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RepertArio sociocultural Jana Rabelo (ATUALIZADO)

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REPERTÓRIO 
SOCIOCULTURAL 
JANA RABELO 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
Este material é apenas o resultado das minhas anotações 
durante as lives da Jana. Sugiro que pesquisem e se 
aprofundem mais em cada repertório. 
Bons estudos e #VemMil! 
 
 
 
 
 
By: Saturno 
 
 
 
Filosofia/sociologia 
 
• Byung-Chul Han (filósofo sul-coreano) – Sociedade do 
desempenho 
“sociedade do desempenho” é um cenário em que a produtividade se torna um dever para os 
indivíduos. É marcada pela “autoexploração” e pelo cansaço, que culmina em transtornos 
psicológicos como “Burnout”, depressão, ansiedade etc. Nesse contexto os indivíduos se sentem 
pressionados a apresentar um alto desempenho. 
• Thomas Humphrey Marshall (sociólogo inglês) – Conceito 
de cidadania 
Cidadania é o conjunto de direitos civis, sociais e políticos garantidos por uma constituição. 
• Hans Jonas (filósofo alemão) – princípio responsabilidade 
Somos responsáveis não só pela situação atual, mas também pelas gerações futuras, uma vez 
que elas têm o mesmo direito à vida. Temos que preservar o meio ambiente para as gerações 
futuras. A sobrevivência humana depende dos nossos esforços para cuidar do nosso planeta e 
do seu futuro. A responsabilidade e a ética do homem devem ser aplicadas para a natureza, uma 
vez que temos que preservar a vida do planeta não só no presente, mas também no futuro. 
• Peter Singer (filósofo australiano) – Ética ambiental 
É necessária uma postura ética não só entre os seres humanos, mas também ao meio 
ambiente e às outras formas de vida na terra. 
• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – família 
A família é o mecanismo primário de socialização. 
• Hannah Arendt (filósofa alemã) – Espaço público 
Para Arendt, a modernidade é marcada pela entrada da esfera privada no campo da vida pública. 
O espaço público é o espaço da palavra e da ação, da pluralidade e da liberdade (política). 
• Pierre Lévy (filósofo francês) – Cibercultura 
É a reunião de relações sociais, das produções artísticas, intelectuais e éticas dos seres humanos 
na internet. Lévy também aponta para o “segundo dilúvio” no ciberespaço. A metáfora do 
dilúvio é usada como modo de afirmar que não é possível conter o fluxo de informações que 
inunda o mundo por meio das novas tecnologias. 
• Guy Debord (escritor francês) – Sociedade do espetáculo 
É a sociedade mediada por imagens, oriundas dos meios de comunicação de massa, no qual os 
indivíduos abdicam da realidade da vida e passam a viver num mundo de aparências e consumo 
permanente de fatos, notícias, produtos e mercadorias. A sociedade do espetáculo é o conjunto 
 
 
das relações interpessoais mediada por imagens. Imagens seriam representações imediatas que 
adquirem autonomia e fazem das pessoas meros espectadores contemplativos. 
• Gilberto Freyre (sociólogo brasileiro) – mentalidade 
escravocrata (livro casa grande e senzala) 
O Brasil atual, segundo Freire, ainda conserva uma mentalidade escravocrata que é responsável 
por inúmeros males como racismo, intolerância religiosa, trabalho escravo etc. 
• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – Escola 
 A escola é um mecanismo de socialização secundário. 
• Max Weber (sociólogo alemão) – trabalho 
Para Weber, a partir da reforma protestante o trabalho começou a ser valorizado, ganhando um 
status sagrado entre os protestantes, tornando-se o principal referencial para uma vida virtuosa. 
• Jean Baudrillard (sociólogo francês) – sociedade do 
consumo 
As relações humanas são mediadas pela aquisição massiva de bens, serviços e produtos. A 
felicidade é travestida em objetos. 
• Karl Marx (sociólogo/filósofo alemão) – fetichismo da 
mercadoria 
 A mercadoria adquire valores ou características irreais para aumentar o consumo. 
• Jean Jacques Rousseau (pensador francês) – contrato 
social 
No contrato social, o Estado é responsável por garantir a igualdade entre todos. 
• Émile Durkheim (sociólogo alemão) – anomia 
A anomia é o estado de ausência de solidariedade em que impera o desrespeito às regras 
comuns, às tradições e práticas; quando as leis se desintegram e perdem seu valor prático. 
• Sascia Sassen (socióloga) – desertificação das cidades 
Uma das características atuais do espaço urbano é a “desurbanização”, que elimina, do espaço 
público, pequenas ruas e praças e deixa as cidades vazias. 
• Hannah Arendt (filósofa alemã) – Banalidade do mal 
O nazismo não foi obra de um louco ou de um psicopata, segundo Hannah Arendt o nazismo foi 
obra de uma sociedade que banalizou o mal; consequência do “consentimento” dado por 
homens e mulheres completamente “normais”. 
 
 
 
 
• Florestan Fernandes (sociólogo brasileiro) – Equidade x 
Igualdade 
Segundo Florestan, é necessário que se garanta formas de equidade que assegurem a ordem 
social, e que se estabeleça um padrão de equilíbrio dinâmico capaz de permitir ajustamentos 
nas normas levando em conta a necessidade dos indivíduos; tratar desigualmente os desiguais. 
• Pierre Bourdieu (sociólogo francês) – “Habitus” 
São princípios que o homem carrega dentro de si, e que foram dados pelo meio social. O habitus 
é individual, mas ele se constrói no processo de socialização; são valores socialmente 
compartilhados. 
• Michel Foucault (filósofo Francês) – Corpo e poder 
Na sociedade atual existem mecanismo disciplinares que visam a modelagem dos corpos, 
atribuindo, assim, caracteres de docilidade, tornando-os útil e produtivo ao aumentar sua 
submissão e obediência. Esse controle disciplinar consiste numa política de coerções, uma 
ideologia que tem como finalidade o controle e modelagem de atitudes, gestos e 
comportamentos. 
• Pierre Bourdieu (sociólogo francês) – Violência simbólica 
Violência simbólica é uma forma de violência exercida sem coação física, causando danos 
morais e psicológicos. Se apoia no reconhecimento de uma imposição determinada no corpo 
social, em que o dominado reconhece sua posição como subalterna, seja no âmbito econômico, 
social ou cultural. A violência simbólica se funda na legitimação contínua do discurso dominante 
entre dominador e dominado. 
• Erving Goffman (psicólogo/sociólogo canadense) – 
Estigma 
Estigma social é definido enquanto marca ou sinal que designa o seu portador como 
desqualificado ou menos valorizado; é a situação do indivíduo que está inabilitado para 
aceitação social plena. Quando vividos de forma recorrente pelo sujeito produz sofrimento, 
humilhação, e em alguns casos, produzindo processos de despersonalização da identidade 
deteriorada. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coa%C3%A7%C3%A3o
 
 
• Nobert Elias (sociólogo alemão) – Os estabelecidos e os 
Outsiders (livro) 
Nobert Elias, em seu livro “Os estabelecidos e os outsiders” faz uma análise da configuração 
social que leva à discriminação e exclusão dos indivíduos. Desse modo, observou-se que, em 
determinado meio coletivo, os “estabelecidos” (grupo socialmente dominante) tende a 
estigmatizar os outsiders (indivíduos que se encontram à margem da hierarquia social). O autor 
conclui que por trás de toda estigmatização existe uma busca por reafirmação de valores sociais 
dominantes, bem como a luta por manutenção do poder e status quo por parte dos 
estabelecidos. Ademais, os indivíduos estigmatizados (outsiders) tendem a se retraírem ou 
agirem de forma violenta por não se sentirem aceito no grupo. 
• Edgar Morin (sociólogo/antropólogo francês) – Educar 
para complexidade 
No lugar de uma educação tecnicista, caracterizada pela especialização e fragmentação do 
conhecimento, Morin defende uma educação complexa, que abrange toda a diversidade e 
multiplicidade dos saberes. 
• Pierre Lévy (filósofo francês) – Sociedade hiperconectada 
A sociedade hiperconectada é caracterizada pela ubiquidade das tecnologias informacionais, 
sobretudo a internet, no qual os indivíduos se encontram num estado de hiperconexão no 
ciberespaço. 
• Manuel Castells (sociólogoespanhol) – A era da 
informação 
A Era da Informação, de maneira geral, constitui o novo momento histórico em que a base de 
todas as relações se estabelece através da informação e da sua capacidade de processamento e 
de geração de conhecimentos. A informação torna-se a principal fonte de poder e produção. 
 
