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Portfólio do estágio supervisionado em UBS

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INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DO PLANALTO CENTRAL
Setor de Mansões Village
Terceira Avenida, QC 8 lotes 7/16
Águas Lindas de Goiás - GO
	
FACULDADE MAUÁ
BACHAREL EM ENFERMAGEM
PORTFÓLIO - ESTÁGIO 2° SEMESTRE DE 2022
 CARLA CARVALHO DA COSTA
Unidade Básica de Saúde: Etapa I
 Águas Lindas de Goiás
	
	
2022
2
 CARLA CARVALHO DA COSTA
Unidade Básica de Saúde: Etapa I
Portfólio apresentado à Faculdade Mauá de Águas Lindas de Goiás com caráter avaliativo do curso de Bacharel em Enfermagem pelo Programa de estágio.
Área de Concentração: 
Saúde Coletiva
Preceptor: 
Prof. Sheyla Paula
Orientador: 
Prof. Elter Faria
Águas Lindas de Goiás
2022
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 3
2. REGISTRO DAS AULAS 4
2.1 Ambientação – Aula do dia 22/08/2022 4
 1º Momento – Sinais Vitais 5
 2° Momento – Revisão das técnicas de exame físico e anamnese 12
3. ATIVIDADES REALIZADAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE BARRAGEM V 15
3.1 Reconhecimento da UBS 15
3.2 Caraterização da UBS 15
3. Caracterização do espaço físico 16
 
4. INTERVENÇÃO 18
4.1 Rotinas de atendimento 18 4.2 Série de dinâmica do estágio referente aos setores 18
4.3 Consultas nas áreas de clínica geral 19	 
4.4 Triagem 20
4.5 Consulta de pré-natal 21
 4.5.1 Acolhimento 24
 4.5.2 Calendário de consultas 25
 4.5.3 A consulta de enfermagem á puérpera 31
4.6 Citopatológico	 32
4.7 Câncer de mama 36
4.8 Acompanhamento de diabetes 39
4.9 Hipertensão	 41
4.10 Vacinação 44
4.11 Odontologia na Atenção Básica 48
5. ESTUDOS DE CASO E PALESTRA OUTUBRO ROSA 52
5.1 Estudos de caso 52
5.2 Palestra Outubro Rosa 56
6. SONDA VESICAL DE DEMORA – AULA DO DIA 31/11/2022 59
7. PUNÇÃO VENOS – AULA DO DIA 09/11/2022 63
8. PCR/RCP - AULA DO DIA 16/11/2022 66
9. ANÁLISE DO ESTÁGIO 72
1. INTRODUÇÃO
Este portfólio é uma ferramenta de avaliação para a disciplina de estágios em saúde pública, caracterizado pela experiência de enfermagem em equipes de enfermagem de Unidade Básica de Saúde do Jardim Barragem V, desenvolvendo técnicas práticas de atenção primária.
O estágio teve como objetivo o desenvolvimento das atividades atribuídas ao enfermeiro, correlacionando o que foi aprendido em teoria e prática ao longo da graduação.
A atenção básica é um importante contato entre a população e o Sistema Único de Saúde (SUS), onde são realizados serviços básicos de atendimento à saúde, como: consultas em pediatria, ginecologia, clínica geral, enfermagem e odontologia. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) também são realizados: exames laboratoriais, testes rápidos, curativos, vacinas, entre outros.
É neste momento em que se reconhece a importância do enfermeiro na UBS na supervisão, organização e na realização de ações educativas, na delegação de tarefas, organização das escalas e na execução de procedimentos técnicos. O objetivo deste portfólio é descrever o campo de prática desde a área física da UBS, até atividades e vivências em grupo e a descrição das atividades realizadas durante o período do estágio relacionadas às atividades atribuídas ao enfermeiro tanto na assistência quanto no administrativo de acordo com a legislação sobre a atividade profissional de enfermeiro da atenção primária.
As Unidades Básicas de Saúde são a principal porta de entrada da população ao SUS, estas unidades tem como objetivo atender cerca de 80% da população sem que haja necessidade de encaminhamento para outros serviços de saúde, como hospitais.
2. REGISTRO DAS AULAS
2.1 Ambientação – Aula do dia 22/08/2022
	Área 
	Faculdade Mauá
	Projeto Central
	Revisão semiotécnica
	Projeto Complementar
	Ambientação para o Estágio
	Responsável
	Profª Jeanne Cristina
	Local/IES 
	Mansões Village/ Águas Lindas 
	Data
	22/08/2022
	INTRODUÇÃO
(Justificativa/Histórico/Cenário)
	Ambientação para o estágio com prática de aferição de sinais vitais, divisão do abdômen em 4 e 9 quadrantes, exame físico e anamnese.
	OBJETIVOS
	Revisar as práticas e condutas de enfermagem na aferição dos sinais vitais, divisão abdominal e anamnese do exame físico.
	DESENVOLVIMENTO
(Metodologia/Procedimentos/Cronograma)
	Realização da aferição dos sinais vitais (SSVV) entre os colegas de sala com
orientações de condutas fornecidas pela professora Jeanne.
 1º Momento – Sinais Vitais
 Os sinais vitais são os indicadores do estado de saúde. A avaliação dos sinais vitais nos permite identificar necessidades básicas dos pacientes de maneira rápida e eficiente. 
· Temperatura (T) – A temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado, pelo centro termorregulador.
· Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C;
· Afebril: 36,1°C a 37,2°C;
· Febril: 37,3°C a 37,7°C;
· Febre: 37,8°C a 38,9°C;· Pirexia: 39°C a 40°C;
· Hiperpirexia: acima de 40°C;
· Temperatura Basal do corpo: 36,8ºC à 37,3ºC.
 Existem fatores que alteram a temperatura corporal, como a idade, sexo, nível hormonal, estresse, exercício físico, ambiente. A aferição da temperatura pode ser pelas vias: 
· Oral: 37ºC – leitura lenta (cerca de 7 min.) tem risco de contaminação por fluidos, não indicado para pacientes que não colaboram ou que estão inconscientes.
· Retal: 37,5ºC – tem maior precisão, método desagradável, risco de exposição a fluidos, risco de lesão, contra indicado para RN e pacientes com doenças retais.
· Axilar: 36.5ºC – o local é menos preciso, a sudorese pode interferir, tem longo período de mensuração.
· Timpânica: 37ºC – aferição rápida, custo elevado, a presença de cerume pode interferir na leitura, é contraindicado para paciente submetidos a cirurgia auditiva.
· Scanner: 37ºC – Aferição por contato de pele, leitura utilizada no pescoço ou testa, possui rapidez na mensuração e pode sofrer alterações com a temperatura ambiente.
Como realizar a aferição de temperatura: 
Materiais:
· Termômetro;
· Bola de algodão umedecido com álcool 70%;
· Bola de algodão seco.
Procedimento: 
· Lavar as mãos;
· Reunir os materiais que serão utilizados;
· Selecionar a via a ser utilizada;
· Limpar o termômetro com algodão e álcool 70%;
· Explicar o procedimento ao paciente;
· Posicionar o paciente em posição confortável e adequada;
 Comparar o valor obtido com a temperatura basal e com a variação de T apresentada pelo paciente;
· Registrar corretamente o procedimento com o valor adquirido.
· Frequência cardíaca (FC) – A frequência cardíaca é o número de vezes que o coração bate por minuto.
· Normocardio: 60 A 80 bpm;
· Bradicárdico: < de 60bpm;
· Taquicárdico: >100bpm.
A média da FC vai depender da idade, sendo ela: 
· Lactante - 110 a 130 bpm;
· Abaixo de 7 anos- 80 a 120 bpm;
· Acima de 7 anos - 70 a 90 bpm;
· Puberdade- 80 a 85 bpm;
· Homem - 60 a 70 bpm;
· Mulher - 65 a 80 bpm;
· Acima de 60 anos - 60 a 70 bpm.
 A verificação da pulsação mais utilizada é no pulso (radial), mas pode ser
realizada no braquial, poplítea, femoral e pediosa.
Como realizar a verificação da frequência cardíaca:
Materiais:
· Relógio.
Procedimento: 
· Lavar as mãos;
· Explicar o procedimento para o paciente;
· Posicionar o paciente confortavelmente e de acordo com o local a ser utilizado na aferição;
· Conte quantas pulsações foi sentida ao longo de um minuto.
· Ajude o paciente a retomar a posição confortável;
· Lave as mãos e proceda com o registro de enfermagem.
· Frequência respiratória (FR) - É a frequência que ocorre o ciclo respiratório completo.
Os valores normais (eupneicos) são:
· Recém-nascido - 35-40;
· Lactante - 30-50;
· Criança - 25-32;
· Escolar - 20-30;
· Adolescente - 16-19;
· Adulto - 12-20.
 Valores acima da normalidade são considerados - taquipneicos e inferiores ao
normal– bradipneia. Existem alguns fatores que podem alterar a frequência respiratória, são eles: tabagismo, ansiedade, dor, exercício físico, posição corporal.
Como realizar a verificação da frequência respiratória:
Materiais:
· Relógio.
Procedimento:
· Lavar as mãos;
· Explicar o procedimento para o paciente;
· Manter o paciente em posição confortável, de preferência que ele esteja sentado;
· Colocar o braço em posição relaxada, de forma que não bloqueie a visão do tórax;
· Observar o ciclo respiratório e fazer a contagem da frequência em um minuto;
· Registrar o valor adquirido.
· Pressão arterial (PA) - A pressão Arterial é a força exercida sobre as
paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob pressão do coração.
 
