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7ºAula Termos internacionais de comércio - (International Commercial Terms - INCOTERMS) Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • reconhecer e interpretar os principais termos internacionais do comércio; • definir e conceituar o termo “incoterms” e conhecer uma breve contextualização histórica sobre ele; • apontar os objetivos e as regras definidas pelos incoterms. Figura 7 Disponível em: https://jplogistica.com.br/wp-content/uploads/2018/06/incoterms-guide-featured-image.jpg. Acesso em: 11 abr. 2022. Ao iniciar a aula 07, é importante reconhecer que aprender é um processo que exige preparo! Como você pode imaginar, não basta somente construir conceitos e utilizá-los, servindo-se de diferentes habilidades, ou seja, apenas o conhecimento das informações ou dos dados isolados não é suficiente: é preciso situá-los em seu contexto para que adquiram sentido! Vivemos em uma sociedade em que recebemos um número altíssimo de informações advindas de diversos meios de comunicação. Assim, além de assimilá-las, é necessário que saibamos organizar e selecionar as mais importantes, para que tenhamos condições de aplicar na prática os conhecimentos que construímos na teoria. Nesse ensejo, sugerimos que ao receber uma nova informação ou reconhecer um novo conceito, procure buscar formas de entender também o contexto no qual ele se insere para analisar sua importância e organizá-lo em sua mente junto aos demais conhecimentos construídos ao longo de sua vida. Isso fará a diferença entre reconhecer informações ou transformar conhecimentos em resultados profissionais! Pense nisso... Bons estudos! 34Comércio Internacional 1 - Incoterms: síntese histórica e conceituação 2 - Categorias do Incoterms 1 - Incoterms: síntese histórica e conceituação Maia (2007, p. 246) trata sobre a Convenção de Genebra: Em 1931, os países membros da Liga das Nações (órgão, naquela época, equivalente à ONU) reuniram-se em Genebra para adotar uma lei uniforme para cheques, letras de câmbio e notas promissórias. A finalidade dessa convenção era dirimir os conflitos decorrentes das inúmeras leis de cada país, que dificultavam o comércio internacional, ficando conhecida como CONVENÇÃO DE GENEBRA. Até aquele momento, as partes intervenientes nesses contratos desconheciam as diferenças existentes nas negociações entre os países devido à legislação. Desse modo, no âmbito do comércio internacional, essa falta de uniformidade foi e ainda é constante fonte de atritos, provocando desentendimento, questões judiciais, com todo desperdício de tempo e dinheiro que acarretam (LOPES VASQUES, 2007). Sendo assim, os incoterms surgiram em 1936, quando a Câmara Internacional do Comércio - CCI, com sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional, com o intuito de uniformizar as cláusulas contratuais entre os países signatários. Com o constante aperfeiçoamento do processo negocial e logístico, com este último absorvendo tecnologias mais sofisticadas, fez com que os incoterms passassem por diversas modificações ao longo dos anos, culminando com um novo conjunto de regras, conhecido atualmente como “Incoterms 2000” (LOPES VASQUES, 2007). Representados por siglas de três letras, os termos internacionais de comércio simplificam os contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem os direitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo de elaboração do produto. Por essa razão, os termos internacionais de comércio são também denominados “Cláusulas de Preço”, pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção. Após agregados aos contratos de compra e venda, os incoterms passam a ter força legal, com seu significado Seções de estudo jurídico preciso e efetivamente determinado. Em outras palavras, os incoterms simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda. Os incoterms têm como objetivo determinar: a) ponto de entrega da mercadoria; b) o local exato da divisão das responsabilidades; c) os custos das partes intervenientes. Segundo Lopes Vasques (2007, p. 27), as incoterms não tratam: a) da transferência dos direitos de propriedade sobre as mercadorias; b) de relevamento de obrigações e exceções das responsabilidades em caso de eventos não previstos; c) de consequências de várias falhas em contratos, exceto aquelas a respeito da transferência dos riscos e custos quando o comprador falha em suas obrigações de aceitar as mercadorias ou designar um transportador sob os termos F (frete principal por contato do comprador). Vale ressaltar que as regras definidas pelos incoterms valem apenas entre os exportadores e importadores, não produzindo efeitos em relação às demais partes envolvidas, tais como: despachantes, seguradoras e transportadores. 