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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I Livro Eletrônico 2 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ........................................................................... 3 Introdução ........................................................................................................................................ 3 Bancos na Era Digital: Atualidade, Tendências e Desafios .................................................... 3 Internet Banking .............................................................................................................................. 7 Mobile Banking ................................................................................................................................ 7 Open Banking ................................................................................................................................... 9 Objetivos ......................................................................................................................................... 10 Instituições Participantes ............................................................................................................ 11 Novos Modelos de Negócios .......................................................................................................12 Startups .......................................................................................................................................... 14 Fintechs ............................................................................................................................................ 17 Regulamentação ........................................................................................................................... 18 Big Techs ......................................................................................................................................... 22 Regulação ....................................................................................................................................... 23 Bancos-Sombra (Shadow Banking) .......................................................................................... 23 Riscos do Crescimento do Shadow-Banking ........................................................................... 25 Questões de Concurso ................................................................................................................. 26 Gabarito ...........................................................................................................................................38 Gabarito Comentado .................................................................................................................... 39 Sumário O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO – PARTE I Introdução Olá, concurseiro (a). Como vão as coisas? Vamos iniciar nossa jornada no conteúdo que tem sido chamado de Atualidades do Mer- cado Financeiro - embora o edital CEF 2021 tenha o colocado dentro de Conhecimentos Ban- cários. Em primeiro lugar, é importante dizer que esse conteúdo é muito novo nos concursos da área bancária, o que pode lhe assustar um pouco. No entanto, vamos manter a calma! A banca nos ajudou, ao especificar os pontos que podem ser cobrados dentro desse conteúdo, ao contrário do edital BB 2018, por exemplo, que deixava muito vago. Como o conteúdo é novo, você não vai encontrar muitas questões de concursos sobre o tema, motivo pelo qual trago nessa aula algumas questões de simulados do Gran Cursos e outras inéditas, que elaboramos especificamente para essa aula. Os pontos abordados na presente aula serão: • os bancos na Era Digital: atualidade, tendências e desafios; • internet banking; • mobile banking; • open banking; • novos modelos de negócios; • fintechs, startups e big techs; • sistema de bancos-sombra (Shadow banking). A metodologia será a seguinte: em primeiro lugar, faremos a exposição do conteúdo da aula, explorando conceitos importantes. Durante essa exposição, já introduziremos alguns ma- pas mentais, sínteses e quadros para a melhor fixação. Ao final da aula, trabalharemos questões comentadas para treinarmos bastante. Afinal, a resolução de muitas questões é vital para a sua aprovação. Por fim (e não menos importante), preciso agradecer a confiança que você está deposi- tando em nosso curso. De nossa parte, garantimos que você terá o material mais completo possível para a sua sonhada aprovação. O restante dependerá do seu empenho. Passar em um bom concurso público não é uma das coisas mais fáceis do mundo, mas também está longe de ser impossível! Vamos lá! Bons estudos! Bancos na Era dIgItal: atualIdadE, tEndêncIas E dEsafIos A humanidade passou por algumas grandes mudanças na indústria, desde seu surgimento, as Revoluções Industriais. A 1ª Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra no século 18 e foi O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier marcada pela introdução da máquina nas indústrias e na agricultura, o que permitiu o avanço da produção de mercadorias em larga escala. Ao passo que a 2ª Revolução Industrial (séculos 19 e 20) é marcada pelo desenvolvimento da eletricidade, das indústrias química, elétrica e de combustíveis fósseis, como o petróleo, além de avanços nas áreas de comunicação e transportes. A 3ª Revolução Industrial, também chamada de Revolução Técnico Científica e Informacio- nal, consistiu num processo de modernização da indústria em função do desenvolvimento da eletrônica. Não é consensual a data que tal processo teria se iniciado, mas boa parte dos auto- res situam a 3ª Revolução Industrial como algo que ocorreu no período pós 2ª Guerra Mundial (1939-1945), meados do século 20, portanto. O importante para nós é sabermos que a chamada Era Digital ou Era da Informação advém dos avanços trazidos pela 3ª Revolução Industrial, uma vez que graças a ela foi possível avan- ços na área da informática, robótica, dentre outros processos tecnológicos. É nesse contexto que os bancos estão, atualmente, inseridos. A inserção dos bancos na Era digital é algo inevitável, dado o contexto de grande participação da tecnologia na vida das pessoas, atualmente, pois é inegável que, nos últimos anos, o uso das tecnologias invadiu o cotidiano em todo o mundo. No entanto, essas mudanças não nasceram de uma hora para outra. Muito pelo contrário, a modernização do sistema bancário brasileiro, por exemplo, é algo que vem acontecendo há alguns anos. Uma das grandes inovações foi o surgimento da Transferência Eletrônica Disponí- vel (TED), que se trata de um serviço de transferência em tempo real entre contas de diferentes instituições financeiras. A TED foi instituída no bojo da Reforma do Sistema de Pagamentos Brasileiro, promovida pelo Banco Central do Brasil no ano de 2002, a qual visou a modernização do sistema e a me- lhor administração dos riscos. Em contraposição ao DOC (que demora um dia útil para ser compensado), coma TED o valor de uma transferência feita por um cliente de um banco X para um cliente de um banco Y é creditado no mesmo dia na conta do destinatário, desde que realizado dentro do horário de atendimento do banco. Isso trouxe mais agilidade e segurança às transferências de recursos. A modernização do Sistema de Pagamentos Brasileiro trouxe um cenário mais seguro para as transações bancárias, o que propiciou, junto com os avanços da tecnologia da informação, a implementação de plataformas digitais para os clientes de bancos. Nesse contexto, surgiu o internet banking, que se trata de um ambiente bancário na internet. Atualmente, todos os ban- cos possuem sites nos quais o cliente pode acessar sua conta e realizar transações. Entretanto, dado o avanço da utilização dos smartphones, foram desenvolvidos aplicativos que são oferecidos pelos bancos (mobile banking), por meio dos quais os clientes podem aces- sar suas contas e realizar várias transações financeiras. