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DOENÇAS REGIONAIS PARTE 6: LEPTOSPIROSE G I O V A N N E N O B R E P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O 2 0 2 3 LEPTOSPIROSE Fisiopatologia Manifestações clínicas Diagnostico Conduta Tratamento •Leptospira (espiroqueta) •14 espécies patogênicas (L. interrogans) •Sorovares: +200 (pode desenvolver a doença por várias vezes. •Transmissão: contato com urina de animais infectados (pele lesionada, mucosa ou pele integra por tempo prolongado) •Risco: profissões de exposição, enchentes... •Roedores, cães, bois, porcos, cavalos. •Distribuição universal (Endêmico no Brasil) •Maior incidência em áreas com: proliferação de roedores, saneamento inadequado, enchentes... •Prova: contato com esgoto, ratos, enchentes... •Periodo de incubação: 1- 30 dias (média de 5-14) • Doença bifásica: 1-Fase precoce (85-90%): leptospiremica (sintomas clínicos são consequencia da infecção pelo agente etiológico-infecciosa) 2-Fase tardia (até 15%): Imune (as consequências são relacionadas a resposta imune e não a presença do ag. etiológico) •Espiroqueta Leptospira interrogans, aeróbicos obrigatórios, viáveis em solo úmido/ água por semanas-meses, precisam de hospedeiro animal sinantrópico, ex. anfíbios, mamífero e repteis e ratos •Reservado em rins e elimina pela urina, penetra em abrasões cutâneas e mucosas (oral, faríngea e conjuntiva) Fase precoce: •Autolimitada (3-7 dias) •Quadro febril agudo, cefaleia, mialgia e mal- estar. •Sinais sugestivos de leptospirose precoce: mialgia (principalmente em panturrilhas), acometimento conjutival (hiperemia, hemorragia) exantema (comum no tronco, porém tibial é mais sugestivo). Fase Tardia: •Após 7 dias •Manifestações de gravi- dade (Hemorragia pulmo- nar-50% de letalidade) •Sindrome de Weil: •Ictericia: ‘’rubínica’’ (tom alaranjado) •Insuficiencia renal aguda (não oligurica e hipocale- mica) •Hemorragia (mais comum e pulmonar com aguda e sangramento maçiço) •Complicações: IRA (40%) Meningite asséptica (sintomas de meningite, porém glicose em liquor normal-elevação de linfócitos e proteínas) • Alterações laboratoriais: •Hemograma: leucocitose e neutrofilia plaquetopenia •Aumento de BD •Aumento de CPK •Aumento de TGO E TGP •Perfil Renal: dano renal (aumento de creatinina) – hipopotassemia ( K+) •Casos graves pode haver um grande aumento de BD porém transaminasas pouco elevadas. •Radiografia de Torax: hemorragia alveolar •Diagnostico: •microaglutinação e ELISA (IGG e IGM apartir da segunda semana) •Identificação: cultura ou PCR •leptospira é de difícil cultivo (1 semana: sangue e 2 semana na urina e liquor). •Fase precoce: tratamento Ambulatorial •Fase Tardia ou manifestações de gravidade: Internação hospitalar •Sinais de alerta: Sindrome de weil, vômitos persis-tentes, dispneia, taquipneia (SDRA) alteração do nível de consciência, hipotensão, arritimias, oliguria. Critérios de alta: •S/ hemorragias •S/ plaquetopenia •S/ manifestações pulmonares •S/ Disfunção renal •Quimioprofilaxia: Exposição prolongada e de alto risco Doxiciclina 200mg 1 vez por semana •Medidas de suporte + Antibiótico (maior efeito na fase precoce) Fase precoce: 5-7dias Amoxicilina 500mg 8/8hrs Doxiciclina 100mg 12/12 Fase Tardia (casos graves): 7 dias: •Penicilina G cristalina 1.500.000U IV 6/6hrs •Ampicilina 1g IV 6/6hrs •Ceftriaxona 1 a 2g/dia Reação inflamatória súbita ao início do tratamento: (espiroquetas causam esta reação) manter antibió- tico + sintomáticos •Contraindicações: AINEs e corticoides. •Suporte ventilatório: Insuficiência respiratória aguda, hemorragia pulmonar ou SDRA. •Disfunção renal não oligurica (hidratação cautelosa) •Disfunção renal oligúrica: Hemodiálise
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