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A Obesidade está associada a: O receptor de insulina é composto por 2 subunidades: ● ALFA: São extracelulares ● BETA: são intracelulares (aumenta atividade) Essas subunidades estão ligadas por pontes dissulfeto (uma ligação covalente simples resultante da junção de dois grupos tiol). O receptor de insulina apresentam atividade tirosina quinase intrínseca, ou seja, após a conexão da insulina ao seu receptor, ele vai se “autofosforilar” em múltiplos resíduos de tirosina quinase como demonstrado na figura (1158, 1162 e 1163). Assim, após aumento da glicemia e posterior liberação de insulina, nos tecidos como adiposo e músculo, a insulina se liga ao seu receptor na subunidade alfa, iniciando a sinalização intracelular com a autofosforilação da subunidade beta, o ATP intracelular doa um fosfato ao receptor e substratos de receptores de insulina. Em resposta a propagação deste sinal, proteínas citoplasmáticas subsequentes tornam-se alvo, que são os substratos de receptores de insulina que após a autofosforilação da subunidade beta, também são fosforilados em tirosinaquinase e desencadeiam as respostas celulares. DEFINIÇÕES PI3 QUINASE ou PI3Ks - família de enzimas envolvidas em funções celulares tais como crescimento celular, proliferação, diferenciação, mobilidade, sobrevivência e tráfego intracelular. GLUT4 - transportadores insulina-dependente, mais abundante nas membranas celulares do músculo esquelético, cardíaco e tecido adiposo. AKT - proteína cinase específica de serina/treonina cuja forma ativa proporciona um controle no crescimento e proliferação celular, bem como induz um “sinal de sobrevivência” para a proteção de células contra a apoptose. TUG - Proteína intimamente ligada a um receptor celular de glicose, o GLUT4, único receptor da substância que fica no interior das células (os restantes ficam em sua superfície). AS160 - Intermediária na via de sinalização da insulina, ativada após fosforilação da AKT. mTOR - proteína distal a AKT, diretamente associada a síntese proteica, crescimento e metabolismo energético. Hipertrofia (ex: obesidade) - Aumento dos adipócitos. Hiperplasia - Aumento do número de células. 1. Após a fosforilação da AKT, a proteína AS160, que apresenta várias vesículas citoplasmáticas ricas em GLUT4, é ativada e ativa as pequenas proteínas TUG ao redor do GLUT4, permitindo a exocitose deste transportador das vesículas para que ele então se transloque a membrana celular e internalize e glicose. 2. Os efeitos metabólicos da insulina, é o aumento da síntese de proteína e ácidos graxos. A fosforilação a AKT é a etapa limitante na cascata de sinalização da insulina, induzindo a atividade mTOR, proteína diretamente associada a síntese proteica, crescimento e metabolismo energético. A ação da insulina sobre a síntese de ácidos graxos está diretamente associado a expressão do fator de transcrição SREBP1c, responsável pela expressão e síntese das enzimas lipogênicas e assim síntese de ácidos graxos e posteriormente de triglicérides. Efeitos da insulina no tecido muscular e adiposo: ● Medeia fusão, recrutamento e inserção de GLUT4 na membrana celular: dependente, em parte, pelo aumento da PI3 quinase e da ativação de AKT; ● A insulina nesses tecidos estimula a exocitose do GLUT4 e ao mesmo tempo inibe a endocitose; ● Após a ligação da insulina ao seu receptor, ocorre um aumento rápido da( quantidade do GLUT4 na membrana celular; Sem insulina, a concentração de GLUT4 na membrana é muito baixa, fazendo com que a proteína AS160 retenha em vesículas intracelulares GLUT4 no tecido 3. No músculo e fígado, AKT induz a síntese de glicogênio por ativar indiretamente a glicogênio sintase. Com isso, ambos os tecidos iniciam a produção de glicogênio (glicogênese). ● O último efeito metabólico imediato da insulina é a sua ação sobre inibição da glicogenólise (quebra do glicogênio) e inibição produção hepática de glicose, por meio da redução da neoglicogênese; ● A insulina sinaliza a fosforilação da proteína# FOXO, mantendo-a inativa no citoplasma. A FOXO liga no núcleo à sequência responsiva à insulina no promotor das enzimas-chave da neogligogênese: glicose6 fosfatase e fosfoenol piruvato carboxiquinase. A figura representa um adipócito (circulo “mostarda” dentro do tecido adiposo). O tecido adiposo possui adipócitos, que são células especializadas em armazenar triglicérides e uma única gotícula de gordura grande. Essa gotícula grande é responsável pelo deslocamento do núcleo para a periferia. Após o consumo de uma refeição, ocorre o aumento de glicemia, que leva a liberação de insulina pelas células beta-pancreáticas. A insulina se liga ao seu receptor no adipócito e desencadeia toda cascata