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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO

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14
FAVENI-FACULDADE VENDA NOVA DO MIRANTE
CURSO PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM CENTRO CIRÚRGICO
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO
BELO JARDIM-PE
2023
FAVENI-FACULDADE VENDA NOVA DO MIRANTE
CURSO PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
XXXXXXXXXXXXXXXXXXX
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial á obtenção do título de especialista em Enfermagem Centro Cirúrgico
Orientador(a):xxxxxxxx
BELO JARDIM-PE
2023
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
O enfermeiro atua com o cumprimento de atribuições que destinam á atenção a saúde, deste compreende-se que A equipe de enfermagem deve estar intimamente relacionada com os cuidados referente a verificação do tempo correto de adequação da administração, pois isso é crítico para eficácia da profilaxia, a fim de prevenir infecções no âmbito hospitalar e em especifico no centro cirúrgico. O objetivo deste artigo é apresentar a atuação do enfermeiro no centro cirúrgico e sua contribuição na prevenção de infecções no centro cirúrgico. A relevância desta pesquisa consiste em identificar na literatura as ações de enfermagem que viabilizam a prevenção de infecções no centro cirúrgico, contemplando os objetivos da pesquisa e elucidando a pergunta condutora da pesquisa. O método adotado trata-se de uma pesquisa bibliográfica na qual foi realizada nas bases de dados de representatividade na área da saúde, fazendo o uso de palavras chaves na busca, a fim de aplicar os critérios de inclusão e exclusão para seleção dos dados para compor o embasamento teórico foi atribuído a inclusão de artigos que contem em seu contexto o tema em estudo sendo excluído os artigos repetidos e os que não tem em seu conteúdo o tema abordado bem como artigos com mais de 10 anos de publicação. Concluindo o enfermeiro é habilitado a presidir todas as etapas do ato anestésico-cirúrgico, ou seja, ele acompanhará o paciente em todo o período perioperatório, assim como irá priorizar atender as necessidades do paciente. Deste modo sua atuação no centro cirúrgico é de extrema importância, pois é ele o responsável pelo atendimento de maior contato com o paciente na unidade de saúde. Isso o torna responsável pela utilização de técnicas e rotinas que tanto previnem como minimizam o potencial de infecção dentro do local de trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; Sitio cirúrgico; Controle de Infecção; Assistência de enfermagem.
______
1- Enfermeira graduada pela Faculdade do belo Jardim. Endereço eletrônico:Enf.fabia15@gmail.com
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
DESENVOLVIMENTO	7
CONCLUSÃO	12
REFERÊNCIAS	13
INTRODUÇÃO
Compreende-se que as infecções do sítio cirúrgico correspondem às principais complicações no pós-operatório do paciente, portanto se faz necessário entender que a cerca disto o profissional de enfermagem é um dos profissionais capacitados para orientar tanto o paciente quanto seu cuidador e seus familiares sobre as medidas que contribuem efetivamente para a prevenção de infecções possibilitando o controle as infecções do sítio cirúrgico e no pós-alta. 
A construção deste trabalho tem por objetivo apresentar a atuação do enfermeiro no centro cirúrgico e sua contribuição na prevenção de infecções no centro cirúrgico. De acordo com a metodologia adotada este estudo trata-se de uma revisão da literatura realizada nas bases de dados LILACS e SCIELO, que selecionou artigos publicados nos últimos 5 anos, disponíveis na íntegra e, em português, por meio dos seguintes descritores/ palavras chave: Enfermagem; Sitio cirúrgico; Controle de Infecção; Assistência de enfermagem. Foram selecionados estudos, que em sua temática aborda sobre a atuação do enfermeiro bem como as estratégias desenvolvidas a fim de prevenir a infecção no centro cirúrgico; dentre os artigos estudados todos abordavam efetivamente sobre a atuação do enfermeiro por meio das orientações dos sinais e sintomas de infecção do sitio cirúrgico, cuidados no pós-operatório e pós-alta. 
Frente ao exposto, o problema de pesquisa elencado consiste em evidenciar a Qual é o papel do enfermeiro na prevenção das infecções no centro cirúrgico?
