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Fundamentos da Aquisição da Linguagem

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25/03/2023, 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/13
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS E
METODOLOGIAS PARA
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
ORAL E ESCRITA
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
25/03/2023, 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/13
 
 
 
Prof. Gustavo Thayllon França Silva
CONVERSA INICIAL
Neste estudo, iremos contemplar, sobretudo, os pontos de intersecção entre língua e linguagem
e o modo como se dá o processo de aquisição da linguagem.
Mas antes de adentrarmos todo esse arcabouço teórico e técnico precisamos voltar um pouco
na história para compreender como tudo começou.
Sabemos que a comunicação e a linguagem são elementos fundantes do processo de
desenvolvimento da sociedade, pois foi por meio delas que a sociedade chegou onde está, visto que
a cada período histórico a sociedade vem ganhando novas descobertas, como o alfabeto, os
números e até mesmo o fogo como tecnologia.
E por falar em tecnologia, você sabia que a linguagem, seja ela oral ou escrita, configura-se
como uma tecnologia? Isso ocorre porque a tecnologia é tudo aquilo que busca dar um
melhoramento para um determinado processo, neste caso, a melhoria do desenvolvimento social,
pois foi por intermédio da linguagem que todas as outras descobertas foram acontecendo.
É o que ocorre no processo de comunicação humana, que é permeado pelos processos de
mediação, cooperação e compartilhamento de informações entre um emissor e um receptor. Araújo
(2012) afirma que “a palavra comunicação vem do latim comunicare, que significa por em comum,
tendo, portanto, um sentido de partilha. A comunicação constitui-se como um processo que envolve
um emissor transmitindo uma mensagem, através de um meio, para um receptor”.
Nesse sentido, com os avanços tecnológicos houve um desdobramento e melhorias dos
processos linguísticos, que ficaram cada vez mais complexos, o que proporcionou, por exemplo, a
criação da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que promoveu um processo inclusivo.
Portanto nesta etapa temos como objetivos principais:
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compreender o que é linguagem, fala e língua;
apresentar a importância e a complexidade do processo de comunicação;
compreender o que é o desenvolvimento fonológico;
apresentar a psicolinguística.
TEMA 1 – POR QUE FALAMOS? POR QUE NOS COMUNICAMOS?
Créditos: fizkes/Shutterstock.
Se pensarmos nas pinturas das cavernas, nas danças que eram realizadas para os mais diversos
fins, podemos atribuir esses elementos a uma tentativa de comunicação e de entendimento entre os
seres humanos das mais diferentes épocas e sociedades. Por essa ótica, podemos entender a
comunicação como algo que está em constante evolução e aprimoramento.
Se olharmos para algumas décadas atrás, as formas de comunicação eram bem limitadas.
Tínhamos as cartas, os telegramas, os telefones com longos fios e, um pouco depois deles, os
celulares. Porém, pensando na contemporaneidade, ainda temos essas formas de comunicação.
Todavia algumas delas ganharam novas configurações, como o próprio celular, que hoje oferece
inúmeras formas e modalidades para nos comunicarmos, como os aplicativos de mensagens
instantâneas, por exemplo. Araújo (2012) afirma que “a palavra comunicação vem do latim
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comunicare, que significa por em comum, tendo, portanto, um sentido de partilha. A comunicação
constitui-se como um processo que envolve um emissor transmitindo uma mensagem, através de um
meio, para um receptor”.
Com base na perspectiva oferecida pela citação anterior, podemos pensar na comunicação
perpassando diferentes dimensões e elementos.
