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enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Sumário Assistência de Enfermagem ao Paciente Grave 3 Gerenciamento e Estrutura na UTI 4 Monitorização Hemodinâmica, PAI, PVC, PIC e PIA 6 Manuseio e administração de drogas nas situações de urgências e emergências 13 Drogas Vasoativas 15 Cuidados Gerais com Drenos, Cateteres e Sondas 19 Balão Intra-aórtico (BIA) 23 Intubação Orotraqueal 24 Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) 26 Ventilação Mecânica 31 Gasometria 37 2 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Assistência de Enfermagem ao Paciente Grave Enfermagem: Evolução Enfermagem: Construção da assistência qualificada em saúde Acompanhando mudanças: Tecnológicas, Sociais e Organizacionais Mudanças organizacionais : Otimização Qualidade da assistência Diminuição de custos SAE – Processo de Enfermagem Paciente Crítico: Cuidados específicos/ ininterruptos Enfermagem/Paciente Crítico: Não se restringe a execução de técnicas Agrega ciência Conciliar tecnologia :Cuidado SAE – Processo de Enfermagem SAE - Contribui para cuidados holísticos e integrais: Resolução COFEN 358/2009 Vamos relembrar o Processo de Enfermagem ● Investigação (coleta de dados) obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas; Diagnóstico de Enfermagem: Interpretação das demandas identificadas na investigação (julgamento clínico); ● Planejamento: Determinação dos resultados que se espera alcançar e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas; ● Implementação da assistência: realização das ações ou intervenções determinadas na etapa do planejamento; ● Avaliação: processo sistemático e contínuo de avaliação das ações realizadas e de verificação da necessidade de mudanças. Características do Paciente Crítico ➔ Cuidados altamente complexos e controles estritos ➔ Assistência ininterrupta ➔ Equipamentos e recursos especializados ➔ UTI/PS/Leitos especializados de clínicas Metabolismo Hemodinâmica Dispositivos Sedação Risco de Morte Analgesia Monitorização Hemodinâmica Processo contínuo e diário Processo de Enfermagem e Assistência Qualificada : ● Coleta de dados ● Análise e interpretação ● Tomada de decisão Principais Diagnósticos de Enfermagem Risco de desequilíbrio eletrolítico, relacionado a “disfunção renal, volume de líquido excessivo/insuficiente”. Risco de Perfusão renal ineficaz, relacionado a “insuficiência renal, alterações de PA, hipovolemia, alteração de DC (FC + VS)”. 2,8 a 4,2 L/min Risco de Débito Cardíaco Diminuído, relacionado a “contratilidade alterada, FC alterada, ritmo cardíaco irregular, DU diminuído.” Risco de perfusão tissular periférica ineficaz, relacionado a “utilização de DVA”. 3 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Gerenciamento e Estrutura na UTI Unidade de Terapia Intensiva: Unidade complexa, dotada de um sistema de monitorização contínua, que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos, que com o suporte e tratamentos intensivos tenham possibilidade de recuperação. Florence exigiu que os pacientes mais graves fossem colocados próximos ao posto de enfermagem: Soldados gravemente feridos foram AGRUPADOS e ISOLADOS ➞ Redução da mortalidade Gerenciamento de Estrutura na UTI Objetivos e Finalidades Fornecer e manter uma estrutura capaz de garantir suporte a pacientes graves com potencial risco de morte. 1. Assistência médica e enfermagem por 24h 2. Acesso a exames laboratoriais e de imagens por 24h 3. Acesso a alta tecnologia Princípios Básicos de Gerenciamento Princípios da Administração: ● Planejamento ● Execução ● Controle Regulamentação Técnica: RESOLUÇÃO - RDC Nº. 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002: • Dispõe sobre a estrutura física dos estabelecimentos de saúde. ➔ Avaliação dos projetos físicos serão de responsabilidade dos técnicos (CREA). ➔ Cabe a gerencia a guarda dos projetos aprovados, mantendo-os disponíveis para consulta em vistorias. ➔ É obrigatório a existência de UTI adulto em hospitais terciários e em secundários com capacidade > 100 leitos. ● Posto de Enfermagem = Deve permitir a observação visual direta ou eletrônica dos leitos. Possuir 6,0m2 ● Área para prescrição e evolução Espaço reservado aos profissionais para descrever procedimentos Possuir 1,5m2 ● Quartos (Isolamento ou Não) Número de UTI deve corresponder a 6% do total de leitos do Hospital. 10m2 com distância de 1m2 entre paredes e leitos. ● Área coletivas de tratamento Deve ser previsto 1 quarto de isolamento para cada 10 leitos de UTI 9m2 por leito e 2m2 entre leitos PORTARIA Nº 3.432/GM, 12/08/1998: • Critérios de classificação entre diferentes unidades de tratamento intensivo – UTI ➔ UTI Adulto (UTI-A) • > 15 ou > 18 anos ➔ UTI Especializada • Tipo de doença • Intervenção ➔ UTI Neonatal (UTIN) • 0 e 28 dias ➔ UTI Pediátrica (UTIP) 29 dias a 14 ou 18 anos Ministério da Saúde baseia-se na complexidade de atendimentos e classifica as UTIs em Tipo I, II e III.De acordo com a incorporação de tecnologia, especialização dos recursos humanos e área física. UTI Tipo II 4 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Tipo III, deve contar com os requesitos do II mais : RESOLUÇÃO Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2010: • Requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva Estabelecidos com o intuito de reduzir riscos ao paciente, visitantes, profissionais e ao meio ambiente. Se aplicam a todas as unidades de terapia intensiva do país. Públicas, privadas, filantrópicas, civis ou militares. Definem a UTI, como: ] ➔ Área crítica ➔ Internação de pacientes graves ➔ Profissionais especializados ➔ Tecnologia necessária para o diagnóstico Requisitos de Funcionamento UTI RDC 07/2010: ● Alvará de licenciamento sanitário ● Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) ● Registro das normas e das rotinas dos procedimentos assistenciais ● Recursos humanos e materiais ● Segurança e a proteção de pacientes, profissionais e visitantes Médico •01 Responsável técnico. •01 diarista/rotineiro para cada 10 leitos ou fração. •01 plantonista para cada 10 leitos, em cada turno. Enfermeiro •01 Coordenador •01 para cada 8 leitos ou fração, em cada turno. Fisioterapeuta •01 Coordenador •01 para cada 10 leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno (18h/diárias) Técnico de Enfermagem • No mínimo 01 para cada 02 leitos em cada turno. • 01 por UTI para serviços de apoio, por turno. Auxiliares administrativos • No mínimo 01 exclusivo por unidade. Funcionários da Limpeza •01 em cada turno. Recursos Materiais ➔ Cama hospitalar com ajuste de posição, grades laterais e rodízios. ➔ Bolsa Válvula Máscara: 01 por leito, com reserva de 01/02 Leitos. ➔ Conjunto para nebulização ➔ 04 Bombas de infusão com reserva de 01/03leitos ➔ Fita métrica ➔ Monitorização Contínua ➔ Estetoscópio 5 enf_sara Resumos para Estágio: Unidadede Terapia Intensiva Monitorização Hemodinâmica, PAI, PVC, PIC e PIA Fisiologia Cardiovascular: Conceitos Importantes Coração e Vasos Sanguíneos Circulação Pulmonar Oxigenação Perfusão SpO2 SvO2 DO2 - Oferta VO2 - Consumo Monitorização Hemodinâmica Consiste na observação contínua das funções vitais. Não Invasiva: Frequência Cardíaca; Eletrocardiograma Contínuo; Diurese; Oximetria de Pulso (SpO2); Capnografia (Etco2); Pressão Arterial (PANI); Frequência Respiratória; Temperatura; Perfusão Periférica; Nível de Consciência Minimamente Invasiva • Pressão Arterial Invasiva (PAI) • Pressão venosa Central (PVC) • SvcO2 FloTrac / EV1000 Cateter Central com Fibra ótica Invasiva • SvO2 (mista) • Pressões de Artéria Pulmonar Cateter de Artéria Pulmonar (Swan-Ganz) Situações da Monitorização Hemodinâmica Sempre que houver risco de desequilíbrio na oxigenação/ perfusão! O foco do profissional deve ser encontrar os possíveis fatores geradores do desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio. EX: ● Sepse ● Arritmias/PCR/IC Descompensada ● Cirurgias de Grande Porte ● Acidente Vascular Encefálico ● Crises Hipertensivas ● Trauma Pressão Arterial Pressão do sangue ejetado pelo coração na parede arterial ➔ Pressão Arterial Sistólica (PAS): Final da Sístole 100 a 130 mmHg ➔ Pressão Arterial Diastólica (PAD): Relaxamento do Ventrículo 60 a 90 mmHg ➔ Pressão Arterial Média (PAM): PAS+(2xPAD)/3 70 a 105 mmHg Fatores Determinantes I. Débito Cardíaco II. Volemia III. Resistência Vascular Sistêmica Pressão Arterial Invasiva – PAI Consiste na inserção de um cateter arterial para monitorização contínua Complicações: ● Hemorragias ● Obstrução arterial ● Pseudoaneurisma ● Infecção ● Insuficiência Vascular Teste de Allen: Avaliação da circulação colateral da mão durante a oclusão da artéria radial Sítios de punção mais comuns: Artéria Radial Artéria Femoral Artéria Pediosa Técnica: Punção simples com cateter de punção periférica (ex: Jelco); Técnica de Seldinger; Dissecção. 