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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA/CAMPUS SÃO LUIS BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA – BICT DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL I PROFESSOR: IGOR TORRES LIMA. EXPERIMENTO I: Instrumentos de Medidas São Luís 2023 CAIO VINICIUS RODRIGUES LOBATO DANIELLE MARIA CARVALHO DA SILVA ELIEZIO DE SOUSA COSTA FILHO EXPERIMENTO I: Instrumentos de Medidas Relatório submetido a disciplina de Física Experimental I como obtenção de título de obtenção de nota do experimento realizado devido título citado no trabalho. São Luís 2023 RESUMO A obtenção de medidas é uma parte importante da física, no entanto nenhuma medida obtida é absolutamente precisa por isso o experimento realizado teve por finalidade familiarizar o aluno com algumas técnicas de medidas, algarismos significativos e desvios avaliados, utilizando instrumentos de medida muito simples como o paquímetro e a trena. A atividade experimental requer a utilização de instrumentos de medidas e de grandezas de natureza diversa, neste experimento verificou-se a precisão da trena em relação ao paquímetro e por meio das medidas obtidas obteve-se o desvio padrão em torno dessas médias. Então, estendemos que sempre haverá um grau de incerteza associado a cada medida limitando a sua precisão. Palavras-chave: Medidas; Desvios padrão; Instrumentos de medida. ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO 2 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL 2.1 Materiais 2.2 Características dos Instrumentos 2.3 procedimentos Experimental 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4 CONCLUSÃO 5 RESOLUÇÕES DAS QUESTÕES REFERÊNCIAS 1. INTRODUÇÃO Segundo Luz e Álvares (2005) a física costuma ser denominada a ciência da medida, por assim ser, o experimento realizado teve por finalidade familiarizar o aluno com algumas técnicas de medidas, cuidados experimentais no laboratório, algarismos significativos e desvios avaliados, utilizando instrumentos de medidas muito simples como o paquímetro e a trena. A obtenção de medidas é uma parte importante da física, no entanto nenhuma medida obtida é absolutamente precisa, sempre existirá uma incerteza associada a cada medida. Essa incerteza advém, dentre outros motivos, da limitada precisão de todo instrumento de medida e a incapacidade de leitura de valores fracionários menores que a menor divisão da escala do instrumento (PENTEADO e TORRES, 2005). A atividade experimental requer a utilização de instrumentos de medidas e de grandezas de natureza diversa, para medidas de comprimento pode-se utilizar escalas graduadas, como uma régua comum onde a menor divisão possível geralmente é 01 milímetros (1 mm), ou quando se quer efetuar medidas com precisão de décimos ou centésimos de milímetros utilizam-se instrumentos especiais, tal como o paquímetro. Convencionalmente, foi adotado pelos físicos e por todas as pessoas que realizam medidas, que os resultados das medidas devem figurar os algarismos tidos como certos e o algarismo duvidoso (algarismo incerto). Estes algarismos são denominados algarismos significativos (LUZ e ÁLVARES, 2005). Quando se trabalha com medidas geralmente tem-se variáveis. De acordo com Crespo (2002), um recurso utilizado pela Estatística para qualificar os valores de uma variável, ressaltando a maior ou menor dispersão ou variabilidade