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Sistema Imune Adaptativo - P2

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1 
 
Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz 
@rdrigo_j 
@rdrigo_j 
 
Imunidade Adaptativa. 
A resposta imune adaptativa é mediada por 
células chamadas linfócitos e seus produtos. Há 
duas populações principais de linfócitos, 
denominadas linfócitos B e linfócitos T, os quais 
medeiam diferentes tipos de respostas imunes 
adaptativas. 
Estimulação da imunidade 
adaptativa. 
À medida que a resposta imune inata confere a 
defesa inicial contra microrganismos, também 
aciona a resposta imune adaptativa. A ativação 
de linfócitos requer dois sinais distintos, o 
primeiro dos quais é o antígeno e o segundo, as 
moléculas produzidas durante as respostas 
imunes inatas aos microrganismos ou células 
lesadas. 
1) Garante que a resposta imune que se 
segue seja específica. 
2) Garante que as respostas imunes 
adaptativas sejam induzidas quando 
houver uma infecção perigosa e não 
quando os linfócitos reconhecerem 
antígenos inócuos, dentre os quais os 
autoantígenos. 
As moléculas produzidas durante as 
reações imunes inatas que atuam como 
segundos sinais para a ativação do linfócito 
incluem os coestimuladores (para células 
T), citocinas (para células T e B) e produtos 
da quebra do complemento (para células 
B). 
 
 
 
Células que fazem parte do 
sistema imune adaptativo. 
Linfócitos 
Os linfócitos, células ímpares da imunidade 
adaptativa, são as únicas células no corpo que 
expressam receptores antigênicos clonalmente 
distribuídos, cada um dos quais específico para 
um determinante antigênico diferente. Cada 
clone de linfócitos T e B expressa receptores 
antigênicos com especificidade única, diferente 
das especificidades dos receptores presentes 
nos outros clones. O papel dos linfócitos como 
mediadores da imunidade adaptativa foi 
estabelecido por várias linhas de evidência 
acumuladas ao longo de décadas de pesquisas. 
Um dos indícios mais recentes veio da 
observação de que seres humanos com estados 
de imunodeficiência congênita e adquirida 
apresentavam números reduzidos de linfócitos 
na circulação periférica e nos tecidos linfoides. 
Experimentos realizados com camundongos e 
ratos mostram que a depleção de linfócitos 
comprometia as respostas às imunizações, e 
que os linfócitos são o único tipo celular capaz 
de transferir imunidade específica a 
microrganismos de animais imunizados para 
animais naive. Em seguida à identificação dos 
linfócitos como mediadores da imunidade 
Descrever o mecanismo do sistema 
imunológico adaptativo. 
 
 
2 
 
Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz 
@rdrigo_j 
@rdrigo_j 
 
 
humoral e celular, muitas descobertas foram 
feitas em um ritmo acelerado, acerca dos 
diferentes tipos de linfócitos, suas origens na 
medula óssea e no timo, seus papéis em várias 
respostas imunes, e as consequências de sua 
ausência. Entre os achados mais importantes, 
estava o de que os receptores antígeno-
específicos clonalmente distribuídos e altamente 
diversificados são produzidos unicamente por 
linfócitos, e por nenhum outro tipo de célula. 
Classes de Linfócitos 
Os linfócitos consistem em classes distintas 
com diferentes funções e produtos proteicos. Os 
linfócitos B, as células produtoras de anticorpos, 
foram assim chamados por terem sido 
encontrados em processo de amadurecimento 
em um órgão chamado Bursa (bolsa) de 
Fabricius encontrado em aves. Os linfócitos T, 
mediadores da imunidade celular, surgem a 
partir de células precursoras na medula óssea 
que migram e amadurecem no timo; portanto, 
linfócitos T se refere aos linfócitos derivados do 
timo. 
Linfócito T 
Os linfócitos T são subdivididos em vários 
tipos com base em suas características 
funcionais e marcadores de superfície. 
 
