toda equipe.
Descarte adequado dos resíduos radiológicos na
Odontologia
Os lixos gerados nos serviços de radiologia odontológica causam risco para a saúde pública e para os
trabalhadores, além de dano ambiental, pela possibilidade de contaminação com agentes biológicos
patológicos e químicos. Com o objetivo de reduzir ou eliminar esses efeitos deletérios, foi criado o
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS).
Atenção!
O gerenciamento de resíduos é um conjunto de medidas de descarte e manejo adequado que visam reduzir
ou impedir as consequências danosas causadas pelos resíduos de serviços de saúde, e a radiologia está
incluída nesse contexto.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) são
as instituições brasileiras competentes para estabelecer normas para o descarte adequado dos resíduos
dos serviços de saúde.
Em 2004, a Resolução da Anvisa nº 306 regulamentou os procedimentos técnicos para o
gerenciamento dos processos dos resíduos e os classificou em função dos riscos que oferecem à
saúde humana.
A Resolução Conama nº 358, publicada em 2005, trata da preservação dos recursos naturais e
estabeleceu critérios para licenciamento ambiental e instalações que realizarão o tratamento e a
destinação final dos RSS.
Resolução da Anvisa nº 306 
Resolução Conama nº 358 
Também no ano de 2005, a Norma Regulamentadora nº 32 (NR-32), publicada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, estabeleceu as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde.
A Resolução Anvisa/RDC 222, de 2018, revogou a RDC 306 e regulamentou as boas práticas de
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde e outras providências.
De acordo com a Resolução RDC nº 306, 2004, os consultórios odontológicos e as clínicas radiológicas
geram RSS, portanto devem elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
Plano este que consiste em um documento que descreve todas as ações que devem ser tomadas para o
descarte e o manejo dos resíduos contaminados, observadas suas características e seus riscos, referentes
à geração, à segregação, ao acondicionamento, à coleta, ao armazenamento, ao transporte, ao tratamento,
bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
Grupo A
Sacos para o descarte do lixo infectante.
Resíduos com risco biológico – representam risco de infecções pela possível presença de microrganismos
(agentes biológicos). Na radiologia odontológica, pertencem a esse grupo: invólucros dos filmes
radiográficos intraorais, luvas, máscaras, gorros, jalecos ou aventais descartáveis e todos os materiais
descartáveis que contenham sangue e saliva, como os plásticos de PVC utilizados como barreiras físicas de
proteção.
Norma Regulamentadora nº 32 
Resolução Anvisa/RDC 222 
Os resíduos devem ser armazenados em sacos brancos leitosos com o símbolo internacional de resíduo
infectante. É proibido seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Recipiente para o descarte do lixo infectante devidamente identificado.
Atenção!
A embalagem do filme radiográfico intrabucal (invólucro) é considerada a área mais perigosa para a
contaminação cruzada, pois fica banhada pela saliva do paciente e, algumas vezes, quando existe lesão,
também por sangue. Para evitar ou diminuir a propagação dos microrganismos, o operador deve ter muito
cuidado após a retirada do filme intrabucal da boca do paciente, apoiando-o sobre as bancadas que devem
estar protegidas pelos plásticos e papel-toalha, além de envolver o filme com PVC ou saquinhos plásticos.
Confira a seguir a imagem de invólucros dos filmes intrabucais periapicais adulto e infantil.
Grupo B
Resíduos com risco químico – representam os dejetos contendo substâncias químicas que apresentam
possibilidade de risco à saúde do trabalhador, das pessoas em geral ou ao meio ambiente. Podem sersubstâncias inflamáveis, corrosivas, reativas e tóxicas. Por isso, devem ser descartados de acordo com as
suas características físicas e químicas. Os reservatórios devem ter o nome da substância descartada.
Símbolo internacional de resíduo químico.
Na radiologia odontológica, estão incluídos nesse grupo: os reveladores e os fixadores das radiografias,
bem como o papel preto e a lâmina de chumbo do filme radiográfico.
Comentário
O revelador é composto por: água (60 – 65%); sulfito de potássio (5 – 10%); dietilenoglicol (5 – 10%); sulfito
de sódio (5 – 10%); hidroquinona (6 %); carbonato de potássio (1 – 5%). Já o fixador possui na sua
composição: água (50 – 55%); tiossulfato de amônio (32 %); acetato de sódio (1 – 5%); ácido acético (1 –
5%); ácido bórico (1 – 5%); sulfato de alumínio (1 – 5 %). Isso demonstra a quantidade de sustâncias
químicas presentes, além de outras resultantes das reações químicas para a formação da imagem
radiográfica.
