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FISIO EM SAUDE DA MULHER NP2 INCONTINENCIA URINARIA sintoma de qualquer perda involuntária de urina, sendo mais comum em mulheres. A incontinência urinária é uma condição na qual a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico e é objetivamente demonstrada. FISIOLOGIA MICCIONAL NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO Fase de enchimento vesical - Sistema Nervoso Autônomo Simpático: T10 a L2 Nervos hipogástricos; Neurotransmissor: noradrenalina Receptores na bexiga→ relaxamento da bexiga Receptores no esfíncter→ contração do esfíncter Fase de esvaziamento Sistema Nervoso Autônomo; Parassimpático: S2 a S4 Nervos pélvicos; Neurotransmissor: acetilcolina Receptores na bexiga→ contração da bexiga Receptores no esfíncter→ relaxamento do esfíncter Sistema Nervoso Somático S2 a S4 Controla musculatura esquelética de Assoalho Pélvico Nervo pudendo Incidência Mulheres acima dos 60 anos de idade; cerca de mais de 30% BR apresentam IU Etiologia (causas): Bexiga hiperativa; Fraqueza dos músculos de assoalho pélvico e vesical Mal formação congênita; Lesões medulares; Patologias nervosas e musculares; Cirurgias ginecológicas A IU gera custos relacionados com higiene pessoal, como uso de absorventes, fraldas, mais vezes ao dia com trocas de roupa; Causa isolamento social e problemas psicológicos, como depressão e doenças psicológicas. TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA Incontinência Urinária de Esforço (IUE) - Incontinência Urinária de Urgência (IUU) Incontinência mista (IUM) INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO (IUE) Perda de urina quando você faz qualquer atividade que força o abdome, como tossir, espirrar, dar risada, carregar peso ou até mesmo andar. Pode ser causada por fraqueza dos músculos pélvicos ou fraqueza esfíncter uretral, podendo haver prolapso da bexiga, útero ou intestino. Características: vão com muita frequência ao banheiro para manter a bexiga sempre vazia e diminuir a chance de acidentes, evitam exercícios físicos e a maioria permanece seca à noite, mas podem molhar-se ao levantar em para ir ao banheiro. INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA (IUU) - Urge-incontinência Contração involuntária do musculo detrusor/hiperatividade do musculo detrusor; Características: sensação de precisar ir ao banheiro, mas muitas vezes não consegue chegar a tempo de evitar o escape de urina, pode perder urina sem que haja nenhum sinal antes, necessitam ir ao banheiro com intervalos muito curtos e acordam várias vezes durante o sono para esvaziar a bexiga. INCONTINÊNCIA MISTA: Corresponde à combinação dos dois tipos de incontinência. EXAMES CLÍNICOS Exame de urina, para averiguar possíveis infecções urinárias Exame de Urodinâmica TRATAMENTO: Cirúrgico; Medicamentoso; Fisioterapia TRATAMENTO CIRURGICO: Cirurgias de Sling: mono filamentar de polipropileno, colocada sob a uretra para a apoiar, dando um suporte extra ao períneo, na IUE aumenta a resistência uretral e reduzir a perda de urina. FISIOTERPIA Objetivo: Aumentar a força muscular de assoalho pélvico; Conscientização corporal Aumentar a autoestima; Proporcionar melhor qualidade de vida; Orientação Anamnese Diário miccional PAD TEST: 500 ml de água, 15 minutos em repouso e após simula atividades de esforço perdas de até 1g: insignificantes; 1,1 e 9,9g: leve 10 a 49,9g: moderadas Acima de 50g: severas Exame físico: Inspeção e palpação Exame neurológico: reflexo bulbocavernoso (estimulação doclitóris); reflexo de tosse (contração espontânea da musculatura do assoalho pélvico) e reflexo anocutâneo (estimulação do esfíncter anal). Avaliação funcional da musculatura do assoalho pélvico (AFA): Classificação de Ortiz ou Oxford. PERINEÔMETRO Manômetros