1. Linfócitos T CD4+: Esses linfócitos 
T expressam o marcador de 
superfície CD4 e são responsáveis 
por coordenar a resposta 
imunológica. Eles interagem com 
outras células do sistema 
imunológico, como linfócitos B e 
macrófagos, e secretam citocinas 
que regulam a resposta 
imunológica. Os linfócitos T CD4+ 
podem ser subdivididos com base 
na expressão de diferentes 
citocinas. Por exemplo, os linfócitos 
T helper 1 (Th1) secretam 
interferon-gama (IFN-gama) e 
ajudam a combater infecções 
intracelulares, como as causadas 
por bactérias e vírus, enquanto os 
linfócitos T helper 2 (Th2) secretam 
interleucina-4 (IL-4) e estão 
envolvidos na defesa contra 
parasitas e alergias. 
2. Linfócitos T CD8+: Esses linfócitos 
T expressam o marcador de 
superfície CD8 e são responsáveis 
pela eliminação de células 
infectadas por vírus e células 
cancerosas. Eles se ligam às 
células-alvo e secretam substâncias 
que induzem a morte celular, como 
a perforina e a granzima. Os 
linfócitos T CD8+ podem ser 
subdivididos com base na 
expressão de diferentes 
marcadores de superfície e 
citocinas, incluindo os linfócitos T 
reguladores (Tregs), que ajudam a 
controlar a resposta imunológica e 
prevenir a autoimunidade. 
3. Linfócitos T foliculares auxiliares 
(Tfh): Esses linfócitos T expressam 
o marcador de superfície CXCR5 e 
são responsáveis por ajudar os 
linfócitos B a produzir anticorpos de 
alta afinidade durante uma resposta 
imunológica. Eles se localizam nos 
folículos dos gânglios linfáticos e 
interagem com os linfócitos B para 
induzir a produção de anticorpos 
específicos para um antígeno. 
4. Linfócitos T Gamma delta (Tγδ): 
Esses linfócitos T expressam um 
conjunto diferente de receptores de 
antígenos em comparação com os 
linfócitos T CD4+ e CD8+. Eles são 
 
 
 
3 
 
Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz 
@rdrigo_j 
@rdrigo_j 
 
encontrados principalmente nas 
barreiras mucosas, como o intestino 
e o trato respiratório, e estão 
envolvidos na defesa contra 
bactérias, fungos e células 
infectadas. 
5. Além desses, existem outras 
subdivisões dos linfócitos T, como 
os linfócitos T citotóxicos naturais 
(CTLs), que têm características 
semelhantes aos linfócitos T CD8+ 
e são capazes de destruir células 
infectadas sem a necessidade de 
ativação prévia, e os linfócitos T 
residentes de tecidos, que residem 
em tecidos periféricos, como a pele 
e o pulmão. 
Linfócitos B 
Os linfócitos B são células do sistema 
imunológico responsáveis pela produção de 
anticorpos, que são proteínas que 
reconhecem e se ligam a antígenos 
específicos para eliminá-los do organismo. 
Essas células podem ser subdivididas em 
vários tipos com base em suas 
características funcionais e marcadores de 
superfície. 
 
1. Linfócitos B ingênuos: São 
linfócitos B que ainda não foram 
expostos a um antígeno específico 
e são capazes de se diferenciar em 
células produtoras de anticorpos 
após essa exposição. Eles 
expressam os marcadores de 
superfície CD19, CD20 e IgD. 
2. Linfócitos B de memória: São 
células que são geradas após a 
exposição inicial a um antígeno e 
que permanecem no organismo por 
longos períodos. Essas células são 
capazes de produzir rapidamente 
anticorpos específicos para um 
antígeno quando ele é encontrado 
novamente no futuro. Os linfócitos B 
de memória expressam os 
marcadores de superfície CD19, 
CD20 e IgD, bem como outros 
marcadores, como CD27 e IgG. 
3. Plasmócitos: São células 
especializadas que produzem 
grandes quantidades de anticorpos. 
Eles são gerados a partir de 
linfócitos B ativados e secretam 
anticorpos específicos para o 
antígeno que ativou sua 
diferenciação. Os plasmócitos 
expressam os marcadores de 
superfície CD19, CD20 e CD138. 
4. Células B reguladoras: São 
células que desempenham um 
papel na regulação da resposta 
imunológica, prevenindo respostas 
excessivas ou autoimunes. Elas 
expressam os marcadores de 
superfície CD19, CD20, CD24, 
CD38 e CD25. 
5. Linfócitos B de zona marginal 
(MZB): São células encontradas na 
zona marginal do baço e queestão 
envolvidas na resposta imune a 
antígenos bacterianos e virais. Os 
MZBs expressam os marcadores de 
superfície CD19, CD21 e CD35. 
6. Linfócitos B foliculares (Bf): São 
células encontradas nos folículos 
dos gânglios linfáticos e no baço, 
que desempenham um papel na 
produção de anticorpos de alta 
afinidade. Os Bfs expressam os 
marcadores de superfície CD19, 
CD20 e CD23, bem como outros 
marcadores, como CD38, CD27 e 
IgD. 
 
