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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - “Prof. José de Souza Herdy” UNIGRANRIO - ESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CAROLINA UMBELINA ALVES FERREIRA RAFAELI RÉDUA DE PAULA SALES Estudo de novas alternativas para melhoria no gerenciamento de estoque de material acabado em uma empresa fabricante de embalagens plásticas flexíveis DUQUE DE CAXIAS – RJ 2022 CAROLINA UMBELINA ALVES FERREIRA RAFAELI RÉDUA DE PAULA SALES Estudo de novas alternativas para melhoria no gerenciamento de estoque de material acabado em uma empresa fabricante de embalagens plásticas flexíveis Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade do Grande Rio – “Prof. José de Souza Herdy” como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Produção. Orientador: <<Nome>>, <<abreviação da titulação>>. Duque de Caxias – RJ 2022 1. INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO Segundo Cirino, Lino e Teixeira (2017), o início do desenvolvimento de materiais de plástico ocorreu há mais de cem anos, primeiramente com a utilização de materiais naturais com propriedades plásticas, posteriormente evoluiu-se com os materiais naturais quimicamente modificados e por fim o amplo mercado de material totalmente sintético conhecidos atualmente como plásticos modernos. Para Fabris, Freire e Reyes (2006), o mercado de embalagens é engajado no crescimento da economia, tendo em vista que, quanto mais alta é a produção de bens de consumo e mercadorias, maior é a necessidade de embalagens. Tal constância reveste-se de suma importância no cotidiano, para armazenar e transportar produtos. A gestão de estoques é considerada para esse segmento industrial, bem como, para as organizações em geral, uma área estratégica dentro das organizações. O mercado globalizado e o surgimento de uma classe de consumidores cada vez mais criteriosos tem forçado as empresas a desenvolver estratégias para se tornarem e manter competitivas. Entre essas estratégias, encontra-se a adoção de boas práticas na gestão dos estoques, cujo princípio, segundo Ballou (2006), é promover o equilíbrio empresarial oferecendo, simultaneamente, um serviço satisfatório associado um baixo custo. Na concepção de Santos (2013), a gestão de estoques abrange assuntos de diferentes áreas na organização, como a financeira, o setor de compras, a produção e a gestão em geral. Para o pleno funcionamento da empresa de maneira contínua é imprescindível que todos estes setores estejam em sintonia. O estoque de produtos acabado equivale ao produto final da empresa, aguardando para seguir para o cliente (SILVA; RABELO, 2017). O estoque acabado quando muito tempo armazenado não têm a rotatividade necessária para gerar o lucro almejado. Neste contexto, o presente estudo permeia na análise do estoque acabado em uma empresa fabricante de embalagens plásticas flexíveis, visando garantir a disponibilidade de produtos para os consumidores, garantindo a satisfação dos clientes, sem trazer altos custos de estoques acabado para a empresa. 1.2 PROBLEMA De acordo com Souza e Júnior (2018), com a forte globalização do mundo, existe uma alta competitividade no mercado e torna-se essencial para as organizações se adaptarem rapidamente as tendências e desenvolverem estratégias para seus negócios, visando melhoria nas performances e agregar valor aos produtos e serviços que oferecem. O gerenciamento do estoque objetiva elevar as empresas ao nível exigido pelo mercado, garantindo ao consumidor disponibilidade dos produtos, com um nível de estoque mínimo. Para Cassiano et al. (2007), quando a administração do estoque da empresa não é eficiente tende a comprometer além de seu capital investido, sua competitividade e produtividade. Nessa perspectiva, Cassiano et al. (2007), reitera que o estoque é um ponto crucial a ser considerado na redução de custos, sendo relevante nos custos totais e afetando no resultado das organizações. Ressalta-se que o valor aplicado nesse ativo impacta fortemente o giro do estoque, os resultados financeiros e ainda o retorno sobre o capital investido pelos proprietários e acionistas. Rodrigues et al. (2020) alega que a falta de controle adequado não propicia a empresa a gestão correta e quando se trata de estoque, compreende-se que ele proporciona o equilíbrio decisório das finanças da organização, visto que, caso seja gerenciado de maneira correta além de evitar gastos que não são necessários com estocagem ainda minimiza custos com produtos sem giro. Para Rodrigues (2016), a perspectiva financeira é um dos principais intuitos do controle do estoque, visto que, sua manutenção possui um custo elevado e seu gerenciamento necessita possibilitar que seja minimizado o capital investido. Dessa forma, um controle eficaz do estoque se inicia em seu planejamento, os níveis do estoque sofrem consequência da velocidade da demanda. A empresa em estudo apresenta um estoque elevado de material acabado promovidos pelos excedentes de produção que não foram aceitos pelos clientes ou que estão em negociação, sendo disposto no depósito muitos produtos. Essa elevação no estoque, acarreta em custos de armazenagem e custos por motivo de perdas de materiais, visto que, no depósito podem sofrer danos decorrentes de movimentações e passagem de tempo, afetando as características do material, impedindo assim que seja vendido. Um grande desafio para a indústria em estudo, são as postergações de entrega ao cliente, pois, a empresa, segue um lead-time, contando com o tempo produtivo e o tempo de entrega ao cliente, a partir do momento que esse material está pronto antes da data ou fica pronto em tempo hábil e o cliente por algum motivo especifico solicita que a entrega seja postergada em alguns dias/meses, o que é afetado com isso, além do faturamento, é o custo que esse estoque pode trazer para empresa durante esse tempo, a empresa tem uma capacidade máxima de armazenagem e um tempo em que o material pode ficar armazenado em estoque. O que é preciso ter cuidado com tudo isso é, assim como tudo, as embalagens plásticas também tem “validade” que gera um outro problema, as devoluções, pois, quanto mais tempo esse material fica parado em estoque, mais tempo ele vai se desgastando e perdendo características importantes. Diante dos aspectos abordados, a problemática desta pesquisa consiste em responder o seguinte questionamento: qual a importância da gestão de estoque de produto acabado na indústria de embalagens plásticas flexíveis? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo geral Elaborar uma proposta de controle de estoques acabados em uma empresa fabricante de embalagens plásticas flexíveis visando a redução dos impactos negativos ocasionados pelo estoque excessivo. 1.3.2 Objetivo específico ● Apurar o motivo dos elevados excedentes de produção por meio da implementação do ciclo PDCA; ● Realizar o controle da produção; ● Realizar a classificação dos materiais através da curva ABC visando avaliar o giro de estoque da empresa; ● Acompanhar a entrada e saída dos materiais do estoque da expedição; ● Avaliar uma nova metodologia para a gestão do estoque de produtos acabados. 1.4 JUSTIFICATIVA O presente trabalho se justifica, pois, visa a redução dos custos inerentes dos estoques e o aumento do faturamento anual, garantindo assim, um retorno significativo aos sócios. Atualmente as empresas buscam vantagem competitiva, realizando o gerenciamento e administração eficaz dos estoques é a oportunidade de atender os clientes prontamente, no momento e na quantidade certa, saindo na frente de seus concorrentes frente ao mercado (OLIVEIRA; SILVA, 2014). Segundo Aquino et al (2019), uma gestão de estoques de excelência contribui paraa estabilidade de uma empresa, partindo da premissa de que auxilia reduzindo custos, estabelece segurança nas operações financeiras ao garantir o atendimento eficaz aos seus clientes e possibilita segurança nos momentos de imprevistos. Com uma competitividade elevada uma organização que se porta de forma segura e que demostra isso em seus produtos e serviços se destaca no mercado. De acordo com Lamb e Scherer (2015), em uma organização a procura por alternativas que minimizem desperdícios e perdas é imprescindível para a saúde financeira e econômica. O gerenciamento dos estoques é responsável por valores consideráveis na apuração dos custos em uma empresa, sendo assim é fundamental sua eficácia. Estoques excessivos podem acarretar em diversos malefícios a uma organização, pois, além de gerar custos elevados de armazenagem, o material pode ser danificado devido a movimentações e tempo elevado no estoque, pois ao ficar muito tempo no depósito, os produtos podem sofrer diversos danos que impossibilitam a comercialização do material, ocasionando assim também custos de perda de materiais acabados. Deve-se levar em consideração ainda o fato de a manutenção de estoque acarretar custos, visto que, necessita-se dispor de uma estrutura física e disponibilizar colaboradores para a manutenção e organização do estoque. Diante do exposto, o trabalho se justifica pela busca da melhoria no gerenciamento do estoque da empresa em estudo, visando redução dos custos impactados pelo grande volume em estoque e consequentemente afim de obter uma maior vantagem competitiva no mercado. 1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO O presente estudo se delimitou em realizar um planejamento estratégico para maior eficiência no estoque acabado da empresa analisada, com o intuito de atuar na criticidade apresentada no estoque da organização. A pesquisa se aplica em uma empresa fabricante de embalagens plásticas flexíveis, situada no munícipio de Três Rios – RJ. 1.6METODOLOGIA 1.6.1 Quanto aos Fins Segundo Gil (2017), as pesquisas exploratórias mais comuns são os levantamentos bibliográficos, porém, em algum momento, a maioria das pesquisas científicas passam por uma etapa exploratória, visto que o pesquisador busca familiarizar-se com o fenômeno que pretende estudar. Este estudo é caracterizado como pesquisa exploratória, pois realiza uma coleta de dados sobre o tema estudado, afim de buscar maior familiaridade. É explicativa, pois explica o porquê do problema identificando as causas e é intervencionista, pois propõe melhorias nos processos da empresa estudada. 1.6.2 Quanto aos Meios Segundo Gil (2002), a diferença entre a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental se dá pela natureza das fontes, onde a primeira utiliza contribuições de diversos autores sobre determinado assunto, a segunda se baseia em materiais que não receberam um tratamento analítico. Gil (2007), conceitua também o estudo de caso como um estudo aprofundado sobre objetos, que podem ser um indivíduo, uma organização, um grupo ou um fenômeno e que pode ser aplicando nas mais diversas áreas. Sendo assim, o presente trabalho classifica-se como uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo principal é estabelecer uma base teórica para o estudo por meio da revisão da literatura existente sobre o assunto exposto em determinado capítulo. Também se qualifica como uma pesquisa documental, pois, utiliza-se documentos, relatórios e dados em geral da empresa estudada, os quais não estão disponíveis para consultas públicas. Além disso, este trabalho é classificado como estudo de caso, por se tratar de uma pesquisa ampla da empresa relatando um problema real. 1.6.3 Universo e Amostra De acordo com Santos (2021), o universo de uma pesquisa se refere a um conjunto de elementos onde cada um deles, apresenta pelo menos uma característica em comum. Já a amostra surge quando se seleciona um conjunto de observações do universo por meio de um critério de representatividade. O universo do presente trabalho se passa em uma indústria fabricante de embalagens plásticas flexíveis, mais especificamente no estoque do setor logístico. Quanto a amostra selecionada, consiste nos excedentes de estoque de materiais acabados presentes no setor (sacos, filmes, folhas, entre outros). 