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Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 1 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Aula 09 Função de Direção | Liderança Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital Prof. Marcelo Soares Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 2 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Sumário SUMÁRIO ...........................................................................................................................................................2 APRESENTAÇÃO DA AULA ................................................................................................................................. 3 FUNÇÃO DE DIREÇÃO ....................................................................................................................................... 4 CONCEITO ...................................................................................................................................................................... 4 ABRANGÊNCIA DA FUNÇÃO DE DIREÇÃO ............................................................................................................................... 5 LIDERANÇA ....................................................................................................................................................... 7 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................................................... 7 Chefe x líder ............................................................................................................................................................ 11 A EVOLUÇÃO DO ESTUDO DA LIDERANÇA ........................................................................................................................... 13 TEORIAS DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE......................................................................................................................... 16 TEORIAS COMPORTAMENTAIS DA LIDERANÇA ..................................................................................................................... 17 Estilo de liderança – White e Lippitt .......................................................................................................................... 18 Pesquisas da Universidade de Ohio .......................................................................................................................... 20 Teoria Bidimensional – Pesquisas da Universidade de Michigan................................................................................. 21 Os 4 sistemas gerencias de Likert ............................................................................................................................. 22 Teoria do Grid Gerencial – Blake e Mouton ............................................................................................................... 24 TEORIAS SITUACIONAIS (CONTINGENCIAIS) ......................................................................................................................... 26 Teoria de Fiedler ...................................................................................................................................................... 27 Continuum de liderança ........................................................................................................................................... 29 Curva da maturidade de Hersey e Blanchard ............................................................................................................ 31 TEORIAS EMERGENTES DE LIDERANÇA ........................................................................................................... 33 LIDERANÇA CARISMÁTICA ............................................................................................................................................... 33 Características dos líderes carismáticos .................................................................................................................... 34 Processo de influência da liderança carismática ........................................................................................................ 39 LIDERANÇA TRANSACIONAL E TRANSFORMACIONAL ............................................................................................................ 42 RESUMO DIRECIONADO .................................................................................................................................. 47 QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................................... 52 LISTA DE QUESTÕES ....................................................................................................................................... 87 GABARITO ...................................................................................................................................................... 99 LEITURAS COMPLEMENTARES ...................................................................................................................... 100 GRAU DE INFLUENCIAÇÃO.............................................................................................................................................. 100 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 102 Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 3 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Apresentação da aula Na aula de hoje, estudaremos a função de direção de maneira mais aprofundada. Além de aprofundarmos nosso conhecimento nas características da função de direção em si, faremos também o estudo da liderança, fenômeno social tão importante dentro do contexto organizacional. A liderança é um tema atemporal. Embora há muito tempo estudada pela Administração e pela Psicologia, a liderança permanece despertando curiosidade dos pesquisadores e, assim, novas teorias e estudos continuam acontecendo. Faremos uma abordagem bastante completa, porém objetiva e direcionada. Como de costume abusaremos dos esquemas e imagens para que você associe às teorias aos seus respectivos autores. Esse tipo de conhecimento é muito importante em prova nesse assunto. Confia e vem! A Fundação Getúlio Vargas – FGV explora com uma frequência razoável a função de direção. Sugiro que dedique especial atenção aos seguintes assuntos: estilos de liderança de White e Lippit e modelo de liderança de Hersey e Blanchard. Importância da aula Legenda: : Importância mínima : Importância baixa : Importância média : Importância alta : Importância muito alta (Vai cair uma questão daqui!!!) Direcionando os estudos: assuntos mais importantes da aula, segundo a FGV • Estilos de liderança de White e Lippit • Modelo de liderança de Hersey e Blanchard “Algumas pessoas querem que algo aconteça, outras desejam que aconteça, outras fazem acontecer. Michael Jordan Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 4 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Função de Direção Conceito A função administrativa de direção se refere ao relacionamento interpessoal do administrador com seus subordinados. Em essência, dirigir pessoas significa ser capaz de motivar e liderar os subordinados. Para tanto, a comunicação é um elemento-chave. Vejamos alguns conceitos da função administrativa de direção consolidados por Idalberto Chiavenato: ▪ Dirigir significa influenciar, ou seja, é o processo de guiar as atividades dos membros da organização nas direções adequadas, envolvendo o desempenho de quatroatividades principais, liderando, motivando, atuando sobre grupos e comunicando. ▪ Dirigir é o processo de dirigir esforços coletivos para um propósito comum ▪ Dirigir é a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados por meio da atividade das pessoas e da utilização dos recursos e competências organizacionais. Algumas palavras e atividades-chave nos ajudam a identificar a função administrativa de direção, vejamos: Palavras-chave: designar pessoas, supervisão dos trabalhadores, liderar os subordinados, motivar os subordinados, indicar o comportamento dos indivíduos no sentido dos objetivos, promover o espírito de equipe. Vamos fixar esse conceito por meio de algumas questões: CESPE – FUNPRESP – Analista Administrativo – 2016) Um dos objetivos da função administrativa de direção é promover o envolvimento das equipes e estimular a motivação das pessoas para o alcance de resultados satisfatórios COMENTÁRIO: O enunciado apresenta corretamente o objetivo da função administrativa de direção, qual seja o de direcionar os esforços coletivos para um objetivo ou propósito comum. GABARITO: Certo FEPESE – JUCESC – Analista Técnico em Gestão – 2006) De forma abrangente, as funções administrativas formam o processo administrativo de uma organização. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 5 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Dentre as alternativas apresentadas abaixo, assinale a opção que representa uma das atividades da função administrativa de Direção: a) Alocar os recursos. b) Avaliar o desempenho. c) Designar as pessoas. d) Formular objetivos. e) Programar atividades. COMENTÁRIO: Alternativa A. Errado. Função administrativa de organização. Alternativa B. Errado. Função administrativa de controle. Alternativa C. Certo. Designar as pessoas é uma atividade realizada no âmbito da função administrativa de direção. Alternativa D. Errado. Função administrativa de planejamento. Alternativa E. Errado. Função administrativa de planejamento. GABARITO: C Abrangência da função de direção Assim como ocorre com todas as funções administrativas, a função de direção também abrange todos os níveis organizacionais. Em cada nível organizacional assume características peculiares, as quais podemos consolidar na tabela abaixo: Nível Organizacional Direção Conteúdo Tempo Amplitude Institucional Direção Genérica e sintética Direcionada em longo prazo Macro-orientada, aborda a organização como um todo Intermediário Gerência Menos genérica e mais detalhada Direcionada em médio prazo Aborda cada unidade organizacional em separado Operacional Supervisão Detalhada e analítica Direcionada em curto prazo Micro-orientada, aborda cada orientação em separado. Adaptado a partir de Chiavenato (2014) Feita essa contextualização sobre a função de direção, passamos ao estudo do fenômeno da liderança. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 6 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 7 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Liderança Conceito e características A Liderança pode ser descrita como um processo interpessoal de influência sobre um indivíduo ou um grupo, nos esforços para realização de um ou mais objetivos específicos. De forma mais clara, o líder é um indivíduo que consegue influenciar o comportamento de um outro indivíduo para que este atinja objetivos e metas. Essa é a ideia. Para sua prova é interessante que conheça alguns conceitos de liderança. Separei alguns conceitos trazidos pelas próprias bancas organizadoras, vejamos: ▪ Liderança é a capacidade um administrador impulsionar a atuação de outros membros da organização (FGV, CODEMA,2016) ▪ Liderança é a capacidade de influenciar indivíduos para a realização de objetivos, sendo uma característica fundamental no contexto organizacional. (FGV, COMPESA,2018) ▪ Liderança é a capacidade de influenciar o comportamento das Pessoas (CETRO, TRT 12ª Região, 2008) ▪ A liderança é a capacidade de influenciar um grupo em direção ao alcance de objetivos (VUNESP, Prefeitura SJC, 2012) ▪ Liderança é a capacidade de mobilizar pessoas para o atingimento de determinado objetivo (IADES, Metro/DF, 2014) ▪ Liderança é a capacidade de exercer influência sobre indivíduos e grupos, necessária para que organizações alcancem sua missão e objetivos. (ESAF, CGU, 2008) Perceba que as bancas centralizam o conceito de liderança na capacidade que o líder possui de influenciar as pessoas a atingir determinados objetivos. Para fins de estudo, é interessante uma análise um pouco mais aprofundada, por isso utilizaremos o conceito proposto por Chiavenato (2016): ANOTA AÍ!!! A liderança é um fenômeno que ocorre exclusivamente em grupos sociais. Ela é definida como uma influência interpessoal exercida em dada situação e dirigida pelo processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos (CHIAVENATO, 2016) Vamos desmembrar essa definição proposta por Chiavenato (2016) para tornar o conceito ainda mais claro e para aprofundarmos em alguns detalhes: Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 8 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br 1. A liderança é um processo de influência interpessoal Uma pessoa é capaz de influenciar a outra a depender do relacionamento que existe entre elas. Em Administração, conceituamos como poder o potencial de influência de uma pessoa sobre outras. Assim, uma pessoa poderosa seria uma pessoa com potencial para influenciar o comportamento de um grande número de pessoas, ainda que esse potencial não seja plenamente exercido. A questão é: de onde vem o poder? Afinal, como pessoas como Mário Sergio Cortella, grandes personagens políticos (Lula, Bolsonaro etc) são capazes de influenciar o comportamento de tantas pessoas? A doutrina da Administração, principalmente, a partir do trabalho de French e Raven e Robbins (2005), apresenta tipos de poder, ou seja, bases capazes de dotar uma pessoa de um potencial de influência sobre outras pessoas. Esses tipos de poder são classificados em dois grupos: poder formal e poder pessoal. O poder formal baseia-se na posição que o indivíduo ocupa dentro da organização e pode decorrer da (1) capacidade de coagir, (2) capacidade de recompensar, (3) autoridade formal ou (4) controle sobre as informações. O poder pessoal, por outro lado, é exercido ainda que o indivíduo não ocupe uma posição formal de poder na organização. Nesse grupo, temos: (1) poder de talento, (2) poder de referência e (3) poder carismático. Vejamos as características desses tipos de poder. Poder Formal Poder coercitivo (coerção) Baseado no medo. A pessoa se submete ao poder de outra por medo das consequências negativas do comportamento. Emana, portanto, da aplicação (ou possibilidade) de sanções. Poder de recompensa Baseia-se no benefício que a outra pessoa pode ofertar. Trata-se da oposição do poder de coerção. Uma pessoa se submete ao poder de outra porque esta pode distribuir recompensas consideradas por aquela como valiosas. Poder legítimo (de posição ou legitimidade) Representa o poder que uma pessoa recebe pela posição hierárquica formal na organização. É a aceitação social da autoridade que um cargo possui. De maneira mais prática: é o poder que o Presidente de uma empresa possui de dar ordens aos seus empregados. Poder Pessoal Poder de Perícia (Poder de competência, Poder de Talento) É a influência exercida por alguém pela perícia, por uma habilidade específica ou conhecimento que possui. É o poder exercido,por exemplo, por um professor ou especialista em determinado assunto. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 9 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Poder de referência Baseia-se na identificação com uma pessoa por esta possuir recursos ou traços desejáveis. O poder de referência emana da admiração pelo outro e do desejo de se parecer com ele. De certo modo, é bem semelhante ao carisma. Poder Carismático Alguns autores tratam poder de referência como sinônimo de poder carismático. Segundo Robbins, o poder carismático é uma extensão do poder de referência. Nesse caso, o poder emana da personalidade e do estilo de uma pessoa. O líder carismático obtém apoio dos seus seguidores porque consegue articular visões atraentes, corre riscos pessoais, demonstra sensibilidade pelo ambiente e pelas pessoas, além de ser capaz de comportamentos considerados não- convencionais. 2. A liderança acontece em uma determinada situação O grau em que uma pessoa demonstra qualidade de liderança depende não somente de suas próprias características individuais, mas também do contexto no qual se encontra. Considerando, por exemplo, o poder de perícia que um médico cardiologista exerce. Dentro de um hospital, a avaliação médica realizada por um médio cardiologista dificilmente será questionada. A opinião desse mesmo médico em um congresso internacional de médicos cardiologistas terá um peso sensivelmente menor, sendo possivelmente questionada. 3. A liderança é realizada pelo processo de comunicação humana e visa à consecução de um ou mais objetivos específicos O instrumento da liderança é a comunicação entre o líder e o liderado. Por meio da comunicação, o líder influencia o liderado a atingir determinados objetivos. APRENDENDO COM A BANCA Do que vimos fica fácil entender o porquê de a Fundação Getúlio Vargas - FGV (CODEBA, 2016), afirmar que os três elementos que definem a liderança são: pessoas, poder e influência. Vamos revisar: 1) A liderança é um processo interpessoal, ou seja, ocorre entre pessoas: líder e liderados. 2) O líder se utiliza do poder (potencial de influenciar) para, de fato, influenciar os liderados na busca pode determinados objetivos. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 10 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Assim, podemos, de fato, dizer que os três elementos da liderança são: pessoas, poder e influência. Chegou a hora de praticarmos um pouco FUMARC – CEMIG – Técnico de Gestão Administrativa – 2018) Analise as assertivas abaixo. I - Liderança é a capacidade de influenciar um conjunto de pessoas para alcançar metas e objetivos, SENDO QUE II – a origem dessa influência pode ser formal, como a que é conferida por um cargo de direção em uma organização. É CORRETO afirmar que a) I e II não tratam do tema liderança. b) I está incorreta. c) II complementa I. d) II não complementa I. COMENTÁRIO: Ótima questão para fixarmos esses aspectos iniciais. A primeira afirmação apresenta um bom conceito de liderança (capacidade de influenciar pessoas), sendo que uma das origens dessa capacidade, ou seja, desse poder é a autoridade conferida por determinado cargo. Trata-se do poder legítimo ou poder de posição ou ainda poder de autoridade formal. Gabarito: CERTO COMPEVE – UFAL – Secretário Executivo – 2011) Liderança e a capacidade de usar tipos de poder com o objetivo de influenciar de várias maneiras seus liderados. I. Poder de competência – Exercido por meio do conhecimento que o líder detém. II. Poder de referência – Relacionado às qualidades e carisma do líder. III. Poder de recompensa – Relacionado ao reconhecimento que o liderado pretende obter do líder. IV. Poder coercitivo – É exercido sob a forma de ameaças verbais ou não verbais. V. Poder legitimado – Obtido com o exercício de um cargo. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 11 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Estão corretos os itens a) I, II, III, IV e V. b) II, III e IV, apenas. c) I, II, III e V, apenas. d) III e V, apenas. e) I, III e V, apenas. COMENTÁRIO: Todas as afirmações trazem corretamente os tipos de poder. Ótima questão para fixarmos esses conceitos. Gabarito: A Chefe x líder Um ponto importante e muito explorado em provas é que a liderança não está necessariamente relacionada a chefia. “Como assim Marcelo?” Ser chefe significa ocupar uma posição hierarquicamente superior dentro da estrutura organizacional. Assim, João será o chefe de Pedro, por exemplo, se ocupar um cargo (autoridade formal) que possui poder de autoridade perante Pedro, ou seja, poder de dar ordens e exigir cumprimento delas. O fato de poder dar ordens não torna João necessariamente um líder. A liderança está baseada na influência e isso não necessariamente decorre da autoridade formal (poder legítimo). Acabamos de ver que existem diferentes tipos de poder, certo? Então, o chefe seria aquele indivíduo que se baseia exclusivamente no poder de autoridade (legítimo) para determinar o comportamento dos subordinados. O líder influencia os liderando independentemente de possuir ou não um cargo, ou seja, a liderança não se baseia necessariamente no poder legítimo e pode ser exercida também pelo poder carismático ou de perícia, por exemplo. Então, guarde uma coisa para o resto da sua vida: o chefe não necessariamente é um líder. Diversos autores traçaram distinções no comportamento do indivíduo que é apenas chefe (possui autoridade formal, mas não exerce liderança) do comportamento do indivíduo que atua como um líder. Essas diferenças são frequentemente exploradas em provas, a partir da obra de Bennis (1996): CHEFE LÍDER Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 12 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Baseia o comportamento na autoridade formal X Baseia o comportamento na confiança e no relacionamento com as pessoas Exerce o controle Inspira confiança, motiva e incentiva os liderados Faz certo as coisas (eficiente) Faz as coisas certas (eficaz) Tem perspectiva de curto prazo Prioriza o longo prazo Administra Inova Foca as atividades (como e quando as coisas devem ser feitas) Foca, primordialmente, nas pessoas CONSUPLAN – TSE – Analista Judiciário – 2012) Considerando a dicotomia gerente vs. líder nos estudos sobre liderança, corresponde a um líder no sentido contemporâneo do termo aquele que: a) prioriza fazer as coisas da maneira certa. b) pergunta, principalmente, como e quando as coisas devem ser feitas. c) focaliza as pessoas, primordialmente. d) mantém, preferencialmente, os olhos na base da organização. COMENTÁRIO: Alternativa A. Errado. Característica do chefe (gerente). Alternativa B. Errado. Característica do chefe (gerente). Alternativa C. Certo. O foco nas pessoas é característica do líder. Alternativa D. Errado. O líder mantém os olhos nos objetivos estratégicos da organização. Gabarito: C CESBRASPE(CESPE) – DEPEN – Agente Penitenciário – 2015) Liderança é a capacidade de uma pessoa, designada para um cargo de direção na organização, influenciar outra para alcançar metas e objetivos. COMENTÁRIO: A liderança, diferentemente da chefia, não está vinculada a um cargo de direção na organização. A liderança está vinculada, na verdade, à capacidade de influenciar o comportamento. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 13 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Gabarito: ERRADO A evolução do estudo da Liderança Agora que já sabemos tudo sobre o conceito de liderança e suas características vamos começara estudar as classificações da liderança. Antes disso, contudo, acho importante que você compreenda como ocorreu a evolução do estudo da liderança. Inicialmente, as primeiras hipóteses formuladas pelos estudiosos de Administração era que as pessoas nasciam líderes, ou seja, existiria um fator genético, uma espécie de “dom” inato que fazia com que determinados indivíduos possuíssem uma forte habilidade em influenciar outras pessoas. Presumindo que isso era verdade e considerando que a liderança é um aspecto fundamental para o desenvolvimento de organizações, os primeiros estudos buscaram mapear quais seriam as características de personalidade de um líder. A ideia era que ao ter isso mapeado, as organizações conseguiriam recrutar e selecionar líderes e com isso obter melhores resultados. Esse esforço inicial foi consolidado no que conhecemos hoje como Teoria dos Traços. A partir de diversas pesquisas científicas com destaque especial para as pesquisas desenvolvidas na Universidade de Ohio nos Estados Unidos, percebeu-se que a liderança não decorre exclusivamente de traços de personalidade, podendo ser aprendida e desenvolvida. Assim, seriam, na verdade, os comportamentos adotados pelo líder os fatores determinantes para uma boa liderança. Dessa forma, buscou-se mapear os comportamentos dos líderes na busca de identificar quais são os comportamentos do líder e qual seria o comportamento que produziria o melhor resultado. Desses esforços, temos as chamadas teorias comportamentais da liderança. Essas teorias, essencialmente, buscam enquadrar o comportamento dos líderes dentro de determinados modelos para que possam ser comparados. Após os modelos de liderança terem sido identificados, quantificados e mapeados percebeu-se por meio de testes empíricos (testes práticos nas empresas) que não existia um melhor comportamento do líder, ou seja, não existia uma única forma correta de liderar. Pelo contrário, a efetividade da liderança estava relacionada ao contexto no qual era ela estava inserida. Determinados indivíduos mostram-se extremamente hábeis na liderança em determinadas empresas e catastróficos em outras empresas. A partir desse momento, os estudos da Administração passam a buscar identificar quais variáveis dentro do contexto que são decisivas para que o líder defina o seu comportamento e, assim, consiga produzir os melhores resultados. Essas pesquisas deram origem ao que conhecemos como teorias contingenciais da liderança. Existe ainda estudos recentes e ainda incipientes sobre novas formas de liderar. Esses estudos têm dado origem ao que costumeiramente denominamos de novas abordagens de liderança ou abordagens emergentes de liderança. Como são pesquisas relativamente recentes temos pouco conteúdo, sendo relevantes apenas que você tenha uma visão geral. Gosto de fazer essa contextualização para que consiga compreender, de fato, as teorias da liderança e como o conhecimento em Administração é construído tijolinho por tijolinho. Cria-se uma hipótese, realizam-se vários testes estatísticos e empíricos e, por fim, valida-se uma teoria. Posteriormente, acrescentam-se novas variáveis, mais e mais testes e se consegue obter uma nova teoria que retrata um pouco melhor a complexidade do ambiente organizacional. Na obra de Chiavenato (2016) temos um quadro que sintetiza as diversas abordagens da liderança: Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 14 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 15 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Teoria dos traços Foco nas características da personalidade do líder Teorias comportamentais Foco nos estilos de liderança diante dos seguidores Teorias contingenciais Foco na adequação do comportamento do líder às diferentes características situacionais A partir dessa visão geral vamos estudar em detalhes cada uma das principais teorias de liderança, as quais estão dispostas no esquema abaixo: FCC – PGE/MT – Administrador – 2016) Os conceitos de liderança e a forma de aplicá-los vêm se desenvolvendo ao longo dos anos, impactando a maneira de conceber a figura do líder. Nesse contexto, emergem as Teorias de Estilos de Liderança, também chamadas Teorias Comportamentais, nas quais se sustenta que a) os líderes possuem habilidades inatas, ligadas ao desempenho da tarefa, não passíveis de serem desenvolvidas. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 16 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br b) os traços de personalidade, como o carisma, são determinantes para a construção da liderança. c) existem características individuais, de natureza universal, relativas à liderança, notadamente os traços intelectuais. d) o que determina o desenvolvimento do líder são as contingências apresentadas pelo ambiente. e) a liderança não decorre exclusivamente de traços de personalidade, podendo ser aprendida e desenvolvida. COMENTÁRIO: O enunciado está tratando sobre as teorias comportamentais, ou seja, as teorias que estudaram e mapearam os comportamentos dos líderes a fim de identificar qual deles seria o melhor estilo de liderança. Alternativa A. Errado. Alternativa construída a partir das ideias da teoria dos traços. Alternativa B. Errado. Alternativa construída a partir das ideias da teorias dos traços. Alternativa C. Errado. Alternativa construída a partir das ideias da teorias dos traços. Alternativa D. Errado. Alternativa construída a partir das ideias das teorias contingenciais (teorias que sugerem que não existe um melhor tipo de liderança. Tudo depende do contexto no qual a liderança é exercida). Alternativa E. Certo. As teorias comportamentais rompe com as ideias de que a liderança seria respondida exclusivamente por meio de traços inatos de personalidade. Propõe-se, na verdade, que a liderança é uma decorrência dos comportamentos do líder, os quais podem ser aprendidos e desenvolvidos. Gabarito: E Teorias dos traços de personalidade A primeira das teorias da Administração sobre liderança. Pressupunha-se que algumas pessoas eram, naturalmente, extrovertidas, comunicativas, carismáticas e, assim, simplesmente nasciam como líderes. Enquanto outras pessoas, menos afortunadas, nasciam para ser liderados. ANOTA AÍ!!! A teoria dos traços propõe que os líderes possuem características intrínsecas de personalidade que os tornam capazes de influenciar outras pessoas. Ainda presente no imaginário popular, essa teoria caiu em descrédito à medida que se percebeu que grandes líderes não compartilhavam necessariamente das mesmas características. Margareth Thatcher e Adolf Hitler, por exemplo, foram capazes de influenciar milhares de pessoas e alterar os rumos da história mesmo não possuindo carisma e sendo introvertidos. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 17 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Apesar de pouca utilidade prática, essa teoria ainda é muito cobrada em concursos públicos. Vamos tentar algumas questões: CESPE – STJ – Analista – 2012) Teorias baseadas em traços de personalidade visam determinar as características pessoais de bons líderes. COMENTÁRIO: O enunciado reproduz corretamente a essência da teoria dos traços de personalidade: busca determinar as características pessoais de bons líderes. Baseia-se na ideia de que indivíduos nascem como líderes em razão de características inatas. Gabarito: CERTO FGV – COMPESA – Analista de Gestão de Pessoas – 2018) Liderança é a capacidade de influenciar indivíduos para a realização de objetivos, sendo uma característica fundamental no contexto organizacional. Concernente aos estudos desse tema, a teoriados traços afirma que a liderança a) está relacionada com o contexto organizacional. b) deve ser conquista por meio da coerção. c) depende de características intrínseca da personalidade do indivíduo. d) está associada a um conjunto de fatores vinculados ao amadurecimento da força de trabalho. e) pode ser exercida apenas em situações em que existe um processo democrático na delegação de tarefas. COMENTÁRIO: A teoria dos traços propõe que os líderes possuem características intrínsecas de personalidade que os tornam capazes de influenciar outras pessoas. Gabarito: C Teorias comportamentais da liderança As teorias comportamentais buscam identificar e mapear os comportamentos dos líderes e como esses comportamentos influenciam em diferentes aspectos, tais como: processo decisório, divisão do trabalho, produtividade etc. Existem cinco teorias comportamentais relevantes para concursos públicos: 1. Estilos de liderança de White e Lippitt 2. Lideranças segundo a Universidade de Ohio 3. Teoria Bidimensional (Lideranças segundo a Universidade de Michigan) 4. Os 4 sistemas gerencias de Likert 5. Teoria do Grid Gerencial de Blake e Mouton Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 18 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Vamos estudá-las em detalhes a partir de agora Estilo de liderança – White e Lippitt Tópico muito cobrado em provas!! Essa é a classificação mais famosa de liderança. Os resultados de White e Lippitt tiveram uma enorme repercussão nos Estados Unidos e foram responsáveis por um intenso debate acadêmico e a revisão de muitas práticas de gestão de pessoas. Os autores criaram um modelo que enquadrava os líderes dentro de três estilos de liderança: líder autocrático, líder democrático e líder liberal. Esse enquadramento era realizado a partir das atitudes dos líderes em relação à tomada de decisão, divisão do trabalho, atuação do líder e programação do trabalho, conforme exposto no quadro abaixo: Liderança autocrática Liderança liberal Liderança democrática Tomada de decisão Apenas o líder decide e fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. Total liberalidade para a tomada de decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e assistido pelo líder Programação dos trabalhos O líder determina providências para a execução das tarefas, uma por vez, na medida em que são necessárias e de modo imprevisível para o grupo A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas alternativas ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que solicitadas. O próprio grupo esboça providências e técnicas para atingir o alvo com o aconselhamento técnico do líder. As tarefas ganham novos contornos com os debates. Divisão do trabalho O líder determina qual a tarefa que cada um deverá executar e qual será seu companheiro de trabalho. Tanto a divisão das tarefas como a escolha dos colegas ficam por conta do grupo. Absoluta falta de participação do líder. A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus próprios colegas Participação do líder O líder é pessoal e dominador nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada um. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso das coisas. Faz apenas comentários quando perguntado. O líder procura ser um membro normal do grupo. É objetivo e estimula com fatos, elogios ou críticas Ênfase Ênfase no líder Ênfase nos subordinados Ênfase nos líderes e subordinados Fonte: Chiavenato (2016) Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 19 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Após criarem esse modelo, White e Lippit avaliaram os resultados desses estilos de liderança em relação à produtividade, qualidade e satisfação dos liderados. Chiavenato (2016, p.134) sintetiza muito bem os resultados obtidos: “Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram maior volume de trabalho, produzido com evidentes sinais de tensão, frustração e agressividade. Sob liderança liberal, os grupos não se saíram bem quanto à quantidade e à qualidade, com sinais de forte individualismo, desagregação do grupo, insatisfação, agressividade e pouco respeito ao líder. Com a liderança democrática, os grupos não chegaram a apresentar um nível quantitativo de produção tão elevado como quando submetidos à liderança autocrática, porém a qualidade do seu trabalho foi surpreendentemente melhor, acompanhada de um clima de satisfação, integração grupal, responsabilidade e comprometimento das pessoas. A partir dessa pesquisa, passou-se a defender intensamente o papel da liderança democrática – perfeitamente compatível com o espírito americano da época – extremamente comunicativa, que encoraja a participação das pessoas, é justa e não arbitrária, preocupando-se igualmente com os problemas das tarefas e das pessoas” Para fins de provas, o que você precisa saber são as características de cada estilo de liderança. Vamos tentar algumas questões: FEPESE – TCE/SC – Auditor Fiscal de Controle Externo – 2006) As teorias sobre estilos de liderança estudam a liderança em termos de estilos de comportamentos do líder em relação aos seus subordinados. Dentre os estilos de lideranças pode-se destacar o autocrático, democrático e liberal. Assinale abaixo a alternativa que representa o comportamento do líder democrático: a) Apenas o líder fixa as diretrizes sem qualquer participação do grupo. b) As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. c) A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem. d) O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho. e) Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. COMENTÁRIO: Alternativa A. Errado. Característica do líder autoritário. Alternativa B. Certo. O apoio e a assistência do líder no estabelecimento das diretrizes é característica do líder democrático. Alternativa C. Errado. Característica do líder liberal. Alternativa D. Errado. Característica do líder autoritário. Alternativa E. Errado. Característica do líder liberal. GABARITO: B Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 20 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br IADES – CRF/DF – Assistente Administrativo – 2017) Os estilos de liderança podem ser classificados em três tipos: autocrático, democrático e liberal. Em relação a esse tema, assinale a alternativa correta. a) Na liderança democrática, a autoridade está concentrada somente no líder e os integrantes do grupo não influenciam na tomada de decisão. b) A chefia que exerce um mínimo de controle sobre as atividades do grupo é uma liderança autocrática. c) Na liderança liberal, a chefia possui uma atuação mais diretiva e exige obediência do grupo às decisões impostas. d) Na liderança democrática, o líder abdica deliberadamente do poder de tomar determinadas decisões, já que a tomada de decisões é transferida integralmente aos liderados. e) Na liderança autocrática, em virtude do comportamento do líder, os grupos podem apresentar sinais de tensão, descontentamento e frustação. COMENTÁRIO: Alternativa A. Errado Na liderança democrática autocrática, a autoridade está concentrada somente no líder e os integrantes do grupo não influenciam na tomada de decisão. Alternativa B. Errado. A chefia que exerce um mínimo máximo de controle sobre as atividades do grupoé uma liderança autocrática. Alternativa C. Errado. Na liderança liberal autocrática, a chefia possui uma atuação mais diretiva e exige obediência do grupo às decisões impostas. Alternativa D. Errado. Na liderança democrática liberal, o líder abdica deliberadamente do poder de tomar determinadas decisões, já que a tomada de decisões é transferida integralmente aos liderados. Alternativa E. Certo. Os resultados da pesquisa desenvolvida por White e Lippit demonstraram que a liderança autocrática trazia prejuízos psicológicos aos subordinados. GABARITO: E Pesquisas da Universidade de Ohio Os autores dessa pesquisa dividiram os estilos de liderança em dois grandes grupos: a) Líderes focados na dimensão de estrutura e organização do trabalho, bem como nas tarefas a serem realizadas de modo a estabelecer metas, prazos e padrões de desempenho. Esse grupo foi classificado como Estrutura de iniciação b) Líderes preocupados em estabelecer relacionamentos de confiança e respeito no ambiente de trabalho. Esse grupo foi classificado como Consideração Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 21 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Você precisa saber apenas isso! Sugiro que associe a ideia de consideração com “ter consideração” com o subordinado para memorizar que, dentro dessa classificação, a dimensão de atuação do líder de consideração está mais voltada à preocupação com os relacionamentos. Vamos tentar uma questão: FCC – TRT 11ª Região – Analista Judiciário – 2017) Os estudos sobre liderança desenvolvidos pela Universidade de Ohio nos anos de 1940, buscaram identificar dimensões independentes do comportamento do líder, descrevendo duas categorias de liderança, que são: a) diretiva e colaborativa. b) democrática e autocrática. c) autocentrada e cooperativa. d) ênfase nas pessoas e ênfase na produção. e) estrutura de iniciação e consideração. COMENTÁRIO: Os estudos desenvolvidos sobre liderança pela Universidade de Ohio dividem os comportamentos dos líderes em: estrutura de iniciação e consideração. Gabarito: E Teoria Bidimensional – Pesquisas da Universidade de Michigan Trata-se da prima rica dos estudos de Ohio. A ideia é a absolutamente a mesma, porém em razão do nome ser melhorzinho essa teoria tornou-se mais popular. Também nessa classificação temos dois grupos. Os líderes denominados de estrutura de iniciação (preocupados com a estruturação e organização do trabalho, das tarefas a serem executas) nos estudos de Michigan são denominados de líderes orientados para tarefas. Os líderes denominados de consideração (líder preocupado em apoiar e estimular os liderados, preocupado em construir relacionamentos baseados em respeito e confiança) são denominados de líderes orientados para as pessoas/relacionamento. Assim, podemos estabelecer uma relação entre as classificações comportamentais que vimos até aqui: White e Lippitt Universidade de Ohio Universidade de Michigan Autocrático Estrutura de Iniciação Orientado para tarefa Democrático Consideração Orientado para pessoas Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 22 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Liberal Consideração Orientado para pessoas CESPE – STJ – Analista Judiciário – 2015) Os estilos de liderança podem ser classificados em duas dimensões: orientação para relacionamentos, que engloba os estilos dominante, diretivo e autocrático; e orientação para tarefas, com a classificação em estilos participativo, estimulador e apoiador. COMENTÁRIO: O enunciado inverte as coisas. A orientação para relacionamentos englobam os estilos democrático e liberal. A orientação para tarefa engloba o estilo autocrático. Gabarito: ERRADO Os 4 sistemas gerencias de Likert Likert, inspirado nas ideias da Teoria Bidimensional, desenvolveu um modelo que divide o comportamento dos líderes em quatro estilos: autoritário-coercitivo, autoritário-benevolente, consultivo e participativo. A tabela abaixo consolida as características principais de cada um desses estilos: Estilo Características Sistema 1: Autoritário-coercitivo O líder decide todo o processo, o que será feito, quando será feito e como será feito. Geralmente, é encontrado em instituições com mão de obra intensiva, com nível de escolaridade mais baixo e tecnologia rudimentar. Por exemplo: seguimento voltado para a construção. Sistema 2: Autoritário- benevolente O líder toma as decisões, mas permite que os subordinados possuam alguma liberdade ou flexibilidade no desempenho das tarefas. Encontrado em empresas industriais com mão de obra e tecnologia mais especializada e apurada, mas ainda com controle sobre o comportamento das pessoas. Ex.: indústria, linhas de montagem. Sistema 3: Consultivo O líder consulta os subordinados antes de estabelecer os objetivos e tomar as decisões. É, geralmente, utilizado em empresas de serviços, como bancos e financeiras, e áreas administrativas das empresas industriais mais organizadas. Sistema 4: Participativo Apresenta como principal característica o envolvimento total dos empregados na definição dos objetivos das decisões. É o estilo recomendado por Likert, sendo, no entanto, ainda pouco encontrado na prática. É encontrado em empresas de sofisticada tecnologia, de pessoal especializado e preparado, desenvolvendo atividades Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 23 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br extremamente complexas. Ex.: consultorias em administração e engenharia, propaganda Fonte: Ribas e Salim (2013) Na visão de Likert, dentre esses sistemas de liderança, o mais apropriado era o sistema participativo. Likert era um grande defensor da gestão participativa, da gestão orientada para os subordinados e da comunicação como instrumento de maior concentração de ideias e de objetivos. CESPE – FUB – Administrador – 2009) Os líderes participativos abordam alguns empregados e pedem suas contribuições antes de tomarem as decisões, sem, no entanto, descentralizarem a autoridade. COMENTÁRIO: Os líderes participativos envolvem todos os empregados na busca de soluções e não apenas alguns. O enunciado está, na verdade, conceituando o líder consultivo. Gabarito: Errado CESPE – FINEP – Analista – 2009) Rensis Likert, conhecido por ter cunhado uma escala que recebe o seu nome e que varia desde concordo plenamente até discordo totalmente, escreveu novos padrões de administração que descrevem pressupostos da teoria de que faz parte. No que se refere a Likert e à teoria de que ele é representante, assinale a opção correta. a) Likert é representante da abordagem contingencial. b) O sistema 1 proposto por Likert consiste em um ambiente de confiança no subordinado. c) O sistema 2 proposto pelo autor pressupõe total descentralização das decisões. d) O sistema 4 proposto por Likert refere-se a um ambiente de desconfiança no subordinado. e) Likert salienta a importância da gestão participativa. COMENTÁRIO: Alternativa A. Errado. Likert é um representada das teorias comportamentais de liderança. Alternativa B. Errado. O sistema 1 é de liderança autoritária e coercitiva. O ambiente de trabalho sob essa liderança é marcado pela desconfiança. Alternativa C. Errado. O sistema 2 (autoritário-benevolente) não descentraliza totalmente das decisões. Apenas permite os liderados possuam alguma flexibilidade no desempenho das atividades Alternativa D. Errado. Em razão da maior participação dos subordinados, existe um maior nível de confiança no sistema 4 (participativo). Alternativa E. Certo. Likert era um grande defensor da gestão participativa baseada na comunicação e no apoio aos subordinados. Prof. Marcelo Soares Aula 09Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 24 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Gabarito: E Teoria do Grid Gerencial – Blake e Mouton Blake e Mouton perceberam que existiam gradações (níveis) distintos na orientação para tarefa e na orientação para pessoas. Um líder nem sempre era totalmente orientado para tarefas ou totalmente orientado para pessoas conforme proposto pela Teoria Bidimensional. Assim, era necessário criar um modelo que conseguisse retratar esses níveis distintos. De forma semelhante à Teoria Bidimensional a Teoria do Grid baseia-se em duas variáveis: foco nas pessoas e o foco nas tarefas. Entretanto, Blake e Mouton propõe que esse foco pode ser mensurado em uma escala de 1 a 9. O foco máximo seria representado pelo 9 e o foco mínimo é representado pelo 1. Dessa forma, ao avaliar o comportamento de um líder, Blake e Mouton atribuíam um valor (1 a 9) para o foco nas pessoas e um valor (1 a 9) para o foco nas tarefas e, posteriormente, representavam esse líder dentro de um grid, conforme exemplo abaixo: Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 25 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br FO CO N AS P ES SO AS FOCO NAS TAREFAS/PRODUÇÃO Observe que eu destaquei alguns pontos de referência no grid. Esses pontos são destacados e caracterizados dentro da pesquisa de Blake e Mouton da seguinte forma: Posição Foco Líder Nomenclatura Características 1,1 Baixo foco em tarefas Baixo foco em pessoas Laissez-faire Liderança empobrecida Grau mínimo de esforço do líder tanto para tarefas quanto para pessoas 1,9 Baixo foco em tarefas Alto foco em pessoas Líder Simpático Clube de campo O líder concentra todas as energias em atender as necessidades das pessoas. Cria-se um ambiente agradável e confortável para o ritmo de trabalho. 