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07 PNEUMONIAS 1 07 PNEUMONIAS QUANDO INTERNAR NA PAC? Indicações de internação: Avaliar presença de doenças associadas CURB65 ≥ 2 SatO2 < 90% Avaliar fatores sociais, econômicos e cognitivos Julgamento clínico Antibioticoterapia: (1) ambulatório previamente hígido: macrolídeo ou doxiciclina Comorbidades; atb ≤ 3 meses (optar agora por classe diferente): fluoroquinolona respiratória (levo, moxi ou gmi) OU associação beta- lactamico (amoxicilina pura ou associada, cefuroxima, ceftriaxona) com macrolídeo (azitromicina, claritromicina) CARGA TABÁGICA > 20 ANOS/MAÇO = GRANDE RISCO DE DPOC = Principal agente da PNM pode ser o Haemophilus influenzae, o mais relacionado em até 50% das exacerbações EMPIEMA: Fase exsudativa → Fase fibrinopurulenta → Fase de organização ATB: Daptomicina não age no pulmão PAC + comorbidades: o tratamento mínimo é beta-lactâmico + macrolídeo qualquer comorbidade mesmo, seja cardiopatia TODO TTO AMBULATORIAL = orientar sinais de alarme: piora do estado geral, rebaixamento do nível de consciência e vômitos intensos que inviabilizem o uso de dorgas orais 07 PNEUMONIAS 2 Reavaliação em 24-48h INFLUENZA Oseltamivir: baixos benefícios, pode ser prescrito para Recém-nascido Vacina composta por 2 A e 1B = ATÍPICO! 🚨Precaução é por gotícula e NÃO AEROSSOL, só máscara cirúrgica manter por até 7 dias após início dos sintomas ou por mais 24h após termino de febre ou sintomas respiratórios. DEFINIÇÃO DE CASO Indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico Em crianças < 2 anos de idade: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico. GRUPOS DE RISCO DA SG → SRAG Se infectados, oseltamivir Gestantes Adultos > 60 anos Crianças < 5 anos Quimioprofilaxia indicada se contato < 48h em indivíduos não vacinados (ou se vacina < 2sem), após exposição a caso suspeito ou confirmado de influenza Obs: < 9 anos, primovacinadas, necessitam 2 dose com intervalo 1m para serem consideradas vacinadas. Aquelas com condições ou FR expostas a caso sus ou conf com menos de 2sem da 2 dose ou no intervalo delas deverão receber quimioprofilaxia se tiverem comorbidades INDICACOES DE VACINAÇÃO Não recomenda se uso de máscara em aglomerações 07 PNEUMONIAS 3 Etiqueta da tosse Higiene mãos MELHOR COBERTURA P TIPICOS E ATÍPICOS: ISOLADO É MACROLIDEO Pneumonite por aspiração gástrica = mendelson CCQ ANTIBIOTICOTERAPIA PARA PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO DE CONTEÚDO GÁSTRICO Droga que cubra anaeróbios e que penetre no parenquima pulmonar = CLINDAMICINA MYCOPLASMA - MANIFESTAÇÕES EXTRAPULMONARES AGENTES TÍPICOS: PNEUMOCOCO HI SA GN como (KLEBSIELLA E PSEUDOMONAS) Agentes atípicos: Mycoplasma p; Chlamydia p. legionella e vírus respiratórios…. AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO Segundo a SBPT o CURB-65 não deve sr avaliado de forma isolada, mas sim em várias etapas 1. avaliar a presença de doenças associadas 2. avaliar CURB 65 3. avaliar o grau de oxigenação e o comprometimento radiológico: spo2 <90%; a radiografia de tórax com extensão radiológica e derrame pleural suspeito de empiema 4. avaliar os fatores sociais e cognitivos: ausencia de familiar ou cuidados no domicílio , necessidade de observação da resposta ao tratamento; capacidade de entendimento da prescrição 5. avaliar os fatores economicos: acesso aos medicamentos; retorno para avaliação 6. avaliar a aceitabilidade da medicação oral 07 PNEUMONIAS 4 7. julgamento clínico DERRAME “PUNCIONÁVEL”: RX: perfil com altura > 5cm lawrell com altura >1cm (DL) da lamina 20% hemitórax (ou mais ocupado do hemitorax pelo rderrame) OBS: Se não “correu”: USG (não correu após DL comparado ao normal) Se for septado: Pleuroscopia TRATAMENTO EMPÍRICO DA PAC PARA, levar em conta o perfil do paciente pacientes com comorbidades No caso de doenças cronicas do coração, pulmão, fígado ou rim; alcoolismo diabetes neoplasias asplenia imunossupressão Uso de antibiótico nos 3 meses anteriores fatores de risco para pneumococo resistente residentes em regiões e alta incidência de pneumococo resistente a macrolídeos = Devem ser tratados com fluoroquinolona respiratoria OU associação macrolídeo + betalactâmico Se uso de macrolídeo nos ultimos 45 dias = evitar; preferir uma quinolona respiratória PARA INTERNAÇÃO EM UTI Exige critérios de PAC Grave (1 maior ou 3 menores) maiores: choque séptico ou ventilação mecânica 07 PNEUMONIAS 5 menores: fr > 30; p/f < 250; infiltrado multilobar; confusão / desorientação ; ureia > 43; leucopenia (< 4k); plaquetopenia (<100k); hipotermia ou hipotensão OU CURB ≥ 3 MORAXELLA CATARHALIS COCO GRAM NEGATIVO FALHA TERAPEUTICA: 48-72H APÓS A INTRODUÇÃO DO ATB SEM MELHORA CLÍNICA PSEUDOMONAS, risco de crescimento em meio de cultura fatores de risco: doença estrutural pulmonar (bronquiectasia, fibrose cística), DPOC grave com exacerbações frequentes e uso prévio de antibióticos e corticoides Usar B-lactamicos com ação antipseudomonas associados a fluoroquinolonas com esta ação (Ex piperacilina-tazobactam ou cefepima + Levo ou ciprofloxacino) Se algum fator de risco para MSRA = vanco ou linezolida FTV DÇ PARENQUIMATOSA = FTV AUMENTADO → Com exceção da atelectasia Como pnm DÇ PLEURAL = FTV REDUZIDO CASO 01 PADRÃO E CONVENÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DOS LEUCÓCITOS…. MAIOR NEUTRÓFILO, A ESQUERDA DEFINIÇÕES Comunitária (PAC) Adquirida fora do ambiente hospitalar (incubação ˜48h) Hospitalar (PAH) iniciada ≥ 48h da admissão hospitalar 07 PNEUMONIAS 6 Associada a ventilação mecânica (PAVM) iniciada ≥ 48 do início da VM invasiva PNEUMONIA COMUNITÁRIA PATOGENIA Aspiração (= microaspiração)/ inalação (ex legionella) / hematogenica (= S. aureus gosta = “metastatizante”) /extensão direta microaspiraçao VAS = colonizada para gram positivo → pneumococo é o destaque DIAGNÓSTICO Clínica + radiografia CLÍNICA febre, tosse, dispneia, dor torácica, crepitações… RADIOGRAFIA Lobar x Broncopneumonia (sujou todo o pulmão, ao contrário da lobar que é quase tudo pneumococo, aqui não dá p sugerir) -Opacidade (quando respeita o limite lobar → pensa sempre em pneumococo “hepatização do lobo”) opacidade difusa 🚨CASOS GRAVES, REFRATÁRIOS, UTI (= pesquisar o agente) Como pesquisar o agente? Hemocultura, escarro, antígeno urinários (p/ pneumococo) , teste moleculares AGENTES →Típicos: respondem ao B-lactâmico e a facilidade de ser corado pelo gram? respondem a beta lactamico + coram pelo gram (aspecto roxo) 🥇⭐Streptococccus pneumoniae (diplococo gram+) 2 cocos roxos Mais comum Escarro ferruginoso Derrame pleural 07 PNEUMONIAS 7 Pneumonia redonda (ou pseudotumor) (a melhora radiológica após tto leva até 2 meses) ⭐Haemophilus influenzae (coco bacilo gram negativo) ora como coco ora como bacilo Idosos, portadores de DPOC ⭐Klebsiella pneumoniae (bacilo gram negativo) Etilista, diabético, lobo pesado, necrosante Lobo pesado pende a cisura para baixo no perfil - o 1% da lobar que não seria pneumococo ⭐Staphylococcus aureus (cocos gram-positivos em cacho de uva🍇) Pós-gripe / usuários de