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1 CONTROLE DE INFECÇÕES EM SETORES DE APOIO 1 NOSSA HISTÓRIA A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a INSTITUIÇÃO, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A INSTITUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 2 Sumário NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 2 Introdução .................................................................................................................. 4 Infecção e infectologia .............................................................................................. 6 Infecção.............................................................................................................................. 7 Sintomas de infecção ...................................................................................................... 7 Diagnóstico ..................................................................................................................... 7 Transmissores e instalação ............................................................................................. 8 Tratamento ..................................................................................................................... 9 Prevenção ....................................................................................................................... 9 Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde – IRAS ........................................................ 10 Os riscos no setor de saúde e os cuidados com os profissionais ..................... 14 A biossegurança, as normas e o uso de EPIs ..................................................................... 16 Os riscos dos profissionais de saúde que estão na “ponta” ............................................... 18 A biossegurança e outros profissionais de setores de apoio ............................................. 19 Precauções a serem adotadas por todos os serviços de saúde durante a assistência ........ 21 A Norma Regulamentadora n. 32 ..................................................................................... 23 Programa de Controle de Infecções Hospitalares - PCIH .................................... 25 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH ........................................................ 25 Vigilância Sanitária, ANVISA e Rede Sentinela ................................................................... 27 Referências ............................................................................................................... 29 3 Introdução Didaticamente falando, uma infecção ocorre quando microrganismos invadem tecidos corporais e causam doenças. As doenças infecciosas são, em geral, provocadas por bactérias, fungos, vírus, parasitas, etc. que invadem o corpo multiplicam-se e provocam a infecção (TORTORA; FUNKE; CASE, 2005). Estas infecções podem acontecer na garganta, ouvido, trato urinário, podem ser no sangue, no coração, nos olhos, nos pulmões, enfim, o corpo humano é frágil e tem portas abertas para todo tipo de infecção. É fato que nosso sistema imunológico consegue combater grande número de infecções, mas se por algum motivo ele estiver enfraquecido, as chances de infecções aumentam. Geralmente crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas como AIDS, diabetes, transplantados e outros, são grupos mais suscetíveis a contrair infecções, devendo os mesmos terem mais cuidados em exposição a locais onde possam “pegar” infecções. Figura 1 – Controle de infecção Os danos infecciosos da assistência à saúde foram trazidos à tona durante a chamada “revolução pasteuriana”, por nomes como Ignaz Semmelweis, Florence Nightingale e Joseph Lister. Ao longo do século XX, em consequência do suporte avançado de vida e de terapias imunossupressoras, observou-se a necessidade de 4 medidas de controle nos hospitais. Assim, as infecções hospitalares passaram a ser combatidas de forma sistemática nos países desenvolvidos. Desde meados da década de 1990, o termo “infecções hospitalares” foi substituído por “infecções relacionadas à assistência em saúde” (IRAS), sendo essa designação uma ampliação conceitual que incorpora infecções adquiridas e relacionadas à assistência em qualquer ambiente (PADOVEZE; FORTALEZA, 2014). Pois bem, controle de infecções em instituições hospitalares, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), os hospitais de Campanha, enfim, todos os setores de apoio aos cuidados à saúde humana e demais locais onde nós circulamos será discutido ao longo desse caderno. Infecção e infectologia 5 As doenças ou moléstias infecciosas constituem um dos mais fascinantes campos da Medicina. Resultado da interação de seres vivos, o patógeno e o hospedeiro, tais doenças têm fisiopatologia complexa, na qual mecanismos de virulência e evasão