5,5 Foco médio em tarefas Foco médio em pessoas Líder diretivo/autocrático Líder Meio termo ou homem organizacional Equilíbrio entre atender as necessidades das pessoas e a busca por resultados 1,1 1,9 5,5 9,9 95 9,1 Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 26 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br 9,1 Alto foco em tarefas Baixo foco em pessoas Líder intermediário Autoridade Obediência ou Líder Tarefa Os resultados e a produtividade são prioridade. As necessidades das pessoas são realizadas de forma mínima 9,9 Alto foco em tarefas Alto foco em pessoas Líder integrador Liderança de Equipes Estilo ideal de liderança. Comprometimento de todo grupo com os resultados, havendo apoio, suporte e confiança por parte do líder. Dessa parte do conteúdo é importante que você memorize a nomenclatura, as características de cada uma delas e que a liderança de equipes é o estilo ideal (foco em pessoas e produção). Uma pegadinha recorrente em provas propõe que o estilo ideal seria o líder meio termo. Fique atento! ESAF – Ministério da Fazenda – Analista Técnico – 2013) Imagine que você deve selecionar um perfil de liderança, utilizando a grade de liderança de Blake e Mouton, para ocupar o cargo de chefia em um grupo de supervisores das máquinas que compõem uma linha de produção que tem como característica principal o funcionamento automatizado. Qual das possibilidades principais de perfis descritos pelos pesquisadores se refere a: um Líder voltado para as tarefas e um Líder negligente, respectivamente? a) Administração precária e Administração do tipo “gerência de equipes”. b) Administração do tipo “gerência de equipes” e Autoridade e obediência. c) Administração do tipo “funcionário” e Administração do tipo "Clube de campo”. d) Autoridade e obediência e Administração precária. e) Administração do tipo "Clube de campo” e Administração do tipo “funcionário”. COMENTÁRIO: Como líder voltado para tarefas temos o líder autoridade e obediência e o líder de equipes. Como líder negligente temos apenas liderança empobrecida ou precária. Gabarito: D Teorias situacionais (contingenciais) Como conversamos ao estudarmos a evolução do estudo da liderança, ao constatar que o comportamento do líder não respondia completamente pelo fenômeno da liderança, os pesquisadores da Administração iniciaram uma busca para identificar quais as principais variáveis do ambiente que influenciam na liderança. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 27 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Existem muitas, muitas teorias situacionais... muitas mesmo! Afinal, dada a complexidade e diversidade do contexto organizacional é natural que diversas variáveis influenciem em maior ou menor medida nos resultados de um líder. O que você precisa saber, inicialmente, é o pressuposto básico de todas teorias de liderança situacional (contingencial): diferente do que propõe as teorias comportamentais, não existe um melhor estilo de liderança. O máximo que existe é um jeito mais apropriado de liderar dadas as contingências (circunstâncias) de um contexto específico. Guarde isso! Disso, as teorias situacionais criam modelos para que um gestor analise o contexto, identifique determinadas características e, em seguida, defina o seu estilo de liderança. Nesse sentido, as teorias situacionais funcionam como uma espécie de roteiro/manual para que um gestor saiba qual estilo de liderança produz os melhores resultados em determinadas circunstâncias. Para fins de concursos, centramos nossos esforços em três teorias situacionais: ▪ Teoria de Fiedler ▪ Curva da maturidade de Hersey e Blanchard ▪ Continuum de liderança Antes de começarmos os estudos individualizado de cada uma dessas teorias, vamos praticar um pouco com algumas questões mais genéricas sobre as teorias situacionais. CESPE – ANCINE – Analista Administrativo – 2006) O modelo de liderança situacional, em oposição aos princípios da teoria contingencial, não busca a eficácia mediante um estilo gerencial ótimo. Na visão dos defensores do referido modelo, não existe um melhor estilo de liderança (estilo ideal). Para tanto, o gerente deve adaptar seu estilo e sua forma de gerenciar equipe à situação importa pelo ambiente em que atua. COMENTÁRIO: Enunciado está quase perfeito. Um detalhezinho que invalida toda a questão: o modelo de liderança situação é uma oposição aos princípios das teorias comportamentais. A liderança situacional está plenamente de acordo com a teoria contingencial tanto que a liderança situacional também pode ser denominada de liderança contingencial, isto é: liderança de acordo com as circunstâncias/contingências. Gabarito: ERRADO Teoria de Fiedler Segundo o modelo proposto por Fred Fiedler, o desempenho eficaz do grupo depende da combinação apropriada entre o estilo de interagir do líder e o de seus subordinados. (CESPE, ABIN, 2004). No intuito de moldar o seu estilo de interação, o líder deve considerar três variáveis contingenciais: relacionamento líder-liderado, estrutura da tarefa e poder de posição do líder. O relacionamento líder-liderado corresponde ao nível de confiança, respeito e reciprocidade que existe entre o líder e os liderados. Em organizações com cultura mais competitiva e agressiva, por exemplo, tendemos a ter um relacionamento líder-liderado ruim. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 28 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br A estrutura da tarefa consiste no nível de maturidade e padronização das rotinas de trabalho. Quanto mais conhecidas as atividades, maior será o nível de estrutura da tarefa. A existência, por exemplo,de manuais, normas, cartilhas e procedimentos é um bom indicativo de um alto nível de estrutura da tarefa. O poder de posição consiste no poder legítimo (poder de autoridade formal) que existe do líder em relação ao liderado. Se os liderados são subordinados ao líder ou se o líder possui poder até mesmo para determinar a demissão de um liderado, teremos um alto nível de poder de posição. Ao conjuntar essas três variáveis e colocá-las no modelo, temos o desempenho esperado dentro de uma orientação de liderança mais voltada para pessoas e uma orientação de liderança mais voltada para tarefa. CETRO – ANVISA – Analista Administrativo – 2013) O primeiro modelo contingencial abrangente de liderança foi desenvolvido por Fred Fiedler. A respeito do modelo de contingência de Fiedler, assinale a alternativa correta. a) Esse modelo propõe que a eficácia do desempenho do grupo depende exclusivamente do estilo do líder. b) Por esse modelo, o estilo de liderança de uma pessoa não é fixo, pois se adapta às mudanças das situações. c) Fiedler identifica 3 dimensões contingenciais ou situacionais que determinam a eficácia de liderança: relação líder-liderados, estrutura da tarefa e poder da posição, sendo essa última o grau de influência de um líder sobre variáveis como o poder de contratar e de demitir. d) Nesse modelo, a relação líder-liderados retrata o grau de estruturação e formalização dos procedimentos e das tarefas no trabalho. e) Fiedler acredita que, alterando a situação, o líder altera sua orientação de liderança. COMENTÁRIO: Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 29 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Alternativa A. Errado. A eficácia do desempenho do grupo depende do estilo do líder com os subordinados. O estilo do líder por sua vez é moldado a partir de três variáveis contingenciais: relação líder-liderado, estrutura da tarefa, poder da posição. Alternativa B. Errado. Essa alternativa não está propriamente errada. O que o modelo propõe é, de fato, que o estilo de liderança não seja fixo, mas adaptado às variáveis contingenciais. Essas variáveis contingenciais podem se modificar ao longo do tempo de modo a exigir mudanças no estilo de liderança. É a famosa alternativa “mais ou menos”, pois acaba deixando muita coisa de fora. Alternativa C. Certo. A alternativa sintetiza perfeitamente o modelo de Fiedler. Alternativa D. Errado. Trata-se da estrutura da tarefa. Alternativa E. Errado. O que o modelo propõe é que ao se modificar a situação o líder, talvez, modifique a sua orientação. A depender da mudança é possível que a orientação mantenha-se a mesma. Uma alteração, por exemplo da categoria I para II ou I para III (do modelo) não modifica o fato de que a orientação para tarefa produz mais resultados que a orientação para pessoas. Gabarito: C Continuum de liderança Essa teoria foi construída a partir dos estudos de Robert Tannenbaum e Warren Schmidt. Basicamente, o modelo propõe uma escala contínua que se inicia com uma liderança centralizada no chefe (com alto uso de autoridade) e vai até uma liderança centralizada nos subordinados (com maior área de liberdade). Os autores propõem que sejam avaliados três critérios para diagnosticar o contexto da liderança: a) o administrador (líder); b) os subordinados (liderados); c) a situação. O comportamento, os valores e conhecimento que o líder possui influenciam no contexto da liderança. Da mesma forma, a personalidade, os vínculos e relacionamentos dos subordinados afetam o continuum de liderança. Por fim, temos variáveis contingenciais, tais como: cultura organizacional, estrutura da tarefa, pressão ambiental etc. Observe o modelo proposto: Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 30 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Trata-se de uma teoria pouco explorada em provas. Basta que tenha uma visão geral. Vamos tentar uma questão. FGV – CGM Niterói – Analista de Políticas Públicas – 2018) Eugênia, para adotar um estilo de liderança mais adequado em uma organização não governamental (ONG) de proteção dos direitos humanos, decidiu fazer uma pesquisa sobre o assunto na Biblioteca Municipal. Após alguns dias, Eugênia se depara com o modelo denominado continuum de liderança e verifica que precisa analisar três conjuntos de forças para encontrar o estilo de liderança mais adequado para seu contexto. Assinale a opção que os indica. a) Forças no administrador, nos subordinados e situacionais. b) Forças estratégicas, interpessoais e contingenciais. c) Forças hierárquicas, relacionais e ambientais. d) Forças no administrador, interdepartamentais e ambientais. e) Forças hierárquicas, relacionais e situacionais. COMENTÁRIO: O modelo do Continuum da Liderança se utiliza de três variáveis para diagnostica o contexto da liderança: a) líder (forças no administrador); b) os subordinados; c) variáveis contingenciais (situacionais). Gabarito: A Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 31 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Curva da maturidade de Hersey e Blanchard Tópico muito cobrado em provas! A teoria de liderança proposta por Hersey e Blanchard propõe que o estilo de liderança a ser adotado depende, principalmente, da maturidade do liderado. Entenda maturidade como capacidade (competência) + vontade de realizar determinada tarefa. Algumas bancas organizadoras e autores utilizam o termo “grau de prontidão” para se referir ir ao conceito de maturidade. Aceite como sinônimos. Disso, temos que um subordinado maduro é um indivíduo que possui os conhecimentos necessários (maturidade no trabalho), bem como está disposto a realizar o trabalho (maturidade psicológica). O modelo propõe que a maturidade do subordinado seja classificada em quatro níveis (M1 a M4): M1: Baixa capacidade para o desempenho das tarefas e está desmotivado. M2: Possui capacidade insuficiente e um pouco de motivação ou está desmotivado e possui um pouco de capacidade de executar suas tarefas. M3: Possui capacidade, mas sua motivação é instável M4: Bastante capacitado e muito motivado Ao definir o nível de maturidade dos subordinados, o líder pode traçar uma estratégia apropriada: variando de um estilo mais presente e orientado para tarefas até um estilo que dá maior autonomia para o subordinado. Hersey e Blanchard propõe quatro estratégias, conforme detalhado abaixo: E1 – Determinar: líder mais orientado para tarefas e coercitivo na forma de trabalho. O líder dizer o que deve ser feito e como deve ser feito. É a estratégia utilizada para M1 (quando subordinado não sabe nem quer saber como fazer a tarefa). E2 – Persuadir: líder que alia uma orientação para tarefas com uma orientação para o relacionamento com os liderados, ou seja, cobra resultados, porém fornece apoio e orientação na execução das atividades. É a estratégia utilizada para o subordinado com maturidade intermediária (M2). E3 – Compartilhar – Estratégia adotada quando o liderado possui capacidade para executar a tarefa (M3), assim, o papel do líder é mais de apoiar a tomada de decisão e estimular o liderado para a execução das tarefas. E4 – Delegar – Estratégia adotada quando o liderado é competente e motivado para a execução das tarefas. Assim, a atuação do líder é mais discreta. Basta delegar e conceder autonomia para que o liderado execute suas atribuições. O modelo que conjunta esses níveis de maturidade com as estratégias é descrito abaixo. Destaco que a “leitura” do modelo é feita da direita para esquerda. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 32 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Fonte: Hersey e Blanchard (1986) CESPE – ANCINE– Analista Administrativo – 2013) A maturidade do líder é a principal característica do modelo de liderança de Hersey & Blanchard, que demonstra as situações enfrentadas pelos subordinados. Esse modelo deve ser analisado em um conjunto de tarefas, a partir das quais é possível enquadrar os líderes em categorias universais, considerando suas competências e motivações COMENTÁRIO: No modelo proposto por Hersey & Blanchard a principal característica é a maturidade dos subordinados. Além disso, não existem categorias universais de líderes. Lembre-se que o modelo de H & B é um modelo contingencial, ou seja, um modelo que considera as contigências/circunstâncias. Gabarito: ERRADO. Antes de avançarmos no conteúdo de liderança, sugiro que você faça uma pequena pausa. 5 minutinhos contados no relógio. Vai lá. Eu espero. Se quiser, pode fazer um cafezinho ou um chá para acompanhar o restante da aula... Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 33 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Teorias emergentes de Liderança Diferentemente do que ocorreu com outros assuntos, a academia continua pesquisando vigorosamente o fenômeno da Liderança. Em verdade, dada a complexidade crescente das organizações, a liderança tem sido vista cada vez mais como um elemento de mudança e coesão das empresas. Por consequência, novas teorias e classificações têm surgido nos últimos anos. Essas novas teorias receberam a designação de teorias emergentes de liderança ou novas abordagens da liderança. A partir desse momento, começaremos a estudar essas formas mais recentes de liderar. Simbora! Liderança Carismática Há mais de um século, Max Weber realizou um dos primeiros estudos acerca do carisma como tipo de autoridade. Segundo esse autor, carisma consiste em “certa qualidade de uma personalidade individual, em virtude da qual a pessoa destaca-se das pessoas comuns e é tratada como dotada de poderes ou qualidades sobrenaturais, sobre-humanos ou pelo menos especificamente excepcionais. Esses poderes ou qualidades não são acessíveis para as pessoas comuns e são considerados de origem divina, ou exemplar, e com base neles o indivíduo em questão é tratado como um líder.”i O uso do carisma como instrumento de influência está cada vez mais presente no nosso dia-a-dia. Os chamados influenciadores digitais corroboram os estudos de Max Weber e demonstram como o carisma pode ser utilizado para gerar influência no comportamento de outras pessoas. No âmbito organizacional, o primeiro pesquisador a se debruçar acerca da liderança organizacional em termos de comportamento organizacional foi Robert House. De acordo com House, os seguidores atribuem habilidades heroicas ou extraordinárias de liderança ao observarem certos comportamentos. Em provas, a liderança carismática já foi conceituada de maneiras interessantíssimas pelas bancas organizadoras, vejamos alguns conceitos já cobrados em provas: ▪ A liderança carismática designa um líder inspirador, revolucionário e agente de mudança, que leva os seguidores a transcenderem seus próprios interesses e a trabalharem excepcionalmente para a concretização de objetivos. FEPESE, 2013ii ▪ Na liderança carismática, o líder é obedecido devido às suas qualidades excepcionais. Ele envolve os colaboradores com os objetivos estabelecidos, dominando-os intelectualmente. FGV,2018.iii ▪ A liderança carismática acontece quando os subordinados aceitam as ordens do superior como justificadas por causa da influência de sua personalidade e liderança, com as quais se identificam. QUADRIX, 2018.iv ▪ Um líder carismático é inspirador, revolucionário, agente de mudanças e renovador. FUNDATEC, 2018.v Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 34 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br A partir desses diferentes conceitos, conseguimos extrair as características fundamentais da liderança carismática, conforme esquema a seguir: QUADRIX – CRN 9ª Região – Auxiliar Administrativo – 2019) A teoria da liderança carismática defende que os seguidores atribuem capacidades heroicas ou extraordinárias a seus líderes quando observam determinados comportamentos. Comentários: O enunciado está perfeito. Os estudos de Robert House sugerem que alguns tipos de comportamento do líder são capazes de “transmitir” carisma para os liderados que passam a perceber o líder como dotado de habilidades heroicas ou extraordinárias. À medida que se cria na imagem mental dos liderados essa figura heroica e extraordinária do líder, aumenta-se a capacidade de influência do líder no comportamento dos liderados. Na prática, a liderança carismática está muito presente no cenário político da América Latina, onde muitos políticos são percebidos pelo seu eleitorado de maneira extraordinária, heroica ou mesmo sobrenatural. Gabarito: Certo Características dos líderes carismáticos A partir das descobertas de Robert House, surgiram novas e inquietantes perguntas. Afinal, quais seriam esses comportamentos que os indivíduos poderiam adotar para transmitir carisma? Seria possível aprender esses comportamentos ou seria algo inato? Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 35 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br As teorias e pesquisas de Administração continuaram avançando e, atualmente, já conseguiram mapear alguns comportamentos dos líderes carismáticos. Em linhas gerais, os líderes carismáticos possuem uma visão (grande objetivo, propósito), estão dispostos a assumir grandes riscos para concretizar essa visão, demonstram sensibilidade quanto às necessidades de seus seguidores e apresentam comportamentos extraordinários. Em provas é comum que as características do líder carismático sejam cobradas a partir das obras de Stephen Robbins vi: • Visão e articulação: Ter uma visão – expressa como uma meta idealizada – que propõe um futuro melhor que o status quo e ser capaz de esclarecer a importância da visão em termos que seja compreensível aos outros. • Risco pessoal: Disposto a correr um alto risco pessoal, pagar altos custos e fazer autossacrifício para alcançar a visão. • Sensibilidade ao ambiente1: São capazes de fazer avalições realistas das limitações ambientais e dos recursos necessários para a realização da mudança. • Sensibilidade às necessidades dos seguidores: Perceptivo às habilidades dos outros e responsivo às suas necessidades e sentimentos. • Comportamento não convencional: Assume comportamentos que são percebidos como inovadores e contrários às normas. Uma vez identificadas quais são as características de um líder carismático seria possível simular ou aprender o carisma? Ou essas características seriam inatas? Curiosamente, não estamos em uma situação do tipo “tudo ou nada”. Quanto à possibilidade de se desenvolver ou mesmo encenar o carisma, as pesquisas são praticamente uníssonas no sentido de que: Sim, é possível desenvolver/aprender carisma. Em um dos estudos, os pesquisadores ensinaram estudantes da graduação em administração a “atuarem” de forma carismática. Os resultados desse estudo sugeriram que as habilidades carismáticas podem ser desenvolvidas e que ainda que, inicialmente, “encenadas” produzem resultados nos grupos. 1 Essa característica é descrita por Stephen Robbins na obra “Comportamento Organizacional”, 11ª edição, de 2008. Entretanto, essa característica foi retirada nas edições mais recentes de outras obras do autor como “Fundamentos do Comportamento Organizacional”, 15ª edição, de 2014. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 36 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Quanto ao fator genético/hereditário do carisma, atualmente,existe relativa controvérsia. Estudos recentes realizados com gêmeos idênticos demonstraram que esses indivíduos, ainda quando criados em lares diferentes, apresentaram resultados similares em medidas de liderança carismática, o que pode ser interpretado no sentido de que algumas tendências carismáticas podem ser herdadas. Essa, inclusive, é a interpretação dos resultados realizada na obra de 2014 de Stephen Robbins: Os indivíduos nascem com traços que os tornam carismáticos. Na verdade, estudos de gêmeos idênticos observaram que ambos tinham resultados simulares nas medidas de liderança carismática, mesmo que fossem criados em lares diferentes e nunca tivessem se conhecido. A personalidade também está relacionada com a liderança carismática. Os líderes carismáticos tendem a ser extrovertidos, autoconfiantes e orientados para a realização. (Stephen Robbins, Fundamentos do Comportamento Organizacional, 2014, p.259). Apesar desses estudos, os pesquisadores, de modo geral, avaliam que as evidências não são conclusivas para reconhecer um fator genético no carisma. Na prática, isso seria um retorno, até certo ponto, às ideias da tão criticada teoria dos traços da liderança. Em provas de concursos, sugiro cautela no assunto. A CEBRASPE (MPE/TO, 2006), por exemplo, já considerou errado enunciado que afirmava que o carisma era uma característica herdada. Vejamos a questão: CESBRASPE – MPE/TO – Analista Ministerial – 2006) A liderança carismática funda-se no carisma, característica que é herdada ou aprendida pelo líder. Comentários: Apesar de existirem alguns estudos que podem ser interpretados no sentido de que existe predisposição genética para o carisma (nesse sentido, Stephen Robbins (2014), por exemplo), prevalece na literatura que o carisma é uma habilidade a ser desenvolvida e não uma característica herdada, por isso o enunciado foi considerado errado. Gab: Errado Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 37 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br DIVERGÊNCIA ENTRE AUTORES Como vimos, existe divergência na quanto à existência ou não de uma tendência genética ao carisma. 1ª corrente doutrinária (majoritária, CESPE): Não existe tendência genética ou pré-disposição hereditária quanto ao carisma. 