A comunicação é um elemento fundamental para a vida social e tem sido um dos elementos mais
importantes na constituição das sociedades contemporâneas. O devir humano (sociocultural)
sempre esteve relacionado com a comunicação. Entretanto, atualmente, com as dimensões que a
comunicação tomou a partir da invenção das tecnologias microeletrônicas, essa relação se tornou
extremamente intensa. (Brasil, 2006)
Partindo desses elementos, podemos nos perguntar de que maneira se dá a comunicação
humana. Nesse sentido:
Os seres humanos se comunicam de forma digital (verbal) e analógica (não verbal). A chamada
comunicação digital utiliza nomes para as coisas, existindo entre eles uma relação arbitrariamente
estabelecida. Assim, em diferentes línguas, encontramos distintas palavras para a mesma coisa:
cachorro, dog, chien, etc. Na comunicação analógica, há uma semelhança entre o objeto e a sua
representação, como o desenho de um cachorro, ou a imitação de um latido, por exemplo. Esse
tipo de comunicação representa, virtualmente, toda a comunicação não verbal: “postura, gestos,
expressão facial, inflexão de voz, sequência, ritmo e cadência das próprias palavras, e qualquer
outra manifestação não verbal de que o organismo seja capaz” (p. 57). Também se refere às pistas
comunicacionais relacionadas com o contexto em que uma interação ocorre. Por exemplo, tirar a
roupa numa consulta médica tem um significado bem diverso do que fazer o mesmo na rua.
(Araújo, 2012)
Percebe-se que o processo de comunicação é complexo quando visto sob um viés teórico.
Contudo, para que a comunicação ocorra são necessários alguns atores: o emissor da mensagem, a
mensagem, o receptor e o canal pelo qual essa mensagem está sendo transmitida.
TEMA 2 – OS CONCEITOS DE LÍNGUA, LINGUAGEM E FALA
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Créditos: Prostock-studio/Shutterstock.
Nos livros didáticos e nas literaturas especializadas, sempre nos deparamos com uma
conceituação inicial da diferenciação entre linguagem e língua. Contudo, vamos trabalhar ambas
separadamente para conseguirmos implementar, teórica e epistemologicamente, conceitos bem
aprofundados.
Carvalho (2017) afirma que a língua se configura como um sistema abstrato, com utilização de
regras gramaticais fazendo inter-relações e transmissão de informações pelos seres humanos, isto é,
a língua é o idioma de um país, por exemplo. Nesse sentido:
A língua, como vimos, é a linguagem que utiliza a palavra como sinal de comunicação − é,
portanto, um aspecto da linguagem. Trata-se de um sistema de natureza gramatical, pertencente a
um grupo de indivíduos, formado por um conjunto de sinais (o léxico) e por um conjunto de regras
para a combinação deles (a gramática, em sentido amplo). Assim, é uma instituição social de caráter
abstrato, exterior aos indivíduos que a utilizam, que somente se concretiza por meio da fala, que é
um ato individual de vontade e inteligência. É pela fala que pessoas reais em situações reais
produzem enunciados reais. (Terra, 2018)
Levando em consideração essas concepções acerca do caráter social da língua, haja vista sua
existência antes mesmo de nascemos, Terra (2018) afirma ainda que “cada um de nós já encontra a
língua formada e em funcionamento, pronta para ser usada e, mesmo quando deixarmos de existir, a
língua subsistirá independentemente de nós”.
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Ainda na concepção desse autor, não podemos confundir língua com a própria escrita,
considerando que a escrita é um desenvolvimento e uma aprendizagem que ocorre após a
aprendizagem da língua, tendo em vista que utilizamos a língua e a fala antes mesmo de
aprendermos a escrever. Há muitas línguas que não são representadas por sua expressão escrita.
“Segundo o site Ethnologue: Languages of the World, existem no mundo hoje 7.099 línguas, das quais
pouco mais de uma centena possui sistema de escrita.” (Terra, 2018)
 Antes de conceituarmos linguagem, vamos partir da análise imagética da figura a seguir. Você
consegue interpretar o significado dos gestos ou posturas de cada um dos personagens?
Provavelmente, sim. Isso significa que você está utilizando o conceitode linguagem.
Créditos: GoodStudio/Shutterstock.
