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Taciana Jacinto de Almeida Natal/RN PLANTAS MEDICINAIS, FITOTERAPIA E CONHECIMENTOS POPULARES Origem O uso de plantas com finalidade terapêutica, remota ao início da civilização; A prática milenar ultrapassou gerações e apresenta o saber popular; Sua utilização engloba e/ou englobou as práticas mágicas, místicas e religiosas. (ALVIM et al, 2011) Origem Acredita-se que seu uso como forma de tratamento tenha dado início na Índia e se expandido para a China e resto do Oriente Médio; A China é conhecida como o país de maior tradição no emprego de ervas para fins terapêuticos. (ALVIM et al, 2011) Origem Por volta de 500 a.C. Hipócrates fazia uso medicinal de centenas de espécies de plantas aromáticas. Cita, em suas obras, mais de 400 plantas, entre elas: papoula, alecrim, sálvia e artemísia. Fundamentou a sua prática e a sua forma de compreender o organismo humano, incluindo a personalidade, na teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra), e afirmava que de acordo com os estados da mente, ou o ser entra em equilíbrio (eucrasia), ou em doença e dor (discrasia). Origem No Brasil, a origem empírica advém das culturas indígena, africana e europeia. (ALVIM et al, 2011) Origem Formada pelos radicais gregos phyton (planta) e therapia (tratamento). 90% dos produtos são de origem vegetal; Na prática, também são utilizados produtos de origem animal e mineral. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Decreto n. 5.813 de 22 de junho de 2006. Objetivo geral: garantir à população o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, desenvolvimento da cadeia de produção e industrial. (BRASIL, 2006) Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Publicação da Instrução Normativa nº 5 em 2008, que regulamentava as 36 espécies de plantas medicinais de registro simplificado junto à ANVISA. Em 2009, foi publicada a RENISUS – Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS, que listava 71 espécies de especial interesse do SUS para uso medicinal. Em 2010, a ANVISA publicou a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 10, que regulamentava a comercialização de drogas vegetais de venda isenta de prescrição médica destinados ao consumidor final, sendo 66 plantas. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Ainda em 2010, a RDC nº 14 dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos; A RDC nº 17 dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos; e Portaria nº 886 institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Farmácias Vivas Surgiram há cerca de 30 anos como projeto da Universidade Federal do Ceará para promover assistência social farmacêutica às comunidades com ênfase à Atenção Primária. Foi criado como forma de devolver a ciência das plantas medicinais para a comunidade, levando-lhes o ensinamento do uso correto e os conhecimentos populares. (BRASIL, 2012) Modelo Farmácia Viva I São desenvolvidas as atividades de cultivo, a partir da instalação de hortas de plantas medicinais em unidades de farmácias vivas comunitárias e/ou Unidades do SUS, tornando acessível à população assistidas a planta medicinal in natura e a orientação sobre a correta preparação e uso dos remédios caseiros. (BRASIL, 2012) Modelo Farmácia Viva II São desenvolvidas as atividades de produção, dispersão de plantas medicinais secas (droga vegetal). Deverá possuir uma adequada estrutura de processamento da matéria-prima vegetal, visando tornar acessível à população planta medicinal seca. Poderá ainda desenvolver as atividades previstas no modelo I. (BRASIL, 2012) Modelo Farmácia Viva III Se destina à preparação de fitoterápicos padronizados, preparados em áreas específicas para as operações farmacêuticas, de acordo com as “Boas Práticas de Preparação de Fitoterápicos”, visando ao provimento das Unidades do SUS. Ainda poderá realizar atividades previstas para o modelo I e II. (BRASIL, 2012) Grupo de plantas Plantas medicinais: Temperos medicinais: Plantas alimentícias: (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Funcionamento da fitoterapia Usa-se plantas que possuem substâncias ativas responsáveis por seus efeitos; As plantas serão mais efetivas quando são associadas entre si gerando fórmulas. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Funcionamento da fitoterapia Fórmulas simples – contêm apenas um ou dois componentes; Fórmulas complexas – contêm muitos componentes; Fórmulas magistrais – são fórmulas complexas, desenvolvidas e testadas ao longo do tempo, com bons resultados. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Funcionamento da fitoterapia - preparação Infusão – é o chá comum, quando se verte água fervente sobre as plantas. Decocção – é o cozimento das plantas medicinais em fogo baixo. Garrafada – as plantas são colocadas dentro de uma garrafa de bebida alcoólica, para a preparação de medicamento. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Funcionamento da fitoterapia - preparação Extrato – obtido através da retirada das substâncias ativas das plantas para serem usadas diretamente. Xarope – é elaborado com extrato da planta, misturado com mel ou melado de açúcar. Pó – a planta é moída e peneirada até se tornar um pó fino. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Funcionamento da fitoterapia - preparação Cápsulas – o extrato seco é colocado dentro de cápsulas de gelatina. Supositórios – o extrato das plantas é misturado com vaselina e/ou manteiga de cacau. Banhos – o infuso é usado para lavar a parte afetada pela doença. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Funcionamento da fitoterapia - preparação Compressas – envoltas em gaze ou pano úmido, são indicadas para aplicação local. Emplastos – as plantas são picadas e misturadas com um veículo oleoso, como o azeite. Inalação – as ervas são colocadas em água fervente e a pessoa aspira seus vapores. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Planta medicinal e fitoterápico Medicamentos fitoterápicos (MF) – medicamentos obtidos de plantas medicinais. Empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros). São considerados MF os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade. Planta medicinal e fitoterápico Produto tradicional fitoterápico (PTF) – obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na literatura técnico científica e que sejam concebidos para serem utilizados sem a vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de prescrição ou de monitorização. MF X PTF MF X PTF Vantagens da fitoterapia Baixo custo e fácil administração; Sua prática poderá ser utilizada em pequenas cidades, onde o acesso aos medicamentos é mais difícil; Algumas pessoas podem cultivar suas próprias ervas; Apresenta bons resultados gerais, com pouquíssimos efeitos colaterais ou quase nenhum. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Desvantagens da fitoterapia A dificuldade do acesso a maioria das plantas; A qualidade de algumas plantas comercializadas são duvidosas e podem estar contaminadas; Médicos e demais profissionais que não conhecem a fitoterapia; Muitas vezes o gosto de determinados chás são desagradáveis; O uso prolongado de uma mesma planta deve ser evitado, não ultrapassando mais de 30 dias. (BOTSARIS; MEKLER, 2004) Preparações de remédios caseiros Utilizar água filtrada ou fervida; Lavar as mãos e manter as unhas limpas; Prender os cabelos e ou cobri-los com lenço; Evitar falar próximo ao que está sendo preparado; Observar se todos os utensílios estão devidamente limpos; Utilizar frasco do tipo maionese limpo e escaldado como instrumento de medida, colheres, copos e xícaras. Preparações Infusão – colocar água fervente sobre a erva (folhas, flores ou caules finos) dentro de umavasilha, tampar e deixar de 5 a 10 minutos em repouso, coar em seguida. Decocção ou cozimento – colocar a planta na água fria e levar a ferver de 10 a 20 minutos, após cozimento deixar em repouso de 10 a 15 minutos e depois coar. Método indicado quando se utiliza partes duras de raízes, caules, sementes e frutos secos. Preparações Maceração – coloca a planta, amassada ou picada, de molho em água fria de 10 a 24 horas, dependendo das partes utilizadas. Folhas, sementes e partes tenras ficam de 10 a 12 horas. Talos, cascas e raízes duras, de 22 a 24 horas. Coar após o tempo determinado. Lambedor Colocar o açúcar e água numa panela e aquecer até formar um mel (não deixar caramelizar). Depois, coloque a parte do vegetal a ser utilizado e aqueça durante 3 a 6 minutos. Deixar em repouso por 2 horas, após esse tempo coar. Deve ser guardado em recipiente bem limpo, fechado e em geladeira. Usar o preparo por no máximo 7 dias. Não deverá ser usado caso apareça grumos brancos, sinal de coalho ou cheiro azedo. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. _______._______ Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política Nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BOTSARIS, Alex. Medicina Complementar. ed. Nova Era, 2004. SALLES, Léia Fortes; SILVA, Mª Júlia P. Enfermagem e as Práticas Complementares em Saúde. ed. Yendis, 2011. Slide 1: Slide 2: Origem Slide 3: Origem Slide 4: Origem Slide 5: Origem Slide 6: Origem Slide 7: Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Slide 8: Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Slide 9: Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Slide 10: Farmácias Vivas Slide 11: Modelo Farmácia Viva I Slide 12: Modelo Farmácia Viva II Slide 13: Modelo Farmácia Viva III Slide 14: Grupo de plantas Slide 15: Funcionamento da fitoterapia Slide 16: Funcionamento da fitoterapia Slide 17: Funcionamento da fitoterapia - preparação Slide 18: Funcionamento da fitoterapia - preparação Slide 19: Funcionamento da fitoterapia - preparação Slide 20: Funcionamento da fitoterapia - preparação Slide 21: Planta medicinal e fitoterápico Slide 22: Planta medicinal e fitoterápico Slide 23: MF X PTF Slide 24: MF X PTF Slide 25: Vantagens da fitoterapia Slide 26: Desvantagens da fitoterapia Slide 27: Preparações de remédios caseiros Slide 28: Preparações Slide 29: Preparações Slide 30: Lambedor Slide 31: Referências Slide 32
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