Buscar

FECUNDACAO E CLIVAGEM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@yasmincampos_vet 
 
Ginecologia e obstetrícia 
FECUNDAÇÃO E CLIVAGEM 
 
GAMETA FEMININO 
A unidade funcional da gônada feminina, que 
contém o gameta feminino é o folículo. O folículo 
é uma estrutura constituída pelo ovócito, 
circundada por células foliculares. A principal 
função do folículo é proporcionar um ambiente 
ideal para o crescimento e maturação do 
ovócito, além de produzir hormônios como o 
estrógeno e o estradiol. 
Os folículos são classificados como folículos pré-
antrais - que não possuem antro ou cavidade 
antral - e folículos antrais - que possuem 
cavidade antral no seu interior e que é repleta de 
líquido folicular. 
Os folículos pré-antrais são divididos em: 
primordial, primário ou secundário, de acordo 
com seu desenvolvimento. 
 
Folículo primordial e primário 
 
 
Folículo secundário 
 
 
Os folículos antrais são divididos em: terciário e 
ovárico vesiculoso. Esses são constituídos por um 
ovócito circundado pela zona pelúcida e corona 
radiata. 
@yasmincampos_vet 
 
Próximo a ovulação esses folículos apresentam 
um ovócito secundário. 
 
QUESTÃO DE PROVA: fases do folículo e do 
ovócito em imagens de histologia. 
 
 
 
 
 
 
 
NÃO CONFUNDIR: 
• Folículo = gameta + células adjacentes 
• Oócito: somente gameta 
• Oócito primário: presente no folículo 
primordial, folículo primário, folículo 
secundário 
• Na ovulação: pico de LH, primeira divisão 
meiótica, oócito se transforma em 
secundário na tuba uterina 
• Zona pelúcida: “casca do ovo” 
• Fluído folicular: “líquido intracelular”, 
cavidade é chamada de antro, por isso o 
nome é folículo antral (terciário/pré-
ovulatório/Graff). Esse já responde a 
hormônio e consegue entrar no ciclo da 
fêmea. 
• Células da teca interna: células achatadas 
em volta 
• Células da teca interna tem receptor de 
LH, quando colesterol chega ela recebe e 
o transforma em testosterona. Mulheres 
não ficam com aspectos masculinos 
porque a testosterona não é jogada na 
corrente sanguínea, ela é rapidamente 
absorvida pelas células da granulosa 
que a convertem em estrógeno 
• Oótide: folículo fecundado com dois 
núcleos 
 
GAMETA MASCULINO 
O testículo é constituído por túbulos seminíferos 
imersos em uma trama de tecido conjuntivo 
frouxo e envolvido por uma cápsula, a túnica 
@yasmincampos_vet 
 
albugínea. Essa cápsula é constituída, 
basicamente, por dois tipos celulares: as células 
de Sertoli, de sustentação, e as células 
germinativas em várias fases de desenvolvimento. 
As células germinativas passam por uma série 
contínua de divisões celulares e modificações 
que caracterizam um processo denominado 
espermatogênese. 
 
 
ESPERMATOGÊNESE 
A espermatogênese é definida como o 
processo de divisão e diferenciação celular que 
resulta na formação do espermatozoide e 
ocorre no interior dos túbulos seminíferos. 
Mais especificamente, a espermatogênese é o 
processo cronológico por meio do qual 
espermatogônias se dividem, por mitose, 
para manter constante sua população e 
produzir outros tipos de espermatogônias que 
proliferam, ainda por mitose, e se transformam 
em espermatócitos primários, que por sua vez 
entram em meiose produzindo espermátides 
haploides que se diferenciam em 
espermatozoides. 
A espermatogênese pode ser dividida em 3 fases 
com duração semelhante: mitótica ou 
espermatocitogênese, meiótica e 
espermiogênica. 
 
FASE MEIÓTICA 
Os espermatócitos em descanso são as últimas 
células da sequência espermatogênica que 
permanecem na fase de síntese (S) do ciclo 
celular. Durante a fase S da interfase ocorre a 
duplicação do DNA. Na fase G2 ocorre uma 
mudança que direcionará a célula para que ela 
entre em meiose e não em mitose. 
A redução dos cromossomos ocorre na 1ª divisão 
celular, e a redução da quantidade de DNA se 
processa na 2ª divisão. 
A recombinação genética conhecida como 
crossing over ocorre nesse período, levando 
as células germinativas a apresentarem uma 
combinação de material genético distinta 
daquelas das células somáticas do animal. 
A metáfase, a anáfase e a telófase da meiose I 
sucedem a prófase e as células originadas são 
os espermatócitos II, que rapidamente iniciam a 
2ª divisão meiótica, originando as espermátides. 
 
*Os espermatócitos II têm uma vida muito curta, 
pois rapidamente se dividem, formando as 
espermátides. 
 