Como Hipótese para resolutiva desta situação problema, cabe ressaltar que frente ao estudo o enfermeiro é o principal responsável pela prevenção e controle de infecções de sítio cirúrgico, uma vez que o mesmo atua em contato constante com o paciente e gerenciando os riscos. Deste se faz necessário mencionar que, a equipe necessita estar treinada e apta para avaliação contínua e prestação de uma assistência adequada baseada em evidência e identificação precoce desses fatores de risco que desencadeiam para as infecções do sítio cirúrgico
A relevância desta pesquisa se justifica pela importância em elucidar o problema de pesquisa, bem como identificar na literatura as ações de enfermagem que viabilizam a prevenção de infecções no centro cirúrgico, contemplando os objetivos desta pesquisa além de abordar em seu contexto a temática escolhida para o estudo proporcionando a construção do conhecimento acerca do tema, enquanto acadêmico do curso de pós graduação de enfermagem em centro cirúrgico, ofertado por esta instituição de ensino, além de discorrer com base na literatura os aspectos que envolve o a atuação do enfermeiro e o seu processo de trabalho relacionado ao cuidado e a atenção á saúde na prevenção de infecções no centro cirúrgico.
Sobre a metodologia adotada para a realização desta pesquisa corresponde a uma pesquisa bibliográfica, que de acordo com GIL (2010) visa identificar, obter e consultar na bibliografia já existente, conteúdos, artigos, livros e manuais de saúde que sejam úteis para contemplar os objetivos do referido estudo, retirando as informações necessárias possibilitando a elucidação do problema de pesquisa. 
Os critérios de inclusão aplicados na seleção do material de estudo foram: artigos, teses ou dissertações disponíveis na íntegra gratuitamente em meio eletrônico, que abordassem o tema direta ou indiretamente, no período predeterminado nos últimos 5 anos, publicados na língua portuguesa ou estrangeira (traduzido). 
Sobre a exclusão do material foi aplicado durante a seleção os critérios de exclusão, que foram excluídos produções literárias que disponibilizavam somente o resumo, que não respondessem a pergunta do estudo, que eram disponibilizados em meio eletrônico com exigência de login e senha e/ou inscrição prévia com assinatura cobrada, ou pagamento para sua utilização bem como foram excluídos materiais que não estavam relacionados com o tema apresentado, que estavam em duplicidade e, não atendesse os objetivos propostos.
A elaboração do desenvolvimento deste trabalho teve um contexto enriquecido com um referencial teórico descrito após a pesquisa bibliográfica desenvolvida a partir de artigos publicados nos últimos 5 anos , a pesquisa se deu nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR, Brazilian Journal of Development – BJD, Biblioteca Virtual USP, Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online – SCIELO,Revista Mineira de Enfermagem – REME, Revista de Enfermagem Rio de Janeiro – UERJ, Revista de Enfermagem – UFPE, Revista eletrônica Acervo e Saúde, Revista Científica FUNVIC, Repositório Institucional – UFSC, Base de Dados de Enfermagem – BDENF, com o uso dos descritores com qualquer termo ou exato: Enfermagem; Sitio cirúrgico; Controle de Infecção; Assistência de enfermagem.
Deste modo contemplando as questões éticas importas na construção deste trabalho acadêmico, uma vez que foi respeitado todos os critérios estabelecidos, fazendo uso das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o que evidenciou em uma produção acadêmica uniforme e estruturada seguindo as orientações do manual para elaboração do TCC desta instituição.
DESENVOLVIMENTO
Fatores de risco para infecções de sítio cirúrgico no pré e pós-operatório A ISC, para ocorrer, depende de vários fatores não só relacionados ao meio extrínseco, mas também ao paciente. Para Barros et al. (2019), os fatores de riscos mais relacionados ao paciente são, os extremos de idade, tabagismo, alcoolismo, imunossupressão e comorbidades, como: Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial (HAS), obesidade ou desnutrição. Ferraz et al. (2019) e Cruz, Sousa e Almeida (2020), corroboram com a ideia do autor acima, mas evidenciando o tabagismo como fator de risco principal no aumentando a incidência de ISC, devido ao atraso da cicatrização da ferida operatória por conta da nicotina. 
