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SOJA Principais doenças da Neste E-book você vai encontrar explicações detalhadas sobre as Principais Doenças da Soja, através de uma linguagem acessível e de fácil compreensão. Esse e-book foi elaborado para auxiliar produtores, agrônomos e consultores com informações técnicas e práticas que contribuam na condução de seus cultivos. Para facilitar a leitura, o sumário é interativo. Você pode clicar em um tópico e ir diretamente para esse assunto. Boa leitura! Sobre o e-book 02 ............................................................................................................................................................................. ................................................................................................................................................... .......................................................................................................... ............................................................................................................................................................. ............................................................................................................................... ............................................................................ .............................................................................................. .......................................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................... ....................................................................................... ........................................................................................................... ............................................................................................................................................................................. .............................................................................................................................................. Sumário Introdução Ocorrência da doença Principais doenças que ocorrem na soja Ferrugem asiática Sintomas da ferrugem asiática Condições de desenvolvimento da ferrugem asiática Estratégias de controle da ferrugem asiática Mancha-alvo Sintomas de Mancha-alvo Condições de desenvolvimento da Mancha-alvo Estratégias de controle da Mancha-alvo Cercospora Sintomas de Cercospora 05 06 07 08 10 11 12 17 18 19 20 22 23 0403 | Principais doenças da Soja .......................................................................................... .............................................................................................................. ............................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................ ............................................................................................ ................................................................................................................ .............................................................................................................................................................................................. ............................................................................................................................................................ ........................................................................................................... .............................................................................................................................. ..................................................................................................................................................... ............................................................................................................................................. Sumário Condições de desenvolvimento da Cercospora... Estratégias de controle da Cercospora... Antracnose ...... Sintomas de Antracnose Condições de desenvolvimento da Antracnose Estratégias de controle da Antracnose Oídio Sintomas de Oídio Condições de desenvolvimento do Oídio Estratégias de controle do Oídio Considerações Finais.... Referências bibliográficas 24 25 26 27 29 30 31 32 34 35 37 39 