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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - UFLA Discente: Maria Fernanda Amaral Matrícula:202110824 Disciplina: Administração e Meio Ambiente Docente: Luciana Braga Silveira 1. Quais os objetivos do autor e motivação para desenvolver o tema? O objetivo e as motivações do ator ao desenvolver o tema é trazer um debate acerca do papel da educação superior, particularmente nos cursos de Administração e Gestão, devido ao expressivo aumento de instituições de ensino motivadas em formar estudantes com conhecimentos e habilidades indispensáveis para colocar a sustentabilidade como pilar em suas decisões futuras." 2. Como o texto é estruturado? O texto é estruturado em quatro partes, sendo elas: 1. Mapeamento da sociedade de risco e o pensamento econômico recente; 2. Mapeamento da promoção e difusão da sustentabilidade na educação superior, considerando contexto, resultados e desafios. 3. Sustentabilidade no ensino da Administração e seus principais desafios; 4. Conclusão, abordando três caminhos para a integração da sustentabilidade no ensino da Administração. 3. Qual a definição de sustentabilidade sobre a qual se apóiam os autores? A definição de sustentabilidade sobre a qual se apoiam os autores pode ser separada em três aspectos, sendo o geral, o ecológico e em relação aos indivíduos. Em geral, a sustentabilidade pode ser definida como a capacidade de resistir, durar. Na ecologia, a palavra sustentabilidade descreve como sistemas biológicos se mantêm diversos e produtivos ao longo do tempo.Para os indivíduos, a sustentabilidade é o potencial de manutenção de bem-estar por um longo período, o que possui dimensões ambientais, econômicas e sociais. 4. Qual a concepção de sociedade de risco? Quais suas consequências sobre a sociedade moderna? Segundo Ulrich Beck, a "sociedade de risco" é caracterizada pela multiplicação de riscos, especialmente os ambientais e tecnológicos, que têm graves consequências para a sociedade moderna. Essa concepção é importante para entender as limitações e transformações da nossa modernidade. A intensificação e multiplicação das crises ambientais desde os anos 1990 levaram a uma maior conscientização sobre a necessidade de se trabalhar o tema da sustentabilidade no ensino superior. A sociedade de risco estimulou as instituições acadêmicas a desenvolver um maior compromisso com a questão da sustentabilidade, e a educação desempenha um papel fundamental na formação de uma perspectiva interdisciplinar com ênfase na sustentabilidade. As consequências da sociedade de risco para a sociedade moderna incluem a necessidade de lidar com problemas ambientais e tecnológicos, bem como de se estabelecer pactos planetários e programas direcionados para mudanças nos procedimentos produtivos e nas ações educativas em escala global. 5. Como a sociedade tem respondido aos riscos identificados? De acordo com o texto de Ulrich Beck, a sociedade tem respondido aos riscos identificados por meio de pactos planetários e programas direcionados a mudanças nos procedimentos produtivos e nas ações educativas em escala global. As instituições acadêmicas têm desenvolvido um maior compromisso com o tema sustentabilidade no ensino superior, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento em uma perspectiva interdisciplinar com ênfase na sustentabilidade. Além disso, eventos emblemáticos no plano ambiental têm envolvido um conjunto de atores do universo educativo em todos os níveis, estimulando a capacitação e o engajamento da sociedade na busca por soluções para os riscos identificados. 6. Qual a relação entre a sociedade de risco e a educação ambiental. A relação entre a sociedade de risco e a educação ambiental é que a conscientização sobre os riscos e impactos ambientais das atividades humanas é uma das principais motivações para a promoção da educação ambiental. A partir de eventos que provocaram mudanças de comportamento e práticas sociais e empresariais, além de iniciativas globais para enfrentar a problemática ambiental, houve um diálogo crescente entre o campo acadêmico, o governo e o setor empresarial em relação à sustentabilidade. A aprovação de iniciativas do setor empresarial em diálogo com a sociedade civil também contribuiu para avançar na legitimação de instrumentos de certificação que incluem a temática ambiental na produção de bens e mercadorias. Tudo isso mostra que a sociedade está cada vez mais consciente dos riscos ambientais e busca soluções para mitigá-los, incluindo a educação ambiental. 7. Cite as correntes do pensamento econômico apresentadas no texto. No texto são apresentadas três correntes do pensamento econômico que se referem à relação entre a economia e o ambiente natural. São elas: a convencional, que defende que o crescimento econômico é o determinante para alcançar a sustentabilidade; a economia ecológica, que advoga sobre a economia estacionária; e a vertente de economistas que aposta na necessária reconfiguração do processo produtivo, com crescentes ganhos em eficiência, com uso cada vez menos intensivo de energia. 8. O que é o campus greening? Quais as suas limitações? O campus greening é a implementação de práticas de sustentabilidade em instituições acadêmicas, como universidades, faculdades e escolas, incluindo redução de energia, água e emissões de gases de efeito estufa, práticas de reciclagem e uso de materiais sustentáveis. No entanto, essa prática tem suas limitações, como a falta de recursos financeiros e de pessoal, a falta de conhecimento e conscientização sobre questões ambientais, a falta de medidas para avaliar e monitorar o sucesso das iniciativas e as limitações geográficas e climáticas. 