A Anvisa preconiza a cessação do tabagismo, 30 dias antes da cirurgia no período pré-operatório. Em seu estudo, Nolan et al. (2017), relatam que a incidência de ISC aumenta duas vezes mais, devido ao uso do tabaco. Braz et al. (2018) e Dalpiaz et al. (2019), citam que no período pré e pós-operatório o tempo de internação também é um fator de risco importante, pois quanto mais tempo o paciente permanece na unidade hospitalar mais ele estará propício a colonização da flora por germes multirresistentes. É recomendado internação prévia para realização da cirurgia eletiva, menor ou equivalente a 24 horas (ANVISA, 2017). 
Para que as medidas de prevenção e controle sejam implantadas, Barros et al. (2019), dizem que é essencial que os profissionais, em especial a enfermagem, saibam os fatores de riscos para que eles possam intervir juntamente com as medidas, a fim de reduzir a taxa de ISC.
Ações do Enfermeiro e as medidas de prevenção e controle de infecção de sítio cirúrgico Para Krummenauer et al. (2021) e Barros et al. (2019), a profissão mais importante que presta os cuidados cirúrgicos ao paciente é a enfermagem. 
A enfermagem na área cirúrgica tem o papel de garantir a qualidade assistencial a fim de prevenir a infecção do sítio cirúrgico. Embora muitas das ações desenvolvidas seja pela equipe multiprofissional, a enfermagem tem destaque devido a sua interação na maioria dos processos relacionados à prevenção e controle, e por isso, é considerado um dos serviços mais estratégico para diminuir as taxas de infecção do sítio cirúrgico no período pré, intra e pós-operatório. 
O que refere ao Pré-operatório Segundo Krummenauer et al. (2021), as variáveis preditoras associadas a prevenção de ISC para a análise ele considerou as medidas mais importantes no pré-operatório: controle glicêmico antes da cirurgia, controle glicêmico após a cirurgia, realização de procedimento anterior à cirurgia, banho pré-operatório com clorexidina, higiene oral com clorexidina, degermação da pele com clorexidina, antissepsia da pele com solução combinada de gluconato de clorexidina a 2% e álcool isopropílico a 70%, antissepsia da pele com clorexidina e iodopovidona, profilaxia antimicrobiana (30 a 60 min antes da incisão), profilaxia estendida (> 24 horas), normotermia (35,5 a 38,3ºC). 
Com relação à adesão, Calegari et al. (2021), afirma que a adesão ao banho pré-operatório esteve presente em todos os procedimentos em seu estudo. Já no estudo de Oliveira e Gama (2015), essa adesão foi de 83,33% entre os pacientes avaliados. Isso demonstra que, apesar da estratégia de banho ser simples e de baixo custo, sua adesão pode variar conforme a instituição e assim reduzir a incidência de ISC. 
De acordo com a ANVISA (2017), banho pré-operatório pode ser realizado com sabão neutro ou antisséptico (clorexidina 2%), a depender do procedimento cirúrgico a ser realizado, na noite anterior ao dia da cirurgia. Este procedimento é considerado uma boa prática clínica, onde a enfermagem tem que garantir que a pele esteja o mais limpa possível antes da cirurgia e assim reduzir a carga bacteriana (GARCIA;OLIVEIRA, 2020). 
Ainda de acordo com os autores essa análise sobre a indicação do banho pré-operatório, Garcia e Oliveira (2020), afirmam que apenas 6,6% dos médicos e 7,8% da equipe de enfermagem citaram sua 21 indicação correta e somente 40,0% e 6,8% respectivamente, mencionaram que este banho deve ocorrer na noite que antecede a na manhã da cirurgia. 
Ainda, de acordo com Franco et al. (2017), citam que o banho pré-operatório com a utilização da solução de clorexidina 4%, revelou que para garantir a sua efetividade devem se realizar dois banhos sequenciais com uma pausa de um minuto antes do enxague e dispensar para cada banho 118 ml da solução. Segundo a autora, essa técnica proporciona concentrações máximas de gluconato de clorexidina na superfície da pele (16,5 µg/cm2), o suficiente para inibir ou matar patógenos Gram-positivos e negativos da ferida operatória. 