 Fonte: USP.
 Existem alguns locais usados para a aferição da pressão arterial, como por exemplo: A artéria braquial, o local mais utilizado. Também é possível aferir a pressão na artéria tibial, radial e poplítea, porém não é comum estas vias serem utilizadas.
COMO VERIFICAR A PA:
· Explicar o procedimento para o paciente;
· Certificar-se que o paciente não está com a bexiga cheia, não fez ingeriu bebida alcoólica ou café, não fumou ou estava praticando exercício físico;
· Certificar-se que o esfigmomanômetro está registrando corretamente o zero na escala;
· Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. O paciente deve estar sentado e não estar com as pernas cruzadas;
· Localizar a artéria braquial por palpação. Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubial, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente;
· Manter o braço do paciente na altura do coração;
· Posicionar os olhos no mesmo nível do mostrador do manômetro aneróide;
· Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento no nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente;
· Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente;
· Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubial, evitando compressão excessiva;
· Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição;
· Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o nível estimado da pressão arterial, acrescentar mais 20 a 30 mmHg;
· Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. Procede-se neste momento, à ausculta dos sons sobre a artéria braquial, evitando-se compressão excessiva do estetoscópio sobre a área onde está aplicado;
· Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com aumento da velocidade de deflação;
· Determinar a pressão diastólica no desaparecimento completo dos sons (fase 5 de Korotkoff), exceto em condições especiais;
· Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase 4 de Korotkoff);
· Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica;
· Deverá ser sempre registrado o valor da pressão obtido na escala do manômetro que varia de 2mmHg em 2 mmHg, evitando-se arredondamentos e valores de pressão terminados em “5”;
· Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas, recomendando-se a elevação do braço para normalizar mais rapidamente a estase venosa, que poderá interferir na medida tensional subsequente.
· Dor: É um sinal pessoal e subjetivo, onde a sua avaliação deve ser sistemática e registrada considerando-se sua multidimensionalidade. Esta é considerada o quinto sinal vital.
 Fonte: Simplificando Enfermagem.
 2° Momento – Revisão das técnicas de exame físico e anamnese
 A base do exame físico é constituída pelos seguintes procedimentos: inspeção, palpação, percussão e ausculta, além do uso de alguns aparelhos simples.
· Visão - Inspeção;
· Tato - Palpação; 
· Tato e audição - Percussão; 
· Audição - Ausculta.
 Na inspeção iremos avaliar quanto ao tamanho, cor, forma, simetria, posição e qualquer anormalidade que se pode ser observada ao avaliar o paciente. A mesma deve ser panorâmica e/ou localizada. A inspeção é contínua, durante a palpação, percussão e ausculta devemos continuar inspecionando este paciente. Todo indivíduo deve ser inspecionando, dando ênfase a região que tiver mais queixa.
 A ausculta é onde busca-se ouvir os sons corporais, a fim de, identificar qualquer anormalidade. Para este procedimento é preciso o uso de estetoscópio, a partir deste se obtêm ruídos, que podem ser normais ou patológicos.Indica-se realizar este procedimento antes da palpação e ausculta, para que os ruídos a serem auscultados não sofram qualquer alteração devido ao estímulo ao funcionamento dos órgãos examinados. 
 A palpação é a técnica que permite obter informações a partir do tato e da pressão. Esta etapa nos permite avaliar o estado de hidratação, temperatura, textura, forma, movimento, áreas de pulsação e sensibilidade, palpar órgãos, glândulas, pele, vasos, músculos e ossos, a fim de detectar presença ou ausência de massas, pulsação, aumento de órgãos, aumento ou diminuição de sensibilidade, edema, espasmo ou rigidez muscular, entre outros. 
 A inspeção e a palpação são procedimentos que andam juntos, onde um complementa o outro. Permitindo a identificação de alteração na expessura, textura, consistência, sensibilidade, volume e dureza. A palpação deve ser realizada com a mão espalmada, usando-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos; com uma das mãos sobrepondo-se à outra; com as mãos espalmadas, usando apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos e usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça.
 A percussão é a técnica onde precisa-se golpear a superfície do corpo de forma rápida, porém aguda para produzir sons que permitam ao examinador determinar a posição, tamanho, densidade de uma estrutura adjacente.
Os sons encontrados são:
· Maciço: obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar (músculo, fígado, coração). Esse som transmite a sensação de dureza e resistência; 
· Submaciço: é a presença de ar em pequena quantidade que lhe confere essa característica peculiar; 
· Timpânico: obtido em regiões que contenham ar, recobertas por membrana flexível, como o estômago. A sensação obtida é a elasticidade; 
· Claro pulmonar: obtém-se quando se percute especificamente a área pulmonar. Depende do ar dentro dos alvéolos e das demais estruturas pulmonares. Em órgãos simétricos, como os pulmões, fazer percussão comparada.
Regiões e quadrantes abdominais
 Existem duas formas de divisão abdominal, a primeira é a mais simples, onde o abdome é dividido em quatro quadrantes, já a segunda forma consiste na divisão abdominal em 9 frações.
Divisão em 4 quadrantes
 
 Esta técnica consiste na divisão do abdômen em quatro regiões iguais, usando duas linhas perpendiculares que se cruzam na linha umbilical. Onde obtêm os seguintes quadrantes: Quadrante superior direito (QSD), Quadrante superior esquerdo QSE), Quadrante inferior direito (QID) e Quadrante inferior esquerdo (QIE).
Divisão em 9 quadrantes
Divisão do abdômen em 9 quadrantes:
 
 1 -Hipocôndrio direito;
 2-Epigástrico;
 3-Hipocôndrio esquerdo;
 4-Flanco direito;
 5-Mesogástrico;
 6-Flanco esquerdo;
 7-Fossa ilíaca direita;
 8-Hipogástrico;
 9-Fossa ilíaca esquerda. 
Fonte: Quadrantes abdominais – ABC da Enfermagem
	AVALIAÇÃO
(Expectativas/Resultados/Interpretação)
	Na Ambientação foram repassados algumas técnicas e procedimentos que seriam realizados na Unidade Básica de Saúde Jardim Barragem V, seguindo assim, as orientações da nossa coordenadora de estágio.
3. Atividades realizadas na UNIDADE BÁSICA DE SAUDE BARRAGEM V-26/08/2022
	Área 
	Jardim Barragem V
	Projeto Central
	Estágio UBS
	Projeto Complementar
	Atividades realizadas na UNIDADE BÁSICA DE SAUDE BARRAGEM V
	Responsável
	Profª. Jeanne Cristina
	Local/IES 
	Jardim Barragem V/ Águas Lindas
	Data
	26/08/2022
 3.1 Reconhecimento da UBS
 Para a coleta de informações e práticas necessárias na Atenção Básica/ primária a Saúde da Família reservamos os meses de agosto, setembro e outubro para a realização do estágio na Unidade Básica de Saúde do Jardim Barragem V. Agradecimento à equipe de saúde da UBS Jardim Barragem V pela recepção.
 3.2 Caracterização da UBS
 A UBS Jardim Barragem V localizada na quadra 06, lote 05 - Res. Jardim Barragem V, Águas Lindas de Goiás tem seu funcionamento de segunda a sexta-feira das 08:00 às 17:00, onde oferece serviços especializados na atenção primária, imunização, serviços de atenção a pacientes com tuberculose, odontologia, nutricionista e atividades de atenção básica de média complexidade, como, aferição dos sinais vitais, teste da mãezinha, testes rápidos, curativos, retiradas de pontos e outros.
 3.3 Caracterização do espaço físico
 O espaço físico da Unidade Básica de Saúde do Jardim Barragem V é constituído por 13 salas. Sendo elas sala de vacinação, triagem, de espera, consultório médico, consultório de enfermagem, regulação, copa, assistência social, consultório do dentista e banheiros masculinos, feminino e de funcionários.
 O local da recepção é amplo e atende confortavelmente os pacientes que irão iniciar o atendimento.
	FOTOS
FOTOS
FOTOS
4-INTERVENÇÃO
4.1 Rotinas de atendimento 
 Nos primeiros dias após conversar com a enfermeira responsável pela UBS ficamos responsáveis pelos atendimentos na triagem, sala de vacina e consulta de enfermagem, sendo supervisionados pela preceptora do estágio e/ ou responsável pelo setor a ser utilizado. Ao longo dos dias a equipe era dividida em sistema de rodízio nos três setores citados, assim executando as atividades pendentes nestes setores, onde tivemos participação diária.
 