dos microrganismos se contrapõem ao excepcionalmente desenvolvido sistema de defesa do hospedeiro. Curiosamente, nosso convívio com microrganismos é fundamental para a vida e a saúde, como ilustram informações recentes de que somos 10 vezes mais microrganismos do que células: somos um microbioma. Desde tempos remotos, as doenças infecciosas, endêmica e epidemicamente, fizeram parte da nossa história, muitas vezes sendo os eventos centrais dela. Hanseníase (lepra nos tempos históricos), cólera, peste e, mais recentemente, a gripe espanhola deixaram suas marcas. Em muitos casos, essas doenças são demarcadas geograficamente, como é o caso da malária; em outros, socialmente, como a tuberculose. Esses exemplos de doenças milenares ainda respondem por um número de mortes inaceitavelmente alto no mundo. Novas epidemias, como a da AIDS, revelam o preparo e o despreparo da nossa sociedade para lidar com o novo: nunca se viu tamanho acúmulo de conhecimento científico em tão pouco tempo; por outro lado, as mesmas reações de isolamento e preconceito afloraram imediatamente. Novos patógenos emergem a todo o momento, e o impacto de cada nova doença passa a ser respondido em tempo real. Outros patógenos, outrora causadores de grandes epidemias, no momento a COVID-19, rondam nossas lacunas de desenvolvimento científico e social, apresentando recrudescências; doenças emergentes e reemergentes estão sempre no horizonte (SALOMÃO, 2017). Eis que devido a todas essas lacunas, a infectologia é uma das muitas especialidades das ciências da saúde, que atua sobre todos os órgãos e sistemas do corpo humano. Os infectologistas estão presentes nas comissões de controle de infecções hospitalares (CCIH), outra grande área de estudo e atuação da infectologia atual, que se fez necessária graças ao desenvolvimento do ambiente hospitalar, principalmente com a difusão das unidades de terapia intensiva (UTI), onde devido o uso frequente de antibióticos, inúmeras bactériase fungos desenvolvem resistência e peculiaridades próprias. 6 Mais adiante falaremos dessas comissões. Infecção Infecção é um processo causado ao organismo por agentes externos. O organismo reage a entrada de microrganismos como vírus e bactérias, parasitas ou fungos. Nesse processo, as células de defesa tentam combater os microrganismos, o que normalmente dá origem ao aparecimento de líquido espesso, amarelado, seroso e opaco, que se forma no local de uma ferida infeccionada ou de um processo infeccioso, formado de glóbulos brancos, alterados ou não, de células de tecidos vizinhos do ponto da supuração, e de bactérias, vivas ou mortas, conhecido popularmente como pus. Sintomas de infecção Alguns sintomas que podem ser causados por infecções: Febre; Dor no local infectado; Aparecimento de pus; Dores musculares; No caso de infecção urinária – ardência ao urinar No caso de infecção de garganta – dor ao engolir, tosse, secreção... Fadiga, fraqueza, tontura Diagnóstico O diagnóstico é realizado a partir de um exame clínico e de exames laboratoriais, como os testes que usam uma amostra de sangue, urina, fezes, escarro ou outro fluído ou tecido do corpo. Podem ser realizadas culturas do microrganismo para que a partir da proliferação seja possível identifica-lo. 7 Transmissores e instalação Infecções podem instalar e atingir os mais diversos órgãos do corpo humano, desde o trato urinário, passando pelos pulmões, intestinos e outros. Figura 2 – Agentes de infecção Como citado, as infecções podem ser causadas por: a) Bactéria - combatidas com antibióticos. Em alguns casos é preciso descobrir que tipo de bactéria está causando a infecção para saber que medicação será mais eficaz. b) Vírus - combatidas por antivirais. Há infecções virais para as quais ainda não há medicamentos, como herpes, hepatite B, Hepatite C, gripe e HIV, por exemplo. c) Fungos - combatidas por antifúngicos. Algumas lesões na pele e nas unhas podem ser causadas por infecções fúngicas. d) Parasitas - combatidos por antiparasitários. Doenças como a malária são infecções parasitárias. Tratamento O tratamento das infecções depende do agente patogênico associado, em casos onde a infecção é causada por bactérias, os antibióticos são prescritos. Em infecções virais, o tratamento pode ser realizado com os antivirais, ou dependendo da 8 infecção, apenas com o tratamento dos sintomas, com os antitérmicos e analgésicos, e em infecções causadas por fungos, os antimicóticos. Para realizar o tratamento, é necessário a identificação do agente causador, pois cada um responde a medicações específicas e quanto antes a infecção for tratada, melhor para evitar as complicações associadas. Prevenção A prevenção da grande maioria das infecções exige medidas simples, como a vacinação, que previnem diversas doenças bacterianas e virais e protegem os organismos por longo prazo. O SUS fornece a maioria das vacinas, sendo tomadas de acordo com o calendário anual, desde o nascimento. Figura 3 – Calendário vacinal Outras medidas importantes envolvem a higienização das mãos, com água e sabão, e de alimentos, além do cozimento dos mesmos. Minimizar o máximo possível o contato direto com pessoas que estão com algum tipo de infecção, evitar locais fechados e aglomerações. 