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Fisiologia do Pâncreas Professora: Nina Quintanilha Costa Medicina Veterinária- Universo Campos Introdução É uma glândula mista de secreção É amarelado e exibe uma certa semelhança com uma glândula salivar, embora seja mais mole e mais frouxamente entrelaçado que a maioria destas glândulas ENDÓCRINA E EXÓCRINA Introdução Introdução Localizada na alça formada pelo duodeno, sobre o estômago. Anatomia Pâncreas Exócrino Endócrino Problemas inflamatórios em uma destas porções podem afetar a outra proximidade PÂNCREAS EXÓCRINO Corresponde à aproximadamente 80% da massa pancreática Constituída basicamente por ácinos organizadas em células acinares, que secretam enzimas digestivas Por tubulos acinares que secretam grandes volumes de solução de bicarbonato de sódio. PÂNCREAS EXÓCRINO As enzimas são secretadas nos ductos pancreáticos e transportadas até o duodeno, onde são ATIVADAS. As células dos ductos produzem mucina e fluidos ricos em bicarbonato, úteis na neutralização do conteúdo ácido estomacal. REGULAÇÃO HORMONAL DA SECREÇÃO PANCREÁTICA Os estímulos básicos que causam secreção pancreática são: 1) Acetilcolina: Liberada pelas terminações do nervo vago parassimpático e por outros nervos colinérgicos para o sistema nervoso entérico. 1) Colecistocinina (CCK): Secretada pelas células da mucosa duodenal e do jejuno quando o alimento entra no intestino delgado. 1) Secretina: Secretada pelas células S da mucosas duodenal e jejunal quando alimentos muito ácidos entram no intestino delgado. REGULAÇÃO HORMONAL DA SECREÇÃO PANCREÁTICA A ACETILCOLINA E A COLECISTOCININA estimulam as células acinares do pâncreas e levam à produção de grande quantidade de enzimas digestivas. No entanto, levam a pequenas concentrações de água e eletrólitos. Sem esses dois componentes, a maior parte das enzimas se mantem temporariamente armazenadas nos ácinos e nos ductos até que uma secreção mais fluida apareça. A SECRETINA, estimula a secreção de grandes volumes de solução aquosa de bicarbonato de sódio pelo epitélio do ducto pancreático. PÂNCREAS EXÓCRINO As células acinares sintetizam enzimas digestivas inativa Amilases, Proteases, Lipases Tripsinogênio Enzimas para digestão de proteína, carboidrato e gordura ENZIMAS PANCREÁTICAS A função das enzimas digestivas presentes na secreção pancreática é de digerir os principais grupos alimentares: - proteínas, - carboidratos - gordura ENZIMAS PANCREÁTICAS Proteínas: - Existem três principais que são a) TRIPSINA, b) quimiotripsina c) carboxipolipeptase, sendo a tripsina a mais abundante. ENZIMAS PANCREÁTICAS A tripsina e a quimiotripsina vão ser responsáveis por hidrolisar a proteína em peptídeos de tamanhos variados Carboxipolipeptase vai hidrolisar os peptídeos em aminoácidos individuais ENZIMAS PANCREÁTICAS Sintetizadas forma inativa TRIPSINOGÊNIO, quimiotripsinogênio e procarboxipolipeptidase. Elas são ativadas somente após serem secretadas no trato gastrointestinal. ENZIMAS PANCREÁTICAS Digestão dos carboidratos é a amilase pancreática, que hidrolisa amidos, glicogênio e outros carboidratos, para formar dissacarídeos e alguns trissacarídeos. ENZIMAS PANCREÁTICAS Digestão das gorduras são: a lipase pancreática, colesterol esterase fosfolipase. REGULAÇÃO HORMONAL DA SECREÇÃO PANCREÁTICA 1° Fase cefálica os mesmos sinais nervosos do cérebro que causam a salivação e a secreção do