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Ficha Clínica

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Ficha Clínica – Paciente Cerveja
Espécie: Felino		Raça: SRD	Data de entrada:21/08/2022
Gênero: M		Idade: 1 ano
Responsável: Giovanna Santana Di Tolvo
Animal deu entrada com queixa de dificuldade ao urinar. Animal esta sem urinar há 2 dias, relata internação 1 mês antes pelo mesmo motivo onde foi feita a desobstrução do canal urinário.
Relata apatia, dificuldade em locomoção, apetite seletivo, anúria.
Solicitados exames: Hemograma completo, ultrassonografia, raio-x.
Após resultados dos exames paciente foi encaminhado para uma penectomia de emergência para a desobstrução do fluxo urinário no animal.
Após a penectomia paciente foi colocado na sonda uretral para manter o canal aberto e facilitar a saída da urina por 14 dias. Foi orientado repouso total e paciente ficou com o colar elisabetano por 21 dias para não danificar os pontos e o local da cirurgia. 
 
A obstrução uretral é uma das maiores complicações, sendo mais comum em machos, (pelo menor diâmetro da uretra), animais com idade entre um e sete anos, alimentação exclusivamente seca e baixa ingestão hídrica, além de sobrepeso, hábitos sedentários e que vivem em colônias (LITTLE, 2017).
 A obstrução uretral pode ocorrer por infecções do trato urinário, malformações anatômicas, alterações no ambiente e comportamentais, disfunções neurológicas, plugs, otólitos e traumas, porém cerca de 60 a 85% dos casos é descrito como idiopática (JERICÓ et al., 2019). Ao realizar a avaliação de um felino com síndrome de pandora, é necessário identificar e determinar se há obstrução uretral. Sinais como disúria, estranguria, iscúria, lambedura excessiva da região peniana, vocalização ao usar a caixa de areia, pode determinar obstrução uretral (NELSON; COUTO, 2021). 
De acordo com Jericó et al (2019) independente da causa, a obstrução uretral pode levar à azotemia pós-renal, alterações hidroeletrolíticas causam arritmia e diminuição na contratilidade cardíaca, o desequilíbrio acido-básico como acidose metabólica, alterações no sistema nervoso, depressão e coma. Na tentativa compensatória, o organismo ocasiona aumento na frequência respiratória, o baixo débito cardíaco pode causar acidose láctica, e levar o animal a óbito. 
Assim que for constatada a obstrução uretral, o animal deve ser encaminhado para realização de uma cistocentese para descomprimir bexiga, deve-se iniciar a desobstrução com uma massagem na parte distal do pênis, na tentativa de remover um tampão que esteja desobstruindo, em seguida deve ser realizada a desobstrução por sondagem, a fim de 6 reestabelecer o fluxo urinário, e a fim de preservar a integridade do trato urinário, sem que seja necessário a realização de cirurgias (NELSON; COUTO, 2021)
Para Fossum (2021) a uretrostomia perineal pode ser indicada para prevenir recidivas de obstrução uretral em gatos-machos, quando não há possibilidade de desobstrução por cateterização, ou se houver estenose secundária à cateterizações anteriores. Desse modo, este trabalho tem como objetivo relatar o caso de um felino macho, com histórico de seguidas obstruções uretrais, que foi submetido à uretrostomia perineal, como alternativa imediata de tratamento parcial para obstrução uretral

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