6 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Indicações: estados de choque, infusão de drogas vasoativas, coletas frequentes de gasometria, uso de Balão Intra Aórtico, cirurgias de grande porte, monitorização neurológica Profissionais habilitados para inserção: enfermeiro e médico Resolução do COFEN nº 390/2011 Necessita de um sistema de monitorização (equipo com transdutor, pressurizador, cabo de pressão invasiva, Complicações: SF, cateter e monitor) Lembre-se! A bolsa pressurizadora deve manter-se insuflada a 300mmHg para garantir fluxo de 3 a 4ml/h, garantindo, assim, monitorização fidedigna e via livre de obstruções Monitorização da PAI realizada por meio da canulação/punção ou dissecção de uma artéria, conectada a um sistema de transdutor de pressão. Imagem do antebraço direito, evidenciando grande hematoma próximo ao local da punção da artéria radial. Zeragem do Sistema Cabeceira: O° a 60° Avaliação da Curva de PAI 1: Subida Sistólica=antes da abertura da valva aórtica 2: Pressão sistólica de pico=abertura da valva aórtica 3: Descida sistólica 4: Nó dicrótico=fechamento da valva aórtica 5: Rampa diastólica 6: Pressão diastólica final= vasoconstrição arterial Teste da onda quadrada / Flushing Test 1,5 a 2 oscilações: valor de pressão arterial fidedigno 7 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva 1 oscilação ou menos: PA real está mais alta (está subestimada) Mais de 2 oscilações: PA real está mais baixa (está superestimada) Possíveis causas: ➔ Curativo; ➔ Restrição mecânica; ➔ Encaixes do Circuito; ➔ Pressurizador; ➔ Extensões; ➔ Posição do cateter; ➔ Coágulos na extensão Retirada do Cateter Uso prolongado de dispositivos aumentam o risco de infecção! Avaliação após retirada. Atentar-se para presença de fixação com pontos de nylon. Retirar o curativo com cuidado. Compressão mecânica vigorosa conforme protocolo. Manter curativo conforme protocolo. Pressão Venosa Central – PVC Pressão Venosa na desembocadura da veia cava superior: É uma medida de pré-carga do VD, pois reflete a pressão exercida pelo volume sanguíneo na parede do VD no final da diástole. É medida através de um Cateter Venoso Central. Principais sítios: veia jugular, subclávia ou braquial. Valores de referência variam na literatura. Em geral, valores de até 8mmHg são considerados normais. Pacientes em VM tendem a pressões maiores devido alteração das pressões intratorácicas. ● CVC: Procedimento exclusivo do médico. ● PICC: Procedimento exclusivo do enfermeiro habilitado. Para segurança do paciente e garantia de medidas de PVC corretas, a posição do cateter deve ser confirmada através de radiografia Riscos e complicações: ➔ Pneumotórax ➔ Hemotórax ➔ Perfuração cardíaca ou vascular ➔ Arritmias ➔ Embolia gasosa ➔ Infecção Trombose Avaliação da Curva de PVC Onda A: Contração atrial Onda X: Diástole atrial Onda V: Enchimento Atrial passivo Onda Y: Esvaziamento Atrial Pontos de atenção: • Dobras ou torções no sistema; • Medicações em infusão; • Excesso de conexões; • Folga nos encaixes; • Conector valvulado na conexão do cateter com o equipo transdutor; • Coágulos e medicação na extensão do cateter; • Obstrução na ponta do cateter Retirada do Cateter Posição de Trendelemburg (risco de embolia gasosa): atenção ao protocolo institucional; Compressão mecânica: atenção para manobra vagal; Curativo conforme rotina da instituição; Avaliação após retirada. 8 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva PAI e PVC na Beira do Leito: Monitorização Minimamente Invasiva Sistema FloTrac e Plataforma EV1000: Edwards Lifesciencies Parâmetros Hemodinâmicos Avançados ● Débito Cardíaco (DC) ● Índice Cardíaco (IC) ● Volume Sistólico (VS) ● Variação de Volume Sistólico (VVS) Débito Cardíaco = Volume Sistólico (VS x Frequência Cardíaca (FC) ↳ Volume de sangue ejetado do ventrículo a cada batimento. É expresso em ml/batimento Pré-carga - Pós-Carga - Contratilidade ↳ VD: PVC VE: Pressão de Oclusão de Artéria Pulmonar VD: Resistência Vascular Pulmonar VE: Resistência Vascular Sistêmica Na monitorização minimamente invasiva não é possível analisar pré-carga de VE nem Pós-carga de VD! Variação de Volume Sistólico (VVS) É a porcentagem de variação do Volume Sistólico conforme o ciclo respiratório (ou seja, conforme alteração da pressão intratorácica). Variações normais esperadas: entre 10 e 15% Variações maiores que 15%: Hipovolemia? Variações menores que 10%: Hipervolemia? Débito Cardíaco (DC): 4 a 6L/min Índice Cardíaco (IC): 2,5 a 4Lmin/m² Volume Sistólico (VS): 50 a 100ml/batimento Variação de Volume Sistólico (VVS): 10 a 15% CVC com Fibra Ótica PVC • SvcO2 • RVS e IRVS Cateter de Artéria Pulmonar ● Pressões de Artéria Pulmonar ● RVP ● Termodiluição ● SvO2 mista 9 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Procedimento exclusivamente médico. Necessária radiografia para verificação da posição Monitor Vigilance: SvO2, DC, Temperatura e outros parâmetros hemodinâmicos contínuos, perfil cardíaco e perfil de oxigenação Cuidados como Protetor Tubular: Manter íntegro Não instalar fixações adesivas Observar presença de sangue (retirada imediata do cateter/rompimento do balonete) Cuidados com balonete: insuflar apenas durante medidas. Manter sempre desinsuflado e com trava de segurança na seringa Principais Complicações: Arritmias Trombose Obstrução de Artéria Pulmonar Embolia Gasosa Curvas Presentes Durante a Inserção Cuidados de Enfermagem Observar atentamente os SSVV, traçado do ECG e diurese do paciente monitorizado de forma não invasiva; Instalar fixação adequada de cateteres e dispositivos; Programar os parâmetros de alerta dos monitores; Realizar calibragem dos sistemas e medidas hemodinâmicas; Avaliar posicionamento do paciente e funcionamento dos cabos e sistemas; Avaliar exames laboratoriais antes da inserção e retirada de dispositivos; Avaliar presença de sinais flogísticos na inserção dos cateteres; Monitorar perfusão periférica dos membros com cateteres arteriais; Avaliar radiografia de tórax após inserção de cateteres centrais; Manter o balonete do cateter de artéria pulmonar desinsuflado; Avaliar posicionamento do paciente e funcionamento dos cabos e sistemas; Monitorar ruptura do balonete do cateter de artéria pulmonar; Manter conexões íntegras e estéreis; Manter bolsas pressurizadoras a 300mmHg; Monitorar formato das curvas de pressão dos cateteres. Pressão Intracraniana (PIC) Pressão exercida pelo volume do conteúdo intracraniano dentro da abóbada craniana. ● Crânio - Rígido ● Encéfalo 80% ● Volume Sanguíneo 10% ● LC (líquor) 10% Polígono de Willis: Anatomia e Fisiologia do Líquor: 10 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Produção : Plexos coróides Circulação: Forames de Monro (interventriculares) Ventrículos laterais – 3º e 4º ventrículo Forames de Luschka e Magendie, Cisternas basais, Convexidade do encéfalo, Medula no canal raquidiano Reabsorção: Granulações aracnóides Hipertensão Intracraniana Elevação da Pressão Intracraniana decorrente da diminuição do Fluxo Sanguíneo Cerebral ➔ PIC normal: entre 0 e 15 mmHg ➔ Hipertensão Intracraniana: acima de 20 mmHg* *A descrição dos valores da PIC pode ter uma pequena variação, a depender da fonte bibliográfica. Lei de Monroe-Kellie O aumento de qualquer desses componentes ou aparecimento de um quarto elemento modifica o volume dos outros. Parênquima cerebral não pode ser reduzido; sangue e líquor tornam-se “elementos tampão” Compensação: deslocamento ou desvio do LCR, ↑ a absorção ou ↓ a produção de LCR, ↓ o volume sanguíneo cerebral (complacência normal) Quando o limite de compensação é atingido (perda da complacência), qualquer aumento adicional leva a elevação dramática da PIC. PIC elevada ↳ Situações comuns: AVE, TCE e tumores. Alteração da Perfusão Cerebral ↳ PPC = PAM - PIC (normal acima de 60mmHg). ↳ Flexão ou rotação da cabeça Dor Alterações da pO2 e pCO2 Aspiração de vias aéreas Distúrbios hidroeletrolíticos Glicemia Instável Febre ↳Herniação Sinais e sintomas de PIC aumentada • Cefaleia • Náuseas com ou sem vômitos • Papiledema (edema do disco do nervo óptico) • Alterações da personalidade • Déficits focais Tríade de Cushing: I. Bradicardia; II. Hipertensão; III. Alteração do padrão respiratório Monitoramento da Pressão Intracraniana Curva PIC normal e HIC: Manejo da Hipertensão Intracraniana (HIC): Medidas Gerais: ● Cabeceira Elevada a 30° ● Alinhamento mento-esternal ● Controle da dor Ajuste de pO2 e pCO2 ● Controle Glicêmico ● Ajuste hidroeletrolítico ● Atenção aos procedimentos que possam elevar PIC Medidas Específicas: ● Corticóides (atenção para S. de Cushing) ● Derivação Ventricular ● Hiperventilação ● Diuréticos 11 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva ● Soluções Salinas Hipertônicas ● Barbitúricos ● Hipotermia ● Terapêutica/Controle ● Direcionado de Temperatura ● Craniectomia Descompressiva Cuidados de Enfermagem Avaliar nível de consciência e estado mental; Monitorar qualidade das ondas de PIC; Monitorar ocorrência de convulsões; Garantir posicionamento adequado do paciente; Manter normotermia; Realizar avaliação das pupilas; Avaliar características da drenagem do líquor; Avaliar possíveis sinais flogísticos na inserção do cateter de PIC. Pressão Intra-Abdominal (PIA) Pressão existente no interior da cavidade abdominal. Valores de referência: entre 5 e 7 mmHg Hipertensão Intra-Abdominal: acima de 12 mmHg após 3 avaliações consecutivas com intervalo mínimo de 4 horas Síndrome Compartimental Abdominal: acima de 20mmHg Hipertensão Intra-Abdominal: Classificação Grau I 12 - 15mmHg Grau II 16 - 20mmHg Grau III 21 - 25mmHg Grau IV > 25mmHg Síndrome Compartimental Abdominal Elevação progressiva e sustentada da pressão intraabdominal>20mmHg, causando disfunção de múltiplos órgãos Exame físico: sensibilidade de 40 a 60 %, portanto deve-se considerar a história clínica, sinais e sintomas e aferição de PIA. Técnica Para Aferição: Decúbito Dorsal Horizontal; • Conectar transdutor com SF na 3ª via; • Clampear bolsa coletora; • Zerar sistema na linha axilar média; • Fechar via do pressurizador e injetar SF com seringa; • Fechar via para o ambiente e ler pressão após 30 a 60 segundos (anotar valor obtido no final da expiração); • Desclampear coletor e descontar valor no BH. Cuidados de Enfermagem Se possível, manter paciente em decúbito dorsal horizontal; Manter vigilância hemodinâmica; Monitorar volemia e sinais de disfunção renal; Monitorar parâmetros respiratórios; Monitorar pressão de perfusão cerebral e sinais de HIC; 12 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Manuseio e administração de drogas nas situações de urgências e emergências O setor de urgência e emergência é uma área de alto risco para ocorrência de eventos indesejáveis, devido à rotatividade e dinâmica de atendimento, pela grande demanda de pacientes com graus variados de gravidade, pela