9 Pessoas imunocomprometidas devem redobrar os cuidados, pois são mais susceptíveis as infecções e as complicações, que podem ser graves (TORTORA; FUNKE; CASE, 2005). Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde – IRAS Desde 1846, a literatura nos mostra ser comprovado que os germes que ocasionam as IRAS são transmitidos de paciente a paciente por meio das mãos da equipe de assistência. Desta forma, a higiene das mãos com água e sabonete, ou com compostos alcoólicos, é a maneira mais barata e mais simples de se prevenir infecções. Quanto ao uso inadequado de antibióticos ou sem a devida orientação, as bactérias podem desenvolver resistência a essas drogas, dificultando e encarecendo o tratamento. Como os antibióticos são bastante usados na prática hospitalar, é comum que algumas IRAS sejam causadas por germes resistentes, e isso é um fenômeno mundial. A Organização Mundial da Saúde tem especial preocupação com tal fenômeno e, inclusive, já adotou o termo “Era Pós-antibiótica”. O objetivo é orientar para que o uso de antibióticos seja cada vez mais restrito e racional. As infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS) são aquelas adquiridas durante a prestação dos cuidados de saúde e representam um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS), considera que 1,4 milhão de infecções ocorre a qualquer momento, tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento (OLIVEIRA; DAMASCENO; RIBEIRO, 2009). Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 2 milhões de infecções relacionadas à assistência em saúde ocorram anualmente, resultando entre 60 e 90 mil mortes e com um custo aproximado de, pelo menos, 17 a 29 bilhões de dólares. Em média, de 5% a 15% de todos os pacientes internados desenvolvem IRAS. No Brasil, não se dispõe de estimativas precisas em razão da ausência de sistematização de informações. 10 As IRAS apresentam impacto sobre letalidade hospitalar, duração da internação e custos. O aumento das condições que induzem à internação de indivíduos cada vez mais graves e imunocomprometidos, somado ao surgimento da resistência a antimicrobianos, confere às IRAS especial relevância para a saúde pública. Além disso, os países em desenvolvimento sofrem com maior carga de IRAS, podendo ser até 20 vezes superior aos países desenvolvidos. Fatores associados à escassez e qualificação de recursos humanos, aliados à estrutura física inadequada em serviços de saúde e ao desconhecimento de medidas de controle de IRAS, contribuem para esse cenário (PADOVEZE; FORTALEZA, 2014). O documento “Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde” (BRASIL, 2017) confirma que as IRAS consistem em eventos adversos - EA ainda persistentes nos serviços de saúde. Sabe-se que as infecções elevam consideravelmente os custos no cuidado do paciente, além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade nos serviços de saúde. Reconhecendo o fenômeno das IRAS como problema de saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que a autoridade de saúde designe uma agência para o gerenciamento de um plano em âmbito nacional, o qual deverá estar alinhado com os demais objetivos em saúde. Para o Brasil, é importante haver discussão sobre as ações programáticas, reconhecendo os avanços até o momento, identificando os desafios e propondo caminhos que possam ampliar a potencialidade dessas ações. 11 Figura 4 – Contaminação por contato Neste momento que estamos vivendo os terríveis e tristes problemas decorrentes da pandemia do novo coronavírus, a questão de sua transmissão, as complicações que levam a internação e seu controle suscitam a máxima atenção de todo o mundo. Com a missão de proteger e promover a saúde da população, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por definir as normas gerais, os critérios e os métodos para a prevenção e controle das IRAS no Brasil, coordenando as ações e estabelecendo um sistema de avaliação e divulgação dos indicadores nacionais. A definição dos critérios diagnósticos de infecção para a vigilância epidemiológica das IRAS em serviços de saúde permite a harmonização necessária para identificar o caso, coletar e interpretar as informações de modo sistematizado pelos profissionais e gestores do sistema de saúde. São esses critérios que possibilitam a identificação do perfil endêmico da instituição e a ocorrência de eventos,assim como as situações infecciosas de interesse para o monitoramento dos riscos, a partir de informações de qualidade, fidedignas e representativas da realidade nacional. O crescente avanço das tecnologias utilizadas nos serviços de saúde acarreta mudanças nos cuidados prestados aos pacientes e, principalmente, nos métodos diagnósticos, levando constantemente à necessidade de atualização dos critérios diagnósticos de IRAS (BRASIL, 2017). 