0404 | Principais doenças da Soja | Principais doenças da Soja Inúmeras são as doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus na cultura da soja no Brasil, e em função da expansão das áreas de soja esse número continua aumentando. A importância econômica de cada doença varia ano a ano, de região para região, dependendo das condições climáticas de cada safra. A ocorrência de qualquer doença e em qualquer área agrícola é tradicionalmente explicada a partir da Figura 1 (próxima pág). Introdução 05 06 A ocorrência de doença depende da combinação simultânea destes três fatores. Um exemplo disto é a falta de condições meteorológicas ideais para o desenvolvimento da ferrugem asiática da soja. O patógeno pode estar presente na área de cultivo, bem como infectando os hospedeiros, mas sem as condições adequadas, a interação planta x patógeno não resultará em doença. Ocorrência da doença O ciclo de uma planta de soja é dividido em fases vegetativa e reprodutiva, indo da emergência até a maturação plena. Algumas doenças da soja ocorrem somente no início ou apenas ao final do ciclo, já outras incidem durante todo o período que as plantas estão no campo. Para o cultivo da soja, em condições ambientais de elevada temperatura e umidade do ar, deve- se atentar principalmente para a ocorrência de doenças fúngicas, as quais de maneira geral respondem de forma positiva a estas condições. Dentre as principais doenças que incidem sobre a cultura, podemos destacar a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), a mancha-alvo (Corynespora cassiicola), a cercospora (Cercospora kikuchii), a antracnose (Colletotrichum truncatum) e a oídio (Microsphaera diffusa). Principais doenças que ocorrem na soja 07 | Principais doenças da Soja A ferrugem-asiática é uma doença extremamente agressiva para a cultura da soja, podendo variar de 10 a 90% a intensidade e severidade da doença. O principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade. No Brasil o período de semeadura de soja é extenso e varia conforme a região, podendo ocorrer semeadura desde o início de setembro até o final de fevereiro. Ferrugem asiática da soja 08 Isso possibilita o cultivo de soja sobre soja na mesma área, ou soja em janeiro ou fevereiro após outra cultura (“semeadura de segunda época” ou “safrinha”). Porém, as semeaduras tardias recebem inóculo das semeaduras de abertura de safra, favorecendo a incidência precoce da ferrugem e aumentando o número de ciclos do fungo na safra, exigindo mais aplicações de fungicidas. | Principais doenças da Soja Alguns estados que tinham essa condição de semeadura no inverno instituíram o vazio sanitário, um período mínimo de 60 dias sem presença de soja no campo na entressafra, baseado na sobrevivência de esporos por 55 dias em folhas de soja infectadas e armazenadas à sombra. O objetivo é reduzir o inóculo do fungo, eliminando-se o principal hospedeiro. 09 Ferrugem asiática da soja | Principais doenças da Soja 10 Os sintomas da ferrugem-asiática são observados inicialmente no terço inferior da planta, surgindo pequenas pontuações com até 1 mm de diâmetro, mais escuras que o tecido sadio da folha e com coloração esverdeada a cinza-esverdeada. Sintomas da Ferrugem asiática Sintomas de ferrugem asiáticaO fungo Phakopsora pachyrhizi é biotrófico, ou seja, se reproduz apenas em soja verde ou outra hospedeira viva, dependendo nutricionalmente de tecidos vivos. A infecção depende da disponibilidade de água livre sobre a folha, necessitando de pelo menos seis horas de molhamento foliar com temperaturas ótimas entre 15 e 25 °C ou mais de oito horas quando sob temperaturas extremas, como 10 ou 27 °C. Entre o início da infecção e a esporulação o tempo é de seis dias sob temperatura de 26°C. Afastando-se dessa temperatura ótima (acima ou abaixo) o período aumenta, chegando a 12 ou 16 dias sob 15°C. Condições de desenvolvimento da Ferrugem asiática 11 | Principais doenças da Soja Para o manejo da ferrugem asiática é preciso integrar medidas culturais, de resistência genética e uso de fungicidas. Na soja há a possibilidade de uso de cultivares de ciclo precoce no início da época de semeadura recomendada, assim a tendência é que as primeiras semeaduras após o vazio sanitário apresentem sintomas da doença somente