2ª corrente doutrinária: Existe tendência genética ou pré-disposição hereditária quanto ao carisma. Vamos praticar um pouco o que já aprendemos sobre a liderança carismática: IADES – FUNPRESP – Analista Administrativo – 2014) A teoria da liderança carismática defende que os seguidores atribuem capacidades heroicas ou extraordinárias aos próprios líderes ao observarem determinados comportamentos. Assinale a alternativa que indica a(s) característica(s) de um líder carismático. a) Recompensa contigente. b) Sensibilidade às necessidades dos liderados. c) Comportamentos convencionais. d) Estímulo intelectual. e) Introversão e autoconfiança. Comentários Segundo a obra de Stephen Robbins, um líder carismático possui as seguintes características: 1) visão e articulação; 2) risco pessoal, 3) sensibilidade às necessidades dos seguidores, 4) comportamento não convencional. Dentre as alternativas da questão, a única que descreve corretamente uma característica do líder carismático é a alternativa B Se quiser relembrar a teoria do assunto, veja: Visão e articulação: Ter uma visão – expressa como uma meta idealizada – que propõe um futuro melhor que o status quo e ser capaz de esclarecer a importância da visão em termos que seja compreensível aos outros. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 38 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Risco pessoal: Disposto a correr um alto risco pessoal, pagar altos custos e fazer autossacrifício para alcançar a visão. Sensibilidade às necessidades dos seguidores: Perceptivo às habilidades dos outros e responsivo às suas necessidades e sentimentos. Comportamento não convencional: Assume comportamentos que são percebidos como inovadores e contrários às normas. Gab: B FUNDATEC – CM Triunfo – Oficial legislativo – 2018) A liderança recebe grande atenção dentro do enfoque comportamental na administração. Na passagem para o século XXI, o estudo da liderança focaliza o estilo motivacional, identificando dois tipos de líder: o carismático e o transacional (MAXIMIANO, 2009). Nesse sentido, assinale a alternativa que NÃO identifica uma característica de liderança carismática ou transformadora: a) Líder inspirador. b) Líder negociador. c) Líder revolucionário. d) Agente de mudanças. e) Líder renovador. Comentários: O líder carismático não é negociador. Ele consegue influenciar os liderados por meio de seus comportamentos e pelo próprio carisma. A liderança baseada em trocas e negociações é denominada de liderança transacional. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 39 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Gabarito: B Processo de influência da liderança carismática Como já aprendemos, o carisma pode ser aprendido/desenvolvido pelos indivíduos. Resta-nos aprender como isso pode ser feito. Vai que você decide largar os concursos para ser influenciador(a) digital, certo? Vamos deixar as oportunidades abertas. Pois bem. Na literatura, encontramos duas formas diferentes de descrever o processo de influência da liderança carismática: a) processo em três etapas; b) processo em quatro etapas No processo em três etapas, o líder carismático utiliza a liderança para promover mudanças no comportamento ou na atitude das pessoas. Esse tipo de processo é muito utilizado por mentores, treinadores e coaches. No processo em quatro etapas, o líder carismático utiliza a liderança para que os liderados empreendam um esforço para o alcance de uma visão de futuro atraente. Esse tipo de processo é mais comum dentro dos contextos organizacionais, sendo usado por grandes empreendedores. Vejamos cada um dos processos: Processo em três etapas vii: 1) Aura de carisma A pessoa deve criar uma aura de carisma. Uma aura de carisma é construída por meio de uma visão otimista. Utiliza-se a paixão como um catalisador para gerar entusiasmo e a comunicação é feita não apenas com as palavras, mas também com o corpo. Fonte: Revista Época. Na foto, Tony Robbins 2) Vínculo com os seguimores seguidores Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 40 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br A pessoa deve estabelecer um vínculo capaz de inspirar as outras. Nesse processo, é comum que sejam criados termos próprios daquele grupo como forma de moldar o senso de identidade e pertencimento ao grupo de seguidores. Fonte: Instagram. “Neymazete” = termo criado pelas fãs de Neymar e que funciona como um elemento de identidade e que reforça a coesão do grupo. As fãs passam a definir parte de sua identidade por meio desse termo. 3) Trazer à tona o potencial dos demais mexendo com suas emoções A pessoa que pretende estabelecer uma liderança carismática deve ser capaz de gerar emoções e mudanças nas vidas dos liderados. A influência decorre, muitas vezes, do sentimento de gratidão pelas ações do líder ou porque o líder consegue modificar a autoimagem do liderado (como ele se enxerga). Fonte: Facebook. Participante chora durante evento organizado por Tony Robbins É impressionante a capacidade que alguns oradores possuem para percorrer essas três etapas em poucos minutos e, assim, gerar conexão suficiente com outras pessoas para conseguir influenciá-las. Então, seja para concurso, seja para sua carreira como palestrante já anota aí: Aura de carisma Vínculo com seguidores Trazer à tona opotencial Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 41 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Processo em quatro etapas viii: 1) Visão atraente O líder articula uma visão atraente e estrutura uma estratégia de longo prazo para alcançar uma meta de modo a vincular o presente com a imagem de um futuro melhor para a organização. Essas visões ajudam a refletir uma unicidade da organização e devem ser vistas pelos seguidores como desafiadoras, mas atingíveis. 2) Declaração de visão A declaração de visão nada mais é do que a articulação formal da visão ou missão da organização. É colocar a meta idealizada no papel e utilizá-la para imprimir um compromisso com os seguidores. Os líderes carismáticos ampliam a autoestima, autoconfiança e assertividade de seus seguidores com expectativas de alto desempenho e a crença que seus seguidores podem atingi-las. 3) Novo conjunto de valores O líder carismático, por meio de palavras e ações, transmite um novo conjunto de valores a serem imitados pelos seus seguidores. Esse conjunto de valores é moldado como linhas-mestras acerca dos comportamentos esperados para que a visão seja atingida. 4) Comportamentos não-convencionais como reafirmação da visão O líder carismático se envolve em comportamentos indutores de emoção e muitas vezes não convencionais como forma de demonstrar coragem e convicção acerca da visão almejada. Os seguidores do líder conseguem extrair as emoções que estão transmitidas por esses comportamentos e tendem a reforçar o seu compromisso com a visão. Veja uma questão que já abordou esse tema: CESPE – ABIN – Agente Técnico de Inteligência – 2010) A liderança carismática é exercida mediante apresentação de meta idealizada, compromisso com essa meta, assertividade e autoconfiança na relação com subordinados Comentários: O enunciado sintetiza muito bem as etapas do processo de influência presente na liderança carismática. Em linhas gerais, cria-se uma visão atraente de futuro (“meta idealizada”), fomenta-se a criação de engajamento e compromisso com essa visão (“compromisso com essa meta”) e se estimula o fortalecimento de valores que contribuem com o alcance dessa visão (“assertividade e autoconfiança na relação com subordinados”). Enunciado correto. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 42 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Vale destacar que podemos ter ainda uma outra etapa de reforço dos valores e reafirmação da visão idealizada, a qual é feita meio de comportamentos não-convencionais do líder. Gab: Certo Liderança Transacional e Transformacional Segundo Stephen Robbins (2014)ix, podemos enquadrar os estilos de liderança dentro de uma escala a depender da postura do líder em relação ao liderado. Nessa escala, parte-se de um nível mais passivo de liderança (classificado como liderança transacional) até se atingir níveis mais ativos de liderança (classificados como liderança transformacional), conforme ilustração abaixo: Fonte: Robbins (2014) Perceba que a liderança transacional e a transformacional completam-se e, portanto, não devem ser interpretadas como abordagens opostas. Na verdade, a liderança transformacional baseia-se na liderança transacional e consegue conduzir os liderados a empreender níveis de esforço maiores do que a liderança transacional sozinha poderia fazer. Vamos entender isso um pouco melhor. Um líder simplesmente transacional guia os seus seguidores em direção a metas estabelecidas, esclarecendo suas funções e os requisitos da sua tarefa. O líder transformacional exerce um nível de influência mais alto do que um líder transacional, pois ele consegue inspirar os seguidores para transcender seus interesses pessoais para o bem da organização. Em alguns casos, o líder transformacional consegue produzir um efeito extraordinário nos seus seguidores já que eles prestam atenção às preocupações e necessidades dos seguidores individuais, eles mudam a consciência dos seguidores sobre as questões, ajudando-os a olhar velhos problemas de novas formas, eles estimulam e inspiram seguidores a colocar para fora o esforço extra para alcançar objetivos do grupo. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 43 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br A partir das obras de Stephen Robbins x, podemos pontuar as seguintes características dos líderes transacionais e dos líderes transformacionais: Líder transacional Líder transformacional Recompensa contingente Sugere trocas de recompensas por esforços, promete recompensas por bom desempenho, reconhece as realizações Carisma (Influência idealizada) Oferece uma visão e o sentido da missão, estimula o orgulho, ganha o respeito e a confiança Gestão por exceção (ativa) Observa e pesquisa os desvios nas regras e padrões, realiza ações corretivas Inspiração (Motivação inspiracional) Comunica suas altas expectativas, utiliza símbolos para focar os esforços, expressa propósitos importantes de maneira simples Gestão por exceção (passiva) Intervém somente se os padrões não foram alcançados. Estímulo Intelectual Promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa resolução de problemas. Laissez-faire Abdica de responsabilidades, evita tomar decisões Consideração individualizada Dá atenção personalizada, trata cada funcionário individualmente, aconselha, orienta. Administração na prática – Análise de um discurso de liderança transformacional xi Em 02/08/2008, a Space X empreendia uma nova tentativa de lançamento do foguete Falcon. A empresa já havia falhado duas vezes em lançamentos de veículos espaciais e todos sabiam que um novo fracasso poderia levar a empresa a fechar as portas. O foguete subiu na plataforma de lançamento, mas logo após o fim do primeiro estágio veio o desastre. O foguete explodiu. A transmissão em vídeo foi interrompida. Cerca de 350 funcionários estavam reunidos na sede e, segundo Dolly Singh, a caçadora de talentos da empresa, o clima era de total desespero. Elon Musk, CEO da empresa, apareceu para conversar com os empregados. Disse-lhe que desde o começo eles sabiam que seria difícil, mas que, apesar do acontecido, naquele dia eles haviam realizado uma coisa que poucos países, que dirá empresas, tinham sido capazes de fazer: completado com sucesso o primeiro estágio do lançamento de um foguete e levado uma nave ao espaço sideral. O que tinham de fazer a partir de então era simplesmente dar a volta por cima e voltar ao trabalho. Eis como Sight descreve o clímax da fala: Em seguida ele disse, com o máximo de energia e empenho que conseguiu reunir após mais de vinte horas acordado: “De minha parte, nunca hei de desistir. Repito: nunca.”. Depois disso, a maioria de nós teria ido atrás dele até os portões do inferno de bronzeador na mão. [...]. A atmosfera do prédio passou do desespero e da derrota para uma agitação generalizada, cheia de determinação, com as pessoas focadas em seguir em frente, e não olhar para trás. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 44 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Vamos praticar um pouco: IESES – TJ/MA – Técnico Judiciário – 2009) Liderança pode ser definida como a capacidade de influenciar um grupo de pessoas em direção ao alcance de objetivos estabelecidos. Atualmente, nas organizações, uma atenção especial tem sido dada ao líder transformacional. Sobre a liderança transformacional, pode-se afirmar: a) O líder transformacional exerce um nível de influencia mais alto do que um líder transacional, motivando as pessoas a fazer mais do que o esperado. b) O líder transformacional exerce sua influencia através do senso de urgência e comelevado grau de autoridade, principalmente nos níveis mais baixos da organização. c) A liderança transformacional é inversamente proporcional ao nível hierárquico do líder. d) O líder transformacional impõe sua visão aos subordinados estimulando-os a atingir as metas através de recompensas materiais significativas. Comentários: Alternativa A. Certo. A liderança transformacional possui um maior nível de influência do que a transacional e é baseada em carisma, inspiração, estímulo intelectual e consideração individualizada. Alternativa B. Errado. O líder transformacional exerce sua influência por meio de carisma, inspiração, estímulo intelectual e consideração individualizada. Alternativa C. Errado. Não existe relação inversamente proporcional do nível hierárquico com a liderança transformacional. Temos exemplos de diversos CEO’s que adotam uma liderança transformacional. Alternativa D. Errado. A liderança pautada em recompensas é a liderança transacional (baseada em transações, trocas, negociação). Gab: A CONSUPLAN – TSE – Analista Judiciário – 2012) A liderança transformacional é compreendida como um processo de influenciar mudanças relevantes nas atitudes e no comportamento dos colaboradores, criando um comprometimento com a missão e os objetivos da organização. No que se refere à liderança transformacional, assinale a alternativa que NÃO corresponde às suas características. a) Visão e missão por meio do carisma. b) Estimulação intelectual. c) Consideração pessoal. d) Administração ativa por exceção. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 45 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Comentários: Dentre as alternativas, a única que não traz uma característica da liderança transformacional é a alternativa D. A administração ativa por exceção é uma característica da liderança transacional. Relembrando: Liderança transacional - Recompensa contingente: Sugere trocas de recompensas por esforços, promete recompensas por bom desempenho, reconhece as realizações - Gestão por exceção (ativa): Observa e pesquisa os desvios nas regras e padrões, realiza ações corretivas - Gestão por exceção (passiva): Intervém somente se os padrões não foram alcançados - Laissez-faire: Abdica de responsabilidades, evita tomar decisões Liderança transformacional - Carisma (Influência idealizada): Oferece uma visão e o sentido da missão, estimula o orgulho, ganha o respeito e a confiança - Inspiração (Motivação inspiracional): Comunica suas altas expectativas, utiliza símbolos para focar os esforços, expressa propósitos importantes de maneira simples - Estímulo Intelectual: Promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa resolução de problemas. - Consideração individualizada: Dá atenção personalizada, trata cada funcionário individualmente, aconselha, orienta. Gab: D Para finalizarmos o tema liderança transacional e transformacional, vale registrar uma divergência doutrinária. “Uai, Marcelo? Mais uma?!.” Pois é. Ocorre que Antônio Amaru Maximiano, um autor nacional prestigiado pelas bancas organizadoras, afirma que Liderança Transformacional é sinônimo de Liderança Carismática, vejamos um trechinho da obra: A liderança transformacional ou carismática é definida como o estilo que se baseia na identificação entre o líder e os liderados – o líder “puxa”, não “empurra” os liderados. Ou seja, a base é oral, não calculista como no caso da liderança transacional. (Antônio Maximiano. Administração para Concursos, 2016, p.288)xii. Prof. Marcelo Soares Aula 09 Receita Federal (RFB) - Curso Completo para Auditor - Pós-Edital 46 de 103 | www.direcaoconcursos.com.br Stephen Robbins (2008) xiii, por outro lado, apesar de reconhecer existir algum nível de sobreposição, afirma que os estilos de liderança transformacional e carismática não se confundem. Apesar do entendimento do Antônio Maximiano já ter sido cobrado em provas, prevalece em concursos públicos que a liderança transformacional e liderança carismática são estilos distintos. DIVERGÊNCIA ENTRE AUTORES 1ª corrente doutrinária (majoritária): O estilo de liderança transformacional não se confunde com o estilo de liderança carismático. 2ª corrente doutrinária (Antônio Maximiano): Liderança transformacional é sinônimo de liderança carismática. Assim, terminamos a parte teórica da aula de hoje. Chegou a hora de praticar com uma bateria de questões. Forte Abraço Marcelo Soares Prof. Marcelo Soares Aula 03 47 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Resumo direcionado A liderança é um fenômeno que ocorre exclusivamente em grupos sociais. Ela é definida como uma influência interpessoal exercida em dada situação e dirigida pelo processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos (CHIAVENATO, 2016). Poder Formal Poder coercitivo (coerção) Baseado no medo. A pessoa se submete ao poder de outra por medo das consequências negativas do comportamento. Emana, portanto, da aplicação (ou possibilidade) de sanções. Poder de recompensa Baseia-se no benefício que a outra pessoa pode oferta. Trata-se da oposição do poder de coerção. Uma pessoa se submete ao poder de outra porque esta pode distribuir recompensas consideradas por aquela como valiosas. Poder legítimo (de posição ou legitimidade) Representa o poder que uma pessoa recebe pela posição hierárquica formal na organização. É a aceitação social da autoridade que um cargo possui. De maneira mais prática: é o poder que o Presidente de uma empresa possui de dar ordens aos seus empregados. Poder Pessoal Poder de Perícia (Poder de competência, Poder de Talento) É a influência exercida por alguém pela perícia, por uma habilidade específica ou conhecimento que possui. É o poder exercido, por exemplo, por um professor ou especialista em determinado assunto. Poder de referência Baseia-se na identificação com uma pessoa por esta possuir recursos ou traços desejáveis. O poder de referência emana da admiração pelo outro e do desejo de se parecer com ele. De certo modo, é bem semelhante ao carisma. Poder Carismático Alguns autores tratam poder de referência como sinônimo de poder carismático. Segundo Robbins, o poder carismático é uma extensão do poder de referência. Nesse caso, o poder emana da personalidade e do estilo de uma pessoa. O líder carismático obtém apoio dos seus seguidores porque consegue articular visões atraentes, corre riscos pessoais, demonstra sensibilidade pelo ambiente e pelas pessoas, além de ser capaz de comportamentos considerados não-convencionais. Diversos autores traçaram distinções no comportamento do indivíduo que é apenas chefe (possui autoridade formal, mas não exerce liderança) do comportamento do indivíduo que atua como um líder. Essas diferenças são frequentemente exploradas em provas, a partir da obra de Bennis (1996): Prof. Marcelo Soares Aula 03 48 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH CHEFE LÍDER Baseia o comportamento na autoridade formal X Baseia o comportamento na confiança e no relacionamento com as pessoas Exerce o controle Inspira confiança, motiva e incentiva os liderados Faz certo as coisas (eficiente) Faz as coisas certas (eficaz) Tem perspectiva de curto prazo Prioriza o longo prazo Administra Inova Foca as atividades (como e quando as coisas devem ser feitas) Foca, primordialmente, nas pessoas Podemos organizar os estudos da liderança a partir de três grandes grupos: teoria dos traços, teorias comportamentais e teorias situacionais, conforme esquema abaixo: Teoria dos traços: A primeira das teoriasda Administração sobre liderança. Pressupunha-se que algumas pessoas eram, naturalmente, extrovertidas, comunicativas, carismáticas e, assim, simplesmente nasciam como líderes. Enquanto outras pessoas, menos afortunadas, nasciam para ser liderados Teoria dos estilos de liderança de White e Lippitt Prof. Marcelo Soares Aula 03 49 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Liderança autocrática Liderança liberal Liderança democrática Tomada de decisão Apenas o líder decide e fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. Total liberalidade para a tomada de decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e assistido pelo líder Programação dos trabalhos O líder determina providências para a execução das tarefas, uma por vez, na medida em que são necessárias e de modo imprevisível para o grupo A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas alternativas ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que solicitadas. O próprio grupo esboça providências e técnicas para atingir o alvo com o aconselhamento técnico do líder. As tarefas ganham novos contornos com os debates. Divisão do trabalho O líder determina qual a tarefa que cada um deverá executar e qual será seu companheiro de trabalho. Tanto a divisão das tarefas como a escolha dos colegas ficam por conta do grupo. Absoluta falta de participação do líder. A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus próprios colegas Participação do líder O líder é pessoal e dominador nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada um. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso das coisas. Faz apenas comentários quando perguntado. O líder procura ser um membro normal do grupo. É objetivo e estimula com fatos, elogios ou críticas Ênfase Ênfase no líder Ênfase nos subordinados Ênfase nos líderes e subordinados Pesquisas da universidade de Ohio: Os autores dessa pesquisa dividiram os estilos de liderança em dois grandes grupos: a) Líderes focados na dimensão de estrutura e organização do trabalho, bem como nas tarefas a serem realizadas de modo a estabelecer metas, prazos e padrões de desempenho. Esse grupo foi classificado como Estrutura de iniciação b) Líderes preocupados em estabelecer relacionamentos de confiança e respeito no ambiente de trabalho. Esse grupo foi classificado como Consideração Teoria Bidimensional: Os líderes denominados de estrutura de iniciação (preocupados com a estruturação e organização do trabalho, das tarefas a serem executas) nos estudos de Ohio são denominados de líderes orientados para tarefas. Prof. Marcelo Soares Aula 03 50 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Os líderes denominados de consideração (líder preocupado em apoiar e estimular os liderados, preocupado em construir relacionamentos baseados em respeito e confiança) são denominados de líderes orientados para as pessoas/relacionamento. 