FASE ESPERMIOGÊNICA 
A espermiogênese corresponde ao conjunto de 
transformações morfológicas que a 
espermátide sofre até se transformar em 
espermatozoide. Este processo ocorre sem 
divisão celular e é a maior transformação 
morfológica celular que ocorre no indivíduo. 
 
Desenvolvimento do flagelo: 
A primeira evidência do flagelo é observada na 
espermátide recém-formada. A mitocôndria é 
responsável pela origem da motilidade da cauda 
do espermatozoide. 
Apesar de o flagelo conferir motilidade ao 
espermatozoide, os espermatozoides liberados 
no testículo são imóveis, e a capacidade de se 
movimentar só é adquirida durante o trajeto 
destes pelo epidídimo. 
 
Desenvolvimento do acrossomo: 
A formação do acrossomo também é um 
processo lento que não se completa até o final da 
espermiogênese. Logo após a formação das 
espermátides, o aparato de Golgi é envolvido na 
produção de pequenos vacúolos em 
@yasmincampos_vet 
 
condensação ou vesículas pró-acrossomais que 
contêm os grânulos pró-acrossomais. 
Eventualmente esses grânulos coalescem em uma 
grande vesícula membranosa, a vesícula 
acrossomal. 
Então ela se torna achatada em contato com a 
superfície nuclear, sobre a qual se estende até 
que 2/3 do núcleo espermático esteja recoberto 
por um saco membranoso firmemente aderido ao 
envelope nuclear. 
A membrana da vesícula acrossomal em contato 
com o núcleo é denominada membrana 
acrossomal interna, e a que não está em 
contato com o núcleo, membrana acrossomal 
externa. 
 
Eliminação do citoplasma: 
A espermátide é reduzida a aproximadamente 
25% de seu volume antes da espermiação. 
Existem duas fases nesse processo de diminuição 
das espermátides: 
- A água deve ser eliminada do núcleo e do 
citoplasma durante o alongamento da 
espermátide. Como resultado, espermátide 
alongada aparece mais densa do que os outros 
tipos celulares. 
- A eliminação do citoplasma empacotado 
(corpo residual) é responsável pela redução 
de até 1/4 do volume. O corpo residual é 
formado por um agregado citoplasmático que 
é eliminado no momento da espermiação. 
Estes fragmentos citoplasmáticos são 
fagocitados pelas células de Sertoli e 
transportados até a parte basal da célula onde, 
então, são digeridos. Após a eliminação do 
corpo residual uma pequena quantidade de 
citoplasma, a gota citoplasmática, permanece ao 
redor do colo da espermátide. 
Assim como o ovócito, o gameta masculino deve 
sofrer um processo de maturação para adquirir 
a capacidade de fertilizar o óvulo. 
 
 
 
Gota citoplasmática 
 
*Células de sertoli: são as mesmas da granulosa 
que tem na fêmea, que pegam testosterona e 
transformam em estrógeno. 
*Células de Leydig: são as mesmas que dá teca 
interna na fêmea, que produzem testosterona. O 
citoplasma é esbranquiçado na histologia devido 
a gordura (que não cora), já que o estrógeno é 
formado por colesterol. 
*Gota citoplasmática (ponto na cauda do 
espermatozoide): é um sinal de imaturidade do 
espermatozoide, ocorre em machos com muita 
frequência de cobertura de fêmeas ou na coleta 
de sêmen. 
*Barreira hemato-testicular: não pode ter vasos 
sanguíneos em contato com os túbulos 
seminíferos para que o espermatozoide, 
acrossoma e enzima degradante não circulem no 
corpo. A circulaçãopoderia causar reação imune 
ou reação de corpo estranho. 
 
 
EMBRIOGÊNESE 
Gametas são produzidos a partir das células 
germinativas, que se diferenciam em células 
tronco e se transformam em espermatogônia nos 
@yasmincampos_vet 
 
machos e oogônias nas fêmeas. As células se 
movimentam a caminho da crista gonadal, que 
posteriormente formará os testículos ou os 
ovários. 
Quando não se movimenta para as gônadas, deve 
ocorrer apoptose, se não ocorrer pode se 
transformar em um teratoma (tumor de célula 
tecidual). 
Em machos, a crista gonadal deve se estimular o 
crescimento dos testículos e a descida dos 
mesmos para a bolsa escrotal. 
Em fêmeas, já nascem com óvulos (folículos 
primordiais), que se formam e vão se 
transformando até o momento do nascimento. 
Somente fazem meiose antes do nascimento, 
diferente dos machos. 
O hormônio que induz a ovulação é o hormônio 
luteinizante (LH), que transforma folículo em o 
corpo lúteo. 
Obs.: o estrógeno aumenta a vitalidade e a 
progesterona diminui a vitalidade da mulher. 
Quando cai os dois é quando ocorre a tensão pré-
menstrual. 
 