1.6.4 Coleta e Tratamento de Dados Segundo Chizzotti (2001), a coleta de dados provém de documentos, de observação ou por meio de respostas e declarações de pessoas que contêm as informações necessárias aos objetivos da pesquisa, permitindo posteriormente o registro e a análise de tais informações. Podendo ser quantitativa, quando se busca um critério de representatividade numérica que possibilite a generalização dos conceitos teóricos que se quer testar ou qualitativa quando se preocupa menos com a generalização e mais com o aprofundamento e abrangência de um grupo ou organização. Desta forma, este estudo caracteriza-se por uma pesquisa qualitativa, pois, os dados coletados neste estudo são resultados de pesquisas realizadas na empresa. Para abrangência na pesquisa, primeiro foram feitas observações nos excedentes de produção e nas elevadas postergações de entregas, sendo observado que, devido principalmente a esses dois fatores o volume de estoque acabado na expedição fica acima da meta estabelecida pela empresa, gerando assim um custo maior. Também foram obtidos dados através de relatórios internos para que fosse possível visualizar de forma analítica o estoque. Além disso, alguns dados foram obtidos durante as reuniões mensais realizadas pelos diversos setores para apresentação dos indicadores e através de alguns dados obtidos de artigos que mencionam ferramentas de melhoria. 1.6.5 Plano de Ação De acordo com Stadler e Arantes (2011), as organizações, independentemente de seu porte, necessitam de um plano de ação, visto que, a competitividade do mercado está cada vez mais acirrada. Seu objetivo se baseia no foco estratégico da empresa e sua formação deve-se ser realizada baseando na análise dos cenários que trazem informações da área externa e interna da organização. Wildauer (2012), afirma que um bom plano de ação necessita conter procedimentos e medidas a serem tomados pela organização que visam diminuir, enfrentar e eliminar problemas. Para o desenvolvimento do plano de ação no estudo será utilizada a metodologia PDCA, essa ferramenta irá auxiliar na análise do rendimento dos materiais no setor produtivo visando a melhoria contínua desse processo. O ciclo PDCA, também denominado ciclo de Deming trata-se de uma metodologia que possui o intuito de auxiliar no diagnóstico, análise e prognóstico de problemas nas empresas, sendo de extrema utilidade na resolução dos mesmos (QUINQUIOLO, 2002). Essa ferramenta consiste em quatro fases, sendo elas: Plan, Do, Check e Act. Na fase (Plan – Planejar) será definido o objetivo final, onde irá se determinar especificamente o que necessita ser alterado. Na etapa (Do – fazer) será realizada a implementação do plano elaborado e acompanhamento do mesmo. Na fase (check – verificar) será realizada a análise dos resultados e sua avaliação e por fim, na etapa (act – agir) caso o plano tenha funcionado, o processo novo será documentado e transformado em padrão. Será realizada a classificação dos materiais por meio da curva ABC, visando identificar a relevância de cada um dos produtos, essa ferramenta irá auxiliar na identificação dos materiais com mais saída e maior potencial de geração de lucro e os produtos menos rentáveis e com menos saída. Com essa identificação, poderá fazer o gerenciamento adequado de todos os itens noestoque. De modo geral, o plano de ação do presente estudo terá base em: ● Coletar o máximo de informações possíveis para auxilio ao problema. ● Buscar embasamento teórico sobre o assunto. ● Identificar os agentes causadores do problema. ● Concluir a análise. ● Realizar o controle do processo produtivo. ● Analisar a entrada e saída dos materiais no depósito da expedição. ● Avaliar possibilidades de melhorias e sua assertividade. ● Implementar as melhorias. 1.7 REVISÃO DA LITERATURA Na concepção de Souza (2007), a gestão dos estoques acabados deve ser realizada de maneira criteriosa, visando chegar o mais próximo do melhor nível estoque possível. Para que isso seja possível, significa produzir uma quantidade somente para atender a demanda e que tenha um bom giro. Foi identificado por Watanabe (2017), quatro pontos críticos dentro do processo de gestão de estoque de produto acabado, o erro de sistema, erro de contagem, quebra e erro de carregamento. Para Rocha (2014), a gestão de estoques de material acabado inclui custos, infraestrutura e organização. Segundo Sousa (2013), é de suma importância para uma organização o controle e gestão dos estoques, pois, esse trata-se de seu maior ativo. Tal controle engloba pessoas, custos, técnicas especificas e a empresa como um todo Sousa (2013) completa que as empresas necessitam se responsabilizar pela administração dos níveis de estoques visando o atendimento ao consumidor com o melhor nível de serviço. Kinzel (2020), partindo da premissa de que uma das alternativas na busca de diferenciais estratégicos consiste na minimização de estoques excedentes, baseia-se no uso de Software para contribuir para o processo de tomada de decisão, baseando- se em dados históricos acerca de quantidades demandadas para gerar previsões que sejam assertivas. Sehnem (2020), partiu do pressuposto da utilização do Mapeamento de Fluxo de Valor (MFV) com símbolo Kaizen no processo de estocagem como alternativa para identificação de oportunidades de melhoria na organização. Cassiano et al (2007), ressalta que a logística consiste em uma ferramenta importante como instrumento de planejamento e coordenação das atividades necessária para o alcance de níveis desejáveis de serviços oferecidos ao menor custo possível. 1.8ESTRUTURA DO TRABALHO Este trabalho de conclusão de curso, foi dividido em quatro capítulos, estruturados da seguinte forma: No capítulo um, aborda-se a Introdução, contextualizando o tema proposto, o problema identificado a partir da vivência e observação, os objetivos gerais e específicos, a justificativa, a delimitação deste estudo, a metodologia escolhida para aplicação contendo as etapas da pesquisa e estrutura do plano de ação e a estrutura do trabalho. O capítulo dois trará a fundamentação teórica que serve de embasamento teórico para aplicação desta pesquisa. No capítulo três será apresentado o detalhamento do estudo de caso e forma de aplicação das ferramentas utilizadas durante a execução do projeto. O capítulo quatro irá apresentar os resultados e discussões encontradas no estudo de caso realizado na empresa estudada. Por fim, serão apresentadas as considerações finais e as referências bibliográficas utilizadas no processo de construção deste trabalho. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Administração da Produção De acordo com Vieira (2021), entende-se como produção o processo de se produzir bens econômicos, tangíveis ou intangíveis, por meio de fatores de produção, gerando utilidade no mesmo tempo em que agrega valor. Para Slack (2009), a administração da produção trata-se da maneira em que as empresas produzem bens e serviços. Isto significa que diferente do conceito de produção que visa realizar a transformação, a administração da produção refere-se a forma como se produz. Slack et al (1999), afirmam que as responsabilidades diante da produção são classificadas como diretas e indiretas, onde as responsabilidades diretas tratam-se de: compreender os objetivos estratégicos da produção; desenvolver uma estratégia de produção na empresa; moldar produtos, serviços e processos; realizar o planejamento e controle da produção e melhorar seu desempenho. Já as responsabilidades indiretas, para Slack et al (1999), tratam-se de: manter os outros departamentos informados sobre oportunidades e restrições da capacidade instalada da produção; discutir com os demais departamentos acercas dos planos de produção e realizar o ajuste das funções afim de obter melhor resposta na linha de produção. 2.1.1 Planejamento e Controle da Produção Na concepção de Slack (1999), a preocupação do PCP trata-se do gerenciamento das atividades da operação de modo que satisfaça a demanda dos consumidores. Certas operações são mais complexas de se planejar que outras, como as que possuem um alto grau de imprevisibilidade. Segundo Rocha (2014), o intuito do Planejamento e Controle da Produção compreende-se em garantir que a produção ocorra de forma eficaz e que produza os produtos conforme solicitação do consumidor. Para que isso seja possível, necessita- se que estejam disponíveis os recursos produtivos: na quantidade certa; no momento ideal e no nível de qualidade adequado. Para Braga e Andrade (2012), o PCP possui grande relevância para que as atividades industriais funcionem em melhores condições possíveis. Tubino (2009), alega que o PCP realiza o acompanhamento e o controle da produção, realizando a coleta de dados, o índice de defeitos, as horas de uso das máquinas, bem como o consumo de materiais. Possui por objetivo apoiar outras áreas do sistema produtivo e garantir que a produção seja realizada de forma satisfatória, afim de alcançar as metas almejadas. 2.2 Ciclo PDCA O Ciclo PDCA, de acordo com Bueno et al (2013), consiste em uma ferramenta utilizada no controle do processo para solução de problemas. Essa metodologia foi criada na década de 30 pelo engenheiro Walter A. Shewart. Porém, esse método se tornou popular por William Edward Deming na década de 50, o tornando mundialmente reconhecido por aplicá-lo no Japão, sendo também conhecido como Ciclo de Deming. De acordo com Falconi (2014), essa metodologia que visa a solução de problemas baseada na melhoria contínua, possibilitando que os procedimentos traçados pelo planejamento estratégico sejam viabilizados na organização. Conforme Watanabe (2017), o ciclo PDCA é a sigla de plan, do, check, act, cada um dos termos consiste em uma etapa do processo de implementação da melhoria. A figura 1 apresenta as etapas do ciclo PDCA Figura 1 - Etapas do ciclo PDCA Fonte: Lopes e Alves (2020). Para Bueno et al (2013), as etapas do ciclo PDCA, são divididas da seguinte forma: Plan: Essa etapa visa planejar o trabalho a ser realizado por meio de um plano de ação, posteriormente a identificação, reconhecimento das características e descoberta das principais causas do problema. Do: Essa etapa visa realizar o trabalho planejado, como estruturado pelo plano de ação. Check: Essa etapa realiza a análise ou verificação dos resultados alcançados e dados coletados. Ela pode ocorrer simultaneamente com a realização do plano quando se verifica se o trabalho está sendo feito de maneira adequada, ou posteriormente a execução quando são realizadas análises estatísticas dos dados e verificação dos itens de controle. Nesta fase é possível serem detectados erros ou falhas. Action: Essa etapa visa realizar a atuação corretivamente sobre a diferença identificada (caso exista); caso contrário, ocorrerá a padronização e a conclusão do plano. São representadas pela Figura 2 o detalhamento de cada uma das etapasdo ciclo PDCA: Planejar, Fazer, Checar e Agir. Figura 2 - Detalhamento das etapas do ciclo PDCA Fonte: Bueno et al (2013). De acordo com a concepção de Nascimento (2011), essa metodologia é planejada para ser empregada como um modelo dinâmico. Contribuindo na melhoria de qualidade contínua, podendo o processo sempre ser refeito e outro iniciado. Segundo Camargo (2011), as vantagens na utilização dessa ferramenta consistem no fato de se ser um método que permite grande confiabilidade e eficácia na execução das atividades de uma organização; além de agilidade nos processos, visto que o ciclo possibilita uma forma otimizada e contínua de análise e controle das etapas do processo de produção; controle da utilização de equipamentos e documentos necessários; estímulo à criatividade; e facilidade de comunicação, útil para solucionar problemas. Na concepção de Beghelli (2015), outra vantagem do uso dessa ferramenta consiste no princípio de que as etapas sempre possuem a possibilidade de serem adaptadas ou melhoradas. A figura 3 apresenta um fluxograma contendo a definição das etapas do ciclo PDCA de melhoria. Figura 3 – Fluxograma do ciclo PDCA Fonte: Falconi (2013). 