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Aguas do rio multa

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Prioridade na Tramitação
Art. 1.048, I, CPC
MAGDALA SOLIVA REIS, brasileira, casada, servidora pública municipal, portadora da Cédula de Identidade nº 02232148-3 Emitida pelo Detran- RJ e inscrita no CPF sob o nº 316570447-34, com endereço eletrônico: magdareis817@gmail.com, com número de WhatsApp 21-971588214 residente na rua Cirne Maia, 53, Bloco D Apt 103, Bairro Cachambi, Rio de Janeiro – RJ, CEP 20771-410, com fundamento na lei 9.099/95, propõe a presente:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO 
COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
Em face de ÁGUAS DO RIO S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 42.644.220/0001-06, estabelecida na Av. Barão de Tefé, 34, 10° e 11° andares – Saúde - Rio de Janeiro, CEP: 20.220-460 e CEDAE – Companhia Estadual de Água e Esgotos, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.352.394/0001-04, estabelecida na Avenida Presidente Vargas, 2655 – Cidade Nova – Rio de Janeiro, CEP: 20.210-030 pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I - DOS FATOS:
1. 1 – Da dinâmica dos Fatos
A Autora é consumidora da prestação de serviços de abastecimento de água há mais de 40 anos, no endereço constante da qualificação e realizava, até dezembro de 2021, o devido pagamento mensal à antiga fornecedora a 2ª ré.
Em novembro de 2021 a Autora recebeu duas contas de água, uma oriunda da 2ª ré no valor de R$ 198,59 (cento e noventa e oito reais e cinquenta e nove centavos) e outra da 1ª ré no valor de R$ 200,98 (duzentos reais e cinquenta e oito reais) e, não sabendo como proceder, realizou o pagamento das duas contas, conforme comprovantes anexos.
Em dezembro de 2021, o fato aconteceu novamente e, percebendo a duplicidade das contas, efetuou apenas o pagamento da conta para a concessionária 2ª ré, no valor de R$ 194,54 (cento e noventa e quatro reais e cinquanta e quatro centavos), abstendo-se do pagamento do valor de R$ 211,73 (duzentos e onze reais e setenta e três centavos).
Note que trata-se de uma senhora de idade, 74 (setenta e quatro) anos e que, por ser contumaz, por anos, no pagamento à concessionária da 2ª ré, realizou o pagamento a essa empresa.
Por ter recebido em seu celular ameaças constantes de débito, oriundos da 2ª ré, inclusive com ameaça de penhora de bens, enviou um e-mail para a 1ª ré, a fim de esclarecer a quem deveria efetuar os pagamentos do consumo de água. Obteve como resposta uma negativa de débitos (NADA CONSTA) sob protocolo número SAC2302230085326.
Inclusive, a autora recebe mensalmente suas contas constando aviso de débito no valor de R$ 211,73 (duzentos e onze reais e setenta e três centavos) referente ao mês de dezembro de 2021. Esse valor é referente ao valor que a autora não pagou em dezembro de 2021, face ter recebido duas contas para pagamento, uma da 2ª ré e outra da 1ª ré, conforme citado anteriormente.
Ademais, ao receber a fatura de janeiro de 2023, a Autora ficou surpresa pois notou um extra na fatura, no valor de R$ 212,72 (duzentos e doze reais e setenta e dois centavos) e, face este evento, não pagou essa fatura.
A autora compareceu à loja própria, a fim de esclarecer o motivo da cobrança extra e o atendente não soube responder. O registro deste atendimento está protocolado sob número 2023967633. 
Uma vez que a ré emitiu uma fatura sem desmembrar os valores de consumo e da multa, a Autora não consegue realizar o pagamento da parte que reconhece e, devido ao alto valor, não consegue quitar. Dessa forma, não pagou a conta a vencida por não ter opção de pagamento separado e ratifico, não obter informação sobre o motivo da cobrança
Diante do caso apresentado, a Autora se encontra bastante apreensiva, visto que sem conseguir resolver o caso com a Ré, encontra-se na iminência de que, sem conseguir realizar o pagamento, consequentemente poderá ter a paralisação dos serviços.