4.2 Série de dinâmica do estágio referente aos setores
 Na sala de triagem fomos supervisionados pela técnica de enfermagem presente no setor, foram realizadas atividades para aferição de pressão arterial, peso do paciente e, se necessário, teste de glicemia, teste da mãezinha e testes rápidos de IST´s.
 Na sala de vacina contamos com a supervisão da técnica de enfermagem responsável pelo setor, onde observamos o uso do sistema, rede de frios e em alguns casos com supervisão e autorização administramos vacinas procuradas pelos pacientes, fizemos orientações gerais sobre possíveis reações e a respeito do calendário de vacinação.
 Na sala da enfermeira acompanhados da preceptora e em alguns casos também da enfermeira realizamos coleta de preventivo, CD, consulta de pré-natal, com auxílio em prescrição, quando necessário.
4.3 Consultas nas áreas de clínica geral
 A consulta de enfermagem faz parte da assistência prestada durante a atenção básica a saúde, ela integra os primeiros cuidados prestados ao paciente, onde serve para acompanhamento, proteção e promoção do bem-estar mental e físico deste paciente. Este tipo de atendimento costuma ser realizado por um enfermeiro que tem especialização na área em que se busca o atendimento, como no caso do pré-natal em que se busca atendimento por um enfermeiro que tenha especialização em obstetrícia. O monitoramento pelo enfermeiro também abrange aqueles que sofrem com hipertensão, diabetes, e aqueles que tem qualquer outra condição crônica, a fim de fazer o controle da doença.
 Consulta de enfermagem é um processo padronizado de prestação de cuidados feito por um enfermeiro. Embora a consulta mais popular seja aquela conduzida pelo médico, a assistência em enfermagem tem grande contribuição para o tratamento e a recuperação do doente. Além, é claro, do acompanhamento de condições especiais para evitar crises e agravos à saúde.
 Durante a consulta, o profissional de enfermagem presta serviços de escuta qualificada, avaliação do paciente e recomendações visando à promoção da saúde. Dependendo da finalidade da assistência e necessidades do paciente, as ações podem ser adaptadas. Também podem ser feitas em diferentes locais, como unidades de saúde, postos itinerantes ou na própria residência das pessoas atendidas. De acordo com o Artigo 4.2 da Política Nacional de Atenção Básica do Ministério da Saúde, compete ao enfermeiro membro das equipes de atenção primária:
· Realizar consultade enfermagem;
· Procedimentos como anamnese e exame físico;
· Solicitar exames complementares;
· Prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão.
 4.4 Triagem
 A triagem de enfermagem é o processo sistemático que objetiva organizar e assegurar a assistência qualificada ao paciente, de acordo com o risco. Sendo o primeiro atendimento do paciente, onde será avaliado os sinais vitais e peso corporal para determinar o IMC e dependendo dos achados clínicos do paciente orientar e encaminhar para a emergência se necessário (ALBINO, 2007).
 A triagem é o local onde é feita a organização dos atendimentos, já que chegam pacientes para consultas de enfermagem, pré-natal, consultas médicas, dentistas e alguns testes rápidos. Na também ocorre o atendimento do programa Auxilio Brasil para recadastro de dados das crianças beneficiárias como peso e altura e encaminhamentos para consultas.
 No momento da triagem o profissional de enfermagem mede a:
· Temperatura;
· Pressão arterial;
· Saturação de oxigênio;
· Peso;
· Altura.
 Que são os sinais importantes para avaliar a condição clínica. Na consulta, o enfermeiro soma a essa dinâmica a observação de manchas, alergias, problemas para se movimentar, dores, etc. As consultas de enfermagem são importantes nos cuidados físicos e mentais, acompanhamento e prevenções. 
	
FOTOS
 4.5 Consulta de pré-natal
 O pré-natal deve começar assim que a mulher descobre que está grávida. No Brasil, a partir desse momento, o Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas (uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e três no terceiro). Sendo ideal é que a primeira consulta aconteça no primeiro trimestre e que, até a 34ª semana, sejam realizadas consultas mensais. Entre a 34ª e 38ª semanas, o indicado seria uma consulta a cada duas semanas e, a partir da 38ª semana, consultas toda semana até o parto, que geralmente acontece na 40ª semana, mas pode durar até 42 semanas.
 
 O atendimento proporcionado nessas consultas deve ser registrado e monitorado no Cartão da Gestante, pelos profissionais envolvidos, utilizado nas unidades básicas de Saúde do País e também pelos profissionais que a atenderão no parto. 
Por meio desse monitoramento, é possível fazer o acompanhamento, o diagnóstico e o tratamento de doenças pré-existentes ou das que podem surgir durante a gravidez.
 Durante o pré-natal, a gestante deve receber informações sobre seus direitos, hábitos saudáveis de vida (alimentação, exercícios etc.), medicamentos que precisa tomar e os que deve evitar e as mudanças que ocorrem durante a gravidez, como a maior incidência de sono e alterações no ritmo intestinal. Também tem de receber informações sobre sinais de risco em cada etapa da gravidez, como lidar com dificuldades de humor, temores em relação à sua saúde e a saúde do bebê, enjoos, inchaço, manchas na pele, sinais de parto etc.
 O pré-natal segue um protocolo para o monitoramento da saúde da gestante e do feto. Inclui anamnese, exame físico e análise de exames laboratoriais e de imagem. No entanto, é muito importante que as gestantes aproveitem o momento da consulta para colocar suas dúvidas, preocupações, experiências a fim de ampliar o diálogo com os profissionais de saúde.
 Toda mulher da área de abrangência da unidade de saúde e com história de atraso menstrual de mais de 15 dias deverá ser orientada pela equipe de saúde a realizar o Teste Imunológico de Gravidez (TIG), que será solicitado pelo médico ou enfermeiro. Este teste é considerado o método mais sensível e confiável, embora seja também um teste caro [grau de recomendação D]. Alguns testes urinários têm baixa taxa de resultados falsos positivos, mas elevada taxa de resultados falsos negativos, o que pode atrasar o início do pré-natal. A dosagem de gonadotrofina coriônica humana (ßHCG) para o diagnóstico precoce da gravidez, com a utilização de medidas quantitativas precisas e rápidas, tornou este teste mundialmente reconhecido para confirmar a ocorrência de gravidez. βHCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher grávida entre 8 a 11 dias após a concepção. Os níveis plasmáticos aumentam rapidamente até atingir um pico entre 60 e 90 dias de gravidez. A maioria dos testes tem sensibilidade para detecção de gravidez entre 25 a 30mUI/ml. Resultados falsos positivos ocorrem na faixa entre 2 a 25mUI/ml. Do ponto de vista prático, níveis menores que 5mUI/ml são considerados negativos eacimade25mUI/ml são considerados positivos. As queixas principais são devidas ao atraso menstrual, à fadiga, à mastalgia, ao aumento da frequência urinária e aos enjoos/vômitos matinais.
 Sinais de presunção de gravidez:
· Atraso menstrual;
· Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária e sonolência);
· Modificações anatômicas (aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal). 
Sinais de probabilidade:
· Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume;
· Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais);
· Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização. 
Sinais de certeza:
· Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas;
· Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas);
· Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais. 
 O diagnóstico da gravidez pode ser feito pelo médico ou pelo enfermeiro da unidade básica. Após confirmação da gravidez em consulta médica ou de enfermagem, dá-se o início do acompanhamento da gestante.
 Quando não há complicações gestacionais, um enfermeiro pode ficar responsável pelas consultas iniciais do pré-natal. Se perceber agravos, ele encaminha a gestante para que um obstetra dê seguimento aos encontros e peça os exames necessários. Nas semanas de gravidez é preferível à avaliação seriada do bem-estar fetal, pois se observou menor risco de morte neonatal e perinatal e menor chance de cesariana no grupo submetido à indução do parto com 41 semanas.
 4.5.1 Acolhimento
 A Política Nacional de Humanização toma o acolhimento como postura prática nas ações de atenção e gestão das unidades de saúde, o que favorece a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde.
 O acolhimento da gestante na atenção básica implica a responsabilização pela integralidade do cuidado a partir da recepção da usuária com escuta qualificada e a partir do favorecimento do vínculo e da avaliação de vulnerabilidades de acordo com o seu contexto social, entre outros cuidados.
 O profissional deve permitir que a gestante expresse suas preocupações e suas angústias, garantindo a atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e, quando necessário, possibilitando a criação de vínculo da gestante com a equipe de saúde.
 Cabe à equipe de saúde, ao entrar em contato com uma mulher gestante, na unidade de saúde ou na comunidade, buscar compreender os múltiplos significados da gestação para aquela mulher e sua família, notadamente se ela foradolescente. A história de vida e o contexto de gestação trazidos pela mulher durante a gravidez devem ser acolhidos integralmente a partir do seu relato e da fala de seu parceiro. Tal contexto implica mudanças nas relações estabelecidas entre a mulher e a família, o pai e a criança. Além disso, gera mudanças na relação da gestante consigo mesma, no modo como ela entende seu autocuidado, bem como modificações em como ela percebe as mudanças corporais, o que interfere muitas vezes no processo de amamentação.
 É importante acolher o(a) acompanhante de escolha da mulher, não oferecendo obstáculos à sua participação no pré-natal, no trabalho de parto, no parto e no pós-parto. O(a) acompanhante pode ser alguém da família, amigo(a) ou a doula, conforme preconiza a Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005.
 O benefício da presença do(a) acompanhante já foi comprovado. Vários estudos científicos nacionais e internacionais evidenciaram que as gestantes que tiveram a presença de acompanhantes se sentiram mais seguras e confiantes durante o parto. Também houve redução do uso de medicações para alívio da dor, da duração do trabalho de parto e do número de
cesáreas. Alguns estudos sugerem, inclusive, a possibilidade de outros efeitos, como a redução dos casos de depressão pós-parto.
 O acolhimento, portanto, é uma ação que pressupõe a mudança da relação profissional/ usuário(a). O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética e solidária.
 Portanto, ele não se constitui como uma etapa do processo, mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e momentos da atenção à saúde.
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 4.5.2 Calendário de consultas
 As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou durante visitas domiciliares. O calendário de atendimento durante o pré-natal deve ser programado em função dos períodos gestacionais que determinam maior risco materno e perinatal.
 O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro trimestre) e deve ser regular, garantindo-se que todas as avaliações propostas sejam realizadas e que tanto o Cartão da Gestante quanto a Ficha de Pré-Natal sejam preenchidos.
 O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma:
· Até 28ª semana – mensalmente;
· Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;
· Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.
 A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, como trabalho de parto prematuro, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, amniorrexe prematura e óbito fetal. Não existe “alta” do pré-natal antes do parto.
 Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário encaminhar a gestante para avaliação do bem-estar fetal, incluindo avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco fetal. Estudos clínicos randomizados demonstram que a conduta de induzir o trabalho de parto em todas as gestantes com 41 semanas de gravidez é preferível à avaliação seriada do bem-estar fetal, pois se observou menor risco de morte neonatal e perinatal e menor chance de cesariana no grupo submetido à indução do parto com 41 semanas.
 O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a consulta de puerpério deverá ter sido realizada.
 