na fase de enchimento de grãos (quando apresentam). Nas semeaduras subsequentes, aumenta a disseminação dos esporos do fungo das primeiras áreas para as tardias, antecipando a ocorrência da ferrugem na planta, demandando maior uso de fungicidas. Estratégias de controle da Ferrugem asiática 12 | Principais doenças da Soja Os fungicidas sítio-específicos atuam em um único ponto da via metabólica de um patógeno ou contra uma única enzima ou proteína. Podem ser absorvidos pela planta com tendência a serem sistêmicos. Inibidores da desmetilação (IDM, “triazóis”), inibidores de quinona externa (IQe, “estrobilurinas”) e inibidores da enzima succinato desidrogenase (ISDH, “carboxamidas”) destacam-se entre os principais sítio-específicos usados no controle da ferrugem asiática. Já os fungicidas multissítios agem em diferentes pontos metabólicos do fungo, têm baixo risco de resistência e formam uma camada que protege a superfície da folha. Entretanto, eles não são absorvidos e podem ser lavados com maior facilidade pelas chuvas. Informações sobre fungicidas registrados para controle podem ser obtidas no Agrofit — Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários. Estratégias de controle da Ferrugem asiática 13 | Principais doenças da Soja 14 Quanto à estratégia de resistência genética, as cultivares com gene(s) de resistência à ferrugem asiática são menos suscetíveis a perdas de produtividade e auxiliam na redução da pressão de seleção para resistência do fungo aos fungicidas. Estratégias de controle da Ferrugem asiática Sintomas de ferrugem asiáticas Cultivares suscetíveis apresentam lesões TAN (Tanish), termo inglês que significa marrom-claro e produz uredosporos em grande quantidade, aumentando rapidamente o número de lesões nas folhas, provocando amarelecimento e desfolha prematura. Já as cultivares resistentes apresentam lesões RB (Reddish brown), de coloração marrom- avermelhada e maiores que as lesões TAN, produzindo pouco ou nenhum uredosporos conforme o gene e, pelo desenvolvimento limitado, não ocasiona amarelecimento e queda de folhas de modo tão intenso como as lesões. Estratégias de controle da Ferrugem asiática 15 | Principais doenças da Soja O sucesso no manejo da ferrugem asiática da soja somente é alcançado mediante a integração das diversas práticas apresentadas, incluindo as culturais, de resistência genética e uso de fungicidas. Essas devem ser ajustadas conforme a lavoura do produtor, a legislação vigente em cada estado e principalmente considerando os fatores necessários para o estabelecimento da doença. Assim, evita-se perdas de produtividade e dem renda do produtor, além de proporcionar maior longevidade das medidas de controle e supressão existentes. Estratégias de controle da Ferrugem asiática 16 | Principais doenças da Soja A mancha-alvo é causada pelo fungo Corynespora cassiicola e está cada vez mais comum nas lavouras de soja, isso se deve ao aumento do uso de cultivares suscetíveis, da sucessão da soja com culturas que também são atacadas pelo fungo e da resistência do fungo a fungicidas. A mancha-alvo pode causar redução da produtividade da soja de até 40% em cultivares suscetíveis. O fungo Corynespora cassiicola infecta mais de 400 espécies de plantas, entre elas o algodão, o feijão, a crotalária e diversas plantas daninha Mancha-alvo na soja 17 | Principais doenças da Soja 18 O nome da doença deriva das lesões circulares em folhas, com um ponto negro no centro, que sugere um alvo. Além das folhas, podem ocorrer sintomas em pecíolos, hastes e vagens. A semeadura de cultivares suscetíveis, em condições favoráveis (temperatura entre 20 e 30ºC e umidade relativa do ar acima de 80%), pode acarretar evolução rápida da doença e promover desfolha prematura da planta, podendo resultar em perdas de produtividade. Sintomas da Mancha-alvo Sintomas de mancha alvo Embora seja um fungo cosmopolita, presente em quase todas as regiões produtoras de soja do Brasil, seus danos ocorrem com intensidades diferentes entre as regiões, em razão, principalmente, das variações das condições ambientais, das cultivares utilizadas e dos sistemas de sucessão de culturas. A região Centro-oeste, por exemplo, é mais afetada do que a região Sul, onde a mancha-alvo pode ser considerada uma doença secundária. A