 
 
OVOGÊNESE 
Ao nascimento as fêmeas possuem em seus 
folículos primordiais ovócitos estacionados no 
estágio da prófase 1 da meiose. Esses ovócitos 
não possuem capacidade de reassumir a meiose 
ou sofrer fertilização, permanecendo imaturos. 
O processo de maturação ocorre em duas fases. 
A primeira é a fase de crescimento do folículo e 
confere ao ovócito a capacidade de reiniciar a 
meiose. Durante a fase de crescimento do folículo 
a célula germinativa também cresce através das 
ligações tight junction, que favorecem a troca de 
nutrientes. 
A cada ciclo diversos folículos antrais são 
recrutados e iniciam seu desenvolvimento, 
entretanto, poucos chegam até a ovulação. 
A segunda fase é o reinício da meiose, chamada 
de maturação final e ocorre somente após a 
puberdade no folículo pré-ovulatório. Esse 
processo é regulado por hormônios esteroides e 
gonadotrofinas. 
Entende-se por maturação as mudanças que 
ocorrem no ovócito, que são a duplicação e a 
divisão do DNA. 
O reinício da meiose é marcado pela 
condensação dos cromossomos e rompimento da 
vesícula germinativa, liberando-os para a primeira 
divisão da meiose (metáfase 1). 
Na primeira divisão ocorre a redução do número 
de cromossomos pela metade. Um dos núcleos 
resultantes permanece no ovócito e o outro é 
eliminado formando o corpúsculo polar. 
Logo após, os cromossomos do ovócito entram 
na segunda divisão da meiose (metáfase 2). Esse 
ovócito é conhecido como ovócito secundário, 
na maioria das espécies os ovócitos são ovulados 
nessa fase. 
A partir disso, a maturação ovocítica é mediada 
pela interação do hormônio luteinizante (LH). E 
o ovócito após ser fecundado sofre o 
desenvolvimento embrionário. 
 
FORMAÇÃO DOS GAMETAS FEMININO E 
MASCULINO 
DNA é separado em fitas menores chamadas de 
alelos (genes), estão juntos no cromossomo, 
existem 23 pares nos humanos, sendo um par da 
mãe e um par do pai. 
Quando a célula vai fazer meiose, ela entra na 
fase S (síntese), é o momento em que o DNA é 
duplicado (visto em “X”). A primeira divisão divide 
os cromossomos homólogos. 
Corpúsculo polar é o DNA em excesso que é 
“jogado fora”, como se fosse o núcleo da outra 
@yasmincampos_vet 
 
célula que ele não fez, não tem função biológica. 
Indica que a fêmea já está em oócito secundário. 
Fêmeas nascem na fase da prófase 1, somente 
quando houver o pico de LH que a fêmea irá 
ovular. 
DNA duplicado deve ser divido novamente por 
meiose, que é estimulada pela fecundação, com 
a entrada do espermatozoide, fazendo com que 
ocorra liberação do segundo corpúsculo polar 
(oótide). Espermatozoide trás novo cromossomo 
com DNA do pai. 
Pronúcleo é o que ainda não é núcleo, pode ser 
feminino ou masculino, ele anda e se junta, 
formando o embrião, que é chamado de zigoto, 
que é o embrião de uma célula só. 
 
QUESTÃO DE PROVA: Na embriogênese 
quando uma célula mãe dá origem a 4 é macho, 
quando dá origem a uma célula filha é fêmea, 
quando dá origem a duas células filha não é 
nenhum. 
 
 
 
Pronucleo 
 
 
 
QUESTÃO DE PROVA: Time lapse do 
desenvolvimento embrionário (estruturas e nome 
das fases). 
QUESTÃO DE PROVA: divisão celular. Ocorre 
mitose nas células germinativas para dar origem 
às células iguais. Na fêmea só ocorre na vida fetal 
(pré-natal), nos machos ocorre na puberdade. 
Já a meiose é concluída na liberação do gameta 
em machos e na fêmea depende da fecundação. 
 
PERGUNTA: 
Após a reativação da meiose, quem é 
responsável? Qual espécie se difere? O 
responsável é pico de LH. A cadela é espécie que 
se difere devido ao maior tempo para terminar a 
meiose e entrar no pico de LH. 
 
@yasmincampos_vet 
 
FECUNDAÇÃO 
A fecundação é a fusão de dois gametas, o 
espermatozoide e o óvulo, e estimula o zigoto a 
iniciar o desenvolvimento embrionário. A 
fecundação realiza então duas atividades, a sexual 
(combinação dos genes dos pais) e a reprodutiva 
(criação de um novo organismo). Portanto, a 
primeira função envolve a transmissão dos genes 
dos pais para os descendentes e a segunda é 
iniciar no citoplasma do ovo as reações que 
permitem que o desenvolvimento ocorra. 
A fecundação ocorre me 5 passos: 
1. Contato e reconhecimento espécie-
específico entre espermatozoide e óvulo, 
através da ligação do espermatozoide a 
zona pelúcida do óvulo 
2. Reação acrossomal e penetração na zona 
pelúcida 
3. Ligação e fusão com a membrana 
vitelínica 
4. Fusão do material genético dos pró-
núcleos masculino e feminino no interior 
do óvulo 
5. Ativação de metabolismos do óvulo que 
iniciam o desenvolvimento 
 
PASSO 1 – SPTZ LIGANDO COM A ZP 
A ligação do espermatozoide com a zona 
pelúcida é espécie-específica, ou seja, as 
moléculas da ZP de uma determinada espécie 
somente são reconhecidas por sptz da mesma 
espécie através de receptores específicos. A 
molécula presente na ZP se liga ao receptor 
primário do sptz e induz a reação acrossomal. 
 