 
4 
 
Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz 
@rdrigo_j 
@rdrigo_j 
 
 
Além desses, existem outras subdivisões 
dos linfócitos B, como as células plasma 
blastos, que são células transitórias que se 
diferenciam em plasmócitos, e as células 
B1, que são encontradas principalmente em 
tecidos periféricos e são responsáveis pela 
produção de anticorpos naturais. 
Linfócitos Naive 
Os linfócitos naive são células T ou B maduras 
que jamais encontraram um antígeno estranho. 
Os linfócitos naive são encontrados na 
circulação e nos órgãos linfoides periféricos. Os 
linfócitos naive e os linfócitos de memória são 
chamados, ambos, de linfócitos em repouso, por 
não estarem se dividindo ativamente nem 
desempenhando funções efetoras. Antes da 
estimulação antigênica, os linfócitos naive estão 
em um estado de repouso, ou estágio G0 do 
ciclo celular. Em resposta à estimulação, essas 
células entram no estágio G1 do ciclo celular 
antes de seguirem para a divisão. Os linfócitos 
ativados são maiores, têm mais citoplasma e 
organelas, e quantidades aumentadas de RNA 
citoplasmático, sendo chamados linfócitos 
grandes ou linfoblastos. 
Linfócitos Efetores 
Os linfócitos T efetores incluem as células T 
auxiliares CD4 + e os CTLs CD8 +, enquanto os 
linfócitos B efetores são células secretoras de 
anticorpo, principalmente plasmócitos. As 
células T auxiliares ativam linfócitos B, 
macrófagos e DCs via moléculas de superfície, 
como CD40-ligante (CD154), que engajam 
CD40 em outras células, e citocinas secretadas 
que se ligam a receptores existentes nessas 
células. 
Linfócitos de Memória 
As células de memória são geradas durante as 
infecções, mas podem sobreviver em um estado 
funcionalmente quiescente ou de ciclagem 
lenta, durante meses ou anos após a eliminação 
do microrganismo. Podem ser identificadas por 
sua expressão de proteínas de superfície que 
as distingue dos linfócitos naive e dos linfócitos 
efetores recém ativados, embora ainda não 
esteja claro quais destas proteínas de superfície 
são marcadores definitivos de populações de 
memória. Em seres humanos, a maioria das 
células T naive expressam uma isoforma de 200 
kDa de uma molécula de superfície chamada 
CD45, a qual contém um segmento codificado 
por um éxon designado pela letra “A” e, 
portanto, chamado CD45RA (que significa “A-
restrito”). Em contraste, a maioria das células T 
ativadas e de memória expressam uma 
isoforma de 180 kDa de CD45 na qual o éxon A 
do RNA foi eliminado. Esta isoforma é chamada 
CD45RO. A frequência de células de memória 
aumenta com a idade, porque os indivíduos são 
continuamente expostos a microrganismos 
ambientais. As células T de memória constituem 
menos de 5% das células T no sangue 
periférico de um recém-nascido, mas 
representam pelo menos 50% em um adulto. 
Receptores 
Os principais receptores que fazem 
parte do sistema imunológico adaptativo 
são: 
Receptores de células B: Os receptores 
de células B, também chamados de 
imunoglobulinas (Igs) ou anticorpos, são 
proteínas encontradas na superfície das 
células B. Eles são capazes de reconhecer 
antígenos específicos e se ligar a eles, 
iniciando uma resposta imune adaptativa 
humoral. Os receptores de células B são 
constituídos por duas cadeias pesadas e 
duas cadeias leves, que se unem para 
formar a estrutura do receptor. Cada 
receptor de células B tem um sítio de 
ligação de antígeno único, o que permite a 
especificidade do reconhecimento. 
 