sucessão de soja com algodão ou crotalária no Centro-oeste, ambas hospedeiras do fungo, associada a melhor distribuição de chuvas, explica a maior severidade da doença nessa região. Condições de desenvolvimento da Mancha-alvo 19 | Principais doenças da Soja As opções de fungicidas eficientes são limitadas, principalmente em razão da resistência do fungo aos fungicidas dos grupos dos metil benzimidazol carbamato (MBC, “benzimidazóis”) e dos inibidores da quinona externa (IQe, “estrobilurinas”) e da menor sensibilidade aos inibidores da succinato desidrogenase (ISDH, “carboxamidas”), relatada principalmente no Mato Grosso. Várias estratégias são recomendadas para o controle da doença tais como: o uso de cultivares resistentes, o tratamento de sementes, a rotação/sucessão de culturas com milho e espécies de gramíneas e pulverizações com fungicidas. Estratégias de controle da Mancha alvo 20 | Principais doenças da Soja A despeito destas recomendações de controle e da importância cada vez maior dessa doença, existem poucas informações sobre a eficiência de fungicidas para seu controle, e poucos programas de melhoramento de soja que testem rotineiramente seus materiais quanto à resistência à mancha alvo. Existem alguns fungicidas registrados para o controle desta doença, mas ainda são escassos os estudos de eficiência de cada produto para o controle do patógeno. Estratégias de controle da Mancha-alvo 21 | Principais doenças da Soja Cercospora kikuchii é um fungo cosmopolita e encontra-se em todas as regiões produtoras de soja do Brasil, mas manifesta-se com maior intensidade nas regiões mais quentes e chuvosas. Condições ambientais como elevada umidade e temperatura do ar estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento desta doença. Cercosporiose pode causar perdas de produtividade da soja variando de 7 a 30% dependendo das condições locais e da severidade das doenças. Cercospora da soja 22 | Principais doenças da Soja Sintomas da Cercospora 23 Nas folhas, os sintomas são pontuações escuras, castanho-avermelhadas, as quais coalescem e formam grandes manchas escuras que resultam em severo crestamento e desfolha prematura. Nas vagens, aparecem pontuações vermelhas que evoluem para manchas castanho-avermelhadas. Através da vagem, o fungo atinge a semente e causa a mancha púrpura no tegumento. Nas hastes, o fungo causa manchas vermelhas, geralmente superficiais, limitadas ao córtex.Sintomas de cercospora O fungo está disseminado por todas as regiões produtoras de soja do país, porém, é mais severo nas regiões mais quentes e chuvosas e regiões altas dos cerrados. O seu ataque é favorecido por temperaturasna faixa de 23°C a 27°C e alta umidade. Pode ser introduzido na lavoura através de sementes infectadas se não forem tratadas com fungicidas, porém o mesmo sobrevive nos restos culturais. Condições de desenvolvimento da Cercospora 24 | Principais doenças da Soja O controle deve ser feito utilizando sementes livres do patógeno, tratamento de sementes com fungicidas com ação sistêmica e de contato, e aplicações na parte aérea, utilizando fungicidas dos grupos dos benzimidazóis, triazóis e estrobilurinas. Estratégias de controle da Cercospora 25 | Principais doenças da Soja A disseminação da antracnose ocorre a partir de sementes infectadas e restos culturais, sendo auxiliada pelo vento e respingos da chuva. Plântulas originadas de sementes infectadas podem morrer durante a germinação ou germinar com necrose dos cotilédones que se estende para o hipocótilo e radícula, provocando tombamento. A esporulação do fungo é observada com temperaturas inferiores a 35ºC. Infecções nos cotilédones, haste e folhas ocorrem predominantemente no estádio vegetativo com o inóculo inicial oriundo da semente ou restos culturais. Com o início da floração há transmissão do inóculo para a flor, impedindo a fecundação e formação dos grãos, ou para o legume, contaminando o grão em formação. Antracnose da soja 26 | Principais doenças da Soja 27 Os sintomas característicos são o escurecimento de nervuras e pecíolos, manchas marrons alongadas em hastes, nas vagens ocorrem manchas escuras, além de vagens retorcidas e que se abrem prematuramente. Sintomas da Antracnose Sintomas de antracnose A doença apresenta enorme potencial