 Exame físico
 São indispensáveis os seguintes procedimentos: avaliação nutricional
(peso e cálculo do IMC), medida da pressão arterial, palpação abdominal e percepção dinâmica, medida da altura uterina, ausculta dos batimentos cardiofetais, registro dos movimentos fetais, realização do teste de estímulo sonoro simplificado, verificação da presença de edema, exame ginecológico e coleta de material para colpocitologia oncótica, exame clínico das mamas e toque vaginal de acordo com as necessidades de cada mulher e com a idade gestacional.
· Exame físico geral: 
- Inspeção da pele e das mucosas; 
- Sinais vitais: aferição do pulso, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura axilar;
 - Palpação da tireoide, região cervical, supraclavicular e axilar (pesquisa de nódulos ou outras anormalidades);
 - Ausculta cardiopulmonar;
 - Exame do abdome; 
- Exame dos membros inferiores; 
- Determinação do peso; 
- Determinação da altura; 
- Cálculo do IMC; 
- Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional;
 - Medida da pressão arterial; 
 - Pesquisa de edema (membros, face, região sacra, tronco).
 Procedimentos e conduta
 
 Os procedimentos e condutas padronizados que se seguem devem ser realizados sistematicamente e avaliados em toda consulta pré-natal. As condutas e os achados diagnósticos sempre devem ser anotados na ficha perinatal e no cartão da gestante.
 Métodos para Cálculo da Idade Gestacional (IG)
 Os métodos para esta estimativa dependem da data da última menstruação (DUM), que corresponde ao primeiro dia de sangramento do último ciclo menstrual referido pela mulher.
 I. Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e certa:
· Uso do calendário: some o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas);
· Uso de disco (gestograma): coloque a seta sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês do último ciclo menstrual e observe o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual.
 II. Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu:
· Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considere como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente. Proceda, então, à utilização de um dos métodos descritos acima.
 III. Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos:
 Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a idade gestacional e a data provável do parto serão, inicialmente, determinadas por aproximação, basicamente pela medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos fetais, que habitualmente ocorrem entre 18 e 20 semanas. Pode-se utilizar a altura uterina e o toque vaginal, considerando-se os seguintes parâmetros:
· Até a 6ª semana, não ocorre alteração do tamanho uterino;
· Na 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho normal;
· Na 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual;
· Na 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que é palpável na sínfise púbica;
· Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical;
· Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical;
· A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Porém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional.
 Quando não for possível determinar clinicamente a idade gestacional, solicite o mais precocemente possível a ultrassonografia obstétrica.
 Cálculo da DPP
 Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas, a partir da DUM), mediante a utilização de calendário.
 Com o disco (gestograma), coloque a seta sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês da última menstruação e observe a seta na data (dia e mês) indicada como data provável do parto.
 Outra forma de cálculo consiste em somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses dejaneiro a março). Esta forma de cálculo é chamada de Regra de Näegele. Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do que o número de dias do mês, passe os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 (um) ao final do cálculo do mês.
 
 Fonte: UNASUS
 10 Passos para o Pré-Natal de qualidade na atenção básica:
	
1. Iniciar até 12° semana de gestação;
2. Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários para à atenção ao pré-natal;
3. Assegurar a solicitação, realização e avaliação em tempo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento do pré-natal;
4. Promover a escuta ativa da gestante e seus acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais não somente o cuidado biológico. (roda de gestante);
5. É direito do parceiro ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações, antes, durante e depois da gestação;
6. Garantir o transporte público gratuito, registrado por meio da rede cegonha;
7. Garantir o acesso a unidade de referência especializada;
8. Estimular as informações sobre os benefícios do parto fisiológico;
9. Toda gestante tem o direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde na qual irá dar à luz (vinculação);
10. As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal.
 Exames complementares
 Devem ser solicitados os seguintes exames:
· Hemograma;
· Tipagem sanguínea e fator Rh;
· Coombs indireto (se for Rh negativo);
· Glicemia de jejum;
· Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR;
· Teste rápido diagnóstico anti-HIV;
· Anti-HIV;
· Toxoplasmose IgM e IgG;
· Sorologia para hepatite B (HbsAg);
· Exame de urina e urocultura;
· Ultrassonografia obstétrica (não é obrigatório), com a função de verificar a idade gestacional;
· Citopatológico de colo de útero (se necessário);
· Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica);
· Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica);
· Eletroforese de hemoglobina (se a gestante for negra, tiver antecedentes familiares de anemia falciforme ou apresentar história de anemia crônica).
 Pós-parto
 