estômago também vão causar a liberação de acetilcolina, pelos terminais do nervo vago, no pâncreas. Assim, isso faz com que haja uma quantidade moderada de enzimas sendo liberadas mesmo antes da refeição. Entretanto, devido a pouca quantidade de água presente neste momento, essas enzimas não vão fluir, em sua totalidade, para os ductos pancreáticos. REGULAÇÃO HORMONAL DA SECREÇÃO PANCREÁTICA 2° Fase gástrica : Quando o alimento chega ao estomago, a estimulação nervosa da secreção enzimática prossegue. Porém, também vai haver pouca concentração de água e, mais uma vez, somente pequena quantidade chega no duodeno. REGULAÇÃO HORMONAL DA SECREÇÃO PANCREÁTICA 3° Fase intestinal: Depois que o quimo deixa o estomago e entra no intestino delgado, a secreção pancreática fica abundante, basicamente, em resposta a secretina que vai responder pela presença do ácido clorídrico misturado ao alimento oriundo do estomago. Assim, sua atuação faz com que os tubulos no pâncreas secrete grandes quantidades de líquidos contendo concentrações elevadas de bicarbonato. O mecanismo da secretina é importante pois a secreção de íons bicarbonato pelo pâncreas estabelece o pH apropriado para a ação de enzimas digestivas pancreáticas, que operam em meio ligeiramente alcalino ou neutro. Doença pancreática exócrina a) Lesão do parênquima pancreático Ex.: pancreatite b) Produção insuficiente de enzimas pancreáticas Ex.: Perda de células acinares Extravasamento enzimas Função digestiva inadequada LESÃO X INSUFICIÊNCIA Doença pancreática exócrina a) Lesão do parênquima pancreático Pancreatite Inflamação pâncreas - Autólise - Inflamação órgãos adjacentes - Dosar Amilase Pâncreas (pancreatite) Intestino delgado (d. gasatrointestinal) Fígado (d. hepática) Rins (disfunção renal ↑) Amilase ↑12 a 48 horas, Retorno: 8 a 14 dias Magnitude do aumento: 2 a 3x o valor de referência*** Doença pancreática exócrina a) Lesão do parênquima pancreático Pancreatite Inflamação pâncreas - Autólise - Inflamação órgãos adjacentes - Dosar Lipase Pâncreas (lesão pancreática) Mucosa gástrica Rins (disfunção renal ↑) Lipase ↑24 horas, Pico: 2 a 5 dias e retorno + lento Magnitude do aumento: 2 a 3x o valor de referência*** Doença Pancreática Exócrina IPE – Insuficiência Pancreática Exócrina Causas: Secreção inadequada de enzimas Atrofia acinar juvenil (Pastores alemães) Secundário à pancreatite Destruição do tecido acinar tecido conectivo fibroso Doença Pancreática Exócrina IPE – Insuficiência pancreática exócrina Insuficiência na produção de enzima não tem correlação com as enzimas séricas Má digestão análise fezes Doença Pancreática Exócrina IPE – Insuficiência pancreática exócrina Sinais clínicos Emagrecimento acentuado Polifagia, apetite depravado Fezes volumosas e pastosas Esteatorréia Doença Pancreática Exócrina IPE – Insuficiência pancreática exócrina Exames das fezes 2° MICROSCÓPICO Pesquisa de gordura Pesquisa de amido (Lugol) Pesquisa de fibras musculares 1° MACROSCÓPICO Volume Alimentos mal digeridos Esteatorréia Odor rançoso Doença Pancreática Exócrina IPE – Insuficiência pancreática exócrina Dosar TLI Tripsinogênio Sintetizado no pâncreas e convertido a tripsina no ID Utiliza anticorpos espécie específicos -> detectam tripsina e tripsinogênio no soro. Disponível para cães e gatos; em estudos para cavalos Animais saudáveis -> pequena quantidade de tripsinogênio extravasa para o espaço extracelular -> linfáticos -> sangue Mas sensível e específico PÂNCREAS ENDÓCRINO Porção endócrina é: PÂNCREAS ENDÓCRINO Função endócrina do pâncreas é desempenhada por aglomerados de células, dispersas no tecido acinar pancreático, denominados Ilhotas de Langerhans. Foram descritas pela primeira vez em 1869, por Paul Langerhans. São distribuídasirregularmente pelo parênquima exócrino, mais densamente na região da cauda. PÂNCREAS ENDÓCRINO Esse componente chegam por meios de vasos sanguíneos ao fígado Compreende as ilhotas pancreáticas = agregados celulares que ficam dispersos entre os ácinos exócrinos São a fonte de: a) insulina, b) glucagon ILHOTAS PANCREÁTICAS são importantes no metabolismo dos carboidratos PÂNCREAS ENDÓCRINO Hormônios Equilíbrio nutricional do organismo Céls alfa: glucagon Céls beta: insulina Céls delta: somatostatina Céls F: polipeptídeos pancreáticos PÂNCREAS ENDÓCRINO Somatostatina Sintetizado pela célula delta da ilhota pancreática Secreção estimulada pela glicose, aa, glucagon, hormônios gastrointestinais, neurotransmissores colinérgicos e beta adrenérgicos Secreção inibida pela insulina e neurotransmissores alfa adrenérgico PÂNCREAS ENDÓCRINO Polipeptídeo Pancreático Produzido e sintetizado pelas células F ou PP das ilhotas pancreáticas Principais efeitos TGI : - + motilidade gástrica - + esvaziamento - + secreção de suco gástrico - potencializa secreção pancreática pela secretina - motilidade intestinal - atividade da vesícula biliar - A secreção do PP é – pela infusão de glicose e + pela hipoglicemia PP: estimula a ingestão alimentar PÂNCREAS ENDÓCRINO Fontes de glicose i. Absorção intestinal ↑ sg 2 a 4h após refeição - monogástricos i. Produção hepática gliconeogênese e glicogenólise PÂNCREAS ENDÓCRINO PÂNCREAS ENDÓCRINO Ilhotas de Langerhans Células β – insulina Metabolismo da glicose PÂNCREAS ENDÓCRINO PÂNCREAS ENDÓCRINO Células α Glucagon ↑ glicemia (equilíbrio) Estimulam gliconeogênese e glicogenólise Fisiológico Jejum VERIFICAR A GLICEMIA É verificar a função endócrina do pâncreas! PÂNCREAS ENDÓCRINO Diabetes Melitos Hiperglicemia / glicosúria a) Produção insulina insuficiente Ação deficiente da insulina TIPO 1 – destruição imunomediada células β (+ cães) TIPO 2 – prejuízo de função células β + resistência periférica (+ gatos) PÂNCREAS ENDÓCRINO Avaliação do metabolismo da glicose . Dosagem da glicose sanguínea 1° passo Jejum 12h Dosagem na clínica Glicossímetro Ou tubo fluoreto de sódio PÂNCREAS ENDÓCRINO Avaliação do metabolismo da glicose Determinação da glicose na urina Glicosúria excede o limiar renal de reabsorção (180-220mg/dL em cães) (180-290mg/dL em gatos) Hiperglicemias transitórias glicosúria raro PÂNCREAS ENDÓCRINO Dosagem de Frutosamina Frutosamina = proteína ligada a CHO Proteínas séricas glicolisadas formadas continuamente resultantes da ligação entre a glicose e proteínas circulantes, e correspondem à avaliação glicêmica de aproximadamente uma a duas semanas em gatos ! Alta glicemia – aumento da frutosamina alta frutosamina – indica quantidade de glicose de duas a três semanas (vida média das proteínas) PÂNCREAS ENDÓCRINO Dosagem de Frutosamina Frutosamia = proteína ligada a CHO PÂNCREAS ENDÓCRINO Hipoglicemia Causas comuns a)Tumor nas células β (insulinoma) b) Iatrogênico c) Hipoadrenocorticismo d) Sepse Insuficiência ou falência hepática Acabamos pessoal !!!
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