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10-Cloranfenicol-2018

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Introdução aos aspectos éticos e prescrição racional de ATB 
Princípios gerais do uso de Antibióticos 
Betalactâmicos: Penicilinas e Inibidores da β-Lactamase 
Betalactâmicos: Cefalosporinas/ Carbapenemas 
Sulfas e Trimetoprima. Nitrofurantoína. Fosfomicina. 
Quinolonas. 
Tetraciclinas. Macrolídeos 
Glicopeptídeos. Aminoglicosídeos. Cloranfenicol 
Anaerobicidas (lincomicina, clindamicina; metronidazol). 
Antiparasitários: antiprotozoários e anti-helmínticos 
 
Estudo de Antibióticos com base em casos clínicos 
“EXERCÍCIO INTERESSANTE” (prova) 
 Referências Bibliográficas – Livros de Farmacologia: 
Farmacologia Clínica. Fuchs, F.D.; Wannmacher, L. Editora Guanabara Koogan, 
As Bases Farmacológicas da Terapêutica. Goodman & Gilman. McGraw-Hill 
 Interamericana do Brasil Ltda. 
Farmacologia. Rang, H.P, Dale, M.M. Editora Guanabara Koogan, 
Farmacologia Básica e Clínica. Katzung, B.G. Editora Guanabara Koogan. 
Farmacologia. Silva, P. Editora Guanabara Koogan. 
Manual de antibióticos. Prof Walter Tavares e colaboradores. 
Cloranfenicol 
 Objetivo deste material didático é promover uma introdução ao estudo de 
farmacologia, motivar a leitura do tema em livros textos e diretrizes. 
 Busca contribuir para que o(a) futuro(a) prescritor(a) esteja atento(a) aos 
critérios da prescrição racional de medicamentos, alicerçado em bases técnicas e 
éticas. 
 Solicitamos o envio de sugestões e correções para o aprimoramento do 
material para larb@vm.uff.br 
 
Universidade Federal Fluminense 
Farmacologia dos Antibióticos 
Prof. Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 
mailto:larb@vm.uff.br
Cloranfenicol 
Farmacologia 
Prof. Luiz Bragança 
Histórico 
Mecanismo de Ação 
Mecanismo de Resistência 
Farmacocinética 
Usos Terapêuticos 
Reações Adversas 
Interações Farmacológicas 
Cloranfenicol - Histórico 
 1947 Streptomyces venezuelae. De amostra de solo. 
 Final de 1947 tratou surto de tifo na Bolívia. 
 1948: disponível para uso clínico. 
 1950: evidenciado risco de discrasia grave/fatal. 
 Passa a ser de uso restrito: infecções graves, 
como meningite, tifo e febre tifóide; febre 
maculosa das Montanhas Rochosas. 
 2018... Disponível no mercado inclusive como constituinte de 
pomadas... 
MECANISMO DE AÇÃO 
clindamicina 
www.anvisa.gov.br 
Cloranfenicol 
 Mecanismo de Ação: 
 Mecanismo de Ação 
 Possui um amplo espectro de atividade antimicrobiana. 
 É basicamente bacteriostático, embora possa ser 
bactericida contra determinadas espécies. 
Cloranfenicol 
Mecanismo de Ação 
 Inibe a síntese de proteínas (SP) nas bactérias e, em menor 
grau, nas células eucariótas. 
 Ligação reversível com a subunidade ribossômica 50S (próximo 
ao local de ação dos macrolídeos e da clindamicina). 
 Pode inibir a SP mitocondrial nas células de mamíferos ➙ 
ribossomos mitocondriais assemelharem-se mais aos ribossomos 
bacterianos do que aos ribossomos citoplasmáticos de 80S das 
células dos mamíferos. 
RISCO 
inibe a peptidiltransferase ribossômica responsável pela 
Síntese de Proteínas da membrana interna mitocondrial 
Cloranfenicol - Farmacocinética 
 Administração: 
• Oral: na forma ativa e o pró-fármaco inativo – 
palmitato de cloranfenicol. 
• Parenteral: succinato 
 Distribuição: 
• Líquidos corporais, LCR (com ou sem meningite) 
• Secretado no leite, atravessa a barreira placentária 
• Encontrado na bile 
• 50% liga-se às ptns. plasmáticas RN 
 cirróticos 
⇩ de ptns... 
 Metabolismo 
• Hepático: principal via de eliminação 
• Em cirróticos: ⇩ a dose 
 