 
 
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Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz 
@rdrigo_j 
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Receptores de células T: Os 
receptores de células T, também 
conhecidos como TCRs (do inglês T-cell 
receptor), são proteínas encontradas na 
superfície das células T. Eles são 
capazes de reconhecer antígenos 
específicos, mas apenas quando estes 
estão apresentados por moléculas do 
complexo principal de 
histocompatibilidade (MHC) nas células 
apresentadoras de antígenos (como 
células dendríticas ou macrófagos). Os 
receptores de células T são constituídos 
por duas cadeias polipeptídicas, α e β 
ou γ e δ, que se unem para formar a 
estrutura do receptor. Cada receptor de 
células T tem um sítio de ligação de 
antígeno único, o que permite a 
especificidade do reconhecimento. 
Receptores de células NK: As células 
Natural Killer (NK) são células do 
sistema imunológico que são capazes 
de reconhecer e matar células 
infectadas por vírus e células tumorais 
sem a necessidade de uma ativação 
prévia. Os receptores de células NK 
reconhecem proteínas presentes na 
superfície das células infectadas ou 
tumorais e desencadeiam a ativação 
das células NK para a lise dessas 
células. Esses receptores incluem as 
moléculas KIR (receptores inibitórios de 
células NK) e as moléculas NKG2D 
(receptores ativadores de células NK). 
MHC 
Receptores de MHC são fundamentais para 
a resposta imune adaptativa, permitindo que 
as células T e B reconheçam e respondam 
a antígenos específicos e gerem uma 
resposta imunológica adaptativa específica 
para cada tipo de invasor. 
O MHC não funciona como um receptor, 
mas sim como uma proteína apresentadora 
de antígenos para as células do sistema 
imunológico. O complexo de 
histocompatibilidade – MHC – se liga a 
fragmentos de antígenos (moléculas 
estranhas) e, em seguida apresenta para os 
linfócitos T, que são responsáveis por 
reconhecer e destruir agentes patogênicos. 
As células que apresentam antígeno 
expressam o MHC em sua superfície e, 
quando um linfócito T reconhece um 
antígeno apresentado pelo MHC, ele é 
ativado para iniciar uma resposta 
imunológica específica contra o antígeno. 
A deficiência de complexo principal de 
histocompatibilidade -MHC- pode ter várias 
causas: 
1) Mutação genética: algumas 
mutações podem afetar a produção 
ou a função do MHC. O que pode 
comprometer a capacidade do 
sistema imunológico de reconhecer 
e combater agentes patogênicos. 
2) Doenças autoimunes: como artrite 
reumatoide e os lúpus, podem 
afetar a produção ou a função do 
MHC. Isso pode levar problemas no 
reconhecimento e destruição de 
células infectadas ou cancerosas 
pelo sistema imunológico. 
3) Infecções virais: alguns vírus, como 
o HIV, tem a capacidade de infectar 
e destruir as células que produzem 
o MHC. Isso pode levar a 
deficiência ou a disfunção do MHC, 
o que pode comprometer a 
capacidade do sistema imunológico 
de reconhecer e combater agentes 
patogênicos. 
 