12 Em 2020, a Anvisa liberou várias notas técnicas sobre a IRAS relacionadas a IRAS e pandemia do novo coronavírus: 1)NOTA TÉCNICA N 08/2020 GVIMS-GGTES-ANVISA- HOSPITAIS DE CAMPANHA Orientações gerais para implantação das práticas de segurança do paciente em hospitais de campanha e nas demais estruturas provisórias para atendimento aos pacientes durante a pandemia de COVID-19. 2)NOTA TÉCNICA -GIMS-GGTES-ANVISA Nº 07/2020 Orientações para a prevenção da transmissão de covid-19 dentro dos serviços de saúde. 3)NOTA TÉCNICA 06/2020 GVIMS-GGTES-ANVISA Orientações para a prevenção e o controle das infecções pelo novo coronavírus (SARS-COV-2) em procedimentos cirúrgicos. 4)NOTA TÉCNICA PÚBLICA CSIPS-GGTES-ANVISA N 01/2020 Orientações para a prevenção e o controle de infecções pelo novo coronavírus (sars-cov-2) em instituições de acolhimento. 5)NOTA TÉCNICA GVIMS-GGTES-ANVISA N 03/2020 Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e Resistência Microbiana (RM) em Serviços de Diálise 2020. No link http://portal.anvisa.gov.br/servicos/publicacoes, são encontradas todas as NTs da ANVISA. Os riscos no setor de saúde e os cuidados com os profissionais 13 A organização do setor saúde para a gestão de riscos se baseia em critérios técnicos e político-administrativos e esse setor se define como um conjunto de valores, normas, instituições e atores, que desenvolvem atividades de produção, distribuição e consumo de bens e serviços, cujos objetivos principais ou exclusivos são promover a saúde de indivíduos ou grupos de população. As atividades que essas instituições e atores desenvolvem estão orientadas a prevenir e controlar os agravos e doenças, atender os lesionados e doentes, investigar as causas e capacitar o setor saúde para as respostas. Entende-se que o setor saúde não aglutina somente instituições públicas, mas também instituições privadas, da sociedade civil, instituições de educação em saúde e de pesquisa em saúde, assim como entidades prestadoras de serviços de água e saneamento. As instituições do setor saúde, em conjunto, conformam um sistema nacional de saúde cuja modalidade organizativa e operativa depende da organização política e administrativa de cada país em particular. Em todo caso, reforçamos que o Ministério da Saúde é a cabeça do setor. Apesar da breve introdução sobre o setor “saúde”, o foco da unidade está em refletir sobre os cuidados com a segurança dos profissionais que atuam nos diversos segmentos da saúde, porque o cuidado com o outro, que deve acontecer de forma integral exige um profissional saudável que trabalhe com segurança, correto? Estes profissionais, principalmente os que estão na “ponta da linha” como enfermeiros e técnicos de enfermagem, tem maior probabilidade de se contaminarem no exercício da profissão no seu cotidiano. Sabe-se que, em grande parte dos cenários de prestação de cuidados de enfermagem, negligenciam-se normas de biossegurança; os equipamentos de proteção individual (EPI) são mais utilizados na assistência ao paciente cujo diagnóstico é conhecido, subestimando-se a vulnerabilidade do organismo humano a infecções (GIR et al, 2004). O recomendável é que o trabalhador proteja-se sempre que tiver contato com material biológico e, também, durante a assistência cotidiana aos pacientes, independente de conhecer o diagnóstico ou não, utilizando-se, portanto, das precauções universais padrão (SOUZA, 2000). 14 Estudos demonstram que as maiores causas de acidentes punctórios, entre os trabalhadores da enfermagem, estão nas práticas de risco como o reencape de agulhas, o descarte inadequado de objetos perfurocortantes e a falta de adesão aos EPI (BREVIDELLI; CIANCIARULLO, 2002). Figura 5 – Acidente com perfurocortantes Além disso, em grande parte dos casos de exposição a material biológico, o status do paciente-fonte não é conhecido, o que potencializa o risco de adquirir doenças como o HIV, hepatite B e hepatite C. A exposição ocupacional é uma importante fonte de infecção por esses vírus. Um estudo demonstrou que a cobertura vacinal contra hepatite B dos trabalhadores da saúde envolvidos com os acidentes estava em torno de aproximadamente 73%, evidenciando o risco de infecção pelo HBV em aproximadamente 27% dos trabalhadores que não haviam completado o esquema vacinal (ALMEIDA; BENATTI, 2007). Considerando-se essas informações e o fato de que os trabalhadores da área da saúde encontram-se em permanente contato com agentes biológicos (vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao trabalho em hospitais e laboratórios e, até mesmo na