De acordo com ANVISA (2017), caso ocorra a necessidade de remoção de pelos, devem ser realizados em uma antessala fora da sala de cirurgia, mais próximo possível do horário do procedimento com uso de tricotomizador elétrico de lâminas descartáveis que façam tonsura dos pelos. É vedada a utilização de lâminas pois a mesma faz microlesões na pele, sendo uma abertura para o alojamento de bactérias e, portanto, à contaminação aumentando o risco de ocorrência de infecção. 
Em seu estudo, Garcia e Oliveira (2020), corroboram que a medida acima é considerada como padrão ouro para prevenção de ISC e ressalta que a enfermagem tem um papel de liderança essencial acerca das práticas para prevenção de ISC. Além dos fatores de risco relacionados ao procedimento cirúrgico citados acima no pré-operatório, a antibioticoprofilaxia administrada em até uma hora antes da incisão foi relacionada como fator protetivo para o desenvolvimento de ISC (BRAZ et al., 2018). 
Em concordância com o autor acima, Andrade et al. (2021), afirmam que a antibioticoprofilaxia é uma intervenção viável para aplicação na prática clínica tendo um maior custo-benefício comparado ao tratamento da ISC. Ainda, Krummenauer et al. (2021), evidenciaram que os pacientes que não receberam a profilaxia antes da incisão cirúrgica tiveram 2,57 vezes mais disposição a ISC do que os pacientes que receberam. 
No que diz respeito ao Intra-operatório, Krummenauer et al. (2021) e Dalpiaz et al. (2019), evidenciaram em seu estudo que a manutenção e controle da normotermia como uma das medidas principais para não obter ISC. Identificaram-se falta de registros e não execução de procedimentos ou checagem. 
A enfermagem é a principal responsável por adotar medidas preventivas e educacionais para todos envolvidos, por meio de um processo de sensibilização coletiva, que prevê a execução de ações e registros da checagem das mesmas nos prontuários de atendimento. Recomenda-se 22 a utilização de monitorização na artéria pulmonar para controle da normotermia de ≥ 35,5°C, pois a hipotermia perioperatória predispõe a maior risco de ISC (ANVISA, 2017). 
Cruz; Sousa e Almeida (2020), relatam que o controle glicêmico diminui a taxa de ISC, e que embora seja um fator modificável, pois o planejamento com controle glicêmico rígido imediatamente reduz significamente as taxas de infecção pós-operatória, torna-se uma ação indispensável e basilar na prática da enfermagem. 
Em concordância, Krummenauer et al. (2021), afirmam que o peri-operatório é necessário o controle glicêmico como um dos fatores importantes para prevenir a ISC,em pacientes diabéticos e não diabéticos. A enfermagem deve usar estratégias implementadas para o controle glicêmico e atuar em conjunto com anestesiologista para intervir na prevenção da ISC. 
Ademais, Krummenauer et al. (2021), salienta que a solução de preparação da pele é um fator importante na prevenção de ISC e os compostos à base de iodo podem ser semelhantes à clorexidina. Para Andrade et al. (2021), a finalidade dessa intervenção é evitar a entrada de germes no local da ferida operatória, além de garantir que não haja detritos ou gordura no local e assim diminuir o risco de desenvolvimento de ISC. 
A Anvisa (2017) preconiza a degermação com clorexidina 2% e álcool isopropílico a 70% antissepsia antes da incisão operatória a fim de reduzir a carga bacteriana, antes da aplicação de solução antisséptica. No pacote de cuidados para prevenção criado por Braz et al. (2018), afirmam que o antibiótico profilático é uma das ações para prevenção de ISC. 
A equipe de enfermagem deve estar intimamente relacionada com os cuidados referente a verificação do tempo correto de adequação da administração, pois isso é crítico para eficácia da profilaxia. 
Frente ao período Pós-operatório, Calegari et al. (2021), evidenciam a importância do uso do curativo estéril após a cirurgia para prevenção de ISC, em seu estudo essa medida teve adesão de 95%. A Enfermagem, tem um papel essencial nesse processo em manter as condições estéreis, evitando a contaminação e proliferação de microorganismo ao final da cirurgia, pois o curativo catua como uma barreira física para proteger a incisão e absorver o exsudato da ferida operatória, além de ajudar no processo de cicatrização
CONCLUSÃO
Concluiu-se que o enfermeiro atua na prevenção e controle de infecções do sitio cirúrgico e no momento pós- alta, por meio das orientações de sinais e sintomas de infecção, bem como os cuidados com o curativo, higiene das mãos, como também vigilância pós-alta por meio do contato telefônico e visita domiciliar. 