PASSO 2 – REAÇÃO ACROSSOMAL 
Logo após a ligação à ZP o sptz sofre um processo 
de exocitose celular, a reação acrossomal. O 
acrossomo é uma organela derivada do complexo 
de Golgi, contendo enzimas semelhantes às 
lisossomais líticas. O acrossomo recobre parte 
apical do núcleo e é envolto por uma única 
membrana que, na região em que esta faz contato 
com a membrana plasmática do sptz, chamada de 
membrana acrossomal externa, e a membrana 
que faz contato com a membrana nuclear é 
membrana acrossomal interna. 
A reação acrossomal é a fusão múltipla da 
membrana acrossomal externa com a membrana 
plasmática da cabeça espermática, resultando na 
formação de vesículas híbridas (metade 
membrana acrossomal externa e metade 
membrana plasmática) e liberação do conteúdo 
acrossomal. Entre essas membranas hibridas são 
liberadas enzimas que fazem a digestão pontual, 
abrindo espaço para o sptz passar com sua 
motilidade. 
*A digestão da ZP é pontual devido a enzima 
acrosina, somando a motilidade do sptz ocorre a 
penetração da ZP 
*Somente os sptz que sofreram a reação 
acrossomal podem penetrar a ZP e se fundir à 
membrana vitelínica. 
*Se macho não tem proteína de reconhecimento 
são estéreis. 
 
 
 
 
*Glicocálix = antenas envolta do 
espermatozoide. 
 
@yasmincampos_vet 
 
 
A – Espermatozoide inteiro com acrossoma 
dentro 
B – Início da reação acrossomal 
C – Pode ser encontrado ligado a zona pelúcida 
realizando processo de reação acrossomal, 
membrana deve ser híbrida 
D – Espermatozoide encontrado dentro do 
espaço perivitelínico 
 
PASSO 3 – LIGAÇÃO E FUSÃO COM A 
MEMBRANA VITELÍCA (OOLEMA) 
 Após atingir o espaço perivitelínico, o sptz 
reagido se liga e se funde à membrana do ovócito 
pela região pós-acrossomal. Uma proteína, a 
fertilina - que está presente apenas em 
espermatozoidesque passaram por processo de 
reação acrossomal - é responsável pela ligação 
fusão do sptz com a membrana do oócito, 
Após a fusão da membrana do sptz com o óvulo 
forma-se o cone de fertilização, o qual é uma 
extensão do citoplasma do óvulo, que recobre a 
cabeça do sptz. Normalmente, todo o sptz, 
penetra no citoplasma do óvulo. 
O cone de fertilização engloba o sptz e pontes 
citoplasmáticas se formam entre os dois gametas, 
as quais vão se alargando até que todo o núcleo 
espermático passe por elas. Microfilamentos 
presentes no cone de fertilização são 
responsáveis por guiar o núcleo espermático para 
o interior do citoplasma do óvulo. 
Logo após a penetração do sptz no óvulo, a 
membrana vitelínica perde a habilidade de se 
fundir com outros sptz, denominado bloqueio da 
polispermia, que impede a passagem de outros 
sptz. O bloqueio rápido é mediado por 
despolarização elétrica da membrana do ovócito 
que ocorre poucos segundos após o contato do 
sptz com o a membrana perivitelínica. O 
bloqueio lento é mediado pela reação cortical, 
onde ocorre liberação dos grânulos corticais, 
que se fundem à membrana plasmática do óvulo, 
liberando seu conteúdo para o espaço 
perivitelínico. A liberação de enzimas contidas 
nos grânulos corticais modifica as moléculas que 
interagem com os sptz na ZP, de maneira que 
estas não se liguem mais aos sptz. Além disso, 
essa alteração citoplasmática e de pH ativa a 
reativação da meiose para o oócito liberar o 
segundo corpúsculo polar. 
*Enzimas proteolíticas são liberadas para digerir 
os fatores de acrossomo para impedir que outros 
espermatozoides entrem (bloqueio da 
polispermia). 
* A primeira “bolinha” liberada é o corpúsculo 
polar (oócito secundário), a próxima é o segundo 
corpúsculo (oótide – já fecundado), é o momento 
onde ocorre meiose e se inicia a clivagem. 
 