deficiência quantitativa e qualitativa dos recursos humanos e materiais, sobrecarga de trabalho e estresse profissional e ambiental (AZEVEDO et al., 2012). Frente às características clínicas dos pacientes atendidos na unidade de urgência e emergência, a intervenção medicamentosa e administração de drogas com alto poder de ação é frequente tornando uma aliada no processo de recuperação da saúde. Para tanto, a administração de medicamentos exige um cuidado intenso e requer conhecimentos específicos e especializados, pois qualquer falha durante esta atividade pode trazer consequências, tais como: reações adversas reações alérgicas e erros de medicação os quais podem ser irreversíveis e devastadores. Se tratando de Urgência e Emergência, dentre as principais intervenções realizadas pela equipe de enfermagem a administração de drogas utilizadas em situações de urgência é uma das mais frequentes. Entretanto, com os avanços tecnológicos, muitos os dispositivos e equipamentos relacionados à saúde são utilizados na assistência de enfermagem para a administração desses medicamentos, tais como bombas de infusão, equipos e conexões de múltiplas vias e são fatores preocupantes, pois são fontes de risco para o erro, tanto na sua inserção quanto no seu manuseio. A administração de drogas é realizada de formas diversas embolus ou em administração contínua visando muitas vezes manutenção dos parâmetros vitais e estabilização clínica dos pacientes (FERNANDES, 2014). Carros de Emergência Para realizar atendimento de situações de emergência há no setor os carros de emergência, cujos itens devem ser imprescindíveis para atenderem a demanda, sendo que a quantidade de materiais e medicações varia conforme o público atendido, para que assim possa contribuir com a agilidade e diminuir o desperdício. Sua padronização é sugerida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) embasada nas normas da American Heart Association (AHA). Embora as medicações sejam contidas no carro de emergência sejam exclusivas para a reversão de uma parada cardiorrespiratória, deve-se ressaltar a importância de abranger medicações para outras situações, como (BUTZKE, 2017). ● síndromes coronarianas agudas ● insuficiência cardíaca congestiva ● edema de pulmão Vejamos algumas classes de medicações que estão presentes nos carros emergências (BUTZKE, 2017): antiarrítmico, anticolinérgico, alcalinizante, antipsicótico, anestésico, cardiotônico, adrenérgico, bloqueador neuromuscular, broncodilatador analgésico opioide, antídoto dos benzodiazepínicos, diurético de alça, carboidrato, ansiolítico benzodiazepínico, antídoto de analgésico opioide, anti-hipertensivo, agonista adrenérgico. A epinefrina é utilizada em reanimação cardíaca há décadas e sua sugestão é feita pela American Heart Association (AHA) e European Resuscitation Council (ERC), porém sua administração em pacientes com ataques cardíacos permanece duvidosa, é mediada principalmente por efeitos α-adrenérgicos com intuito de melhorar a pressão de perfusão coronária. O midazolam possui efeitos ansiolíticos e sedativos, seus efeitos contra a dor são seguidos de modestas alterações dos sinais vitais, tendo como características, redução da pressão arterial ocasionado pelo seu efeito 13 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva vasodilatador, pode ocasionar redução da frequência respiratória com pequena dessaturação do oxigênio A noradrenalina é o vasopressor que tem propriedades predominantemente α-adrenérgicas, mas o efeito β-adrenérgicos ajuda a manter o débito cardíaco. A deficiência de vasopressina pode se desenvolver em pacientes com choque distributivo hiperdinâmico e a administração em doses baixas pode resultar em aumentos substanciais na pressão arterial. Pode-se adicionar vasopressina (até 0,03 U/min) à norepinefrina com a intenção de aumentar a pressão arterial até o alvo terapêutico ou diminuir a dosagem de noradrenalina. A dobutamina é o agente inotrópico de escolha para o aumento do débito cardíaco, independentemente de a norepinefrina também estar sendo administrada. A dobutamina tem efeitos limitados sobre a pressão arterial, embora possa aumentar ligeiramente em pacientes com disfunção miocárdica como a anormalidade primária ou diminuir ligeiramente em pacientes com hipovolemia subjacente A adrenalina é uma droga potente que tem efeitos predominantemente βadrenérgicos em doses baixas, com efeitos α-adrenérgicos em doses mais elevadas. No entanto, a administração de adrenalina pode estar associada a uma taxa maior de arritmias e diminuição do fluxo sanguíneo esplâncnico, além de aumentar os níveis de lactato sanguíneo, provavelmente por aumento do metabolismo celular. A morfina, sendo o protótipo do grupo de opioides fortes, é o fármaco de escolha para o controle da dor intensa. Sua dose analgésica varia de 5mg até mais de 200mg, a cada 4 horas, mas na maioria dos casos, a dor é controlada com doses de 10 a 30mg, porem a escolha da dose adequada é o equilíbrio entre o controle da dor com mínimos efeitos adversos possíveis. Para melhor controle das doses administradas, são disponíveis formulações de liberação rápida e controlada da morfina. Fonte: SCHWENGBER, 2017 Esse fármaco é metabolizado especificamente por via hepática, formando dois metabolitos, sendo um deles inativo, que se liga aos receptores opioides, impedindo a transmissão de mensagens da dor, e o outro exerce a ação analgésica significativa. Aspirina é o nome comercial do medicamento que tem como base o ácido Acetilsalicílico (LUZ et al.,2019) O Ácido Acetilsalicílico demonstra sua eficácia na redução de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), sendo mais resultante que outros agentes plaquetários, ou seja, o uso do AAS em doses baixas na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares como antiagregantes plaquetário tem mostrado resultados positivos, além de possuir baixo custo, disponibilidade e fácil implementação.Estudos demonstraram que, tanto na prevenção primária (pessoas com idade ≥ 40 anos com pelo menos dois fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e/ou dislipidemia), quanto na prevenção secundária (pacientes com história de AVC isquêmico, IAM e/ou com angina pectoris), o uso do AAS pode levar a uma importante redução de eventos cardiovasculares, que pode ser de até 40% (SOUSA et al., 2017). 14 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Drogas Vasoativas O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias que apresentam efeitos vasculares periféricos pulmonares ou cardíacos. Sejam eles: diretos ou indiretos Atuando através de receptores situados no endotélio vascular em pequenas doses com respostas dose dependente de efeito rápido e curto. Fármaco = Absorção = Atuação no Receptor Biológico = EFEITO Relação de Fármaco/Receptor Droga + Receptor ⇆ DR ➙ Resposta Somático: Voluntários Musculo esquelético ➙ NT: Acetilcolina➙ Nicotínico ➙ VAN Autônomo: Involuntários Simpático (SNAS)=“luta ou fuga” ↳ Adrenérgica ➙ NT sinapse final: Noradrenalina: Receptores Adrenérgicos ● SiNA ● α1α2 β1β2 β3 Parassimpático (SNAP)= “restauração ou manutenção” ↳ Colinérgica ➙ NT sinapse final: Acetilcolina: Muscarínicos ● PAMusca Autônomo: Involuntários Simpático (SNAS): “luta ou fuga” • Aumento da FC • Aumento da PA • Inibe a salivação • Aumento da glicemia (liberação hepática) • Inibe a atividade do estômago e pâncreas • Broncodilatação • Midríase • Relaxamento da Bexiga Parassimpático (SNAP): “restauração ou manutenção” • Diminuição da FC • Diminuição da PA • Estimula a salivação • Aumenta a secreção biliar • Estimula a atividade do estômago e pâncreas • Broncoconcstricção • Miose • Contração da Bexiga Fármacos: Agonistas: SE LIGA a um receptor celular e ATIVA para provocar uma RESPOSTA biológica Antagonistas: SE LIGA a um receptor celular e BLOQUEIA a AÇÃO do agonista Receptores Adrenérgicos α: α1: Vasoconstrição ↑RVP ↑PA α2 : Pré-sinápticos: Receptor Inibitório dos efeitos da Nora β: β1 :Inotrópico + Cronotrópico + β2 : Relaxa Broncodilatação ↓ RVP β3: Lipólise Metabolismo Catecolaminas (norepinefrina, epinefrina, dopamina) NT que atuam no controle da função cardíaca, da força de contração cardíaca, na resistência dos vasos sanguíneos e nos bronquíolos, na liberação de insulina e na degradação de gordura ↳ Simpatomiméticos: São substâncias que imitam os efeitos da adrenalina. EX: Adrenalina Noradrenalina Isoproterenol Dopamina Dobutamina Vasopressina Utilizados em casos de CHOQUE. ● rápido início de ação ● breve duração de ação ● não são administradas por via oral ● não ultrapassam a barreira hematoencefálica Principais Classes 1. Vasopressores: Adrenalina +Noradrenalina = Vasopressina 2. Vasodilatadores: Nitroglicerina e Nitroprussiato de sódio 3. Inotrópicos : Dobutamina Vasopressores Noradrenalina: A finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume. 15 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva A NA possui atividade tanto no receptor alfa1, como beta1 adrenérgico, com pouca ação sobre receptores beta2. Aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da FC e importante vasoconstrição periférica, com aumento da PA. Ampola âmbar: 2 mg/mL 4mg em 4mL 2 mg de hemitartarato de norepinefrina (equivalente a 1 mg de norepinefrina base) Apresentação e Diluições: ● Diluição (Vai depender da Instituição) 4 ampolas em 234 mL de SG5% (60 mcg/mL) 8 ampolas em 218 mL de SG5% (128 mcg/mL) Dose 0,05-3 mcg.kg.min (3 - 197mL/h) Atenção: Precisa correr em via única de acesso central. Mas pode iniciar no periférico até punção central. Atenção redobrada às extremidades. Adrenalina/Epinefrina Finalidade: elevação da PA! nas situações em que coexistem depressão miocárdica e vasoplegia importante. PCR Alfa (1) e beta-adrenérgico (1 e 2) Devido a uma ação direta no miocárdio, com aumento da contração ventricular (inotropismo +), um aumento da frequência cardíaca (cronotropismo +) e uma vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas). Pode ser feita em BIC (choque anafilático e refratário). INDICAÇÕES: Suporte hemodinâmico em situações de parada cardiorrespiratória ou estados de choque; Reações de anafilaxia ou choque anafilático; Crise asmática grave e pouco responsiva às medidas terapêuticas habituais; Controle de pequenas hemorragias cutâneas; Em associação aos anestésicos locais, de forma a promover incremento na duração do efeito analgésico. Apresentação e Diluições Ampola âmbar : 1mg em 1mL Diluição (Vai depender da Instituição): 2 ampolas em 248 mL de SG5% (8 mcg/mL) ] PCR: 1 mg/mL a cada 3 a 5 minutos + flush de SF a 09% Dose: 0,02-1 mcg.kg.min Atenção: Pode ser feito em Acesso Venoso Periférico e Acesso Venoso Central SEMPRE EM VIA ÚNICA! Se em BIC: precisa correr pelo acesso central! Atenção redobrada às extremidades. Vasopressina Finalidade provoca vasoconstrição! Vasoconstrictor Esplâncnico É um hormônio com efeito antidiurético e vasopressor; O efeito pressor ocorre através da contração do músculo do trato gastrointestinal e de todas as partes do sistema vascular (veias e artérias). Promove vasodilatação coronariana, cerebral e na circulação pulmonar (em baixas concentrações). Choque refratários - Sepse Apresentação e Diluições: Ampola transparente: Vem em UI 1 ampola 20 UI (1mL) Diluição (Vai depender da Instituição): 1 ampola em 99 mL de SF 0,9% (0,2 ui/mL) Dose: 0,6-2,4UI/h (Geralmente Inicia na dose Máx. 12 ml/h) 16 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Atenção Medicação pode ser em: SC, IM, IV Pode ser feito em Acesso Venoso Periférico Profundo e Acesso Venoso Central SEMPRE EM VIA ÚNICA! SEMPRE EM BIC QUANDO CHOQUE. INOTRÓPICOS: Dobutamina Finalidade: Aumento do Débito Cardíaco (Inotrópico +) e Cronotrópico Positivo; Ação β1 em Pacientes com sinais de hipoperfusão. Débito Cardíaco: I. Frequência Cardíaca II. Volume sistólico: ● Contratilidade ● Pré-carga ● Pós-carga Inotrópicos devem ser iniciados quando há evidências de má perfusão/hipoperfusão secundária à diminuição de contratilidade miocárdica. Costuma-se iniciar o inotrópico com doses baixas/moderadas e depois vai-se titulando. A dose adequada de inotrópico vai variar de paciente para paciente. Não há tempo máximo que o inotrópico possa ser usado. Má perfusão (enchimento capilar) Possível: ● Cardiopata ● IAM ● EAP HIPOTENSIVO ☇ DOBUTA Pode causar leve Hipotensão – Pode associar com NORA Apresentação e Diluições: Ampola transparente: 12,5 mg/mLAmpola com 20 mL (250mg) Diluição (Vai depender da Instituição): 1 ampola em 230 mL de SG5% (1mg/mL) Dose: 2,5-20 mcg/kg/min Dose mínima 2,5 mcg (10 mL/h) Atenção Pode ser feito em Acesso Venoso Periférico e Acesso Venoso Central SEMPRE EM VIA ÚNICA. Atenção redobrada se estiver em uso de nora associada! Cuidado com grandes volumes ATENÇÃO: Espera melhora das EXTREMIDADES VASODILATADORES Nitroglicerina (Tridil) Finalidade Vasodilatador VENOSO (Coronárias); Retorno Venoso Hipotensor (não reduz absurdamente) Hipertensão perioperatória; para controle de IC congestiva, no ajuste do IAM, para tratamento de angina pectoris em pacientes que não respondem à nitroglicerina sublingual e betabloqueadores e para indução de hipotensão intraoperatória. Atenção: Cuidado com IAM de VD Cuidado com o uso de sildenafil Apresentação e Diluições : Ampola âmbar de 5mL: 5mg/mL – 25 mg/5mL Diluição (Vai depender da Instituição) 1 ampola em 245 mL de SG5% (100 mcg/mL) Dose 0,5-6 mcg.kg.min (20 mL/h) Atenção: Somente endovenoso Usar BIC Pode ser utilizado em periférico, até a passagem do central Equipo para medicamento fotossensível Nunca fazer sem diluir Nitropussiato de Sódio Finalidade VASODILATADOR POTENTE (artérias e veias). Ultilizar quando: EAP Hipertensivo Emergências Hipertensivas Hipertensão Refratária Pois ele causa Hipotensão. Apresentação e Diluições: 17 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Ampola âmbar: 25 mg/mLAmpola com 2mL (50 mg) Diluição (Vai depender da Instituição) 1 ampola em 248 mL de SG5% (200 mcg/ml) Dose 0,3-10 mcg/kg/min Dose mínima 0,3 mcg (5mL/h) Atenção : Pode ser feito em Acesso Venoso Periférico e Acesso Venoso Central SEMPRE EM VIA ÚNICA. Tem inicio de ação em 1 a 2 minutos, com duração de 3 à 5 minutos após a suspensão da droga. Deve ser administrada em bomba de infusão com controle rigoroso da pressão arterial. Outros Importantes: Dopamina *EM DESUSO Alfa 1- aumento da PA (10 mcg.kg.min) Beta-1- causando aumento da contratilidade e da frequência cardíaca (FC) (5 a 10 mcg.kg.min) Precursor imediato de noradrenalina e adrenalina, apresenta vários efeitos farmacológicos de acordo com a dose usada. Sua principal complicação cardiovascular são as arritmias (principalmente fibrilação atrial) Milrinona choque cardiogênico + Hipertensão pulmonar (criança) Isoproterenol cir. Cardíaca Ped.;aumento da FC (ação quase que exclusiva) Levosimendan Inotrópico + e vasodilatador da classe dos agentes sensibilizadores de cálcio- Choque cardiogênico Refratário L Recapitulando Definição: Vasos, Coração e Pulmão Farmacologia: agonistas e antagonistas Fisiologia (Receptores): alfa 1, beta 1 e 2 Principais DVAs e indicações Diluições e cuidados 18 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Cuidados Gerais com Drenos, Cateteres e Sondas Sonda Gástrica e Enteral Introdução de um tubo de plástico flexível na cavidade gástrica ou duodeno Estômago e Duodeno Sonda Gástrica Descompressão/aspiração gástrica: drenagem de líquidos, em casos de abdome agudo obstrutivo (ex.) Lavagem gástrica: remover conteúdo gástrico em casos de intoxicação. Contra indicada para alimentação Cuidados: Fixação do cateter, tendo os princípios: ➔ Manter permeabilidade da sonda (dobras)➔ Manter tubo centralizado na narina (trações); ➔ Proporcionar conforto ao paciente. Possíveis complicações: -Irritação nasofaríngea -Refluxo gastroesofágico -Aspiração pulmonar Cuidados Manter decúbito elevado, evitando refluxo gastroesofágico e broncoaspiração Higiene oral periódica: para evitar colonização local. Avaliar volume e característica do líquido drenado pra detecção precoce de alterações (sangramento) Verificar possível obstrução da sonda (resíduos sólidos): Justificativa: torção ou dobra; Avaliar distensão abdominal e desconforto respiratório : Justificativa: drenagem inadequadadistensão abdominal- compressão diafragma- respiração Avaliar perdas hidroeletrolíticas, SSVV e reposição volêmica: Justificativa: drenagem gástrica pode proporcionar perdas importantes com repercussão sistêmica A retirada da sonda deve ser realizada de forma cuidadosa, e o mais precocemente Paciente em decúbito elevado. Paciente esclarecido quanto ao procedimento. Sonda Enteral Realizada para fins especiais Ingestão controlada de nutrientes Administração adequada de nutrientes Jejuno e duodeno Método mais seguro quanto a NPT Em relação a NPT: < morbi mortalidade RESOLUÇÃO COFEN N° 0453/14 Participar da escolha da via de administração da NE Estabelecer o acesso enteral por via oro/gástrica ou transpilorica para a administração da NE Solicitar e encaminhar o paciente para exame radiológico Garantir que a via de acesso da NE seja mantida Garantir que a administração da NE seja realizada no prazo estabelecido Prescrever os cuidados de enfermagem. Participação da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) Indicação ➔ Impossibilidade do paciente em alimentar-se pela boca ➔ Anorexia prolongada ➔ Trauma de cabeça e pescoço ➔ Desordens neurológicas ➔ Queimaduras (exigências metabólicas elevadas) 19 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Contra Indicação ● Vômitos frequentes ● Diarréia importante ● Íleo paralítico ● Instabilidade hemodinâmica constante Escolha da Via: Equipe Interdisciplinar, baseando-se em: • Estado nutricional; • Patologias e condições clínicas; • Tempo de submissão à TNE; • Aspectos neuropsicológicos; • Metas assistenciais; Cuidados ● Avaliar hidratação: turgor, mucosas e débito urinário ● Realizar balanço hídrico ● Monitorar glicose, potássio, sódio e cálcio ● Realizar higiene oral ● Monitorar funcionamento intestinal ● Prevenir obstrução de sonda ● Cuidados com retração ● Limpeza, higiene e fixação ● Elevação de cabeceira a 30º ● Tempo de troca Complicação Infusões rápidas – levam a quadros de distensão abdominal, diarréias, vômitos Refluxos gástricos e pneumonias aspirativas – observar agitação, tosse, dispnéia, cianose de face Quadros de constipação intestinal, flatulências – necessitando readequação nutricional. Observar a presença de eliminações fisiológicas Diagnósticos de Enfermagem • Risco de glicemia instável; • Risco de desequilíbrio eletrolítico; • Diarreia; • Risco de infecção; • Risco de aspiração; • Risco de integridade da membrana mucosa oral prejudicada; • Risco de lesão por pressão; • Conforto prejudicado. Cateteres Urinários A drenagem urinária via cateter é um dos procedimentos invasivos mais utilizados em ambiente hospitalar. Necessário quando a micção espontânea está comprometida. Comprometimento: Obstrução Trauma Problemas neurológicos Cirúrgicos Tipos de Sonda: -Sonda Vesical de Alívio -Sonda Vesical de Demora SVD: látex ou silicone Cateteres Uretrais SVA: PVC siliconizado Tamanho: 12, 14, 16, 18, 20 Material Formato: duas vias, e três vias Trata-se da introdução de um cateter na uretra até a bexiga, utilizando técnica asséptica. O Enfermeiro é o profissional responsável pela introdução, manutenção e retirada do cateter. Indicação (Terapêutica): Alívio da retenção urinária aguda ou crônica Drenagem e controle do volume urinário no pré, intra e pós operatório Mensuração acurada do volume urinário Pacientes com traumatismo ou doença de uretra Indicação (Diagnóstica) Determinação do volume de urina residual Verificação de hematúria 20 