Os filmes radiográficos utilizados na odontologia são compostos de uma base de poliéster recoberta por
gelatina impregnada de brometo ou iodeto de prata. Durante a revelação, o fixador dissolve os cristais de
sais halogenados de prata que não foram sensibilizados pelos raios X, que, consequentemente, transforma-
se em um grande armazenador da prata, sendo um resíduo de alto risco de contaminação sanitária, não
devendo ser despejado diretamente na rede de esgoto.
No caso das substâncias líquidas, revelador e fixador, os recipientes devem ser de vidro ou plásticos.
Normalmente, ocorre a incineração, já que não podem ser reciclados.
Bombona identificada com resíduo de revelador.
O filme radiográfico é constituído de uma base de poliéster, lâmina de chumbo, papel preto e embalado por
um envelope de plástico. Durante o processamento, o envelope de plástico deve ser descartado no lixo
infectante, e os demais serão no lixo para resíduos químicos, separadamente, em seus respectivos
recipientes.
Componentes do filme. A - Papelão preto; B - Embalagem plástica; C - Base de poliéster; D - Lâmina de chumbo.
As lâminas de chumbo descartadas podem ser pesadas e vendidas para as empresas de reciclagem ou
para serem reaproveitadas pelas fábricas que produzem os filmes radiográficos. Quem faz essa destinação
são as empresas que fazem a coleta dos lixos infectantes e extraordinários.
Saiba mais
O chumbo é um metal pesado considerado tóxico para os seres humanos, animais e meio ambiente. Seu
descarte incorreto gera a contaminação do solo e dos lençóis freáticos. Os indivíduos contaminam-se pela
ingestão dos alimentos afetados, e seu acúmulo no organismo pode causar danos às funções cerebrais, ao
sangue, aos rins, aos sistemas digestivo e reprodutor, além de produzir mutações genéticas em
descendentes.
Nesse momento, você deve estar se perguntando: “por que o papel preto tem que
ser descartado nos resíduos químicos e não no lixo comum?”
Matando sua curiosidade, pesquisadores encontraram presença de chumbo nos papéis pretos das películas
radiográficas intraorais. A concentração de chumbo detectada foi dez vezes maior do que a permitida pelo
Conselho Nacional do Meio Ambiente para materiais descartados no lixo comum. A contaminação do papel
preto ocorre quando os raios X atravessam o filme radiográfico, sendo necessário o correto descarte junto
aos resíduos químicos.
Grupo C
Resíduos com risco radioativo representam risco de contaminação por elementos radioativos. Na radiologia
odontológica, esse tipo de risco não ocorre, pois trabalhamos com equipamentos de raios X. Todavia, pode
ocorrer seu descarte indevido em função da troca do equipamento.
Atenção!
Cabe entendermos que o equipamento não é radioativo, mas sim radiativo, pois emite radiação apenas
quando acionados e conectados à rede elétrica.
Grupo D
Resíduos comuns, equiparados ao lixo domiciliar, orgânicos e recicláveis, não representam risco biológico,
químico e radiológico. Seu descarte é realizado pela coleta seletiva, caso sejam recicláveis. Na radiologia
odontológica, incluem-se nesse grupo: folhas, papéis, canetas etc., enfim, todo o lixo administrativo.
Recipiente identificado e com saco plástico para descarte do lixo comum no consultório.
O descarte individual facilita a reciclagem do lixo. Confira na imagem a seguir,
quais são os recipientes específicos para lixo comum que devem ser separados
conforme suas características.
Recipiente usado especificamente para o descarte de resíduos perfurocortantes.
Grupo E
Resíduos perfurocortantes com risco biológico. Os recipientes para o descarte devem ser caixas ou potes
rígidos com tampa. Na odontologia, entram nesse grupo: agulhas, lâminas de bisturi, brocas, limas
utilizadas para o tratamento de canal, entre outros.
Recipiente usado especificamente para o descarte de resíduos perfurocortantes.
Con�ra na imagem a seguir, a embalagem mais segura para o descarte de resíduos
perfurocortantes.