de pressão: afere a habilidade de contração máxima do MAP, visualizando no visor do aparelho, que varia de 0 a 256 cmH2O; e com auxílio do cronômetro digital deve-se medir o tempo máximo de contração com esse método. CONES VAGINAIS; BIOFFEDBACK CINESIOTERAPIA Kegel: exercícios para fortalecimento de assoalho pélvico. Exercícios para conscientização da região perineal; Exercícios de contrações lentas e prolongadas (para recrutamento de fibras musculares do tipo I, que representam 70% do AP); Exercícios de contrações fortes e rápidas (para recrutamento das fibras musculares do tipo II, que representam 30% do AP); Contração de AP nas diferentes atividades e posturas; Associação de contração de AP a outros movimentos. A frequência do tratamento varia de 2 a 3 vezes por semana, por ummínimode3meses. ELETROESTIMULAÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO Geralmente utilizadas correntes alternadas, as bipolares e as interferenciais. Nos casos de IUE recomendam-se frequências mais altas, sendo a mais utilizada de 50Hz. Para os casos de hiperatividade do detrusor, as frequências mais utilizadas oscilam de 5 a 20Hz. Estimula de esfíncter externo – nervo pudendo FES (Estimulação Elétrica Funcional) Objetivos: fortalecimento de assoalho pélvico e inibição vesical Técnica: vaginal e anal, transcutânea perineal TENS Objetivos: inibição vesical e analgesia. Técnicas: vaginal e anal; Transcutânea e a perineal, sacral ou tibial posterior. Tibial posterior: Eletrodos: 1 no maléolo medial e o outro eletrodo fica aproximadamente10cm acima (região do ventre do músculo tibial posterior); Frequência:10-20Hz abaixo de 12Hz); Largura de pulso: 200 a 250microssegundos Objetivos da estimulação elétrica inibir o músculo detrusor; diminuir o número de micções; Aumento da capacidade vesical; Aumento da força de contração do músculo elevador do ânus; Melhorar o comprimento funcional da uretra; Conscientização corporal (biofeedback). O efeito da estimulação elétrica do nervo pudendo promove ativação dos músculos esqueléticos do assoalho pélvico e diminuição das contrações involuntárias do detrusor. TRATAMENTO COMPORTAMENTAL Educar o paciente sobre a patologia e orientá-lo a desenvolver estratégias para minimizar ou eliminar a incontinência ou outros sintomas. Treinamento vesical: Micções com intervalos programados progressivamente maiores, com o objetivo de reduzir os episódios de perdas urinárias por meio do aumento da capacidade vesical e do restabelecimento da função vesical normal. Micção de Horário: Modalidade terapêutica na qual a paciente é estimulada a urinar em intervalos determinados, geralmente de 2 a 4 horas. Essa técnica permite que a bexiga permaneça com baixos volumes, evitando, portanto, contrações detrusoras involuntárias e incontinência urinária de esforço. Orientações quanto à ingestão de líquidos Educação sobre trato urinário Orientações com relação à postura e exercícios CANCER DE MAMA tipo de câncer mais comum entre as mulheres, é um dos cânceres que levam mais rápido a óbitos ( 25%) Incidência após os 50 anos de idade, sendo mais raro antes dos 35. FATORES DE RISCOS Sexo feminino; História familiar - um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) principalmente se foram acometidas antes dos 50 anos de idade; Idade (envelhecimento); Menarca precoce e menopausa tardia Primeira gestação após os 30 anos; Doenças mamárias benigna prévias Terapia de reposição hormonal combinada Uso de contraceptivos orais; Dieta desequilibrada; Obesidade SINAIS E SINTOMAS DIAGNÓSTICO CLÍNICO Autoexame Exame físico: Inspeção; Palpação dos linfonodos; Palpação da mama; Expressão Diagnóstico: Exame físico; Ultrassom de mama; Mamografia; Biopsia Tratamento Cirúrgico; Quimioterápico; Radioterápico; Hormonioterápico CIRURGIA