destrutivo, chegando a 90 kg/ha para cada 1% de aumento na incidência da doença, fator que tem trazido grandes preocupações aos produtores. Além do tombamento de plântulas os sintomas da doença incluem manchas negras nas nervuras das folhas, hastes e legumes, podendo haver queda total de legumes e/ou deterioração de sementes em casos em que há condições favoráveis ao desenvolvimento da doença e atraso na colheita da soja. Sintomas Antracnose 28 | Principais doenças da Soja Alta população de plantas ou após o fechamento das linhas, associada ao molhamento foliar prolongado e temperatura entre 18 e 25ºC são condições favoráveis para o estabelecimento da doença. O tratamento de sementes com fungicidas também é indicado. Durante o cultivo o produtor deve estar atento à lavoura principalmente em épocas de alta precipitação, já que os respingos de chuva possibilitam a disseminação do fungo. Temperaturas elevadas também favorecem o estabelecimento da doença. Condições de desenvolvimento da Antracnose 29 | Principais doenças da Soja Ainda não há cultivares resistentes à doença, mas uma medida indispensável em seu controle é o uso de sementes sadias, pois o patógeno pode chegar ao campo nas próprias sementes infectadas. A pulverização da parte aérea com benzimidazois, triazois e estrobilurinas também é recomendada. Em áreas onde a doença é um problema muito sério, o produtor pode realizar um pequeno ensaio semeando algumas cultivares diferentes para verificar a reação que elas apresentarão à população do fungo que está presente em sua área, a fim de identificar e evitar cultivares mais suscetíveis à doença, para a população do patógeno que está presente em sua região. Estratégias de controle da Antracnose 30 | Principais doenças da Soja A ocorrência de oídio em soja, sobretudo quando as condições ambientais são favoráveis ao desenvolvimento da doença, pode afetar a cultura e ocasionar danos significativos no rendimento de grãos. Lavouras com alta incidência desta doença podem apresentar perdas de rendimento estimadas entre 30% e 40%. Oídio na soja 31 | Principais doenças da Soja Sintomas de Oídio 32 Os sintomas apresentados pelo oídio podem variar de clorose, ilhas verdes, manchas ferruginosas, desfolha acentuada ou combinações desses sintomas, dependendo da reação das cultivares. Todavia, o mais evidente é a própria estrutura branca e pulverulenta do fungo sobre a superfície das partes infectadas. Lavouras afetadas pelo oídio podem ser distinguidas a longa distância pela coloração prateada da folhagem, principalmente pela exposição da face inferior das folhas pelo vento. Sintomas de oídio O esporo (conídio ou ascosporo) do fungo, ao cair na superfície da folha, germina e produz uma teia de micélio que se espalha pela superfície da planta. O micélio penetra nas células epidermais e, através de haustórios, nutre-se do conteúdo das células. Na superfície da planta, forma-se uma fina camada de micélio e esporos (conídios) pulverulentos que, de pequenos pontos brancos, podem cobrir toda a parte aérea da planta, sendo menos frequente nas vagens. Nas folhas, com o passar dos dias, a coloração branca do fungo muda para cor castanho-acinzentada, dando a aparência de uma cobertura de sujeira nas duas faces da folha. Sob condição de infecção severa, a cobertura de micélio e a frutificação do fungo impedem a fotossíntese e as folhas secam e caem prematuramente, dando à lavoura a aparência de soja dessecada por herbicida, ficando com coloração de castanho-acinzentada a bronzeada. Sintomas de Oídio 33 | Principais doenças da Soja A infecção pode ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, porém, é mais visível por ocasião do início da floração. Quanto mais cedo iniciar a infecção, maior será o efeito da doença sobre o rendimento. As condições de baixa umidade relativa do ar e temperaturas de 18°C a 30°C favorecem o desenvolvimento da doença. Todavia, o desenvolvimento micelial é mais rápido à temperatura de 18°C do que de 24°C a 30°C. Observações a campo têm demonstrado que o desenvolvimento da doença é mais rápido quando a temperatura do ar é inferior a 30°C, quando a soja está nos estádios entre início de floração (R1) e enchimento pleno das vagens. Condições de desenvolvimento do Oídio 34 | Principais