 O aleitamento natural deve ser estimulado. Observar os níveis de glicemia nos primeiros dias após o parto, pois a maior parte das mulheres não mais requer o uso de insulina. Seu uso estará indicado caso ocorra hiperglicemia no período de amamentação. O estado de regulação da glicose deverá ser reavaliado a partir de seis semanas após o parto, empregando-se a glicemia de jejum ou o teste oral
de tolerância com 75 g de glicose. A classificação do estado de regulação da glicose é feita de acordo com as categorias diagnósticas vigentes.
 4.5.3 A consulta de enfermagem à puérpera
 A consulta tem como objetivos:
· Avaliar as condições maternas após a alta da unidade onde se realizou a assistência ao parto, identificando as patologias mais frequentes neste período;
· Controlar a evolução das patologias manifestadas durante a gestação (ex.: anemia, síndrome hipertensiva, entre outros);
· Estabelecer e reforçar as orientações gerais iniciais durante o período de internação na maternidade;
· Reforçar o vínculo da mulher com o sistema de saúde, referindo-a para orientação em planejamento familiar e assistência ginecológica de rotina;
· Avaliar as condições emocionais da puérpera.
 A atenção à mulher e ao recém-nascido no pós-parto imediato, assim como nas primeiras semanas após o parto, é extremamente importante para a saúde materna, neonatal e do lactente. O acompanhamento do profissional de saúde, e em especial do enfermeiro neste período, deve ser o mais criterioso possível no âmbito hospitalar e também na unidade de saúde (SÃO PAULO, 2010).
 Após a alta hospitalar, recomenda-se que sejam feitas ao menos duas consultas para revisão puerperal (BRASIL, 2001a).
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 4.6 CITOPATOLOGICO
 O exame citopatológico ou exame preventivo, como é conhecido popularmente, foi adotado como referência para o rastreamento de câncer de colo de útero no Brasil. Este tipo de câncer é o segundo que mais mata mulheres, sendo que, geralmente, inicia com uma lesão precursora. Dessa forma, o câncer de colo do útero é passível de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente, evidenciando a importância da realização da coleta do exame citopatológico.
 Atingir alta cobertura da população definida como alvo é o componente mais importante no âmbito da atenção primária no Sistema Único de Saúde (SUS) para que se obtenha significativa redução da incidência e da mortalidade por câncer do colo do útero. Países com cobertura superior a 50% do exame citopatológico, realizado a cada três a cinco anos apresentam taxas inferiores a três mortes por 100 mil mulheres por ano e, para aqueles com cobertura superior a 70%, essa taxa é igual ou menor que duas mortes por 100 mil mulheres por ano (ANTTILA et al., 2009; INCA, 2011).
 Pilares da prevenção do câncer de colo do útero:
· A principal ação é a coleta do exame de citologia conforme critérios do Ministério da Saúde: iniciar rastreio de 25 a 64 anos;
· Alimentação equilibrada/saudável, diminuir produtos industrializados;
· Vacina HPV conforme calendário PNI;
· O uso do preservativo nas relações sexuais é fundamental na prevenção de ISTs;
· Atividade física regular;
· Evitar ou limitar ingestão de bebidas alcoólicas;
· Combate ao tabagismo. Fatores de risco para o câncer de colo de útero;
· Infecção pelo HPV;
· Baixo nível ou falta de assistência à saúde;
· Multiplicidade de parceiros sexuais;
· Início precoce da vida sexual;
· Tabagismo.
 O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual, faz-se a coleta do exame até os 64 anos, repetindo de 3 em 3 anos se dois exames anuais consecutivos negativos.
 Antes da coleta do exame é necessário que a paciente não tenha mantido relação sexual nas últimas 72 horas, não utilize duchas de higiene íntima, não utilize cremes ou lubrificantes vaginais, podem ser requisitados outros preparos para o exame que são passados através do agendamento.
 Material necessário para coleta:
· Espéculo de tamanhos variados, preferencialmente descartáveis; se instrumental metálico deve ser esterilizado de acordo comas normas vigentes.
· Balde com solução desincrostante em caso de instrumental não descartável. 
· Lâminas de vidro com extremidade fosca;
· Espátula de Ayre;
· Escova endocervical;
· Par de luvas descartáveis;
· Pinça de Cherron;
· Solução fixadora, álcool a 96% ou spray de polietilenoglicol.
· Gaze;
· Máscara;
· Recipiente para acondicionamento das lâminas mais adequado para o tipo de solução fixadora adotada pela unidade, tais como: frasco porta-lâmina,
tipo tubete, ou caixa de madeira ou plástica para transporte de lâminas; 
· Formulários de requisição do exame citopatológico;
· Fita adesiva de papel para a identificação dos frascos;
· Lápis grafite ou preto nº 2;
· Avental ou camisola, preferencialmente descartáveis. Caso sejam reutilizáveis, devem ser encaminhados à rouparia para lavagem, segundo rotina da unidade básica de saúde;
· Lençóis, preferencialmente descartáveis. Caso sejam reutilizáveis, devem ser encaminhados à rouparia para lavagem.
O citopatologico além de ajudar a diagnosticar lesões no colo do útero que vir a se tornar câncer, ele também ajuda a diagnosticar outras doenças como:
· Clamídia;
· Sífilis;
· Gonorreia;
· HPV;
· Candidíase;
· Tricomoníase;
· Detectar presença de nódulos ou cistos.
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Fonte: estratégia saúde da família.comunidades.net
Procedimento de coleta de citopatólogico:
· Lavar as mãos;
· Fechar a porta e preservar o paciente;
· Informar o procedimento que será realizado. 
· Trazer os materiais;
· Colocar as luvas;
· Escolher o tamanho adequado do espéculo;
· Pedi licençae abrir os grandes lábios introduzindo o espéculo, ao introduzir virar e abrir a válvula para aumentar a abertura do canal vaginal;
· Fazer a inspeção visual da integridade do colo do útero, analisar presença de secreção;
· Com a espátula fazer o esfregaço lateral do conteúdo biológico e colocar na lâmina, podendo ser horizontalmente na parte superior ou vertical do lado esquerdo, dividindo a lâmina em duas partes e destacá-la;
· Pegar a escovinha do kit e introduzir no canal vaginal até o orifício do colo do útero, e com movimentos leves e circulares coletar o conteúdo e esfregar no espaço limpo da lâmina;
· Jogar fixador na amostra da lâmina, colocar dentro do tubo identificado;
· Retirar o espéculo da paciente;
· Orientar a finalização e ida ao banheiro para se vestir;
· Anotar dados encontradas, prescrever medicamento é necessário;
· Fazer orientações gerais.
4.7 Câncer de mama
 O câncer de mama, assim como outras neoplasias malignas, resulta de uma proliferação incontrolável de células anormais, que surgem em função de alterações genéticas, sejam elas hereditárias ou adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos. Tais alterações genéticas podem provocar mudanças no crescimento celular ou na morte celular programada, levando ao surgimento do tumor.
 O câncer de mama é o mais incidente em mulheres, representando 23% do total de casos de câncer no mundo, em 2008, com aproximadamente 1,4 milhão de casos novos naquele ano. É a quinta causa de morte por câncer em geral (458 mil óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres (WHO, 2008).
 Fatores de risco para o câncer de mama:
· Idade;
· Menarca precoce;
· Menopausa tardia;
· Primeira gravidez após os 30 anos;
· Nuliparidade;
· Exposição à radiação;
· Terapia de reposição hormonal;
· Obesidade;
· Ingestão regular de álcool;
· Sedentarismo;
· História familiar.
Rastreamento na atenção básica
· Exame clínico das mamas, que pode ser feito pelo médico generalista, GOe/ou enfermeiro, em qualquer momento ou durante coletas de exame citopatológico. Realização de mamografia bilateral de rastreamento para mulheresentre50-69 anos (população alvo) a cada 2 anos. Exame pode ser solicitado por enfermeiro. 
· Realização de mamografia de rastreamento anual para mulheres de 35a50 anos em população de risco (parentes de 1º grau com histórico de câncer de mama ou CA de ovário OU histórico pessoal de câncer de útero e/ou ovário) Solicitação pode ser feita por médico e/ou enfermeiro com justificativa quando idade ≤ 50 anos.
 A mamografia é o único exame utilizado para rastreamento, com capacidade de detectar lesões não palpáveis e causar impacto na mortalidade por câncer de mama, sendo por isso o exame de imagem recomendado para o rastreamento do câncer de mama no Brasil. Não há evidências suficientes sobre possíveis benefícios da substituição da mamografia convencional pela mamografia digital ou pela Ressonância Nuclear Magnética no rastreamento do câncer de mama (USPSTF, 2009). 
 Ações de diagnóstico precoce na Atenção Básica
· Avaliar uma alteração suspeita na mama ou de acordo com queixa, sinais e sintomas. Ação pode ser realizada em qualquer idade;
· A mamografia diagnóstica pode ser solicitada pelo médico generalista, pelo ginecologista ou pelo mastologista;
· Mamografias realizadas em homens serão sempre mamografias diagnóstica;
· Encaminhamento para Mastologista: a avaliação pelo especialista pode ser feita por enfermeiro, médico generalista e/ou GO. 
 