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier É claro que alguns clientes ainda preferem manter uma relação tradicional com os bancos, indo até suas agências, sacando dinheiro, pagando boletos em papel, mas a tendência é que a relação entre cliente e banco se torne cada vez mais digital, ainda mais considerando o con- texto pandêmico em que vivemos. Nesse cenário, muitas pessoas, que anteriormente ainda possuíam resistência ao uso dos aplicativos de bancos, se viram “obrigadas” a utilizá-los, a fim de evitar o deslocamento até as agências bancárias e diminuir o risco de contágio pelo Coronavírus. Assim, já se sabe que houve uma intensificação do uso de canais digitais e tudo indica que esse avanço veio para ficar. Na verdade, o cenário de pandemia apenas adiantou um processo que já estava em curso. Como dissemos, a digitalização das relações entre cliente e banco é algo inevitável, visto que a rotina agitada impõe cada vez mais o desenvolvimento de soluções tecnológicas para o relacionamento com o cliente, que possui cada vez menos tempo e disposição para se deslo- car até as agências bancárias. Além disso, esse processo de digitalização também é interes- sante para os bancos, devido, principalmente aos seguintes aspectos: • possibilita a redução da demanda por funcionários; • gera economia com espaço físico, que passa a ser cada vez menos necessário; • facilita a captação de clientes por meio das mídias digitais, sobretudo os mais jovens, os quais utilizam aplicativos em larga medida; • Facilita a inclusão de pessoas que não possuíam fácil acesso às agências bancárias. A pesquisa de Tecnologia Bancária, realizada em 20211 pela FEBRABAN (Federação Brasi- leira de Bancos), obteve alguns dados importantes a respeito da atual inserção da tecnologia nos bancos. Observe o gráfico abaixo, que trata da composição dos investimentos em tecno- logia dividido por setor. Fonte: Pesquisa FEBRABAN (2021). 1 https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/pesquisa-febraban-relatorio.pdf O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Perceba que no ano de 2020 o setor bancário responde por 14% do investimento em tec- nologia de toda a economia, seja no Brasil ou no mundo, perdendo apenas para o Governo, que lidera o ranking. Outros destaques da pesquisa, para o ano de 2020, são: • dentro dos investimentos em tecnologia realizados pelos bancos, destacam-se: − investimentos em segurança cibernética; − trabalho remoto; − inteligência artificial; • o Mobile Banking respondeu por mais da metade das transações bancários e tornou-se o canal dominante; • 90% das contratações de crédito e 80% dos pagamentos de contas foram realizados nos canais digitais. Apesar disso, os canais físicos ainda são bastante utilizados para transações mais complexas, como as que envolvem câmbio e negociação de dívidas. Você, concurseiro(a) esperto(a) que é, sabe que na vida nem tudo são flores. Apesar de todos os benefícios, o aprofundamento da digitalização dos bancos traz alguns desafios, tais como: • altos custos para a implementação da tecnologia. Isso se deve ao fato de que os siste- mas precisam ser altamente seguros, a fim de proteger os dados dos clientes de ata- ques de hackers, por exemplo; • necessidade de uma mudança cultural interna (os funcionários e os processos precisam se adaptar às mudanças tecnológicas) e, também, externa, pois é preciso enfrentar a resistência de alguns clientes à utilização dos canais digitais de atendimento; • concorrência com instituições que já nasceram digitais e, portanto, dominam as novas tecnologias. Já existem novos modelos de instituições que nem sequer possuem agên- cias físicas, pois toda a relação com os clientes é digital, desde a abertura da conta. Iremos estudá-las daqui a pouco; • o surgimento das instituições inovadoras impõe desafios adicionais aos bancos tradi- cionais, ao mesmo tempo que elas próprias são, também, desafiadas pelo poder dos grandes bancos e sua capacidade de reter clientes. Tudo que falamos até aqui, talvez, pareça um pouco vago, mas tenho convicção que isso irá lhe ajudar na prova, pois além da possibilidade de aparecer questões mais interpretativas acer- ca do assunto, há uma possibilidade de o assunto “Bancos e a Era Digital” – que de certa for- ma, envolve toda a matéria de Atualidades do Mercado Financeiro – ser tema de sua redação. É claro que não há como “adivinhar” o tema que irá aparecer, mas – certamente – esse é um forte candidato (Tem “cara” de redação). Por isso, se possível, busque ler matérias em sites e mantenha esse assunto em sua mente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Feita essa contextualização sobre os bancos na Era Digital, as próximas seções aprofun- darão em tópicos específicos sobre o assunto, conforme aparecem em seu edital. É o caso do Internet Banking, que veremos a seguir. IntErnEt BankIng Basicamente, todos os bancos possuem sites nos quais os clientes podem acessar suas contas e realizar transações financeiras – é o internet banking. Como o nome sugere, trata-se do ambiente bancário acessível pela internet. Também pode ser chamado de: Home Banking = Banco em Casa ou Office Banking = Banco no escritório Pode-se acessar o banco sem sair de casa ou da empresa Por meio do internet banking é possível realizar diversas transações, tais como: • a própria abertura da conta-corrente; • pagamentos de contas; • transferências entre contas de um banco para outro (TED, DOC e PIX); • transferências entre contas do mesmo banco; • transferências internacionais; • consulta de salto, extrato e faturas de cartão de crédito; • pagamento de tributos (licenciamento de veículos, IPVA etc.); • investimentos e resgate deles; • solicitação de empréstimos. Fique atento(a),pois o que vou dizer agora é algo muito simples, mas importante: internet banking está associado ao acesso ao banco via computadores. Enquanto o Mobile Banking, o qual vamos ver a seguir, trata-se do acesso via celular, geralmente por aplicativos. MoBIlE BankIng Mobile Banking trata-se do ambiente bancário acessível pelos smartphones, geralmente via aplicativos oferecidos pelos bancos. Por meio do Mobile Banking é possível realizar diversas transações, as quais anteriormente só podiam ser realizadas nas agências bancárias ou nos computadores – as mesmas transações que vimos para o Internet Banking. Segundo a Pesquisa de Tecnologia Bancária 2021 da FEBRABAN, o Mobile Banking já é a tecnologia bancária mais utilizada pelos brasileiros. Vejamos os dados de uma amostra de 21 bancos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Fonte: Pesquisa FEBRABAN (2021). O gráfico mostra o volume de transações em cada canal de atendimento nos bancos. Per- ceba que houve um crescimento expressivo da utilização do Mobile Banking no ano de 2020, em relação ao ano anterior. Isso pode ser atribuído a, principalmente, três fatores. • Contexto de Pandemia: o isolamento social adiantou o processo de digitalização da relação entre o banco e o cliente. Para evitar os riscos envolvidos em se deslocar até a agência bancária (enfrentar filas e o risco de contágio pelo coronavírus), muitos clientes que ainda tinham resistência à utilização do Mobile Banking passaram a utilizá-lo. Antes da pandemia, os clientes de muitos bancos precisavam se dirigir aos caixas eletrôni- cos para desbloquear o uso do mobile banking, por exemplo. Atualmente, os bancos investiram em mecanismos de segurança, tal como o reconhecimento facial, de modo a dispensar essa necessidade de desbloqueio em caixas eletrônicos. • Auxílio Emergencial: o programa de auxílio emergencial, implementado no Brasil no con- texto da pandemia do novo coronavírus, tratou de inserir uma expressiva quantidade de brasileiros e brasileiras que estavam à margem do sistema bancário – ou seja, nem possuíam conta. Essa variável contribuiu fortemente para a ampliação da utilização dos canais digitais, sobretudo o Mobile Banking. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier • PIX: lançado no ano de 2020, o sistema PIX permite que sejam realizadas transferências de recursos entre contas em poucos segundos. A utilização do PIX, aumentou o volume de transações via Mobile Banking – até mesmo clientes que não utilizavam o Mobile passaram a utilizá-lo para aproveitar a praticidade do PIX. Quais os benefícios do Mobile Banking? Para os bancos: • à medida que o processo de digitalização avança ocorre a redução dos custos com fun- cionários e agências físicas, visto que os clientes precisam cada vez menos se dirigir às agências; • a tecnologia dá mais agilidade às transações bancárias; • os canais digitais propiciam maior análise de dados dos clientes para que sejam ofere- cidos produtos personalizados. Para os clientes: • maior comodidade, ao poder realizar transações em qualquer lugar e a qualquer hora; • economia de tempo e de recursos financeiros, ao não precisar se deslocar até as agên- cias. Apesar de todos os benefícios, o Mobile Banking traz desafios para as instituições finan- ceiras. Alguns deles são: • a dificuldade de tornar os aplicativos mais acessíveis a todos os tipos de clientes: essa é uma tarefa que envolve, além da melhoria contínua da tecnologia em si, intensos tra- balhos do chamado Service Design, que se trata da aplicação de ferramentas do Design com foco na melhoria dos serviços prestados pela empresa; • os desafios impostos pela segurança da informação: é preciso garantir a segurança dos dados dos clientes, tarefa um pouco complexa, diante do crescimento de ataques ciber- néticos em todo o mundo; • dificuldade de transformar o Mobile Banking em um canal de vendas: quando os clientes se dirigem até as agências, os profissionais que trabalham nos bancos têm a chance de lhe oferecer novos produtos, conversar e atender as demandas de cada cliente. A partir do momento que os clientes passam a utilizar mais os canais digitais, o desafio é im- plantar as estratégias de vendas nos aplicativos. opEn BankIng Segundo o Banco Central do Brasil, Open Banking (ou Sistema Financeiro Aberto), pode ser definido como um sistema no qual há a possibilidade de os clientes permitirem que suas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier informações sejam compartilhadas entre diferentes instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. Além disso, o Open Banking permite a movimentação das contas bancárias por meio de plataformas que vão além do site do banco ou do aplicativo no celular. No sistema bancário tradicional, um banco não tem acesso ao relacionamento que seu cliente possui com outro banco, o que impõe maior dificuldade de competir com ele. Já no Open Banking: Com a permissão de cada correntista, as instituições se conectam diretamente às plataformas de outras instituições participantes e acessam exatamente os dados autorizados pelos clientes. Todo esse processo é feito em um ambiente seguro e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa sempre que ela quiser (BACEN, 2021).2 oBjEtIvos A Resolução Conjunta do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BACEN n. 1/2020, que regulamenta o Open Banking, estabelece o os seguintes objetivos: Objetivos do Open Banking Incentivar a inovação Promover a concorrência Aumentar a eficiência do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro Promover a cidadania financeira A seguir, uma figura que demonstra o funcionamento do Open Banking. Legenda 1. Para compartilhar os seus dados, o cliente precisa executar três etapas: consentimento, autenticação e confirmação. 2. O cliente pode solicitar o compartilhamento para qualquer instituição participante do sistema (bancos e outras instituições financeiras ou não financeiras). 3. Essas instituições têm autorização do Banco Central para compartilhar os dados com demais empresas do ecossistema. 4. As instituições financeiras devem manter os registros de consentimento dos clientes e dos dados compartilhados com cada participante do sistema. 2 https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/openbanking O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRODouglas Xavier Com vimos na citação do BACEN e na figura acima, para que os dados sejam compartilha- dos é preciso que o(a) cliente autorize. Para autorizar o compartilhamento de seus dados o(a) cliente deve executar três etapas: • consentimento; • autenticação; • confirmação. Todas essas etapas devem ser realizadas via canais eletrônicos, preservando a segurança, agilidade, precisão e conveniência. O BACEN impõe também que as três etapas sejam realiza- das de forma sucessiva e ininterrupta. É importe dizer, também, que o consentimento se refere à “manifestação livre, informada, prévia e inequívoca de vontade, feita por meio eletrônico, pela qual o cliente concorda com o compartilhamento de dados ou de serviços para finalidades determinadas” (BACEN, 2021). Observe que o cliente dá o consentimento para o compartilhamento de dados para finali- dades específicas. Ou seja, as instituições não podem fazer o que bem entenderem com esses dados (por exemplo: vender a empresas para oferecimento de produtos). Segundo o BACEN são requisitos do consentimento: • a identificação do cliente; • a instituição deve solicitá-lo com linguagem clara, objetiva e adequada; • deve ter prazo compatível com as finalidades do consentimento, que é limitado a 12 me- ses. Caso as finalidades ou os dados/serviços compartilhados sejam alterados, deve-se requisitar novo consentimento do cliente; • deve discriminar os dados ou serviços que serão compartilhados, observada a possibili- dade de agrupamento (junção) de tais dados ou serviços. InstItuIçõEs partIcIpantEs Podem participar do Open Banking somente as instituições financeiras, instituições de pa- gamento e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. No entan- to, existe uma coisa bem importante aqui, a qual precisamos saber: algumas instituições são OBRIGADAS a participar. Vamos, brevemente, entender isso! Existe uma Resolução (a n. 4553 do BACEN) que separa as instituições financeiras e de- mais instituições autorizadas pelo BACEN em 5 segmentos, em ordem decrescente ao tama- nho delas. Assim as instituições que integram o S1 (segmento 1) são as maiores, enquanto as que integram o S5 são as menores. O que nos interessa sobre isso? Nos interessa saber que as instituições do S1 e do S2 (segmentos 1 e 2) são OBRIGADAS a participar do Open Banking. Na prática, são os bancos de grande porte – os maiores que operam no Brasil. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Já as demais instituições participam de forma voluntária, ou seja, se quiserem. Quais os benefícios do Open Banking? Concurseiro(a) precisa ter senso crítico. Não é mesmo? Por isso eu sei que você está se perguntando: por que cargas d´água eu vou querer que meus dados sejam compartilhados entre os bancos e outras instituições financeiras? • Aumento da concorrência: o compartilhamento de dados tende a gerar aumento da con- corrência entre as instituições, uma vez que uma instituição poderá fazer ofertas a clien- tes das concorrentes, como redução de tarifas, por exemplo. • Portabilidade de relacionamento: a “portabilidade de relacionamento” permite que o banco X tenha acesso ao histórico de um cliente com o banco Y, por exemplo. Nesse sentido, caso o cliente tenha um bom relacionamento, isto é, histórico de bom pagador, poderá ser beneficiado ao levar tais informações para outras instituições, não necessi- tando começar um “relacionamento do zero”. É como levar uma carta de recomendação. • Melhoria na experiência no uso de produtos e serviços: espera-se que o Open Banking apresente soluções que facilitem o melhor controle das finanças dos usuários, ao possi- bilitar a visualização das informações em um mesmo espaço. Imagine que uma pessoa possua conta em vários bancos. Com o compartilhamento de dados, ela poderá ver in- formações sobre suas contas em um único local, possibilitando melhor controle da sua “vida financeira”. • Oferta de serviços mais adequados ao perfil do cliente: o fluxo de informações entre as instituições tende a favorecer o desenvolvimento de políticas de crédito, bem como ofer- ta de produtos e serviços, mais adequados ao perfil de cada cliente. Além disso, o Open Banking possibilita a comparação dos produtos e serviços operados pelas instituições e a consequente busca pela melhoria contínua deles. novos ModElos dE nEgócIos Como vimos, a Era Digital impôs mudanças na relação entre os bancos e os clientes. En- tretanto, esse processo atinge as empresas em geral, pois nesse contexto de grandes transfor- mações surgem novos modelos de negócios, dos quais vamos tratar brevemente nessa seção. Em primeiro lugar, modelo de negócio é “a forma como uma empresa cria, entrega e cap- tura valor” (SEBRAE,2021)3. Em outras palavras, trata-se da maneira como são organizados os recursos humanos e financeiros, a fim de entregar valor aos clientes e gerar lucro aos proprie- tários/acionistas. 