Podemos, então, definir linguagem como:
Um sistema de comunicação natural ou artificial, humano ou não humano. Assim, podemos nos
referir à linguagem corporal (humana), às expressões faciais, às reações do nosso organismo (tanto
aos estímulos do meio, como do nosso pensamento, ou, mesmo, dos aspectos fisiológicos), à
linguagem de outros animais, aos sinais de trânsito, à música, à maneira de nos vestirmos, à
pintura, enfim, todos os meios de comunicação, sejam cognitivos (internos), socioculturais (relativos
ao meio) ou da natureza, como um todo. (Fernandes, 1998)
Sob esse prisma, o conceito de linguagem caracteriza-se de maneira ampla. Além disso, à
linguagem são atribuídas ainda algumas classificações, utilizadas frequentemente por nós na
sociedade com o intuito de atribuir significado e significante às relações, bens e pessoas:
a) verbal: aquela cujos sinais utilizados para atos de comunicação são as palavras. A palavra verbal
provém do latim verbale, que, por sua vez, provém de verbu, que significa “palavra”. Como
exemplos de linguagem verbal, podemos citar as línguas naturais: português, inglês, espanhol,
francês, japonês, árabe etc.
b) não verbal: quando tem por base qualquer outro tipo de sinal, como cores, gestos, desenhos,
sinais sonoros etc. Os sinais utilizados para comunicação por pessoas que não têm ou perderam a
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capacidade da fala são um exemplo de linguagem não verbal. Da mesma forma, o conjunto dos
sinais de trânsito utilizados para orientar os motoristas e os diversos sinais com os quais tomamos
contato no nosso dia a dia, como aqueles que indicam acesso a deficiente, banheiro masculino e
feminino, proibido fumar, proibido o uso de celular, constituem um tipo de linguagem não verbal.
c) sincréticos: quando o plano da expressão apresentar linguagem verbal e não verbal ao mesmo
tempo, como uma história em quadrinhos com balões, um filme, uma canção popular. (Terra, 2018)
Conhecer os principais tipos de linguagem faz com que nós, professores, consigamos promover
estratégias didáticas e pedagógicas mais eficazes, sobretudo na perspectiva da alfabetização e
letramento.
TEMA 3 – O CONCEITO DE PSICOLINGUÍSTICA
Você já refletiu sobre a importância do cérebro no processo de aquisição, desenvolvimento e
perda da linguagem? Para aprofundar essa reflexão existe uma área do conhecimento chamada
psicolinguística. Cecato (2017) afirma que as questões da linguagem não podem ser explicadas
exclusivamente pelo olhar fisiológico; a dimensão psíquica também possui muita influência nesse
processo.
A Psicolinguística é uma ciência que começa a se constituir por ocasião das primeiras preocupações
do homem com o pensamento e suas relações com a linguagem. Gradativamente vai assumindo as
marcas do avanço do tempo, do conhecimento, da ciência. Essas marcas vêm no recorte do objeto
de estudo e nos caminhos de investigação desse objeto. (Pereira, 2010)
Nesse mesmo viés, Godoy e Senna (2012) afirmam que a psicolinguística é uma área
interdisciplinar do conhecimento que busca entender como os seres humanos compreendem,
produzem, adquirem e perdem a linguagem.
Godoy e Senna (2012) ainda comentam que essa área do conhecimento possui como objetivo
principal descrever e explicitar de que forma acontece o funcionamento da linguagem como
fenômeno psíquico. Quando falamos dos processos de aquisição estamos falando sobre múltiplos
estímulos culturais, sociais, ambientais e também emocionais.
A Psicolinguística, considerando sua trajetória e seu atual estágio de desenvolvimento, nasce com o
primeiro ser humano – na constituição do seu cérebro, na sua primeira emoção, na sua primeira
tomada de decisão, no seu primeiro pensamento, na sua primeira linguagem. Nesse nascimento
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surge o grande objeto de estudo psicolinguístico, hoje definido como “linguagem e cognição”.
(Pereira, 2010)
TEMA 4 – PERÍODO PRÉ-LINGUÍSTICO
Crédito: Vasilyev Alexandr/Shutterstock.