agricultura e pecuária), é fundamental, portanto, a observância dos princípios de biossegurança na assistência aos pacientes e no tratamento de seus 15 fluidos, bem como no manuseio de materiais e objetos contaminados em todas as situações de cuidado e não apenas quando o paciente-fonte é sabidamente portador de alguma doença transmissível (GALLAS; FONTANA, 2010). A biossegurança, as normas e o uso de EPIs A biossegurança é uma área de conhecimento definida como um conjunto de medidas e procedimentos técnicos, ações, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos provenientes de atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal, bem como meio ambiente. No momento atual, em que a nova síndrome respiratória pandêmica, denominada Covid-19, associada ao novo coronavírus SARS-CoV-2, é capaz de gerar muitas incertezas no ambiente profissional, em especial na transmissibilidade das partículas virais infectantes, a biossegurança assume um papel de extrema importância para os profissionais de saúde que cumprem um papel crítico na identificação, notificação e gerenciamento de possíveis casos de Covid-19. Eis que a questão referente aos Equipamentos de Proteção Individual é indiscutivelmente um problema de biossegurança, tendo em vista que o significado da palavra “biossegurança” é entendido por seus dois componentes: bio, do grego bios, que significa vida e, segurança que se refere à qualidade de ser ou estar seguro, ou seja, livre de danos. Assim sendo, biossegurança denota “segurança da vida”. De acordo com o estabelecido na Norma Regulamentadora Nº 6 (NR-6) da Portaria 3.214/78 MTB, considera-se equipamento de proteção individual (EPI), todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção aos riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Para ser considerado EPI, o dispositivo ou produto necessita cumprir os seguintes requisitos, contidos na NR 6: ser de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho; 16 conter a indicação do Certificado de Aprovação (CA),que atesta a eficácia do produto na proteção contra os agentes nocivos à saúde; estar o EPI relacionado no anexo I da NR 6. Além das máscaras e luvas, existem outros equipamentos de segurança que devem ser utilizados de forma racional. Nesse contexto, os profissionais de saúde podem lançar mão de óculos de proteção ou protetor facial, vestimenta de mangas longas ou macacão com pés e capuz impermeáveis, aventais impermeáveis e respiradores, e outros equipamentos de proteção coletiva, taiscomo as cabines de segurança biológica, quando necessário. Figura 6 – Equipamentos de proteção individual Precauções adicionais são exigidas pelos profissionais de saúde para se protegerem e impedir a transmissão no ambiente de trabalho e isso inclui saber selecionar o EPI adequado; ser capacitado para o uso correto e retirada do EPI e estabelecer o descarte de acordo com as normas de segurança, pois são considerados materiais potencialmente contaminados (CARVALHO, 2020). O EPI é apenas uma medida efetiva em uma variedade de controles administrativos e ambientais e de controles de engenharia. 17 Os riscos dos profissionais de saúde que estão na “ponta” Carvalho (2020) explica que os riscos que os profissionais de saúde que atuam na ponta, nas unidades básicas de saúde e hospitais são muitos, principalmente tendo em vista que o coronavírus é enfermidade que ainda está sendo estudada. A cada dia novas informações surgem, principalmente no que diz respeito à potencial liberação de partículas no ambiente de trabalho. Nenhum EPI fornecerá segurança total ao trabalhador. Neste contexto, precauções adicionais são exigidas pelos profissionais de saúde para se protegerem e impedir a transmissão no ambiente de saúde. Utilizar uma máscara facial certamente não é garantia de que o profissional não será contaminado. O profissional poderá ser contaminado através dos olhos por pequenas partículas virais, aerossóis, que podem penetrar a partir das máscaras. No entanto, as máscaras são eficazes na captura de gotículas, que é a principal via de transmissão do coronavírus, desde que estejam sendo empregadas de forma correta. Outros fatores deverão ser considerados como os tipos e a qualidade dos equipamentos utilizados, os procedimentos, o ambiente e, mais importante, o grau de conhecimento do profissional que está à frente da atividade. Alguns profissionais de saúde até conhecem os riscos, mas de maneira genérica, e esse conhecimento não se transforma em uma ação segura de prevenção. Nesse contexto, o que realmente é necessário para que o profissional de saúde minimize os riscos é conhecer e identificar os mesmos no seu ambiente de trabalho. Importante enfatizar que um perigo no ambiente de saúde pode ser qualquer coisa como exposição ao sangue, entre outros fluidos corporais; equipamento de trabalho; métodos ou práticas de trabalho