drogas IV Grave, necrosante, derrame, pneumatocele (tão forte que chega a destruir os septos interalveolares) se AIDS = pneumocistose SE EU VOU ficando fraco os gram negativos se proliferam →Atípico: não respondem a b-lactamicos (sem peptidoglicanos na parede) nem coram pelo Gram 🥈⭐Mycoplasma pneumoniae → gripão + arrastado “Gripão” + miringite bolhosa / anemia hemolítica / Raynaud ⭐Legionella pneumophila nada gripal é grave mesmo e rápida piora Quadro típico e grave / sinal de Faget / sintomas GI Hiponatremia / transaminases Teste do antígeno urinário pode ajudar ⭐CLAMÍDIA é gripão que não melhora TRATAMENTO a grande dupla da pnm pacé pneumococo e mycoplasma → tto empírico deve abordar os 2 ONDE TRATAR? duas ferramentas CURB-65: risco de mortalidade, 1 ponto para cada critérios vai de 0 a 5pts. casa com atb vo ou enfermaria? C-onfusão mental 07 PNEUMONIAS 8 U-reia > 43 mg/dl . BR Ur > 50 mg/dl (SBPT)� R-espiração (FR ≥30) B-aixa pressão (PAS ≤90 ou PAD≤60) 65-Idade ➡0-1: ambulatório; ≥2: internação (≥ 3 = 14-22% de mortalidade) ⚠Atenção primária: CRB-65≥ 1: internação (discutível a idade nesse caso se ótimo estado geral e nenhum comprometimento) ATS / IDSA: enfermaria ou UTI? Maiores choque séptico / ventilação invasiva Menores C/ U / R / B (qq 1 presente) Multilobar P/F < 250 ⬇Leucopenia ou plaquetopenia Hipotermia UTI se 1 maior ou 3 menores COMO TRATAR? AMBULATÓRIO (📆5 DIAS) Pneumococo, Mycoplasma (já inclui clamidia), H. influenzae SEM FATORES DE RISCO Amoxicilina � OU macrolídeo � (azi/clari) OU doxiciclina(está só nos , br resistente) COMORBIDADES / ATB ≤3M /PNEUMO RESISTENTE (preciso ampliar reforço para GN) Amoxicilina + macrolídeo OU quinolona respiratória (moxi, gemi ou levo) ENFERMARIA (7-10 DIAS) Já tem que ampliar mesmo p GN, o de cima só que venoso (INTERNOU = NA VEIA) 07 PNEUMONIAS 9 Pneumococo, Mucoplasma, Gram negativo Beta lactamico (ceftriaxona) + macrolídeo OU quinolona respiratória (moxi ou levo) TERAPIA INTENSIVA. (7-10 DIAS) Pneumococo, Mycoplasma, Gram (negativos) - → abordar +legionella (Td paciente grave) SEM FATORES DE RISCO B-lactâmico MAIS azitro OU quinolona respiratória (Ceftriaxona / ampi-sulbactam) agora é um beta que pega mais gram negativo…. não pode quinolona isolada, mantém o beta lactamico junto POSSÍVEL MRSA (cateter, usuário droga, dialitico) Associar vanco ou linezolida 3ª medicação é DAPTOMICINA não dapta no pulmão POSSÍVEL Pseudomonas (é resistente ao ertapenem) se já viu GN na cultura já cobre pseudomonas Trocar B-lactâmico: pipe-tazo / cefepime / imipenem MAIS levo ou cipro (eles se [] na corrente sanguínea, logo cipro é bom para bacteremia por pseudomonas) ASPIRATIVA (IBP aumenta risco anaeróbios) Inicialmente: ampicilina-sulbactam, ertapenem ou fluoroquinolona (levo ou moxi) Clincamicina se risco elevado de aneróbios (doença periodontal grave, pnm necrotizante ou abscesso pulmonar) Se DPOC há mais Hi, porém o pneumococo permanece o principal agente COMPLICAÇÕES - PNEUMONIA COMUNITÁRIA COMPLICAÇÕES DERRAME PLEURAL⭐ 07 PNEUMONIAS 10 Achados característicos: velamento do seio costofrênico, parábola de Damoiseau é mandatório fazer a toracocentese??????? Indicação de toracocentese: perfil > 1cm / ortostase > 5cm Critérios de Light - exsudato (≥1 critério): → qualquer 1 critério será pela pnm (se não for diurético? se for tratar a pneumonia) LDH pleural / sérica > 0,6 LDH pleural > 2/3 do limite superior no soro (acima de 200 geralmente) Proteína pleural / sérica > 0,5 Complicado (≥1 critério): Nem todo parapneumonico