 
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Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz 
@rdrigo_j 
@rdrigo_j 
 
A deficiência de MHC pode levar a uma 
variedade de problemas de saúde, 
incluindo uma maior suscetibilidade a 
infecções, câncer e doenças 
autoimunes. 
Citocinas 
As citocinas são proteínas secretadas 
por células do sistema imunológico em 
resposta a uma estimulação específica. 
Elas têm um papel importante na 
comunicação entre as células do 
sistema imunológico e na regulação da 
resposta imunológica. No sistema 
imunológico adaptativo, as citocinas 
desempenham um papel crucial na 
ativação, diferenciação e proliferação de 
células T e células B, bem como na 
geração de respostas imunológicas 
específicas contra antígenos. Algumas 
das citocinas mais importantes no 
sistema imunológico adaptativo incluem: 
• Interleucina-2 (IL-2): é uma 
citocina produzida por células T 
ativadas e é essencial para a 
proliferação ediferenciação de 
células T efetoras e células T de 
memória. 
 
• Interleucina-4 (IL-4): é uma 
citocina produzida por células T 
auxiliares tipo 2 (Th2) e células T 
reguladoras (Treg) que tem um 
papel fundamental na ativação e 
diferenciação de células B e na 
produção de anticorpos. 
 
• Interleucina-5 (IL-5): é uma 
citocina produzida por células T 
auxiliares tipo 2 (Th2) que tem um 
papel importante na ativação e 
diferenciação de células B e na 
produção de anticorpos, 
particularmente IgA e IgE. Exemplo 
de patologia de como ela age é na 
asma, uma doença inflamatória 
crônica das vias aéreas. Na asma a 
IL5 é um importante mediador da 
inflamação das vias aéreas, pois 
estimula a produção, ativação e 
sobrevivência de eosinófilos, que 
são células imunes especializadas 
na defesa contra parasitas, mas 
também estão envolvidas na 
patogênese das asmas. Os 
eosinófilos infiltram as vias aéreas, 
liberam enzimas e proteínas tóxicas 
que danificam as células das vias 
aéreas, causando inflamação e 
hiper-responsividade. A IL 5 é um 
alvo terapêutico potencial para o 
tratamento da asma. Inibidores de 
IL 5, como mepolizumabe, 
benralizumabe e reslizumabe, 
foram desenvolvidos para reduzir a 
atividade da IL 5, com intuito de 
reduzir a inflamação das vias 
aéreas e melhorar os sintomas da 
asma em pacientes com asma 
grave. 
 
• Interleucina-6 (IL-6): é uma 
citocina produzida por várias células 
do sistema imunológico, incluindo 
células T, células B, macrófagos e 
células dendríticas. Ela 
desempenha um papel importante 
na ativação de células T e na 
diferenciação de células B em 
plasmócitos produtores de 
anticorpos. Exemplo de patologia 
de como ela age é na artrite 
 
 
7 
 
Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz 
@rdrigo_j 
@rdrigo_j 
 
reumatoide, a IL 6 atua como um 
importante mediador na inflamação 
das articulações, estimulando a 
produção de outras citocinas, como 
o fator de necrose tumoral alfa 
(TNF-α) e a interleucina-1, que 
desencadeiam a ativação e 
migração de células imunes para as 
articulações. Os inibidores de IL-6, 
como tocilizumabe e sarilumabe, 
foram desenvolvidos como terapias 
biológicas para artrite reumatoide. 
Esses inibidores de IL-6 reduzem a 
inflamação das articulações e 
melhoram os sintomas da artrite 
reumatoide. 
 
• Fator de Necrose Tumoral Alfa 
(TNF-α): é uma citocina produzida 
principalmente por células T e 
macrófagos ativados e tem um 
papel importante na ativação de 
células T e na regulação da 
resposta imunológica. 
 
• Interferon-Gama (IFN-γ): é uma 
citocina produzida principalmente 
por células T auxiliares tipo 1 (Th1) 
e células NK que tem um papel 
importante na ativação de células T 
citotóxicas e na regulação da 
resposta imunológica. 
 