doenças da Soja O método mais eficiente de controle do oídio é através do uso de cultivares resistentes. Entretanto, não havendo disponibilidade de cultivares com essas características, ou no caso de quebra da resistência de uma cultivar, pode-se pensar em tratamento químico com fungicidas recomendados. O momento da aplicação depende do nível de infecção e do estádio de desenvolvimento da soja. A aplicação deve ser feita quando o nível de infecção (severidade) atingir entre 40% e 50% da área foliar, ou seja, quando o oídio estiver infectando a metade da altura das plantas. Estratégias de controle do Oídio 35 | Principais doenças da Soja Tratamento químico muito antecipado poderá exigir mais de uma aplicação, tornando antieconômico o controle, se tardio, poderá não controlar a doença. A aplicação de fungicida, para controle do oídio, não deve ser realizada preventivamente e sim com base na vistoria periódica da lavoura e no nível de infecção. Se o nível de severidade de 40% a 50% de infecção da área foliar não ocorrer até as plantas atingirem o completo enchimento das vagens (estádio R6), a aplicação de fungicida não deve ser realizada. Estratégias de controle do Oídio 36 | Principais doenças da Soja Considerações finais 37 Embora os fungicidas sejam as ferramentas mais utilizadas no manejo e controle de doenças fúngicas na cultura da soja, o elevado custo de controle e a resistência de doenças a fungicidas, torna indispensável a busca por alternativas de manejo que possibilitem o adequado controle de doenças, aliado ao manejo da resistência das mesmas a fungicidas. O manejo da resistência é tão importante quanto a escolha do fungicida adequado, visto que o uso indiscriminado do mesmo produto ou mecanismo de ação pode desencadear casos de resistência, comprometendo a eficiência e eficácia do produto. | Principais doenças da Soja Neste e-book tratamos dos principais patógenos que afetam a cultura da soja no Brasil, seus sintomas e o manejo adequado. Não existe uma fórmula única para lavoura de soja saudável,cada doença existe um plano de manejo adequado. Fique atento para reconhecê-las! *Em caso de dúvidas, consulte um Engenheiro Agrônomo. | Principais doenças da Soja Referências bibliográfica 39 ALVES, S. A. M.; FURTADO, G. Q.; BERGAMIN FILHO, A. Influência das condições climáticas sobre a ferrugem da soja. In: ZAMBOLIM, L. (Ed.). Ferrugem asiática da soja. Viçosa: Suprema Gráfica e Editora, 2006. p. 37–59. GODOY, C. V. et al. Boas práticas para o enfrentamento da ferrugem-asiática da soja. Embrapa Soja-Comunicado Técnico (INFOTECA-E), 2017. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/163428/1/ComTec92-OL.pdf>. Acesso em 08 mar. de 2021. GODOY, C. V. et al. Ferrugem-asiática da soja: bases para o manejo da doença e estratégias antirresistência. Embrapa Soja-Documentos (INFOTECA-E), 2020. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/213614/1/DOC-428.pdf>. Acesso em 08 mar. de 2021. ISARD, S. A.; DUFAULT, N. S.; MILES, M. R.; HARTMAN, G. L.; RUSSO, J. M.; WOLF, E. D.; MOREL, W. The effect of solar irradiance on the mortality of Phakopsora pachyrhizi urediniospores. Plant Disease, v. 90, p. 941–945, 2006. MELCHING, J. S.; DOWLER, W. M.; KOOGLE, D. L.; ROYER, M. H. Effects of duration, frequency, and temperature of leaf wetness periods on soybean rust. Plant Disease, v. 73, p. 117–122, 1989. YORINORI, José Tadashi; NUNES JÚNIOR, José; LAZZAROTTO, Joelsio José. Ferrugem" asiática" da soja no Brasil: evolução, importância econômica e controle. Embrapa Soja-Fôlder/Folheto/Cartilha (INFOTECA-E), 2004. | Principais doenças da Soja https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/163428/1/ComTec92-OL.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/213614/1/DOC-428.pdf A DigiFarmz é uma plataforma digital que combina dados de pesquisas, informações climatológicas, genética de cultivares, datas de semeadura, local e outros parâmetros, para apresentar recomendações inteligentes que auxiliam produtores, agrônomos e consultores no manejo fitossanitário das doenças da soja, apresentando parâmetros para uma melhor tomada de decisão. Faça parte da agricultura do futuro! Conheça a DigiFarmzConheça a DigiFarmz https://www.digifarmz.com/
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