4 Sistemas de Likert Estilo Características Sistema 1: Autoritário-coercitivo O líder decide todo o processo, o que será feito, quando será feito e como será feito. Geralmente, é encontrado em instituições com mão de obra intensiva, com nível de escolaridade mais baixo e tecnologia rudimentar. Por exemplo: seguimento voltado para a construção. Sistema 2: Autoritário- benevolente O líder toma as decisões, mas permite que os subordinados possuam alguma liberdade ou flexibilidade no desempenho das tarefas. Encontrado em empresas industriais com mão de obra e tecnologia mais especializada e apurada, mas ainda com controle sobre o comportamento das pessoas. Ex.: indústria, linhas de montagem. Sistema 3: Consultivo O líder consulta os subordinados antes de estabelecer os objetivos e tomar as decisões. É, geralmente, utilizado em empresas de serviços, como bancos e financeiras, e áreas administrativas das empresas industriais mais organizadas. Sistema 4: Participativo Apresenta como principal característica o envolvimento total dos empregados na definição dos objetivos das decisões. É o estilo recomendado por Likert, sendo, no entanto, ainda pouco encontrado na prática. É encontrado em empresas de sofisticada tecnologia, de pessoal especializado e preparado, desenvolvendo atividades extremamente complexas. Ex.: consultorias em administração e engenharia, propaganda Teoria do Grid: De forma semelhante à Teoria Bidimensional a Teoria do Grid baseia-se em duas variáveis: foco nas pessoas e o foco nas tarefas. Entretanto, Blake e Mouton propõe que esse foco pode ser mensurado em uma escala de 1 a 9. O foco máximo seria representado pelo 9 e o foco mínimo é representado pelo 1. Posição Foco Líder Nomenclatura Características 1,1 Baixo foco em tarefas Baixo foco em pessoas Laissez-faire Liderança empobrecida Grau mínimo de esforço do líder tanto para tarefas quanto para pessoas Prof. Marcelo Soares Aula 03 51 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH 1,9 Baixo foco em tarefas Alto foco em pessoas Líder Simpático Clube de campo O líder concentra todas as energias em atender as necessidades das pessoas. Cria-se um ambiente agradável e confortável para o ritmo de trabalho. 5,5 Foco médio em tarefas Foco médio em pessoas Líder intermediário Líder Meio termo ou homem organizacional Equilíbrio entre atender as necessidades das pessoas e a busca por resultados 9,1 Alto foco em tarefas Baixo foco em pessoas Líder diretivo/autocrático Autoridade Obediência ou Líder Tarefa Os resultados e a produtividade são prioridade. As necessidades das pessoas são realizadas de forma mínima 9,9 Alto foco em tarefas Alto foco em pessoas Líder integrador Liderança de Equipes Estilo ideal de liderança. Comprometimento de todo grupo com os resultados, havendo apoio, suporte e confiança por parte do líder. Teoria de Fiedler Segundo o modelo proposto por Fred Fiedler, o desempenho eficaz do grupo depende da combinação apropriada entre o estilo de interagir do líder e o de seus subordinados. (CESPE, ABIN, 2004). No intuito de moldar o seu estilo de interação, o líder deve considerar três variáveis contingenciais: relacionamento líder-liderado, estrutura da tarefa e poder de posição do líder. Teoria de Hersey e Blanchard A teoria de liderança proposta por Hersey e Blanchard propõe que o estilo de liderança a ser adotado depende, principalmente, da maturidade do liderado. Entenda maturidade como capacidade (competência) + vontade de realizar determinada tarefa. Prof. Marcelo Soares Aula 03 52 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Questões comentadas 1. FGV - IBGE - Coordenador Censitário Subárea – Reaplicação – 2020) O modelo de liderança de Fiedler é uma das primeiras e mais conhecidas teorias contingenciais de liderança. O modelo propõe que o estilo de liderança (orientado à tarefa ou orientado ao relacionamento) depende da situação ser favorável ou desfavorável ao líder. Uma situação favorável ao líder é caracterizada, entre outros aspectos, por: a) forte coesão do grupo de liderados; b) baixo poder de posição; c) alta qualificação da equipe; d) alto grau de estruturação das tarefas; e) baixo grau de estruturação das tarefas. COMENTÁRIO: Segundo o modelo proposto por Fred Fiedler, o desempenho eficaz do grupo depende da combinação apropriada entre o estilode interagir do líder e o de seus subordinados. No intuito de moldar o seu estilo de interação, o líder deve considerar três variáveis contingenciais: relacionamento líder-liderado, estrutura da tarefa e poder de posição do líder. Quanto melhor a relação líder-liderado, mais alto o grau da estrutura da tarefa e mais forte o poder da posição, mais controle o líder tem (liderança altamente favorável). Alternativa A. Errado. A relação de coesão deve ser entre o líder e os liderados. Alternativa B. Errado. A situação favorável deve ser caracterizada pelo forte poder de posição. Alternativa C. Errado. O grau de qualificação da equipe não está entre as três variáveis contingenciais da teoria de Fiedler. Alternativa D. Certo. Uma das características para uma situação favorável é o alto grau da estrutura das tarefas. Alternativa E. Errado. Baixo grau de estruturação de tarefas caracteriza situações desfavoráveis. GABARITO: D 2. FGV - IBGE - Coordenador Censitário Subárea - Reaplicação – 2020) Um administrador acaba de assumir a chefia da área de TI da organização em que trabalha. Os membros da equipe são especialistas em suas áreas de atuação, têm bastante experiência e seu trabalho é muito valorizado pela organização. No entanto, o grupo resiste ao novo chefe e não demonstra interesse em desempenhar as suas atribuições. Na situação descrita, pela teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard, o estilo de liderança adequado seria: Prof. Marcelo Soares Aula 03 53 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH a) diretivo; b) persuasivo; c) participativo; d) orientado para resultados; e) delegador. COMENTÁRIO: A teoria da curva de maturidade de Hersey e Blanchard propõe que o estilo de liderança a ser adotado depende, principalmente, da maturidade do liderado. Os autores identificaram quatro comportamentos de liderança: diretivo (ou determinar), persuasivo, participativo (compartilhar) e delegador. O comportamento de liderança mais eficaz dependerá da prontidão dos subordinados – maturidade, experiência, atitudes de trabalho, habilidades etc. O modelo propõe que a maturidade do subordinado seja classificada em quatro níveis (M1 a M4): M1: Baixa capacidade para o desempenho das tarefas e está desmotivado. M2: Possui capacidade insuficiente e um pouco de motivação ou está desmotivado e possui um pouco de capacidade de executar suas tarefas. M3: Possui capacidade, mas sua motivação é instável M4: Bastante capacitado e muito motivado “Os membros da equipe são especialistas em suas áreas de atuação, têm bastante experiência e seu trabalho é muito valorizado pela organização. No entanto, o grupo resiste ao novo chefe e não demonstra interesse em desempenhar as suas atribuições” No contexto da questão os membros da equipe são capazes porém pouco motivados. Vamos analisar as alternativas. Alternativa A. Errado. O estilo de liderança diretivo é mais orientado para tarefas e coercitivo na forma de trabalho. O líder diz o que deve ser feito e como deve ser feito. Indicado para equipes incapazes e motivadas (M1). Alternativa B. Errado. O estilo de liderança persuasivo alia uma orientação para tarefas com uma orientação para o relacionamento com os liderados, ou seja, cobra resultados, porém fornece apoio e orientação na execução das atividades. Indicado para equipes com capacidade insuficiente e um pouco de motivação ou está desmotivado e possui um pouco de capacidade de executar suas tarefas (M2). Alternativa C. Certo. O estilo de liderança participativo é a estratégia adotada quando o liderado possui capacidade para executar a tarefa (M3), assim, o papel do líder é mais de apoiar a tomada de decisão e estimular o liderado para a execução das tarefas. Alternativa D. Errado. Não há estilo de liderança voltado para tarefas na teoria da curva de maturidade de Hersey e Blanchard. Prof. Marcelo Soares Aula 03 54 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Alternativa E. Errado. O estilo de liderança delegador é astratégia adotada quando o liderado é competente e motivado para a execução das tarefas. Assim, a atuação do líder é mais discreta. Basta delegar e conceder autonomia para que o liderado execute suas atribuições. Indicado para equipes muito capazes e muito motivadas. GABARITO: C 3. FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo Municipal - Serviços Gerais - 2019) Nem todos os administradores são líderes e nem todos os líderes são administradores. Liderança e administração são dois termos próximos, mas que costumam ser confundidos. Em relação aos líderes transformacionais, é correto afirmar que eles: a) negociam a troca de recompensas por esforço e reconhecem as conquistas; b) administram por exceção: intervêm apenas quando os padrões não são alcançados; c) procuram e observam os desvios das regras e dos padrões, tomando as atitudes corretivas necessárias; d) inspiram seus liderados a transcender os próprios interesses pelo bem da organização ou do grupo; e) têm uma gestão laissez-faire, oposta à gestão autocrática. COMENTÁRIO: É necessário saber as diferenças entra líderes transacionais e transformacionais para responder essa questão. Um líder simplesmente transacional guia os seus seguidores em direção a metas estabelecidas, esclarecendo suas funções e os requisitos da sua tarefa. O líder transformacional exerce um nível de influência mais alto do que um líder transacional, pois ele consegue inspirar os seguidores para transcender seus interesses pessoais para o bem da organização. Em alguns casos, o líder transformacional consegue produzir um efeito extraordinário nos seus seguidores já que eles prestam atenção às preocupações e necessidades dos seguidores individuais, eles mudam a consciência dos seguidores sobre as questões, ajudando-os a olhar velhos problemas de novas formas, eles estimulam e inspiram seguidores a colocar para fora o esforço extra para alcançar objetivos do grupo. Vamos analisar as alternativas. As alternativas A, B, C e E são características de líderes transacionais. A única alternativa que traz corretamente uma característica dos líderes transformacionais é a alternativa D. Quer lembrar todas as características das lideranças transacionais e transformacionais? Veja: Prof. Marcelo Soares Aula 03 55 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH GABARITO: D 4. FGV - IBGE - Coordenador Censitário Subárea - 2019) O gerente de uma equipe de pessoas altamente qualificadas é conhecido por dar total liberdade aos membros da equipe para decidirem e executarem suas tarefas. Ele afirma que “meu grupo tem capacidade, motivação e maturidade para realizar o trabalho; meu papel é disponibilizar as informações e os recursos de que eles necessitam”. O estilo de liderança desse gerente é: a) carismático; b) liberal (laissez-faire); c) democrático; d) diretivo; e) transformacional. COMENTÁRIO: “meu grupo tem capacidade, motivação e maturidade para realizar o trabalho; meu papel é disponibilizar as informações e os recursos de que eles necessitam” Essa questão mistura algumas teorias sobre liderança entre as alternativas, mas fica fácil descobrir analisando esse trecho do enunciado. Prof. Marcelo Soares Aula 03 56 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Vamos analisar as alternativas. Alternativa A. Errado. A liderança carismática designa um líder inspirador, revolucionário e agente de mudança, que leva os seguidores a transcenderem seus próprios interesses e a trabalharem excepcionalmente para a concretização de objetivos. Alternativa B. Certo. A liderança liberal temcomo característica a total liberalidade para a tomada de decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. Trata-se de um estilo de liderança passiva, no qual a ênfase é posta nos subordinados. Pelas informações do enunciado, esse é o estilo adotado pelo gerente. Alternativa C. Errado. O líder democrático é aquele que tem uma postura ativa na condução das atividades e que estimula a participação dos membros do grupo nas decisões e na divisão do trabalho. Alternativa D. Errado. O estilo de liderança diretivo é mais orientado para tarefas e coercitivo na forma de trabalho. Alternativa E. Errado. O líder transformacional oferece uma visão e o sentido da missão, estimula o orgulho, ganha o respeito e a confiança. Consegue inspirar os seguidores para transcender seus interesses pessoais para o bem da organização. GABARITO: B 5. . FGV - Prefeitura de Salvador - BA - Especialista em Políticas Públicas - 2019) Em determinada organização, o administrador se baseia na teoria situacional para liderar seus subordinados. Seguindo essa teoria, ao reconhecer que possui subordinados competentes e dispostos, o administrador deve assumir uma postura de a) direção b) persuasão c) orientação d) delegação e) participação COMENTÁRIO: Questão sobre a teoria da curva de maturidade. Essa teoria de liderança foi proposta por Hersey e Blanchard e propõe que o estilo de liderança a ser adotado depende, principalmente, da maturidade do liderado. Entenda maturidade como capacidade (competência) + vontade de realizar determinada tarefa. Os autores identificaram quatro comportamentos de liderança: diretivo (determinar), persuasivo, participativo (compartilhar) e delegador. M1: Baixa capacidade para o desempenho das tarefas e está desmotivado. M2: Possui capacidade insuficiente e um pouco de motivação ou está desmotivado e possui um pouco de capacidade de executar suas tarefas. Prof. Marcelo Soares Aula 03 57 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH M3: Possui capacidade, mas sua motivação é instável M4: Bastante capacitado e muito motivado “Seguindo essa teoria, ao reconhecer que possui subordinados competentes e dispostos” Quando os subordinados possuem alto nível de competência e alta motivação o melhor estilo de liderança é o Delegador. Assim, a atuação do líder é mais discreta. Basta delegar e conceder autonomia para que o liderado execute suas atribuições. GABARITO: D 6. FGV - AL-RO - Assistente Legislativo - Técnico em Logística – 2018) A abordagem da Nova Liderança avalia o líder como um articulador, alguém capaz de dar e gerir significados e a liderança é percebida como transformacional e visionária. Sobre uma das subcategorias da Nova Liderança, assinale a afirmativa correta. a) Na liderança carismática, o líder é obedecido devido às suas qualidades excepcionais. Ele envolve os colaboradores com os objetivos estabelecidos, dominando-os intelectualmente. b) Na liderança transformacional, o líder usa a legitimidade e a autoridade inerentes ao seu cargo para exercer o seu poder. c) Na liderança transacional há um forte comprometimento com ideias visionárias. O líder ajuda a pensar e a desafiar ideias, a buscar motivos potenciais em seus seguidores. d) Na liderança carismática, o líder busca a obediência do seguidor por meio de trocas e recompensas, que podem ser econômicas, psicológicas ou políticas. e) A liderança transacional atua com base no envolvimento emocional entre líder e liderados. Não há espaço para questionamentos. COMENTÁRIO: Essa questão envolve as abordagens inspirativas sobre liderança. Essas abordagens veem os líderes como indivíduos que inspiram seus seguidores por meio de palavras, ideias e comportamentos. São as teorias de liderança carismática, transacional e transformacional. Vamos analisar as alternativas. Alternativa A. Certo. A abordagem da liderança carismática descreve o líder como uma pessoa capaz de fazer com que os liderados lhe atribuam capacidades heroicas ou extraordinárias de liderança. Os líderes carismáticos influenciam os liderados por meio de um processo de quatro etapas: • o líder articula uma visão atrativa; • o líder comunica expectativas e expressa confiança nos liderados de que vão conseguir alcançá-las; Prof. Marcelo Soares Aula 03 58 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH • o líder comunica, por meio de palavras e de ações, um novo sistema de valores. Oferece um exemplo de comportamento aos liderados; Alternativa B. Errado. A alternativa apresenta características de um estilo de liderança autocrático e transacional. Alternativa C. Errado. O estilo de liderança que oferece uma visão e o sentido da missão, estimula o orgulho, ganha o respeito, confiança, ajudando a pensar e a desafiar ideias, a buscar motivos potenciais em seus seguidores é o estilo transformacional. Alternativa D. Errado. O estilo de liderança transacional (e não carismática) negocia a troca de recompensas por esforço, promete recompensas pelo bom desempenho, reconhece as conquistas. Alternativa E. Errado. A liderança baseada no envolvimento emocional entre líder e liderados é a liderança transformacional. GABARITO: A 7. FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo - Desenvolvimento de Pessoas - 2018) A teoria da liderança situacional, proposta por Hersey e Blanchard, enfatiza as características dos liderados para determinar o comportamento de liderança mais adequado – ou seja, a teoria sustenta que o estilo de liderança mais eficaz é contingente às características dos liderados. Mais especificamente, a teoria propõe que o estilo de liderança mais eficaz depende do nível de prontidão dos subordinados, que se refere ao: a) nível das competências individuais e ao grau de satisfação com o trabalho; b) nível de engajamento e ao tipo de comprometimento organizacional; c) grau de capacidade e ao interesse em desempenhar uma determinada tarefa; d) nível de satisfação com a chefia e ao grau de proatividade do subordinado; e) grau de atração das recompensas e à percepção da relação esforço-desempenho. COMENTÁRIO: Hersey e Blanchard desenvolveram um modelo situacional de análise da liderança com ênfase nos liderados, introduzindo uma variável muito importante: a maturidade dos subordinados. A questão quer saber justamente o que é essa maturidade. Maturidade: é a capacidade e a vontade das pessoas assumirem a responsabilidade pela orientação do próprio comportamento, e pode ser dividida em: maturidade no trabalho e maturidade psicológica. • Maturidade no trabalho: refere-se à capacidade de conhecimento e treino necessários para desempenhar o trabalho, e é avaliada numa escala de quatro intervalos: 1. pouca maturidade; 2. alguma maturidade; 3. bastante maturidade; e 4. muita maturidade. Prof. Marcelo Soares Aula 03 59 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH • Maturidade psicológica: refere-se ao querer ou à vontade, o que pressupõe autoconfiança e dedicação, e é também avaliada numa escala de quatro intervalos: 1. raramente; 2. às vezes; 3. frequentemente; e 4. geralmente. Conforme exposto, alternativa correta é a letra C. GABARITO: C 8. FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo - Desenvolvimento de Pessoas - 2018 Um administrador acaba de assumir a chefia da área de operações da empresa em que trabalha. O administrador tem pouco tempo de casa e sua promoção foi vista com desconfiança e insatisfação pelos colegas de equipe. O setor é responsável por projetos importantes de melhoria e inovação na área fim de atuação da empresa. Os membros da equipe são especialistas em suas áreas de atuação e seu trabalho é bastante valorizado pelaempresa. O novo chefe entende que terá pouca liberdade para recompensar ou punir os membros da equipe. Pelo modelo contingencial de liderança de Fiedler, na situação descrita, o estilo de liderança mais eficaz seria: a) orientado para o relacionamento; b) orientado para a tarefa; c) transacional; d) transformacional; e) apoiador. COMENTÁRIO: Segundo o modelo proposto por Fred Fiedler, o desempenho eficaz do grupo depende da combinação apropriada entre o estilo de interagir do líder e o de seus subordinados. Fiedler destaca dois tipos de lideranças: - Orientada para os Relacionamentos; - Orientada para as Tarefas; No intuito de moldar o seu estilo de interação, o líder deve considerar três variáveis contingenciais: relacionamento líder-liderado, estrutura da tarefa e poder de posição do líder. Vamos analisar o contexto: A promoção a Líder passa desconfiança e insatisfação a equipe, ou seja, a Relação Líder – Liderado é baixa. As equipes de operações possuem suas tarefas bem Estruturadas e Valorizadas, ou seja, alta estrutura de tarefa. O líder tem pouca liberdade para recompensar ou punir os membros, ou seja, baixo poder de posição. Prof. Marcelo Soares Aula 03 60 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Fiedler conclui que os líderes voltados para a tarefa tendem a ter desempenho melhor em situações extremas, ou seja, que são muito favoráveis ou muito desfavoráveis para eles. Pesquisas mostraram que esse estilo de liderança pode trazer alta rotatividade e desmotivação, se utilizado por longo tempo. Em situações cotidianas e medianas, o líder orientado para pessoas é o mais adequado. Portanto, nessa situação muito desfavorável o estilo de liderança mais adequado é o orientado para tarefas. Alternativa B é a resposta correta. GABARITO: B 9. FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo - Área de Gestão de Pessoas 01- 2018) Em todas as áreas funcionais de uma empresa, os administradores exercem as funções administrativas de planejamento, organização, direção e controle. Um exemplo de exercício da função de direção na área de marketing é: a) atribuição de bônus aos vendedores; b) estruturação do departamento de marketing; c) distribuição dos vendedores por área geográfica; d) monitoração da satisfação dos clientes; e) definição da estratégia de marketing. COMENTÁRIO: A função de direção é responsável por guiar as pessoas em busca dos objetivos organizacionais. Quando se fala em direção, precisamos atentar para três palavras-chave: motivação, liderança e comunicação. Vamos analisar as alternativas. Alternativa A. Certo. Atribuição aos vendedores tem relação com pessoas e motivação, portanto, correta. Alternativa B e C. Errado. Estruturar departamentos e alocar pessoas e recursos faz parte da função de organização. Alternativa D. Errado. Monitoração dos objetivos alcançados com os pretendidos faz parte da função de controle. Alternativa E. Definir estratégias, objetivos e os meios para alcançá-los faz parte da função de planejamento. GABARITO: A 10. FGV - MPE-AL - Analista do Ministério Público - Gestão Pública– 2018) Um dos principais modelos de liderança organizacional é apresentado pela teoria situacional de Hersey e Ken Blanchard, que preconiza a ideia de que os líderes devem ajustar suas características de acordo com Prof. Marcelo Soares Aula 03 61 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH a) a influência dos acionistas. b) a competititividade do setor. c) o tamanho da organização. d) a maturidade dos subordinados. e) o tipo de negócio. COMENTÁRIO: A teoria de liderança proposta por Hersey e Blanchard propõe que o estilo de liderança a ser adotado depende, principalmente, da maturidade do liderado. Entenda maturidade como capacidade (competência) + vontade de realizar determinada tarefa. Algumas bancas organizadoras e autores utilizam o termo “grau de prontidão” para se referir ir ao conceito de maturidade. Aceite como sinônimos. Portanto, a alternativa D é a correta. Quer lembrar como é feita a curva de maturidade? Veja: O modelo propõe que a maturidade do subordinado seja classificada em quatro níveis (M1 a M4): M1: Baixa capacidade para o desempenho das tarefas e está desmotivado. M2: Possui capacidade insuficiente e um pouco de motivação ou está desmotivado e possui um pouco de capacidade de executar suas tarefas. M3: Possui capacidade, mas sua motivação é instável M4: Bastante capacitado e muito motivado Ao definir o nível de maturidade dos subordinados, o líder pode traçar uma estratégia apropriada: variando de um estilo mais presente e orientado para tarefas até um estilo que dá maior autonomia para o subordinado. Hersey e Blanchard propõe quatro estratégias, conforme detalhado abaixo: E1 – Determinar: líder mais orientado para tarefas e coercitivo na forma de trabalho. O líder dizer o que deve ser feito e como deve ser feito. É a estratégia utilizada para M1 (quando subordinado não sabe nem quer saber como fazer a tarefa). E2 – Persuadir: líder que alia uma orientação para tarefas com uma orientação para o relacionamento com os liderados, ou seja, cobra resultados, porém fornece apoio e orientação na execução das atividades. É a estratégia utilizada para o subordinado com maturidade intermediária (M2). E3 – Compartilhar – Estratégia adotada quando o liderado possui capacidade para executar a tarefa (M3), assim, o papel do líder é mais de apoiar a tomada de decisão e estimular o liderado para a execução das tarefas. E4 – Delegar – Estratégia adotada quando o liderado é competente e motivado para a execução das tarefas. Assim, a atuação do líder é mais discreta. Basta delegar e conceder autonomia para que o liderado execute suas atribuições. Prof. Marcelo Soares Aula 03 62 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH O modelo que conjunta esses níveis de maturidade com as estratégias é descrito abaixo. Destaco que a “leitura” do modelo é feita da direita para esquerda. GABARITO: D 11. FGV - SUSAM - Administrador- 2018) Com relação às atitudes e habilidades de líderes e gerentes, assinale V para afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) Um líder faz as coisas da maneira certa. ( ) Um líder focaliza as pessoas. ( ) Um gerente pergunta como e quando. ( ) Um gerente tem a perspectiva de longo prazo. As afirmativas são, respectivamente, a) F, V, V e V. b) F, V, V e F. c) F, V, F e F. d) V, V, F e V. e) V, F, F e V. Prof. Marcelo Soares Aula 03 63 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH COMENTÁRIO: O chefe é aquele indivíduo que se baseia exclusivamente no poder de autoridade (legítimo) para determinar o comportamento dos subordinados. O líder influencia os liderando independentemente de possuir ou não um cargo, ou seja, a liderança não se baseia necessariamente no poder legítimo e pode ser exercida também pelo poder carismático ou de perícia, por exemplo. Guarde uma coisa para o resto da sua vida: o chefe não necessariamente é um líder. Vamos analisar as afirmativas. (FALSO) Um líder faz as coisas da maneira certa. O chefe faz certo as coisas (eficiente) e o líder faz as coisas certas (eficaz) (VERDADEIRO) Um líder focaliza as pessoas. O líder foca primordialmente nas pessoas e o chefe foca nas atividades. (VERDADEIRO) Um gerente pergunta como e quando. O chefe foca nas atividades (como e quando as coisas devem ser feitas). (FALSO) Um gerente tem a perspectiva de longo prazo. O chefe tem perspectiva de curto prazo e o líder prioriza o longo prazo. Portanto, alternativa B está correta (F-V-V-F) Prof. Marcelo SoaresAula 03 64 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH GABARITO: B 12. FGV - TJ-SC - Analista Administrativo - 2018) Em uma organização, cinco gerentes foram avaliados de acordo com o instrumento conhecido como grade (ou grid) gerencial, proposto por Blake e Mouton, que analisa comportamentos de liderança com base em duas dimensões: preocupação com as pessoas e preocupação com a produção. Os resultados da avaliação estão apresentados abaixo: Prof. Marcelo Soares Aula 03 65 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Cada gerente está representado pela letra G, seguido de um número de identificação, de 1 a 5. De acordo com o modelo proposto por Blake e Mouton, é correto afirmar que: a) G2 é o líder meio-termo, considerado o estilo de liderança menos eficaz pelo modelo; b) G4 tem um estilo de liderança mais voltado para as necessidades dos funcionários do que G1; c) G5 tem o estilo de liderança conhecido como líder de tarefa, considerado o menos eficaz pelo modelo; d) G3 tem o estilo de liderança conhecido como líder de equipe, considerado o mais eficaz pelo modelo; e) dentre os cinco gerentes, G1 é o líder mais próximo do estilo conhecido como negligente. COMENTÁRIO: Blake e Mouton perceberam que existiam gradações (níveis) distintos na orientação para tarefa e na orientação para pessoas. Um líder nem sempre era totalmente orientado para tarefas ou totalmente orientado para pessoas conforme proposto pela Teoria Bidimensional. Ao avaliar o comportamento de um líder, Blake e Mouton atribuíam um valor (1 a 9) para o foco nas pessoas e um valor (1 a 9) para o foco nas tarefas e, posteriormente, representavam esse líder dentro de um grid (imagem da questão). Vamos analisar as alternativas. Alternativa A. Errado. G2 realmente é o líder meio-termo, mas não é o estilo menos eficaz. Através da imagem podemos perceber que o estilo menos eficaz é o G4, apresentando a mais baixa das escalas. Esse estilo de liderança possui um grau mínimo de esforço do líder tanto para tarefas quanto para pessoas. Alternativa B. Errado. Pelo contrário, o estilo G4 está em maior grau de escala com relação a preocupação com as pessoas. Alternativa C. Errado. A liderança G5 é o gerenciamento de tarefas com a maior escala para tarefas (9) mas não é o menos eficaz, sendo esse o G4. Alternativa D. Certo. O líder G3 é conhecido como líder integrador e os resultados do trabalho provêm do empenho pessoal. O comprometimento de todos leva à interdependência e à criação de um relacionamento confiante e respeitoso. Prof. Marcelo Soares Aula 03 66 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Alternativa E. Errado. A liderança G1 é conhecido como líder simpático e concentra todas as energias em atender as necessidades das pessoas. Cria-se um ambiente agradável e confortável para o ritmo de trabalho. Quer lembrar todos os estilos de liderança apontados pelo Grid gerencial? Veja: GABARITO: D 13. FGV - IBGE - Agente Censitário Municipal e Supervisor - 2017) A figura abaixo representa um instrumento conhecido como grade gerencial, proposto por Blake e Mouton. Prof. Marcelo Soares Aula 03 67 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH As letras A, B, C, D e E representam os cinco principais estilos de liderança identificados pelo modelo de Blake e Mouton. Sobre esses tipos de liderança, é correto afirmar que: a) C é o líder negligente, orientado para as necessidades dos funcionários e para a promoção de um ambiente amigável; b) D é o líder de equipe, voltado para a produção e o atingimento de objetivos; c) E é o líder meio-termo, considerado o estilo de liderança mais eficaz pelo modelo; d) B é o líder de equipe, considerado o estilo de liderança mais eficaz pelo modelo; e) A é o líder orientado para pessoas, considerado o estilo de liderança mais eficaz pelo modelo. COMENTÁRIO: Blake e Mouton perceberam que existiam gradações (níveis) distintos na orientação para tarefa e na orientação para pessoas. Um líder nem sempre era totalmente orientado para tarefas ou totalmente orientado para pessoas conforme proposto pela Teoria Bidimensional. Ao avaliar o comportamento de um líder, Blake e Mouton atribuíam um valor (1 a 9) para o foco nas pessoas e um valor (1 a 9) para o foco nas tarefas e, posteriormente, representavam esse líder dentro de um grid (imagem da questão). Vamos analisar as alternativas. Alternativa A. Errado. C é o líder negligente, mas é aquele que abdica de seu papel de liderança, exercendo um esforço mínimo para justificar sua permanência na organização (gerência empobrecida). Alternativa B. Errado. D é o líder de tarefa, esse tipo de liderança é orientado para a produção e eficiência das operações, defende a interferência mínima do elemento humano nas atividades organizacionais (gerência autoritária ou de tarefas). Alternativa C. Errado. É o líder meio termo, possui a característica de ser moderadamente orientado para as pessoas e a produção, procura um equilíbrio entre a satisfação das pessoas e as necessidades de produção (gerência de meio-termo). Não é o estilo de liderança mais eficaz. Prof. Marcelo Soares Aula 03 68 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Alternativa D. Certo. B é o líder de equipe, esse estilo de liderança é simultaneamente orientado para as pessoas e a produção, procura o comprometimento das pessoas com os objetivos organizacionais e desenvolve relações de confiança e respeito com os subordinados (gerência em equipe). É o estilo de liderança mais eficaz, uma vez que proporciona maior desempenho, maior satisfação, menor absenteísmo e menor rotatividade Alternativa E. Errado. A é o líder de pessoas, esse estilo de liderança é orientado para as necessidades dos funcionários, promove um ambiente amigável e um ritmo de trabalho confortável (gerência de clube de campo). Não é o estilo de liderança mais eficaz. GABARITO: D 14. FGV - IBGE - Agente Censitário Administrativo- 2017) As teorias de liderança que buscam identificar qualidades e características pessoais que diferenciam líderes de não líderes são conhecidas, no campo da Administração, como teorias: a) contingenciais; b) transformacionais; c) de liderança autêntica; d) dos traços; e) comportamentais. COMENTÁRIO: Essa questão envolve a evolução do estudo da liderança. Inicialmente, as primeiras hipóteses formuladas pelos estudiosos de Administração era que as pessoas nasciam líderes, ou seja, existiria um fator genético, uma espécie de “dom” inato que fazia com que determinados indivíduos possuíssem uma forte habilidade em influenciar outras pessoas. Presumindo que isso era verdade e considerando que a liderança é um aspecto fundamental para o desenvolvimento de organizações, os primeiros estudos buscaram mapear quais seriam as características de personalidade de um líder. – Teoria dos traços. A partir de diversas pesquisas científicas com destaque especial para as pesquisas desenvolvidas na Universidade de Ohio nos Estados Unidos, percebeu-se que a liderança não decorre exclusivamente de traços de personalidade, podendo ser aprendida e desenvolvida. Assim, seriam, na verdade, os comportamentos adotados pelo líder os fatores determinantes para uma boa liderança. – Teorias comportamentais da liderança. Após os modelos de liderança terem sido identificados, quantificados e mapeados percebeu-se por meio de testes empíricos (testes práticos nas empresas) que não existia um melhor comportamento do líder, ou seja, não existia uma única forma correta de liderar. Pelocontrário, a efetividade da liderança estava relacionada ao contexto no qual era ela estava inserida. – Teorias contingenciais da liderança. Prof. Marcelo Soares Aula 03 69 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Existe ainda estudos recentes e ainda incipientes sobre novas formas de liderar. Esses estudos têm dado origem ao que costumeiramente denominamos de novas abordagens de liderança ou abordagens emergentes de liderança. Conforme exposto, podemos concluir que as teorias de liderança que buscam identificar qualidades e características pessoais que diferenciam líderes de não líderes são conhecidas são as teorias dos traços (Alternativa D). Teoria dos traços Foco nas características da personalidade do líder Teorias comportamentais Foco nos estilos de liderança diante dos seguidores Teorias contingenciais Foco na adequação do comportamento do líder às diferentes características situacionais GABARITO: D 15. FGV - IBGE - Agente Censitário Administrativo - 2017) Na organização Alfa, o chefe Z transferiu o subordinado X para outra área da organização, contra a vontade deste. O poder exercido por Z sobre X foi do tipo: a) pessoal; coercitivo; b) formal; coercitivo; c) formal; de referência; d) pessoal; de competência; e) formal; de competência. COMENTÁRIO: O poder formal baseia-se na posição que o indivíduo ocupa dentro da organização e pode decorrer da (1) capacidade de coagir, (2) capacidade de recompensar, (3) autoridade formal ou (4) controle sobre as informações. O poder pessoal, por outro lado, é exercido ainda que o indivíduo não ocupe uma posição formal de poder na organização. Nesse grupo, temos: (1) poder de talento, (2) poder de referência e (3) poder carismático. Vamos analisar o contexto: Prof. Marcelo Soares Aula 03 70 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH O chefe Z transferiu o subordinado X (poder formal, baseado na posição ocupada na organização), contra a vontade desde (poder coercitivo, baseado em punições e medo) Portanto, alternativa B está correta. Quer lembrar os tipos de poder? Veja: Poder Formal Poder coercitivo (coerção) Baseado no medo. A pessoa se submete ao poder de outra por medo das consequências negativas do comportamento. Emana, portanto, da aplicação (ou possibilidade) de sanções. Poder de recompensa Baseia-se no benefício que a outra pessoa pode oferta. Trata-se da oposição do poder de coerção. Uma pessoa se submete ao poder de outra porque esta pode distribuir recompensas consideradas por aquela como valiosas. Poder legítimo (de posição ou legitimidade) Representa o poder que uma pessoa recebe pela posição hierárquica formal na organização. É a aceitação social da autoridade que um cargo possui. De maneira mais prática: é o poder que o Presidente de uma empresa possui de dar ordens aos seus empregados. Poder Pessoal Poder de Perícia (Poder de competência, Poder de Talento) É a influência exercida por alguém pela perícia, por uma habilidade específica ou conhecimento que possui. É o poder exercido, por exemplo, por um professor ou especialista em determinado assunto. Poder de referência Baseia-se na identificação com uma pessoa por esta possuir recursos ou traços desejáveis. O poder de referência emana da admiração pelo outro e do desejo de se parecer com ele. De certo modo, é bem semelhante ao carisma. Poder Carismático Alguns autores tratam poder de referência como sinônimo de poder carismático. Segundo Robbins, o poder carismático é uma extensão do poder de referência. Nesse caso, o poder emana da personalidade e do estilo de uma pessoa. O líder carismático obtém apoio dos seus seguidores porque consegue articular visões atraentes, corre riscos pessoais, demonstra sensibilidade pelo ambiente e pelas pessoas, além de ser capaz de comportamentos considerados não- convencionais. GABARITO: B Prof. Marcelo Soares Aula 03 71 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH 16. FGV - IBGE - Agente Censitário Regional- 2017) A presidente de uma grande rede de varejo é descrita pelos empregados da empresa como uma “heroína”, cuja “visão única dos negócios e ousadia inspiram a todos sermos como ela”. Também se pode observar que os empregados se expressam com o mesmo tipo de linguagem que a presidente, usam o mesmo estilo de roupas e expressam opiniões bastante semelhantes às dela. Segundo os empregados, a razão disso é que todos pertencem “a uma comunidade, uma família, mais do que a simplesmente uma empresa”. A presidente da rede de varejo é uma líder do tipo: a) democrático; b) transacional; c) autocrático; d) carismático; e) de tarefa. COMENTÁRIO: “heroína”, cuja “visão única dos negócios e ousadia inspiram a todos sermos como ela”. De acordo com a teoria da liderança carismática, os seguidores podem atribuir habilidades heroicas ou extraordinárias ao líder quando observam certos comportamentos. De cara já podemos marcar a alternativa D, mas vamos analisar as outras alternativas. Alternativa A. Errado. O estilo de liderança democrático tem como característica a participação e envolvimento dos funcionários no processo de tomada de decisões, pela delegação da autoridade e pela decisão em conjunto da forma e dos métodos de trabalho. Alternativa B. Errado. O líder transacional é aquele que guia e motiva seus subordinados na direção dos objetivos, esclarece o papel destes e as exigências da tarefa, proporciona recompensas e demonstra preocupação com as necessidades dos subordinados. Como o próprio nome indica, vê a relação com os subordinados como uma transação, uma troca, na qual o líder define metas e atribui recompensas por seu alcance. Alternativa C. Errado. O estilo de liderança autocrático caracteriza-se pela centralização da autoridade e do processo de tomada de decisão, pela determinação autoritária da forma e dos métodos de trabalho e pela baixa participação dos funcionários. Alternativa E. Errado. Os líderes orientados para a tarefa se concentram na supervisão do trabalho, na distribuição de metas e em outras atividades em detrimento da consideração do grau de satisfação das pessoas no trabalho. Prof. Marcelo Soares Aula 03 72 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH GABARITO: D 17. FGV - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa- 2017) Nem todos os administradores são líderes e nem todos os líderes são administradores. Liderança e administração são dois termos próximos, mas que costumam ser confundidos. A liderança é melhor definida da seguinte forma: a) ordem, consistência e direção por meio de planejamento; b) capacidade de influenciar pessoas para atingir metas; c) cargo de direção em uma organização; d) referência técnica ou autoridade no assunto; e) capacidade de agradar os funcionários e manter um bom clima organizacional. COMENTÁRIO: Vejamos alguns conceitos sobre liderança: Liderança é a capacidade de influenciar indivíduos para a realização de objetivos, sendo uma característica fundamental no contexto organizacional. (FGV, COMPESA,2018) Liderança é a capacidade de influenciar o comportamento das Pessoas (CETRO, TRT 12ª Região, 2008) A liderança é a capacidade de influenciar um grupo em direção ao alcance de objetivos (VUNESP, Prefeitura SJC, 2012) Perceba o uso da palavra-chave influenciar nos conceitos, as vezes é utilizado outras palavras, por exemplo, mobilizar pessoas, impulsionar pessoas, etc. É importante fixar que a liderança é a capacidade de exercer influência sobre indivíduos e grupos, necessária para o alcance dos objetivosorganizacionais. Prof. Marcelo Soares Aula 03 73 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Portanto, alternativa B está correta. GABARITO: B 18. FGV - CODEBA - Analista Portuário – Administrador - 2016) Com relação aos conceitos de liderança, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) O líder surge como um meio para a consecução dos objetivos desejado por um grupo. ( ) O processo de liderança é uma função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação. ( ) Os traços de liderança permitem que o indivíduo se adapte e lidere sob diversas conjunturas. As afirmativas acima são, respectivamente, a) V, F e V. b) F, F e V. c) F, V e V. d) V, V e V. e) V, V e F. COMENTÁRIO: Vamos analisar as afirmativas sobre liderança: (VERDADEIRO) O líder surge como um meio para a consecução dos objetivos desejado por um grupo. a liderança pode ser definida como o processo social de dirigir e influenciar o comportamento dos membros da organização, levando-os à realização de determinados objetivos. (VERDADEIRO) O processo de liderança é uma função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação. A essência das teorias da liderança situacional é a ideia de que, para ser eficaz, o estilo tem de ser adequado à situação. (FALSO) Os traços de liderança permitem que o indivíduo se adapte e lidere sob diversas conjunturas. A teoria dos traços afirmava que as pessoas nasciam líderes, ou seja, existiria um fator genético, uma espécie de “dom” inato que fazia com que determinados indivíduos possuíssem uma forte habilidade em influenciar outras pessoas. Portanto, alternativa E está correta. GABARITO: E 19. FGV – CODEBA - Analista Portuário - Administrador– 2016) Prof. Marcelo Soares Aula 03 74 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH O Perfil Organizacional de Likert situa as empresas em função do estilo de administração que nelas predomina, classificando-as em quatro sistemas de administração. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. O processo decisorial é uma das variáveis principais adotadas para a classificação dos sistemas de administração de Likert. II. No sistema de administração consultivo procura-se facilitar o fluxo de comunicação nos sentidos vertical e horizontal. III. Os limites entre os quatro sistemas são claramente definidos, segundo o nível de participação dos trabalhadores nas decisões. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIO: Likert, inspirado nas ideias da Teoria Bidimensional, desenvolveu um modelo que divide o comportamento dos líderes em quatro estilos: 1) autoritário-coercitivo, 2) autoritário-benevolente, 3) consultivo e 4) participativo. Vamos analisar as afirmativas. I. Certo. Os sistemas administrativos de Likert são caracterizados em relação a quatro variáveis: processo decisorial, sistema de comunicação, relacionamento interpessoal e sistema de recompensas e punições. II. Certo. O sistema consultivo prevê comunicações verticais no sentido descendente (mais voltadas para orientação ampla do que para ordens específicas) e ascendente, bem como comunicações laterais (horizontal) entre os pares. A empresa desenvolve sistemas internos de comunicação para facilitar o seu fluxo. III. Errado. Os quatro sistemas não têm limites definidos entre si. Uma empresa pode estar situada acima do Sistema 2 (Autoritário-Benevolente) e abaixo do Sistema 3 (Consultivo), ou seja, ao redor de 2,5. Quer rever todos os sistemas da administração de Likert? Veja o quadro: Prof. Marcelo Soares Aula 03 75 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH GABARITO: D 20. FGV – CODEBA – Técnico Portuário – 2016) Liderança é a capacidade de um administrador impulsionar a atuação de outros membros da organização. Assinale a opção que apresenta os três elementos que definem liderança de forma correta. a) Pessoas, poder e recursos. b) Pessoas, capacidades e influência. c) Poder, capacidades e influência. d) Pessoas, poder e influência. e) Capacidades, recursos, e poder. Prof. Marcelo Soares Aula 03 76 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH COMENTÁRIO: A liderança é o exercício do poder para influenciar pessoas a perseguir determinados objetivos. Assim, pode- se afirmar que os elementos que definem a liderança são: poder, pessoas e influência. Gabarito: D 21. FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Administrativa- 2016) Um órgão público com atuação em todas as unidades da federação é caracterizado pela excelente qualificação, profissionalismo e competência do quadro de funcionários. As equipes de trabalho são coesas e as tarefas fortemente estruturadas. O órgão vem enfrentando pressões no sentido de tornar-se mais efetivo no desempenho de sua missão institucional. A direção do órgão acredita que a melhoria no desempenho passa por uma mudança na cultura da empresa, especialmente no estilo de liderança. Assim, foi iniciado um processo de substituição de líderes orientados para a tarefa por líderes orientados para as pessoas. No contexto descrito, de acordo com as teorias de liderança, é provável que: a) a experiência e a competência dos funcionários substituam a liderança orientada para as pessoas; b) o porte da organização e o grau de estruturação das tarefas neutralizem a liderança orientada para as pessoas; c) a coesão dos grupos e o profissionalismo dos funcionários substituam a liderança orientada para as pessoas; d) a distribuição geográfica e a experiência dos funcionários neutralizem os efeitos de qualquer estilo de liderança; e) o porte da organização e a experiência dos funcionários neutralizem os efeitos de qualquer estilo de liderança. COMENTÁRIO: A questão fala sobre os substitutos da liderança. O conceito de substitutos de liderança sugere que as variáveis situacionais podem ser tão poderosas que substituem ou neutralizam a necessidade de liderança. Esses substitutos podem ser relativos às características dos seguidores, à tarefa ou à organização. Vamos ao contexto para entender melhor. O enunciado diz que s equipes de trabalho são coesas e as tarefas fortemente estruturadas depois menciona que foi iniciado um processo de substituição de líderes voltados para tarefas por líderes orientado para pessoas. O que seria provável de acontecer na organização com a implementação da liderança focada nas pessoas? A liderança orientada para as pessoas é menos relevante quando os seguidores já fazem parte de um grupo social coeso e integrado ou quando o trabalho é intrinsecamente satisfatório e motivador, é exatamente o que ocorre no contexto. Portanto, provavelmente a coesão dos grupos e o profissionalismo dos funcionários substituiriam a liderança orientada para pessoas. (Alternativa C) Os substitutos de liderança são uma abordagem prática que tem como objetivo ajudar os administradores a definir quais são os comportamentos de liderança mais eficazes em cada situação. Se a situação de trabalho Prof. Marcelo Soares Aula 03 77 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH possuir alguns desses substitutos de liderança, então o gerente não necessita adotar um estilo de liderança específico, podendo se dedicar a outras funções. GABARITO: C 22. FGV - SEE-PE - Professor de Administração- 2016) Os tipos de liderança são parte importante da Administração, porque afetama forma como (e quais) as decisões serão tomadas e, no limite, interferem na capacidade produtiva da organização. Independentemente do tipo de resultado alcançado é necessário que o administrador saiba reconhecer o tipo de liderança, a fim de adequar sua estratégia e o planejamento a ele. Assinale a opção que indica, respectivamente, a liderança mais centralizadora e a menos centralizadora. a) Tirânica e Democrática. b) Autocrática e Democrática. c) Autocrática e Laissez-faire. d) Tirânica e Laissez-faire. e) Democrática e Laissez-faire. COMENTÁRIO: Essa questão envolve o modelo clássico de liderança por White e Lippit. Os autores criaram um modelo que enquadrava os líderes dentro de três estilos de liderança: líder autocrático, líder democrático e líder liberal. Esse enquadramento era realizado a partir das atitudes dos líderes em relação à tomada de decisão, divisão do trabalho, atuação do líder e programação do trabalho. A liderança autocrática é caracterizada pela centralização das decisões, apenas o líder decide e fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. Na liderança autocrática as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e assistido pelo líder. Já na liderança liberal há total liberalidade para a tomada de decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder. Prof. Marcelo Soares Aula 03 78 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH A ordem da mais centralizada para a mais descentralizada fica: Autocrático => democrático=> Liberal. Portanto, Alternativa C está correta. Vale a pena mencionar o estilo tirânico ou coercitivo de liderança. Apesar de não estar entre as lideranças clássicas, o estilo tirânico é caracterizado por querer que as coisas sejam feitas, e sejam feitas agora e sem desculpas. Esse tipo de liderança se assemelha a um sargento durão do exército: inflexível, objetivo e insensível. O líder coercivo dará as instruções detalhadamente, garantindo que não haja erros. Porém, se houver erros, eles terão sérias consequências negativas. GABARITO: C 23. FGV - SEE-PE - Professor de Comércio - 2016) A liderança é essencial em todas as funções da administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas. Os estudos da liderança se referem àquilo que o líder faz, isto é, o seu estilo de comportamento para liderar. A teoria mais conhecida refere-se a três estilos de liderança. Assinale a opção que apresenta os tipos de liderança segundo o comportamento do líder em relação aos seus liderados. a) Física – intelectual – social. b) Interpessoal – funcional – redutiva. c) Autocrática – consultiva – participativa. d) Personalista – situacional – comportamental. e) Autocrática – liberal – democrática. COMENTÁRIO: Questão bem tranquila sobre o modelo clássico de liderança por White e Lippit. Os autores criaram um modelo que enquadrava os líderes dentro de três estilos de liderança: líder autocrático, líder democrático e líder liberal. Esse enquadramento era realizado a partir das atitudes dos líderes em relação à tomada de decisão, divisão do trabalho, atuação do líder e programação do trabalho. De cara já podemos marcar a alternativa E como correta. Quer lembrar as características de cada um desses estilos de liderança? Veja: Liderança autocrática Liderança liberal Liderança democrática Tomada de decisão Apenas o líder decide e fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. Total liberalidade para a tomada de decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e assistido pelo líder Programação dos trabalhos O líder determina providências para a execução das tarefas, uma por vez, na A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas O próprio grupo esboça providências e técnicas para atingir o alvo com o Prof. Marcelo Soares Aula 03 79 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH medida em que são necessárias e de modo imprevisível para o grupo alternativas ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que solicitadas. aconselhamento técnico do líder. As tarefas ganham novos contornos com os debates. Divisão do trabalho O líder determina qual a tarefa que cada um deverá executar e qual será seu companheiro de trabalho. Tanto a divisão das tarefas como a escolha dos colegas ficam por conta do grupo. Absoluta falta de participação do líder. A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus próprios colegas Participação do líder O líder é pessoal e dominador nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada um. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso das coisas. Faz apenas comentários quando perguntado. O líder procura ser um membro normal do grupo. É objetivo e estimula com fatos, elogios ou críticas Ênfase Ênfase no líder Ênfase nos subordinados Ênfase nos líderes e subordinados GABARITO: E 24. FGV - AL-BA - Técnico de Nível Superior - Administração- 2015) Com relação às teorias sobre os estilos de liderança, assinale a opção que corresponde a uma liderança do tipo laissez-faire. a) As diretrizes do trabalho são debatidas pelo grupo, com a assistência do líder. b) A divisão de tarefas fica totalmente a cargo do grupo. c) O líder procura fazer avaliações objetivas dos membros do grupo. d) O líder exerce influência dominadora sobre os membros do grupo. e) O líder incentiva a participação democrática de seus subordinados, no curso do trabalho. COMENTÁRIO: Estilo laissez-faire: evidencia-se pela total liberdade dada aos funcionários para decidir e executar o trabalho da forma como acharem correto. A única função do líder é responder às dúvidas e disponibilizar os recursos necessários. Vamos analisar as alteranativas. Alternativa A. Errado. A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas alternativas ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que solicitadas. Prof. Marcelo Soares Aula 03 80 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Alternativa B. Certo. Tanto a divisão das tarefas como a escolha dos colegas ficam por conta do grupo. Absoluta falta de participação do líder. Alternativa C. Errado. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso das coisas. Faz apenas comentários quando perguntado. Alternativa D. Errado. O líder liberal não exerce influência sobre os membros do grupo. Alternativa E. Errado. A participação do líder é limitada, apenas fornece informações quando solicitadas. GABARITO: B 25. FGV - Câmara Municipal de Caruaru - PE - Analista Legislativo - Administração- 2015) Com relação aos princípios de autoridade e responsabilidade, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) Deter autoridade delegada implica em receber uma parcela da autoridade do chefe para realizar determinada tarefa. ( ) Deve haver paridade entre a autoridade delegada e a responsabilidade assumida pelo terceiro. ( ) A delegação de autoridade a terceiros é uma das formas de reduzir a responsabilidade do chefe. As afirmativas são, respectivamente, a) F, V e F. b) F, V e V. c) V, F e F. d) V, V e F. e) F, F e V. COMENTÁRIO: Questão sobre delegação. Vamos analisar as afirmativas. (VERDADEIRO) Deter autoridade delegada implica em receber uma parcela da autoridade do chefe para realizar determinada tarefa. Delegação é o processo de transferir autoridade e responsabilidade para posições inferiores na hierarquia. (VERDADEIRO) Deve haverparidade entre a autoridade delegada e a responsabilidade assumida pelo terceiro. Designar apenas tarefas não constitui uma delegação completa. O indivíduo deve ter responsabilidade para realizar a tarefa e a autoridade para desempenhar a tarefa da maneira que julgar melhor. (FALSO) A delegação de autoridade a terceiros é uma das formas de reduzir a responsabilidade do chefe. Apesar de significar a transferência de responsabilidade e de autoridade, não reduz a responsabilidade da pessoa que a transfere, ou seja, ela continua respondendo aos administradores de nível superior. Prof. Marcelo Soares Aula 03 81 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Portanto, alternativa D está correta (V-V-F) GABARITO: D 26. FGV - Câmara Municipal de Caruaru - PE - Técnico Legislativo- 2015) A capacidade de liderar é importante em variados campos de atuação. Quando se avalia o sucesso ou o fracasso de outros, é a capacidade de liderança que pode estar em jogo. A liderança é diferente da autoridade formal e pode ser identificada ao observarmos a) as figuras de autoridade, dotadas de poder, fundamentadas nas leis que as criaram. b) a obediência do seguidor ao líder e à missão que ele representa. c) que é limitada no tempo e no espaço geográfico, social ou organizacional. d) a obediência do seguidor à lei incorporada na figura de autoridade, não à pessoa que ocupa o cargo. e) que a Lei é o instrumento para possibilitar a convivência social. COMENTÁRIO: A questão quer saber em que a liderança se diferencia da autoridade formal. Liderança é a capacidade de influenciar indivíduos para a realização de objetivos, sendo uma característica fundamental no contexto organizacional. O poder formal baseia-se na posição que o indivíduo ocupa dentro da organização e pode decorrer da (1) capacidade de coagir, (2) capacidade de recompensar, (3) autoridade formal ou (4) controle sobre as informações. Vamos analisar as alternativas. Alternativa A. Errado. A liderança não necessariamente exige poder formal para existir. A liderança baseia o comportamento na confiança e no relacionamento com as pessoas. Alternativa B. Certo. Liderança é a capacidade de exercer influência sobre indivíduos e grupos, necessária para que organizações alcancem sua missão e objetivos. Alternativa C. Errado. A liderança não é limitada no tempo e espaço geográfico, social ou organizacional. Alternativa D. Errado. O líder não baseia o comportamento na autoridade formal e sim na confiança e relacionamento com as pessoas. Alternativa E. Errado. A convivência social não está ligada diretamente a autoridade e liderança. GABARITO: B 27. FGV - DPE-MT - Administrador- 2015) Com relação aos estudos e às teorias de liderança, analise as afirmativas a seguir. Prof. Marcelo Soares Aula 03 82 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH I. A teoria dos traços reza que a liderança é inata e surge por características físicas, habilidades e personalidade. II. O líder autocrático, apesar de fixar as diretrizes, não consegue o mesmo volume de produção do líder democrático. III. O estudo sobre estilos de liderança mostra que o líder liberal é o que obtém a melhor qualidade dos produtos entregues. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIO: Essa questão envolve conceitos da teoria dos traços e das teorias comportamentais. Vamos analisar as alternativas. I. Certo. De acordo com a teoria dos traços as pessoas nasciam líderes, ou seja, existiria um fator genético, uma espécie de “dom” inato que fazia com que determinados indivíduos possuíssem uma forte habilidade em influenciar outras pessoas. II. Errado. A liderança autocrática é caracterizada pela centralização da autoridade e do processo de tomada de decisão, pela determinação autoritária da forma e dos métodos de trabalho e pela baixa participação dos funcionários. Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram maior volume de trabalho, produzido com evidentes sinais de tensão, frustração e agressividade. III. Errado. Estilo laissez-faire (liberal) evidencia-se pela total liberdade dada aos funcionários para decidir e executar o trabalho da forma como acharem correto. A única função do líder é responder às dúvidas e disponibilizar os recursos necessários. Sob liderança liberal, os grupos não se saíram bem quanto à quantidade e à qualidade, com sinais de forte individualismo, desagregação do grupo, insatisfação, agressividade e pouco respeito ao líder. Alternativa A está correta. GABARITO: A 28. FGV - TJ-SC - Analista Administrativo– 2015) Um gerente foi descrito por seus subordinados como “um verdadeiro herói, capaz de inspirar a todos, sem medo de ousar e de inovar; ele nos faz perceber que somos capazes de atingir as metas propostas, por mais difíceis que pareçam”. O gerente pode ser caracterizado como um líder: a) democrático; Prof. Marcelo Soares Aula 03 83 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH b) liberal; c) autocrático; d) participativo; e) carismático. COMENTÁRIO: A liderança na qual os liderados veem o líder de forma heroica e inspiradora é a liderança carismática. De acordo com a teoria da liderança carismática, os seguidores podem atribuir habilidades heroicas ou extraordinárias ao líder quando observam certos comportamentos. Desenvolvida por House, um dos autores da teoria caminho-meta, a teoria defende que os líderes carismáticos influenciam seus seguidores porque: • Declaram uma visão que cria um senso de pertença e de comunidade, que inspira os seguidores e garante seu comprometimento; • Declaram expectativas elevadas em relação aos subordinados, transmitindo-lhes confiança em suas habilidades para alcançar a visão expressa pelo líder; • Transmitem seus valores e crenças, estabelecendo um modelo comportamental para seus seguidores imitarem; • Estão dispostos a fazer sacrifícios e a correr riscos para demonstrar coragem e convicção com relação à sua visão. Conforme exposto, alternativa E está correta. GABARITO: E 29. FGV - Câmara Municipal do Recife-PE - Assistente Administrativo Legislativo - 2014) Prof. Marcelo Soares Aula 03 84 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH O gerente de uma equipe de oito pessoas é conhecido por ser centralizador e decidir sozinho sobre o trabalho a ser feito, raramente consultando os membros da equipe, mesmo os mais experientes. Ele alega que “o trabalho é complexo e se houver alguma falha quero ser o único responsável, poupando a equipe”. O estilo de liderança do gerente é: a) consultivo; b) democrático; c) liberal; d) assertivo; e) autocrático. COMENTÁRIO: “decidir sozinho sobre o trabalho a ser feito, raramente consultando os membros da equipe, mesmo os mais experientes” De cara já podemos perceber o estilo autocrático de liderança no enunciado. Estilo autocrático: caracteriza-se pela centralização da autoridade e do processo de tomada de decisão, pela determinação autoritária da forma e dos métodos de trabalho e pela baixa participação dos funcionários. Já sabemos que a alternativa correta é a letra E, mas vamos analisar todas as alternativas. Alternativa A e B. Errado. O estilo de liderança democrático. O estilo democrático: distingue-se pela participação e envolvimento dos funcionários no processo de tomada de decisões, pela delegação da autoridade e pela decisão em conjunto da forma e dos métodos detrabalho. Esse estilo pode ser consultivo ou participativo – o líder democrata-consultivo escuta as opiniões dos membros organizacionais, mas toma a decisão, ao passo que o democrata-participativo permite a participação destes no processo de tomada de decisão. Alternativa C. Errado. O estilo laissez-faire ou liberal evidencia-se pela total liberdade dada aos funcionários para decidir e executar o trabalho da forma como acharem correto. Alternativa D. Errado. A liderança assertiva é caracterizada por criar vínculos com a equipe, levando todos a fazerem o que é necessário para alcançar o resultado final. Assemelha-se a liderança democrática. GABARITO: E 30. FGV - COMPESA - Analista de Gestão - Gestão de Pessoas- 2014) A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal. Com relação aos diferentes tipos de poder que um líder pode exercer, analise as afirmativas a seguir. I. Poder coercitivo – O liderado percebe que o fracasso em atender às exigências do líder pode levá–lo a sofrer algum tipo de punição ou penalidade, que ele quer evitar. Prof. Marcelo Soares Aula 03 85 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH II. Poder legitimado – é o poder que se apoia na esperança de alguma recompensa, incentivo, elogio ou reconhecimento, que o liderado pretende obter do líder. III. Poder de referência – é o poder baseado na especialidade, nas aptidões ou no conhecimento técnico da pessoa. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIO: Questão sobre tipos de poder, ou seja, bases capazes de dotar uma pessoa de um potencial de influência sobre outras pessoas. Esses tipos de poder são classificados em dois grupos: poder formal e poder pessoal. O poder formal baseia-se na posição que o indivíduo ocupa dentro da organização e pode decorrer da (1) capacidade de coagir, (2) capacidade de recompensar, (3) autoridade formal ou (4) controle sobre as informações. O poder pessoal, por outro lado, é exercido ainda que o indivíduo não ocupe uma posição formal de poder na organização. Nesse grupo, temos: (1) poder de talento, (2) poder de referência e (3) poder carismático. Vamos analisar as afirmativas. I. Certo. O poder coercitivo é baseado no medo. A pessoa se submete ao poder de outra por medo das consequências negativas do comportamento. Emana, portanto, da aplicação (ou possibilidade) de sanções. II. Errado. O poder legítimo representa o poder que uma pessoa recebe pela posição hierárquica formal na organização. É a aceitação social da autoridade que um cargo possui. O poder que se apoia na esperança de alguma recompensa, incentivo, elogio ou reconhecimento é conhecido como poder de recompensa. III. Errado. O poder de influência exercida por alguém pela perícia, por uma habilidade específica ou conhecimento que possui é chamado de poder de perícia, competência ou talento. GABARITO: A 31. FGV - SEFAZ- MT - Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal - Prova 1 - 2014) O conceito de poder no ambiente organizacional é um dos mais amplamente discutidos e apresenta diversas tipificações. Uma das tipificações é a decorrente da posição hierárquica detida, ou seja, da posse de autoridade formal. A respeito do tipo de poder descrito, é correto afirmar que está relacionado ao conceito de poder Prof. Marcelo Soares Aula 03 86 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH a) coercitivo. b) legítimo c) de recompensa. d) carismático. e) de competência. COMENTÁRIO: “Uma das tipificações é a decorrente da posição hierárquica detida, ou seja, da posse de autoridade formal.” O poder caracterizado pela posição hierárquica formal na organização é o poder legítimo. Alternativa B está correta. GABARITO: B Prof. Marcelo Soares Aula 03 87 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Lista de Questões 1. FGV - IBGE - Coordenador Censitário Subárea – Reaplicação – 2020) O modelo de liderança de Fiedler é uma das primeiras e mais conhecidas teorias contingenciais de liderança. O modelo propõe que o estilo de liderança (orientado à tarefa ou orientado ao relacionamento) depende da situação ser favorável ou desfavorável ao líder. Uma situação favorável ao líder é caracterizada, entre outros aspectos, por: a) forte coesão do grupo de liderados; b) baixo poder de posição; c) alta qualificação da equipe; d) alto grau de estruturação das tarefas; e) baixo grau de estruturação das tarefas. 2. FGV - IBGE - Coordenador Censitário Subárea - Reaplicação – 2020) Um administrador acaba de assumir a chefia da área de TI da organização em que trabalha. Os membros da equipe são especialistas em suas áreas de atuação, têm bastante experiência e seu trabalho é muito valorizado pela organização. No entanto, o grupo resiste ao novo chefe e não demonstra interesse em desempenhar as suas atribuições. Na situação descrita, pela teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard, o estilo de liderança adequado seria: a) diretivo; b) persuasivo; c) participativo; d) orientado para resultados; e) delegador. 3. FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo Municipal - Serviços Gerais - 2019) Nem todos os administradores são líderes e nem todos os líderes são administradores. Liderança e administração são dois termos próximos, mas que costumam ser confundidos. Em relação aos líderes transformacionais, é correto afirmar que eles: a) negociam a troca de recompensas por esforço e reconhecem as conquistas; b) administram por exceção: intervêm apenas quando os padrões não são alcançados; c) procuram e observam os desvios das regras e dos padrões, tomando as atitudes corretivas necessárias; d) inspiram seus liderados a transcender os próprios interesses pelo bem da organização ou do grupo; e) têm uma gestão laissez-faire, oposta à gestão autocrática. Prof. Marcelo Soares Aula 03 88 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH 4. FGV - IBGE - Coordenador Censitário Subárea - 2019) O gerente de uma equipe de pessoas altamente qualificadas é conhecido por dar total liberdade aos membros da equipe para decidirem e executarem suas tarefas. Ele afirma que “meu grupo tem capacidade, motivação e maturidade para realizar o trabalho; meu papel é disponibilizar as informações e os recursos de que eles necessitam”. O estilo de liderança desse gerente é: a) carismático; b) liberal (laissez-faire); c) democrático; d) diretivo; e) transformacional. 