Armazenamento temporário
A retirada, o transporte e a destinação dos resíduos infectantes e extraordinários são realizados por
empresas especializadas, que efetuam o descarte correto dos resíduos gerados pelos procedimentos
radiográficos, sem causar danos ambientais ou para a saúde pública. Contudo, até a data da coleta, o lixo
deve ser armazenado dentro da clínica ou consultório. Como isso deve ser feito?
Comentário
Primeiro, temos que entender o que é o armazenamento temporário. A RDC nº 306 o definiu como: “a guarda
temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de
geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos
geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa”.
Os recipientes contendo os resíduos já corretamente acondicionados devem estar dentro de outro
reservatório, pois é proibido a colocação dos sacos ou das embalagens que serão recolhidos diretamente
sobre o piso. Também não é permitido a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos recipientes e nem seu
reaproveitamento.
Saiba mais
Os recipientes (lixeiras) que armazenam as embalagens a serem recolhidas devem ser de material rígido,
que permita ser lavada, impermeável e possuir tampa acoplada. O armazenamento temporário poderá ser
dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo seja
pequena.
Descarte de resíduos, aterros e saúde coletiva
Neste vídeo, você conhecerá um pouco mais sobre a importância dos diferentes tipos de aterros e de
resíduos despejados para a proteção da saúde pública.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Durante a realização do exame radiográfico, é possível que microrganismos sejam transferidos das
superfícies dos aparelhos e equipamentos radiológicos e contaminem o paciente. Diante dessa
situação, para minimizar ou eliminar a contaminação cruzada, algumas medidas de biossegurança são
necessárias. Marque a opção que traz uma orientação correta.
A
Parabéns! A alternativa E está correta.
Uma das preocupações na radiologia odontológica é eliminar a infecção cruzada durante os exames.
Algumas condutas podem contribuir para evitar a propagação dos microrganismos, como: lavagem das
mãos antes e após a realização das técnicas radiográficas; após calçar as luvas não abrir as portas
encostando as mãos nas maçanetas; a utilização das barreiras de proteção é uma medida de
biossegurança importante no controle de infecções, já que impede que o operador toque diretamente
nos equipamentos, aparelhos e superfícies contaminando-as; a proteção do display e botão disparador
é um exemplo da sua utilização, sendo necessária a troca das barreiras físicas de proteção e a
desinfecção de todas as áreas após a realização das radiografias de cada paciente.
Questão 2
De acordo com a norma da Anvisa, como deve ser realizado o descarte do invólucro (embalagem) do
filme intrabucal?
Não é necessário utilizar barreirasfísicas de proteção.
B As mãos podem ser lavadas somente após o procedimento.
C Após colocar as luvas, não há problemas em abrir as portas.
D
Após o exame de imagem, não é necessário realizar a desinfecção do local, pois as
áreas que são tocadas pelo operador estão protegidas com filme PVC ou sacos
plásticos.
E
É importante encapar o botão disparador do aparelho de raios X com filme PVC ou saco
plástico.
A Junto ao material perfurocortante.
Parabéns! A alternativa C está correta.
O filme radiográfico intraoral é composto por invólucro, lâmina de chumbo, papel preto e base de
poliéster. A lâmina de chumbo, o papel preto e a base de poliéster são considerados resíduos químicos.
Já o invólucro, por ser banhado pela saliva e outros fluidos orais, é considerado a parte com maior
potencial infectante; por isso, seu descarte deve ser realizado no saco branco junto aos resíduos
infectantes.
Considerações �nais
As radiografias são ferramentas auxiliares de diagnóstico muito utilizadas na odontologia, mas a radiação
ionizante emitida pode causar efeitos nocivos, tanto para o profissional e equipe quanto para o paciente, que
variam de acordo com o tempo de exposição, a parte do corpo exposta e a dose recebida. Por esse motivo,
estudamos as formas de proteger todos os envolvidos, mantendo a qualidade da imagem radiográfica.
Como você pôde perceber, o controle da infecção durante a realização dos exames radiográficos na
Odontologia é uma constante preocupação das autoridades sanitárias e dos profissionais de saúde. A
cavidade oral é um local que hospeda incontáveis microrganismos que podem ser transferidos direta ou
indiretamente para o profissional, para outros pacientes e para o ambiente radiológico. A adoção das
práticas da biossegurança por todos os profissionais, independentemente de diagnóstico confirmado de
B No saco de lixo preto, junto dos resíduos comuns.