 
 
• Paulo Freire (patrono da educação brasileira) – Educação 
horizontal 
Defende uma relação dialética entre educador e educando em que se estabeleça entre eles uma 
relação recíproca no processo educativo. 
• Paulo Freire (patrono da educação brasileira) – Educação 
libertadora x Educação bancária 
Educação libertadora: é a educação capaz de despertar a consciência crítica do aluno para que 
ele exerça seu papel de cidadão e se habilite a revolucionar a sociedade. Esse método 
educacional é essencial para a conquista de um ponto de vista integral do saber e do universo 
que habita. 
Educação bancária: é a educação que parte do pressuposto que o aluno nada sabe e o professor 
é detentor do saber. Cria-se, assim, uma relação vertical entre o educador e o educando. Desse 
modo, o professor é o detentor do saber, o sujeito do aprendizado, que deposita o 
conhecimento no aluno, que é um mero objeto de ensino. 
• Michel Foucault (filósofo) – panóptico 
 Panóptico é o poder de impor comportamentos em toda a população com base na ideia de 
que estamos sendo observados. Esse modelo social faz o indivíduo auto gerenciar seu 
comportamento, dificultando a coordenação e a mesclagem com o grupo, a fim de manter o 
comportamento dentro de um intervalo estabelecido como correto pelo poder. Caracteriza-
se pela vigilância velada, a fim de controlar (monitorar) o comportamento dos indivíduos sem 
que estes percebam. 
• Milton Santos (geógrafo) – globalização 
Milton Santos- Geógrafo brasileiro: O mundo real: a globalização como perversidade para a 
maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de 
perversidades. o desemprego se torna crônico, a pobreza aumenta, novas enfermidades se 
instalam, a mortalidade infantil permanece, a educação de qualidade é cada vez mais 
inacessível e o consumo é cada vez mais representado como fonte de felicidade. A 
perversidade sistêmica está relacionada a adesão desenfreada aos comportamentos 
competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas; as velhas doenças 
retornam com força total. A perversidade está na raiz desta evolução negativa da humanidade 
e estes processos estão diretamente ligados com a globalização. “O desenvolvimento técnico-
científico está diretamente atrelado às demandas da globalização”. 
 
 
• Jean Baudrillard (sociólogo francês) – Simulacros e 
simulações 
Segundo Baudrillard, a realidade deixou de existir e passamos viver de representações 
difundidas pelos meios de comunicação de massa. Nessa sociedade os símbolos têm mais peso 
que o real. Surgem, assim, os “simulacros”, simulações mal feitas do real, que se tornam mais 
atraentes que o próprio objeto reproduzido. Vivemos na era da simulação, em que a verdade 
e o real não têm validade, e toma-se facilmente como verdade aquilo que não é real. 
Baudrillard aponta que a sociedade hiper-real pós-moderna põe em xeque a vivência do real, 
pois o contato com o outro é substituído e reforça-se padrões de beleza inatingíveis. 
• Klaus Schwab (economista) – indústria 4.0/ Quarta 
Revolução Industrial 
A quarta revolução industrial, ou Indústria 4.0, é um conceito desenvolvido pelo alemão Klaus 
Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial. Segundo ele, a industrialização 
atingiu uma quarta fase, que novamente “transformará fundamentalmente a forma como 
vivemos, trabalhamos e nos relacionamos”. É, portanto, uma mudança de paradigma, não 
apenas mais uma etapa do desenvolvimento tecnológico. Essa nova fase será impulsionada 
por um conjunto de tecnologias disruptivas como robótica, inteligência artificial, realidade 
aumentada, big data (análise de volumes massivos de dados), nanotecnologia, impressão 3D, 
biologia sintética e a chamada internet das coisas, onde cada vez mais dispositivos 
equipamentos e objetos serão conectados uns aos outros por meio da internet. A quarta 
revolução industrial não se define por cada uma destas tecnologias isoladamente, mas pela 
convergência e sinergia entre as quais possuem forças juntas para sintonizar-se ao futuro. De 
acordo com Klaus Schwab, alguns fatores podem limitar o potencial da quarta revolução 
industrial, contudo, entre eles destaca-se o baixo nível de liderança e de compreensão das 
mudanças em curso, em todos os setores. Esse cenário contrasta com a necessidade de 
repensar os sistemas econômico, social e político para responder à atual revolução. 
• Voltaire (filósofo francês) – liberdade expressão 
“Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante o teu 
direito de dizê-la.” 
• Karl Popper (filósofo austríaco) – paradoxo da 
intolerância 
A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância 
ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade 
tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com 
eles. — Nessa formulação, não insinuo, por exemplo, que devamos sempre suprimir a 
expressão de filosofias intolerantes; desde que possamos combatê-las com argumentos 
racionais e mantê-las em xeque frente a opinião pública, suprimi-las seria, certamente, 
imprudente. Mas devemos-nos reservar o direito de suprimi-las, se necessário, mesmo que 
pela força; pode ser que eles não estejam preparados para nos encontrar nos níveis dos 
argumentos racionais, mas comecemos por denunciar todos os argumentos; eles podem 
proibir seus seguidores de ouvir os argumentos racionais, porque são enganadores, e ensiná-
 
 
los a responder aos argumentos com punhos e pistolas. Devemos-nos, então, reservar, em 
nome da tolerância, o direito de não tolerar o intolerante.” 
• John Stuart Mill (filósofo britânico) – Liberdade 
O filósofo britânico John Stuart Mill sustentava que, sem a plena liberdade, não pode haver 
progresso científico, jurídico ou político. A livre discussão das ideias concorre para a evolução 
das sociedades humanas. Na sua obra “A Liberdade”, de 1859, Stuart Mill professou que a livre 
expressão das ideias, falsas ou verdadeiras, não deve ser temida e que o direito de opinião 
não pode ser suprimido nem cerceado por considerações econômicas ou morais, mas somente 
quando cause dano injusto. 
 
 
 
Psicologia/psiquiatria 
 
• Sigmund Freud (médico/psiquiatra austríaco) – a 
importância da infância 
O período infantil é determinante na formação do indivíduo e de sua personalidade adulta. 
Nessa faixa etária, as transformações ocorrem em seu corpo e em sua afetividade. 
• Sigmund Freud (médico/psiquiatra austríaco) – Totem e 
tabu (livro) 
Freud analisa os totens – símbolos sagrados e respeitados – e os tabus – proibições de origem 
incerta – que cercam e cerceiam as liberdades individuais e coletivas de uma determinada 
sociedade, o qual não se pode transgredir. Os tabus restringem o diálogo, não possibilitando a 
construção e a internalização do conhecimento sobre o assunto. 
• Jean Piaget (psicólogo suíço) – socialização 
Para Piaget, a socialização interfere diretamente no desenvolvimento humano; o termo 
homem social expressa a condição humana de ser que vive em sociedade e que, portanto, 
influencia e é influenciado pelas relações sociais. 
• Lev Vigotski (psicólogo russo) – Cultura 
Para o psicólogo russo, a cultura é muito mais do que meio em que estamos inseridos, é 
também o que forma nossa cognição. 
• Lev Vigotski (psicólogo russo) – Socialização da criança 
 A interação da criança com o meio, através do uso de signos (linguagem falada ou escrita). 
resulta no desenvolvimento cognitivo. O aprendizado está diretamente ligadoà experiência 
social e às condições de vida do aluno e em suas interações sociais com o professor. 
• B.F. Skinner (psicólogo norte-americano) – Behaviorismo 
O behaviorismo é a ideia de que o ser humano responde previsivelmente ao estímulo, e quem 
controla os estímulos controla a pessoa. Não há livre arbítrio conforme acreditado, apenas 
respostas a prazeres e dores percebidas. 
• Howard Gardner (psicólogo norte-americano) – teoria 
das inteligências múltiplas 
Segundo ele, existem várias aptidões além do raciocínio lógico-matemático; a vida humana 
requer o desenvolvimento de vários tipos de inteligências. 
 
 
 
• Sigmund Freud (Médico/psicanalista austríaco) – 
Família 
O papel da família é determinante no desenvolvimento da personalidade. Nesse sentido, o 
complexo de Édipo, apontado por Freud, diz respeito ao sentimento intenso que o filho tem 
pelo seu genitor do sexo oposto na primeira infância. Ao mesmo tempo, nesse período, para 
eles, os filhos tem hostilidade pelo genitor do mesmo sexo. Tal situação gera um conflito e 
tende a diminuir com a idade. Porém, para a psicanálise, como esse conflito é resolvido 
influência na personalidade da pessoa. Dessa forma, fica claro que a relação familiar, 
principalmente na primeira infância, é crucial para quem essa pessoa será. 
• Jacques Lacan (psicanalista francês) – família 
A família para Lacan representa um papel fundamental de transmissão cultural. É através da 
família que o ser humano realmente se humaniza e tem a sua subjetividade desenvolvida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literatura 
• Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) – 
Automedicação 
No enredo do livro, Brás Cubas tenciona a criação do "emplasto Brás Cubas", um remédio que 
curaria todas as doenças (panaceia), capaz de “aliviar a melancolia da humanidade”. (pode 
relacionar-se com o fato de que, na sociedade atual, os indivíduos tendem a buscar em 
medicamentos a cura para todas as suas enfermidades). 
• O cortiço (Aluísio de Azevedo) – moradias impróprias/ 
desigualdade de moradia/falta de saneamento básico 
O cortiço situava-se em um amontoado de casas de baixíssima qualidade e muito mal 
arranjadas, onde os pobres convivem. Esse espaço é a representação da miscigenação e da 
promiscuidade das classes menos favorecidas. Localizado ao lado do cortiço, encontra-se o 
sobrado do aristocrata e comerciante Miranda e também de sua família. O sobrado é a 
representação da burguesia ascendente do século XIX. (pode ser usado para mostrar a 
precariedade das residências de pessoas pobres ou para mostrar a dicotomia entre as classes 
socias sob o prisma de suas moradias; as diferenças entre suas casas). Além disso, em “O cortiço” 
é evidente a falta de saneamento básico nas moradias, o que favorecia o desenvolvimento de 
doenças. 
• Holocausto brasileiro (Daniela Arbex) – preconceito com 
as pessoas portadoras de doença mental 
O livro “Holocausto brasileiro” denuncia as atrocidades feitas no hospício Colônia, em 
Barbacena, interior de Minas Gerais, onde mais de 60 mil pessoas morreram em 8 décadas de 
torturas, mal tratos, negligência estatal e violação dos direitos humanos. Fica evidente no livro 
o preconceito com os portadores de psicopatologias, bem como a forma como os portadores 
dessas enfermidades são tratados. 
• Vencendo a morte (J.M. Orlando) – Avanços na medicina 
O livro mostra os avanços significativos da Medicina militar durante as guerras e que passaram 
também, posteriormente, a beneficiar a população civil. 
• Não verás país nenhum (Ignácio de Loyola) – eixo 
ambiental/fome/a importância da história/pobreza 
extrema/desigualdade 
No livro, além de governo autoritário no poder, o Brasil passa também por um desequilíbrio 
ecológico grave, com racionamento de água, calor intenso, alimentos artificiais e 
manufaturados, ausência quase total de vida animal e vegetal, escassez de alimentos. A floresta 
amazônica e os demais biomas foram destruídos, transformadas em gigantescos desertos, o que 
explica as altas temperaturas durante o ano inteiro. a cidade de São Paulo é completamente 
tomada pela poluição, devastação e desmatamento, onde não há mais rios, plantas e animais; 
 