Sabe-se que o enfermeiro é habilitado a presidir todas as etapas do ato anestésico-cirúrgico, ou seja, ele acompanhará o paciente em todo o período peri-operatório, assim como irá priorizar atender as necessidades do paciente. Embora o enfermeiro seja principal responsável nas ações de prevenção e controle de infecções do sitio cirúrgico no momento pós-alta, ainda existe a falta de atuação do mesmo para orientações dessas medidas preventivas.
Trazendo resolutiva ao problema de pesquisa temos o papel do enfermeiro na prevenção das infecções no centro cirúrgico como sendo uma atuação de extrema importância, uma vez que o enfermeiro é o responsável pelo atendimento de maior contato com o paciente na unidade de saúde. Isso o torna responsável pela utilização de técnicas e rotinas que tanto previnem como minimizam o potencial de infecção dentro do local de trabalho.
REFERÊNCIAS 
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde. 2.ed. Brasília: ANVISA, 2017. 
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 4º cap., p. 85. Brasília, 2017.
ANDRADE, G. V. et al. Surgical site infection prevention bundle for children submitted to cardiac surgery. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v.55, p. 1- 9, 2021
BARROS, C. S. M. A. et al.Infecções de sítio cirúrgico: incidência e perfil de resistência antimicrobiana em Unidade de Terapia Intensiva. Rev baiana enferm. 2019;33:e 33595. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1098713. Acesso em: 21 jan. 2022. 
BRAZ, N. J. et al. Infecção do sítio cirúrgico em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas: uma análise do perfil epidemiológico. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro Minas Gerais, v.8, p. 1-9, 2018
CALEGARI, I. B. et al. Adesão às medidas para prevenção de infecção do sítio cirúrgico no perioperatório: estudo de coorte. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2021
CRUZ, D.F.; SOUSA, E.R.F.; ALMEIDA, C.E. Fatores de riscos para mediastinite no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Rev. Pesq.: cuid. Fundam. Online, Rio de Janeiro, v.12, p. 973- 976, 2020. Disponível: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1119071. Acesso em: 21 fev. 2022.
DALPIAZ, J.; PAGNUSSAT, L.R.; HAHN, S.R. Artroplastia de quadril em idosos hospitalizados e o uso de antibioticoprofilaxia. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, Santa Cruz do Sul, v. 8, p. 465-471, 2018
FERRAZ, Á.A. et al. Infecção de sítio cirúrgico após cirurgia bariátrica: resultados de uma abordagem com pacote de cuidados. Rev. Col. Bras. Cir, São Paulo,v. 46, p. 1- 8, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rcbc/a/nwt7WprwNxsLCHDfkQX5VMc/?lang=pt. Acesso em: 28 jan 2022.
FRANCO, L.M.C. et al. Efeitos do banho pré-operatório na prevenção de infecção cirúrgica: estudo clínico piloto. REME – Rev. Min. Enferm. 2017
GARCIA, T.F.; OLIVEIRA, A.C. Índice autorreferido pela equipe de ortopedia sobre a prevenção de infecção do sítio cirúrgico. Rev. Enferm. Foco, Brasil, p. 18- 24, 2020.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. Ed; São Paulo: Atlas, 2010.
KRUMMENAUER, E.C. et al. Adesão aos protocolos de atendimentos para a não infecção de sítio cirúrgico de coluna. Rev. Enferm. UFSM, v.11 e 78, p. 1- 18, 2021
NOLAN, M.B. et al. Association between smoking status, preoperative exhaled carbon, monoxide levels, and postoperative surgical site infection in patients undergoing elective surgery. JAMA, v.5, 2017
OLIVEIRA, A.C.; GAMA, C.S. Avaliação da adesão às medidas para a prevenção de infecções do sítio cirúrgico pela equipe cirúrgica. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v. 49, p. 767- 774, 2015

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