2 - Categorias do Incoterms Procure analisar cuidadosamente cada imagem, antes de prosseguir em sua leitura, uma vez que elas representam importantes instrumentos para a construção de seus conhecimentos! Para contextualizar melhor os incoterms, vejamos a ilustração disponibilizada a seguir: Figura 7.1 - Incoterms ou cláusulas dos preços Fonte: MAP SUPPORT. The data base. Disponível em: http://www.mapsupport. com/thedatabase/impex/incoterms.jpg. Acesso em: 10 mar. 2017. Veja o quadro dos incotems para reconhecer suas categorias: 35 Quadro 7.1 - Resumo dos incoterms (2000) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. INCOTERMS. Disponível em: http://www.mdic. gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id/30. Acesso em: 10. mar. 2017. Antes de iniciar a definição das categorias, serão apresentadas algumas ilustrações para facilitar o entendimento: Figura 7.2 - Ilustração simplificada Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10. mar. 2017. Observe que onde tem o Cais – Porto, também pode ser entendido como aeroporto, ferrovia, rodovia ou porto, ou seja, todos os meios de transporte. Lembrando que, para cada modalidade, terá o meio de transporte específico. Em algumas modalidades, serão válidos todos os meios, já em outras será especifico a um único meio de transporte. A SEGUIR, SERÃO APRESENTADOS OS TERMOS DE FORMA ILUSTRATIVA, PORÉM, A SEGUINTE NOTA ESCLARECE AS ALTERAÇÕES CONCERNENTES AOS TERMOS: A primeira edição dos INCOTERMS aconteceu em 1936 e, de tempos em tempos, são feitas revisões, análises pela CCI e publicadas atualizações, de modo a refletir as mudanças que acontecem no comércio. Essas mudanças acontecem para adequar as novas realidades do mercado e as novas tecnologias. Sendo assim, a partir de janeiro de 2011 entrou em vigor a versão das INCOTERMS 2010, que não incorpora quatro termos da versão 2000 e inclui dois novos termos, reduzindo de treze para onze o número de Incoterms. Observe-se, entretanto, que as versões 2000 e anteriores continuam valendo e podem ser aplicadas, desde que haja vontade manifesta das partes envolvidas. PARA CONHECIMENTO DAS INCOTERMS 2010 ACESSE: http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/ aprendex/ default/index/conteudo/id/273. As ilustrações e os resumos apresentados no quadro 7.1, estão baseados nas INCOTERMS 2000, porém, essas não deixam de existir devido as novas versões, as INCOTERMS 2000 continuam válidas. “A partir de 1º de janeiro de 2011 entrou em vigor a versão INCOTERMS 2010, que não incorpora quatro termos da versão 2000 e inclui dois novos termos, reduzindo de treze para onze o número de INCOTERMS. Observe- se, entretanto, que as versões 2000 e anteriores continuam valendo e podem ser aplicadas desde que haja vontade manifesta das partes envolvidas”(MDIC, 2010). i. DAF (Delivered At Frontier) ii. DES (Delivered Ex-Ship) iii. DEQ (Delivered Ex-Quay) iv. DDU (Delivered Duty Unpaid)Incoterms incluídos na versão 2010: i. DAT (Delivered at Terminal) ii. DAP (Delivered at Place) Nos dois novos termos (DAT e DAP) pode ser adotada qualquer modalidade de transporte. Para os termos FOB (Free on Board), CFR (Cost and Freight) e CIF (Cost, Insurance and Freight) há uma mudança importante dos Incoterms 2000 para os Incoterms 2010: a entrega da mercadoria deixa de ser na amurada do navio para ser a bordo do navio, o que evita erros de interpretação das regras. Os Incoterms 2010 foram discriminados pela International Chamber of Commerce (ICC), em sua Publicação Nº 715E, de 2010. A Resolução Camex nº 21, de 07 de abril de 2011 relaciona os códigos que deverão ser adotados para fins de identificação de venda praticada, nos documentos e registros de controle dos órgãos da Administração Federal (MDIC, 2010). Os gráficos ilustrativos das modalidades de Incoterms foram inspiradas no livro Condições Internacionais de Compra e Venda - Incoterms 2000, de autoria de Angelo 36Comércio Internacional Luiz Lunardi, Edições Aduaneiras, São Paulo, 2000. 2.1 - EXW - Ex Works (À disposição - local de origem) Observe a imagem: Figura 7.3 - EXW – Ex works (...named place) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10. jul. 2009. No caso da EXW - Ex Works: a) A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor ou em outro local nomeado (fábrica, armazém etc.), não desembaraçada para exportação e não carregada em qualquer veículo coletor. b) Esse termo representa obrigação mínima para o vendedor. c) O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a mercadoria do estabelecimento do vendedor d) Esse termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. 2.2 - FCA - Free Carrier (Terminal de cargas do país de origem) Vamos iniciar analisando uma ilustração: Figura 7.4 - Free Carrier (Terminal de cargas do país de origem) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. No Free Carrier: a) O vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para a exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local determinado; b) A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o comprador responsável por todas as despesas e por qualquer perda ou dano que a mercadoria possa vir a sofrer. c) O local escolhido para entrega é muito importante para definir responsabilidades quanto à carga e descarga da mercadoria: se a entrega ocorrer nas dependências do vendedor, este é o responsável pelo carregamento no veículo coletor do comprador; se a entrega ocorrer em qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo descarregamento de seu veículo. d) O comprador poderá indicar outra pessoa, que não seja o transportador, para receber a mercadoria. Nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é entregue àquela pessoa indicada. e) Esse termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. 