 
desse modo, nesse meio hostil, as pessoas fazem de tudo para sobreviver, inclusive fazem uso 
da violência. A circulação na cidade era restrita, pois cada um só pode circular em uma área pré-
determinada e em um ônibus apenas, e essa circulação também depende de seu poder 
financeiro. Quanto mais pobre um sujeito é, mais poluídos, sujos e desumanos são os locais em 
que se pode viver e circular. Todos os alimentos são feitos em laboratórios. A História é sempre 
reescrita nos livros, de acordo com ordens e critérios estipulados pelo Esquema. Os 
Acampamentos Paupérrimos, um dos espaços do romance, onde os menos favorecidos habitam 
em condições desumanas: tudo é repleto de lixo, de restos descartados, de coisas que as pessoas 
jogam fora. Já aqueles que pertencem à classe média ou alta, vivem em outros espaços, como 
em apartamentos ou em condomínios de luxo, com medo de que as pessoas miseráveis invadam 
suas moradias e cometam assassinatos. 
• Morte e vida das grandes cidades (Jane Jacobs-escritora 
canadense) – eixo urbano 
Os espaços públicos, segundo Jacobs, são os órgãos vitais de uma cidade, pois é neles que se dá 
toda a integração e convivência de uma sociedade, sendo que os principais protagonistas do uso 
e ocupação deles são as pessoas. Segundo a autora, o capital disponível é empregado de forma 
incoerente nas cidades e, principalmente, sem respeito à preexistência e aos valores sociais, 
desfavorecendo sempre os mais necessitados de lazer, moradia e mobilidade. 
• Quarto de despejo (Carolina de Jesus) – 
pobreza/desigualdade/fome 
Os dias de Carolina são marcados pela presença constante da fome e da preocupação 
permanente de arranjar algo para comer no dia-a-dia. Carolina expõe a invisibilidade social que 
ela, seus filhos e seus vizinhos viviam. Eram invisíveis, ignorados por aqueles de melhor 
condição, pelo Estado e até por quem pedia ajuda. Além disso, ela denunciava as desigualdades 
socioeconômicas: “o custo dos gêneros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. 
Atualmente somos escravos do custo de vida”. 
• A alma encantadora das ruas (João do Rio) – problemas 
urbanos 
No livro, fica evidente os inúmeros problemas urbanos presentes na cidade carioca em meados 
do século XX, como a má condição dos operários, o deslocamento das populações pobres para 
os morros e a consequente formação das favelas, a indiferença do estado na resolução dos 
problemas etc. 
• Depois daquela viagem (Valéria polizzi) – preconceito 
com portadores de HIV 
O livro autobiográfico se passa entre as décadas de 80 e 90, em que a autora contrai o vírus HIV. 
Até então, a AIDS era associada apenas aos gays e praticantes do sexo anal, o que não era o caso 
de Valéria. O preconceito com portadores do vírus no Brasil era absurdo e a falta de tato dos 
hospitais e planos de saúde não ajudava a atrair uma perspectiva melhor para os infectados. 
 
 
Preciosa (Sapphire) – Violencia sexual e doméstica/ bullying/ poder 
da educação/ gravidez na adolescência/ gordofobia/ racismo/ 
A personagem Claireece “Preciosa” encara diversos tipos de violência. Ela era espancada e 
humilhada em diversos momentos pela mãe, que a agredia constantemente. Além disso, é 
violentada sexualmente pelo pai desde pequena, o que resulta em duas gravidezes ainda na 
adolescência. Na escola, Claireece “Preciosa” sofria bullying dos seus colegas por ser negra e 
gorda. O livro mostra, gradativamente, as mudanças nas atitudes da personagem. Um fator que 
age como o estopim para essas transformações é a nova escola. Com o incentivo da professora, 
o apoio das colegas e o esforço de colocar o que sente para fora, Preciosa passa a se enxergar 
de uma maneira totalmente diferente – não maiscomo uma pessoa acuada, mas como alguém 
com controle sobre a própria história. Assim, a educação é utilizada como uma forma de 
emancipação no enredo. 
• Infância (Graciliano Ramos) – poder da leitura 
No livro autobiográfico “Infância”, de Graciliano Ramos, o escritor aponta que sua salvação, ou 
pelo menos válvula de escape durante uma infância conturbada, foi a leitura. Acometido pela 
doença que o fez ficar temporariamente cego e preso em seu quarto, desperta para o 
encantamento das palavras, analisando-as, namorando-as, principalmente nas cantigas 
folclóricas entoadas por sua mãe durante os trabalhos domésticos. Um salto maior surge no 
contato com a enorme biblioteca de Jerônimo Barreto, que permitiu ao garoto ampliar seus 
horizontes para um mundo diferente da mesquinharia em que havia crescido. 
• Sociedade.com (Abel Reis) – internet 
Pioneiro da internet brasileira e um dos maiores especialistas em mídias digitais do país, Abel 
Reis apresenta os seus insights sobre os profundos impactos das tecnologias digitais em cada 
aspecto da nossa vida. Por que nossa atitude on-line é tão diferente da off-line? Até que ponto 
as crianças precisam de dispositivos eletrônicos nas escolas? A polarização nas redes sociais é 
um exercício de cidadania ou histeria? Que profissão escolher tendo em vista a quarta revolução 
industrial? É possível ser feliz em relacionamentos nascidos e nutridos pela internet? O autor 
analisa a tecnologia como um sintoma de um certo modo de ser contemporâneo que busca 
poder e controle para aliviar angústias individuais e coletivas. 
• O Precariado (Guy Standing) – desigualdade/ trabalho 
Nos anos 1970, economistas neoliberais passaram a defender a ideia de que o crescimento e o 
desenvolvimento dependiam da competitividade do mercado. A partir daí, a maximização da 
concorrência e a licença para que os princípios de mercado de trabalho permeassem todos os 
aspectos da vida moldaram uma nova classe social mundial, emergente e ainda em formação: o 
“precariado”. O precariado: A nova classe perigosa é uma obra que apresenta as características 
desse novo grupo e oferece uma sólida reflexão política e socioeconômica que compreende a 
nova ordem social global e responde aos anseios dos indivíduos dessa nova classe, que não se 
sentem ancorados em uma vida de garantias trabalhistas, não possuem empregos permanentes 
e muitas vezes nem sequer sabem que integram a classe dos precariados. Aqueles que estão no 
precariado carecem de autoestima e dignidade social em seu trabalho; devem procurar por esse 
 