2.3 Logística 2.3.1 Evolução da logística Diante do conceito de logística, é importante mencionar que se trata da arte de administrar o fluxo de materiais, produtos e pessoas de determinados locais para outros, onde estes forem necessários. O sistema logístico engloba o fluxo total dos materiais, desde o ponto de aquisição de matéria-prima, até o ponto de entrega ao consumidor. Vale citar que a área da logística tem, também, como propósito instrumentalizar a comunidade empresarial para o emprego de modernas estratégias e técnicas logísticas, tanto na forma de projetos de assessoria, consultoria, pesquisa e cursos de atualização ou reciclagem, bem como treinamentos in company. Verifica-se então que a logística surgiu no momento em que o homem primitivo produziu no próprio local mais do que poderia consumir. Dessa forma, apareceu a necessidade de transportar frutos de seu trabalho, atingindo-se, assim, as primeiras soluções tecnológicas, que chegaram a seu ápice com a descoberta da roda (Silva et al., 2016). Assim, a primeira revolução logística data do século XI, quando a Igreja Católica iniciou o processo de desestruturação da sociedade feudal. Como consequência vieram as guerras de conquistas chamadas de cruzadas, nas quais por trás dos motivos religiosos existiam interesses econômicos. Com efeito, a primeira revolução da logística contribuiu para o surgimento da segunda revolução, tendo em vista a dinamização do fluxo monetário e um crescente volume de créditos, em virtude da intensificação do comércio. Na sequência, a terceira revolução da logística se deu em função de duas grandes mudanças, quais sejam: a primeira foi entendimento de que a divisão coordenada do trabalho aumenta a capacidade de produção e a segunda foi a consequência de que as técnicas de produção são variáveis, podendo ser adequadas em função do contexto, tornando-se poderosas fontes de ganhos comerciais (Silva et al., 2016). Em meio a expansão industrial, a quarta revolução surge, época em que ocorreu a segunda Revolução Industrial, caracterizada pelo uso do aço como matéria- prima e da eletricidade como fonte de energia. A citada fase foi caracterizada pelo desenvolvimento tecnológico e industrial. Silva e Bazoli (2010) comentam que “após a Segunda Guerra Mundial, a logística conquistou espaço no planejamento estratégico das empresas, sendo hoje um dos fatores principais para se conseguir uma vantagem competitiva no mercado”. Os avanços na área da tecnologia de informação passaram a contribuir de forma importante no aumento da capacidade de administrar a empresa como um todo, proporcionando, também, oportunidade à aplicação de técnicas e conceitos de administração moderna, não deixando de fora os problemas logísticos. Nesse cenário, cabe ao profissional de logística estudar como prover, de forma eficiente, a lucratividade nos serviços de distribuição ao cliente, no fluxo de materiais dentro da empresa, no planejamento de compra, passando pelo controle e organização de estoques de matérias-primas e produtos acabados, bem como no planejamento de controle da produção e no controle de transporte de embalagens (SILVA ET AL., 2016). O sistema logístico no Brasil está evoluído em alguns aspectos, tendo como ponto fraco percebido o capital humano, ou seja, a mão de obra especializada, que infelizmente não foi tão bem desenvolvida como as tecnologias disponíveis (SILVA; BAZOLI, 2010, p.16). 2.3.2 Logística empresarial Para Engel (2016), a logística é responsável pela conexão e simultaneidade entre o fluxo de informações e o físico. Nessa integração de fluxos, há de se considerar ainda a cadeia desde os fornecedores, transportes, distribuidores, varejista, clientes, fluxo de materiais, recuperação e reciclagem, fluxo de informação, fluxo financeiro e recursos humanos. Para atingir seus objetivos, a empresa precisa se reorganizar local e globalmente de acordo com as funções que permitem que ela alcance suas metas empresariais. Percebe-se, portanto, que a escolha da localização de uma empresa é uma questão estratégica importante que contribui para que atinja seus objetivos mercadológicos. Em termos de composição de atividades, a logística compreende as atividades primárias (transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos) e atividades de apoio (armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento e sistemas de informação). Ambas as atividades estão em sincronia para que a empresa consiga alcançar suas metas, tratando o território como um espaço estratégico para a conquista de mais mercado e maiores lucros (ENGEL, 2016). A globalização exige das empresas estratégias competitivas de produtos e serviços que mantenham o equilíbrio entre a qualidade e preço acessível para o consumidor. Essas mudanças modificam a maneira como a empresa se relaciona com o cliente, fornecedores e concorrentes. Diante disso, as empresas utilizam estratégias para manterem-se competitivas, renovando e atualizando sempre os seus serviços (ENGEL, 2016). A partir de então a logística começou a apresentar uma evolução contínua sendo incorporada dentro das empresas e indústrias de modo sistêmico, e que logo com o desenvolvimento das organizações, houve a necessidade de integrá-la a um conceito de gestão coordenada de operações inter-relacionadas, partindo do princípio de que a logística agrega valor a produtos e serviços visando satisfazer o consumidor. Dentro deste contexto, com a necessidade de aperfeiçoar as operações analisando as condições do cliente e visando redução de custos, surge a logística empresarial, que coordena de forma sistêmica os processos de produção dos bens e serviços da empresa (SOUZA, 2017). Para Ballou (2006) “a logística empresarial trata da criação de valor para os clientes e fornecedores da empresa, e valor para todos aqueles que têm nela interesses diretos” neste seguimento, planejar e coordenar os processos envolvidos assegura maior rentabilidade para empresa, pois o valor agregado que a logística empresarial traz para seus produtos e serviços estão na agilidade, eficiência e qualidade na entrega, pois esses fatores influenciam na maneira como o cliente enxerga o conteúdo da compra se satisfazendo conforme sua necessidade. Segundo Ballou (2014), “a meta de nível de serviço logístico é providenciar bens e serviços corretos, no lugar certo, no tempoexato e na condição desejada ao menor custo possível”. A execução desse serviço pode ou não estar ligado a um bem tangível, muitas vezes é o valor agregado na qualidade do serviço oferecido pela empresa que consiste em o seu diferencial, com um atendimento preciso e satisfatório. 