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28/04/2017 1 PRODUÇÃO E MANEJO DE FRANGOS DE CORTE MEC – SETEC SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ Professor: Carlos Oliveira Castanhal-PA Fevereiro de 2017 Introdução � Avicultura no Brasil; � Constante evolução no genótipo, nutrição, sanidade, instalações, equipamentos e manejo das aves; � Objetivo de melhorar o desempenho das aves; o CHINA : maior produtor mundial; o União Européia > EUA > Japão > México > Rússia > Brasil; o São Paulo: maior produtor (35,5%); o Minas Gerais: (11,4%) . Produção LOCALIZAÇÃO DO POLO AVÍCOLA DO ESTADO DO PARÁ Etapas da criação: Corte O período de criação é contínuo e pode ser divido em 3 fases: � Fase inicial/cria: 1 a 21 dias; � Fase de crescimento/recria: 22 a 35 dias; � Fase de engorda: 36 até o final (42-45 dias). Etapas da criação: Postura �Fase inicial/cria: 1 a 10 semanas; �Fase de crescimento/recria: 11 a 17 semanas; �Fase de produção: 18 semanas até o final (80-120 semanas). 28/04/2017 2 DIFERENÇA DO FRANGO INDUSTRIAL DA CAIPIRA • Genética • Idade de abate • Criação • Ração • Alimentação extra • Densidade do galpão • Área de pasto • Pele • Consistência FRANGO INDUSTRIAL OU CONVENCIONAL Definição: É a ave criada pelas granjas comerciais, por meio de um modelo consagrado de manejo, que lança mão de antibióticos e promotores de crescimento para obter altos índices de produtividade. O abate de frangos desse tipo ocorre entre 42 a 45 dias de vida. SISTEMAS DE CRIAÇÃO FRANGO INDUSTRIAL OU CONVENCIONAL Sistema de criação intensivo Período de alojamento: 6 semanas SISTEMAS DE CRIAÇÃO FRANGO CAIPIRA OU COLONIAL Definição: Provém de linhagens específicas, como a Label rouge, e é produzido em áreas mais extensas. Além de receber ração, a ave pode ciscar pelo terreiro. SISTEMAS DE CRIAÇÃO FRANGO CAIPIRA OU COLONIAL Lotação : 2 a 5m² de área no piquete por ave. Sistema de criação semi – intensivo Abate: 85 dias Linhagens, rodízio dos piquetes, alimentação SISTEMAS DE CRIAÇÃO 28/04/2017 3 FRANGO ALTERNATIVO Definição: Também chamado de frango natural, é criado no mesmo ambiente do frango industrial, porém com menores densidades e sem uso de promotores de crescimento, quimioterápicos e anticoccidianos. Sua dieta é baseada apenas em produtos de origem vegetal, como milho e soja. A idade de abate é um pouco superior à do frango industrial. SISTEMAS DE CRIAÇÃO FRANGO ALTERNATIVO Sistema de Criação intensivo Obs: sem restrição de linhagens Tempo de alojamento: 8 semanas SISTEMAS DE CRIAÇÃO FRANGO ORGÂNICO Definição: Em sua produção também são proibidos antibióticos e promotores de crescimento. Sua dieta, além de não apresentar ingredientes de origem animal, é composta unicamente de grãos e vegetais cultivados em sistema orgânico, ou seja, produzidos sem a utilização de defensivos e fertilizantes químicos. SISTEMAS DE CRIAÇÃO FRANGO ORGÂNICO Sistema de criação semi – intensivo Lotação : 2 a 5m² de área no piquete por ave SISTEMAS DE CRIAÇÃO FRANGO VERDE Definição: recebe alimentação exclusivamente à base de ingredientes vegetais, descartando-se o uso de ingredientes de origem animal no arraçoamento, como farinhas de carne, ossos, vísceras, penas, etc. SISTEMAS DE CRIAÇÃO Iniciando a criação de frangos �Estabelecer os objetivos e mercado alvo; �Escolher a linhagem que se deseja trabalhar. 