 
apreço em outro lugar, com sucesso ou não. Se forem bem-sucedidos, a inutilidade das tarefas 
que são obrigados a fazer em seus empregos efêmeros e indesejáveis pode ser reduzida, na 
medida em que a frustração de status será diminuída. Mas a capacidade de encontrar a 
autoestima sustentável no precariado quase sempre é vã. Existe o perigo de se ter uma sensação 
de engajamento constante, mas também de estar isolado no meio de uma multidão solitária. O 
resultado é uma crescente massa de pessoas – em potencial, todos nós que estamos fora da 
elite, ancorada em sua riqueza e seu desapego da sociedade – em situações que só podem ser 
descritas como alienadas, anômicas, ansiosas e propensas à raiva. O sinal de advertência é o 
descompromisso político. A esperança consiste em investir na liberdade associativa. 
• Longe da árvore (Andrew Solomon) – Família 
O que acontece quando pais têm filhos que não se ajustam aos padrões familiares? Em Longe 
da Árvore, Andrew Solomon investiga o que acontece com famílias que precisam se reajustar a 
filhos que são diferentes do esperado. Em sua obra, Solomon diferencia dois tipos de identidade. 
Por um lado, temos as identidades verticais, que são aquelas características obtidas através da 
família, como etnia, língua e religião. Já as identidades horizontais são aquelas que se 
diferenciam das encontradas no seio familiar, como uma deficiência ou uma orientação sexual 
diversa. Curiosamente, famílias tendem a celebrar identidades verticais, pois são vistas como 
qualidades; enquanto as identidades horizontais são objeto de tratamento, pois são vistas como 
defeitos. Solomon explora dez tipos de identidades horizontais, transitando em meio a famílias 
que tiveram de apreender a lidar com as mais variadas situações, indo desde a surdez e 
esquizofrenia até a genialidade. Apesar de casos distintos em sua natureza, todos eles desafiam 
a "zona de conforto" familiar e o grande mérito do livro é mostrar uma outra perspectiva daquilo 
que a sociedade muitas vezes julga como deficiência/transtorno/desvio de comportamento 
• Ciranda de Pedra (Lygia Fagundes) – ambiente familiar 
O centro da história se dá em um acontecimento familiar: o desmembramento da família de 
Virgínia. Após a doença e morte de sua mãe, e o suicídio do seu padrasto (que na verdade é seu 
pai verdadeiro) a situação financeira da família fica difícil e Virgínia se vê obrigada a deixar sua 
casa para ir morar com seu pai (o homem que lhe fora apresentado como pai durante toda a sua 
vida) e suas irmãs. Devido à distante relação que tinha com o Pai, ela passa a viver conflitos, 
medos, ansiedades, solidão, angústias, além do sentimento de culpa que tem devido a tragédia 
que acontecera. a metáfora do título simboliza o fechamento diante da presença de outros 
indivíduos. O grupo é a nova família de Virgínia, que não a aceita a princípio, mas que em um 
segundo momento a convida para fazer parte, e ela acaba se tornando o centro da “ciranda”. 
• Capitães da Areia (Jorge Amado) – abandono social/ 
delinquência juvenil/ importância da família na formação 
O livro “Capitães da Areia” retrata o cotidiano de um grupo de meninos abandonados, mostrando 
não apenas os assaltos e as atitudes violentas dos integrantes do grupo, mas também as suas 
aspirações e os seus pensamentos ingênuos, comuns a qualquer criança. São mais de 100 
meninos abandonados, órfãos ou fugidos, que vivem do roubo na cidade de Salvador, na Bahia. 
Entre eles há companheirismo e eles se comportam como pequenos “Robin Hoods”, roubando 
dos mais ricos e partilhando entre eles o que conseguiram com os furtos. O descaso social com 
os meninos de rua é a tônica do romance. Em todos os capítulos, esse abandono é abordado, 
 
 
seja por meio da reflexão dos garotos ou da dos adultos que estão a seu lado, como o padre José 
Pedro e o capoeirista Querido-de-Deus. Outro capítulo que merece destaque é “Família”. Aqui, 
é mostrada a carência afetiva de um dos membros do grupo, o Sem-Pernas. Nesse capítulo, no 
entanto, Sem-Pernas é acolhido de forma sincera e amorosa pelos donos da casa, que o veem 
como o filho que havia morrido. Sem-Pernas vive então um conflito interno. Tratado como um 
verdadeiro filho, o garoto fica dividido entre a lealdade ao bando que o acolheu e os novos “pais” 
que lhe davam o carinho e o amor que nunca havia conhecido. Isso reforça a ideia de que são 
crianças para as quais falta a atenção das famílias e do Estado, e não simplesmente marginais 
que optaram por uma vida de crimes. 
• A criação do patriarcado (Gerda Lerner) – patriarcalismo/ 
emancipação feminina/ feminismo/ machismo 
O que Lerner diz na introdução do seu clássico é que conhecer a história das mulheres é 
indispensável para a emancipação das mulheres. Estudar história das mulheres muda a nossa 
vida. Lerner observa isso nas alunas. “Nenhum homem foi excluído do registro histórico por 
causa do seu sexo, mas todas as mulheres foram”, escreve ela. Lerner explica que o patriarcado 
é uma criação histórica formada por homens e mulheres num processo que durou 2,500 anos 
até ficar completo. Por ter um início na história e por não ser natural (baseado no determinismo 
biológico), pode ser derrubado. A unidade básica era (e é) a família patriarcal, que impõe e gera 
regras e valores. Lerner aponta que o controle dos chefes de família homenssobre suas 
mulheres e filhos menores era tão importante para a existência do Estado quanto o controle do 
rei sobre seus soldados. Afinal, “A família não apenas espelha a ordem do Estado e educa suas 
crianças a segui-la, como também cria e constantemente reforça essa ordem”. Lerner ressalta 
que o sistema patriarcal só funciona com a cooperação das mulheres, que é adquirida através 
da doutrinação, da privação da educação, da negação das mulheres sobre sua história, da divisão 
das mulheres entre respeitáveis e não respeitáveis (sempre relacionada à condição sexual, a ser 
ou não ser propriedade de um homem), da coerção, da discriminação no acesso a recursos 
econômicos e poder político, e da recompensa de privilégios de classe dada às mulheres que se 
conformam. 
• Lolita (Vladimir Nabokov) – pedofilia 
O livro "Lolita", do russo Vladimir Nabokov, narra a estória de Humbert, um homem de meia-
idade, o qual abusava sexualmente de uma menina de 12 anos. 
• O Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto) – 
Nacionalismo/ identidade nacional 
O Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, narra a trajetória de Policarpo Quaresma, 
um patriota ímpar, que causa estranheza nas pessoas pelos seus ideais e coragem. O livro é 
dividido em três partes. A primeira começa descrevendo a rotina do Major Policarpo Quaresma. 
Policarpo era um homem respeitado pela vizinhança, mas ao mesmo tempo o estranhavam, por 
causa de seu amor pelos livros e pelo patriotismo exaltado. Além de aprender violão, também 
se dedicava aos estudos do tupi-guarani. Nem seus vizinhos, nem seus colegas de trabalho o 
compreendiam. Policarpo buscava coisas verdadeiramente brasileiras, desde comida, até a 
vestimenta. O auge de seu amor pela pátria foi quando fez um ofício para o ministro, escrito em 
tupi, defendendo que a língua oficial deveria ser então essa. Como consequência, foi internado 
 
 
por seis meses em um hospício, recebendo a visita apenas de Olga com seu pai. Policarpo não 
era compreendido e não se fazia compreender, pois não buscava isso. Seu principal objetivo era 
repassar a cultura brasileira e exaltar o que de melhor havia no Brasil. O brasileiro Policarpo, que 
tanto acreditava em mudanças e melhoras, que tanto valorizava o que de mais brasileiro havia, 
acaba sendo acusado de traidor, e morre na prisão. Ele, antes de sua morte, chega a conclusão 
que toda a sua vida, sua luta e todos seus sonhos foram em vão. A pátria brasileira, pela qual ele 
tanto sonhou e lutou, não existia. 
• Por que me ufano do meu país (Afonso Celso) – 
nacionalismo/ identidade nacional 
O que se observa, nessa importante obra de Afonso Celso, é uma tendência analítica do Brasil 
tendo como pano de fundo uma ideologia espacial específica de sublimação das características 
naturais (e em menor medida sociais) do país como fonte do orgulho nacional. A temática da 
obra gira em torno de uma pomposa retórica de sublimação das características edênicas, 
endêmicas, culturais e étnicas do Brasil. O autor trabalha com quatro grandes ‘eixos’ de análise 
em relação à sua terra natal como justificativa para a ufania das características da mesma, são 
eles: a providência divina da grandeza do país, a opulência e maravilhas da fauna e flora, a força 
étnica da população brasileira e por fim há o discurso de projeção do Brasil como a terra do 
futuro e do progresso. Analisemos, pois cada um destes eixos elencados pelo autor em seu 
manifesto ufanista. 
• Macunaíma (Mário de Andrade) – identidade nacional/ 
preconceito linguístico 
O livro faz parte da primeira fase modernista – a fase heroica. A influência das vanguardas 
europeias é visível em várias técnicas inovadoras de linguagem que a obra apresenta. Por isso, 
“Macunaíma” pode oferecer algumas dificuldades ao leitor desavisado. Alguns aspectos 
históricos motivaram Mário de Andrade a criar tais “empecilhos”. A referência ao folclore 
brasileiro e à linguagem oral é manifestação típica da primeira fase modernista, quando os 
escritores estavam preocupados em descobrir a identidade do país e do brasileiro. A narrativa 
se aproxima da oralidade – no capítulo “Cartas pras Icamiabas”, Macunaíma ironiza o povo de 
São Paulo, que fala em uma língua e escreve em outra. No plano formal, essa busca se dá pela 
linguagem falada no Brasil, ignorando, ou melhor, desafiando o português lusitano. No plano 
temático, a utilização do folclore servia como matéria-prima dessa busca. “Macunaíma” é, 
portanto, uma tentativa de construção do retrato do povo brasileiro, o “O herói sem nenhum 
caráter”. Assim, “Macunaíma” é uma obra que busca sintetizar o caráter brasileiro, segundo as 
convicções da primeira fase modernista. Uma leitura possível é a de que o povo brasileiro não 
tem um caráter definido e o Brasil é um país grande como o corpo de Macunaíma, mas imaturo, 
característica que é simbolizada pela cabeça pequena do herói. 
• O povo Brasileiro (Darcy Ribeiro) – Identidade Nacional 
“Foi essa gente nossa, feita da carne de índios, alma de índios, de negros, de mulatos, que 
fundou esse país. Esse paisão formidável, a maior faixa de terra fértil do mundo, bombardeada 
pelo sol.” O povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro, tem o objetivo de construir um perfil 
antropológico sobre o Brasil. Logo na introdução, Darcy Ribeiro desfaz o mito da integração 
racial pacífica. Segundo ele a unidade nacional resultou de “…um processo continuado e violento 
 
