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Capítulo 9 – Arrecadação de recursos nas campanhas eleitorais 17.3.2021LEGENDA Conceito Prazo Destaque Cai em prova Jurisprudência/súmula Revisão 1: Responsabilidade pelas despesas da campanha eleitoral · Art. 17, lei 9.504/97 · Despesas realizadas pelos partidos ou seus candidatos · Financiadas na forma da lei · Lei 9.504/97 e resoluções editadas pelo TSE em cada ano de eleição · Resolução 23.607/2019 (eleições de 2020), art. 15 – recursos destinados às campanhas eleitorais, respeitados os limites, somente são admitidos quando provenientes de: · Recursos próprios dos candidatos · Doações financeiras ou estimáveis em dinheiro de pessoas físicas · Doações de outros partidos e outros candidatos · Comercialização de bens e serviços ou promoção de eventos de arrecadação pelo candidato ou partido · Recursos próprios dos partidos, desde que identificados a origem e sejam provenientes de: · Fundo partidário · Fundo especial de financiamento de campanha (FEFC) · Doações de pessoas físicas a partidos · Contribuição dos filiados · Comercialização de bens, serviços e eventos de arrecadação · Rendimentos decorrentes de locação de bens próprios dos partidos · Recursos gerados pela aplicação de suas disponibilidades Administração financeira das campanhas eleitorais · Pelo candidato · Diretamente · Por interposta pessoa, que será solidariamente responsável pela veracidade das informações · Ambos devem assinar a prestação de contas · Conta bancária específica: · Obrigatório para: · Candidatos e partidos · Não obrigatória para: · Candidato a prefeito e vereados nos municípios onde não haja agência ou posto de atendimento bancário · Gastos eleitorais que não provenham da conta específica: desaprovação da prestação de contas · Comprovação de abuso de poder econômico: cancelamento do registro da candidatura ou cassação do diploma · Candidato deve proceder a inscrição no cadastro nacional da pessoa jurídica – CNPJ · A partir da obtenção de CNPJ candidatos podem promover a arrecadação de recursos e realizar despesas de campanha · A partir do dia 15 de maio do ano eleitoral, pré-candidatos podem arrecadar previamente por financiamento coletivo · A liberação desses recursos fica condicionada ao registro da candidatura e despesas devem obedecer ao calendário eleitoral · Caso não seja deferido o registro da candidatura, as entidades arrecadadoras deverão devolver os valores aos doadores Doações de campanha Doações por pessoas físicas: · Doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro · Limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo eleitor no ano anterior da eleição: art. 23, §1º · Limite não se aplica a doações estimáveis em dinheiro relativas a utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador ou a prestação de serviços próprios: mas não pode ultrapassar R$ 40.000,00 por doador · Doador isento de declarar imposto de renda: percentual calculado com base no limite estipulados para isenção (art. 27, da resolução TSE 23.607/19) · TSE: casados em comunhão universal de bens = pode considerar conjuntamente, para efeito do cálculo do limite de doação, os rendimentos brutos anuais do doador e seu cônjuge · Não são comunicáveis os rendimentos auferidos pelo cônjuge do doador, casado sob o regime de comunhão parcial de bens, decorrentes de lucros advindos de quotas de sociedade empresarial adquiridas na constância do casamento · O pagamento efetuado por pessoas físicas, candidatos ou partidos em decorrência de honorários de serviços advocatícios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido político, não será considerado para a aferição do limite previsto no § 1º deste artigo e não constitui doação de bens e serviços estimáveis em dinheiro. · Limite é apurado anualmente pelo TSE e secretaria da receita federal · TSE consolida as informações das doações registradas até 31 de dezembro do exercício financeiro a ser apurado e considera: · Prestações de contas anuais dos partidos, entregues a JE até 30 de abril do ano subsequente ao da apuração · Prestações de contas dos candidatos que tenham ocorrido no exercício financeiro a ser apurado · Depois de consolidar, TSE manda para a secretaria da receita até 30 de maio do ano seguinte ao da apuração · Receita faz cruzamento de valores com os rendimentos · Caso encontre indícios de excesso, comunica o MP eleitoral até 30 de julho do ano seguinte ao da apuração · MPE pode até 31 de dezembro do ano seguinte ao da apuração, ingressar com representação por doação irregular em face do doador · Proposta no juízo eleitoral do domicílio civil do doador · Pedido de quebra individualizada de sigilo fiscal do representado para saber o valor do rendimento bruto para calcular o que foi doado em excesso · Rito: art. 22, LC 64/90 · Julgado procedente: doador fica inelegível por 8 anos (efeito da condenação) · Doação acima dos limites legais: sujeição do infrator a multa de até 100% da quantia em excesso, sem prejuízo de responder o candidato por abuso de poder econômico Recursos próprios dos candidatos: · Candidato pode usar recursos próprios até o total de 10% dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer Financiamento coletivo: · Crowdfunding · Art. 23, §4º, IV, lei 9.504/97 · Instituições podem arrecadar previamente, a partir de 15 de maio do ano eleitoral · Precisam de cadastro prévio na JE · São autorizadas as instituições que, nos termos da lei e regulamentação do BACEN, atendam aos critérios para operar arranjos de pagamento · Na fase de arrecadação devem divulgar a lista de doadores e quantias doadas e encaminhar a JE · Liberação dos recursos fica condicionada a apresentação do registro da candidatura · Se não for apresentado, devem devolver os recursos aos doadores · Prestação de contas: · Dispensa apresentação de recibo eleitoral · Comprovação por documento bancário que identifique o CPF do doador · Doações devem ser informadas à JE pelos candidatos e partidos no prazo de 72h, contados do momento em que os recursos arrecadados forem depositados · Fraudes cometidas pelo doador sem conhecimento dos candidatos ou partidos não ensejam responsabilidade destes ou rejeição das contas Limite de gastos para campanha eleitoral: · Definidos em lei e divulgados pelo TSE · Contabilizados: despesas que puderem ser individualizados · Não contabilizados: advocatícios e de contabilidade · Descumprimento: pagamento de multa equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o limite, sem prejuízo da apuração de ocorrência de abuso de poder econômico Limite de gastos nas eleições do Poder Executivo · São definidos com base na última eleição · Base de cálculo: gastos das eleições anteriores para os mesmos cargos · Circunscrição com apenas 1 turno: teto será de 70% do maior gasto declarado para o cargo na circunscrição em que houver apenas 1 turno · Circunscrição eleitoral em que há 2 turnos: o teto será de 50% do maior gasto declarado para o cargo da circunscrição eleitoral. Para o 2º Turno, o limite de gastos será de 30% dos gastos permitidos para o 1º turno na respectiva circunscrição eleitoral. · Municípios com até 10 mil eleitores: os limites serão de 100 mil reais para Prefeito e 10 mil reais para Vereador. Limite de gastos na eleições do poder legislativo: · Teto será de 70% do maior gasto contratado na circunscrição, para o cargo, na eleição imediatamente anterior a publicação da lei 13.165/15 · Objetivo: redução dos gastos de campanha · Valores são atualizados pelo INPC Descumprimento dos limites · Partido: perde o direito ao recebimento da quota do fundo partidário do ano seguinte · Aplicado de forma proporcional e razoável, pelo período de 1 a 12 meses, ou por meio do desconto, do valor a ser repassado, na importância apontada como irregular, não podendo ser aplicada a sanção de suspensão, caso a prestação de contas não seja julgada após 5 anos de sua apresentação. · Responsabilização por abuso do poder econômico
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