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Realização de uretrocistografia Complicações: Infecção urinária, uretrite, estenose de canal, e obstrução da luz ITU sintomática, com bacteremia, sepse, e morte Cuidados: Higiene do meato uretral com sabão Saco coletar acima do chão Alternar fixação de sonda Manter sistema fechado Manter fluxo de drenagem livre Atentar para febre, obstrução de sonda Atentar para edemas em meato uretral Não ultrapassar permanência do cateter de acordo com quadro clínico do paciente; Fechar o sistema ao manipular o paciente Resultados Esperados: -Realização da sondagem com técnica asséptica -Manutenção dos cuidados com a sonda -Ausência de ITU relacionado ao uso de sondas Drenos, Cateteres e Sondas: Aspectos Gerais Em geral, são tubos de diversos calibres e materiais, inseridos no organismo, no interior de feridas ou cavidades, com a função de infusão de líquidos, ou retirada dos mesmos, e também, saída de ar Quanto ao material e estrutura: Borracha (tubular rígido ou laminar) Polietileno/Plástico (tubular, rígido) Silicone Quanto ao uso: Intravenosos (cateteres centrais e periféricos) Sistema Digestório (esôfago, estômago, intestino delgado, vias biliares,reto e sigmóide) Cavidades Urinários Evitar acúmulo de líquidos em espaços potenciais Remover coleções diversas de cavidades naturais, vísceras e locais de cirurgia Drenos: Tipos Dreno Penrose: Utilizado em cavidades para drenagem de fluídos por capilaridade. Dreno de sucção: Mais utilizado em afecções biliares. Hemovac: Dreno que atua por sucção e são utilizados quando se prevê o acúmulo de líquidos em grande quantidade. Jackson-Prat t: Utilizado para drenagem de resíduos da cirurgia como sangue ou outros fluidos. Penrose: Cuidados Anotar volume e aspecto da drenagem Manter gaze estéril sob o dreno Ocluir o orifício de saída do dreno com gaze estéril ou colocar bolsa plástica estéril coletora Manter curativo sempre limpo e seco Observar fixação Cateteres Vasculares: Cuidados 21 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Lavar as mãos antes e depois do procedimento Usar luvas Avaliar local da punção Realizar limpeza do local a ser puncionado com anti-séptico (álcool 70%, ou clorexidina 2%, ou ambos) Anotar a data e hora da inserção do cateter Realizar troca diária do curativo Avaliar presença de sinais flogísticos Nos cateteres centrais, utilizar curativo transparente, que facilita a visualização da inserção do cateter e diminui a manipulação do mesmo. Cateteres Gástricos e Enterais: Cuidados Confirmar posicionamento do cateter pela aspiração do conteúdo gástrico ou injeção de ar e ausculta Fixar cateter por meio de tira de esparadrapo Administrar água filtrada após cada medicamento e no intervalo as dietas Manter cabeceira elevada para diminuir e/ou prevenir refluxo gastroesofágico Quando utilizado para descompressão, visualizar permeabilidade, verificando possíveis obstruções. Cateteres Vesicais Realizar técnica rigorosa de anti-sepsia da glande e/ou intróito vaginal Utilizar sistema de drenagem fechada Realizar higiene íntima, observarpresença de secreções e irritações pelo látex Anotar débito drenado e características Dreno de Tórax Observar fixação do dreno, verificando se não há algum orifício exteriorizado Realizar limpeza do local com álcool 70% Realizar troca diária do curativo, observando sinais flogísticos Manter selo d'água cobrindo a porção inferior do tubo Trocar selo d'água a cada 12 hs Anotar débito e características das secreção Observar sinais de esforço respiratório Tubo Traqueal Fixar adequadamente com cadarço, atentando para não prender o lóbulo da orelha Aspirar secreções, evitando obstrução do tubo Relatar presença de sangramento após a aspiração Anotar aspecto da secreção aspirada Manter higienização da cavidade oral com anti séptico bucal e/ou água bicarbonatada Trocar fixação do tubo a cada 24hs ou quando necessário Observar sinais de esforço respiratório 22 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Balão Intra-aórtico (BIA) Assistência VENTRICULAR utilizado em Pré e Pós operatório de cirurgias cardíacas e em situações de choque cardiogênicos refratários ➔ Melhora da perfusão coronariana ➔ Aumento do débito cardíaco ➔ Redução da Pós Carga ➔ Dificuldade enfrentada pelas câmaras ventriculares para ejetar sangue. Cateter vascular com um balão na região distal e um console para controle do seu funcionamento. Insuflar = Diástole (Aumento da pressão diastólica e do fluxo coronariano) Desinsuflação – Sístole (Redução da Pós carga e oxigênio) Localização da Inserção: Artéria Femoral, e sua extensão chega até a aorta. Cuidados: Cateter vascular com um sistema de balão na região distal e um console para controle do seu funcionamento. Insuflar = Diástole (Aumento da pressão diastólica e do fluxo coronariano) Desinsuflação – Sístole (Redução da Pós carga e oxigênio) Detalhes sobre o Cateter: Cateter flexível, resistente as dobras com dois lúmens 1. Monitorização Invasiva da PA; 2. Entrada e saída de gás hélio que preencherá o balão. Cuidados de Enfermagem Verificação de pulsos arteriais distais no local de inserção; Perfusão do membro; Pulso da artéria radial esquerda; Infecção e sangramento do sítio; Diminuição da diurese sem explicação Monitorização Um console móvel que contém um painel de controle dos ciclos de insuflação (diástole) e desinflação (sístole) além da monitorização das pressões arteriais Consequências do Uso Facilita a ejeção de sangue (Fase sistólica) Melhora o trabalho do coração ↓ a PÓS CARGA ↓ do consumo de oxigênio pelo miocárdio ↑ da perfusão coronariana ↑ o débito cardíaco. Indicações e Contra Indicações Indicações • Pós Operatório de cirurgia cardíaca; • Choque cardiogênico; • IAM gerados por defeito mecânicos; • Intoxicação com depressores do miocárdio; Contra Indicações • Insuficiência aórtica grave; • Suspeita de dissecção da aorta; • Distúrbio de coagulação; • Aneurisma de aorta. Complicações Vasculares • Isquemia periférica; • Laceração Vascular; • Hemorragias. Outras complicações • Tromboembolismo; • Infecção; • Ruptura do balão; • Plaquetopenia. 23 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Intubação Orotraqueal A intubação traqueal, endotraqueal ou intubação orotraqueal (IOT) é um procedimento que visa preservar a respiração do paciente durante cirurgias que envolvem anestesia geral, ou em quadros de complicação respiratória grave. Ações que variam o grau de dificuldade, dependendo do grau de treinamento do profissional: Intubação, Ventilação e Oxigenação. O treinamento na emergência é um fator determinante para que o procedimento seja bem-sucedido. Visa a colocação de uma cânula no interior da traquéia com auxílio de um acessório específico com finalidade de assegurar o suporte ventilatório. Laringoscópio Trata-se de um cabo e uma lâmina, formando um ângulo de 90 dotada de um sistema de iluminação Miller – Retas Macintosh - Curvas Intubar ou não intubar? 1. Teremos dificuldade para manter a via aérea pérvia ou protegida? 2. Teremos dificuldade em manter a ventilação ou oxigenação do paciente? 3. Existe algum sinal que indique um curso clínico desfavorável para as vias aéreas? Avaliação ➔ Consciente ➔ Falando ➔ Capacidade de Engolir ➔ Expelir secreções ➔ Crise asmática ➔ Hematoma em região cervical ➔ Politraumatizado ➔ Transferência de um hospital para outro ➔ Queimaduras em áreas extensas Indicações: Dúvida Médico e Enfermeiro É muito mais importante para o paciente ter um via aérea segura e pérvia do que não intimá-lo ou fazê-lo de forma conturbada e com sua situação clínica avançada. Deve-se sempre procurar a visualização da epiglote para se chegar às cordas vocais. A base da língua pode bloquear o acesso à fenda glótica. Anatomia: Índice de Mallampati Observar as vias aéreas do paciente, sentado, com a boca totalmente aberta Grau I : Observa-se: Palato Mole; Úvula e Pilares de Tonsilas. Grau II: Observa-se: Palato Mole E Úvula Grau III: Observa-se: Palato Mole E Base da Úvula Grau IV : Não se Observa: Palato Mole E Os Pilares de Tonsilas Técnica: Primeiro: O profissional deverá segurar o laringoscópio com a mão esquerda. Segundo: A mão direita deverá ser colocada na cabeça para manuseá-la e abrir a boca. Terceiro Quando visualizar as cordas vocais, o assistente deverá passar o tubo endotraqueal. Quarto: Introduzir o laringoscópio, sendo o cabo para cima e para frente em um plano perpendicular à mandíbula. Quinto: Introduza o tubo e encha o balonete (cuff) a uma pressão de 20 a 30cmH2O, finalizando com a fixação. 5 a 7 cm da carina. Confirmação: Auscultas Gástrica e Respiratória Complicações: ➔ Laceração Labial ➔ Lesões dentárias ➔ Lesões Esofagotraqueais 24 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva ➔ Sangramento de vias aéreas superiores ➔ Sangramento de vias aéreas superiores ➔ Arritmias Cardíacas ➔ Isquemia da Mucosa Traqueal e Broncoaspiração Sequência Rápida 1. Indicação & Material Utilizado 2. Hiperoxigenação 3. Drogas antes do procedimento (Efeitos Colaterais) 4. Sedação e Bloqueio Neuromuscular 5. Intubação 6. Confirmação do procedimento e Fixação 7. Cuidados Gerais Pós Intubação 25 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) Lesão Pulmonar Inflamatória Difusa: Insuficiência Respiratória Aguda Pulmão de Choque Síndrome do Pulmão Rígido Edema Pulmonar por Extravasamento Capilar Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto Síndrome da Angústia Respiratória Aguda ↳ Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo Histórico e Epidemiologia: A SDRA é uma síndrome clínica comum, grave, que afeta tanto pacientes clínicos quanto cirúrgicos, adultos ou crianças. 