 
de unificação política, logrado mediante um esforço deliberado de supressão de toda identidade 
étnica discrepante e de repressão e opressão de toda tendência virtualmente separatista.” 
Portanto, esqueça todas as belas e possivelmente inverídica palavras que você já leu sobre este 
país. O Brasil não foi palco nem de uma farsa, nem de uma comédia, mas de uma tragédia. Por 
baixo da aparente “…uniformidade cultural brasileira, esconde-se uma profunda discrepância, 
gerada pelo tipo de estratificação que o processo de formação nacional produziu. O 
antagonismo classista que corresponde a toda estratificação social aqui se exacerba, para opor 
uma estreitíssima camada privilegiada ao grosso da população, fazendo as distâncias sociais 
mais intransponíveis que as diferenças raciais.” Um exemplo claro de como as desigualdades 
originais ainda ecoam e são reforçadas na sociedade brasileira pode ser visto todos os dias nos 
telejornais. Se alguém da classe rica morre a cobertura jornalística é intensa, dramática e 
individualiza detalhadamente a vítima. O morto tem direito à uma história, sua perda é 
lamentada em função daquilo que ainda estaria em condição de realizar. Quando os pobres são 
abatidos como moscas nos conflitos entre policiais e traficantes a imprensa relata apenas o que 
considera essencial: “conflito no morro do Alemão fez 19 vítimas”. Recentemente, no horário 
nobre, a Rede Globo despretensiosamente assumiu a versão de que “todos os 19 mortos no 
morro do Alemão eram criminosos”. Ao contrário do janota, os pobres não têm história. E apesar 
da CF88 prescrever que todos são iguais perante a Lei, a imprensa nega aos pobres brasileiros o 
direito de serem considerados honestos, processados e condenados pelo Poder Judiciário ao 
invés de abatidos como animais. A mídia transforma a pobreza em crime e reforça esta ideia nos 
expectadores pobres. No primeiro capítulo, Darcy nos dá um panorama do Novo Mundo. E nos 
diz o que poucos tem dito “…só temos o testemunho de um dos protagonistas, o invasor. Ele é 
quem nos fala de suas façanhas. É ele também, quem relata o que decidiu aos índios e negros, 
raramente lhes dando a palavra de registro de suas próprias falas. O que a documentação 
copiosíssima nos conta é a versão do dominador.” 
• Preconceito Linguístico (Marcos Bagno) – preconceito 
linguístico 
O livro "Preconceito Linguístico", de Marcos Bagno, trata de maneira bastante detalhada, a 
questão do preconceito sobre as diversificações da língua, formadoao longo da história 
brasileira e que permanece até hoje. Mas não somente isto, como também se preocupa em 
fazer com que a língua passe a ser vista de forma ampla e versificada. Tenta mostrar a 
necessidade de se perceber e respeitar as variações da nossa língua. O autor mostra de que 
maneira a mídia e a multimídia, em oposição aos estudos científicos atuais sobre a linguagem, 
estão colaborando para perpetuar e aprofundar esse preconceito. Marcos Bagno se interessa 
no que diz respeito à linguagem humana. Atua contra toda forma de exclusão social pela 
linguagem e em favor do reconhecimento da riqueza e do valor das múltiplas variedades 
lingüísticas que compõem o universo da língua portuguesa do Brasil. Na segunda parte Bagno 
trás os elementos que perpetuam os preconceitos linguísticos, segundo ele os elementos são: a 
gramática tradicional, o ensino tradicional, os livros didáticos, o ultimo ele denominou de 
comandos paragramaticais, manuais de redação, programas de tv e rádio que tratam do 
assunto, etc. Na quarta e última parte do livro, Bagno tenta entender o preconceito com os 
linguistas, pessoas que se dedicam ao estudo da língua. O autor faz uma descrição da mitologia 
do preconceito lingüístico, defende que toda língua sofre variações, de acordo com sua história 
e também de acordo com as necessidades de comunicação de cada região. Mas apesar destas 
variações, existe uma norma urbana culta geral brasileira. Que por um grande engano é 
 
 
considerada a única certa, por ser falada pelas classes prestigiadas em relação ao 
socioeconômico (pessoas letradas). 
• Origens do totalitarismo (Hanna Arendt) – ditaduras/ 
facismo/ 
Texto que nos explica as origens de sistemas amplos e históricos, como o totalitarismo, o 
antissemitismo e o imperialismo. São apresentados dados que explicam a trajetória dos judeus 
desde a Idade Média até início do século XX. São explicitadas as transformações do poder 
político passando pelo sistema feudal, Estado-nação, Estado totalitário. Também são 
comparados os sistemas totalitários da Alemanha (nazismo) e da União Soviética (bolchevismo), 
e o comportamento de seus líderes (Hitler e Stálin). Enfim, é feito um raio X de sistemas 
autoritários explorando todas as nuances em detalhes. 
 
 
 
 
 
Leis/ relatórios/ conferências 
• Artigo 196 (Constituição Federal de 1988) – Saúde 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
• Lei n° 9.787 (CF 1988) - fracionamento de medicamentos 
A Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 que autoriza e uma Resolução da Anvisa de 2006 
que regulamenta o fracionamento de medicamentos. Com o fracionamento, evita-se que o 
usuário mantenha sobras de medicamentos em casa, diminuindo a possibilidade de efeitos 
adversos e intoxicações, derivados da automedicação. Além disso, há menor impacto 
ambiental decorrente do descarte de medicamentos. 
• Lei 8080-1990 (CF) - Lei do SUS 
É dever do Estado garantir a saúde e a execução de políticas econômicas e sociais que visem à 
redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que 
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação. 
• Artigo 6° (CF 1988) – Direitos sociais 
Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. 
• Estatuto da Criança e do Adolescente (8069-1990/CF) – 
Integridade da criança e adolescente 
Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. A criança e o adolescente 
gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção 
integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, 
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. 
 
 
 
• Artigo 225 (CF 1988) – Meio ambiente 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
 
• Novo Código ambiental (2012) – Meio ambiente 
O Novo Código Florestal flexibilizou a legislação ambiental. 
• Relatório Brundtland (1987) – Nosso Futuro Comum 
Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Relatório 
Brundtland aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões 
de produção e consumo, trazendo à tona mais uma vez a necessidade de uma nova relação “ser 
humano-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não sugere a estagnação do 
crescimento econômico, mas sim essa conciliação com as questões ambientais e sociais. 
Ressalta, ainda, os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade 
de suporte dos ecossistemas. O desenvolvimento sustentável é concebido como “o 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.” 
• ECO-92/Rio 92 (1992) 
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também 
conhecida como Eco-92, Cúpula da Terra, Cimeira do Verão, Conferência do Rio de Janeiro e 
Rio 92, foi uma conferência de chefes de estado organizada pelas Nações Unidas e realizada de 
3 a 14 de junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Seu objetivo foi debater os 
problemas ambientais mundiais. 
• Rio +20 (2012) 
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi realizada de 
13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 foi assim conhecida porque 
marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável 
para as próximas décadas. O objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político 
com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na 
implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento 
de temas novos e emergentes. 
• PNRS (2010) – Lixo 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma lei (Lei nº 12.305/10) que organiza a forma 
com que o país lida com o lixo, exigindo dos setores públicos e privados transparência no 
gerenciamento de seus resíduos. A lei prever, dentre seus principais objetivos, o fim dos lixões 
e maior incentivo às praticas sustentáveis, tais como reciclagem e reaproveitamento dos 
rejeitos. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chefe_de_Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(cidade)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente
 
 
• Artigo 5º (CF 1988) 
Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade (princípio da isonomia). 
• Artigo 205 (CF 1988) 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
• Marco Civil da Internet (2014) 
Marco Civil da Internet – lei aprovada em 2014: é a lei que regularia a internet no Brasil. Tema função social de garantir a liberdade de expressão e a transmissão de conhecimento, além de 
impor obrigações de responsabilidade civil aos usuários e provedores. 
• OMS – Conceito de saúde 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como sendo o estado de completo 
bem-estar físico, mental e social. Ou seja, o conceito de saúde transcende à ausência de 
doenças e afecções. Por outras palavras, a saúde pode ser definida como o nível de eficácia 
funcional e metabólica de um organismo a nível micro (celular) e macro (social). 
• Artigo 220 (CF 1988) – liberdade de expressão 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer 
forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta 
Constituição. 
• Direito humano do século XXI (2011) – Internet 
 Em uma nota oficial lançada em 2011, a ONU declarou o acesso à internet como o direto 
humano do século XXI, considerando todas as possibilidades de ascensão social, política e 
econômica oferecidas por essas ferramentas. 
• Artigo 226 (CF 1988) – família 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 3º Para efeito da 
proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade 
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 4º Entende-se, também, como 
entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. 5º Os 
direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela 
mulher. 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, 
criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_civil
 
 
• Artigo 227 (CF 1988) – Família 
Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao 
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, 
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
• Estatuto da família (projeto de lei - 2013) – família 
Art. Para os fins desta Lei, define-se entidade familiar como o núcleo social formado a partir da 
união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por 
comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. 
• Artigo 215 (CF 1988) – Cultura 
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes 
da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 
1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e 
das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. 
• Plano Nacional de Cultura (CF 1988) - Cultura 
O Plano Nacional de Cultura (PNC) é um conjunto de princípios, objetivos, diretrizes, 
estratégias, ações e metas que orientam o poder público na formulação de políticas culturais. 
Previsto no artigo 215 da Constituição Federal, o Plano foi criado pela Lei n° 12.343, de 2 de 
dezembro de 2010. Seu objetivo é orientar o desenvolvimento de programas, projetos e ações 
culturais que garantam a valorização, o reconhecimento, a promoção e a preservação da 
diversidade cultural existente no Brasil. 
• Artigo 216 (CF 1988) - Cultura 
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, 
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à 
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as 
formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e 
tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às 
manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, 
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 
• Artigo 218 (CF 1988) – ciência 
Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a 
capacitação científica e tecnológica e a inovação. A pesquisa científica básica e tecnológica 
receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso da 
ciência, tecnologia e inovação. 
• Lei antibullying (CF/2015) – bullying 
A lei Antibullying 13.185/2015, que entrou em vigor a partir de 06.02.16, instituiu em todo o 
território nacional, o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). 
 