O período pré-linguístico é um momento crucial do processo de aquisição da linguagem. Esse
período inicia-se desde o nascimento da criança. É um estágio em que o bebê faz uso do choro, de
balbucios e também de gestos para se comunicar, ou seja, ainda não emprega palavras para se fazer
entender. No período pré-linguístico, a criança,
de princípio, usa o choro para se comunicar, podendo ser rica em expressão emocional. Logo ao
nascer este choro ainda é indiferenciado, porque nem a mãe sabe o que ele significa, mas aos
poucos começa a ficar cheio de significados e é possível, pelo menos para a mãe, saber se o bebê
está chorando de fome, de cólica, por estar se sentindo desconfortável, por querer colo etc. É
importante ressaltar que é a relação do bebê com sua mãe, ou com a pessoa que cuida dele, que
lhe dá elementos para compreender seu choro. (Oliveira; Rocha; Elaine, 2022)
Ainda no entendimento desses autores, a criança começa a produzir arrulhos e, na sequência,
mais ou menos a partir dos seis meses, começam os balbucios e a sequenciação de sons como ba-
ba-ba ou ma-ma-ma até que se produza a primeira palavra concreta do bebê.
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Por volta dos 10 meses, os bebês imitam deliberadamente os sons que ouvem, deixando clara a
importância da estimulação externa para o desenvolvimento da linguagem. Ao final do primeiro
ano, o bebê já tem certa noção de comunicação, uma ideia de referência e um conjunto de sinais
para se comunicar com aqueles que cuidam dele. (Oliveira; Rocha; Elaine, 2022)
Percebe-se então que a aquisição da linguagem é um processo que vai acontecendo
naturalmente nos seres humanos, iniciando pelos choros até se tornar mais robusta, que é a fala
propriamente dita.
TEMA 5 – DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA FONOLÓGICO NA
CRIANÇA
Crédito: Africa Studio/Shutterstock.
A capacidade de fala depende muito do desenvolvimento da consciência fonológica, que pode
ser estimulada desde o nascimento da criança.
Os processos fonológicos podem ser divididos em três categorias: de estrutura silábica, substituição
e assimilação. Os processos de estrutura silábica descrevem mudanças de som que afetam a
estrutura silábica na produção de uma palavra adulta, alvo da criança. São eles: redução de sílaba,
simplificação de encontro consonantal, simplificação de consoante final e simplificação de líquida.
Os processos de substituição envolvem mudanças entre as classes de sons, nas quais uma classe
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substitui outra. São: plosivação, frontalização, ensurdecimento e sonorização. Por fim, os processos
de assimilação ou harmonia sonora são processos nos quais um som é total ou parcialmente
adaptado a um próximo na sílaba. (Rosal; Cordeiro; Queiroga, 2022)
Nesse sentido percebe-se então a importância da consciência fonológica para a aquisição da
linguagem oral e escrita, até porque a criança precisa compreender a relação entre grafema e
fonema. De acordo com Martins (1991) a consciência fonológica é a consciência dos sons que
auxiliam na composição da fala e que dão suporte para a aprendizagem da escrita.
A consciência da estrutura fonológica da linguagem é a base para o reconhecimento preciso das
palavras familiares necessárias para um nível básico de leitura, de compreensão leitora, de
ortografia e de expressão escrita [...] quando a consciência fonológica se desenvolve, e a criança
entende o princípio alfabético, ela passa a dominar o reconhecimento das palavras logo no início
do processo de leitura [...] A principal tarefa da criança no desenvolvimento inicial da leitura e da
escrita em uma língua alfabética é desenvolver um entendimento do princípio alfabético – a
compreensão de que a fala pode ser segmentada em fonemas e que esses fonemas são
representadosna forma escrita. (Fletcher, 2009)
Segundo essa perspectiva podemos assim definir a consciência fonológica:
De forma genérica o termo consciência fonológica tem sido utilizado para referir-se à habilidade
em analisar as palavras da linguagem oral de acordo com as diferentes unidades sonoras que as
compõem. Operacionalmente, a consciência fonológica tem sido estudada a partir de provas
visando avaliar a habilidade do sujeito, seja para realizar julgamentos sobre características sonoras
das palavras (tamanho, semelhança, diferença), seja para isolar e manipular fonemas e outras
unidades suprassegmentares da fala, tais como sílabas e rimas. (Barrera; Maluf, 2003)
Nesse aspecto é válido mencionar que os sons das vogais são produzidos nesta ordem: A-E-I-O-
U. Os sons das consoantes são adquiridos na sequência, isto é, PB, TD, KG. Os últimos segmentos
adquiridos são as consoantes L, LH, RR, R.