de sinalização, com a fosforilação dos substratos de receptor de insulina, fosforilação da pi3quinase fosforilação da AKT, translocação do GLUT4 e internalização da glicose. Ao mesmo tempo desencadeia sinal para fosforilação da LIPASE HORMÔNIO SENSÍVEL: ● Enzima limitante na quebra de triglicérides, deixando-a inativa no citoplasma; ● Insulina estimula a lipoproteína lipase a liberação de ácidos graxos das lipoproteínas circulantes VLDL LDL liberando AG para os adipositos e internalizando-os nessas células. LIPOGÊNESE Toda via para síntese de TG e armazenamento na gotícula de gordura é induzida pelo aumento da concentração de insulina: ● leva maior captação de glicose, inativação da lipase hormônio sensível, captação dos ácidos graxos pelos adiposito; ● esterificação na glicerol3fosfato, formando e armazenando triglicérides. A Lipogênese é a síntese de ácidos graxos e triglicérides, que serão armazenados subsequentemente no fígado e no tecido adiposo. A Lipogênese é regulada por vários fatores, entre os quais estão os elementos nutricional, hormonal e genético. LIPASES - ASPECTOS GERAIS A lipase pancreática quebra as gorduras dos alimentos para elas entrarem na circulação como ácidos graxos e colesterol livre. As gorduras devem estar esterificadas novamente para serem transportadas ou armazenadas no tecido adiposo. As lipases quebram essas ligações ésteres e liberam na circulação os ácidos graxos e colesterol livres ou não esterificados. Essas formas são as utilizadas como matéria-prima para serem consumidos como fonte energética ou estocadas como uma poupança de energia, no caso dos triglicérides; e servirem de matéria-prima para reações intracelulares como a formação do hormônios esteróides, no caso do colesterol. LIPASE LIPOPROTEICA ● Após a alimentação, a lipase lipoproteica entra em ação para quebrar os triglicérides. Essa enzima está na superfície dos vasos sanguíneos do tecido adiposo e muscular. ● A lipase lipoproteica capta os triglicérides das lipoproteínas que estão passando por aqueles tecidos e quebra as ligações ésteres, liberando glicerol e ácidos graxos livres, para que eles entrem nos tecidos periféricos ou extra-hepáticos para que sejam utilizados ou armazenados. ● A lipase lipoproteica está mais ativa na fase pós-alimentar, estimulada pela insulina, que está alta nessa fase. O objetivo é recarregar o corpo de energia e armazenar alguma também. Ação da lipase lipoproteica, estimulada pela insulina no período pós-prandial Nesse estado de resistência a insulina, a maior concentração de ácidos graxos circulantes permite que produtos intermediários da metabolização dos AG acumulem no interior do adipócito e no interior do músculo esquelético. Então eu terá maior concentração de produtos intermediários de ácidos graxos como Acetil-Coa e diacetilgliceróis. E a maior concentração desses produto intermediários leva a maior atividade de serinas quínases como IKK, JUNK e PKC. RESISTÊNCIA À INSULINA: ● A sinalização não acontece: Sem a ativação de AKT, não há translocação de GLUT4 e não há captação da glicose pro interior da célula; ● Glicemia elevada, como resultado pós-prandial, a insulina está em alta concentração e ao mesmo tempo está liberando altas concentrações de ácidos graxos para o fígado. Como resultado, não impede lipólise,ou seja, permanece a membrana da gotícula de gordura constantemente fosforilando e quebrando o complex pirilipina CGI58, que ativa ETGL dando início a lipólise e liberação de ácidos graxos; ● A RI e Inflamação no adiposo contribuem para o agravamento de RI em outros tecidos, como músculo e fígado, por meio de secreção de AGL e moléculas inflamatórias como citocinas. ● Os adipócitos secretam inúmeros fatores que prejudicam o sinal da insulina quando se encontram hipertrofiados. ● Fígado: Incapaz de inibir GLICONEOGÊNESE e GLICOGENÓLISE. ● A RESISTÊNCIA À INSULINA compreende alterações na via clássica de transmissão do sinal da insulina: RSs/PI3q/AKT. ● Hipotálamo e Músculo esquelético são as primeiras células a se tornarem resistentes à insulina; seguidos de fígado e endotélio; por último, após alguns meses, o tecido adiposo. ● Desde o primeiro estágio de obesidade, o tecido adiposo passa passa por um processo de remodelação. Com a hipertrofia dos adipócitos, o TA secreta muitos fatores quimiotáxicos para induzir infiltração de macrófagos (induzem mudanças inflamatórias). TNf-alfa induz liberação de AG livres via lipólise e ativação de serinas qunases, que leva a RI e Respostas Inflamatórias. ● Hipertrigliceridemia é um tipo de hiperlipidemia causada por níveis séricos (sanguíneos) dos triglicerídeos (triacilgliceróis) acima de 150mg/dL em adultos; ● Está associada ao estado de Resistência à Insulina e DM.