• Fator de crescimento 
transformador beta (TGF-β): é 
uma citocina produzida por várias 
células do sistema imunológico, 
incluindo células T auxiliares tipo 2 
(Th2) e células T reguladoras 
(Treg). Ela desempenha um papel 
importante na diferenciação de 
células Treg e na regulação da 
resposta imunológica. 
Essas são apenas algumas das citocinas 
que desempenham papéis importantes no 
sistema imunológico adaptativo. A complexa 
rede de interações entre essas citocinas e 
outras moléculas do sistema imunológico é 
fundamental para a regulação da resposta 
imunológica e para a geração de respostas 
imunológicas específicas contra antígenos. 
 
 
Imunidade Humoral 
As respostas imunes humorais são 
iniciadas pelo reconhecimento 
específico do antígeno pela célula B, 
em órgãos linfoides secundários. O 
antígeno se liga à imunoglobulina M 
(IgM) e IgD de membrana em células B 
naive maduras, gerando os sinais 
requeridos para sua proliferação e 
diferenciação em plasmócitos. É 
mediada através de anticorpos. Este 
tipo de imunidade envolve a produção 
de anticorpos que agem contra 
organismos e substâncias estranhas. 
Estes anticorpos são encontrados nos 
líquidos extracelulares como o plasma, 
a linfa e as secreções mucosas. A 
resposta imune humoral defende os 
indivíduos primariamente contra 
bactérias, toxinas bacterianas, e vírus 
que estão circulando livremente nos 
líquidos corporais. Ele age também 
como um fator de reação contra alguns 
tecidos transplantados. 
 
Fases da resposta imunológica 
humoral. 
Diferenciar as respostas imunes 
adaptativas (humoral e celular) 
 
 
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Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz 
@rdrigo_j 
@rdrigo_j 
 
O mecanismo da resposta 
imunológica humoral está ligado 
diretamente à produção de anticorpos 
mediados pelos linfócitos B e pelas células 
plasmáticas. Estão envolvidos nesse 
processo três tipos de células: os 
macrófagos, as células T auxiliares e os 
linfócitos B. E são divididos em três fases: 
cognitiva, de ativação e efetora. No 
momento em que um microrganismo 
patogênico infecta o organismo e é 
fagocitado pelos macrófagos sendo 
convertidos em fragmentos antigênicos a 
partir da ação processadora dos 
macrófagos, o antígeno na superfície dos 
macrófagos em associação com as 
proteínas MHC ligam-se aos receptores 
específicos das células T auxiliares, que 
irão produzir inúmeras interleucinas dentre 
elas: IL2 (aumento do número de células T), 
IL4 (aumento dos linfócitos B) e 
IL5(diferenciação de linfócitos B). Este 
processo é chamado de fase cognitiva. Na 
segunda fase haverá a ativação dos 
linfócitos B e sua diferenciação em células 
secretoras de anticorpos desencadeadas 
pelo antígeno, esses fatores farão com que 
os linfócitos B sejam capazes de produzir 
anticorpos específicos contra esses 
antígenos. Os linfócitos B proliferam-se e 
diferenciam-se formando as células 
plasmáticas e estas secretam anticorpos 
chamados de imunoglobulinas. A 
intervenção das imunoglobulinas caracteriza 
a terceira fase chamada de efetora, é a fase 
em que os anticorpos se encarregarão de 
fazer a eliminação do antígeno. 
 
Exemplos de Imunidade humoral: 
 
✓ Quando uma pessoa é vacinada contra 
o sarampo, por exemplo, seu sistema 
imunológico é exposto a uma versão 
enfraquecida ou inativada do vírus do 
sarampo. Isso ativa os linfócitos B 
específicos para o vírus do sarampo. 
Esses linfócitos B se diferenciam em 
células plasmáticas, que produzem 
anticorpos específicos para o vírus. 
Esses anticorpos circulam na corrente 
sanguínea e podem se ligar ao vírus do 
sarampo, impedindo que ele infecte as 
células do corpo. Se a pessoa for 
exposta ao vírus do sarampo mais 
tarde, seus anticorpos específicos para 
o vírus rapidamente se ligarão a ele e 
impedirão a infecção. 
✓ Quando uma pessoa contrai uma 
infecção pelo vírus influenza (gripe), seu 
sistema imunológico produz anticorpos 
específicos para o vírus. Esses 
anticorpos são capazes de se ligar às 
proteínas na superfície do vírus, 
neutralizando sua capacidade de 
infectar as células do corpo. Esses 
anticorpos também marcam o vírus para 
destruição pelos fagócitos, células que 
engolfam e destroem patógenos 
invasores. 
 