Excreção: 
 filtração e secreção glomerular - tanto do 
cloranfenicol quanto de seu metabólito. 
 Em 24h 75-90% da dose são excretados desta forma. 
 Meia vida (4h) não é alterada pela Insuf. Renal 
 Não há necessidade de ajuste de dose na IR; 
 AJUSTE em cirróticos 
Cloranfenicol - Farmacocinética 
Cloranfenicol - Usos Terapêuticos 
 Limitam-se às infecções para as quais o benefício 
ultrapassa os riscos de toxicidade potencial. 
 Quando se dispõe de outros antimicrobianos igualmente eficazes e 
potencialmente menos tóxicos do que o cloranfenicol, deve-se utilizá-los. 
Febre Tifóide * e outras por Salmonella 
Meningite bacteriana* é bactericida H. influenzae 
Infecções por anaeróbios Bacterioides spp. 
Doenças causadas por riquétsias # 
Brucelose # 
# Tetraciclinas são mais indicadas 
* Cefalosporina de 3a 
e/ ou Quinolona 
Cloranfenicol - Usos Terapêuticos Uso tópico 
 
DOENÇA MENINGOCÓCICA 
FEBRE MACULOSA BRASILEIRA 
FEBRE TIFÓIDE 
Meningite por Haemophilus Influenzae 
Cloranfenicol - Efeitos Adversos 
 Reações de Hipersensibilidade: 
 Erupções cutâneas maculares ou vesiculares. 
Reações de Jarisch-Herxheimer, no tratamento da sífilis, da 
brucelose e da febre tifóide. 
 Efeitos tóxicos e irritativos: 
paladar desagradável, náuseas, vômitos, diarréia; 
irritação peritoneal. 
Raro: visão turva e parestesias digitais. 
Cloranfenicol - Efeitos Adversos: 
Toxicidade Hematológica: 
 O mais importante - medula óssea. 
 Afeta o sistema hematopoiético de 2 maneiras: 
1) um efeito tóxico relacionado com a dose, que se 
manifesta em forma de anemia, leucopenia ou 
trombocitopenia e 
2) através de uma resposta idiossincrática 
manifestada por anemia aplásica que, em muitos 
casos, pode levar a uma pancitopenia fatal. 
Cloranfenicol - Efeitos Adversos: 
 Toxicidade Hematológica reversível : 
 relacionado com a dose, consiste em uma 
suspensão eritróide comum e previsível (porém 
reversível) da medula óssea; 
 É provavelmente causado pela ação inibitória do 
fármaco sobre a síntese mitocondrial de 
proteínas comprometendo a incorporação do 
ferro no heme. 
ABRAM 
Associação Brasileira de 
Aplasia de Medula Óssea 
Existem basicamente dois tipos de aplasia de medula: 
• as adquiridas (normalmente relacionadas com infecções, uso de 
medicamentos, contato com inseticidas, derivados de benzeno etc.) 
e 
• as congênitas, também conhecidas como anemia de fanconi (neste 
caso, existe um defeito genético conhecido, levando ao quadro de 
falência medular). 
http://www.saudevidaonline.com.br/abram.htm
http://www.saudevidaonline.com.br/abram.htm
http://www.saudevidaonline.com.br/abram.htm
http://www.saudevidaonline.com.br/abram.htm
Cloranfenicol - Efeitos Adversos: 
 “Síndrome do bebê cinzento”: 
 Toxicidade fatal em RN, especialmente 
prematuros, quando expostos a doses excessivas. 
 Ocorre, em média, após 4 dias de tratamento 
 Clínica: vômitos, recusa à sucção, hipotonia, 
respiração irregular e rápida, distensão 
abdominal, períodos de cianose e diarréia com 
fezes esverdeadas. Risco de choque e morte. 
Cloranfenicol – Efeitos Adversos: 
 Mecanismos da toxicidade em recém-nascidos: 
1- Impossibilidade de conjugação com ácido 
glicurônico, devido a atividade inadequada da 
glicuroniltransferase no fígado, que é característica das 
primeiras 3-4 semanas de vida; 
2- Excreção renal inadequada do fármaco não-
conjugado no recém-nascido. 
Cloranfenicol - Interações Farmacológicas 
 Inibe as enzimas do citocromo P450 
microssômicas hepáticas e, por isso, pode 
prolongar a t½ de warfarina, fenitoína, 
clorpropamida (sulfoniluréia em desuso) e anti-retrovirais. 
 Fármacos que podem alterar a sua eliminação: 
A administração crônica de fenobarbital ou 
Administração aguda de rifampicina diminui a 
t½ do antibiótico, devido a indução enzimática. 
 2 genéricos, 10 referências e 25 similares

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