28/04/2017 4 Modalidades de criação de aves � Em piso Investimento inicial é mais baixo Maior conforto para as aves VANTAGENS Modalidades de criação de aves � Em piso �Custo e disponibilidade da cama; � Índices de conversão piores; �Maiores riscos de asfixia, devido a amontoamentos; �Possibilidade maior de contágio; DESVANTAGENS Utilização de cama para aves criadas em piso � Cama: �Início década de 70 (calo ósseo no peito); � Principais funções: �Absorver a umidade; �Absorver impacto; �Isolamento térmico; � Propriedades: � Boa capacidade absorvente e de evaporação da umidade; � Partículas médias e homogêneas ( 1,5 a 3 cm de tamanho); � Macio e boa capacidade de amortecimento; � Disponibilidade na região; � Livre de contaminação; � Atóxico para as aves; � Baixa condutividade térmica; � Baixo custo. Utilização de cama para aves Utilização de cama para aves � Tipos de materiais utilizados � Maravalha (cepilho); � Sabugo de milho triturado; � Casca de arroz; � Casca de café; � Casca de amendoim; � Feno de gramíneas picado; �Palhadas picadas de culturas em geral. Utilização de cama para aves 28/04/2017 5 Maravalha Casca de arroz Sabugo de milho triturado Casca de amendoim Casca de café Feno � Cuidados na aquisição do material � Aumento da umidade da cama; � Proliferação de fungos; � Perdas econômicas. Utilização de cama para aves Manejo antes da chegada dos pintos � Limpeza de instalações e equipamentos (remoção de 90 a 95% do material contaminante); � Retirar restos de ração; � Remover equipamentos; � Retirar cama; � Lança chamas; � Limpeza a seco: varrer ou raspar: tetos, telas, paredes, silos e pisos; � Lavar com água sob pressão; � Utilizar sabão ou detergente; Manejo antes da chegada dos pintos � Desinfecção de instalações e equipamentos: � Realizada com instalações úmidas; � Inseticida, controle de ratos; � Cal hidratada = 1kg/5m2 � Vazio sanitário – 10 dias Manejo antes da chegada dos pintos 28/04/2017 6 Preparo do aviário antes da chegada dos pintos � Círculos de proteção � Chapas de eucatex, duratex, compensado, plástico ou folha metálica; � Altura 30 cm (climas quentes) até 60 cm (climas frios); � Comprimento de 2,5 - 3,0 metros. Chapas de Eucatex Densidade 1ª semana: 70 aves/m2; ex: 500 aves --- 7m2; Área = π r2 7 = 3,14 r2 r2 = 7/3,14 r2 = 2,23 r = 1,5 m Perímetro = 2 π r P = 2 x 3,14 x 1,5 P = 9,43 m Preparo do aviário antes da chegada dos pintos � Círculos de proteção � Campânulas �Altura média de 40 a 80 cm; �Termômetros a uma altura de 5 a 10 cm da cama. � Aquecimento Preparo do aviário antes da chegada dos pintos Transporte do incubatório até a granja � Veículos climatizados; �Carga de empilhamento adequada; �Limpar e desinfectar a cada recarga; �GTA. Distância do incubatório � Distância do incubatório ao aviário de até 500Km (12h de transporte); 28/04/2017 7 Práticas de manejo: chegada dos pintos � Alojar as pintainhas o mais rápido possível, retirando- as das caixas de transporte no local onde serão alojadas; � Registrar em fichas apropriadas a qualidade das aves adquiridas � Molhar individualmente o bico de algumas aves, a fim de estimulá-las a beber água; � Bebedouros, comedouros e as fontes de aquecimento deverão estar corretamente distribuídos. � Pesagem e contagem Práticas de manejo: chegada dos pintos �Incubatórios idôneos; �Controle sanitário eficiente; �Aquisição de pintos saudáveis. Qualidade dos pintos � Características de um pintinho de boa qualidade �Sempre alerta e respondendo à estímulos; �Saudável; �Olhos brilhantes; �Umbigo bem cicatrizado; �Uniformidade de peso e cor; �Abdome firme �Reações normais às vacinas; �Canelas fortes sem deformidades; �Penugem seca e fofa; �Sem sujidades aderidas à cloaca. Práticas de manejo: chegada dos pintos � Características de um pintinho de boa qualidade Práticas de manejo: chegada dos pintos Umbigo limpo e bem fechado Umbigo com cordão umbilical 28/04/2017 8 � Características de um