C No saco branco, junto dos resíduos infectantes.
D No recipiente dos resíduos químicos.
E No recipiente dos resíduos radioativos.
doença infecciosa do paciente, visa minimizar ou eliminar o risco de infecções cruzadas (de um paciente
para outro) inerentes às atividades desenvolvidas durante a prática radiológica odontológica.
Também é importante que o profissional de radiologia saiba que, durante a sua rotina de trabalho, irá
produzir uma enorme quantidade de resíduos e que os materiais radiográficos podem ser perigosos,
contaminados e tóxicos para todas as formas de vida e para o meio ambiente. Por isso, é necessário o
descarte correto de cada resíduo gerado e, nesse sentido, o Plano de Gerenciamento de Resíduos dos
Serviços de Saúde (PGRSS) é muito importante para orientar o adequado manuseio e o destino para cada
um desses resíduos.
Todas essas condutas, normas e rotinas técnicas que estudamos são medidas de prevenção que devem ser
implementadas nos serviços que possuam radiologia odontológica, para que o exame de radiodiagnóstico
seja seguro em todas as etapas para paciente, profissionais e ecossistema.
Podcast
Neste bate-papo, você conhecerá um pouco mais sobre os procedimentos da quimioprofilaxia em
contaminações sanguíneas pelos profissionais.

Referências
ABBOTT, P. Are dental radiographs safe? Australian Dental Journal, v. 45, n. 3, p. 208-213, 2000.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Anvisa. Portaria nº 453: Aprova o Regulamento Técnico
que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico,
dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências. Brasília:
Ministério da Saúde, 1998.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Anvisa. RDC 42: Dispõe sobre a obrigatoriedade de
disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do
País, e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Anvisa. RDC 330: Estabelece os requisitos sanitários para
a organização e o funcionamento de serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista e regulamenta o
controle das exposições médicas, ocupacionais e do público decorrentes do uso de tecnologias
radiológicas diagnósticas ou intervencionistas. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Anvisa. RDC 1016: Aprova o Guia "Radiodiagnóstico
Médico - Segurança e Desempenho de Equipamentos". Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
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BORGES, L. C. Odontologia segura: biossegurança e segurança do paciente. Brasília, DF: ABO, 2018.
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FENYO-PEREIRA M. Radiologia odontológica e imaginologia. 2. ed. São Paulo, SP: Santos, 2019.
FREITAS, A.; ROSA, J. E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6. ed. São Paulo, SP: Artes Médicas, 2004.
MELO, M. F. B.; MELO, S. L. S. Condições de radioproteção dos consultórios odontológicos. Ciência & Saúde
Coletiva, v. 13, sup. 2, p. 2163-2170, 2008.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. MTE. NR 32: Segurança e saúde no trabalho em serviços de
saúde. Brasília, DF: Ministério do Trabalho e Emprego, 2005.
SALZEDAS, L. M. P.; OLIVA, A. H.; COCLETE, G. E.; COCLETE, G. A. Protocolo de biossegurança e
gerenciamento de resíduos no ensino de radiologia odontológica da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP. Archives of Health Investigation, v. 3, n. 6, p. 20-27, 2014.
TOMAZ, L. Afastamento de gestante das atividades com radiação continua obrigatório mesmo após a
Reforma Trabalhista. CONTER, 2017. Consultado na internet em: 12 nov. 2021.
TOMAZ, L. Especialista explica níveis seguros de exposição à radiação e questiona uso da tecnologia na
área industrial e de inspeção e segurança. Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia, CONTER, 2013.
Consultado na internet em: 12 nov. 2021.
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Para saber mais sobre como deve ser realizada a proteção radiológica na odontologia, mantendo-se a
qualidade da imagem, assista ao vídeo Proteção radiológica em Odontologia, elaborado pelo Instituto de
Radioproteção e Dosimetria (IRD) em conjunto com a Comissão de energia Nuclear (CNEN).
Uma leitura muito interessante sobre a biossegurança e o descarte adequado dos resíduos na radiologia
oral é o artigo da Leda Maria Pescinini Salzedas e colaboradores, sobre estudo realizado na Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), intitulado Protocolo de biossegurança e gerenciamento
de resíduos no ensino de radiologia odontológica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP. Leia-
o para se aprofundar nesse tema.