entre esses valores a sua medida de posição, são as medidas de dispersão, entre elas estão o desvio padrão e a variância. Essas medidas são índices de variabilidade bastante estáveis, pois leva em consideração a totalidade dos valores da variável em estudo. Sendo a variância calculada a partir dos quadrados dos desvios e o desvio padrão como a raiz quadrada da variância e representada por S: Além do entendimento de desvio padrão e do conhecimento de sua fórmula matemática, para alcançamos o objetivo do experimento foi necessária à utilização de outras fórmulas, são elas: 2. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL 2.1 Materiais • Bloco de Madeira; • Cilindro; • Esfera; • Cilindro vazado; • Trena; • Paquímetro. 2.2 Características dos Instrumentos A figura acima representa uma trena métrica, trata-se de um instrumento de medição constituído por uma fita de aço, fibra ou tecido, graduada em uma ou em ambas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês, ao longo de seu comprimento, com traços transversais. Em geral, a fita está acoplada a um estojo ou suporte dotado de um mecanismo que permite recolher a fita de modo manual ou automático. Tal mecanismos, por sua vez, pode ou não ser dotado de trava. O paquímetro (Fig. 02) é um instrumento usado para medir as medições lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor, este se ajusta a régua e permite sua livre movimentação, com um mínimo de folga. Ele é dotado de uma escala auxiliar, chamado nônio ou vernier. Essa escala permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa. O paquímetro é usado quando a quantidade de peças que se quer medir é pequena. 2.3 Procedimento Experimental Inicialmente, mediram-se as três dimensões (comprimento, largura e altura) de um bloco de madeira com uma trena. Esse procedimento foi realizado cinco vezes. Calcularam-se a média, o desvio padrão e o volume do cubo. Anotaram-se os resultados. Do mesmo modo procedeu-se com o paquímetro. Mediram-se cinco vezes as dimensões do bloco de madeira. Calcularam-se a média, o desvio padrão e o volume do cubo. Anotaram-se os resultados. Logo após, mediram-se cinco vezes as dimensões de um cilindro (diâmetro e altura) também com a trena e o paquímetro. Separadamente, calcularam-se a média, o desvio padrão e o volume do cubo e anotaram-se os resultados. Ainda com os mesmos instrumentos mediram-se três vezes o diâmetro de uma esfera, calcularam-se a média, o desvio padrão e o volume da esfera. Anotaram-se os resultados obtidos. Mediram-se também cinco vezes o diâmetro externo e interno de um cilindro vazado com trena e o paquímetro, calcularam-se a diferença entre eles, a média, o desvio padrão e a área. Registraram-se os resultados. 3. RESULTADOS E DISCURSSÃO Ao realizarmos as medidas dos objetos, tanto com a trena quanto com o paquímetro, obtivemos os seguintes resultados por meio da aplicação das fórmulas matemáticas previamente citadas na introdução deste relatório, podendo assim calcula a média, o desvio padrão, o volume e a área destes objetos. Bloco de Madeira (Trena) Medida Comprimento Largura Altura Medida 1 12 mm 6 mm 3 mm Medida 2 11,9 mm 6 mm 3 mm Medida 3 12 mm 6,1 mm 3 mm Medida 4 11,9 mm 6 mm 3 mm Medida 5 12 mm 6 mm 3,1 mm Média 11,96 mm 6,02 mm 3,02 mm Na tabela acima podemos observar as medições de um bloco de madeira com uma fita métrica. Notamos por meio desse experimento que os resultados