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A Saúde Mental da População LGBTQI.

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A Saúde Mental da População LGBTQI+
Diferença entre Orientação Sexual e Identidade Gênero
No século XIX surgiu discussões de diferenças entre homem e mulher, as discussões em torno desta temática reforçavam discursos de privilégios e poder de um sexo sobre outro. (SANTOS, 2016). Foram questionadas e estudadas as diferenças em torno dos sexos biológicos, entretanto eram formas de continuar colocando o masculino em lugares privilegiados, construindo o que chamamos de normatização heterossexual, formando “construtor” social de gênero: homem e mulher. Sendo esperado algumas características de comportamento, função, e papéis de um homem e uma mulher. “Negando as várias formas de manifestação de sexualidade”. 
Após as contribuições de Freud a amplitude de sexualidade ganhara evidências, abrindo porta para discussões sobre a desconstruções de determinismo sobre sexualidade. (SANTOS, 2016). Atualmente podemos definir orientação sexual, a quem se dirige o desejo ou atração sexual de um indivíduo para outro. Podendo ser classificado como heterossexual, quando a atração é dirigida ao sexo oposto, homossexual: atração sexual ou afetiva é destinada ao mesmo sexo biológico, e bissexual: quando a atração se direciona aos dois sexos biológicos. 
A partir dos “construtos”, a identidade de gênero é como o sujeito se identifica entre ser homem ou ser mulher, qual do gênero se enxerga. De modo que existe uma padronização do que é ser homem ou ser mulher- gênero, do que o indivíduo geneticamente carrega como cromossomos, hormônios e órgão genital. Sabendo disso, esses princípios não define uma classificação definida para uma pessoa se identificar ou se orientar sexualmente, e se expressar dentro dos padrões imposto pelo normativo, como demonstra seu gênero de forma a vestir, interagir. A partir desses princípios básicos podemos compreender a amplitude da sexualidade, e diversas formas de expressão de gênero.
Significado das Letrinhas LGBTQI+
A importância da sigla LGBTQI+ foi com uma forma de inclusão para todas as orientações sexuais e identidade de gênero, com isso agregar todos que fazem partem da comunidade 
São elas: 
Lésbicas - São mulheres sentem atração por outras mulheres 
Gay- São homens sentem atração por outros homens 
Bissexual - São pessoas sentem atração por ambos gêneros
Transexuais- São pessoas não se identifica com gênero que foi concedido com seu sexo biológico 
Queer- São para pessoas que não se rotulam em gênero, transita pelos gêneros fluidos não pelos papeis impostos pela sociedade 
Intersexual – Pessoas que tem os dois órgãos genitais, que não se encaixa na alternativa homem ou mulher 
+ ele representa os outros movimentos da comunidade como os assexuados, os aliados, as drags, entre outras pessoas.
Saúde Mental da População LGBTQ+
A pauta LGBQI+ no Brasil tem ganhado visibilidade e sendo cada vez mais discutida tanto no meio acadêmico quanto por políticos, vale ressaltar que mesmo estando no século XX| ainda podemos notar muito preconceito e intolerância com pessoas LGBTQI+, vindo até mesmo do próprio presidente da república que deveria promover ações para conscientização da população e não espalhar o ódio e o repúdio que o mesmo tem por se dizer conservador, o preconceito muitas vezes é encontrado dentro da própria casa e essa rejeição pode acabar desencadeando ansiedade, depressão ou até mesmo o suicídio dessas pessoa.
Preconceito, Discriminação, Estigmas e os feitos na Saúde Mental da População LGBTQIA+
Segundo Mendes e Silva, 2020, O Brasil é o país a 13 anos topo do ranking de pais que mais mata pessoas transexuais no mundo de cada 10 mortes no mundo 04 ocorre no Brasil, as principais vítimas são mulheres trans e travestis que trabalham como profissionais do sexo, e transsexuais são considerados afeminados pelos seus assassinos. 