pintinho de boa qualidade Práticas de manejo: chegada dos pintos Narinas boas e limpas Perna hidratada e macia � Características de um pintinho de má qualidade Práticas de manejo: chegada dos pintos Jarrete vermelhoOnfalite � Características de um pintinho de má qualidade Práticas de manejo: chegada dos pintos Sujidades aderidas à cloacaPintinho doente � Características de um pintinho de má qualidade Práticas de manejo: chegada dos pintos Narinas com manchas vermelhas Perna desidratada, parece mais escamosa e endurecida � Característicasde um pintinho de má qualidade Práticas de manejo: chegada dos pintos Pintinho com dedo ferido Pintinho com as pernas abertas �Manejo de bebedouros �Abastecer os bebedouros 1 a 3 horas antes da chegada dos pintinhos (manuais); �Bebedouros automáticos, verificar se o sistema está funcionando corretamente; �Bebedouros tipo nipple: ajustar a pressão. Práticas de manejo: chegada dos pintos 28/04/2017 9 � Manejo de aquecimento �Ligar as campânulas, 3-6 horas antes do horário programado para a chegada dos pintinhos na propriedade; Práticas de manejo: chegada dos pintos Manejo das aves na fase de cria � Manejo de aquecimento �Aquecimento suplementar até os 21 dias de idade; �Observar periodicamente a temperatura no interior do aviário; �Comportamento dos pintinhos e a sua distribuição no aviário; Manejo das aves na fase de cria � Manejo de aquecimento Manejo das aves na fase de cria � Manejo de aquecimento � Manejo de bebedouros � Fornecimento constante de água limpa e fresca; �Bebedouros (tipo copo, calha ou pendular): trocar a água no mínimo duas vezes por dia, lavando e desinfetando o equipamento; �3° ou 5° dia de idade: acrescentar os bebedouros definitivos; �6° e o 8° dia: retirada dos bebedouros iniciais, de forma escalonada, num período de 2 a 3 dias. Manejo das aves na fase de cria � Manejo de bebedouros Manejo das aves na fase de cria 28/04/2017 10 � Manejo de bebedouros Manejo das aves na fase de cria INCORRETO �Bandejas: limpeza em função da presença de fezes e cama; �Peneirar a ração duas vezes por dia evitando as placas de fermentação; �4° dia: colocar os comedouros definitivos; � 7° ao 10° dia: retirada dos comedouros iniciais (2 a 3 dias). � Manejo dos comedouros Manejo das aves na fase de cria � Manejo dos comedouros �1ª abertura – 3º ao 5º dia; �2ª abertura – 5º ao 7º dia; �3ª abertura – 7º ao 10º dia � Manejo dos círculos de proteção Manejo das aves na fase de cria � Conforme a idade e indicações do manual de manejo da linhagem � Manejo dos círculos de proteção Manejo das aves na fase de cria � Manejo dos círculos de proteção Manejo das aves na fase de cria 28/04/2017 11 Manejo das aves na fase de cria � Manejo dos círculos de proteção Manejo das aves na fase de cria � Manejo dos círculos de proteção � Importante: � Acompanhar o consumo de ração; � Acompanhamento do peso Manejo das aves na fase de cria � Pesar machos e fêmeas separadamente; � Pesar semanalmente (pela manhã); � Amostra significativa (3-6 partes do galpão); � Acompanhamento do peso Manejo das aves na fase de cria � Objetivos: � Estimular o consumo de alimento; � Melhorar o crescimento e o ganho de peso; � Adaptá-los ao ambiente do galpão; � Deixar as aves mais calmas. � Manejo de iluminação Manejo das aves na fase de cria � 1º dia de idade: 24 horas de luz natural + artificial; � 2° dia: 18 horas de luz natural + artificial; � A partir do 3° dia até a 9a semana criar as franguinhas somente com luz natural. � Manejo de iluminação Manejo das aves na fase de cria Conforme indicação do manual da linhagem;
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