 
 
PASSO 4 – FUSÃO DO MATERIAL GENÉTICO 
DO SPTZ E DO ÓVULO 
Após a passagem da ZP, ocorre um segundo 
reconhecimento à membrana vitelínica. Em 
mamíferos, o processo de fusão nuclear demora 
cerca de 12 horas. O núcleo do óvulo é chamado 
de prónucleo feminino e do sptz, de prónucleo 
masculino. O núcleo espermático penetra no 
ovócito, quando é incorporado pelo citoplasma 
do óvulo o envelope do núcleo masculino sofre 
@yasmincampos_vet 
 
vesiculação, onde rompe a membrana nuclear 
do sptz, expondo a cromatina altamente 
condensada do sptz ao citoplasma do óvulo. 
As protaminas que mantêm a cromatina 
condensada são substituídas por histonas 
derivadas do óvulo. Essa mudança permite a 
descondensação da cromatina. Logo, novas 
vesículas membranosas se agregam ao longo da 
periferia da massa de cromatina e se conectam 
com os fragmentos já existentes do antigo 
envelope nuclear para formar um novo envelope. 
O prónucleo masculino aumenta de tamanho, 
enquanto o núcleo do ovócito completa a 
segunda divisão meiótica. Cada um dos 
prónucleos migra em direção ao outro, 
replicando seu DNA durante o caminho. Quando 
se encontram, os dois envelopes nucleares se 
fragmentam, mas em vez de se formar um novo 
núcleo, a cromatina se condensa em 
cromossomos. 
O posicionamento dos prónucleos na região 
central do óvulo fertilizado é um pré-requisito 
para a correta disposição dos cromossomos no 
fuso e na finalização da primeira clivagem, para 
assim ocorrer o processo de singamia. 
Após esse processo é iniciado o processo de 
mitose. 
*Parte de dentro do ovulo é a medula e mais 
externa o córtex, proteínas estão* dentro dos 
grânulos corticais que estão no córtex. 
*Para não ocorrer duplicação do DNA, se entrar 
dois espermatozoides esse zigoto morre. 
*Singamia é a fusão de duas células individuais 
(gametas) que produzem um único organismo 
(zigoto). 
 
PASSO 5 – ATIVAÇÃO DO ÓVULO 
Após a fertilização, é iniciado o desenvolvimento 
embrionário, para isso são necessárias mudanças 
no citoplasma do óvulo, as quais são 
denominadas ativação do óvulo. 
Após a ligação do sptz ao óvulo ocorre o bloqueio 
da polispermia e o aumento intracelular de cálcio. 
Outra mudança é o aumento do pH intracelular, 
que é importante para a síntese de proteínas e 
replicação do DNA. Dois processos estão 
envolvidos, a interação de membranas 
plasmáticas do óvulo e sptz e intrusão de um fator 
espermático no interior do citoplasma do óvulo. 
 
QUESTÃO DE PROVA: Pode ocorrer 
reconhecimento de espécies semelhantes como 
asininos e equinos (jumento + égua = mula ou 
jumenta + garanhão = bardoto)? Sim, isso ocorre 
devido as duas espécies serem equídeos e 
possuírem os receptores espécie-específicos 
necessários para fecundação. 
 
PERGUNTAS: 
O que é fecundação? É a junção do óvulo e 
espermatozoide. 
Qual a função da fecundação? Tem função de 
variação genética, diferente de divisões 
assexuadas, como ocorre em bactérias, que se 
recriam em clones. É importante a variação 
genética para a evolução dos seres vivos. 
Exemplo: na pandemia, se todos fossem iguais e 
sensíveis ao vírus a população teria sido dizimada. 
Em qual estrutura ocorre a fecundação? Nas 
tubas uterinas. 
Quais os personagens para que isso ocorra? 
Espermatozoide e óvulo. 
Quais estruturas são importantes para esses 
personagens? Para o espermatozoide a estrutura 
importante é o acrossoma, que é uma bolsa cheia 
de enzimas para poder degradar o oócito e para 
o óvulo a estrutura importante é a zona pelúcida. 
Como espermatozoide reconhece ovulo? 
Contato e reconhecimento espécie-específico 
entre espermatozoide e óvulo, por meio de 
ligação do espermatozoide à zona pelúcida do 
óvulo. Receptores hormonais (proteínas) são 
como chave e fechadura na zona pelúcida 
(espécie-específicos – se não for da mesma 
espécie não encaixam). 
Por que o acrossoma está dentro do sptz e não 
fora? Dentro do espermatozoide existe o núcleo, 
como em qualquer célula, com DNA e envoltório 
nuclear. E o acrossoma é formado pelo complexo 
de golgi, por isso, ele está dentro do sptz. 
@yasmincampos_vet 
 
Quais as membranas presentes na reação 
acrossomal? Membrana plasmática, acrossomal 
externa, acrossomal interna e membrana nuclear. 
Por que ocorre a penetração do sptz à ZP? A 
penetração ocorre devido a uma combinação da 
motilidade espermática e da hidrólise enzimática 
causada pela liberação do conteúdo acrossomal. 
 
INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁ-
RIO - CLIVAGEM 
A fertilização marca o início do período 
embrionário pré-implantação, caracterizado por 
uma sucessão de divisões celulares mitóticas até 
a ocorrência da primeira diferenciação celular no 
estágio de blastocisto e a liberação da ZP. 
Imediatamente depois da fecundação, inicia-se a 
clivagem. Denomina-se clivagem a série de 
divisões mitóticas, extremamente rápidas, por 
meio das quais o zigoto, que tem grande volume 
citoplasmático, é dividido em numerosas células 
pequenas. Estas células são chamadas de 
blastômeros. A primeira clivagem (estágio de 2 
células) separa o zigoto em dois blastômeros de 
tamanhos iguais, e em todas as espécies de 
mamíferos, ocorre entre 11 e 20h após a 
fertilização. 
Existem algumas particularidades na clivagem 
dos mamíferos: 
1. Lentidão relativa das divisões 
2. Orientação dos planos de clivagem - 
sendo que na primeira clivagem a divisão 
é para os lados e a segunda clivagem a 
divisão é para “cima” e para “baixo”, 
chamado de clivagem rotacional 
3. Assincronia marcante das divisões iniciais 
- os blastômeros não se dividem todos ao 
mesmo tempo, assim, embriões não 
crescem uniformemente do estágio de 2 
células para o de 4 e de células, mas 
frequentemente contêm um número 
ímpar de células 
4. Diferente da maioria dos outros animais, 
o genoma do mamífero é ativado durante 
as clivagens iniciais, produzindo as 
proteínas necessárias para que elas 
ocorram 
5. Fenômeno de compactação - os 
blastômeros de mamíferos, até o estágio 
de 8células, formam um arranjo frouxo, 
com espaço abundante entre eles. Em 
seguida à 3ª ou 4ª divisão, os blastômeros 
sofrem uma drástica mudança em seu 
comportamento. Repentinamente se 
amontoam, aumentando o contato entre 
si, formando massa compacta de células. 
Este arranjo firmemente empacotado é 
estabilizado por junções de oclusão (tight 
junctions*) que se formam entre as células 
superficiais, vedando a passagem para o 
interior da esfera. As células internas da 
esfera formam entre si junções 
comunicantes (gap junctions*), tornando 
possível o transporte de pequenas 
moléculas e íons entre elas. 
*Gap junctions: canais formados entre células 
vizinhas que permitem o transporte de íons, água 
e outras substâncias usando proteínas de 
conexão para formar poros. 
*Tight junctions: são como “braços” que criam 
uma barreira impermeável entre duas células 
adjacentes. 
 
Existem evidências crescentes de que a 
compactação é causada por mudanças na 
arquitetura da superfície dos blastômeros. As 
células do embrião compactado se dividem para 
produzir uma mórula de 32 células que consiste 
em um pequeno grupo de células internas 
rodeadas por um grupo maior de células 
externas. A maioria das descendentes das 
células externas não produz estruturas 
embrionárias, transformando-se em células do 
trofoblasto que originam o cório ou porção 
embrionária da placenta. 
O cório é o tecido que possibilita ao feto obter 
oxigênio e alimento a partir da mãe. Ele 
também secreta hormônios, que possibilitam ao 
útero da mãe reter o feto, além de produzir 
reguladores da resposta imune, assim a mãe não 
@yasmincampos_vet 
 
rejeita o embrião. O embrião é derivado das 
descendentes das células internas da mórula no 
estágio de 32 células, suplementadas por uma 
célula ocasional originada do trofoblasto 
durante a transição para o estágio de 64 
células. Estas células originam a massa celular 
interna (MCI) que dará origem ao botão 
embrionário. 
Próximo ao estágio de 64 células, as camadas 
celulares da MCI e do trofoblasto se separam. 
Assim, o primeiro evento de diferenciação do 
desenvolvimento embrionário dos mamíferos é a 
distinção entre os blastômeros do trofoblasto e da 
MCI. 
Inicialmente a mórula não tem uma cavidade 
interna. Entretanto, durante um processo 
chamado cavitação, as células do trofoblasto 
secretam um líquido para o interior da mórula, 
ocupando um espaço central, que dá origem à 
blastocele ou cavidade central da mórula. A 
massa celular interna posiciona-se de um lado do 
anel de células do trofoblasto, formando a 
estrutura característica da clivagem dos 
mamíferos, conhecida como blastocisto. A 
principal característica da fase de blastocisto é a 
diferenciação em trofoblasto e botão 
embrionário. 
A formação da MCI distinta do trofoblasto é um 
processo crucial no desenvolvimento 
embrionário. 
*Células de fora do trofoblasto tem tight junction 
para placenta e as internas têm gap junction pois 
vai se tornar o embrião. As células de fora 
começam a bombear sódio para dentro, 
causando osmose de água para dentro da célula, 
formando a blastocele, a ZP começa a se 
adelgaçar, fincando cada vez mais fina até romper 
e eclodir o blastocisto. 
*Uma protease semelhante à tripsina, chamada 
estripsina, localizada na membrana das células 
do trofoblasto, lisa a matriz fibrilar da zona 
pelúcida, formando o orifício. 
*ZP é importante pois impede a eclosão no local 
errado. Caso ocorra eclosão nas trompas, antes 
de chegar ao útero, ocorre a gestação ectópica 
(somente em primatas e humanos). A ZP não é 
aderente, é lisa e desliza até o chegar ao útero 
para formar a placenta. 
* Quando alcança o útero, o embrião precisa 
eclodir, isto é sair da ZP, de modo que possa 
aderir à parede do útero. Uma vez fora da ZP, o 
blastocisto pode fazer contato direto com o 
útero, onde as células do trofoblasto secretam 
outras proteínas, tais como colagenase, 
estromalisina e um ativador de 
plasminogênio. Estas enzimas, que hidrolisam 
proteínas, digerem a matriz extracelular do 
tecido uterino, capacitando o blastocisto a 
penetrar na parede uterina. 
 