Tumorectomia: Remove apenas o tumor, em seguida, pode-se aplicar a terapia por radiação. Às vezes, os gânglios linfáticos das axilas são retirados como medida preventiva. É aplicada em tumores mínimos. Quadrantectomia: (tratamento que conserva a mama) retira o tumor e uma parte do tecido normal (quadrante mamário).A radioterapia pode ser aplicada após a cirurgia. Deve-se associar a correção plástica das mamas, paraevitar assimetrias e cicatrizes desnecessárias, quando háescolha da paciente. Mastectomia: É a cirurgia que retira a mama por completo, e casonecessário os gânglios linfáticos axilares homolateral. Linfadenectomiaaxilar Sequelas: Seroma; Celulite; Linfedema; Alterações na sensibilidade local; Internação prolongada; Dor crônica; Dificuldade de mobilização do braço FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE MAMA Objetivos: Prevenir maiores complicações, promover adequada recuperação funcional e propiciar melhor qualidade de vida às mulheres submetidas à cirurgia para tratamento de câncer de mama. Pré-tratamento Diagnóstico e avaliação (FM, ADM, perimetria, exercícios respiratórios e orientações) Pós-tratamento Cinesioterapia, recursos para diminuição da dor, exercícios respiratórios, posturais, posicionamentos, aderência cicatricial entre outros Paliativo pós-operatório Alongamentos; Fortalecimento muscular; Mobilização articular; Exercícios passivos Exercícios ativos; Massoterapia; Exercícios respiratórios; Exercícios posturais; Drenagem linfática manual; TENS LINFEDEMA É uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de líquido e proteína, decorrente da insuficiência da drenagem linfática por anomalia congênita ou adquirida. Linfoterapia: Terapia Descongestiva Complexa: cuidados com a pele, drenagem linfática manual (DLM), contenção na forma de enfaixamento ou por luvas/braçadeiras e cinesioterapia específica. Dividido em duas fases -Primeira fase: redução do volume do membro -Segunda fase: manutenção e controle do linfedema CLIMATÉRIO E MENOPAUSA CLIMATÉRIO: definido como um período de transição entre os anos reprodutivos e não reprodutivos da mulher, que acontece na meia-idade. Diminuição dos hormônios sexuais. Aproximadamente 40 - 45 anos de idade MENOPAUSA: Caracterizada por uma interrupção fisiológica dos ciclos menstruais, devido a interrupção da secreção hormonal de estrógeno e progesterona e o encerramento da ovulação. Com Menstruação interrompido há 12 meses. Idade aproximada de 45 – 55 anos. CLIMATÉRIO / MENOPAUSA Hipoestrogenismo FOTO MENOPAUSA TIPOS: Menopausa espontânea: ate 50 anos de idade Menopausa artificial: cirúrgica e ou quimioterápica Menopausa precoce: antes dos 40 anos Menopausa tardia: após 5 anos da idade esperada SINAIS E SINTOMAS Vasomotores: Fogachos / calores; Sudorese; Palpitação Declínio do estrógeno interfere no centro regulador da temperatura localizado no hipotálamo, favorecendo a sua ocorrência. Caracterizam-se por uma sensação transitória e súbita de aumento da temperatura corporal. Tissulares: Ressecamento; Fragilidade capilar; Alterações de oleosidade e suor; Alterações de proteínas fibrosas Vulva e vagina: Dispareunia; Prurido e ressecamento Bexiga e uretra: Polaceúria; Aumento da urgência urinária; Incontinências; Prolapsos Útero e assoalho pélvico: Fraqueza muscular; Prolapsos Mamas: Redução da glândula mamária; Ptose Psicológicos: Ansiedade; Insônia; Depressão; Irritabilidade; Emotiva; Dificuldade de concentração e redução da memoria;Diminuição de força muscular (astenia) Doenças cardiovasculares; Osteoporose e Obesidade FISIOTERAPIA A fisioterapia tem um papel importante tanto na prevenção quanto na reabilitação das alterações decorrentes do climatério objetivando a melhora da qualidade de vida.
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