1967 - Ashbaugh e Petty 12 Pacientes - 7 Óbitos Necropsiados - Infiltrado denso com Exsudado Inflamatório; - Sem evidência de infecção. Pacientes adultos com diferentes doenças de base, que tinham em comum a evolução para a insuficiência respiratória com hipoxemia refratária associada à infiltração difusa na radiografia de tórax e à diminuição da complacência e da capacidade residual funcional, e que requerem uso de pressão expiratória final positiva(PEEP) para melhora da oxigenação. A mortalidade da SDRA é proporcional à gravidade da doença, sendo 27%- 35%, 36%-40% e 41%-46% para doenças leves, moderadas e graves, respectivamente. Conceito : Forma grave da Lesão Pulmonar Aguda – LPA, caracterizada por uma inflamação aguda, de rápida evolução, em torno de 7 dias após o evento desencadeante, associada a um aumento da permeabilidade vascular pulmonar, que determina a formação de edema pulmonar rico em proteínas. É caracterizado por infiltrados pulmonares bilaterais e hipoxemia progressiva grave, na ausência de qualquer evidência de edema pulmonar cardiogênico. Etiologia: 1. Primárias / Lesões Pulmonares Diretas Sepse de Foco Pulmonar – Bacteriana, Viral ou Fúngica Aspiração Gástrica Inalação Tóxica Afogamento Contusão Pulmonar Embolia Pulmonar 2. Secundárias / Lesões Pulmonares Indiretas Sepse de outro foco / Choque séptico Queimaduras Politraumatismo Pancreatite Politransfusão Circulação Extracorpórea Fatores de Risco: idade Avançada Tabagismo Etilismo Pneumopatias prévias Cirurgia Cardiovascular Mais de sessenta causas da SDRA já foram identificadas. Para melhorar a identificação de pacientes em risco, pode ser usada uma ferramenta de previsão clínica, como o escore de previsão de lesão pulmonar (LIPS). O LIPS foi formulado usando dados clínicos disponíveis rotineiramente e identifica pacientes com alto risco de SDRA no início da irredutibilidade (Tabela 1). LIPS ≥4 foi associado ao desenvolvimento de SDRA. 26 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva ATIVAÇÃO DOS NEUTRÓFILOS➞ MIGRAÇÃO PARA O ENDOTÉLIO VASCULAR➞ PARÊNQUIMA PULMONAR ➞ Degranulação➞ ENZIMAS PROTEOLÍTICAS➞DANOS CELULARES➞ EXSUDATO RICO EM FIBRINA ➞ ACÚMULO DE FIBRINA ➞ FIBROSE PULMONAR Classificação: História Clínica e Exame Exame: ● Taquipneia ● Aumento do Trabalho Respiratório ● Cianose – Periférica ou Central ● Queda na SpO2 ● Taquicardia ● Estado Mental Alterado ● Estertores Bibasilares ou Difusos A dispneia é leve inicialmente, mas dentro de 12 a 24 horas, o desconforto respiratório aumenta, tornando-se grave e exigindo ventilação mecânica para evitar hipóxia História Clínica/Fases FASE EXSUDATIVA – 1 A 3 DIAS: Fase inicial e aguda, com infiltrado rico em proteínas para os alvéolos ● CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS ● DEGRANULAÇÃO DOS NEUTRÓFILOS ● COMPROMETIMENTO DA PERMEABILIDADE A-C ● FORMAÇÃO DA MEMBRANA HIALINA ● DEPOSIÇÃO DE FIBRINA ➔ Hiperventilação ➔ Hipoxemia Leve ➔ Aumento do Trabalho Respiratório ➔ Hipocapnia ➔ Aumento do Gradiente Alvéolo Capilar ➔ Aumento do Shunt – 50% Respiratório ➔ Redução da Complacência ➔ Raio – X – Atelectasias Difusas FASE FIBROPROLIFERATIVA – 3 A 7 DIAS Intenso Processo Inflamatório e Formação da Fibrose Hipoxemia Refratária a Altas Concentrações de Oxigênio Intensa Dispneia Shunt Pulmonar > 50% Hipercapnia Raio – X – Condensações Difusas e Heterogêneas FASE FIBRÓTICA – 5 A 7 DIAS Lesão Pulmonar Crônica Irreversível Os pulmões na SDRA caracterizam-se por condições heterogêneas. No mesmo pulmão, em distintos momentos, podem coexistir grandes diferenças nas áreas de trocas gasosas, variando entre superfícies colapsadas para outras com hiperdistensão alveolares Nesta fase o pulmão torna-se enrijecido, necessitando de altas pressões para ser ventilado. Ocorrência das Principais Complicações ● Infecciosas e Barotrauma Intensa ● Taquipneia e Dispneia ● PaCO2 elevada ● Shunt Pulmonar Elevado ● Fibrose Pulmonar Difusa e Heterogênea ● Acidose Grave ● Áreas Enfisematosas ● Hipoxemia Grave Avaliação Diagnóstica Diagnóstico:Hot Points Início Agudo➞ Infiltrado Pulmonar Bilateral de Origem Não Cardíaca ➞ Leve, Moderada ou Grave?➞ Razão PaO2 / FiO2 inferior a 300 27 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva mmHg➞ Tomografía de Tórax - pneumotórax, derrames pleurais, linfadenopatia mediastinal ou barotrauma ➞ Avaliação de Função Ventricular Esquerda – ICC? ➞ Broncoscopia - Função Pulmonar e Material para Cultura ● Hemograma ● Gasometria ● Painel metabólico Mg, Ca, P Lactato sanguíneo, ● Painel de coagulação, ● Troponina e CKMB ● Exames Laboratoriais Tratamento: Infelizmente, nenhum medicamento foi comprovadamente eficaz na prevenção ou gerenciamento da SDRA. SUPORTE VENTILATÓRIO e ESTRATÉGIAS NÃO-VENTILATÓRIAS (Fármacos, Posição Prona, Terapias de Suporte e Gerenciamento) Protocolo para Ventilação Protetora na SDRA 1º Estágio: 1 – Calcular o Peso Corporal Ideal – PCI (Fórmula de Devine): - Homens: 50 + [0,91 x (altura em cm – 152,4)] - Mulheres: 45,5 + [0,91 x (altura em cm – 152,4)] 2 – Ajusta o Volume Corrente (V) inicial para 8mL/kg de PCI; 3 – Adicionar PEEP em 5 cmH2O; 4 – Selecionar a menor FiO2 que atinja SpO2 de 88-95%; 5 - Reduzir o V em 1 mL/kg a cada duas horas até que V = 6mL/kg. 2º Estágio 1 – Quando o V estiver em 6 mL/kg, medir a pressão de platô (P) 2 – Se P for > 30 cm H2O, diminuir o V em 1 mL/kg até que a P caia abaixo de 30 cm H2O ou V = 4mL/kg 3º Estágio 1 – Monitorar gasometria para acidose 2 – Se pH = 7,15-7,30, aumentar FR até pH > 7,30 ou FR = 35 rpm 3 – Se pH < 7,15 aumentar FR para 35 rpm. Se pH ainda < 7,15 aumentar o V em 1 mL/kg até pH > 7,15 Metas: V = 6 mL/kg; P = ≤ 30 cm H2O; SpO2 = 88 a 95%; pH = 7,3 a 7,45. Tratamento – Suporte Ventilatório A PEEP deve ser individualizada. Esta deve ser alta o suficiente para evitar o colapso pulmonar maciço sem, entretanto, causar hipertensão alveolar. A VM pode resultar em hipercapnia, esta deve ser tolerada se pH > 7.2 e a PaO2 > 60 mmHg – Hipercapnia Permissiva; Pacientes com SDRA leve e alguns com SDRA moderada podem se beneficiar de ventilação não invasiva para evitar intubação endotraqueal. Essas modalidades incluem pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) e pressão bi-nível das vias aéreas (BiPAP). A VM pode lesionar os pulmões na SDRA, como resultado da hiperdistensão dos alvéolos funcionais e colapso das pequenas vias aéreas. A AVM protetora é projetada para aliviar as forças mecânicas que originam a Lesão Pulmonar Induzida (LPI). Tratamento – Estratégias não-ventilatórias Fármacos Bloqueadores Neuromusculares nas primeiras 48 horas de SDRA melhoram a sobrevida em 90 dias; Terapia com Corticoides – Resultados Divergentes Redução dos marcadores inflamatórios pulmonares e sistêmicos; Recomenda-se para SDRA inicial grave e para SDRA que não se resolve. Posição Prona Demonstrou benefícios em cerca de 50% a 70% dos pacientes. A melhora na oxigenação é rápida e permite redução na FiO2 e PEEP. Terapias de Suporte e Gerenciamento Terapia com Corticoides – Resultados Divergentes ● Balanço Hídrico Neutro ou Negativo ● Oxigenação por Membrana Extracorpórea – ECMO 28 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva ● Adequado Suporte Nutricional ● Prevenção de Complicações Tratamento – Posição Prona Quando se utiliza a posição prona, a melhora expressiva da oxigenação representa o seu efeito fisiológico mais importante em virtude: Diminuição da atelectasia; Redistribuição da ventilação alveolar e perfusão; Mudanças na conformação da estrutura pulmonar e do diafragma; Diminuição do gradiente gravitacional das pressões pleurais; Diminuição do Shunt; Reduçãoda Lesão Pulmonar Induzida. Indicações ● SDRA Moderada a Severa – PaO2 / FiO2 < 150 mm/Hg ● Início Precoce entre 12 e 24 horas após o diagnóstico SDRA; ● Tempo de 12 a 20 horas Contraindicações ➔ Instabilidade hemodinâmica grave com aumento progressivo de vasopressor ➔ Instabilidade de Coluna Vertebral ➔ Aumento da PIC não Monitorado ➔ Arritmias Agudas Graves ➔ Fratura Pélvica ➔ Cirurgia Cardíaca Recente ➔ Demais, devem ser criteriosamente avaliados Cuidados Prévios Av. Neurológica; Av. Ventilatória; Av. Hemodinâmica; Necessário, pelo menos, 6 profissionais: 1 Médico, 1 Enfermeiro, 1 Fisioterapeuta, 2 Técnicos e 1 Enfermeiro/ Técnico para Leitura do CheckList – Não participa da manobra Complicações Três por mil pacientes/dias) Extubação Extração de Cateter Central Perdas de Dispositivos Lesões por Pressão Edema Lesões do Plexo Braquial PAVM Queda transitória de SpO2 Hipotensão transitória Checklist para Pronação Segura Passo 1: Definição da hora – Responsável: Médico, Enfermeiro, Fisioterapeuta Passo 2: Coxins e Material Necessário – Responsável: Fisioterapeuta e Enfermeiro Passo 3: Cuidados Pré-manobra – Responsável: Enfermeiro ● Nutricionais Pausar Dieta Abrir SNG/SNE 2h antes ● Materiais: Providenciar coxins Carro de PCR e Bandeja de IOT ● Vias Aéreas: Fixação de TOT Aspiração de VVAA ● Cuidados Gerais: Oculares – Hidratação e Oclusão Pele – Pontos de Pressão Fixação de Todos os Dispositivos Verificar comprimento dos Extensores ● Analgesia e Sedação: Avaliar necessidade e ajuste/aumento ● Execução da Manobra Alinhar cabos e Eletrodos Clampear sondas e drenos e posicioná-los entre as pernas dos pacientes Colocar cabeceira em posição plana e alinhar membros Colocar coxins na pelve e tórax Realizar o giro em três momentos Cuidados Pós-manobra ● Confirmar posição do tubo ● Avaliar infusões e reiniciá-las ● Reposicionar sondas, drenos e desclampear ● Posicionar demais coxins ● Alterar posição de nadador a cada 2 horas 29 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva ● Iniciar dieta após 1H Cuidados de Enfermagem ➔ Manutenção da perfusão tissular e condições hemodinâmicas ➔ Decúbito de 30 a 45 graus ➔ IRAS ➔ Recomendações da American Nurse Association ➔ Iniciar desmames o quanto antes possível ➔ Estratégia ventilatória protetora MNEMÔNICO – 5 P’s 1. Perfusão 2. Posicionamento 3. Protocolo de desmame 4. Prevenção de complicações 5. Proteção ventilatória 30 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Ventilação Mecânica Sistema Respiratório Funções: ● Umedecer (secreções mucosas e serosas) ● Aquecer (vasos sanguíneos) ● Proteger (malt e células de defesa) ● Fazer trocas gasosas (pneumócitos) PORÇÃO CONDUTORA Traquéia, brônquio primário e brônquio secundário, bronquiolo; PORÇÃO TRANSITÓRIA Bronquíolos terminais dá origem à um ou mais bronquíolos respiratórios; PORÇÃO VENTILATÓRIA Ductos alveolares, os sacos alveolares e os alvéolos. Ventilação Mecânica Básica Aparelhos que impulsionam volumes pré-estabelecidos de ar, de forma intermitente, para dentro dos pulmões. Aumentando a pressão positiva das VAS. Nesse ar, há uma concentração de oxigênio (O2) que é ofertada ao paciente. “Ventilação mecânica propicia melhora das trocas gasosas e diminuição do trabalho respiratório, podendo ser utilizada através da Ventilação Não Invasiva (VNI) ou da Ventilação Mecânica Invasiva (VM)”. Diretrizes Brasileira de Ventilação Mecânica de 2013 da AMIB e SBPT (Associação de Medicina Intensiva Brasileira e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia). “ Consiste em um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada de forma parcial ou total.” . Objetivos Fisiológicos da Ventilação Mecânica 1. Manter ou permitir a manipulação da troca gasosa pulmonar: 2. Aumentar o volume pulmonar: - Insuflação pulmonar no final da inspiração; - Capacidade residual funcional (CRF). 