DEFINIÇÕES: 
O que é clivagem? É a divisão embrionária onde 
célula se divide ao meio, em partes menores, mas 
não ocorre aumento morfológico. Não aumenta 
de tamanho porque não faz fase G1, somente fase 
S e mitose. Embrião está preocupado em dividir 
rapidamente. 
Mórula: quando não pode se contar quantas 
células. 
Mórula compacta: quando muito densa, perde 
definição entre as células. 
Blastocele: quando inicia a formação de um antro 
(cavidade com líquido), a cavidade é chamada de 
blastocele. 
Blastômero: é cada célula que está dentro do 
blastocisto. 
Blastocisto: célula com blastocele. 
Blastocisto inicial: blastocele tem metade do 
tamanho dele. 
Blastocisto: quando blastocele tem mais da 
metade do tamanho. Quando entra no útero, nos 
cornos uterinos, quem mantem ele vivo é a 
secreção das tubas uterinas 
Blastocisto em expansão ou expandido: 
quando blastocele começa a esticar, atingindo 
zona pelúcida, a deixando fina. 
Blastocisto eclodido: quando a blastocele 
rompe a zona pelúcida. É quando consegue se 
ligar ao útero para começar a formar a placenta. 
Trofoblasto: no blastocisto é a camada de células 
cheias de células, uma camada única, ficam no 
córtex do blastocisto. Se torna placenta ou córion. 
@yasmincampos_vet 
 
ATIVAÇÃO DO GENOMA EMBRIONÁRIO 
Em muitos animais, o início do desenvolvimento 
é controlado por produtos do genoma 
materno que são sintetizados durante a 
ovogênese, estocados no óvulo e ativados após a 
maturação meiótica e a fertilização. Embora a 
transcrição não seja essencial após a fertilização, 
a atividade de tradução é. Portanto, as proteínas 
necessárias para o desenvolvimento embrionário 
inicial resultam de uma tradução de novo de 
RNAm existentes no óvulo. 
Apesar de os componentes necessários para a 
tradução estarem presentes em óvulos não 
fertilizados, estes exibem níveis muito baixos de 
síntese de proteínas. O aumento da síntese após 
a fertilização depende, primariamente, da 
ativação dos componentes de tradução 
armazenados por meio das modificações dos 
níveis de Ca++ e pH intracelulares. 
Dessa maneira, os RNAm maternos são 
traduzidos durante a maturação ovocítica, 
originando quantidade suficiente de proteína 
para sustentar o início do desenvolvimento 
embrionário, após o que estes RNAm podem 
ser degradados. Em outros casos, o RNAm é 
estabilizado e transferido durante a clivagem 
para os blastômeros, sendo utilizado em 
diferentes etapas do desenvolvimento. Com o 
desenvolvimento do embrião ocorre uma 
mudança do controle do genoma materno para o 
embrionário. Em alguns organismos esta 
mudança é abrupta, em outros ela é gradual. 
Posteriormente este RNAm é reposto devido à 
transcrição do genoma embrionário. Apesar de a 
maior parte do RNAm sintetizado no zigoto 
codificar as mesmas proteínas do RNAm materno, 
novos transcritos específicos aparecem, 
modificando o padrão de síntese de proteína. 
*Pode ocorrer dominância materna inicial em 
híbridos interespecíficos. 
*O início da clivagem ocorre na ausência de um 
núcleo funcional. 
*Ocorre desenvolvimento até o estágio de 
blástula (exceto em mamíferos) quando a 
transcrição nuclear é bloqueada. 
*Heat Shock Proteins (HSP) - um grupo de 
proteínas que funcionam para reverter ou inibir a 
desnaturação ou desdobramento de proteínas 
celulares em resposta ao estresse ou alta 
temperatura. 
No verão (época de estresse) é possível realizar 
inseminação na vaca com o embrião congelado 
em blastocisto que já lê o próprio DNA e 
reproduzir essasproteínas HSP. 
 