 Situações suspeitas:
· Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos;
· Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual;
· Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade□ Descarga papilar sanguinolenta unilateral;
· Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos tópicos□ Homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral;
· Presença de linfadenopatia axilar;
· Aumento progressivo do tamanho da mama coma presença de sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja;
· Retração na pele da mama;
· Mudança no formato do mamilo.
 Alterações na Mamografia
· BI RARDS 0: encaminhar ao mastologista para solicitação de ultrassonografia de mamas e avaliação do mesmo;
· BI RARDS 1 e 2: resultado benigno na ausência de alterações clínicas. Manter controle habitual na unidade de saúde;
· BI RARDS 3: encaminhar ao mastologista; 
· BI RARDS 4/5: encaminhar para oncologia. Paciente deverá comparecer ao CEAPS com guia de referência, cópia da identidade, CPF, CNS, comprovante de endereço e cópia do exame que revelou o diagnóstico.
4.8 ACOMPANHAMENTO DE DIABETES NA ATENÇÃO BÁSICA
No acompanhamento ao diabético, é fundamental avaliar detalhes sobre fatores de risco que impactam na doença, a exemplo da má alimentação. Sinais de hipoglicemia e problemas com o pé diabético também são pontos de interesse, assim como recomendações para o autocuidado. Nesse contexto, o enfermeiro ensina o paciente a controlar a glicemia, conservar e aplicar a insulina.
Os tipos de diabetes mais frequentes são o diabetes tipo 1, anteriormente conhecido como diabetes juvenil, que compreende cerca de 10%dototal de casos, e o diabetes tipo 2, anteriormente conhecido como diabetes do adulto, que compreende cerca de 90% do total de casos. Outro tipo de diabetes encontrado com maior frequência e cuja etiologia ainda não está esclarecida é o diabetes gestacional, que, em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes, detectado no rastreamento pré-natal.
Rastreamento diabetes mellitus tipo 2
Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são portadores da doença, algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se manifestem sinais de complicações.
Fatores indicativos de maior risco são listados a seguir:
· Idade >45 anos;
· Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25);
· Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e>88cmpara mulheres, medida na altura das cristas ilíacas);
· Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes;
· Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg); 
· Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL;
· História de macrossomia ou diabetes gestacional; 
· Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos; 
· Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.
 Enfermeiro na UBS tem como função:
1. Desenvolver atividades educativas, por meio de ações individuais e/ou coletivas, de promoção de saúde com todas as pessoas da comunidade;
desenvolver atividades educativas individuais ou em grupo com os pacientes diabéticos. 
2. Capacitar os auxiliares de enfermagem e os agentes comunitários e supervisionar, de forma permanente, suas atividades. 
3. Realizar consulta de enfermagem com pessoas com maior risco para diabetes tipo 2 identificadas pelos agentes comunitários, definindo claramente a presença do risco e encaminhado ao médico da unidade para rastreamento com glicemia de jejum quando necessário. 
4. Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de risco, estratificando risco cardiovascular, orientando mudanças no estilo de vida e tratamento não medicamentoso, verificando adesão e possíveis intercorrências ao tratamento, encaminhando o indivíduo ao médico, quando necessário. 
5. Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos de pacientes diabéticos). 
6. Programar, junto à equipe, estratégias para a educação do paciente.
7. Solicitar, durante a consulta de enfermagem, os exames de rotina definidos como necessários pelo médico da equipe ou de acordo com protocolos ou normas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal. 
8. Orientar pacientes sobre automonitorização (glicemia capilar) e técnica de aplicação de insulina.
9. Repetir a medicação de indivíduos controlados e sem intercorrências. 
10. Encaminhar os pacientes portadores de diabetes, seguindo a periodicidadedescrita neste manual, de acordo com a especificidade de cada caso (com maior frequência para indivíduos não-aderentes, de difícil controle, portadores de lesões em órgãos alvo ou com comorbidades) para consultas como médico da equipe. 
11. Acrescentar, na consulta de enfermagem, o exame dos membros inferiores para identificação do pé em risco. Realizar, também, cuidados específicos nos pés acometidos e nos pés em risco. 
12. Perseguir, de acordo com o plano individualizado de cuidado estabelecido junto ao portador de diabetes, os objetivos e metas do tratamento (estilo de vida saudável, níveis pressóricos, hemoglobina glicada e peso). 
13. Organizar junto ao médico, e com a participação de toda a equipe de saúde, a distribuição das tarefas necessárias para o cuidado integral dos pacientes portadores de diabetes. 
14. Usar os dados dos cadastros e das consultas de revisão dos pacientes para avaliar a qualidade do cuidado prestado em sua unidade e para planejar ou reformular as ações em saúde.
4.9 HIPERTENSÃO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) apresenta alta morbimortalidade, com perda importante da qualidade de vida, o que reforça a importância do diagnóstico precoce. O diagnóstico não requer tecnologia sofisticada, e a doença pode ser tratada e controlada com mudanças no estilo de vida, com medicamentos de baixo custo e de poucos efeitos colaterais, comprovadamente eficazes e de fácil aplicabilidade na Atenção Básica.
Além do diagnóstico precoce, o acompanhamento efetivo dos casos pelas equipes da Atenção Básica é fundamental, pois o controle da pressão arterial (PA) reduz complicações cardiovasculares e desfechos como Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), problemas
renais, entre outros.
O diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PA maior ou igual a 140/90mmHg, verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e divide-se por três.
A constatação de um valor elevado em apenas um dia, mesmo que em mais do que uma medida, não é suficiente para estabelecer o diagnóstico de hipertensão.
Cabe salientar o cuidado de se fazer o diagnóstico correto da HAS, uma vez que se trata de uma condição crônica que acompanhará o indivíduo por toda a vida. Deve-se evitar verificar a PA em situações de estresse físico (dor) e emocional (luto, ansiedade), pois um valor elevado, muitas vezes, é consequência dessas condições.
Consulta de enfermagem para prevenção primária da HAS
A prevenção primária da HAS pode ser feita mediante controle de seus fatores de risco, como sobrecarga na ingestão de sal, excesso de adiposidade, especialmente na cintura abdominal, abuso de álcool, entre outros. Duas estratégias de prevenção são consideradas: a populacional e a dirigida a grupos de risco. A primeira defende a redução da exposição populacional a fatores de risco, principalmente ao consumo de sal. O profissional poderá atuar nessa estratégia por meio de ações educativas coletivas com a população em geral para orientar a restrição à adição de sal na preparação de alimentos, identificação da quantidade de sal e/ou sódio presente nos alimentos industrializados, entre outros.
A consulta de enfermagem faz parte da estratégia dirigida a grupos de risco que propõe intervenção educativa em indivíduos com valores de PA limítrofes, predispostos à hipertensão. As medidas são equivalentes às propostas para tratamento não medicamentoso da HAS, também chamadas de promoção de mudança no estilo de vida (MEV).
Consulta de enfermagem para acompanhamento da pessoa
com HAS
A consulta de enfermagem deve focar nos fatores de risco que influenciam o controle da hipertensão, ou seja, as mudanças no estilo de vida, o incentivo à atividade física, à redução do peso corporal quando acima do IMC recomendado e o abandono do tabagismo. Deve também estar voltada para as possibilidades de fazer a prevenção secundária, a manutenção de níveis
pressóricos abaixo da meta e o controle de fatores de risco.
Sintomas de pressão alta
Inicialmente, a pressão alta é assintomática. Quando os sintomas começam a se manifestar o paciente apresenta:
· Dor na nuca
· Cefaleia;
· Tontura;
· Zumbido no ouvido;
· Fraqueza.
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 4.10 Vacinação
 