2.3 - FAS - Free Along side Ship (Livre ao Lado do Navio) Observe a imagem: Figura 7.5 - Free Alongside Ship (Livre ao Lado do navio) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. No Free Alongside Ship: a) O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada ao lado do navio transportador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento, no porto de embarque designado. b) A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento, pagamento de frete e seguro e demais despesas. c) O vendedor é responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação. d) Esse termo pode ser utilizado somente para transporte aquaviário (marítimo fluvial ou lacustre). 37 2.4 - FOB - Free on board (Livre a bordo do navio) Iniciemos pela ilustração: Figura 7.6 - Free on Board (Livre a bordo do navio) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 mar. 2009. Já no Free on board: a) O vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada do navio (ship’srail) no porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e danos. b) A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas as despesas passam a correr por conta do comprador. c) O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação. Esse termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre) 2.5 - CFR - Cost and Freight (Porto de destino designado) Vamos iniciar, analisando criteriosamente a imagem a seguir: Figura 7.7 - CFR – Cost and Freight (Porto de destino designado) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. É importante saber que no CFR: a) O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos necessários para colocar a mercadoria a bordo do navio. b) O vendedor é responsável pelo pagamento do frete até o porto de destino designado. c) O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação. d) Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como qualquer outro custo adicional são transferidos do vendedor para o comprador no momento em que a mercadoria cruza a murada do navio. e) Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da mercadoria. f) Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). (Disponível em: https://www.rmseguros.com.br/incoterms. htm. Acesso em: 11 abr. 2022). 2.6 - CIP Carriage and Insurance Paid to (Transporte e seguros pagos até o local de destino designado) Observe a imagem: Figura 7.8 - Carriage and Insurance Paid to (Transporte e seguros pagos até o local de destino designado) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em:http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. Assim, na CIP: a) As responsabilidades do vendedor são as mesmas descritas no CPT, acrescidas da contratação e pagamento do seguro até o destino. b) A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer. c) O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar. d) Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. (Disponível em: https://www. rmseguros.com.br/incoterms.htm. Acesso em: 11 abr. 2022). 2.7 - DAF - Delivered At Frontier (Entregue na Fronteira - local designado) 38Comércio Internacional Segue imagem para análise: Figura 7.9 - DAF Delivered At Frontier (Entregue na fronteira – local designado) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. De acordo com a DAF: a) O vendedor deve entregar a mercadoria no ponto combinado na fronteira, porém antes da divisa aduaneira do país limítrofe (limite), arcando com todos os custos e riscos até esse ponto. b) A entrega é feita a bordo do veículo transportador, sem descarregar; c) O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação, mas não pelo desembaraço da importação. d) Após a entrega da mercadoria, são transferidos do vendedor para o comprador os custos e riscos de perdasou danos causados às mercadorias. e) Cláusula utilizada para transporte terrestre. (Disponível em: https://mtm1.com.br/incoterm/ Acesso em: 11 abr. 2022). 2.8 - DES - Delivered Ex Ship (Entregue a partir do navio - no porto de destino) Segue imagem para apreciação: Figura 7.10 - DES – Delivered Ex Ship - (Entregue a partir do navio - porto de destino designado) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. Na DES: a) O vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, a bordo do navio, não desembaraçada para a importação, no porto de destino designado. b) O vendedor arca com todos os custos e riscos até o porto de destino, antes da descarga. c) Esse termo somente deve ser utilizado para transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). 