9. Quais as barreiras para se implementar nas instituições de ensino superior experiências de sustentabilidade mais efetivas? O artigo destaca quatro obstáculos que impedem a plena integração da sustentabilidade nos currículos das escolas de Administração. O primeiro desafio diz respeito às barreiras disciplinares que dificultam a integração de conhecimentos. Ao invés de contribuir para a integração, a divisão do conhecimento acaba se transformando em um obstáculo. O segundo obstáculo está ligado às abordagens de ensino. As escolas de Administração ainda privilegiam o método de estudo de caso, que enfatiza a maximização de curto prazo e não estimula a visão inclusiva e participativa característica do desenvolvimento sustentável. O terceiro desafio diz respeito ao valor da sustentabilidade e à dificuldade de mensurá-lo. As escolas de Administração ainda são lentas em modificar seus currículos porque a sustentabilidade ainda é vista como um conceito incipiente ou pouco valorizado. Por fim, o quarto obstáculo se refere à necessidade de adotar uma abordagem complexa em um contexto que valoriza o pensamento linear. Para superar esse desafio, é necessário adotar a metodologia da resolução de problemas, que estimula a aquisição de habilidades em uma agenda de ensino orientada por valores instrumentalistas. 10. Explicite os níveis de aplicação da noção de sustentabilidade nos programas de administração. O texto apresenta três níveis de abordagem da sustentabilidade na formação de gestores: nível técnico-instrumental, que enfatiza a incorporação de ferramentas e práticas de gestão ambiental e social nos processos empresariais; nível crítico-reflexivo, que enfatiza a reflexão crítica sobre as implicações socioambientais das práticas de gestão empresarial e a necessidade de transformações profundas no modelo econômico e social vigente; e nível transformativo-educativo, que busca transformar a formação do gestor e a própria prática de gestão, levando em conta a complexidade das questões socioambientais e as dimensões éticas, políticas e culturais envolvidas. O objetivo do terceiro nível é capacitar os futuros gestores para promover mudanças mais profundas e significativas na sociedade, por meio de práticas de gestão socialmente responsáveis e ecologicamente sustentáveis. 11. Diferencie as organizações que conhecem das organizações queaprendem. O texto apresenta a diferença entre organizações que conhecem e organizações que aprendem. As organizações que conhecem possuem uma estrutura hierárquica rígida, valorizam o conhecimento técnico e especializado, e estão focadas na otimização de processos e na maximização de resultados financeiros. Por outro lado, as organizações que aprendem possuem uma cultura de aprendizado contínuo, valorizam a colaboração, a criatividade e a inovação, estão focadas em construir relacionamentos duradouros com clientes e fornecedores e desenvolver soluções inovadoras que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas e preservar o meio ambiente. Essas organizações estão preparadas para lidar com a incerteza e a complexidade do ambiente em que estão inseridas e são capazes de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e da sociedade. 12. Aponte as competências para o Desenvolvimento Sustentável. As competências que englobam pensamento crítico e reflexivo, resolução de problemas complexos, comunicação efetiva, liderança transformacional, pensamento sistêmico, colaboração e trabalho em equipe, empatia e responsabilidade social, são fundamentais para formar profissionais capazes de lidar com os desafios sociais e ambientais do século XXI e promover o desenvolvimento sustentável. Isso porque, a capacidade de analisar e avaliar informações de forma crítica, identificar e avaliar argumentos, lidar com a incerteza e a ambiguidade, trabalhar em equipe, liderar e inspirar mudanças positivas, compreender e valorizar as perspectivas dos outros, e agir de forma responsável e ética em relação à sociedade e ao meio ambiente, são habilidades que possibilitam a solução de problemas complexos e a busca por soluções coletivas, levando em conta múltiplos interesses e perspectivas. Além disso, a habilidade de comunicar-se de forma clara e acessível, e demonstrar habilidades de escuta ativa, é essencial para garantir que as informações sejam compartilhadas de maneira efetiva e compreensível para diferentes públicos e contextos. 13. Como o pensamento dominante da administração aborda as questões sociais e ambientais? O artigo afirma que o pensamento dominante da administração aborda as questões sociais e ambientais de maneira fragmentada e instrumental, ignorando a complexidade das interações entre a sociedade e o meio ambiente. Ele argumenta que essa abordagem reducionista se manifesta em práticas empresariais que buscam maximizar os lucros a curto prazo, sem levar em consideração os impactos sociais e ambientais dessas atividades. Jacobi defende a necessidade de uma abordagem crítica e interdisciplinar da administração, que promova a responsabilidade social e ambiental das empresas. Ele destaca que é preciso superar o pensamento dominante da administração e construir novos paradigmas que integrem as dimensões social e ambiental nas práticas empresariais e nas políticas públicas. 