 No Brasil, desde o início do século XIX, as vacinas são utilizadas como medida de controle de doenças. No entanto, somente a partir do ano de 1973 é que se formulou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), regulamentado pela Lei Federal no 6.259, de 30 de outubro de 1975, e pelo Decreto n° 78.321, de 12 de agosto de 1976, que instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE).
 O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira e tem como missão o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis. É considerado uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública no Brasil, em especial pelo importante impacto obtido
na redução de doenças nas últimas décadas. Os principais aliados no âmbito do SUS são as secretarias estaduais e municipais de saúde.
 No contexto da vacinação, a equipe da ESF realiza a verificação da caderneta e a situação vacinal e encaminha a população à unidade de saúde para iniciar ou completar o esquema vacinal, conforme os calendários de vacinação.
 É fundamental que haja integração entre a equipe da sala de vacinação e as demais equipes de saúde, no sentido de evitar as oportunidades perdidas de vacinação, que se caracterizam pelo fato de o indivíduo ser atendido em outros setores da unidade de saúde sem que seja verificada sua situação vacinal ou haja encaminhamento à sala de vacinação.
 Especificidades da sala de vacina
 A sala de vacinação é classificada como área semicrítica. Deve ser destinada exclusivamente à administração dos imunobiológicos, devendo-se considerar os diversos calendários de vacinação existentes.
 Na sala de vacinação, é importante que todos os procedimentos desenvolvidos promovam a máxima segurança, reduzindo o risco de contaminação para os indivíduos vacinados e também para a equipe de vacinação. Para tanto, é necessário cumprir as seguintes especificidades e condições em relação ao ambiente e às instalações:
· Sala com área mínima de 6 m2. Contudo, recomenda-se uma área média a partir de 9 m2 para a adequada disposição dos equipamentos e dos mobiliários e o fluxo de movimentação em condições ideais para a realização das atividades;
· Piso e paredes lisos, contínuos (sem frestas) e laváveis;
· Portas e janelas pintadas com tinta lavável;
· Portas de entrada e saída independentes, quando possível;
· Teto com acabamento resistente à lavagem;
· Bancada feita de material não poroso para o preparo dos insumos durante os procedimentos;
· Pia para a lavagem dos materiais;
· Pia específica para uso dos profissionais na higienização das mãos antes e depois do atendimento ao usuário;
· Nível de iluminação (natural e artificial), temperatura, umidade e ventilação natural em condições adequadas para o desempenho das atividades;
· Tomada exclusiva para cada equipamento elétrico;
· Equipamentos de refrigeração utilizados exclusivamente para conservação de vacinas, soros e imunoglobulinas, conforme as normas do PNI nas três esferas de gestão;
· Equipamentos de refrigeração protegidos da incidência de luz solar direta;
· Sala de vacinação mantida em condições de higiene e limpeza.
· Devido à situação epidemiológica do país é recomendável que a vacina BCG seja administrada na maternidade. Caso não tenha sido administrada na maternidade aplicá-la na primeira visita ao serviço de saúde. Crianças que não apresentarem cicatriz vacinal após receberem a dose da vacina BCG não precisam ser revacinadas;
· A vacina Hepatite B deve ser administrada nas primeiras 24horas, preferencialmente, nas primeiras 12 horas de vida, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 diasapós o nascimento. Crianças até6(seis)anos 11 meses e 29 dias, sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, iniciar ou completar esquema com penta que está disponível na rotina dos serviços de saúde, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30dias, conforme esquema detalhado no tópico da vacina penta. Crianças com7anoscompletos sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto: completar 3(três) doses com a vacina hepatite B com intervalo de 30 dias para a 2ª doseede6 meses entre a 1ª e a 3ª;
· A idade mínima para a administração da primeira dose é de1mêse15 dias e a idade máxima é de 3 meses e 15 dias. A idade mínima para a administração da segunda dose é de 3 meses e 15 dias e a idade máxima é de 7 meses e 29 dias. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repita a dose. Nestes casos, considere a dose válida;
· Administrar 1 (uma) dose da vacina Pneumocócica 10V(conjugada), da vacina Meningocócica C (conjugada), da vacina hepatite A e da vacina tetraviral em crianças até 4 anos (4 anos 11 meses e 29 dias) de idade, que tenham perdido a oportunidade de se vacinar;
· A recomendação de vacinação contra a febre amarela é para todo Brasil, devendo seguir o esquema de acordo com as indicações da faixa etária e situação vacinal, sendo que, crianças entre 9 (nove) meses a menores de 5(cinco)anos de idade, administrar 1 (uma) dose aos 9 (nove) meses e 1 (uma) dose de reforço aos 4 (quatro) anos. Para as crianças a partir de 5 (cinco) anos de idade, administrar 1 (uma) dose única;
· A vacinação em bloqueios está indicada em contatos de casos suspeitos de sarampo e rubéola, a partir dos 6 meses;
· A vacina tetra viral corresponde à segunda dose da tríplice viral e à primeira dose da vacina varicela. Na sua indisponibilidade, pode ser substituída pelas vacinas tríplice viral e vacina varicela (monovalente);
· Esta vacina está indicada para população indígena a partir dos5(cinco) anos de idade. A vacina varicela pode ser administrada até 6 anos, 11 mesese29dias. Está indicada para toda população indígena a partir dos 7 (sete) anos de idade, não vacinada contra varicela.
Antes de iniciar o atendimento na sala de vacina o técnico fica responsável por:
· Verificar se a sala está limpa e organizada;
· Verificar temperatura dos equipamentos de refrigeração e anotar no mapa de registro;
· Verificar ou ligar sistema de ar condicionado;
· Higienizar as mãos;
· Organizar a caixa térmica de uso diário;
· Organizar vacinas e diluentes na caixa térmica de uso diário, já climatizada;
· Atentar para o prazo de utilização após abertura do frasco multidose;
· Organizar materiais de escritório e ligar o sistema utilizado no computador.
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 4.11 ODONTOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA
 As UBS devem estar preparadas para identificar as necessidades individuais e da coletividade, definindo prioridades de atendimento para determinados casos, com destaque para aqueles de maior sofrimento. Nesse sentido, o cuidado longitudinal e o tratamento concluído são fundamentais, mas não tiram a responsabilidade de fazer o primeiro atendimento no caso de urgência odontológica. 
 Para isso, a identificação de necessidades não só auxilia no processo de acolhimento do cidadão orientando a oferta de cuidado, mas também o tempo em que isso deve ocorrer. O acolhimento com identificação de necessidades tem como objetivo ampliar e qualificar o acesso aos serviços em saúde bucal e fortalecer a organização do processo de trabalho. Para isso, sugere-se um fluxo para o acesso do cidadão que é guiado pelos atributos da AB em saúde e estabelece uma visão sistêmica do cuidado, que envolve: integração dos setores e trabalho em equipe; definição de necessidades; resolutividade na AB; e referência aos demais pontos da rede de atenção. Para o planejamento e a organização do processo de trabalho da equipe, sugere-se que o coordenador municipal de saúde bucal faça um monitoramento que contemple minimamente os seguintes aspectos listados a seguir:
· Estimativa de cobertura populacional de equipe de Saúde Bucal na Atenção Básica;
· Percentual de crianças livres de cárie;
· Taxa de incidência de alterações da mucosa oral;
· Percentual de exodontia realizada em relação aos procedimentos clínicos;
· Média de participantes de ação coletiva de escovação dental supervisionada;
· Cobertura de primeira consulta odontológica programática;
· Cobertura de primeira consulta de atendimento odontológico à gestante;
· Razão entre tratamentos concluídos e primeiras consultas odontológicas programáticas;
· Percentual de atendimentos de consultas agendadas e por demanda espontânea;
· Média de atendimentos de urgência odontológica por habitante;
· Oferta de prótese dentária no município;
· Percentual de ações/serviços ofertados pela equipe de Saúde Bucal;
· Percentual de encaminhamentos para serviço especializado. Uma das habilidades a ser desenvolvida no interior de uma equipe que busca ser integrada é o processo de comunicação compartilhada em que cada trabalhador e o gerente da UBS têm papel fundamental no manejo dos problemas cotidianos e das situações conflitantes.
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5. Estudos de caso e Palestra Outubro Rosa- 24/10/2022
	Área 
	Faculdade Mauá
	Projeto Central
	Estudos de caso e Palestra Outubro Rosa
	Projeto Complementar
	Ambientação do estágio
	Responsável
	Prof.ª Sheila Paula
	Local/IES 
	Mansões Village
	Data
	24/10/2022
	INTRODUÇÃO
(Justificativa/Histórico/Cenário)
	Os estudos de caso oferecem a oportunidade de expansão de visão, apreendendo o indivíduo em sua integridade e em seu contexto. Assim permitindo análise da dinâmica entre os casos.
	OBJETIVOS
	Seguindo a minha interpretação de cada estudo de caso, assim colocando meus conhecimentos em prática.
 5.1 Estudo de Caso
Paciente I.M.S.A, 17 anos, compareceu a UBS com queixa de leucorreia amarelada com dor fétido. Relata algia hipogástrica, dispareunia, disuria e edema MMII. Ao realizar atendimento para essa paciente, como proceder, você como enfermeiro da unidade básica?
Evolução do estudo de caso
Paciente, sexo, feminino, 17 anos, orientada, consciente, afebril, eupneica, deambulando sem auxilio. Comparece a UBS para realização do exame citopatologico, com queixa de leucorreia amarelada com odor fétido.
No primeiro momento solicito os testes rápidos de HIV e Sífilis, EAS, Hemograma completo, Urocultura e Transvaginal. Já inicio o tratamento desta paciente com Metronidazol 150mg/g um aplicador cheio via vaginal, á noite ao deitar-se por 5 dias e Fluconazol (dose única) para o companheiro.
Se nos exames for constatada infecção urinária começo o tratamento com Cefalexina 500mg, 01 comprimido, 6/6h por 7 dias.
Oriento a paciente quanto a ingestão de líquidos, a fazer a sua higienização íntima de forma correta, e caso haja qualquer complicação que ela procure os serviços de saúde.
Solicito encaminhamento ao Ginecologista caso a paciente não melhore. Se possível logo após o tratamento fazer a prevenção.
Estudo de Caso
Paciente, 30 anos, comparece a UBS para realização de testes rápidos, relata que a cerca de 2 meses testou positivo para sífilis, onde realizou o tratamento correto juntamente com seu parceiro, ao realizar consulta de enfermagem, observa-se que a filha da paciente tem lesões hiperemiadas em MMSS, você enfermeiro ao questionar a mãe sobre as manchas, mãe relata que as manchas apareceram a cerca de 1 mês, e que a filha não se queixa de dor e nem prurido. Você como coordenador da unidade profissional da saúde, solicita para serem feitos testes rápidos também na criança de 7 anos. Ao realizar o teste rápido: HIV: Não reagente, Sífilis: Reagente. Diante disso, como proceder?
Evolução do estudo de caso
Paciente, 30 anos, orientada, consciente, afebril, eupneica, deambulando sem auxílio. Compareceu a UBS para a realização de testes rápidos, relata que a cerca de 2 meses, testou positivo para sífilis, onde realizou o tratamento correto juntamente com seu parceiro. Ao realizar aconsulta de enfermagem, observou-se que a filha da paciente tem lesões hiperemiadas em MMSS, testou positivo para Sífilis quando foi pedido o exame de HIV: não reagente e sífilis: reagente, a mãe relata que as lesões apareceram a cerca de 1 mês.7
Neste caso eu como enfermeira não prescrevo tratamento, eu encaminho esta paciente para avaliação pelo pediatra para que ele faça uma melhor avaliação do caso da criança e prescreva o tratamento para ser feiro em hospital ou UPA.
É importante salientar que em casos de sífilis em crianças se não for passada de mãe para filho, infelizmente a doença foi adquirida através de abuso sexual.
A notificação é obrigatória nos casos de sífilis adquirida, sífilis em gestante e sífilis congênita, conforme portaria vigente do Ministério da Saúde.
Estudo de Caso
Criança acompanhada pela mãe, compareceu a UBS com1mêsdenascido para primeira consulta de CD. Ao exame físico você observa que a criança não tem a marca de vacina BCG, mãe relata que o filho recebeu na maternidade, porem em caderneta de vacinação não consta o registro da vacina. Em caderneta da criança, observa-se que a criança nasceu com 2.102kg. Como orientar a mãe da paciente nesses casos?
Evolução do estudo de caso
Criança acompanhada pela mãe, com 1 mês de nascido, ao exame a criança não sustentava a cabeça, não apresentava rigidez de nuca, reflexo de Moro estava abolido, com a preensão palmar débil a esquerda, reflexo de sucção presente. Estava hipocorado ++/++++, hidratado, acianótico, anictérico, pupilas fotorreagentes, fontanela anterior normotensa.
Neste caso se na caderneta não constar o registro da vacina, encaminho este paciente para sala de vacina para que a mesma seja administrada, mas a dose da vacina só poderá ser administrada se no sistema também não constar que a criança tomou a vacina.
Estudo de Caso
Gestante, 25 anos, comparece a UBS para realizar consulta de rotina de Pré-natal, DUM:18/03/2022. Com 30 semanas e 5 dias, sem queixas no momento. Em último exame realizado pela gestante. Glicemia em Jejum120mg/dl, IMC da paciente normal, alimentação balanceada. Quais os riscos que essa paciente está tendo, e como proceder nesse caso?
Evolução do estudo de caso
Paciente, sexo, feminino, 25 anos, orientada, consciente, afebril, eupneica, deambulando, sem auxilio e gestante. Foram solicitados exames e constou que o último exame que a mesma fez, a glicemia em jejum, ou seja, a curva glicêmica para detectar se há alterações ou suspeitas de diabetes na gestaçãodeu120mg/dl, IMC normal, alimentação balanceada. Com a alteração do seu exame, uma glicemia de jejum≥ 110 mg/dl e/ou uma glicemia 2 horas após a ingestão de glicose ≥ 140 mg/dl confirma o diagnóstico de diabetes gestacional (critérios da OMS).
Neste caso encaminho esta paciente para acompanhamento com nutricionista e para o pré-natal de alto risco devido a diabetes gestacional, esta paciente ainda assim continua seu pré-natal normalmente, só que agora periodicamente tem também suas consultas do pré-natal de alto risco, oriento que esta paciente pratique atividade física, fazendo exercícios leves. Passo os exames de curva glicêmica, hemoglobina glicada e glicose em jejum para que sejam avaliados em sua próxima consulta.
 5.2 PALESTRA OUTUBRO ROSA
 RELATÓRIO
 Foi realizada uma palestra na Faculdade Mauá-GO. A Secretaria e Enfermeira Sueli Prado, foi a palestrante, abordando temas muito importantes como, o Câncer de Mama e sua história de vida. Apalestra foi realizada em parceria com a Secretaria da Mulher, a ONG TODOS POR ELAS, “pacto goiano pelo fim da violência contra mulher”. Na semana acadêmica em comemoração ao mês do Outubro Rosa, o objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
 Na palestra cada aluno recebeu uma cartilha Cartilha sobre “Relacionamentos saudáveis”, distribuída gratuitamente, pela Secretaria Municipal da Mulher a da Família. Onde a mesma optou por compartilhar um pouco sobre sua história de vida e os desafios que ela enfrentou ao longo de sua jornada, quebrando tabus e falando sobre seus medos e conquista e sobre a sua doença, ou seja, o Câncer de Mama.
	FOTOS
	