2.9 - DEQ - Delivered Ex Quay (Entregue no cais - no porto de destino designado) A DEQ pode ser assim ilustrada: Figura 7.11 - DEQ – Delivered Ex Quay (Entregue no cais - porto de destino designado) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. Na DEQ: a) A responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à disposição do comprador, não desembaraçada para importação, no cais do porto de destino designado. b) O vendedor arca com os custos e riscos inerentes ao transporte até o porto de destino e com a descarga da mercadoria no cais. c) A partir disso a responsabilidade é do comprador, inclusive no que diz respeito ao desembaraço aduaneiro de importação. d) Esse termo deve ser utilizado apenas para transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). (Disponível em: https://www.rmseguros.com.br/incoterms. htm. Acesso em: 11 abr. 2022). 2.10 - DDU - Delivered Duty Unpaid (Entregue direitos não pagos - local de destino designado) Figura 7.12 - Delivered Duty Unpaid (Entregue direitos não pagos - local de destino Designado) 39 Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. Na DDU: a) O vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, no ponto de destino designado, sem estar desembaraçada para importação e sem descarregamento do veículo transportador. b) O vendedor assume todas as despesas e riscos envolvidos até a entrega da mercadoria no local de destino designado, exceto quanto ao desembaraço de importação. c) Cabe ao comprador o pagamento de direitos, impostos e outros encargos oficiais por motivo da importação. d) Esse termo pode ser utilizado para qualquer modalidade de transporte. ( INCOTERMS) 2.11 - DDP - Delivered Duty Paid (Entregue direitos pagos - local de destino designado) Figura 7.13 - DDP – Delivered Duty Paid (Entregue direitos pagos - local de destino designado) Fonte: APRENDENDO A EXPORTAR. Incoterms. Disponível em: http://www. aprendendoaexportar.gov.br/gemasejoias/img/tabela_INCOTERMS. Acesso em: 10 jul. 2009. Com a DDP: a) O vendedor entrega a mercadoria ao comprador desembaraçada para importação, no local de destino designado. b) É o incoterm que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor, na medida em que o mesmo assume todos os riscos e custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado c) Não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto a obter, direta ou indiretamente, os documentos necessários à importação da mercadoria. d) Embora esse termo possa ser utilizado para qualquer meio de transporte, deve-se observar que é necessária a utilização dos termos DES ou DEQ nos casos em que a entrega é feita no porto de destino (a bordo do navio ou no cais) Retomando a aula Chegamos, portanto, ao fim da nossa penúltima aula, na qual abordamos, a princípio, a história e síntese dos Incoterms. Posteriormente, estudamos o significado e aplicabilidade dos principais Incoterms. 1 - Incoterms: síntese histórica e conceituação Na seção 1, entendemos que antes da Convenção de Genebra, as partes intervenientes em contratos de importação/exportação desconheciam as diferenças existentes nas negociações entre os países devido à legislação, o que foi motivo de constantes atritos. Para resolver esses problemas, os incoterms surgiram em 1936, quando a Câmara Internacional do Comércio - CCI, com sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional, com o intuito de uniformizar as cláusulas contratuais entre os países signatários. Vimos ainda que representados por siglas de três letras, os termos internacionais de comércio simplificam os contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem os direitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador, quanto às tarefas adicionais ao processo de elaboração do produto, dentre outras questões relevantes sobre o tema. 2 - Categorias do Incoterms Já na seção 2, conhecemos as categorias dos incoterms, que são: a) EXW – Ex Works (À disposição - local de origem). b) FCA – Free Carrier (Terminal de cargas do país de origem). c) FAS – Free Along side Ship -(Livre ao Lado do navio). d) FOB – Free on board (Livre a bordo do navio). e) CFR – Cost and Freight (Porto de destino designado). f) CIF – Cost, Insurance and Freight (Custo, seguro e frete). g) CPT – Carriage Paid To (Transporte pago até o local de destino designado). h) CIP – Carriage and Insurance Paid to (Transporte e 40Comércio Internacional seguros pagos até o local de destino designado). i) DAF – Delivered At Frontier (Entregue na fronteira– local designado) j) DES – Delivered Ex-Ship (Entregue a partir do navio - porto de destino designado). k) DEQ – Delivered Ex-Quay (Entregue no cais - no porto de destino designado). l) DDU – Delivered Duty Unpaid (Entregue direitos não pagos - local de destino designado). m) DDP – Delivered Duty Paid (Entregue direitos pagos - local de destino designado). Vale a pena BORTOTO, Artur César et al. Comércio e exterior: teoria e gestão. São Paulo: Atlas, 2007. LOPES VASQUES, José. Comércio Exterior Brasileiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007. Vale a pena ler APRENDENDO A EXPORTAR. Disponível em: https://www.youtube.com/user/CarlosEnrile. INCOTERMS – Animação. Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=NqHV-0T_xco. INCOTERMS - quais são e o que significam? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v= CCB66iVNXio. Vale a pena assistir Minhas anotações