2.4 Estoques 2.4.1 Conceito Os estoques são quantidades de bens físicos que sejam permanecidos, de forma improdutiva por algum intervalo de tempo; constituem estoques tanto aos produtos acabados que aguardam a venda ou despacho, como matérias primas e componentes que aguardam utilização a produção (RABELO, 2017). A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques dispensável. Entretanto, como é impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição (BALLOU, 2012). Os estoques podem ser bens tangíveis ou intangíveis, obtidos pela entidade com o foco de venda. Sendo eles por: mercadorias para revenda, produtos acabados, produtos em composição, matérias-primas, armazenados, exportação em desenvolvimento e antecipando a fornecedores. Segue abaixo, mais algumas definições: a. Estoque físico: é o estoque existente fisicamente na empresa, utilizado para a venda ou para a industrialização. b. Estoque contábil: é o estoque utilizado para contabilidade, como referência para o fechamento do balanço. Este estoque pode apresentar resultados diferentes ao estoque físico, devido a erros de movimentação de estoque. Pode existir em determinados lugares, e esses lugares possuem uma definição específica. c. Armazém: lugar usado para receber e conservar mercadorias, geralmente usadas para armazenar produtos de secos e molhados. d. Almoxarifado: depósito de materiais e objetos necessários a todos os demais setores de um estabelecimento. Normalmente este setor armazena pequenas quantidades de produtos e esses produtos são de grande rotatividade. e. Depósito: lugar que é utilizado para armazenar mercadorias/produtos de grande quantidade de produtos acabados ou matérias-primas. Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa utiliza para a produção de seu produto ou suprimir a necessidade da própria empresa. Muitas vezes é possível encontrar matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processo ou produtos acabados, que geralmente é sempre feito a rigor um controle, tanto de processo como de disponibilidade dos itens. A área de estoques sempre vai ser um local de grande atenção da empresa, pois é onde está concentrada a maior parte do capital da empresa (DAVID et al., 2019). 2.4.2 Função dos estoques Segundo Huber (2017), afim de se aproximar do melhor dimensionamento, atendendo as necessidades da empresa e, ao mesmo tempo, minimizando custos, é fundamental entender cada uma das funções que o estoque pode cumprir, abaixo está descrito 5 dessas funções: 1.Estoque de Ciclo São os estoques necessários para suprir a demanda média durante o tempo transcorrido entre sucessivos reabastecimentos. 2. Estoque de Segurança É um acréscimo ao estoque normal, funcionando como uma saída contra a variabilidade na demanda e dos prazos de reposição. O estoque de segurança combina as incertezas relativas à oscilação da demanda e também à variabilidade do prazo de entrega. 3. Estoque em Trânsito Estoque que está sendo transportado ao longo dos canais de distribuição, existente em razão da necessidade de se levar um item de um lugar para o outro. O estoque médio em trânsito é impactado diretamente pelo tempo em trânsito do produto. 4. Estoque Pulmão Dificilmente uma empresa que possui demanda muito concentrada em alguns períodos do ano projeta a sua capacidade produtiva baseando-se no seu pico de demanda, pois isto significaria um investimento grande em ativos que ficariam ociosos em boa parte do ano. Desta forma, para atender aos períodos de maior procura por produtos, uma alternativa é fabricar produtos além do necessário em períodos em que a demanda é menor do que a capacidade, formando estoques pulmão que serão consumidos posteriormente. 5. Estoque Especulativo O estoque especulativo é um estoque comprado antes de ser necessário para aproveitar alguma condição do momento. O estoque especulativo visa, por exemplo, proteger uma operação cambial ou aproveitar um desconto especial. Figura 4 – Funções dos estoques Fonte: Curso de Gestão de Estoques do ILOS 2.4.3 Tipos de estoque Segundo Viana (2020), existem alguns tipos de estoque, sendo eles, estoque de material, estoque de produtos em processo, estoque de produtos acabados, estoque em trânsito e estoque em consignação. Abaixo segue de forma detalhada a definição dos tipos de estoques: Estoques de materiais: São todos os itens utilizados nos processos de transformação em produtos acabados. Todos os materiais guardados que a empresa compra para usar no processo produtivo fazem parte do estoque de materiais, independentemente de serem materiais diretos, que se agrupam ao produto final ou indireto. Inclui também os materiais auxiliares que são os itens utilizados pela empresa, mas que pouco ou nada se relacionam com o processo produtivo, como os materiais de escritório e de limpeza; Estoques de produtos em processo: Correspondem a todos os itens que já entraram no processo produtivo, mas que ainda não são produtos acabados. São os materiais que começaram a sofrer alterações, sem, entretanto, estar finalizados; Estoques de produtos acabados: São todos os itens que já estão prontos para ser entregues aos consumidores finais. São os produtos finais da empresa; Estoques em trânsito: Correspondem a todos os itens que já foram expedidos de uma unidade fabril para outra, normalmente da mesma empresa, e que ainda não chegaram a seu destino final; Estoques em consignação: São os materiais que continuam sendo propriedade do fornecedor até que sejam vendidos. Em caso adverso, são devolvidos sem ônus. Os materiais podem ser denominados como materiais direitos e indiretos. Materiais diretos também denominados produtivos ou matérias-primas são aqueles que se agregam ao produto final, já os materiais indiretos também denominados não produtivos ou materiais auxiliares são aqueles que não são agregados ao produto final (MARTINS; ALT, 2009). A classificação dos tipos de estoque se faz necessária para que se possa saber em qual situação o produto se encontra. 