FOTOS
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 6 Sonda vesical de demora- Aula do dia 31/11/2022
Área Faculdade Mauá
Projeto Central Sonda vesical de demora
Projeto Complementar Ambientação do estágio
Responsável Profª. Sheyla Paula 
Local/IES Mansões Village
Data 31/10/2022
INTRODUÇÃO
(Justificativa/Histórico/Cenário)
O cateterismo vesical é uma técnica que consiste na introdução de um cateter, também conhecido por sonda vesical, pela uretra até à bexiga de forma a fazer a permitir a saída de urina em pessoas que não conseguem controlar esse ato, devido a obstruções como hipertrofia da próstata, dilatação uretral ou mesmo em casos em que se pretende realizar exames em urina estéril ou preparar a pessoa para uma cirurgia, por exemplo.
 O cateterismo vesical de demora é usado quando o cateter permanece por mais tempo para drenagem contínua e para isso é usado um cateter de Foley ou de Owen. 
OBJETIVOS
Padronizar e melhorar o processo de introdução de um cateter pela uretra até a bexiga para fins diagnósticos ou tratamento.
DESENVOLVIMENTO
(Metodologia/Procedimentos/Cronograma)
Devido aos riscos da técnica, o cateterismo só deve ser usado se for mesmo necessário, nos seguintes casos:
Alívio da retenção urinária aguda ou crônica;
Controle da produção de urina pelo rim;
Insuficiência renal pós-renal, por obstrução infra-vesical;
Perda de sangue pela urina;
Recolha de urina estéril para exames;
Medição do volume residual;
Controle de incontinência urinária;
Dilatação ureteral;
Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior;
Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgias e exames;
Complicações da Sonda Vesical de Demora
● Bacteriúria assintomática;
● Infecção de trato urinário;
● Epididimite e orquite;
● Retenção de fragmentos do balão da sonda;
● Fístula de bexiga (entero-vesical, cólon-vesical, reto-vesical e vesico- vaginal);
● Perfuração de bexiga;
● Formação de cálculo de bexiga;
● Trauma de uretra;
● Incontinência.
 O uso de cateter de maneira inapropriada ou por tempo longo demais pode representar um risco a muitos pacientes para os quais foi designado a proteger, segundo KLJNIN (1991). 
 BECKER (1993) descreve as consequências clínicas do Cateterismo uretral como resultantes de erros na inserção do cateter, inapropriada indicação para a cateterização prolongada e assistência imprópria com relação ao cateter de demora. Não só o cateterismo de demora, como também o cateterismo único, pode levar a complicações, embora com menor frequência. O traumatismo uretral, a dor, o falso trajeto, a uretrorragia, a bacteremia e a infecção geniturinária são indicadas por LENZ (1994) como complicações possíveis de ocorrerem pelo cateterismo vesical.
 Materiais
 ● Bandeja de cateterismo vesical;
 ● Sonda tipo Foley;
 ● Bolsa coletora sistema fechado;
 ● Antisséptico (Ex. Clorexidina aquosa);
 ● Gel hidrossolúvel (tipo Lidocaína);
 ● Luvas de procedimento e 02 pares de luvas estéreis;
 ● 2 ampolas de água destilada;
 ● Seringa 20 ml (2 em caso de masculino);
 ● Agulha 40x12;
 ● EPI necessário;
 ● Fita adesiva hipoalérgica ou esparadrapo.
 Como realizar o procedimento
- Conferir prescrição médica; 
- Reunir o material e levá-lo até a sala de procedimentos; 
- Apresentar-se, conferir nome completo, explicar o procedimento; 
- Promover a privacidade do paciente; 
- Higienizar as mãos; 
- Posicionar o paciente: - Feminino – posição dorsal, supino com joelhos flexionados; - Masculino – posição dorsal; 
- Calçar luvas

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