14. Porque apenas a inclusão de disciplinas no currículo não é suficiente? O autor Pedro Roberto Jacobi argumenta que a inclusão de disciplinas sobre sustentabilidade no currículo de administração é importante, mas não suficiente para formar profissionais capacitados para atuar de forma sustentável. Ele destaca que é preciso uma mudança de paradigma na forma como se ensina e se aprende administração, com uma abordagem interdisciplinar e crítica que integre conceitos de sustentabilidade em todas as disciplinas. Além disso, é necessário que haja uma mudança na cultura acadêmica, com a promoção de práticas educacionais inovadoras e participativas que estimulem a reflexão crítica dos estudantes sobre a sua atuação como futuros profissionais de administração e sobre o papel da empresa na sociedade e no meio ambiente. Ele enfatiza a importância de vivenciar experiências concretas de sustentabilidade, como projetos de extensão e parcerias com empresas e organizações da sociedade civil. 15. Sobre os paradigmas da gestão ambiental segundo Raufflet, quais prevalecem na Administração? De acordo com Raufflet (2006), há três paradigmas de gestão ambiental corporativa: incremental, adaptativo e radical. Dentre esses paradigmas, os que têm se destacado na Administração são o segundo e o terceiro. O paradigma adaptativo busca desenhar a produção e os sistemas organizacionais com base na visão da dinâmica ecossistêmica, integrando as atividades corporativas em termos de fluxos e processos de energia interdependentes com outras empresas. Já o paradigma radical fundamenta-se na premissa de que as formas atuais de produção e consumo têm levado a uma degradação ambiental do planeta, impondo um padrão insustentável de consumo dos recursos naturais, gerando poluição acima dos limites controláveis e acentuando desigualdades no acesso aos recursos naturais, estimulando elevados padrões de consumo por uma parcela restrita da população. Portanto, é possível afirmar que muitas empresas têm adotado práticas de gestão ambiental mais adaptativas e radicais, integrando a sustentabilidade em sua estratégia de negócios, visando reduzir o impacto ambiental de suas atividades e promover um modelo de desenvolvimento mais sustentável e equitativo. 16. Identifique obstáculos aos avanços da sustentabilidade no currículo das escolas de administração. O artigo destaca quatro obstáculos que impedem a plena integração da sustentabilidade nos currículos das escolas de Administração. O primeiro desafio diz respeito às barreiras disciplinares que dificultam a integração de conhecimentos. Ao invés de contribuir para a integração, a divisão do conhecimento acaba se transformando em um obstáculo. O segundo obstáculo está ligado às abordagens de ensino. As escolas de Administração ainda privilegiam o método de estudo de caso, que enfatiza a maximização de curto prazo e não estimula a visão inclusiva e participativa característica do desenvolvimento sustentável. O terceiro desafio diz respeito ao valor da sustentabilidade e à dificuldade de mensurá-lo. As escolas de Administração ainda são lentas em modificar seus currículos porque a sustentabilidade ainda é vista como um conceito incipiente ou pouco valorizado. Por fim, o quarto obstáculo se refere à necessidade de adotar uma abordagem complexa em um contexto que valoriza o pensamento linear. Para superar esse desafio, é necessário adotar a metodologia da resolução de problemas, que estimula a aquisição de habilidades em uma agenda de ensino orientada por valores instrumentalistas. 17. Diferencie Pensamento sistêmico de pensamento linear na educação ambiental. O pensamento linear é uma abordagem fragmentada e simplificada que busca entender os problemas ambientais de forma isolada, enquanto o pensamento sistêmico é uma abordagem mais integrada e complexa que considera a natureza como um todo integrado e interdependente, e busca entender as relações complexas e interconectadas entre os diferentes elementos e sistemas ambientais. O pensamento sistêmico busca compreender a complexidade dos sistemas ambientais e levar a soluções mais integradas e sustentáveis para os problemas ambientais, tornando importante incentivá-lo na educação ambiental. 18. Aponte conclusões e recomendações dos autores para superar os desafios da sustentabilidade no ensino da administração. Os autores defendem a criação de comunidades de aprendizagem interdisciplinares para lidar com a questão climática de forma mais eficaz. Eles propõem que sejam repensadas as abordagens tradicionais de ensino, e sugerem a adoção de metodologias que enfatizem a aprendizagem em grupo, como as comunidades de prática. Estas comunidades são formadas por pessoas que compartilham uma preocupação ou paixão por algo que fazem e aprendem a fazê-lo melhor por meio da interação regular. Os autores ressaltam a importância de valorizar o caráter social e colaborativo do aprendizado e destacam que a transição para uma "sustentabilidade ecocultural" exige a valorização da diversidade cultural e biológica, a promoção de formas democráticas de governança e o favorecimento de economiaslocais que respeitem os limites da natureza. Eles recomendam que sejam criadas formas criativas de engajar os estudantes em práticas significativas e que sejam fornecidos meios para que possam criar comunidades de prática. Também enfatizam a importância de reconhecer a existência de comunidades de prática voltadas para a promoção da sustentabilidade e fortalecê-las. Em resumo, os autores propõem uma abordagem mais colaborativa e interdisciplinar para o ensino da administração, que promova a sustentabilidade.
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