2.4.4 Custos de estoque Para Martins e Alt (2009), os custos de manter estoques podem ser divididos em custos diretamente proporcionais, que ocorrem quando os custos crescem com o aumento da quantidade média estocada; inversamente proporcionais à quantidade estocada, que são custos que diminuem com o aumento do estoque médio, isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos (vice-versa) e independentes da quantidade estocada que são aqueles que independem do estoque médio mantido pela empresa. De acordo com Ching (2010), excluindo o custo de aquisição de mercadoria, os custos associados aos estoques podem ser divididos em: Custo de pedido: Incluem os custos fixos administrativos associados ao processo de aquisição das quantidades requeridas para reposição de estoque – custo de preencher pedido de compra, processar o serviço burocrático, na contabilidade e no almoxarifado, e de receber o pedido e verificação contra a nota e a quantidade física; Custos de manutenção: Estão associados a todos oscustos necessários para manter certa quantidade de mercadorias por um pedido. São geralmente definidos em termos monetários por unidade, por período. Os custos de manutenção de estoques incluem componentes como custos de armazenagem, custos de seguro, custo de deterioração e obsolescência e custo de oportunidade de aplicar dinheiro em estoque e custo de furto; Custo total: É definido como a soma dos custos de aquisição e de manter estoques. Os custos totais são importantes no modelo de lote econômico, pois o objetivo deste é determinar a quantidade do pedido que os minimiza. Há também o custo por falta de estoque, onde as empresas buscam reduzir o máximo seus estoques podendo fazer com que ela não cumpra o prazo de entrega de seu produto, proporcionando uma multa por atraso ou o cancelamento do pedido do cliente (POZO, 2010). Na figura 5 apresentada a seguir podemos ver a relação entre os três custos analisando a quantidade de produtos estocados. O grande objetivo por de trás da gestão dos estoques é encontrar a quantidade ideal de produtos estocados, representado pela linha vertical tracejada. Essa quantidade ideal de produtos estocados representa o menor custo de estoque e uma operação que atenda a demanda da cadeia de suprimentos (BUTTA, 2021). Figura 5 – Custos de estoques Fonte: Sac Logística Para Pozo (2010), a empresa tem, portanto, que dimensionar adequadamente as necessidades de estoques em relações à demanda, às oscilações de mercado, às negociações com os fornecedores e à satisfação do cliente, otimizando os recursos disponíveis e minimizando os estoques e custos. E se os estoques forem mínimos, a empresa poderá usar esse capital para aprimorar seus recursos nos processos de manufatura, na obtenção de novos equipamentos ou adicionais, para expandir ou diversificar sua produção, tornando-se mais eficaz e competitiva. 2.5 Gestão de estoques Para Martins e Alt (2009), “a gestão de estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados”. Se considerarmos a capacidade de distribuir como um dos pontos essenciais em uma organização, sendo o carregamento dos produtos acabados uma parte fundamental do processo de distribuição, entenderemos a necessidade de uma Gestão eficiente e eficaz dos estoques de matéria prima, material em processo e finalmente o estoque do produto acabado. Identificar eventuais problemas na área de estoques de uma organização como também utilizar ferramentas apropriadas para melhorar o desempenho dos mesmos nos remetem a importância da busca constante de soluções inteligentes, para corrigir suas deficiências e aumentar o seu nível de desempenho frente às necessidades operacionais e consequentemente aperfeiçoar a capacidade de se estocar minimizando os impactos financeiros nas organização, a falta dos produtos em estoque e aperfeiçoando as repostas para um mercado cada vez mais exigente e competitivo. O conceito da gestão de estoques está diretamente relacionado com a necessidade de interação das áreas correlacionadas a área de estoques, como por exemplo o departamento de compras e os fornecedores (DAVID et al., 2019). A gestão executada sem planejamento ou executado com deficiência em suas etapas por meio do arranjo físico ou disponibilidade de equipamentos, refletem negativamente nos resultados das organizações, principalmente nos prazos de entrega de produtos ou na disputa acirrada com a concorrência. Em contrapartida a gestão de estoque executada com excelência em todas as suas etapas pode causar um efeito positivo surpreendente para a Organização. Um exemplo é o aumento do nível de serviço da organização. Estoques também mudam em função do porte das empresas, onde empresas grandes irão possuir estoques diferentes de empresas pequenas ou microempresas e assim por diante (DAVID et al., 2019). Segundo Rabelo, 2017, existem formas de controle de estoque, que é parte fundamental na gestão eficiente, segue abaixo essas formas e definições: Inventário físico: O inventario físico consiste na contagem física dos itens de estoque. O grande controle que pode ser feito em qualquer organização para auxiliar o fluxo de caixa é o referente aos inventários. Estoque em excesso significa gastar dinheiro à toa, arcar com um custo que não traz benefício algum; Acurácia dos controles: Uma vez terminado o inventário, pode-se calcular a acurácia dos controles, que mede a porcentagem dos itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor; Nível de serviço ou Nível de atendimento: É o indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários. Assim, quanto mais requisições forem atendidas, nas quantidades e especificações solicitadas, tanto maior será o nível de serviço; Giro de estoques: Mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou e girou; Cobertura de estoques: Indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média; Demanda versus Consumo: A demanda representa a vontade do consumidor em comprar ou requisitar. Essa vontade ou necessidade pode ou não ser atendida plenamente. Se atendida plenamente, diz-se que o consumo foi igual à demanda. Se, entretanto, a disponibilidade do produto for insuficiente para atender a vontade ou necessidade do consumidor, diz-se que houve uma situação de demanda reprimida; Localização dos estoques: É uma forma de endereçamento dos itens estocados para que eles possam ser facilmente localizados. Com a automatização dos almoxarifados, a definição de um critério de endereçamento é imprescindível; Redução de estoques: Para diminuir ao máximo os estoques de produtos acabados, a empresa deve contar com um esquema de distribuição altamente eficaz, já os estoques em processo, podem ser reduzidos com a utilização de células de manufatura, produção sincronizada e teoria das restrições; Curva ABC: Dentro da logística empresarial e mais especificamente na administração de materiais, a curva ABC tem seu uso específico para estudos de estoques de acabado, vendas, prioridade de programação da produção, tomada de preços em suprimentos e dimensionamento de estoque. Toda a sua ação tem como fundamento primordial tomar decisão e ação rápida que possa levar seu resultado a um grande impacto positivo na empresa. A curva ABC assim é chamada em razão de ser dividida em dados obtidos em três categorias distintas, denominadas classe A, B e C (POZO, 2010). 