das medições do comprimento, largura e altura com esse instrumento é praticamente o mesmo nas cinco medições, onde apenas no comprimento apresentou uma variação e um desvio padrão de xx mm. Como nenhuma medida é absolutamente precisa, sempre existirá um aincerteza associada a ela e um erro. Quando encontramos um zero no desvio padrão pode-se ter escolhido o instrumento inadequado pararealiza á medida ou pode-se ter ocorrido algum erro no manuseio do instrumento. Bloco de Madeira (Paquímetro) Medida Comprimento Largura Altura Medida 1 120,20 ± 0,05 mm 60,40 ± 0,05 mm 30,50 ± 0,05 mm Medida 2 120,25 ± 0,05 mm 60,50 ± 0,05 mm 30,15 ± 0,05 mm Medida 3 120,20 ± 0,05 mm 60,70 ± 0,05 mm 30,45 ± 0,05 mm Medida 4 120,10 ± 0,05 mm 60,70 ± 0,05 mm 30,50 ± 0,05 mm Medida 5 120,15 ± 0,05 mm 60,70 ± 0,05 mm 30,40 ± 0,05 mm Média 120,18 ± 0,05 mm 60,60 ± 0,05 mm 30,40 ± 0,05 mm Como demostra a tabela 02, o paquimetro apresentou-se mais preciso em relação á trena, pois em cada dimensão de medida obteve-se um desvio padrão diferente de zero, ou seja, ocorreu um erro entorno da média. Cilindro (Trena) Medida Diâmetro Altura Medida 1 3,1 mm 3,1 mm Medida 2 3,1 mm 3,1 mm Medida 3 3,1 mm 3,1 mm Medida 4 3,1 mm 3,1 mm Medida 5 3,1 mm 3,1 mm Média 3,1 mm 3,1 mm De acordo com a tabela acima, verificamos que não houve desvio padrão ao medirmos o cilindro com a trena, pois todos os resultados obtidos nas cinco medições foram iguais, ou por um erro de manuseio do instrumento pelos operadores ou por ser a trena um instrumemto de baixa precisão em relação a outros instrumentos, como por exemplo, o paquimetro. Cilindro (Paquímetro) Medida Diâmetro Altura Medida 1 31,70 ± 0,05 mm 31 ± 0,05 mm Medida 2 31,40 ± 0,05 mm 30,80 ± 0,05 mm Medida 3 31,30 ± 0,05 mm 30,90 ± 0,05 mm Medida 4 31,70 ± 0,05 mm 30,80 ± 0,05 mm Medida 5 31,55 ± 0,05 mm 31,10 ± 0,05 mm Média 31,53 ± 0,05 mm 30,92 ± 0,05 mm No entanto, na figura 04 podemos observar que o mesmo objeto medido com um instrumento com uma maior precisão apresentou desvio padrão, pois como citado anteriormente cada medição apresentou um valor, levando a um erro em torno da média. Esfera (Trena) Medida Diâmetro Medida 1 24,9 mm Medida 2 25 mm Medida 3 25 mm Medida 4 24 ,9 mm Medida 5 25 mm Média 24,96 mm Fazer comentários após analise. Esfera (Paquímetro) Medida Diâmetro Medida 1 25 ± 0,05 mm Medida 2 24,85 ± 0,05 mm Medida 3 25 ± 0,05 mm Medida 4 25,05 ± 0,05 mm Medida 5 24,90 ± 0,05 mm Média 24,96 ± 0,05 mm Fazer comentários após analise Cilindro Vazado (Trena) Medida Diâmetro Externo Diâmetro Interno Medida 1 50 mm 8 mm Medida 2 49,98 mm 8 mm Medida 3 49,99 mm 8,1 mm Medida 4 50 mm 8 mm Medida 5 50 mm 8 mm Média 49,99 mm 8,02 mm Fazer comentários após analise. Cilindro Vazado (Paquímetro) Medida Diâmetro Externo Diâmetro Interno Medida 1 50 ± 0,05 mm 8,10 ± 0,05 mm Medida 2 50,05 ± 0,05 mm 8,15 ± 0,05 mm Medida 3 50,10 ± 0,05 mm 8,16 ± 0,05 mm Medida 4 50 ± 0,05 mm 8 ± 0,05 mm Medida 5 50,05 ± 0,05 mm 8,16 ± 0,05 mm Média 50,04 ± 0,05 mm 8,11 ± 0,05 mm Fazer comentários após analise. 4. CONCLUSÃO Pode-se por meio do experimento realizado verificar que na metrologia por mais que um instrumento de medida seja preciso, sempre haverá um grau de incerteza associado a cada medida limitando a sua precisão, além da incapacidade de leitura de valores fracionários menores que a menor divisão da escala do instrumento. Podemos também observar que existem instrumentos de medidas mais precisos que outros, como são o caso da trena e o paquímetro, sendo este menos preciso que aquele. Onde no experimento, na grande maioria das vezes o desvio padrão da trena era maior que o do paquímetro devido a precisão da medição. 