 
O bullying é definindo como “todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo 
que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais 
pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma 
relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”. Parágrafo único. Há intimidação 
sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), quando se usarem os 
instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados 
pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial. 
 
 
 
 
 
 
 
Filmes/Séries/Documentários 
• Mad Men (série) – vício em trabalho 
A trama gira em torno de Don Draper, um protagonista interpretado por John Hamm, que é 
um publicitário viciado em trabalho. 
• Black Mirror Ep. “Arkangel” (série) – Super proteção dos 
pais/ alienação dos filhos/ importância dos sentimentos 
negativos 
Nesse episódio é desenvolvida uma tecnologia na qual um chip é implantado em uma criança, 
permitindo que a mãe saiba sua localização, acesse a visão da mesma, monitore sinais vitais 
como batimentos cardíacos e ainda possibilita ativar um filtro que impede que a criança veja 
algo que possa lhe fazer mal, como um ato de violência ou um perigo. Além do questionamento 
evidente sobre o limite tênue entre a proteção dos pais e a liberdade dos filhos, há um 
questionamento importante sobre o papel das emoções negativas na construção de uma 
personalidade. Ao poupar as crianças destas situações de estresse elas se tornam despreparadas 
para a vida, incapazes de distinguir o certo do errado. 
• Oceanos de plástico (documentário) – poluição dos 
mares 
O documentário “Oceanos de plásticos” mostra a poluição dos oceanos por plásticos e o seu 
impacto para os animais, pessoas e os ecossistemas. De acordo com o documentário, nossos 
oceanos são arrastados por cinco grandes correntes, resultantes dos ventos e da rotação da 
Terra. O que ocorre é que o lixo lançado nos rios e nas praias acaba sendo levado para os 
oceanos e, pelo efeito das correntes, formando as famosas ilhas de plástico. Dessa forma, 
animais acabam por confundir o plástico com alimentos e morrem por ingerir tais objetos. 
• Você não conhece o Jack (filme) – Eutanásia 
O filme “Você não conhece o Jack” aborda o polêmico tema da eutanásia e, como todo tema 
polêmico, é permeado por debates dicotômicos: se por um lado há o lado científico da 
questão, por outro há também o lado religioso acerca do tema. Retratando a história verídica 
de Jack Kerkovian, ou simplesmente “dr. Morte”, o filme aborda sua luta pelo direito do 
suicídio assistido. Para que o paciente posso escolher o final de sua própria vida, Jack inventou 
a “maquina suicídio” que permitia o paciente dar um fim ao que ele denominava de o próprio 
“sofrimento”. 
• Black Mirror Ep. “Queda livre” (série) – internet/ redes 
socias/ busca por status/ 
No episódio “Queda livre”, da série Black Mirror, é apresentada uma distopia de sociedade na 
qual as instâncias sociais se definem a partir de avaliações mediadas por uma rede social. A 
trama mostrao quanto a interação e aceitação na mídia digital se tornaram decisivas para 
obter benefícios na sociedade, que se organiza tendo estas avaliações como base para divisão 
 
 
de classes, qualificação para emprego, relacionamentos e até comércio. A crítica mora na 
supervalorização do elemento da rede social, mostrando um povo escravo do status. 
• Pro dia nascer feliz (documentário) – Educação 
O documentário “Pro Dia Nascer Feliz”, dirigido por João Jardim, mostra a realidade em que 
algumas escolas do ensino médio do País se encontram, retratando a grande diferença social e 
cultural, a violência dentro das escolas, evasão escolar, alunos indisciplinados e a questão da 
família e escola além do sucateamento das instituições de ensino. Pode-se perceber que isso 
acontece na maioria dos lugares do país, o que mostra como o sistema brasileiro de educação é 
falho. O documentário mostra como nas escolas públicas o professor é obrigado a trabalhar em 
situação precária, tanto na infraestrutura como na parte pedagógica, principalmente em escolas 
de periferia, onde a violência é bem visível. Pode-se perceber, também, a diferença dos perfis 
de alunos que se resume em social e econômico que é a característica do nosso país. Os que não 
têm condições não conseguem se qualificar de uma forma apropriada para competir com os da 
elite, que estão bem mais preparados. 
• Nunca me sonharam (documentário) – Educação 
Nunca me sonharam é um documentário dirigido por Cacau Rhoden, lançado em maio de 2017. 
A produção tem como foco depoimentos de jovens de camadas populares de diferentes regiões 
do Brasil, de professores e de especialistas da área da educação sobre a realidade da oferta do 
Ensino Médio em escolas públicas. Ao colocar em cena pessoas reais, cujos depoimentos são 
fruto de histórias vividas, a obra fílmica faz pensar sobre os desafios do tempo presente e as 
expectativas para o futuro de quem é submetido a uma escolarização que, apesar de 
historicamente referendada como um “problema” da educação nacional, é reconhecida por seu 
público como necessária para a construção de uma vida melhor. O documentário mostra que é 
possível fazer uma educação de qualidade, quando Estado, Escola e Sociedade trabalham em 
conjunto para fazer um ensino de melhor qualidade para suas crianças. Nova ou velha, a 
educação tem como função garantir que os jovens sonhem, e possam, sem distinção de sexo, 
gênero, raça e classe, buscar por uma vida melhor. 
• Sicko (documentário) – Saúde 
SiCKO é um documentário de Michael Moore que critica o sistema de saúde dos Estados Unidos 
da América e apresenta como negociatas políticas e lobbying de seguradoras de saúde e 
empresas farmacêuticas mantêm um sistema que trata saúde como mercadoria, martirizando 
vidas em nome do lucro. O exemplo de outros países que adotaram a medicina socializada serve 
para mostrar uma proposta alternativa de saúde, entendida como um direito de todos, 
financiado solidariamente pela sociedade e garantido através de políticas públicas e práticas 
eficazes. Apesar de produzido há nove anos, o filme é atual por sensibilizar a defesa do acesso à 
saúde como um direito. 
• História da saúde pública no Brasil (documentário) – 
Saúde 
A saúde, como retratada no documentário, a partir do início do século XX, sempre esteve 
vinculada às forças políticas e econômicas vigentes no país. Os investimentos e o próprio 
conceito de saúde oscilavam de acordo com essas forças, uma vez que eram elas as responsáveis 
 
 
por delimitarem as condições desse âmbito. Junto a isso, também há uma dicotomia que divide 
as formas de se acessar saúde ao longo do tempo: médicos privados versus casas de caridade; 
contribuintes do Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPs) versus não contribuintes ;Hospitais 
Gerais versus Centros de Saúde; Movimentos sociais versus sucateamento da saúde; Sistema 
Único de Saúde (SUS) versus atendimento privado. O documentário mostra como o atendimento 
privado permanece voltado principalmente a assistência médica, se baseando em um conceito 
de saúde como ausência de doença e articulado ao capitalismo, sendo seu foco a internação 
pois, quanto mais tempo se permanece em tratamento, maior lucro é gerado para a empresa. 
Em contrapartida, o SUS tem suas ações norteadas pela ideia de promoção de saúde e 
prevenção de doença, aproximando-se da população não somente para curar doenças, mas 
também para preveni-las. 
• SUS: 30 anos (documentário) – Saúde 
O documentário “SUS: 30 anos”, foi feito em comemoração ao aniversário da Constituição de 
1988, que consagrou a saúde pública como um direito de todo cidadão e dever do estado. O 
vídeo traz depoimentos de enfermeiros brasileiros que trabalham no Sistema Único de Saúde 
(SUS). Narrado pelos profissionais que atuam na ponta do atendimento ao usuário, o 
documentário mostra que Enfermagem está em todos os setores do SUS e à frente de vários 
programas, como o Programa Saúde da Família (PSF), na Atenção Básica (ou Atenção Primária). 
O documentário explica ainda que o SUS incluiu 60 milhões de brasileiros antes sem acesso à 
assistência de Saúde e contribuiu, nestes 30 anos, para redução da mortalidade infantil e 
aumento da expectativa de vida dos brasileiros. 
• A lei da água (documentário) – Meio ambiente 
O documentário denominado "A Lei da Água" traz importante discussão acerca do Código 
Florestal de 2012, destacando a relação intrínseca entre preservação ambiental e meio 
ambiente equilibrado. Ademais nos mostra como este direito constitucionalmente assegurado 
é posto em segundo plano quando a agroindústria, o seu discurso concernente ao 
desenvolvimento e a produção de alimentos se assenta em posição de importância maior, em 
detrimento dos recursos naturais e de tudo o que representam para subsistência do ser 
humano. É possível identificar no decorrer do documentário que é ínsita a importância da 
preservação da mata nativa para a garantia da saúde da população, haja vista que a floresta é 
um fator de importância capital para a preservação dos recursos naturais, especialmente para 
um recurso sem o qual não é possível a produção e o desenvolvimento, qual seja a água. 
• Ilha das flores (documentário) – pobreza/fome/ lixo/ 
desigualdade 
O documentário “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado produzido em 1989, é de uma rara 
profundidade que exprime toda a banalização a que foi submetida o ser humano, por mais 
racional que este seja. Um ácido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando 
a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o 
processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. A 
lamentável condição de subsistência dos habitantes da Ilha das Flores deixa as pessoas pasmas. 
A ideia do curta-metragem é mostrar o absurdo desta situação. Seres humanos que, numa escala 
de prioridade, estão depois dos porcos. Mulheres e crianças que, num tempo determinado de 
cinco minutos, garantem na sobra dos porcos (que por sua vez, alimentam-se da sobra de outros 
 