3. Reduzir ou permitir a manipulação do trabalho respiratório: - Diminuindo a sobrecarga dos músculos respiratórios. Sistema Respiratório Oxigenação:Manutenção de níveis de O2 no sangue arterial. PaO2- 80 a 100 mmHg Ventilação: Entrada e saída de ar dos pulmões. PaCO2- 35 a 45 mmHg Perfusão: Chegada do oxigênio nas hemácias e tecidos, troca de CO2 do sangue/alvéolo para eliminação. 31 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Ventilação Não Invasiva • Utilização de uma via aérea artificial que são acopladas de maneira externa ao corpo do paciente; • Alternativa a VMI; OBJETIVO PRINCIPAL: Manter um processo de ventilação adequada, visando impedir a progressão para fadiga muscular e/ou parada respiratória. O paciente deve: Colaborar com a equipe; Possuir drive respiratório e contração muscular voluntária; As incursões respiratórias serão realizadas de maneira espontânea pelo paciente, e a VNI irá sincronizar com a respiração do paciente. Objetivos: Diminuir trabalho respiratório e repouso parcial da musculatura respiratória; Melhor troca gasosa; Reexpansão pulmonar e aumento da ventilação alveolar; Manutenção e melhora dos volumes e capacidades pulmonares; Diminuição da dispneia; Redução da necessidade da realização da Intubação Orotraqueal; Redução da Mortalidade. Escolha da Interface para VNI Levar em consideração: Melhor adaptação ao rosto do paciente; Menor vazamento de ar; Escolher dispositivos que não causem compressão facial no paciente. Máscara Nasal Máscara Oronasal ou Facial Máscara Facial Total (full face) Capacete ou Escafandro Contraindicações a VNI Absolutas: -Necessidade de intubação de emergência - Parada Cardíaca ou respiratória Relativas: -Incapacidade de cooperar, proteger as vias aéreas, ou secreções abundantes. -Rebaixamento de nível de consciência (exceto acidose hipercápnica em DPOC) -Falências organicas não respiratórias( encefalopatia, arritmias malignas ou hemorragia digestivas graves com instabilidade hemodinâmica) -Cirurgia facial ou neurológica -Alto risco de aspiração -Obstrução de vias aéreas superiores -Anastomose de esofago recente(evitar pressurização acima de ) cmH2O) Modo Espontânea - I e E controlada pelo paciente. Modalidades CPAP (Continuous Positive Airway Pressure)- Pressão contínua focada na I - FR determinada pelo paciente, depende de FLUXO Inspiratório e PEEP (hipóxia); BiPAP (Bilevel Positive Airway Pressure)- Pressão + em 2 níveis diferentes (IPAP e 32 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva EPAP)- mais conforto e diminui o trabalho respiratório ( Hipercapnia); PSV (Pressão de Suporte) Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) Objetivos principais da VMI de pressão positiva: Reverter a hipoxemia; Reverter a acidose respiratória aguda; Diminuir o desconforto respiratório; Prevenir ou reverter a atelectasia; Reverter a fadiga dos músculos respiratórios; Permitir a sedação e/ou o bloqueio neuromuscular; Diminuir o consumo sistêmico ou miocárdico de oxigênio; Diminuir a pressão intracraniana; Estabilizar a parede torácica. Parâmetros para Promover a Ventilação Adequada ao Paciente VT (Volume Corrente):Determinadaquantidade de ar movimentada para os pulmões, de forma intermitente pelo ventilador; FiO2 (Fração Inspirada de O2): Quantidade de O2 contida no ar movimentada para os pulmões; V’(Fluxo): A velocidade que o ar entra nas VAS é chamada de fluxo; FR (Frequência Respiratória): Número de ciclos respiratórios realizados em 1 minuto; TI (Tempo Inspiratório): O Tempo que o ar entrará no pulmão do paciente dependerá do V’ e do VT; Peep (Pressão Expiratória Positiva): Resistência a fase expiratória objetivando a abertura de unidades pulmonares ou mesmo a manutenção desta abertura para trocas de gases e não colabação alveolar. Ciclo ventilatório em 4 fases: 1. Disparo: Final da Fase Expiratória e abertura da válvula inspiratória do ventilador, início da Fase Inspiratória; Tempo (FR); Sensibilidade- P (pressão); V (volume); 2. Fase Inspiratória: O ventilador mantém a válvula inspiratória aberta e realiza insuflação; 3. Ciclagem : Determina o final da fase inspiratória e o início da fase expiratória (Pressão, Tempo, Volume ou Fluxo); 4. Fase Expiratória: Abertura da válvula expiratória e desinsuflação pulmonar até ocorrer o equilíbrio de pressões intrapulmonares e a PEEP. Disparo Final da Fase Expiratória e abertura da válvula inspiratória do ventilador, início da Fase Inspiratória; Variável de disparo pré-determinada deve ser alcançada para iniciar a inspiração; Disparo a Tempo: Determino a FR; Disparo a Sensibilidade: Determinada pelo paciente "tentar" respirar por conta própria.(Por V’ou P Ciclagem Determina o final da fase inspiratória e o início da fase Expiratória; Variável pré-estabelecida deve ser alcançada para ciclar - Pressão (P), Tempo (Tinsp), Volume (V) ou Fluxo (V’) Modos Ventilatórios Principais Modo Controlado: FR definida pela Máquina (quando o ventilador fornece o ciclo de acordo os parâmetros ajustados, sem participação do paciente); Modo Assistido: FR definido pelo paciente (o paciente inicia os ciclos respiratórios através de ajuste da sensibilidade, porém o ventilador controla e finaliza a inspiração) ; VMI (Mandatória Intermitente): FR definida pela máquina e pelo paciente. Ciclos espontâneos gerados pelo paciente são intercalados por ciclos mandatórios controlados pelo ventilador; Pode ser Sincronizada Espontânea: Definida pelo paciente do início ao fim. ( Pressão de Suporte PSV e CPAP). 33 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva VMC: Ventilação Mandatória controlada- Todos os ciclos ventilatórios são disparados e/ou ciclados pelo ventilador (ciclos mandatórios); A/C : Assisto/Controlado- Combina um mecanismo misto de disparo, programado por sensibilidade à pressão ou a fluxo, dependendo do paciente para deflagrar a inspiração, e por tempo, dependendo da frequência respiratória configurada, servindo como um mecanismo de segurança e gerando um novo ciclo apenas quando não ocorre disparo pela sensibilidade. SIMV: Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada FR definida pela máquina e pelo paciente. Ciclos espontâneos gerados pelo paciente são intercalados por ciclos mandatórios controlados pelo ventilador e sincronizados, entre máquina e paciente. PSV: Pressão de Suporte - Consiste na aplicação de níveis pré-determinados de pressão positiva e constante nas vias aéreas do doente, apenas durante a fase inspiratória (CPAP) VMC – Ventilação Mandatória Controlada Todos os ciclos ventilatórios são disparados e/ou ciclados pelo ventilador (ciclos mandatórios); O disparo ocorre pelo tempo, FR determinada pela máquina; Ciclagem: VCV (Volume Control Ventilation) – (V) OU - PCV (Pressure Control Ventilation) – (PC) - Tempo Inspiratório (Tinsp) (1,5 Ins/ 3,5 Exs) A/C – Ventilação Assistida/Controlada O disparo por Tempo ou Sensibilidade ( V´fluxo ou Pressão); Ciclagem: VCV - Volume controlado ou; -PCV - Pressão controlada (Tempo Inspiratório). PSV – Pressão de Suporte Frequência é determinada pelo paciente ínicio a fim; O disparo Sensibilidade (Fluxo ou Pressão); Ciclagem por Pressão de Suporte SIMV - Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada Frequência é determinada pelo paciente e máquina; O disparo Tempo (FR) e Sensibilidade (Fluxo ou Pressão); Ciclagem: PSV e VCV Ou PCV. 34 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Parâmetros Ventilatórios Volume Corrente (VC);- 6~8 ml/kg- Usar VC 6 ml/kg/- peso predito inicialmente. Reavaliar de acordo com evolução do quadro clínico do paciente; Pressão Controlada (PC); 12 a 20 cmH2O (Manter Pressões que permitam que o VC do paciente seja de 6 à 8 ml/Kg predito); Frequência Respiratória (FR)- 12 a 16 irpm- visando manter inicialmente relação I:E em 1:2 a 1:3- (60 seg/FR). Fazer a fase completa de I:E Reavaliar assim que disponível a primeira gasometria; Sensibilidade/Disparo: Fluxo (V’) - 2 a 5 ml/min Pressão (P); -2 à -3 cmH2O. Tempo Inspiratório (Tinsp); 0,8-1,2 seg I:E 1:2 (o ideal que o tempo expiratório seja o dobro do inspiratório); Pressão de Suporte (PS); 8 a 20 cmH2O, manter pressões que permitam o VC do paciente seja de 6 ml/kg; Inicial – PEEP - de 3 a 5 cm H2O inicialmente, salvo em situações de doenças como SDRA. Inicial - FiO2 - Necessária para manter a saturação arterial de oxigênio entre 93 a 97%. (100% Inicialmente- Avaliar e reduzir). Resolução do COFEN nº 639 de 06 de maio de 2020 Dispõe sobre as