etc..., com potencial para causar danos; e o risco é a probabilidade, alta ou baixa, de alguém sofrer lesões ou danos devido a esse perigo. Os perigos podem estar ocultos pela falta de conhecimento ou informação. Em alguns casos, o profissional até suspeita das suas existências. Nesse sentido, o profissional de saúde deve buscar conhecimento, mostrar interesse em aprender, 18 além de compartilhar, discutir com os colegas sobre as dúvidas da equipe de trabalho, ansiedades associadas aos riscos quando do atendimento às pessoas doentes. Um assunto muito discutido nos cursos de biossegurança é o processo sistemático conhecido como avaliação de riscos, que se baseia na coleta de informações e avaliação da probabilidade e consequências da exposição aos perigos no local de trabalho, estabelecendo as medidas de controle de risco apropriadas, de modo a reduzir o risco a um nível aceitável. A biossegurança e outros profissionais de setores de apoio Na entrevista realizada com Carvalho (2020), ele reforça que a biossegurança é abrangente por se tratar da segurança da vida. Nesse sentido, todos os profissionais que direta ou indiretamente estão expostos aos riscos ocupacionais merecem atenção no que se refere à proteção e informação. No caso de profissionais que prestam serviços para hospitais e unidades de saúde, se eles não forem adequadamente capacitados, certamente estarão expostos às adversidades nos ambientes onde prestam serviço, ou seja, hospitais, centros de saúde e instituições de pesquisa, por exemplo. Para que esses profissionais não estejam expostos aos riscos, deverão receber instruções no próprio local onde prestarão os serviços, de modo a não se exporem desnecessariamente e não se converterem em disseminadores do vírus. Não deverão executar quaisquer tipos de atividades por conta própria e sim a partir de instruções detalhadas e fornecidas previamente pela unidade de saúde. No momento da limpeza, a equipe deverá estar paramentada adequadamente para minimizar o risco de ser infectado pelo coronavírus, utilizando o desinfetante estabelecido para as mãos à base de álcool, antes e depois do uso das luvas. As luvas devem ser descartadas após cada limpeza. Luvas reutilizáveis devem ser dedicadas à limpeza e desinfecção de superfícies inerentes a Covid-19 e não devem ser usadas para outros fins. As instruções para desinfecção das luvas reutilizáveis deverão ser de acordo com as instruções do fabricante. 19 Cabe também ao empregador disponibilizar todos os equipamentos de segurança e a responsabilidade pela manutenção e troca quando necessário, de modo a garantir a integridade física desse grupo de profissionais. No caso dos profissionais da limpeza urbana, caberá às prefeituras disponibilizarem as informações pertinentes, EPI e a capacitação para o seu quadro de colaboradores. Cabe ainda enfatizar que o vírus pode permanecer vivo por horas ou dias em diversos tipos de materiais. Nesse contexto, é importante que essas informações sejam disponibilizadas de forma clara e de fácil entendimento para esse grupo de profissionais. Assim sendo, uma das maneiras mais importantes e eficazes de proteger os funcionários responsáveis pela limpeza das unidades de saúde e os prestadores de serviços urbanos é sua capacitação, com a finalidade de impedir que esses profissionais não se contaminem e se convertam em transmissores do vírus para suas famílias e comunidades em geral. Vale a pena conferir a Nota Técnica n. 04/2020, atualizada em 08 de maio, que dispõe sobre orientações para os serviços de saúde quanto às medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), segundo as evidências disponíveis, até o dia 08.05.2020. Essas orientações podem ser refinadas e atualizadas à medida que mais informações estiverem disponíveis, já que se trata de um microrganismo novo no mundo e que novos estudos estão sendo publicados periodicamente. Dessa forma, estas são orientações mínimas que devem ser seguidas por todos os serviços de saúde, no entanto, os profissionais de saúde e os serviços de saúde brasileiros podem determinar ações de prevenção e controle mais rigorosas que as definidas por este documento, baseando-se em uma avaliação caso a caso e de acordo com os recursos disponíveis. Precauções a serem adotadas por todos os serviços de saúde durante a assistência 20 As precauções-padrão assumem que todas as pessoas estão potencialmente infectadas ou colonizadas por um patógeno que pode ser transmitido no ambiente de assistência à saúde e devem ser implementadas em todos os atendimentos, independente do diagnóstico do paciente, mediante o risco de exposição a sangue e outros fluidos ou secreções corporais. São exemplos de precaução padrão: Figura 7 – Precauções padrão 1) Higienização das mãos com água e sabão ou fricção com álcool 70%, antes e após o contato com qualquer paciente, após remoção das luvas e após contato com sangue ou secreção. 