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CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE BALSAS/MA
Autos nº. (…)
Reclamante: SAULO
Reclamada: CONSTRUTORA xxxx LTDA
CONSTRUTORA xxxx LTDA, já qualificado nos autos, por seu representante legal, xxxxxxxx, brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº. (…) e do RG (…), com endereço na Rua dos xxx, nº. x, Bairro dos xxx, Balsas/MA, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, através de seu advogado que a esta subscreve, apresentar CONTESTAÇÃO TRABALHISTA, com fundamento no art. 847 da CLT c/c art. 5º, LV, da CF/88, em face da reclamatória trabalhista ajuizada por SAULO, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
1 – DA DEFESA DE MÉRITO
Realmente, O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 02.10.2017, contudo, o contrato de trabalho foi anotado na CTPS do Reclamante somente no dia 01/11/2017 pois o reclamante não levou a CTPS no dia da sua admissão. Contratado para exercer a função de Almoxarife, percebendo como salário final o valor de R$ 1.250,00 (um mil e duzentos e cinquenta reais), acrescido de R$ 250,00 à título de vale refeição. Foi dispensado, por decisão do empregador em 30.04.2018, sem justa causa. No entanto, com relação às demais informações contidas na petição inicial, a reclamada não concorda, passando a contestá-las a seguir.
2 – DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
A reclamada CONTESTA as informações constantes da inicial relativas à rescisão contratual: saldo de salário (um mês); aviso prévio; férias proporcionais + 1/3. Todavia arcará com o pagamento décimos terceiros salários proporcionais; indenização de 40% do FGTS; levantamento dos saldos de depósitos do FGTS.
3 - DO SALÁRIO-UTILIDADE
A reclamada CONTESTA as informações prestadas pelo reclamante em sua petição inicial relativas ao salário utilidade. Por força do contrato e do costume, já que utilidade e necessidade vital, pelo trabalho, a Reclamada fornecia alimentação habitualmente e sem qualquer ônus ao Reclamante.
Neste sentido, o §3º do art. 458 da CLT estabelece que: "A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual." (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.860, de 24.03.94).
4 – DA JORNADA DE TRABALHO - HORAS EXTRAS
A reclamada CONTESTA a informação prestada pelo reclamante em sua petição inicial relativa à jornada de trabalho. Na verdade, a jornada de trabalho do reclamante sempre foi de horário de 06h30min às 17h30min de segunda-feira a sexta-feira, com intervalo de 2h para descanso e refeição. Aos sábados laborava das 07h às 12h. Laborava com 01 (uma) hora extra de forma habitual.
O reclamante alega que no mês de dezembro do ano 2018, no período de concretagem do primeiro e segundo vão da laje ficavam até as 19:30h, sem, contudo, receber qualquer remuneração acrescida de adicional pelas horas extras laboradas. Todavia, o reclamante ne, trabalhava mais na reclamada neste periodo, já que o mesmo foi desligado da reclamada em 30.04.2018,
5 – DA JORNADA DE TRABALHO - DAS FÉRIAS
A reclamada CONTESTA a informação prestada pelo reclamante na sua petição inicial relativa às férias. Na verdade, a reclamada não deve nenhum período de férias ao reclamante, pelos motivos que passa a expor:
Segundo o artigo 130 do DECRETO-LEI Nº 1.535, DE 15 DE ABRIL DE 1977, após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias.
6 – DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
Para efeito da multa do art. 467 da CLT, a reclamada informa que procederá ao pagamento integral do FGTS nesta primeira audiência.
7 – DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
A reclamada também contesta as informações relativas ao evento rescisório. Na verdade, o reclamante recebeu todas as verbas rescisórias tempestivamente, motivo pelo qual não faz jus ao recebimento da multa prevista no art. 477 da CLT.
8 - DO DANO MORAL
A reclamada CONTESTA as informações prestadas pelo reclamante em sua petição inicial relativas ao dano moral. A reclamada também contesta as informações prestadas pelo reclamante acerca das circunstâncias da demissão.
2 – DA CONTESTAÇÃO
A reclamada sempre realizou adiantamentos salariais ao reclamante, durante vários meses ao longo de todos os anos de vigência do contrato de trabalho, conforme comprovam os recibos em anexo. Tal qual exposto, anteriormente, esses adiantamentos salariais foram descontados das parcelas de décimo terceiro salários do reclamante. Sendo assim, caso Vossa Excelência, eventualmente, venha a deferir os pedidos de gratificação natalina, requer-se a compensação dos adiantamentos salariais do valor final da condenação.
5 – DOS PEDIDOS
Com relação aos pedidos formulados na petição inicial, assim se manifesta a reclamada:
1) CONTESTA. Na verdade, o reclamante não entregou sua CTPS para ser anotada na data correta;
2) CONTESTA. Na verdade, o reclamante nunca trabalhou em jornada extraordinária, conforme já exposto anteriormente;
3) CONTESTA. Como já exposto, a reclamada não deve férias ao reclamante;
4) CONTESTA. Como já exposto, a reclamada não deve Salário utilidade ao reclamante;
5) CONTESTA. Como já exposto, a reclamada não lesou qualquer direito da personalidade do reclamante, não devendo indenizá-lo, portanto, por dano moral;
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, sobretudo, prova testemunhal e depoimento.
Nesses termos, pede deferimento.
Balsas, __ de _________ de _____.
ADVOGADO
OAB/MA (xxx. Xxx)

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