NA PRÁTICA
Chegamos ao momento prático.
Propomos que você reflita sobre como as definições de língua, linguagem e fala que estudamos
interagem com a própria evolução histórica da linguagem no ser humano e da língua em cada um de
nós.
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Você consegue estabelecer algumas relações entre o desenvolvimento da linguagem na espécie
humana e em cada um de nós? Produza um quadro comparativo entre ambos levando em conta os
conceitos de língua e linguagem estudados.
FINALIZANDO
Nesta etapa pudemos conhecer os pressupostos teóricos e historiográficos de alguns dos
conceitos fundantes do nosso estudo.
Discutimos as questões da necessidade da comunicação humana, seu desenvolvimento histórico
e também a contribuição das tecnologias no avanço dos processos de comunicação.
Na sequência falamos brevemente sobre a língua, seu conceito, seu histórico, sua origem e sua
apresentação como um instrumento de comunicação e identidade de um povo. Abordamos ainda
questões relativas ao conceito de linguagem, isto é, as mais variadas formas de expressão e
comunicação, suas modalidades e distinções.
Em seguida falamos sobre o conceito de psicolinguística, ou seja, a relação da mente com a
produção, aquisição, desenvolvimento e perda da linguagem pelos seres humanos. Finalmente
discorremos sobre o período pré-linguístico e o desenvolvimento da consciência fonológica pela
criança.
Desejo a você bons estudos.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, D. Comunicação humana I. 2012.
BARRERA, S. D.; MALUF, M. R. Consciência metalinguística e alfabetização: um estudo com
crianças da primeira série do ensino fundamental. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 16,
n. 3. p. 491-502, 2003.
CARVALHO, C. S. de. Linguagem e fonoaudiologia em psicopedagogia. Indaial: Uniasselvi,
2017.
CECATO, C. Introdução aos fundamentos teóricos da linguística. Curitiba: Intersaberes, 2017.
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/13
FERNANDES, F. D. M. Os atrasos de aquisição de linguagem. In: GOLDFELD, M. (Org.).
Fundamentos em fonoaudiologia: linguagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
GODOY, E.; SENNA, L. A. G. Psicolinguística e letramento. Curitiba: Ibpex, 2012.
HIGOUNET, C. História concisa da escrita. Tradução de Marcos Marcionilio. São Paulo: Parábola
Editorial, 2003.
MARTINS, C. C. A consciência fonológica e a aprendizagem inicial da leitura e da escrita.
Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 76, p. 41-49, 1991.
OLIVEIRA, J. de S.; ROCHA, M. de L. da; ELAINE, C. As fases do desenvolvimento da linguagem
escrita. Disponível em: <https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/download/4884/3609#:~:text=O%20desenvolvimento%
20da%20linguagem%20se,ser%20rica%20em%20express%C3%A3o%20emocional>. Acesso em: 6
abr. 2022.
PACHECO, D. Arte rupestre pode ajudar a entender como linguagem humana evoluiu.
Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/arte-rupestre-pode-ajudar-a-
entender-como-linguagem-humana-evoluiu/>. Acesso em: 6 abr. 2022.
PEREIRA, V. W. Pesquisa em psicolinguística: antecedentes, caminhos e relatos. Letras de Hoje,
Porto Alegre, v. 45, n. 3, p. 48-53, jul./set. 2010.
REIS, C. K. História da escrita: uma contextualização necessária para o processo de
alfabetização. Disponível em:
<https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28854/1/Hist%C3%B3riaEscritaUma.pdf>. Acesso
em: 31 mar. 2022.
ROSAL, A. G. C.; CORDEIRO, A. A. de A.; QUEIROGA, B. A. M. de. Consciência fonológica e o
desenvolvimento do sistema fonológico em crianças de escolas públicas e particulares.
Disponível em: <scielo.br/j/rcefac/a/W3tNTbMJH79ZfWZmH8Hmbmh/?format=pdf&lang=pt>.
Acesso em: 6 abr. 2022.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. História da dança. Disponível em:
<http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=102>. Acesso em: 6
abr. 2022.
25/03/2023, 18:50 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/13
TERRA, E. Linguagem, língua e fala. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

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