competências do Enfermeiro no cuidado aos pacientes em ventilação mecânica no ambiente extra e intra-hospitalar. CONSIDERANDO a atuação do Enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva, Salas de Emergência e Atendimento Extra Hospitalar; CONSIDERANDO que o manejo da Ventilação Mecânica constitui Prática Avançada de Enfermagem, resolve: Art. 1ºNo âmbito da equipe de enfermagem, é competência do Enfermeiro a montagem, testagem e instalação de aparelhos de ventilação mecânica invasiva e não-invasiva em pacientes adultos, pediátricos e neonatos. Art. 2º No contexto do processo de Enfermagem, é competência do Enfermeiro a monitorização, a checagem de alarmes, o ajuste inicial e o manejo dos parâmetros da ventilação mecânica tanto na estratégia invasiva quanto não-invasiva. §1° O ajuste inicial e manejo dos parâmetros da ventilação mecânica de que trata o artigo 2º desta resolução devem ocorrer sob coordenação médica. §2° No âmbito da equipe de Enfermagem, constitui procedimento privativo do Enfermeiro a coleta de sangue arterial para fins de monitorização gasométrica e respiratória. Conforme Resolução COFEN nº 390/2011. Art. 3º Na montagem, testagem e instalação de aparelhos de ventilação mecânica, é competência do Enfermeiro: III - a realização e/ou prescrição dos cuidados em relação ao orifício da traqueostomia e à integridade da pele periestomal; IV - a realização e/ou prescrição de higiene bucal, incluindo o uso do gluconato de clorexidina 0,12% ou outras soluções antissépticas cientificamente recomendadas, em pacientes sob ventilação mecânica; V - participar da decisão, da realização e/ou prescrição na Equipe de Enfermagem dos procedimentos relacionados à pronação de pacientes sob ventilação mecânica e aplicação dos cuidados relacionados à prevenção dos incidentes associados; Dentre as Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde recomendadas pela ANVISA (BRASIL, 2017), constam as seguintes recomendações: medidas gerais; medidas específicas; outras medidas de prevenção. As medidas gerais são: treinamento da equipe; higienizaçãodas mãos. Dentre as medidas específicas , podemos citar resumidamente: 35 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva ● mantener decúbito elevado (30 - 45°); ● adequar diariamente o nível de sedação e teste de respiração espontânea; ● aspirar a secreção subglótica rotineiramente; ● fazer a higiene oral com antissépticos; ● fazer uso criterioso de bloqueadores neuromusculares; ● utilizar preferencialmente, ventilação mecânica não invasiva; ● cuidados com o circuito do ventilador; indicação e cuidados com os umidificadores; ● indicação e cuidados com o sistema de aspiração; ● evitar extubação não programada (acidental) e reintubação; ● monitorizar pressão de cuff - 18 a 22 mmHg ou 25 a 30 cm H₂O; ● dar preferência à intubação orotraqueal; ● cuidados com inaladores e nebulizadores. 36 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva Gasometria É um exame executado frequentemente em pacientes internados em UTI. Indicado para avaliação do distúrbio do equilíbrio ácido-base; da oxigenação pulmonar do sangue arterial; da ventilação alveolar. OBJETIVO MENSURAR OS VALORES: 1. pH sanguíneo; 2. Pressão arterial parcial de dióxido de carbono (PaCO2 ); 3. Íon bicarbonato (HCO3 - ); 4. saturação da oxi-hemoglobina, dentre outros Avalia: A evolução de doenças respiratórias e de outros quadros clínicos que acometem os pulmões. Conceitos Básicos: Ácido: substância que cede H+ Bases : substâncias que captam H+ Equilíbrio Ácido-Base - Sistema Tampão Para que as células possam desempenhar suas funções o organismo necessita que a concentração de H+ seja mantida em níveis (pH) que oscilem entre 7,35 e 7,45. O sistema respiratório compensa a concentração de CO2 plasmático, estimulando o centro respiratório a aumentar ou diminuir a frequência respiratória; O sistema compensatório respiratório age após minutos de instalação do distúrbio ácido básico; O sistema renal é mais lento, iniciando sua compensação horas ou dias após a instalação do DAB; Os rins agem de duas maneiras: excreção de íons hidrogênio e/ou reabsorção de bicarbonato; O controle metabólico, “sistema-tampão” ou “sistema buffer”, mantém o EAB por meio de processos de neutralização de ácidos ou de bases; Os sistemas-tampão respondem rapidamente (em questão de segundos) às alterações na [H+] plasmática, porém não removem os ácidos do organismo.; Ácido carbônico e Tampões não carbônicos = proteínas (albumina e hemoglobina), fosfatos e carbonatos do osso. Em condições normais o balanço entre os componentes metabólico e respiratório mantém o pH estável dentro da normalidade (sistema tampão); é representado pelo equilíbrio entre pCO2 e HCO3 - . Componente Respiratório:CO2 Componente Metabólico(Rins): HCO3 Parâmetros pH = 7,35 a 7,45 ● Acidose (↑ H+ ): respiratória; ↑PaCO2 metabólica: ↓bicarbonato (HCO3 -) mista: ↑ PaCO2 + ↓ HCO3 - ● Alcalose (↓ H+ ): respiratória;↓ PaCO2 metabólica:↑ bicarbonato (HCO3 - ) mista: ↑ HCO3 - + ↓ PaCO2 ➔ pH: normal entre 7,35 e 7,45; ➔ Pressão arterial parcial de oxigênio (PaO2 ): 80 a 100 mmHg; ➔ Pressão arterial parcial de dióxido de carbono (PaCO2 ): 35 a 45 mmHg; ➔ Bicarbonato (HCO3 - ): 22 a 26 mEq/l; ➔ Base Excess (BE): - 2 a + 2 mEq/l. pH: alteração sugere desequilíbrio no sistema respiratório e metabólico; valores normais: entre 7,35 e 7,45; (pH < 7,35 = acidose; pH > 7,45 = alcalose); faixa de pH compatível com a vida = 6,8 – 7,8. PaO2: exprime a eficácia das trocas gasosas através da membrana alveolocapilar; valores normais: 80 a 100 mmHg; ↓ 60 mmHg = hipoxemia severa. PaCO2: eficácia da ventilação alveolar; valores normais: 35 a 45 mmhg; reflete distúrbios respiratórios do pH; (↓PaCO2 = hiperventilação = alcalose respiratória e ↑PaCO2 = hipoventilação = acidose respiratória). 37 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva HCO3 - : concentração depende da função renal; valores normais: 22 a 26 mEq/l; reflete distúrbios metabólicos; (↓HCO3 - = ↓ pH = acidose metabólica e ↑HCO3 - = ↑ pH = alcalose metabólica). BE: Base excess sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no plasma sanguíneo; valores normais: -2 a +2; (BE↑ = alcalose metabólica e BE↓ = acidose metabólica). Como Interpretar uma Gasometria 1. avalia pH (normal, acidose ou alcalose); 2. que fator esta influenciando o pH (PCO2 ou HCO3 -?); 3. está havendo compensação do outro sistema ou não. Compensado : apesar das alterações, o pH fica normal. Parcialmente compensado: pH alterado, porém o outro sistema alterado para tentar compensar o distúrbio. Descompensado: o outro sistema não altera tentando compensar. Passo 1: Escreva o problema do PH? Passo 2: Observe os componentes respiratório e metabólico (Quem tem o mesmo problema do PH?) Passo 3: O outro componente varia tentando compensar? Alcalose Metabólica: Causas Insuficiência respiratória crônica (DPOC); Oferta excessiva de bicarbonato; Perda excessiva de conteúdo gástrico. Sintomas; ● hipóxia; ● hipercapnia - ↓ a frequência respiratória (FR); ● turgor diminuído; ● hipotensão. Alcalose Respiratória: Causas; Dor, ansiedade, febre, grandes altitudes; Lesão do SNC; VM inadequada. Sintomas: ● arritmias cardíacas; ● parestesias faciais e periféricas; ● síncope e crises convulsivas. ● cãibras; ● confusão mental; Acidose Respiratória; Causas: Diminuição do drive respiratório (lesão ao SNC ou inibição por drogas); Obstrução das vias aéreas, SARA, TEP, EAP, atelectasia; VM inadequada. Sintomas: ● rubor facial e de extremidades; ● dispnéia ou bradipnéia (em pacientes com depressão do centro respiratório); ● crises convulsivas e coma. ● ansiedade; ● delírio e tremores; Acidose Metabólica: Causas: Insuficiência Renal; Febre, doenças infecciosas; Cetoacidose diabética. Sintomas: ● respiração profunda e rápida (ritmo de Kussmaul); ● ↓ da contratilidade cardíaca; ● vasoconstrição venosa. ● arritmias cardíacas; ● vasodilatação arterial; Teste de Allen É um teste para a verificação da circulação arterial da mão, por meio da análise de perfusão das artérias radial e ulnar. Elevação da mão e pressão simultânea das artérias radial e ulnar no pulso, durante 10 segundos, descomprimindo, após esse período, a artéria ulnar. Caso o paciente tenha nível de consciência adequado e não existam impedimentos do ponto de vista físico, ele deve ser orientado a abrir e fechar a mão 10 vezes. Um teste de Allen positivo ocorre quando o fluxo sanguíneo demora mais de 15 segundos para perfundir a mão após a descompressão, 38 enf_sara Resumos para Estágio: Unidade de Terapia Intensiva sendo, nesse caso, desaconselhável a punção. OBSERVAÇÕES: ● Tentativas repetidas de coleta de sangue arterial podem induzir a uma falsa alcalose respiratória, tendo em vista que a dor e a ansiedade podem levar o paciente a hiperventilar. ● Aspirar o sangue apenas quando não existir pressão sanguínea suficiente para coleta passiva, sendo o mais suave possível. ● Rotacionar de forma suave a seringa após a coleta, visando à garantia do efeito anticoagulante em toda a amostra e redução da sedimentação eritrocitária,que alteram o pH e a PaCO2. ● Retirar bolhas de ar que eventualmente tenham aparecido e garantir um fechamento hermético da seringa com Tampas de borracha. ● Movimentos vigorosos não devem ser realizados, devido ao risco de hemólise. Registrar a temperatura corporal do paciente durante a coleta. ● A PaO2 aumenta à medida que o sangue aquece. Analisar amostras em temperatura ambiente em até 10 a 15 minutos após a coleta. ● Na impossibilidade de cumprir tal determinação, a amostra pode ser conservada em gelo moído e analisada em até 1 hora. O armazenamento em geladeiras com temperatura média de 4 °C não é recomendado. ● Na coleta por linhas arteriais, devem ser retirados 2 mL de sangue previamente à coleta, visando à redução de erros por diluição da amostra. 39