5. Resoluções das questões 5.1. Com as informações apresentadas nas tabelas calcule os desvios finais para cada uma das medidas apresentadas (comprimento, largura, altura, diâmetro; realize os cálculos para as informações obtidas através da trena e do paquímetro). Bloco de madeira: Esfera: Cilindro: Cilindro vazado: 5.2. Com as informações apresentadas nas tabelas, calcule o volume do bloco de madeira, o volume do cilindro maciço, o volume da esfera e a área da base do cilindro vazado (realize os cálculos para as informações obtidas através da trena e do paquímetro). • volume de um paralelepípedo (bloco de madeira): Comprimento x largura x altura Trena=11,96*6,02*3,02=217,44 Paquímetro= 120,18* 60,6* 3,4= 24.761,9 • volume da esfera: 4/3*r ³*π 4/3*(12,48) ³ * π= 2.591,68*π (trena e paquímetro) • Volume de um cilindro: R²*H*π 30,90*(15,76) ²*π= 248,38*30,90*π= 7.674,94*π (paquímetro) 3,1*(1,55) ²*π= 3,1* 2,40*π= 7,44*π • Volume de um cilindro vazado: Π* (R²- r²) *h Π* (22,49²- 4,01²) * h = (505,8- 16,4) *h*π= 489,4* h*π (trena) Π* (25,02²- 4,05²) * h = (626,0004 - 16,4025) *h*π= 609,5979 * h*π (paquímetro) 5.3. Expresse os resultados do item 5.2 utilizando o desvio padrão final (utilizando a ideia de propagação de incertezas) para cada medida realizada (realize os cálculos para as informações obtidas através da trena e do paquímetro). 𝐷𝑃 = 𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 221,340 + 226,920 + 223,200 + 219,600+223,200/5 = 222,866 𝐷𝑃 = √(221,340 − 222,866)2 + (226,920 − 222,866)2 + (223.200 + 222,866)2 + (219,600 − 222,866)2 + (223,200 − 222,866)² 5 𝐷𝑃 = (√(1.526)2 + (4,054)2 + (0,334)2 + (3,266)2 + (0,334)2) 5 𝐷𝑃 = (√(2.238+16.434+0.111+10.666+0,111) ) 5 = √ 29,653 5 DP= √5,930 = 2,435 5/√𝑁= 2.435/ √5= 1,088 DP=Cilindro=0 DP=Esfera-=0 5.4) Mediram-se, experimentalmente, o período e o comprimento de um pêndulo simples, obtendo-se os seguintes resultados: L = (59,90 ± 0,05) cm e T = (1,555 ± 0,001) s. Utilizando a equação do pêndulo simples 𝑇 =±, calcule o valor da aceleração da gravidade (g). Dados: L = (59,90 ± 0,05) T= (1,555 ± 0,001) G=? 1,555 ± 0,001 = 2 ⋅ 3,14 ⋅ (√59,90±0,05) 𝐺 = (1,555±0,001) 2⋅3,14 = (√59,90±0,05) 𝐺 = 0,2482 = (√59,90±0,05) 2 𝐺 = 𝐺 = (59,90+0,05) 0,6139 = 𝐺 = 976,54 cm/s 5.5) Em uma mola de constante elástica k = (2,256 ± 0,003).104 dyn/cm colocou-se a oscilar uma massa m = (249,86 ± 0,01) g. Calcule o período do oscilador para os valores dados acima, sabendo que ele está relacionado com a massa e a constante elástica através da equação 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝑘. Dados: K = (2,256 ± 0,003).104 dyn/cm M= (249,86 ± 0,01) g Temos que: T= 2𝜋 ⋅ √(2,256±0,003)⋅104 249,86±0,01 = T =2𝜋 ⋅ √ 249,85 2,253⋅104 = T= 𝜋 ⋅ √22516482 22530 T ≈ 0,661666 REFERÊNCIAS CRESPO, Antonio Arnot. Estatística fácil. São Paulo –Saraiva, 17 eds., 2002. LUZ, Antonio Máximo R. da; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física. São Paulo – Scipione, vol 2, 2005. PENTEADO, Paulo Cesar M.; TORRES, Carlos Magno A. Física –ciência e tecnologia. São Paulo- moderna, p. 13-32, 2005.
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