2) Uso de luvas apenas quando risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. Calça-las imediatamente antes do contato com o paciente e retirá-las logo após o uso, higienizando as mãos em seguida. 3) Uso de óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa dos olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais.4) Descartar, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá- las ou reencapá-las. São precauções para gotículas: 21 Indicado para meningites bacterianas coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola, etc. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. Figura 8 – Máscara cirúrgica – paciente durante o transporte O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. Precaução para aerossóis: Primeiramente tomar as precauções padrão. Manter a porta do quarto sempre fechada e colocar máscara antes de entrar no quarto. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose. 22 Figura 9 – Máscara PFF2 (N-95) para o profissional e máscara cirúrgica para o paciente em transporte O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto (GVIMS/GGTES/ANVISA NT 4/2020). Anote aí: Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização e eliminação de riscos para a saúde, na proteção do meio ambiente contra resíduos e na conscientização do profissional de saúde. A Norma Regulamentadora n. 32 A Norma Regulamentadora n. 32 - Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade. 23 Reforçando o que já vimos anteriormente, a NR-32 prevê que todos os trabalhadores cujas funções possuam risco de exposição a agentes biológicos, por obrigatoriedade, devem utilizar vestimenta adequada. O fornecimento do traje é de responsabilidade do empregador, sem que o trabalhador precise arcar com qualquer custo para a aquisição. É também obrigação assegurar o uso de materiais perfurocortantes com dispositivo de segurança, em número suficiente, em todos os setores. Outros pontos importantes dessa norma são: Não importa a gravidade, todo acidente de trabalho precisa ser comunicado ao responsável pela área e o trabalhador deve exigir a abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) mesmo que não haja afastamento do cargo devido ao ocorrido. Em caso de exposição ao material biológico, essa notificação deve ser realizada imediatamente após o ocorrido, sendo que o aviso deve ser extensivo ao Serviço de Segurança e Saúde do Trabalho e à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Os empregadores também devem notificar imediatamente aos trabalhadores e representantes a ocorrência de acidente ou incidente que possa ocasionar a liberação de agente biológico com potencial de disseminar doença grave. Programa de Controle de Infecções Hospitalares - PCIH 24 O PCIH é um conjunto de ações definidas anualmente e que sofrem avaliações constantes, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH A portaria do Ministério da Saúde, nº 2616, de 12 de maio de 1998 (https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html), exige a criação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para que os hospitais coloquem em prática as ações do PCIH. Figura 10 – Símbolo da CCIH Somente profissionais da saúde com nível superior podem ser integrantes da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. A CCIH deve ser composta por membros consultores e executores. Na categoria consultores, os integrantes representam e coordenam os métodos de prevenção de controle de infecção hospitalar dos serviços médicos, de enfermagem, de farmácia, de administração e laboratório de microbiologia. Já os executores da CCIH realizam as ações do PCIH. É importante que um dos membros executores seja um enfermeiro. 25 As principais atribuições da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar são elaborar, planejar, executar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar, por meio das seguintes ações: a) Obedecer a todas as normas estabelecidas pela ANVISA; b) Implantar um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares; c) Criar um manual de normas e condutas que devem ser implantadas e seguidas por toda equipe hospitalar; d) Supervisionar as rotinas operacionais; e) Promover constantemente treinamento, capacitação e ações de orientação da equipe médico-hospitalar sobre prevenção e controle das infecções hospitalares; f) Usar adequadamente antimicrobianos, germicidas e qualquer outro produto químico; g) Avaliar e supervisionar as ações realizadas pelos membros executores; h) Divulgar para toda a instituição hospitalar as ações e normas para controle e prevenção das infecções hospitalares; i) Estabelecer um plano de contingência em caso de infecção detectada. O Programa de Controle de Infecção Hospitalar deve ser contemplado com diversas ações e rotinas de prevenção, como exemplo, a higienização correta das mãos. Anote aí: Os hospitais de todo o país devem constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), com o objetivo de reduzir os riscos de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). 