Imunidade Celular 
 
→ A resposta imune celular inicia-se 
quando um antígeno exógeno é 
fagocitado e seus determinantes 
antigênicos são expostos na superfície 
da APC (célula apresentadora de 
antígeno) juntamente com uma molécula 
de MHC de classe II. 
→ Ao ser drenado para o órgão linfoide 
próximo, os linfócitos T e B que possuem 
receptores específicos ao antígeno em 
questão são ativados e iniciam o 
processo de proliferação, ampliando o 
clone celular. 
→ A ativação destes linfócitos leva a 
produção e liberação de vários tipos de 
citocinas, que terão como função a 
estimulação de grupos celulares 
 
 
 
 
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distintos, como os monócitos e 
macrófagos (elevando o poder de 
fagocitose),linfócitos T (para continuar 
a produzir e liberar citocinas) e linfócitos 
B (responsáveis pela produção de 
anticorpos - resposta imune humoral). 
→ A estimulação de monócitos e 
macrófagos provocada pela ação de 
citocinas liberadas por linfócitos T causa 
o processo conhecido como explosão 
respiratória ou “burst” respiratório, que é 
caracterizado por: 
1) Maior poder de fagocitose; 
2) Maior consumo de oxigênio 
pelos macrófagos; 
3) Produção e liberação de radicais 
livres para o interior do vacúolo 
fagocitário; 
4) Produção de NO – óxido nítrico. 
→ Todas estas alterações que ocorrem nos 
macrófagos ativados pela ação das 
citocinas liberadas pelos linfócitos, 
ocasionam um maior poder microbicida. 
 
Exemplo de Imunidade celular: 
 
✓ Quando uma pessoa é infectada pelo 
vírus da imunodeficiência humana 
(HIV), o vírus infecta e destrói as células 
T CD4+, que são importantes para a 
resposta imune celular. Sem essas 
células, o sistema imunológico é 
incapaz de montar uma resposta eficaz 
contra outras infecções. Com o tempo, 
a infecção pelo HIV pode levar à 
síndrome da imunodeficiência adquirida 
(AIDS), caracterizada por infecções 
oportunistas e cânceres. Os 
tratamentos para o HIV envolvem 
medicamentos que inibem a replicação 
do vírus e ajudam a preservar as 
células T CD4+. 
✓ Quando uma pessoa é infectada pela 
bactéria Mycobacterium tuberculosis 
(tuberculose), as células T citotóxicas 
são ativadas para matar as células 
infectadas pela bactéria. As células T 
auxiliares também são ativadas para 
ajudar a coordenar a resposta imune. A 
tuberculose é uma infecção crônica que 
pode levar a danos permanentes nos 
pulmões e em outros órgãos se não for 
tratada adequadamente. 
 
Diferença entre elas 
As respostas imunes adaptativas são 
uma das principais linhas de defesa do 
nosso corpo contra patógenos, como 
bactérias, vírus e fungos. Essas 
respostas são divididas em dois tipos 
principais: imunidade humoral e 
imunidade celular. Ambos os tipos de 
resposta trabalham juntos para 
combater invasores estranhos e 
proteger nosso corpo de doenças. 
A resposta imune humoral é mediada 
por células B e envolve a produção de 
anticorpos que se ligam 
especificamente a antígenos presentes 
nos patógenos. Os anticorpos são 
proteínas solúveis que são secretadas 
pelos linfócitos B ativados, que são 
produzidos em resposta a um patógeno 
específico. Eles se ligam aos antígenos 
presentes na superfície dos patógenos, 
o que impede sua capacidade de 
infectar células e permite que outras 
células do sistema imunológico, como 
fagócitos e células T citotóxicas, 
possam eliminá-los. 
A produção de anticorpos começa 
quando os linfócitos B reconhecem um 
antígeno específico presente em um 
patógeno e se transformam em células 
plasmáticas, que produzem grandes 
quantidades de anticorpos específicos 
 