Saúde mental da população LGBTQIA+ um dos principais fatores que atingem em imensidade a violência onde estão inseridos o tempo inteiro, os descasos vira sofrimentos sempre, os estigmas estão inseridos, como muitas pessoas não tem nome social respeitado quando estão na sala de espera de um consultório.
 
A Importância da Psicologia na Saúde Mental da População LGBTQIA+
Para entender a importância da Psicologia, primeiramente é preciso compreender de onde surge todo sofrimento da população LGBTQIA+, que é o preconceito. 
Ele é uma opinião formada sem enxame crítico, sem fundamento e feito de maneira generalizada, que acaba influenciando atos contra grupos, e a comunidade LGBTQIA+ sofre em níveis alarmantes de preconceito, trazendo consequências fisiológicas e psicológicos (Herek & Garnets, 2007). 
E muito desse preconceito vem da patologização da homossexualidade, que antes chamada de "Homossexualismo", remetia a doença, e o reconhecimento da homossexualidade veio entre os anos 1985 a 1990, quando o termo com o sufixo "ISMO" foi retirado pelo Conselho Federal de Medicina e, logo depois, essa mudança foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, houve também a Resolução formulada em 1999 pelo Conselho Federal de Psicologia, que impedia os psicólogos de exercerem atividades antes utilizadas como "cura gay", porque mesmo depois de ter sido descacterizado como doença em 1990, alguns ainda utilizavam técnicas do tipo. 
Alguns dados encontrados explicitam os índices altos de preconceito: 
Existem achados que apontam que jovens LGBT que experimentam preconceito e rejeição na família e outras redes de apoio podem estar de quatro a oito vezes mais propensos a tentativas de suicídio (Costa et al., 2017; Haas et al., 2011; Ryan, Huebner, Diaz, & Sanchez, 2009). 
 Mulheres lésbicas estão sujeitas à objetificação e automonitoramento persistentes, podendo ocasionar risco para transtornos alimentares (Feldman & Meyer, 2007). 
Os níveis de depressão, ansiedade, abuso de substâncias, tentativas de suicídio e suicídios consumados entre pessoas não-heterossexuais e transexuais são mais elevados do que na população heterossexual e cisgênero. 
Diante de um cenário de violência, tão difícil de se viver, como por exemplo para pessoas trans, o papel de profissionais da psicologia é proporcionar um acolhimento de qualidade, trazer outras formas de se enxergar, porque as vezes ser absorvido para si todo preconceito escutado dentro e fora de casa, reforçar a construção de redes de apoio, que possam ajudar na ressignificação de situações dolorosas, sejam essas redes construídas por familiares, amigos ou pessoas da mesma comunidade.
Referências:
Guimarães, RCP. Estigma e Diversidade Sexual nos Discursos dos (as) profissionais do SUS: desafios para a saúde da população LGBT. Brasília, DF: Universidade de Brasília. (Tese de Doutorado), Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2018. 176 p.
 Irineu, BA & Froemming, CN (Organizadoras). Gênero, Sexualidade e Direitos: construindo políticas de enfrentamento ao sexismo e a homofobia. Palmas: SECADI/MEC, 2012. 257 p
 Zimerman, A (Organizador). Políticas LGBTI+: desigualdade regional e as políticas públicas. Santo André, SP: Universidade Federal do ABC, v. 14, 2020. 100 p.
 Mendes, WG & Silva, CMFP. Homicídios da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) no Brasil: Uma Análise Espacial. Cien Saude Colet, 2020/Jan. Acessado em: 14/02/2020. Disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/homicidios-da-populacao-de-lesbicas-gays-bissexuais-travestis-transexuais-ou-transgeneros-lgbt-no-brasil-uma-analise-espacial/17498
Gênero, sexualidade e educação: reflexões em contextos escolares. In: SANTOS, Claudiana. Gênero na psicologia, saberes e práticas. Salvador, 2016.
MELO, Talita. SOBREIRA, Maura. Diferença entre orientação sexual e identidade de gênero. Temas em saúde, volume 18, número 3, p. (1-24), 2018.