5. . FGV - Prefeitura de Salvador - BA - Especialista em Políticas Públicas - 2019) Em determinada organização, o administrador se baseia na teoria situacional para liderar seus subordinados. Seguindo essa teoria, ao reconhecer que possui subordinados competentes e dispostos, o administrador deve assumir uma postura de a) direção b) persuasão c) orientação d) delegação e) participação 6. FGV - AL-RO - Assistente Legislativo - Técnico em Logística – 2018) A abordagem da Nova Liderança avalia o líder como um articulador, alguém capaz de dar e gerir significados e a liderança é percebida como transformacional e visionária. Sobre uma das subcategorias da Nova Liderança, assinale a afirmativa correta. a) Na liderança carismática, o líder é obedecido devido às suas qualidades excepcionais. Ele envolve os colaboradores com os objetivos estabelecidos, dominando-os intelectualmente. b) Na liderança transformacional, o líder usa a legitimidade e a autoridade inerentesao seu cargo para exercer o seu poder. c) Na liderança transacional há um forte comprometimento com ideias visionárias. O líder ajuda a pensar e a desafiar ideias, a buscar motivos potenciais em seus seguidores. d) Na liderança carismática, o líder busca a obediência do seguidor por meio de trocas e recompensas, que podem ser econômicas, psicológicas ou políticas. Prof. Marcelo Soares Aula 03 89 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH e) A liderança transacional atua com base no envolvimento emocional entre líder e liderados. Não há espaço para questionamentos. 7. FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo - Desenvolvimento de Pessoas - 2018) A teoria da liderança situacional, proposta por Hersey e Blanchard, enfatiza as características dos liderados para determinar o comportamento de liderança mais adequado – ou seja, a teoria sustenta que o estilo de liderança mais eficaz é contingente às características dos liderados. Mais especificamente, a teoria propõe que o estilo de liderança mais eficaz depende do nível de prontidão dos subordinados, que se refere ao: a) nível das competências individuais e ao grau de satisfação com o trabalho; b) nível de engajamento e ao tipo de comprometimento organizacional; c) grau de capacidade e ao interesse em desempenhar uma determinada tarefa; d) nível de satisfação com a chefia e ao grau de proatividade do subordinado; e) grau de atração das recompensas e à percepção da relação esforço-desempenho. 8. FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo - Desenvolvimento de Pessoas - 2018 Um administrador acaba de assumir a chefia da área de operações da empresa em que trabalha. O administrador tem pouco tempo de casa e sua promoção foi vista com desconfiança e insatisfação pelos colegas de equipe. O setor é responsável por projetos importantes de melhoria e inovação na área fim de atuação da empresa. Os membros da equipe são especialistas em suas áreas de atuação e seu trabalho é bastante valorizado pela empresa. O novo chefe entende que terá pouca liberdade para recompensar ou punir os membros da equipe. Pelo modelo contingencial de liderança de Fiedler, na situação descrita, o estilo de liderança mais eficaz seria: a) orientado para o relacionamento; b) orientado para a tarefa; c) transacional; d) transformacional; e) apoiador. 9. FGV - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo - Área de Gestão de Pessoas 01- 2018) Em todas as áreas funcionais de uma empresa, os administradores exercem as funções administrativas de planejamento, organização, direção e controle. Um exemplo de exercício da função de direção na área de marketing é: a) atribuição de bônus aos vendedores; b) estruturação do departamento de marketing; Prof. Marcelo Soares Aula 03 90 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH c) distribuição dos vendedores por área geográfica; d) monitoração da satisfação dos clientes; e) definição da estratégia de marketing. 10. FGV - MPE-AL - Analista do Ministério Público - Gestão Pública– 2018) Um dos principais modelos de liderança organizacional é apresentado pela teoria situacional de Hersey e Ken Blanchard, que preconiza a ideia de que os líderes devem ajustar suas características de acordo com a) a influência dos acionistas. b) a competititividade do setor. c) o tamanho da organização. d) a maturidade dos subordinados. e) o tipo de negócio. 11. FGV - SUSAM - Administrador- 2018) Com relação às atitudes e habilidades de líderes e gerentes, assinale V para afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) Um líder faz as coisas da maneira certa. ( ) Um líder focaliza as pessoas. ( ) Um gerente pergunta como e quando. ( ) Um gerente tem a perspectiva de longo prazo. As afirmativas são, respectivamente, a) F, V, V e V. b) F, V, V e F. c) F, V, F e F. d) V, V, F e V. e) V, F, F e V. 12. FGV - TJ-SC - Analista Administrativo - 2018) Em uma organização, cinco gerentes foram avaliados de acordo com o instrumento conhecido como grade (ou grid) gerencial, proposto por Blake e Mouton, que analisa comportamentos de liderança com base em duas dimensões: preocupação com as pessoas e preocupação com a produção. Os resultados da avaliação estão apresentados abaixo: Prof. Marcelo Soares Aula 03 91 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Cada gerente está representado pela letra G, seguido de um número de identificação, de 1 a 5. De acordo com o modelo proposto por Blake e Mouton, é correto afirmar que: a) G2 é o líder meio-termo, considerado o estilo de liderança menos eficaz pelo modelo; b) G4 tem um estilo de liderança mais voltado para as necessidades dos funcionários do que G1; c) G5 tem o estilo de liderança conhecido como líder de tarefa, considerado o menos eficaz pelo modelo; d) G3 tem o estilo de liderança conhecido como líder de equipe, considerado o mais eficaz pelo modelo; e) dentre os cinco gerentes, G1 é o líder mais próximo do estilo conhecido como negligente. 13. FGV - IBGE - Agente Censitário Municipal e Supervisor - 2017) A figura abaixo representa um instrumento conhecido como grade gerencial, proposto por Blake e Mouton. As letras A, B, C, D e E representam os cinco principais estilos de liderança identificados pelo modelo de Blake e Mouton. Sobre esses tipos de liderança, é correto afirmar que: a) C é o líder negligente, orientado para as necessidades dos funcionários e para a promoção de um ambiente amigável; Prof. Marcelo Soares Aula 03 92 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH b) D é o líder de equipe, voltado para a produção e o atingimento de objetivos; c) E é o líder meio-termo, considerado o estilo de liderança mais eficaz pelo modelo; d) B é o líder de equipe, considerado o estilo de liderança mais eficaz pelo modelo; e) A é o líder orientado para pessoas, considerado o estilo de liderança mais eficaz pelo modelo. 14. FGV - IBGE - Agente Censitário Administrativo- 2017) As teorias de liderança que buscam identificar qualidades e características pessoais que diferenciam líderes de não líderes são conhecidas, no campo da Administração, como teorias: a) contingenciais; b) transformacionais; c) de liderança autêntica; d) dos traços; e) comportamentais. 15. FGV - IBGE - Agente Censitário Administrativo - 2017) Na organização Alfa, o chefe Z transferiu o subordinado X para outra área da organização, contra a vontade deste. O poder exercido por Z sobre X foi do tipo: a) pessoal; coercitivo; b) formal; coercitivo; c) formal; de referência; d) pessoal; de competência; e) formal; de competência. 16. FGV - IBGE - Agente Censitário Regional- 2017) A presidente de uma grande rede de varejo é descrita pelos empregados da empresa como uma “heroína”, cuja “visão única dos negócios e ousadia inspiram a todos sermos como ela”. Também se pode observar que os empregados se expressam com o mesmo tipo de linguagem que a presidente, usam o mesmo estilo de roupas e expressam opiniões bastante semelhantes às dela. Segundo os empregados, a razão disso é que todos pertencem “a uma comunidade, uma família, mais do que a simplesmente uma empresa”. A presidente da rede de varejo é uma líder do tipo: a) democrático; b) transacional; c) autocrático; d) carismático; Prof. Marcelo Soares Aula 03 93 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH e) de tarefa. 17. FGV - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa- 2017) Nem todos os administradores são líderes e nem todos os líderes são administradores.Liderança e administração são dois termos próximos, mas que costumam ser confundidos. A liderança é melhor definida da seguinte forma: a) ordem, consistência e direção por meio de planejamento; b) capacidade de influenciar pessoas para atingir metas; c) cargo de direção em uma organização; d) referência técnica ou autoridade no assunto; e) capacidade de agradar os funcionários e manter um bom clima organizacional. 18. FGV - CODEBA - Analista Portuário – Administrador - 2016) Com relação aos conceitos de liderança, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) O líder surge como um meio para a consecução dos objetivos desejado por um grupo. ( ) O processo de liderança é uma função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação. ( ) Os traços de liderança permitem que o indivíduo se adapte e lidere sob diversas conjunturas. As afirmativas acima são, respectivamente, a) V, F e V. b) F, F e V. c) F, V e V. d) V, V e V. e) V, V e F. 19. FGV – CODEBA - Analista Portuário - Administrador– 2016) O Perfil Organizacional de Likert situa as empresas em função do estilo de administração que nelas predomina, classificando-as em quatro sistemas de administração. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. O processo decisorial é uma das variáveis principais adotadas para a classificação dos sistemas de administração de Likert. II. No sistema de administração consultivo procura-se facilitar o fluxo de comunicação nos sentidos vertical e horizontal. Prof. Marcelo Soares Aula 03 94 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH III. Os limites entre os quatro sistemas são claramente definidos, segundo o nível de participação dos trabalhadores nas decisões. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 20. FGV – CODEBA – Técnico Portuário – 2016) Liderança é a capacidade de um administrador impulsionar a atuação de outros membros da organização. Assinale a opção que apresenta os três elementos que definem liderança de forma correta. a) Pessoas, poder e recursos. b) Pessoas, capacidades e influência. c) Poder, capacidades e influência. d) Pessoas, poder e influência. e) Capacidades, recursos, e poder. 21. FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Administrativa- 2016) Um órgão público com atuação em todas as unidades da federação é caracterizado pela excelente qualificação, profissionalismo e competência do quadro de funcionários. As equipes de trabalho são coesas e as tarefas fortemente estruturadas. O órgão vem enfrentando pressões no sentido de tornar-se mais efetivo no desempenho de sua missão institucional. A direção do órgão acredita que a melhoria no desempenho passa por uma mudança na cultura da empresa, especialmente no estilo de liderança. Assim, foi iniciado um processo de substituição de líderes orientados para a tarefa por líderes orientados para as pessoas. No contexto descrito, de acordo com as teorias de liderança, é provável que: a) a experiência e a competência dos funcionários substituam a liderança orientada para as pessoas; b) o porte da organização e o grau de estruturação das tarefas neutralizem a liderança orientada para as pessoas; c) a coesão dos grupos e o profissionalismo dos funcionários substituam a liderança orientada para as pessoas; d) a distribuição geográfica e a experiência dos funcionários neutralizem os efeitos de qualquer estilo de liderança; e) o porte da organização e a experiência dos funcionários neutralizem os efeitos de qualquer estilo de liderança. Prof. Marcelo Soares Aula 03 95 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH 22. FGV - SEE-PE - Professor de Administração- 2016) Os tipos de liderança são parte importante da Administração, porque afetam a forma como (e quais) as decisões serão tomadas e, no limite, interferem na capacidade produtiva da organização. Independentemente do tipo de resultado alcançado é necessário que o administrador saiba reconhecer o tipo de liderança, a fim de adequar sua estratégia e o planejamento a ele. Assinale a opção que indica, respectivamente, a liderança mais centralizadora e a menos centralizadora. a) Tirânica e Democrática. b) Autocrática e Democrática. c) Autocrática e Laissez-faire. d) Tirânica e Laissez-faire. e) Democrática e Laissez-faire. 23. FGV - SEE-PE - Professor de Comércio - 2016) A liderança é essencial em todas as funções da administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas. Os estudos da liderança se referem àquilo que o líder faz, isto é, o seu estilo de comportamento para liderar. A teoria mais conhecida refere-se a três estilos de liderança. Assinale a opção que apresenta os tipos de liderança segundo o comportamento do líder em relação aos seus liderados. a) Física – intelectual – social. b) Interpessoal – funcional – redutiva. c) Autocrática – consultiva – participativa. d) Personalista – situacional – comportamental. e) Autocrática – liberal – democrática. 24. FGV - AL-BA - Técnico de Nível Superior - Administração- 2015) Com relação às teorias sobre os estilos de liderança, assinale a opção que corresponde a uma liderança do tipo laissez-faire. a) As diretrizes do trabalho são debatidas pelo grupo, com a assistência do líder. b) A divisão de tarefas fica totalmente a cargo do grupo. c) O líder procura fazer avaliações objetivas dos membros do grupo. d) O líder exerce influência dominadora sobre os membros do grupo. e) O líder incentiva a participação democrática de seus subordinados, no curso do trabalho. 25. FGV - Câmara Municipal de Caruaru - PE - Analista Legislativo - Administração- 2015) Com relação aos princípios de autoridade e responsabilidade, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. Prof. Marcelo Soares Aula 03 96 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH ( ) Deter autoridade delegada implica em receber uma parcela da autoridade do chefe para realizar determinada tarefa. ( ) Deve haver paridade entre a autoridade delegada e a responsabilidade assumida pelo terceiro. ( ) A delegação de autoridade a terceiros é uma das formas de reduzir a responsabilidade do chefe. As afirmativas são, respectivamente, a) F, V e F. b) F, V e V. c) V, F e F. d) V, V e F. e) F, F e V. 26. FGV - Câmara Municipal de Caruaru - PE - Técnico Legislativo- 2015) A capacidade de liderar é importante em variados campos de atuação. Quando se avalia o sucesso ou o fracasso de outros, é a capacidade de liderança que pode estar em jogo. A liderança é diferente da autoridade formal e pode ser identificada ao observarmos a) as figuras de autoridade, dotadas de poder, fundamentadas nas leis que as criaram. b) a obediência do seguidor ao líder e à missão que ele representa. c) que é limitada no tempo e no espaço geográfico, social ou organizacional. d) a obediência do seguidor à lei incorporada na figura de autoridade, não à pessoa que ocupa o cargo. e) que a Lei é o instrumento para possibilitar a convivência social. 27. FGV - DPE-MT - Administrador- 2015) Com relação aos estudos e às teorias de liderança, analise as afirmativas a seguir. I. A teoria dos traços reza que a liderança é inata e surge por características físicas, habilidades e personalidade. II. O líder autocrático, apesar de fixar as diretrizes, não consegue o mesmo volume de produção do líder democrático. III. O estudo sobre estilos de liderança mostra que o líder liberal é o que obtém a melhor qualidade dos produtosentregues. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. Prof. Marcelo Soares Aula 03 97 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 28. FGV - TJ-SC - Analista Administrativo– 2015) Um gerente foi descrito por seus subordinados como “um verdadeiro herói, capaz de inspirar a todos, sem medo de ousar e de inovar; ele nos faz perceber que somos capazes de atingir as metas propostas, por mais difíceis que pareçam”. O gerente pode ser caracterizado como um líder: a) democrático; b) liberal; c) autocrático; d) participativo; e) carismático. 29. FGV - Câmara Municipal do Recife-PE - Assistente Administrativo Legislativo - 2014) O gerente de uma equipe de oito pessoas é conhecido por ser centralizador e decidir sozinho sobre o trabalho a ser feito, raramente consultando os membros da equipe, mesmo os mais experientes. Ele alega que “o trabalho é complexo e se houver alguma falha quero ser o único responsável, poupando a equipe”. O estilo de liderança do gerente é: a) consultivo; b) democrático; c) liberal; d) assertivo; e) autocrático. 30. FGV - COMPESA - Analista de Gestão - Gestão de Pessoas- 2014) A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal. Com relação aos diferentes tipos de poder que um líder pode exercer, analise as afirmativas a seguir. I. Poder coercitivo – O liderado percebe que o fracasso em atender às exigências do líder pode levá–lo a sofrer algum tipo de punição ou penalidade, que ele quer evitar. II. Poder legitimado – é o poder que se apoia na esperança de alguma recompensa, incentivo, elogio ou reconhecimento, que o liderado pretende obter do líder. III. Poder de referência – é o poder baseado na especialidade, nas aptidões ou no conhecimento técnico da pessoa. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. Prof. Marcelo Soares Aula 03 98 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 31. FGV - SEFAZ- MT - Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal - Prova 1 - 2014) O conceito de poder no ambiente organizacional é um dos mais amplamente discutidos e apresenta diversas tipificações. Uma das tipificações é a decorrente da posição hierárquica detida, ou seja, da posse de autoridade formal. A respeito do tipo de poder descrito, é correto afirmar que está relacionado ao conceito de poder a) coercitivo. b) legítimo c) de recompensa. d) carismático. e) de competência. Prof. Marcelo Soares Aula 03 99 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Gabarito 1. D 2. C 3. D 4. B 5. D 6. A 7. C 8. B 9. A 10. D 11. B 12. D 13. D 14. D 15. B 16. D 17. B 18. E 19. D 20. D 21. C 22. C 23. E 24. B 25. D 26. B 27. A 28. E 29. E 30. A 31. B Prof. Marcelo Soares Aula 03 100 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Leituras complementares ATENÇÃO!!! As leituras complementares representam uma rodada de aprofundamento e revisão. Você só deve se preocupar com as leituras complementares caso tenha vencido todo o conteúdo do corpo de todas as aulas. Tudo que é realmente importante para sua aprovação será abordado na parte “regular” das aulas. Repito: as leituras complementares são uma rodada de aprofundamento e revisão do conteúdo e só devem ser utilizadas caso tenha vencido todo o conteúdo do edital e ainda tenha tempo disponível até a data da prova. Grau de influenciação Tópico com baixa incidência em provas Chiavenato propõe que existem níveis diferentes de influência que um líder pode exercer perante um liderado. Basicamente, são formas de influenciar os liderados: Coação Forçar, coagir ou constranger mediante pressão, coerção ou compulsão. Persuasão Prevalecer sobre uma pessoa, sem forçá-la, com conselhos, argumentos ou induções para que faça alguma coisa. Sugestão Colocar ou apresentar um plano, uma ideia ou uma proposta a uma pessoa ou grupo, para que considere, pondere ou execute Emulação Procurar imitar com vigor, para igualar-se ou ultrapassar, ou, pelo menos, chegar a ficar quase igual a alguém. UFMT – MPE/MT – Técnico Administrativo – 2012) A liderança pode ser definida como “uma influência interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida pelo processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos” (CHIAVENATO, in Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.) Numere a coluna da direita, que apresenta definições de graus de influenciação, de acordo com os graus dispostos na coluna da esquerda. 1 -Coação ( ) Procurar imitar com vigor, para igualar ou ultrapassar, ou, pelo menos, chegar a ficar quase igual a alguém. 2 - Persuasão ( ) Prevalecer sobre uma pessoa, sem forçá-la, com conselhos, argumentos ou induções para que faça alguma coisa. Prof. Marcelo Soares Aula 03 101 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH 3 - Sugestão ( ) Forçar ou constranger mediante pressão ou compulsão. 4 - Emulação ( ) Colocar ou apresentar um plano, uma ideia ou uma proposta a uma pessoa ou grupo, para que considere, pondere ou execute. Marque a sequência correta. a) 3, 1, 4, 2 b) 4, 2, 1, 3 c) 2, 4, 3, 1 d) 1, 2, 4, 3 COMENTÁRIOS: Fazendo as associações de acordo com o que aprendemos: 1 -Coação (4) Procurar imitar com vigor, para igualar ou ultrapassar, ou, pelo menos, chegar a ficar quase igual a alguém. 2 - Persuasão (2) Prevalecer sobre uma pessoa, sem forçá-la, com conselhos, argumentos ou induções para que faça alguma coisa. 3 - Sugestão (1) Forçar ou constranger mediante pressão ou compulsão. 4 - Emulação (3) Colocar ou apresentar um plano, uma ideia ou uma proposta a uma pessoa ou grupo, para que considere, pondere ou execute. Gabarito: B Prof. Marcelo Soares Aula 03 102 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH Referências CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos: os novos horizontes em administração, 3ª edição. Manole, 2015. CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática, 5ª edição. Manole, 2015. CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional, 3ª edição. Manole, 2014. CURY, Antônio . Organização e Métodos: uma visão holística, 9ª edição. Atlas, 2016. MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes: estrutura em cinco partes. Atlas, 2003. MOREIRA, Elisabete de Abreu e Lima. Administração Geral e Pública. Juspodvium, 2018. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Estrutura Organizacional: uma abordagem para resultados e competitividade, 3ª edição. Atlas: 2014. ROBBINS, Sthephen P. Comportamento Organizacional, 11ª edição. Pearson Prentice Hall, 2005. RENNÓ, Rodrigo. Administração Geral para Concursos, 2ª edição. Elsevier, 2013. i Max Weber citado por Stephen Robbins. Fundamentos do comportamento organizacional. 12 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. ii FEPESE, JUCESC, Analista Técnico em Gestão de Registro Mercantil, 2013 iii FGV, ALERO, Assistente Legislativo – Técnico em Logística, 2018. iv QUADRIX, CREF 8, Agente de Orientação e Fiscalização, 2018. v FUNDATEC, CM Triunfo,Oficial Legislativo, 2018. vi Robbins, S. Fundamentos do comportamento organizacional. 12 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014, p.259. vii Robbins, S. Comportamento Organizacional. 11 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005, p.301. viii Robbins, S. Fundamentos do comportamento organizacional. 12 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014, p.260. ix Robbins, S. Fundamentos do comportamento organizacional. 12 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014, p.262. x Robbins, S. Fundamentos do comportamento organizacional. 12 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014, p.262- 263. Robbins, S. Comportamento Organizacional. 11 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005, p.285. Prof. Marcelo Soares Aula 03 103 de 103| www.direcaoconcursos.com.br Noções de Administração para Assistente Administrativo - EBSERH xi Exemplo retirado do livro TED Talks: O guia oficial do TED para falar em público de Chris Anderson. xii Maximinano, A. Administração para Concursos. Rio de Janeiro: Forense, São Paulo: Método, 2016. xiii Robbins, S. Comportamento Organizacional. 11 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005, p.285.