 
seres humanos com condições financeiras de escolher o alimento) sua alimentação diária. 
Durante o filme através dedados científicos e empíricos mais uma vez o contrassenso é 
ratificado, pois está inserido na sociedade de consumo, que mesmo formada por seres racionais, 
produz algo irracional: a desigualdade. A desigualdade social é elemento cada vez mais presente 
no cotidiano das cidades brasileiras. Este fenômeno tem se caracterizado como marca dos 
grandes centros urbanos, que são capazes de congregar, em uma mesma localidade, diferentes 
grupos sociais com interesses econômicos, políticos e sociais antagônicos. 
• O lixo extraordinário (documentário) – lixo/reciclagem/ 
desigualdade/condição dos catadores 
 O documentário “Lixo Extraordinário” retrata um trabalho do artista plástico Vik Muniz e seu 
envolvimento com catadores dolixão de Jardim Gramacho – RJ. Vik realiza obras de arte com 
ajuda dos catadores, utilizando os materiais encontrados no lixão para formar imagens incríveis 
dos trabalhadores locais, transformando suas vidas. Além da criatividade e beleza das obras, o 
documentário apresenta a realidade de pessoas que vivem em condições críticas de pobreza e 
saneamento, e também no problema ambiental da disposição de resíduos sólidos. As dimensões 
do aterro e a quantidade de lixo são enormes. O documentário também mostra as situações dos 
lixões, em que todo resíduo em putrefação fica exposto e as pessoas dividem espaço com 
incontáveis urubus. A estrutura irregular na disposição de lixo é notável, a falta de 
procedimentos de segurança e proteção ambiental é característica de um lixão, diferente de um 
aterro sanitário que possui impermeabilização contra contaminações, cobertura vegetal e 
escapes de gás metano. Isso demonstra uma falha no gerenciamento de resíduos de uma grande 
cidade, que pode ser corrigida com uma boa gestão urbana. Além dessa problemática, as 
condições de trabalho dos catadores são evidentemente desprezíveis, possuem contato direto 
aos diversos resíduos gerados por 70% do Rio de Janeiro, isso inclui altos riscos de contaminação 
e susceptibilidade a diversos tipos de doenças. 
• TRASHED – Para onde vai o nosso lixo? (documentário) - 
lixo 
O Documentário, “TRASHED – Para onde vai o nosso lixo?” de 2012 com direção de Cândida 
Brady, faz uma dura crítica sob a forma e a quantidade de lixo que é produzido a cada dia em várias 
partes do planeta, sendo que muitos deles não são descartados de forma correta. A Partir disso 
começa a ser apresentando e debatido o que devemos fazer com os bilhões de toneladas de lixo 
que são produzidas diariamente em todo o planeta, surgindo também à noção do despreparo em 
lidar com essa questão que é imponente para o desenvolvimento humano. Um tema importante 
do documentário é o plástico que se acumula no solo, na água e no ar e libera substâncias 
altamente nocivas para os seres humanos e o meio ambiente. Plásticos são, segundo o filme, uma 
espécie de quebra-cabeças para a humanidade: não são biodegradáveis, não podem ser 
queimados – sua queima libera substâncias altamente tóxicas – e enterrá-los adia o problema para 
as gerações futuras. 
 
 
 
 
• The True Cost (documentário) – indústria da moda/ 
exploração trabalhista/consumismo/ meio ambiente/ 
poluição 
“The true Cost” aborda de forma clara o impacto estarrecedor da indústria da moda em milhões 
de pessoas e ao nosso planeta, bem como os efeitos deletérios. O documentário foi gravado em 
diversas localidades pelo mundo procurando abordar os diferentes aspectos e impactos da 
indústria da moda em nossa sociedade. Com a globalização, os negócios se tornaram 
internacionais, as grandes marcas da moda fazem contratos com aqueles fornecedores que 
oferecerem melhor preço, na busca sempre do maior lucro. Invariavelmente, as roupas acabam 
sendo confeccionadas no terceiro mundo, onde a mão de obra é mais barata. Os donos das 
fábricas têxteis devido às margens de lucro apertadas submetem seus empregados a condições 
de trabalho inseguras e que beiram ao trabalho escravo. Segundo o documentário, é o segundo 
setor que mais polui o mundo, atrás apenas da indústria do petróleo. The true cost ainda aborda 
as consequências danosas desse consumismo: o esgotamento dos recursos naturais, o uso de 
pesticidas e sementes modificadas geneticamente para manter a produção de algodão alta o 
suficiente para atender a demanda da produção, a consequente poluição do meio ambiente e 
problemas de saúde decorrentes dessa poluição. 
• Ser Tão Velho Cerrado (documentário) – Meio ambiente 
Ser Tão Velho Cerrado, disponível na plataforma de streaming Netflix, é um documentário 
brasileiro de 2018 dirigido por André D'Elia. O filme problematiza a degradação ambiental do 
Cerrado, que preocupa os moradores em torno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, 
em Goiás, e levanta questões importantes na comunidade científica acerca da agricultura 
familiar e do agronegócio. A principal informação que o documentário busca passar é a 
necessidade de combate a indiferença do governo para a destruição desse bioma único no 
mundo que é o Cerrado. O filme é uma possibilidade de conscientizar a todos que não estão 
atentos sobre essa devastação ambiental, e gerar reflexões e debates nas escolas e 
universidades. 
• Minimalism (documentário) – consumismo 
 
O documentário “Minimalism: a documentary about the important things” (Minimalismo: um 
documentário sobre as coisas importantes), disponível na Netflix tematiza o movimento que 
prega que viver com menos posses dá liberdade, principalmente financeira, para se ter uma vida 
com mais propósito e focar no que realmente importa, como passar mais tempo com a família 
ou buscar um emprego no qual é possível ter maior satisfação, ainda que não se receba um 
salário de dois dígitos por ele. Também chama atenção como o documentário aborda o fato de 
que o minimalismo não significa desfazer-se de tudo o que você tem e permanecer apenas com 
o necessário, apesar de essa ser uma premissa básica, mas sim de desfazer-se daquilo que não 
lhe traz sentido. Eles falam sobre como não há uma obrigatoriedade, por exemplo, de livrar-se 
de itens de coleção, mas incentivam a refletir sobre isso, sobre o quanto as coisas que possuímos 
realmente dão e têm algum sentido para a nossa vida. 
 
https://www.netflix.com/br/title/80114460
https://www.netflix.com/br/title/80114460
 