3 https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/startup-entenda-o-que-e-modelo-de-negocios,5b3bb2a178c8341 0VgnVCM1000003b74010aRCRD O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Por vezes, pode ser complicado visualizar esses conceitos na prática. É por isso que traze- mos algumas ilustrações. Veja a figura a seguir, que mostra uma ferramenta chamada Diagra- ma de Canvas, a qual pode ser utilizada para criar um modelo de negócios: Fonte: SEBRAE. Não existe uma “receita” única de modelo de negócios. Cada empresa irá criar o seu, de acordo com suas especificidades, como perfil do público-alvo e a forma como deseja entregar valor. Entretanto, existem alguns tipos de modelos de negócios mais utilizados – um exemplo clássico é a franquia. Pois bem! Já vimos, brevemente, do que se trata um modelo de negócios. Chegou a hora de falarmos sobre o assunto do seu edital, que é: “Novos modelos de negócios”. Vamos ver os que estão mais em evidência na atualidade. • Marketplace: também chamados de plataforma, os marketplaces são sites que anun- ciam e comercializam produtos de diversas outras empresas. Dessa forma, algumas marcas que teriam dificuldade de anunciar e vender seus produtos “alugam um espaço” nesse site, que acaba funcionando como uma espécie de shopping virtual. Exemplo de Marketplaces são: Americanas, Netshoes, Amazon, dentre outros. • Free (gratuito): são negócios que não cobram de seus usuários, mas que ganham com utilização de seus dados para oferecer publicidade de empresas parceiras. Exemplo: redes sociais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier • Freemium: nesse modelo de negócios há uma mistura entre gratuidade e cobrança. Ex- plico: geralmente, são jogos ou aplicativos que você baixa pode utilizar algumas funções gratuitamente. No entanto, para usufruirde alguns recursos você deve pagar – geralmen- te, assinar uma versão VIP ou Premium do serviço. Exemplo: o app de música Spotify. • Ecossistema: as empresas que utilizam esse modelo de negócios comercializam um conjunto de produtos que são independentes, ou seja, podem ser adquiridos separada- mente, mas que “funcionam melhor” juntos. Um grande exemplo de modelo de ecossis- tema é a Apple. • Isca e anzol: nesse modelo, a empresa oferece um produto a um preço relativamente baixo, com baixa margem de lucro (joga a isca), mas cobra preços mais altos para ou- tros produtos que são necessários para que o primeiro funcione (ta aí o anzol). Ficou confuso(a)? Pense nas máquinas de café de cápsulas. É um exemplo clássico. Nesse caso, a margem de lucro será maior na venda das cápsulas que o consumidor terá de adquirir com frequência e que não são tão baratas. • Assinatura: esse modelo não é em si novo, uma vez que a assinatura de jornais e revis- tas, por exemplo, é algo que já existe há algum tempo. No entanto, muitos empresas têm modernizado esse conceito de assinatura. É o caso das plataformas de Streaming, que oferecem filmes e séries (Netflix, Amazon Prime etc.). • Economia Colaborativa: esse modelo também pode ser chamado de economia compar- tilhada ou em rede. Usando o termo “rede” é até mais fácil de se entender. Trata-se da união de esforços e do compartilhamento de bens e serviços de modo a se conseguir uma economia de recursos e práticas de consumo mais sustentáveis. Exemplos desse modelo de negócios são os aplicativos de carona, de motoristas (Uber), de compartilha- mento de imóveis (Airbnb), entre muitos outros. Esse modelo está sendo muito difundi- do em todo o mundo. A partir da mudança de paradigma que tem ocorrido em face da Era digital e dos novos mo- delos de negócios, surgiram alguns tipos de empresas inovadoras, que implementam os novos modelos de negócios, a exemplo das startups, das quais vamos tratar a seguir. startups Você, concurseiro(a) ligado(a) que é, já deve ter percebido que as Startups estão muito “na moda”. O termo nasceu na região onde se encontram muitas empresas focadas em inovação e tecnologia, o Vale do Silício, nos Estados Unidos e se popularizou internacionalmente a partir da crise ponto com (ou dot.com), que foi uma crise que levou à falência de várias empresas na área de internet. O termo Startup é muito associado a área de tecnologia, mas é importante ressaltar que para ser uma startup a empresa não, necessariamente, precisa ser de tecnologia (embora seja muito comum). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), Startup trata-se de “uma em- presa que nasce a partir de um modelo de negócio ágil e enxuto, capaz de gerar valor para seu cliente resolvendo um problema real, do mundo real. Oferece uma solução escalável para o mercado e, para isso, usa tecnologia como ferramenta principal”. As startups são empresas inovadoras em estágio inicial, as quais operam, frequentemente, sem obter lucros de início, mas possuem potencial para crescer rapidamente e gerar lucros consideráveis em um futuro breve. Para entendermos melhor o que é uma startup, vamos ver as principais características dela – essa parte é bem importante! Principais características: • Inovação: produtos e serviços inovadores – explorando novos nichos ou modificando os já existentes. Inovadoras que são, essas empresas trabalham com um grau de incerteza maior do que a incerteza que já existe no ambiente empresarial. • Escalabilidade: o produto ou serviço deve ser facilmente reproduzível em larga escala. Trata-se da capacidade de ter seus produtos e/ou serviços consumidos por uma quanti- dade cada vez maior de clientes, sem que os custos de produção se elevem na mesma proporção. Veja bem, concurseiro(a) esperto (a): isso significa que é possível aumentar o faturamento da empresa em um ritmo muito superior ao crescimento das despesas. Por exemplo: imagine uma empresa que desenvolve um novo software. É possível que ela venda para 1 ou para 100 clientes, sem que seus custos se elevem muito – afinal o produto é o mesmo. Outro exemplo do nosso cotidiano são as plataformas de streaming, aquelas que utilizamos para assistir filmes e séries (sem deixar de estudar, é claro rs!). • Flexibilidade: alta capacidade de se adaptar às demandas do mercado. Essas empre- sas, geralmente, são muito conectadas com as mudanças na sociedade e no mercado em que atuam, buscando sempre adaptar seus negócios de forma dinâmica. Embora não seja consenso, há quem considere qualquer empresa em estágio inicial como sendo uma startup. Fique atento(a), caso isso apareça em prova. Sigamos! As startups podem tanto ofertar serviços para o consumidor final, quanto para outras em- presas, o que nos impõe o estudo de algumas siglas, referente à diferentes modos de organi- zação de negócios. Vamos ver os principais: • B2B: significa Business to Business (de empresa para empresa). Trata-se de empresas que possuem outras empresas como clientes. Dentro dessa classificação, podemos encontrar startups que são contratadas por outras empresas, a fim de desenvolver ati- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier vidades relacionadas a inovação e P&D (pesquisa e desenvolvimento) para a empresa contratante – é uma forma de terceirização. Recente pesquisa da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), apontou que aproximadamente 42% das startups no Brasil pertencem ao grupo B2B, ou seja, prestam serviços a outras empresas. • B2C: de business to consumer (da empresa para o consumidor). Ou seja, para o consu- midor. Essas são empresas que vendem produtos ou serviços direto para o consumidor final. • B2G: (da empresa para o governo) também vende diretamente para o consumidor, mas nesse caso o consumidor é o Governo. • B2B2C: business to business to consumer. É um modelo de negócios no qual as empre- sas fazem parceria com outras empresas para chegar ao consumidor final. Pense nes- ses grandes sites que vendem produtos de milhares de empresas (Americanas, Amazon etc.), chamados de Marketplaces. • C2C: consumer to consumer (de consumidor para consumidor): nesse modelo as tran- sações são realizadas entre os próprios consumidores, por intermédio de um site. (Por exemplo: OLX). Portanto, a empresa apenas oferece a plataforma onde os consumido- res farão as transações entre si. Quadro-resumo SIGLA FUNCIONAMENTO B2B Presta serviços ou vende produtos a outras empresas B2C Presta serviços ou vende produtos direto para o consumidor final B2G Presta serviços ou vende produtos para o Governo B2B2C Faz parceria com outra empresa para chegar no consumidor final C2C As transações são entre os próprios consumidores. Já que estamos mergulhando nesse interessante mundo das startups, vamos ver alguns conceitos associados a essas empresas. Vamos lá! • Bootstraping: é a fase das startups na qual os proprietários investem recursos próprios. É a forma como a maioria das startups nascem – ou seja, com investimentos retirados do “próprio bolso” dos empreendedores. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciadopara PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier • Investimento-Anjo: ocorre quando pessoas físicas, que não são os próprios empreende- dores – portanto, pessoas de fora do negócio – aplicam capital em startups, nas quais eles enxergam grande potencial de crescimento. • Venture Capital: trata-se da compra de ações de empresas, com a intenção de se desfazer depois. É uma modalidade de investimento realizada por investidores que apostam em uma grande valorização das ações dessa empresa. No entanto, os riscos são elevados. • Incubadoras e Aceleradoras: as duas modalidades de instituição têm em comum o fato de formar uma rede de apoio a startups, de modo a propiciar seu desenvolvimento, pres- tando consultoria, treinamento, dentre outras atividades de apoio. No entanto, uma dife- rença entre elas é que as incubadoras atuam mais na fase nascente das empresas, en- quanto as aceleradoras já entram quando a empresa está mais amadurecida e prestes a ser lucrativa – nesse sentido, ela “acelera” o processo de gerar lucros. fIntEchs O termo Fintech deriva da junção das palavras Financial e Technology. Traduzindo temos: Financeira + Tecnologia Logo, Fintech é uma empresa de “tecnologia financeira”, ou seja, utiliza a tecnologia para oferecer soluções financeiras inovadoras. O foco dessas empresas é oferecer produtos e servi- ços que transformem o setor financeiro. Certamente, você conhece ou é cliente de uma fintech (ex: aquela do cartão roxinho). As soluções criadas pelas fintechs visam desburocratizar o acesso ao crédito, reduzir cus- tos para a própria empresa e para os clientes, ampliando a concorrência no mercado de crédito (ao concorrer com bancos, por exemplo) e, consequentemente, impulsionando a maior eficiên- cia no setor. Grosso modo, pode-se dizer que as fintechs são “uma evolução” das startups que atuam no setor financeiro, uma vez que startups estão mais associadas a empresas inovadoras em estágio inicial, enquanto as fintechs já são mais consolidadas. As fintechs podem oferecer diferentes serviços financeiros, tais como: • cartões de débito e crédito; • conta-corrente digital; • empréstimos; • investimentos; • seguros; • pagamentos; • transferências entre contas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Perceba que elas oferecem produtos e serviços que são oferecidos por bancos, mas, para a prova, é importante que você saiba que fintechs e bancos digitais NÃO são, necessariamente, a mesma coisa. Tal como as fintechs, os bancos digitais ofertam todos os serviços via internet, não pos- suindo agências físicas. No entanto, para uma instituição ser considerada um banco no Brasil, é preciso seguir diversos critérios e regulamentações impostas pelo Banco Central do Brasil, critérios esses bem mais rígidos que os seguidos pelas Fintechs. Outro conceito que não deve ser confundido é o de “bancos digitalizados”. Trata-se de ban- cos tradicionais (com agências físicas), que já possuem algum nível de digitalização, mas não ao nível dos bancos digitais ou fintechs. Quadro-resumo Fintech Empresa de “tecnologia financeira”. Inova no setor financeiro usando alta tecnologia, mas – a rigor – não são bancos, pois não atendem todos os critérios do Bacen para tanto. Banco Digital Bancos que oferecem TODOS os produtos e serviços digitalmente, não possuindo agências físicas. Nesses bancos, portanto, o atendimento presencial não existe. Banco digitalizado Possui agências físicas, para as quais os clientes podem se dirigir, mas já apresenta algum nível de digitalização de seus produtos e serviços. rEgulaMEntação Algumas fintechs são regulamentadas pelo Banco Central do Brasil. São as fintechs de crédito. Tal regulamentação se deu em 2018 com a edição das Resoluções 4.656 e 4.657 do Conselho Monetário Nacional (CMN). Tal legislação institui dois tipos de fintechs: Sociedade de empréstimo entre pessoas (SEP) e Sociedade de Crédito Direto (SCD). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Obs.: � Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP): a resolução n. 4.656 define SEP como sendo: Art. 7º A SEP é instituição financeira que tem por objeto a realização de operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas exclusivamente por meio de plataforma eletrônica. Esse tipo de fintech realiza operações de crédito chamadas de peer-to-peer lending. São operações eletrônicas nas quais a fintech, por meio de sua plataforma eletrônica, realiza a in- termediação entre agentes que possuem recursos para emprestar e agentes que necessitam de empréstimos. Nesse caso, a fintech não está emprestando recursos próprios, mas apenas realizando a intermediação financeira entre credores e tomadores de empréstimos. A Resolução n. 4.656 do CMN estabelece que um credor não pode contratar com um mes- mo devedor, na mesma SEP, operações cujo valor nominal ultrapasse o limite máximo de 15 mil reais. Além do serviço de intermediação financeira, a SEP pode prestar os seguintes serviços: • cobrança para clientes e terceiros (outras empresas); • análise de crédito para clientes e terceiros; • atuar como representante de seguros, quando relacionados às suas operações princi- pais (isto é, empréstimo e financiamento); • emissão de moeda eletrônica, nos termos da regulamentação em vigor. Outras informações relevantes • Na denominação da SEP (o nome social da empresa), deve constar a expressão “socie- dade de empréstimo entre pessoas”. • Deve ser constituída sob a forma de Sociedade anônima (S.A). • Não pode realizar operações de empréstimo e de financiamento com recursos próprios. • Não pode participar do capital social de outras instituições financeiras. A figura a seguir, resume o funcionamento de uma fintech do tipo SEP. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Fonte: BACEN. • Sociedade de Crédito Direto (SCD): ao contrário da SEP, esse tipo de fintech não pode captar recursos do público. Ela utiliza sua plataforma eletrônica para realizar operações de empréstimos com recursos da própria empresa. Vejamos a definição expressa na Resolução n. 4.656 do CMN: Art. 3º A SCD é instituição financeira que tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de plataforma ele- trônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única origem capital próprio.Além de realizar operações de crédito, a SCD pode prestar serviços de: • cobrança para clientes e terceiros (outras empresas); • análise de crédito para clientes e terceiros; • atuar como representante de seguros, quando relacionados às suas operações principais; • emissão de moeda eletrônica, nos termos da regulamentação em vigor. Obs.: � Perceba que esses “outros serviços” que a SCD pode prestar são os mesmos da SEP. Outras informações relevantes • Na denominação da SCD (o nome social da empresa), deve constar a expressão “Socie- dade de Crédito Direto” O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier • Deve ser constituída sob a forma de Sociedade anônima (S.A). • Já vimos que a SCD não pode captar recursos do público, pois deve emprestar somente recursos próprios. No entanto, há uma exceção: pode captar recursos mediante emis- são de ações. • Não podem participar do capital social de outras instituições financeiras. Como vimos, as duas fintechs de crédito, devem ser constituídas, obrigatoriamente, sob a forma de S.A. Outra obrigatoriamente que elas têm em comum é a seguinte: devem respeitar o limite de R$ 1.000.000 (um milhão de reais) em relação ao capital social integralizado e ao patrimônio líqui- do. Em outras palavras, seu capital social e o patrimônio líquido não podem ter valor inferior a 1 milhão de reais. A seguir, um mapa que sintetiza as características dos dois tipos de fintechs regulamenta- das e fiscalizadas pelo BACEN. Tipos de Fintech, segundo o BACEN 1. Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) 2. Sociedade de Crédito Direto Captam recursos de agentes superavitários e emprestam para deficitários (operações chamadas peer-to-peer lending). Não podem captar recursos do público. Suas operações de empréstimos são feitas com recursos da própria empresa. Para uma fintech, seja SEP ou SCD, operar, ela deve pedir autorização ao BACEN. Uma vez solicitada, a autorização pode ser concedida mediante a observação pelo BACEN de cri- térios como: • informação sobre os sócios; • comprovação da origem e movimentação dos recursos da empresa; • verificação da compatibilidade ou não da capacidade econômico-financeira com o porte e natureza e objetivos da empresa – ou seja, se ela tem estrutura para ofertar os servi- ços que deseja prestar. Além de fintechs como as citadas, que são regulamentadas pelo BACEN, existem outros tipos de fintechs, além das de crédito. Por exemplo: • de Pagamentos (bastante comuns no Brasil, sobretudo as que oferecem máquinas de cartão de crédito); • Gestão Financeira; • Investimentos; • Seguros. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier BIg tEchs Como o nome sugere, as Big Techs são grandes empresas de tecnologia, as quais domi- nam o mercado no seu nicho de atuação. Elas eram inicialmente pequenas startups que nas- ceram no Vale do Silício nos Estados Unidos e cresceram devido a suas características típicas de startups. Vamos relembrar: 1. Inovação, 2. Escalabilidade e 3. Flexibilidade. A flexibilidade é uma grande característica das Big Techs, uma vez que, para sobreviver e crescer em grande escala, elas estão sempre se adaptando às demandas de seus consumi- dores, pois têm como motor principal a inovação. É típico das Big techs, por exemplo, realizar grandes eventos anuais para anunciar seus novos produtos. Para você ter um exemplo de Big Tech, basta pesquisar no Google. Ops! Não será neces- sário, pois a própria Google é um exemplo de Big Tech (rs!), assim como a Uber, Amazon, Fa- cebook, Microsoft e Apple. Perceba que nessas empresas a ampla utilização da tecnologia é central. Perceba também que elas dominam o mercado em que atuam. Quando você pensa em motoristas por aplicativo, a primeira empresa que vem à mente é Uber, por exemplo. Por que estamos estudando as Big Techs em Atualidades do Mercado Financeiro? Simples! Atualmente, estão sendo estabelecidas relações entre as Big Techs e o merca- do financeiro. Um exemplo disso é a recente introdução pelo Whatsapp (que pertence ao Fa- cebook) da ferramenta Whatsapp Pay, que é um serviço de transferência de recursos pelo Whatsapp. Com ele, os usuários podem transferir recursos aos seus contatos, sem pagamen- to de taxas. Os recursos são transferidos de cartões pré-pagos, de débito ou múltiplos com a função de débito, mas tais cartões precisam ser emitidos por bancos que aderiram a essa ferramenta. Assim como o Pix, esse recurso disponibiliza pagamentos 24 horas por dia e em todos os dias da semana. A partir dessa novidade, transferir dinheiro se tornou uma opção tão fácil quanto enviar uma foto ou compartilhar um arquivo com alguém (KINAST, 2021).4 O Facebook anunciou o Whatsapp Pay no Brasil em junho de 2020, mas o BACEN e o Cade (Conselho de Defesa Econômica) suspenderam o seu funcionamento logo em seguida, a fim de avaliar os impactos da ferramenta sobre a concorrência no setor, visto que o Whatsapp pos- sui uma base de dados muito superior a qualquer banco que opera no País. A inserção do apli- cativo de mensagens é extremamente grande, dada a popularização do uso de smartphones. Por isso, era preciso verificar se esse cenário não iria atrapalhar o processo de digitali- zação dos bancos no Brasil. Após a avaliação de tais riscos, a ferramenta foi liberada em maio de 2021. 4 https://seucreditodigital.com.br/whatsapp-pay-alcanca-brasileiros/ O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier Além da ferramenta de pagamentos, já há outras formas de inserção das Big Techs no mer- cado financeiro, a exemplo do lançamento de linha de crédito para pequenos empreendedores disponibilizada pela Amazon em parceria com o banco Goldman Sachs. Há, também, cartões de crédito, como o Apple Card, e até planos para implantação de conta-corrente por parte da Big Tech Google. A pressão das Big Techs sobre o setor financeiro, acaba por impor desafios adicionais às instituições financeiras, como bancos, os quais são pressionados a apresentaram soluções inovadoras o mais rápido possível a fim de concorrerem. Outra opção que tem se mostrado viável em alguns casos é a parceria entre as Big Techs e as instituições financeiras, visto que a junção da tecnologia dominada pelas primeiras e a expertise em produtos e serviços finan- ceiros pode representar uma vantagem no contexto de digitalização do mercado financeiro. rEgulação O avanço das Big Techs na área financeira e os eventuais riscos relacionados ao grande volume de dados de clientes que elas possuem acabam por impor a necessidade de uma re- gulação, a fim de frear a concorrência desigual e garantir a proteção de dados dos usuários. Ainda não há legislação específica para a atuação das Big techs na área financeira. Entre- tanto em relação à proteção de dados, pode-seaplicar, no Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei n. 13.709/2018), a qual dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais. Bancos-soMBra (shadow BankIng) Nem todas as instituições financeiras podem captar recursos do público por meio de depósi- tos à vista (conta-corrente), depósitos a prazo (CDB e RDB) ou caderneta de poupança. Exemplos de instituições que podem fazê-lo são bancos comerciais. Para simplificar, chamaremos as instituições que captam depósitos de Bancos. Na disciplina de Conhecimentos Bancários estudamos cada uma delas, mas nessa aula só precisamos saber que as instituições que são autorizadas a captar depósitos do público, estão sujeitas a uma regulamentação rígida, advinda dos Acordos da Basileia. Tais acordos tratam de normas internacionais para a segurança bancária, sobretudo no controle dos riscos de crédito. Os bancos utilizam parte dos recursos captados via depósito de clientes para realizar suas operações – como empréstimos a outros clientes, por exemplo. Isso só é possível, uma vez que os bancos sabem que todos os clientes não irão ao mesmo tempo sacar seus depósitos. No entanto, há limites para que os bancos emprestem recursos que não são seus – eles não podem utilizar tudo, pois uma pessoa que realiza um depósito hoje em uma conta-corrente precisa ter a certeza de que, no momento que ela desejar sacar esses recursos, eles estejam O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier disponíveis. Além disso, caso haja uma corrida de várias pessoas querendo sacar seus de- pósitos de uma vez, o banco precisa ter uma reserva para não dar “calote” em seus clientes, não é mesmo? Para controlar os riscos com os quais o sistema bancário convive e garantir a liquidez aos clientes (o acesso a seus recursos) é que existem normas que as instituições bancárias de- vem seguir. Nesse sentido, o Banco Central do Brasil (BACEN), em linha com os Acordos de Basileia, estipula que os bancos reversem um percentual dos depósitos que recebem em contas manti- das no próprio BACEN, são os chamados depósitos compulsórios. Os bancos também podem voluntariamente fazer depósitos no BACEN – para além do percentual obrigatório – são os chamados depósitos voluntários. Além disso, tais instituições possuem acesso aos emprésti- mo de última instância do BACEN, que são uma salvaguarda do sistema financeiro, impedindo crises sistêmicas. Ok, mas e o Shadow Banking? Vamos lá! Shadow Banking ou Bancos-Sombra consiste na existência de um conjunto de operações e intermediários financeiros não bancários (portanto, não recebem depósitos), os quais oferecem alguns serviços semelhantes às instituições bancárias, mas com uma grande diferença: não estão sujeitos à mesma regulamentação das instituições bancárias. Nesse sentido, ao contrário dos bancos tradicionais, no Shadow banking, é possível reali- zar operações de crédito sem passar por regulamentação. Além disso, essas instituições não possuem acesso aos empréstimos de última instância dos Bancos Centrais dos países que atuam, que visam “salvar” o sistema financeiro de crises e não recolhem depósitos compulsó- rios de garantia. Nesse sentido, os integrantes dessa espécie de “sistema bancário paralelo” possuem mais liberdade para operar em níveis maiores do que sua capacidade financeira (grande alavanca- gem), ao mesmo tempo em que não possuem garantias contra crises. Toda essa dinâmica pode impor riscos à estabilidade do sistema financeiro. Exemplo de integrantes do Shadow Banking são: • fundos de pensão; • fundos de investimento (hedge e convencionais); • empresas de factoring; • bancos de investimento, entre outros. 