26 Os profissionais de saúde que atuam nesses serviços são responsáveis por promover ações de prevenção de IRAS, além de monitorar esses agravos e definir medidas de controle. Dentre as atribuições da CCIH, destacam-se: a) Busca ativa e vigilância das infecções hospitalares entre os pacientes; b) Avaliação e orientação de técnicas relacionadas com procedimentos invasivos; c) Controle do uso racional de antimicrobianos; d) Educação continuada dos profissionais de saúde em prevenção de infecções; e) Monitoramento e controle de surtos; f) Monitoramento do serviços de limpeza e desinfecção; g) Controle de pragas, vetores e qualidade da água; entre outros. Vigilância Sanitária, ANVISA e Rede Sentinela No Brasil, as atividades de vigilância sanitária são competência do SNVS – O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, que se encontra vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e atua de maneira integrada e descentralizada em todo o território nacional. As responsabilidades são compartilhadas entre as três esferas de governo – União, estados e municípios–, sem relação de subordinação entre elas. Dentro do SNVS, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável pela coordenação do sistema e atua em questões de âmbito federal, acompanhando e coordenando a execução de ações sanitárias em todo o país. Além disso, a agência estabelece normas gerais, presta cooperação técnica e financeira aos outros entes do sistema e promove parcerias. A Anvisa também é responsável pelo controle sanitário de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados, de serviços de saúde e de produtos 27 (medicamentos, cosméticos, saneantes, alimentos, derivados do tabaco, produtos médicos, sangue e hemoderivados, entre outros). Segundo consta na página da Agência Nacionalde Vigilância Sanitária (ANVISA), a Rede Sentinela funciona como observatório no âmbito dos serviços para o gerenciamento de riscos à saúde, em atuação conjunta e efetiva com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Foi instituída uma Gerência de Risco em cada serviço que compõe a rede, que representa a referência interna da Vigipós nas instituições. Os serviços que compõem a Rede notificam e monitoram eventos adversos e queixas técnicas de produtos sob vigilância sanitária (medicamentos, vacinas e imunoglobulinas; pesquisas clínicas; cosméticos, produtos de higiene pessoal ou perfume; artigos e equipamentos médico-hospitalares; kit reagente para diagnóstico in vitro; uso de sangue ou componentes; saneantes e agrotóxicos) em uso no Brasil, fazendo a Vigipós dos produtos utilizados nos estabelecimentos de saúde. As suspeitas de eventos adversos e queixas técnicas são monitorados e investigados juntamente com a Vigilância Sanitária. A conclusão dessas investigações pode resultar em diversas decisões como a retirada do produto do mercado, a restrição de uso e de comercialização entre outras intervenções. Referências ALMEIDA, C.A.F.; BENATTI, M. C. C. Exposições ocupacionais por fluidos corpóreos entre trabalhadores da saúde e sua adesão à quimioprofilaxia. Rev Esc Enferm USP 2007; 41(1): 120-6. 28 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa intensifica controle de infecção em serviços de saúde. Rev Saude Publica. 2004;38(3):47-8. BRASIL. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2017. BRASIL. Critérios Diagnósticos de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. BRASIL. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: ANVISA, 2017. BRASIL. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Brasília: Anvisa, 2020. 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Gestão do Controle de Infecção Hospitalar: Administrando a Qualidade do Serviço e a Marca do Hospital (2009). Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos11/41014564.pdf GALLAS, S. R.; FONTANA, R. T. Biossegurança e a enfermagem nos cuidados clínicos: contribuições para a saúde do trabalhador. Rev. bras. enferm. 2010, vol.63, n.5 pp.786-792. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v63n5/15.pdf Gir, E. et al. Biossegurança em DST/AIDS: condicionantes da adesão do trabalhador de enfermagem ás precauções. Rev Esc Enferm USP 2004; 38(3): 245-53. HORR, L. et al. Comissão de controle de infecção hospitalar. Rev. Bras. Enf.; DF, 31: 182-192, 1978. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v31n2/0034-7167- reben-31-02-0182.pdf OLIVEIRA, A. C.; DAMASCENO, Q. S.; RIBEIRO, S. M. C. P. Infecções relacionadas à assistência em saúde: desafios para a prevenção e controle. REME - Rev Min Enferm.; 13(3):445-450, Jan/Mar, 2009. 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