2.6 Sistema de classificação ABC A curva ABC é um dos mais importantes métodos de classificação ou categorização de estoques, cujo objetivo é determinar quais são os produtos mais importantes de uma empresa. Segundo Pozo (2010), relacionando-se aos estoques, a metodologia de classificação ABC, torna possível a tomada de decisão impactando positivamente no resultado da organização. De acordo com Facchini, Silva e Leite (2019), essa ferramenta baseia-se em um teorema criado pelo economista italiano Vilfredo Pareto, do século XIX, onde em um estudo realizado acerca de renda e riqueza, concluiu que uma parcela pequena da população (20%) mantinha a maior parte da riqueza (80%). Posteriormente, tal conceito tornou-se uma importante metodologia da administração. Na concepção de Ballou (1993), a compreensão dos conceitos da curva ABC obtém-se pela análise dos perfis de produtos das empresas, de forma que a maior parte das vendas se deriva de poucos produtos da linha comercializada pela organização. Em outros termos, 80% das vendas referem-se de 20% dos itens.Nessa metodologia os produtos são divididos em três classes, A, B e C. Garcia et al. (2006), alega que os itens apontados como da classe A são os mais relevantes, referindo-se a preço de aquisição, ou por prioridade no atendimento de demandas. Já os itens referentes a classe B consistem nos intermediários da Curva, representando aproximadamente 15% da demanda total. Os itens da classe C, por sua vez, consistem nos menos relevantes em comparação aos demais, todavia, merecem atenção no gerenciamento por serem capazes de prejudicar a produção ou o funcionamento de uma organização. A Figura 6 apresenta a representação gráfica da curva ABC. Figura 6 – Curva ABC Fonte: Letti e Gomes (2014). Para Pozo (2010), as classes da curva ABC, são divididas conforme abaixo: Classe A – Consistem nos produtos mais importantes e que devem assumir maior atenção no momento inicial da análise, tais itens correspondem, em média, a 80% do total do valor monetário e compreende-se em no máximo 20% dos produtos. Classe B – Consistem nos produtos intermediários e que necessitam serem tratados após as medidas tomadas sobre os produtos da classe A. Tais itens correspondem, aproximadamente, a 15% do total do valor monetário e compreende- se em no máximo 30% dos produtos. Classe C – Consistem nos produtos de menor importância, possuem grande quantidade, porém, em contrapartida baixo valor monetário, necessitam serem tratados após a análise dos itens anteriores, tais itens correspondem a 5% do total do valor monetário e podem ultrapassar 50% do total dos produtos. As informações acerca da divisão das classes A, B e C da metodologia ABC podem ser analisadas a partir do quadro 1. Quadro 1 – Critérios de classificação ABC Fonte: Adaptado de Ballou (2001). Para Dias (2012), a curva ABC consiste em uma ótima ferramenta de análise gerencial do estoque, visto que, demostra quais são os itens mais importantes em relação aos que possuem menor relevância. Os produtos da classe A responsabilizam-se por grande parte dos lucros da organização. Por meio do conhecimento dos produtos que tem preferência na gestão de estoques, a classificação ABC irá auxiliar como base no estabelecimento de políticas de vendas, na definição de prioridades e ainda, resolução de outros problemas da organização. Segundo Santos e Lubiana (2017), a utilização da classificação ABC frente a tomada de decisão relacionando-se a estoque é importante para que a empresa possa contar com maior eficácia na organização de seus itens em estoques. Com essa ferramenta, é possível colher diversos benefícios financeiros e no controle de estoque. Mediante a essa metodologia torna-se possível separar os materiais em estoque por critérios de valor e quantidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALLOU, Ronald. H. Logística Empresarial. Transporte, Administração, Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2001. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de Suprimentos/Logística Empresarial. 5 edição. Porto Alegre: Bookman, 2006. BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1 ed. trad. Hugo T. Y. Yoshizaki. 26 reimp. São Paulo: Atlas, 2012. BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1 edição. São Paulo: Atlas, 2014. BEGHELLI, P. 2015. Dicas para aplicar e combinar o ciclo PDCA com outras ferramentas de gestão. 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WILDAUER, Egon Walter. Plano de Negócios: elementos constitutivos e processo de elaboração. Curitiba: Ibpex, 2012. Cronograma de Elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso- TCC Atividade JA N FE V MA R AB R MA I JU N JU L AG O SE T OU T NO V DE Z 1 Escolha da dupla 2 Reunião para escolha do tema 3 Escolha da empresa para estudo 4 Pesquisa sobre o tema 5 Problema 6 Justificativa 7 Objetivos (geral e específico) 8 Delimitação do estudo 9 Metodologia 1 0 Contextualização 1 1 Revisão da literatura 1 2 Estrutura do trabalho 1 3 Fundamentação teórica 1 4 Referências Bibliográficas 1 5 Entrega AP1 1 6 Entrega AP2 1 7 Entrega AP3 1 8 Coleta de dados 1 9 Análise de dados 2 0 Resultados e discussões 2 1 Considerações finais 2 2 Revisão do trabalho 2 3 Entrega do TCC 2 4 Defesa do TCC 1. INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO 1.2 PROBLEMA 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo geral 1.3.2 Objetivo específico 1.4 JUSTIFICATIVA 1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO 1.6 METODOLOGIA 1.6.1 Quanto aos Fins 1.6.2 Quanto aos Meios 1.6.3 Universo e Amostra 1.6.4 Coleta e Tratamento de Dados 1.6.5 Plano de Ação 1.7 revisão da literatura 1.8 ESTRUTURA DO TRABALHO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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