precisa drenar / Abaixo indicações de drenagem torácica pH < 7,2 (do liq pleural); Glicose <40-60; LDH > 1.000; Bactérias no gram ou cultura; Pus (empiema) / aspecto purulento obs: derrame não complicado drenar também se ocupar mais de 1/2 do hemisfério Tratamento não complicado: ATB complicado: ATB + drenagem torácica em selo dágua Abordagem DP parapneumônico (Crianças) 07 PNEUMONIAS 11 ⭐ABSCESSO PULMONAR ≥2cm. (<2cm =PNM necrosante) tem nivel hidroaereo… Fator de Risco Macroaspiração (atenção a anaeróbios) Evolução: (etilista = sedado e vomitando….. ) horas: pneumonite química (🚨Mendelson) (suspeitar se não respeita o tempo incub da bact 2d) dias: pneumonia aspirativa Clínica: evolução arrastada, secreção fétida…. (dias de evolução) Tratamento (praticamente p pegar germes de boca) Amoxi-clav / clindamicina Precisa drenar? não, já cospe a secreção e faz a fisioterapia respiratória…. PNEUMONIA HOSPITALAR OU NOSOCOMIAL 48h após admissão ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECANICA (PAVM) 48h após intubação e VM DIAGNÓSTICO 07 PNEUMONIAS 12 Infiltrado pulmonar (novo ou progressivo) + ≥ 2 sinais de infecção: Febre Leucocitose ou leucopenia Secreção purulenta Piora da oxigenação AGENTES (pensa nos GP, mas tem que ter em mente GN entéricos….., pseudomonas, S. aureus e outras bactérias MDR Gram negativos entéricos (P. aeruginosa) e S. aureus Atenção: MRSA e Gram (-) MDR TRATAMENTO (pede as culturas… e antibiograma) ANTIBIOTICOTERAPIA PADRÃO Mínimo: pegar GN entérico cobrindo pseudomonas e s .aureus Cefepime ou pipe-tazo ou imi/ meropenem RISCO DE GRAM (-) MDR (EX: FIBROSE CÍSTICA) Associar: aminoglicosídeo ou cipro / levofloxacino ou aztreonam RISCO DE MRSA Associar: vanco ou linezolida VM + ATB IV ≤90 DIAS OU DIÁLISE OU CHOQUE SÉPTICO OU SDRA OU > 5 DIAS DE INTERNAÇÃO Escolher um de cada grupo acima (Ex: cefepime + levo + vanco) 🚨PNEUMONIA HOSPITAL Definição: pós 48h de internação Nos primeiros 5 dias de internação a flora orofaríngea = PAC (S. pneumoniae, H. influenzae ou GN entéricos [Enterobacteriaceae]), após 5 dias que predominam patógenos hospitalares (Pseudomonas, MRSA, etc) 07 PNEUMONIAS 13 🚨PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAVM) Definição: após 48-72h de internação Como discutido nos itens anteriores desse caso clínico, estamos diante de uma pneumonia bacteriana que complicou com derrame pleural parapneumônico. O derrame parapneumônico, na maioria dos casos, é leve a moderado e livre, devendo ser puncionado sempre que possível! Afinal de contas, na presença de um derrame complicado, prosseguiremos com a drenagem. Como fazer? O paciente deve estar sentado, com os braços e a cabeça apoiados em travesseiros, sobre um anteparo (como uma mesa) ou com a mão ipsilateral ao derrame apoiada sobre o ombro contralateral ao derrame, de forma que a escápula seja projetada para frente. Com o dorso exposto, deve-se marcar o sítio de punção. Ele deve se localizar entre 5 e 10 cm de distância da coluna e no limite inferior da escápula. O sítio de punção sempre deverá ser localizado na margem superior de uma costela. Como o feixe vasculonervoso sempre passa logo abaixo das costelas, estaremos evitando sua lesão acidental. Além disso, não devemos puncionar abaixo da 9ª costela. A inserção de agulhas abaixo desse limite implica um maior risco de punção abdominal acidental. Mais um detalhe: apenas os derrames complicados devem ser submetidos à drenagem completa, o que inviabiliza a letra B.
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