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Biotecnologia Aplicada à Saúde Profa. Cristina R Fürstenau Fürstenau CR Universidade Federal do ABC Centro de Ciências Naturais e Humanas Bacharelado em Biotecnologia Fundamentos da Biotecnologia (NHZ6001-18) Fürstenau CR Fürstenau CR Organização Mundial da Saúde, 2016 Expectativa de Vida Fürstenau CR Principais Causas de Morte Organização Mundial da Saúde, 2016 Fürstenau CR Principais Causas de Morte no Brasil Secretaria de Vigilância em Saúde do Brasil, 2017 BIOTECNOLOGIA & SAÚDE Vacinas Terapia gênica Sistemas de liberação controlada de fármacos Biomateriais Testes diagnósticos Células tronco Fürstenau CR Fürstenau CR Fürstenau CR VACINAS Fürstenau CR Edward Jenner 17 de maio de 1749 — 26 de janeiro de 1823 [1789] Primeira vacina → contra a varíola Latim “vaccinae” → da vaca Fürstenau CR Vacina: é um produto destinado a estimular o sistema imune, de maneira a prevenir ou controlar uma infecção. Fürstenau CR Resposta Imune Inata x Resposta Imune Adquirida Fürstenau CR Fürstenau CR Fürstenau CR Fürstenau CR Os Tipos de Vacina 1. Patógenos vivos atenuados: patógenos vivos cultivados em diferentes meios → perdem a patogenicidade, mas conservam a capacidade de induzir a resposta imune. Prevenção de doenças de origem viral (febre amarela, poliomielite, sarampo, rubéola e caxumba). - Formas inativas podem ser convertidas a formas ativas; - Necessita de refrigeração. - Resposta imune intensa e duradoura; - Única dose (exceto as administradas por via oral). 1ª Geração: Fürstenau CR 2. Patógenos mortos e toxoides: patógenos mortos e toxinas inativadas (toxoides). Vacinas de toxoides → contra a difteria e o tétano. Vacinas de microrganismos mortos → contra a cólera, a gripe, a hepatite A, a peste e a raiva. - Estáveis (não dependem do frio). - Resposta imune humoral pouco intensa/ duradoura; - Doses de reforço; - Modificações aos sorotipos bacterianos patogênicos. Fürstenau CR Contribuições da Biotecnologia para o desenvolvimento de vacinas Diniz & Ferreira, Estud. av. vol.24 no.70 São Paulo 2010. Fürstenau CR 2ª Geração (Novas Vacinas): 3. Vacinas de subunidades de antígenos: em vez do microrganismo todo, são colocados de um a 20 antígenos da superfície celular na vacina, capazes de induzir a resposta imune. Existem vacinas de subunidades contra a influenza ou gripe, a doença de Lyme, a hepatite B, a coqueluche e a pneumonia - Não apresentam os riscos das vacinas de microrganismos vivos; - Não dependem do frio. Fürstenau CR Fürstenau CR 4. Vacinas conjugadas: especificamente utilizada para combater bactérias encapsuladas. As subunidades de polissacarídeo são envolvidas com uma proteína para que os anticorpos consigam penetrar na bactéria. São utilizadas na imunização contra o Haemophilus influenzae B (meningite) e o Streptococcus pneumoniae ou pneumococo. 5. Vacinas vetorizadas: gene codificador do antígeno é transferido a um microrganismo inócuo (bactéria ou vírus) que age como vetor. Ao infectar o hospedeiro, ele se multiplica e começa a produzir o antígeno, induzindo uma resposta imune contra o patógeno (Raposas na Europa→ raiva). Fürstenau CR 6. Vacinas genéticas, vacinas de DNA livre: consistem de um plasmídeo com uma construção gênica que inclui o gene codificador do antígeno. Injetado no músculo, o DNA irá penetrar nas células dendríticas, apresentadoras de antígeno. Estas migrarão até os órgãos linfoides, onde sintetizarão o antígeno, estimulando uma resposta imune. - Expressão sustentada (sem necessidade de reforço); - Síntese do antígeno in vivo sem infecção; - DNA estável; - Possibilidade de construção de um plasmídeo com vários genes codificadores de antígenos. - Alergias; - Tolerância; - Auto-imunidade. Fürstenau CR 7. Vacinas VLP (virus-like particles): consistem em proteínas dos capsídeos, agregadas em uma estrutura semelhante a dos vírus, mas