 
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para esse antígeno. Os anticorpos 
circulam pelo corpo, buscando os 
antígenos correspondentes, e quando 
os encontram, se ligam a eles e formam 
complexos que são facilmente 
identificáveis por outras células do 
sistema imunológico. Isso desencadeia 
uma cascata de eventos que ajuda a 
eliminar o patógeno do corpo. 
Por outro lado, a resposta imune celular 
é mediada por células T e é uma 
resposta mais direta e específica. As 
células T são responsáveis por 
reconhecer e destruir células infectadas 
pelo patógeno. Elas são ativadas 
quando células apresentadoras de 
antígenos, como os macrófagos, 
exibem antígenos derivados do 
patógeno em suas superfícies. As 
células T reconhecem esses antígenos 
e, em seguida, se transformam em 
células T citotóxicas, que são capazes 
de matar as células infectadas. 
As células T também podem se 
transformar em células T auxiliares, que 
ajudam a coordenar a resposta imune, 
ativando outras células imunológicas, 
como os linfócitos B. As células T 
auxiliares também secretam citocinas, 
moléculas que ajudam a regular a 
resposta imune e coordenam a ação de 
diferentes células. 
Em resumo, a resposta imune humoral 
é mediada por células B e envolve a 
produção de anticorpos que se ligam a 
antígenos presentes nos patógenos, 
enquanto a resposta imune celular é 
mediada por células T e envolve a 
destruição direta de células infectadas 
pelo patógeno. Ambas as respostas são 
essenciais para proteger nosso corpo 
contra patógenos e prevenir doenças. 
 
 
 
O sistema imune inato é uma resposta 
rápida e inespecífica a patógenos. Ele é 
a primeira linha de defesa do organismo 
contra invasores externos e é composto 
por células como macrófagos, 
neutrófilos, células dendríticas e células 
NK (natural killer). Essas células são 
capazes de reconhecer e destruir 
patógenos, incluindo bactérias, vírus, 
fungos e parasitas. 
Além disso, o sistema imune inato 
também é responsável pela ativação do 
sistema imune adaptativo. Quando as 
células do sistema imune inato 
identificam um patógeno, elas 
produzem substâncias químicas que 
atraem células do sistema imune 
adaptativo para o local da infecção. Isso 
permite que o sistema imune adaptativo 
comece a produzir uma resposta 
específica contra o patógeno. 
Por outro lado, o sistema imune 
adaptativo é uma resposta mais lenta e 
específica a patógenos. Ele é composto 
por células T e células B. As células T 
são responsáveis por reconhecer e 
destruir células infectadas pelo 
patógeno, enquanto as células B 
produzem anticorpos que neutralizam o 
patógeno. 
A resposta do sistema imune adaptativo 
é mediada pelos antígenos, que são 
substâncias que são reconhecidas 
pelas células T e células B. Os 
antígenos são geralmente proteínas ou 
Relacionar sistemas imune inato e adaptativo. 
 
 
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carboidratos na superfície dos 
patógenos. Quando uma célula T ou 
célula B reconhece um antígeno, ela é 
ativada e começa a se multiplicar, 
produzindo células que são específicas 
para aquele antígeno. 
Uma das principais características do 
sistema imune adaptativo é a sua 
capacidade de memória. As células T e 
células B que são específicas para um 
antígeno são capazes de se lembrar 
desse antígeno e produzir uma resposta 
mais rápida e eficiente no caso de uma 
nova infecção pelo mesmo patógeno. 
O sistema imune inato e o sistema 
imune adaptativo trabalham em 
conjunto para proteger o organismo 
contra invasores externos. O sistema 
imune inato fornece uma resposta 
rápida e inespecífica aos patógenos, 
enquanto o sistema imune adaptativo 
fornece uma resposta mais lenta e 
específica. Juntos, eles formam um 
sistema complexo que é capaz de 
defender o organismo contra uma 
ampla variedade de patógenos.

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