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A partir da década de 2000, houve rápido crescimento do Shadow-Banking, sobretudo nos Estados Unidos, o que contribuiu, substancialmente para a deflagração da Crise de 2008, se- gundo várias análises. Explico de forma simplificada, para que você entenda os riscos do Shadow-Banking: Tenha em mente que as instituições participantes desse sistema bancário paralelo operam altamen- te alavancadas, isto é, com ativos de alto risco e sem lastro real (sem fundos suficientes para cobri-los). À medida que alguns ativos de alto risco, sobretudo de hipotecas (chamados de títulos subprime) foram sendo comercializados no mercado financeiro americano, foi se inflando uma bolha, com alta rentabilidade para os investidores. No entanto, a característica de uma bolha é que ela não dura para sempre. Pois bem! Quando os títulos começaram a perder o valor – “derreter” –, houve uma grande corrida de investidores querendo resgatar seus recursos. Como não existia fundos para fazer frente a essa corrida, começou-se a ocorrer “calotes”, que foram se espalhando para várias instituições, de modo que se estourou uma crise sistêmica, que levou à falência de várias instituições. Com esse rápido esforço, podemos perceber o tamanho dos riscos de um sistema bancá- rio paralelo, que opera à margem das regulamentações. É por esse motivo que o Congresso Americano aprovou algumas medidas visando a regulamentação desse setor. Entretanto, as instituições do Shadow Banking ainda continuam operando sob regulamentação bem mais branda e flexível, quando comparadas às instituições bancárias tradicionais, o que representa a permanência dos riscos ao sistema financeiro. No Brasil, acredita-se que o Shadow Banking ainda não tenha grande relevância, mas o BA- CEN estuda medidas para evitar o crescimento dele e proteger o Sistema Financeiro Nacional dos riscos de crise sistêmica. Ufa! Chegamos ao fim da parte teórica de nossa aula! Obrigado por acompanhar-me até aqui! Tome um fôlego e mantenha-se firme para a resolução das questões, que é de extrema importância ao nosso estudo! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier QUESTÕES DE CONCURSO 001. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/2019) A respeito das definições de startups e dos respec- tivos tipos e nichos de atuação, assinale a alternativa correta. a) Startups B2B são as que têm outras empresas como consumidores finais e, para se mante- rem competitivas, precisam evitar que o respectivo modelo de negócio seja repetível. b) Startups são empresas nascentes escaláveis ou não, desde que atuem com negócios digi- tais inovadores e em cenários minimamente estáveis. c) Toda empresa no respectivoestágio inicial pode ser considerada uma startup, exceto fran- queadas, por se tratarem, na verdade, de filiais de empresas cuja marca já é consolidada d) Fintechs são bancos digitais que aproveitam o alcance da internet para ofertarem serviços financeiros a um custo menor e nos quais o foco está na experiência do usuário. e) Startups B2B2C são as que atuam com modelos de negócio repetível e escalável em parce- ria com outras empresas, visando à realização de vendas para o cliente final. 002. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/2019) Quanto às diferenças entre bancos digitalizados e bancos digitais, assinale a alternativa correta. a) Um banco digital pode permitir que o próprio cliente ajuste o respectivo limite de transferên- cia ou do cartão de crédito e, por medida de segurança, demandar que tal cliente dirija-se a um caixa eletrônico ou agência para concluir o processo. b) Permitir que o cliente abra a própria conta-corrente sem precisar sair de casa e não cobrar taxa de manutenção da conta são os únicos requisitos obrigatórios que diferenciam um banco digital de um banco digitalizado. c) Para que um banco seja considerado digital, basta que disponibilize um ambiente de internet banking e aplicativos móveis, mesmo que, por medida de segurança, seja necessário instalar softwares de segurança adicionais que possam comprometer a experiência do cliente. d) Demandar que o cliente se dirija a um caixa eletrônico para desbloquear o respectivo cartão ou senha de internet é aceitável para bancos digitalizados, mas não para bancos digitais. e) Disponibilizar serviços gratuitos e pacotes padronizados de serviços, tais como os exigidos pela Resolução n. 3.919, art. 2º, inciso I, do Banco Central, é o que define um banco como digital. 003. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/2019) A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019 revelou que, entre 2017 e 2018, as transações realizadas por meio de canais digitais cresceram 16%, totalizando 60% das transações bancárias. A respeito do uso dos canais digitais, assinale a alternativa correta. a) O aumento das transações com movimentação financeira nos canais digitais evidencia o aumento da confiança do cliente na segurança do canal. b) A abertura de conta por meio de canal digital somente pode ser efetuada pelo internet banking. c) O mobile banking somente pode ser usado para transações sem movimentação financeira. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier d) São considerados canais digitais o internet banking, o mobile banking e os corresponden- tes no País. e) Internet banking e mobile banking são canais digitais mutuamente excludentes, ou seja, o cliente tem que informar ao banco qual canal quer usar para acessar as transações bancárias. 004. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/2019) O sistema bancário vem passando por um proces- so acelerado de transformação digital. Entretanto, o nível de maturidade digital varia de banco para banco. A respeito desse assunto, assinale a alternativa correta. a) Uma característica do banco digital é a realização de processos não presenciais, como o envio de informações e documentos por meio digital e a coleta eletrônica de assinatura para a abertura de contas. b) Um banco digital é o mesmo que um banco digitalizado, visto que ambos apresentam o mesmo nível de automação dos processos. c) A oferta de canais de acesso virtual representa o mais alto nível de maturidade digital. d) O banco digitalizado dispensa o atendimento presencial e o fluxo físico de documentos. e) Por questão de segurança, o banco digital permite a consulta de produtos e serviços finan- ceiros por meio de canais eletrônicos, mas ainda não permite a contratação. 005. (IADES/BRB/ESCRITURÁRIO/2019) Por meio do Comunicado n. 33.455/2019, o Ban- co Central aprovou os requisitos fundamentais para a implementação do Sistema Financei- ro Aberto (open banking) no Brasil. De acordo com o modelo proposto, o conceito de open banking refere-se à(ao) a) integração de plataformas e infraestruturas de sistemas de informação para fins de com- partilhamento de produtos e serviços entre as instituições financeiras, sendo vedada a identi- ficação do cliente. b) atribuição de uma nota de crédito ao cliente (credit score), que poderá ser consultada por qualquer instituição financeira, mediante prévio consentimento. c) compartilhamento de dados cadastrais, produtos e serviços pelas instituições financeiras, mediante prévia autorização, por meio de sistemas de informações integrados que garantam uma experiência simples e segura ao cliente. d) inclusão do nome do cliente em um cadastro positivo para fins de compartilhamento de dados, produtos e serviços pelas instituições financeiras, garantindo ao cliente acesso a taxas de juros menores. e) implementação de uma interface de integração digital para compartilhamento de dados en- tre instituições financeiras, com base no princípio de que os dados pertencem às instituições, e não aos usuários. 006. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/11º SIMULADO/2020) Uso de canais online dos bancos dispara com pandemia e antecipa digitalização. Isolamento social forçou as institui- ções financeiras a buscar estratégias para alcançar clientes que não estavam acostumados O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier a recorrer ao internet banking ou aplicativos; maiores bancos do País registraram avanço de dois dígitos em diversas plataformas. Pandemia fez disparar o uso de canais e plataformas digitais dos bancos, o que encurta em alguns anos o processo de digitalização. A pandemia do novo coronavírus, que impôs o isolamento social, fez disparar o uso de canais e plataformas digitais dos bancos. O movimento ajudou as instituições financeiras a encurtar em alguns anos o processo de digitalização e a buscar estratégias e soluções para acolher aqueles que não estavam tão acostumados a recorrer ao internet banking ou aplicativos para resolver sua vida financeira. https://app.redeclipping.com.br/clippings/view/87494? As ferramentas que disponibilizam alguns serviços tipicamente bancários por meio de dispo- sitivos móveis, como um celular, são denominadas como a) celular banking. b) virtual banking. c) internet banking. d) mobile banking. e) cell banking. 007. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/25º SIMULADO/2021/ADAPTADA) a tradução literal, open banking significa “banco aberto”, ou “sistema bancário aberto”. Esse conceito tem um princípio simples: o de que é preciso abrir o leque de opções disponíveis para o consumidor e permitir que ele tenha mais liberdade para levar suas informações financeiras para onde quiser. https://blog.nubank.com.br/o-que-e-open-banking. Imagine todo o histórico de crédito construído ao longo do tempo com um banco – as contas pagas em dia, os salários depositados, as prestações, empréstimos, perfil de gastos etc. Com o Open Banking, o cliente consegue a) realizar qualquer tipo de operação de crédito, a qualquer momento, durante as 24 horas do dia, todos os dias, inclusive nos fins de semana e feriados. b) utilizar o seu histórico de informações no banco em que já é correntista para obter taxas de juros menores quando solicitar algum empréstimo ou financiamento. c) pegar todas essas informaçõese levá-las para onde quiser, sem ter que começar um relacio- namento do zero com uma nova instituição. d) fazer a portabilidade de todas as operações de financiamento e empréstimo que possua em outras instituições financeiras para aquela onde está o seu histórico de crédito mais antigo. e) colocar todas as suas contas em aberto, a serem pagas, no débito automático, como forma de manter em dia esses pagamentos e melhorar o seu histórico de crédito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier 008. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/10º SIMULADO/2020/ADAPTADA) O BC divulga regras para a estrutura inicial responsável pela governança da implementação do Open Banking no país. Estrutura deverá ser formalizada até 15.07.2020 por associações representativas de participantes do Open Banking. Dentro do contexto da notícia anteriormente apresentada, a expressão inglesa “Open Banking” significa a) Banco Aberto. b) Sistema Bancário Aberto. c) Sistema de Abertura dos Bancos. d) Sistema Financeiro Aberto. e) Sistema Aberto de Bancos. 009. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/23º SIMULADO/2020/ADAPTADA). Fintech une open banking, Pix e cripto para se tornar referência no Brasil. Sediado em Recife, o Zro Bank quer li- derar a corrida por inovações financeiras que devem movimentar o mercado no futuro próximo. O início das operações do Pix, a proximidade da implementação do open banking no país e o avanço do mercado de criptoativos levaram as conversas sobre inovação financeira e futuro do dinheiro para o centro das atenções. <https://exame.com/future-of-money/fintech/fintech-brasileira-uneopen-banking-pix-e-cripto> As duas fintechs de crédito autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil são: I – Sociedade de Crédito Direto ao Consumidor II – Sociedade de Empréstimo Entre Pessoas III – Sociedade de Crédito Direto IV – Sociedade de Crédito Entre Pessoas V – Sociedade de Empréstimo e Crédito Direto Estão corretas as afirmativas a) I e II. b) IV e V. c) I e III. d) II e IV. e) II e III. 010. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/6º SIMULADO/2020) Beneficiários do auxílio emer- gencial podem pagar compras via celular. A partir de hoje (29.05.2020), os beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 – R$ 1,2 mil para mães solteiras – poderão pagar compras em cerca de 3 milhões de estabelecimentos comerciais em todo o país por meio do celular. A Caixa Econômica Federal liberou uma atualização do aplicativo Caixa Tem que permite o pagamento por meio de código QR (uma forma mais avançada do código de barras que pode O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier ser lido por câmeras de celulares). O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse ontem que a grande vantagem da ferramenta consiste em diminuir a necessidade de saques em espécie do auxílio emergencial, reduzindo as filas nas agências. “Não precisa sacar. Basta movimentar o dinheiro de forma digital para fazer as compras”, declarou. agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-05/compras-com-auxilio-emergencial-podem-ser-pagas-celu- lar A ferramenta digital que permite o uso de celulares para realizar praticamente todos os servi- ços que antes só podiam ser efetuados nas agências bancárias ou nos caixas eletrônicos e que agora estão ao alcance das mãos é conhecida pelo termo em inglês: a) mobile receiving. b) cell phone financing. c) data banking. d) internet banking. e) mobile banking. 011. (CEBRASPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO I/2021) Tendo em conta as facilidades pro- porcionadas pela internet, o Open Banking permite que as pessoas acessem suas contas ban- cárias a qualquer momento, durante as 24 horas do dia. 012. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/13º SIMULADO/2020) Open banking: o que é e como funciona? O conceito promete mudar a forma como o mercado financeiro funciona impactando diretamente bancos, fintechs e outros negócios relacionados. Segundo Rafael Pe- reira, CEO da Rebel, uma fintech de empréstimo pessoal online, diz que o open banking é o sistema que permite que outras empresas e serviços acessem os dados dos clientes – com a autorização explícita. Um dos princípios é que os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições. Na prática, para o consumidor final, o open banking regulado e funcio- nando no Brasil permitiria que as pessoas movimentassem suas contas a partir de diferentes plataformas e não só pelo aplicativo ou site do banco. https://www.infomoney.com.br/consumo/open-banking-o-que-e-e-como-funciona O open banking pode ser entendido como a) a estrutura, já existente em outros países, que permite o funcionamento das agências ban- cárias todos os dias da semana, de segunda a domingo. b) as facilidades proporcionadas pela Internet, permitindo que as pessoas acessem suas con- tas bancárias a qualquer momento, durante as 24 horas do dia. c) uma expressão em Inglês, que em Português significa a “banco aberto”, ou seja, uma insti- tuição financeira aberta permanentemente para atender a sua clientela. d) a possibilidade de o cliente levar todas as informações das operações já realizadas em qualquer banco para onde quiser, permitindo que os outros bancos conheçam o seu histórico O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PEDRO HENRIQUE REIS DO COUTO - 19692245764, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 59www.grancursosonline.com.br Atualidades do Mercado Financeiro – Parte I ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO Douglas Xavier de crédito construído ao longo do tempo com qualquer banco: as contas pagas em dia, os sa- lários depositados, as prestações, empréstimos, perfil de gastos etc. e) um conjunto de atividades que possibilita ao interessado acessar as instalações físicas de qualquer uma das agências dos bancos que aderirem voluntariamente aos conceitos previstos nessa modalidade de atividade bancária. 013. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/9º SIMULADO/2020) A fintech BMP Money Plus anunciou na semana passada ter sido autorizada pelo Banco Central a atuar no modelo de Sociedade de Crédito Direto (SCD), sistema que permite a uma instituição financeira realizar operações de empréstimo, financiamento e aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de plataforma eletrônica. Ao comunicar o fato, segundo matéria publicada pelo portal SEGS, a companhia revelou também que sua expectativa para os próximos 12 meses é atingir 500 mil clientes atendidos em todo o território nacional, gerando um volume de crédito de R$ 3 bilhões de reais. https://fintechlab.com.br/index.php/2019/06/24/fintech-se-torna-sociedade-de- credito-direto-e-quer-500-mil- -clientes-em-um-ano/ Com relação à BMP Money Plus, analise as afirmativas a seguir. I – Trata-se de empresa constituída obrigatoriamente na forma de sociedade anônima de ca- pital aberto. II – Tem que observar permanentemente o limite mínimo de R$ 1 milhão em relação ao capital social integralizado. III – Não poderá captar recursos de terceiros, já que só pode operar com recursos próprios. IV – Somente poderá atender solicitações