PARTICULARIDADE DO EMBRIÃO DE EQUI-
NOS 
No caso de embriões de equinos, algumas consi
derações especiais devem ser feitas: 
1. A fertilização do óvulo dos equinos ocorre 
na ampola do oviduto, como na maioria 
das espécies de mamíferos. A primeira 
clivagem ocorre aproximadamente 24 
horas após a fecundação e a 
compactação se inicia no estágio de 8 
a 16 células. A chegada do embrião ao 
útero ocorre em geral ao redor do 6º dia 
após a fecundação (tardio), no estágio 
de mórula ou blastocisto inicial. 
2. Nas éguas observa- se um fenômeno raro, 
que é a retenção de óvulos no oviduto, 
devido a ação da prostaglandina. O óvulo 
pode ficar retido por mais de sete meses 
e geralmente acaba degenerando. 
3. O processo de clivagem do ovo ou zigoto 
de equino é similar ao observado nos 
demais mamíferos. Entretanto, nesta 
espécie ocorre um processo de extrusão 
de material celular para o espaço 
vitelínico, chamado deutoplasmólise. A 
partir do estágio de 16 blastômeros o 
material extrudado vai diminuindo e 
desaparece. 
4. O estágio de blastocisto, logo após a 
entrada do embrião no útero, 
caracteriza-se também pela formação 
de uma cápsula acelular entre a zona 
pelúcida e as células do trofoblasto. 
Durante alguns dias a cápsula permanece 
recoberta pela zona pelúcida, que vai se 
adelgaçando gradativamente até a 
ocorrência da eclosão do embrião, mas 
mesmo depois da eliminação da zona 
pelúcida, o embrião fica recoberto pela 
cápsula acelular até aproximadamente 
o 20º dia de gestação quando, então, 
aparentemente, está se fragmenta, ou 
se desintegra devido à ação de enzimas 
@yasmincampos_vet 
 
proteolíticas secretadas pelo trofoblasto, 
ou pelo endométrio uterino 
5. Durante a migração, o formato esférico 
da vesícula sofre distorções, contudo a 
elasticidade e a resistência da cápsula 
protegem o embrião das contrações 
uterinas 
 
PARTICULARIDADES DO EMBRIÃO DE 
CADELA 
1. Na cadela, aparentemente, todas as 
ovulações ocorrem em um curto intervalo 
de tempo. No entanto, os óvulos caninos 
ainda estão imaturos nesse momento, 
sendo ovulados como ovócito primário. 
Assim, o término da maturação ovular 
ocorre no oviduto e pode durar de 2 a 5 
dias. 
2. O momento da ovulação pode ser 
determinado a partir da mensuração da 
onda pré-ovulatória de LH. A ovulação 
ocorre cerca de 48 horas após o pico de 
LH na maioria das cadelas. 
3. O embrião se desenvolve até a mórula 
nos segmentos iniciais do oviduto e a 
entrada do blastocisto no útero ocorre 
através da abertura da junção 
uterotubárica, ao redor do 10º dia 
após a ovulação, no estágio de mórula 
compacta ou blastocisto inicial. Após a 
entrada no útero, o embrião migra no 
corno ipsilateral à ovulação durante 3 dias 
e durante mais 3 dias migra de um corno 
para o outro. 
4. O embrião em estágio de blastocisto é 
caracterizado por estar envolvido por 
uma estrutura muito mais fina que a ZP 
presente nos primeiros estágios de 
clivagem, entretanto, não se sabe se 
ocorre adelgaçamento da zona pelúcida 
ou se uma cápsula semelhante à dos 
equinos se forma. A eclosão ocorre ao 
redor do 16º dia, a estrutura se rompe e 
os locais de adesão começam a se 
estabelecer. 
5. A implantação é evidente ao redor do 18º 
dia. Devido à variação no tempo de 
maturação ovular é muito difícil precisar o 
estágio de desenvolvimento do 
embrião através dos dias pós ovulação. 
Desse modo, no 5º dia podem tanto ser 
encontrados embriões de uma célula 
como embriões com 8 células. 
*Ocorre sincronia entre ovulações. 
*A maioria das espécies ovula ovócito secundário 
e a cadela ovula ovócito primário, sem extrusar o 
primeiro corpúsculo polar. 
*Essa maturação para virar secundário ocorre na 
tuba uterina e demora de 2 a 5 dias para poder 
ser fertilizado. Não adianta inseminar cadela na 
ovulação, deve-se esperar a maturação. 
*Embrião entra no útero com 10 dias, mais que 
outras espécies, devido a maturação do oócito. 
Se contar os 5 dias que levou para maturar e ser 
fecundado e tirar os 10, dá 5 dias como em outras 
espécies. 
*A fertilização ocorre de 2 a 3 dias pós ovulação.

Continue navegando