sem DNA ou RNA viral. Fürstenau CR Operações Industriais para Produção de Vacinas ✓ Eficiência ✓ Pureza ✓ Segurança ✓ Baixo custo Fürstenau CR Bactérias: multiplicam-se em biorreatores, em condições que dependem da produtividade do próprio processo fermentativo e do tratamento posterior, para a extração de antígenos ou de toxoides. Proteínas recombinantes de vírus ou bactérias: são produzidas em biorreatores, por leveduras, ou em cultivos celulares. Ao processo de extração, seguem-se várias operações de purificação por técnicas complexas (ultrafiltração, cromatografia em coluna etc.). Vírus: parasitas obrigatórios, precisam de células para se multiplicar. Tradicionalmente, utilizam-se pele de bezerro e ovos de galinha. Adjuvantes: permitem dosagens menores por serem capazes de estimular a resposta imune. Estabilizantes: impedem as alterações devidas ao calor, à luz ou à umidade. Conservantes: em frascos com doses múltiplas. Fürstenau CR Tendência atual: redução do número de doses por imunização simultânea, em uma mesma injeção, para várias doenças (tríplice viral ou tríplice bacteriana). Também se dá preferência a sistemas que diminuam a necessidade de refrigeração, que representa 15% dos custos dos programas de vacinação. Outras novidades virão da procura de novas formas de aplicação para substituir o uso de seringas, tais como pistolas, géis, adesivos cutâneos, cápsulas, tabletes, inaladores e sprays nasais. Fürstenau CR https://globoplay.globo.com/v/6539271/ (até 6 min 15 seg) https://globoplay.globo.com/v/6539271/ Fürstenau CR Fürstenau CR TERAPIA GÊNICA Fürstenau CR Consiste no tratamento de doenças hereditárias, degenerativas e/ ou adquiridas utilizando-se DNA recombinante. Inativação de um gene, inibindo sua expressão. Substituição de um gene inativo por uma cópia funcional. Fürstenau CR Fürstenau CR Fürstenau CR Fürstenau CR Fürstenau CR Como o DNA é introduzido nas células? 1.Vetores virais 2. Vetores não virais Fürstenau CR Vetores virais Vírus: parasitas intracelulares estritos. São eficientes em transfectar sua informação genética para a célula-alvo. Novas partículas virais Substituição de genes não essenciais por genes de interesse → vetores virais recombinantes para transfectar tipos celulares que infectariam normalmente. Fürstenau CR Retrovírus: vírus com envelope contendo uma molécula de RNA fita simples como material genético. Após a infecção, o genoma retroviral é retrotranscrito, originando DNA fita dupla, que se integra ao genoma da célula alvo, e é expresso sob a forma de proteínas. Fürstenau CR Adenovírus: vírus sem envelope contendo uma molécula de DNA fita dupla como material genético. Transfectam eficientemente as células-alvo e são produzidos em títulos elevados. A expressão do gene terapêutico in vivo tende a ser transiente. Fürstenau CR Adeno-associados: parvovírus que dependem de um adenovírus para proliferar. O interesse nestes vírus deriva da sua integração ao genoma das células-alvo, permitindo expressão prolongada do gene terapêutico. Herpes simplex tipo 1: vírus neurotrópico → transferência de genes para o SNC. Fürstenau CR Vetores não virais Os vetores virais induzem resposta imunológica em certo grau, oferecem risco de mutagênese insercional e toxicidade. Além disso, a produção em larga escala é difícil. Vetores não virais: não possuem capacidade infecciosa nem mutagênica. Produção em larga escala é possível: DNA livre Lipossomas Fürstenau CR DNA livre: o DNA na forma de plasmídeo pode ser injetado em células musculares ou ligado a partículas de ouro. Lipossomas: camadas lipídicas que encerram fração de fluido aquoso. O DNA associa-se espontaneamente à superfície externa dos lipossomas catiônicos (em função de sua carga) e os lipossomas interagem com a membrana celular. Fürstenau CR Fürstenau CR Fürstenau CR
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