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Do Poder Judiciário
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RORAIMA
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DO PODER JUDICIÁRIO
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
A função típica do Poder Judiciário é exercer a jurisdição, ou seja, garantir 
que os direitos previstos na legislação sejam respeitados. Para isso, o Judiciário 
se vale de diversos órgãos estaduais. Vale destacar que o Poder Judiciário só 
existe no âmbito da União e dos Estados, já os Municípios contam apenas com 
os Poderes Executivo e Legislativo.
O Distrito Federal possui uma peculiaridade, pois, apesar de não possuir 
órgãos próprio do Poder Judiciário, no DF existe o Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal e Territórios (TJDFT), que é organizado e mantido pela União. No Estado 
de Roraima, funcionam os órgãos da Justiça Estadual e esses irão desempenhar 
as competências que não são próprias dos órgãos da União.
A União possui quatro tipos de justiça: do trabalho, militar, eleitoral e federal. 
Aquilo que não for de competência desses quatro tipos de justiça será de com-
petência dos Estados (competência residual).
Art. 68. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Tribunal de Justiça;
II – os Tribunais do Júri;
III – os Juízes de Direito e Juízes Substitutos;
IV – a Justiça Militar;
V – os Juizados Especiais;
VI – os Juizados de Pequenas Causas e;
VII – os Juizados de Paz.
Os juízes de direito e os juízes substitutos são órgãos de primeira instância 
da Justiça Estadual, já o Tribunal de Justiça é o órgão de segunda instância 
responsável pelo julgamento dos recursos contra as decisões proferidas pelos 
juízes de primeira instância.
A Justiça Militar irá julgar os crimes militares praticados pelos militares esta-
duais como os policiais militares e integrantes do Corpo de Bombeiros Militar. 
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Nesse sentido, são órgãos de primeira instância os juízes auditores e os Con-
selhos de Sentença da Justiça Militar. Como no Estado de Roraima não há um 
Tribunal de Justiça Militar, quem será responsável pela segunda instância da 
Justiça Militar será o próprio Tribunal de Justiça do Estado.
Os Juizados de Paz possuem competência para celebrar casamentos, rea-
lizar conciliações e outras atividades que forem designadas a eles por lei. Os 
Tribunais do Júri possuem competência para julgar crimes dolosos contra a vida, 
inclusive os praticados por militares contra civis.
Já os Juizados Especiais e os Juizados de Pequenas Causas irão julgar casos 
mais simples de natureza civil e também penal (como é o caso das infrações 
penais de menor potencial ofensivo). A Lei de Organização e Divisão Judiciária 
definirá a competência específica de cada um desses órgãos.
Art. 69. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
Nesse sentido, o Poder Judiciário possui competência para gerir a si próprio, 
pois em sua estrutura existem órgãos administrativos que irão desempenhar 
todas as atividades-meio necessárias para o seu funcionamento. Além disso, o 
Judiciário conta com autonomia financeira, ou seja, possui um orçamento espe-
cífico que será gasto da maneira que melhor lhe convier dentro daquilo que está 
previsto na legislação.
Art. 69. (...) § 1º O Tribunal de Justiça elaborará proposta orçamentária do Poder 
Judiciário dentro dos limites estipulados, conjuntamente com os demais Poderes, 
na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Essa proposta orçamentária é uma estimativa de quanto de dinheiro o Poder 
Judiciário necessitará para custear todas as suas despesas do ano seguinte. 
Essa proposta será feita pelo Tribunal de Justiça, mas deve compreender todos 
os órgãos do Judiciário estadual.
Após a sua confecção, essa proposta será encaminhada ao Governador do 
Estado, que juntará todas as demais propostas dos demais órgãos estaduais 
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para formar o projeto de Lei Orçamentária Anual. Esse projeto será encaminhado 
para a aprovação do Legislativo e, posteriormente, o Governador do Estado irá 
sancionar a Lei Orçamentária Anual.
Os limites da proposta orçamentária que deve ser realizada pelo Poder Judi-
ciário encontram-se previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Se, porven-
tura, o Judiciário não observar esses limites, então o Governador poderá realizar 
os ajustes necessários.
Art. 69. (...) § 2º Quando o regular exercício do Poder Judiciário for tolhido pela 
não-satisfação oportuna das dotações que lhe correspondam, caberá ao Tribunal 
de Justiça, pela maioria absoluta de seus membros, solicitar ao Supremo Tribunal 
Federal intervenção da União no Estado.
É o Poder Executivo que detém todos os recursos do Estado; logo, se por 
algum motivo o Executivo deixa de repassar os recursos pertencentes ao Judici-
ário, este poderá recorrer ao STF de modo a solicitar a intervenção federal sobre 
o Estado para se garantir o correto repasse dos recursos. Essa situação é tão 
grave que pode acabar gerando o impeachment do Governador do Estado.
Direto do concurso
1. (CESPE/2012) O Poder Judiciário possui autonomia administrativa e financeira, 
cabendo ao Tribunal de Justiça do Estado de Roraima (TJ/RR) elaborar a pro-
posta orçamentária relativa a esse poder de acordo com os limites estipulados 
conjuntamente com os demais poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Comentário
Atenção ao disposto no § 1º do art. 69 da Constituição do Estado de Roraima.
O art. 70 da Constituição do Estado de Roraima dispõe acerca dos precató-
rios. Quando o Poder Judiciário condena o Estado a realizar um pagamento para 
alguém, em regra esse pagamento é feito por meio de precatórios:
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Art. 70. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos 
pela Fazenda Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, serão feitos 
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à 
conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas 
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais.
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de 
verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas 
em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, 
fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus 
valores atualizados monetariamente.
§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao Poder 
Judiciário, recolhendo-se as importâncias respectivas à repartição competente, ca-
bendo ao Presidente do Tribunal de Justiça determinar o pagamento segundo as 
possibilidades do depósito e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente 
para o caso de preterição de seu direito de precedência, o sequestro da quantia 
necessária à satisfação do débito.
OOs..:� O assunto relativo aos precatórios possui pouca incidência em provas de 
concursos públicos, contudo recomenda-se a leitura dos dispositivos que 
tratam dessa questão.
Art. 71. Lei de iniciativa do TriOunal de Justiça disporá sobre a estrutura e fun-
cionamento do Poder Judiciário, disciplinando a organização e a Divisão Judi-
ciária do Estado, criando e provendo os cargos de carreira da Magistratura e dos 
seus serviços auxiliares, verificando-se esse provimento mediante Concurso PúOli-
co de provas e de provas e títulos, segundo os princípios da Constituição Federal.
A lei de que trata o art. 71 (acima) é a Lei de Organização e Divisão Judiciária 
do Estado de Roraima. Essa lei estabelece, na prática,como funciona o Poder 
Judiciário do Estado. Nesse sentido, quem pode apresentar projeto de lei sobre 
esse assunto é apenas o Tribunal de Justiça (competência exclusiva).
Outro ponto relevante do art. 71 diz respeito aos concursos públicos para a 
Magistratura, que devem ser de provas e títulos, diferentemente do que ocorre 
no provimento de outros cargos do Poder Judiciário, que pode ser somente por 
meio de concurso de provas.
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OOs..:� As garantias previstas no art. 72 da Constituição do Estado de Roraima 
também são asseguradas aos membros do Ministério Público (comum e 
de contas) e também aos membros dos Tribunais de Contas (auditores e 
conselheiros).
GABARITO
1. C
������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Ismael Noronha. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.
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