 
• Parasita (filme) – problemas urbanos/ pobreza/ 
desigualdade/ 
O filme acompanha a família Kim, composta por um casal de desempregados e dois filhos que 
vivem em um apertado imóvel semi-subterrâneo. Em uma zona perigosa e marginalizada da 
cidade, eles trabalham dobrando caixas de pizza para sustentar suas necessidades básicas. Um 
dos filhos Kim é contratado pelos Park, uma família milionária que vive no alto de um grande 
morro e que aponta o contraste social de renda. A deslumbrante casa em que os Park residem 
e o luxo de que usufruem espanta o humilde jovem Ki-woo, contratado como tutor de inglês. 
Em uma das principais cenas do filme, uma forte tempestade atinge a cidade e causa a completa 
inundação do apartamento dos Kim. Eles são deslocados a um ginásio com dezenas de famílias 
desalojadas e, no dia seguinte, Sr. Kim escuta a senhora Park agradecendo a mesma chuva: “Hoje 
o céu está tão azul e sem poluição, graças à chuva!”. 
• A escala humana (documentário) – problemas urbanos 
O documentário apresenta a realidade do século XXI, onde cerca de 50% das pessoas vivem em 
áreas urbanas e geram impactos negativos. A partir disso, durante 40 anos o arquiteto 
dinamarquês, Jan Gehl estudou o comportamento humano e como redesenhar as cidades. A 
trama analisa por meio dos pensamentos de Gehl como diminuir o tráfego de carros e tornar as 
cidades mais preparadas para pedestres. Aborda ainda sobre os impactos nas cidades ao se 
construir novos prédios. Suas percepções já foram adaptadas para as metrópoles da China, 
Austrália, Bangladesh e Nova Zelândia. 
• Edifícios master (documentário) – problemas urbanos 
Em edifício Master, Eduardo Coutinho realizou um trabalho ímpar, com depoimentos de 37 
moradores do famoso edifício carioca, com mais de 200 apartamentos conjugados que abriga 
cerca de 500 pessoas. De uma maneira descontraída e inovadora os depoimentos abordam as 
diferentes identidades contidas em um local tão limitado como é um prédio, mostrando como 
aquilo que é local, se torna universal, diante da pluralidade existente entre os moradores, assim 
o Edifício Master abriga pessoas de diferentes origens, idades, condições sociais, sentimentos e 
histórias. Fatores como a violência retratada na sociedade atual, têm levado as pessoas a se 
enclausurarem cada vez mais nos seus lares, acarretando a destruição de vários elos queocorrem no contexto de vizinhança e relações inter-pessoais. Partindo disso, Eduardo Coutinho, 
propõe um novo olhar sobre essas características da sociedade atual e de toda a estrutura 
habitacional que ocorre no âmbito moderno. 
• Perrengue (documentário) – mobilidade urbana 
Nascido da indignação com o problema corriqueiro do trânsito paulistano, o documentário 
“Perregue”, dirigido por Murilo Azevedo, mostra a história diária de 4 moradores da cidade de 
quatro pontos distantes de São Paulo com sua interação com o transporte público; a lotação e 
o estresse presentes na rotina de quem depende desses meios de transporte. O documentário 
também discute a formação da metrópole e da mobilidade dentro dela e o papel do carro no 
planejamento de grandes cidades, que frequentemente tem um papel muito central, em 
detrimento aos transportes públicos responsáveis pela mobilidade das massas. 
 
 
• 130 km – vida ao extremo (documentário) – mobilidade 
urbana 
O caos de uma metrópole mostrado nos passos e descrito nas palavras de quatro pessoas que 
sentem na pele os problemas de morar nas periferias de São Paulo. A quase inexistente oferta 
de emprego e os rastros de uma cidade mal estruturada ao longo das décadas se refletem nas 
jornadas diárias de Maria Ednete, Heraldo, Flávia e Mateus, moradores dos quatro bairros 
extremos da capital paulista - Marsilac, Cidade Tiradentes, Tremembé e Raposo Tavares - que 
desafiam a imobilidade urbana da cidade. Assim como milhares de paulistanos, os quatro 
enfrentam longas distâncias, congestionamentos e transportes coletivos precários para chegar 
ao emprego na região central, motivados pelos anseios por uma vida melhor. 
• Intolerância.doc (documentário) – preconceito/ 
minorias/ discurso de ódio 
Episódios violentos de intolerância motivados pela cultura do ódio são cada vez mais comuns. O 
documentário “Intolerância.doc”, de Susanna Lira, se debruça sobre os crimes em São Paulo 
envolvendo rivalidades entre torcidas organizadas de times de futebol, entre grupos skinheads 
e punks, e de gangues contra minorias LGBT. Intolerância.doc é um documentário que mergulha 
em um aspecto da sociedade brasileira pouco abordado com profundidade: o crescimento dos 
crimes de ódio no país e o que está por trás dos discursos de intolerância. No Brasil, que sempre 
foi reconhecido internacionalmente pela mistura de raças, ecumenismo de credos e até uma 
certa liberdade sexual, ironicamente, são cada vez mais noticiados delitos de racismo, 
xenofobia, homofobia e disputas sangrentas por causa de religião, futebol e até linchamentos. 
Observando os fatos, investigando de perto os crimes, conhecendo as vítimas, ouvindo os 
motivos alegados pelos algozes, podemos visualizar e refletir sobre um país que se confronta 
cada vez mais com suas contradições. 
• Por que odiamos? (documentário) – discurso de ódio/ 
preconceito/ minorias/ violência 
Série documental “Por que Odiamos” do canal Discovery Channel avalia eventos que 
disseminaram ódio no mundo através de estudo sobre o que fez a humanidade chegar a esse 
ponto. O primeiro episódio examina o tribalismo. O que faz os fãs de uma equipe esportiva 
odiarem os fãs de seus arqui-rivais? Por que nosso discurso político nos dias de hoje parece o 
certo, sem espaço para discussão ou compromisso? Por meio de várias entrevistas, 
especialmente com “detetives do ódio”, como a cientista cognitiva Laurie Santos e o 
neurocientista Emile Bruneau, o episódio explora por que pessoas individuais se identificam com 
certos grupos a ponto de se tornarem parte de um coletivo irracional. Em outros episódios desta 
série, outros “detetives” analisam as origens da capacidade de ódio da raça humana, algumas 
das ferramentas e táticas usadas para fomentar o ódio, como acontecem genocídios e crimes 
contra a humanidade e, finalmente, como podemos resistir aos nossos piores instintos e viver 
juntos de uma maneira mais esperançosa e pacífica. 
 
 
 
• 22 de julho (documentário) – intolerância/ violência/ 
terrorismo/ minorias 
O dia 22 de julho de 2011 entrou para a história da Noruega por um motivo muito, muito 
trágico: esta é a data em que o nacionalista Anders Behring Breivik escolheu para perpetrar 
seus ataques terroristas. Anti-islâmico e fundamentalista cristão, o criminoso matou 76 
pessoas, compondo uma tragédia que agora chega à sétima arte pelas lentes de Paul 
Greengrass - confira acima o impactante trailer de 22 July, baseado na história de Breivik e nas 
consequências de seus atos. já tinha assistido o filme utoya onde você tem uma perspectiva de 
estar sendo perseguido pelo terrorista dentro da Ilha. 
• Olhos azuis (documentário) – intolerância/ preconceito/ 
minorias 
A professora e socióloga Jane Elliott ganhou um Emmy pelo documentário de 1968 “Olhos 
azuis”, em que aplicou um exercício de discriminação em uma sala de aula da terceira série, 
baseada na cor dos olhos das crianças. A ideia central desse documentário é fazer com que os 
brancos venham sentir na pele o sofrimento dos negros, provocado pelo preconceito racial. As 
pessoas de "Olhos Azuis" recebem rótulos, baseado na cor de seus olhos, por um dia, com todos 
os rótulos negativos usados contra as mulheres, pessoas negras, homossexuais, pessoas com 
deficiência física e todas outras que sejam diferentes fisicamente. 
• Olhos que condenam (série) – estupro/ violência policial/ 
racismo 
“Olhos que Condenam” é uma minissérie estadunidense do gênero drama, criada por Ava 
DuVernay e distribuída pela Netflix. Baseada em uma história real, “Olhos que Condenam” 
retrata o famoso caso dos Cinco do Central Park – cinco adolescentes negros do Harlem 
condenados por um estupro que não cometeram. O famoso caso dos “Cinco do Central Park” 
diz respeito a um estupro brutal e tentativa de homicídio de uma corredora branca, Trisha Meili, 
no conhecido parque da cidade de Nova Iorque. Embora não tenham sido eles os culpados, o 
evento demonstra a terrível recorrência da violência sexual às mulheres nos contextos mais 
imprevisíveis. Falar de violência contra a mulher nos faz lembrar de um problema social 
brasileiro que pode ser tema de redação: As altas taxas de feminicídio no Brasil. Ao encontrar a 
corredora à beira da morte, a polícia rapidamente associou o evento ao tumulto e à arruaça que 
jovens negros faziam no parque. Mais cedo, diversos deles haviam sido levados à delegacia, 
inclusive um deles agredido por um policial, usando seu capacete. Então, os investigadores 
decidem encerrar logo o caso inventando denúncias aos jovens, fazendo falsas promessas, 
interrogando-os sem a presença dos pais ou de advogados e incriminando-os com falsas e 
confusas confissões forçadas. Os eventos retratados na série têm uma mensagem explícita: o 
racismo está velado até nas instituições governamentais, injustamente acusando e condenando 
um seleto grupo. Em 18 de abril de 1989, poucos jovens negros causaram confusão no parque, 
e todos, de um grupo grande de inocentes de qualquer ato, foram levados violentamente à 
delegacia. A promotoria e a opinião pública midiática não tiveram receio em acusar crianças de 
um estupro brutal, desumanizando e maltratando os jovens, porque, para eles, eram “animais”. 
O que seria diferente se fossem brancos? 
 
 
• 13º Emenda (documentário) – sistema carcerário/ 
racismo/ invisibilidade social 
A 13ª Emenda é um documentário estadunidense de 2016 dirigido por Ava DuVernay e escrito 
por DuVernay e Spencer Averick. Centrado no sistema carcerário e étnico no país de origem do 
filme, o título é uma referência à décima terceira alteração na Constituição dos Estados Unidos, 
a qual, segundo o filme, foi uma alternativa de manter trabalhos braçais mesmo após a abolição 
da escravidão, com o processo de encarceramento em massa. apesar de abrigar apenas 5% da 
população mundial, os Estados Unidos têm 2,3 milhões de pessoas em situação de prisão, ou 
seja, mais

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