DOS FUNDAMENTOS:
É inegável a existência de relação de consumo, tendo em vista que a Ré é fornecedora de serviços de fornecimento de água, enquadrando-se perfeitamente no conceito do Artigo 3º do CDC. Da mesma forma, resta caracterizado que a Autora é consumidora final dos Serviços da Ré, de acordo com o Artigo 2º do CDC.
Nesse viés, tem se a vulnerabilidade do consumidor na relação de consumo e o dever de primar pela boa–fé, vendo se claramente que a empresa ré não atende a tais princípios, conforme art. 4°, I e III do CDC.
Também, é direito básico do consumidor as informações claras e adequadas sobre os diferentes produtos e serviços, festejando os princípios acessórios da informação e transparência, corolários da boa-fé, na inteligência do disposto no art. 6º, III do CDC, o que não ocorreu no ato da emissão da constituição do débito em questão.
No caso, é fácil vislumbrar que a atitude da ré ultrapassa o mero aborrecimento do cotidiano, atingindo a esfera psíquica da autora, devendo se aplicar o disposto no art. 6º, VIII do mesmo diploma.
Ipso Facto”, não restam dúvidas que a situação em tela vem causando a AUTORA e um grande transtorno e insegurança, pois trata-se de serviço essencial, onde a Autora se encontra a disposição de prazos não cumridos pela Ré, e a sua conduta inteiramente arbitrária, de impor um débito ao qual a Autora não deu causa.
A empresa concessionária de serviços públicos, também fica obrigada à prestação de serviços adequados e eficientes, e no caso de descumprimento dessa obrigação, fica obrigada a reparar os danos causados, conforme artigo 22, § único do CDC.
Nesse passo, a empresa ré não adotou ao longo de tempo transcorrido, procedimento acessível para solução do problema e manifestado desejo em tirar vantagem excessiva, sendo prática abusiva a luz do art. 39, IV e V do CDC, não deixando de salientar a tentativa de enriquecimento sem causa que é vedado no ordenamento jurídico pátrio, conforme art. 884 do Diploma Civil. 
Dessa sorte é evidente a falha na prestação de serviço da ré, devendo a mesma reparar de forma objetiva os danos suportados pela autora, como também é obrigado a prestar serviço adequado e eficiente na forma do art. 14 CDC. 
DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
Presentes os requisitos autorizadores para a concessão da medida de urgência postulada, previstos nos artigos 300 do CPC c/c 84, § 3º do CDC, o autor merece seja concedida a antecipação dos efeitos da tutela de modo a interromper os prejuízos até então causados pela empresa ré. 
Assim, requer o deferimento do pedido para que a empresa ré seja compelida a se abster de realizar a corte no serviço de abastecimento de água, na residência da autora, por débito relacionado ao objeto de lide, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais), em caso de descumprimento e a não inclusão de seu CPF em cadastro restritivo.
DOS PEDIDOS:
Ante o talho exposto vem o autor requerer a Vossa Excelência:
1. seja concedida a ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, por força do art. 300 do CPC c/c 84 do CDC, para que a empresa ré seja compelida a se abster de realizar a corte no serviço de abastecimento de água, na residência da autora, por débito relacionado ao objeto de lide, sob pena de multa diária de R$ 500,00(quinhentos reais), e a não inclusão de seu CPF nos Sistemas Restritivos de Crédito, em caso de descumprimento, tornando em definitivo ao final os seus efeitos.
2. a citação da empresa ré, para responder a presente ação, sob pena dos efeitos da revelia, advertindo-a na possibilidade da audiência de conciliação ser convolada em AIJ, caso não cheguem às partes a acordo.
3. seja concedida a inversão do ônus da prova, por força do art. 6º, VIII do CDC, ante a verossimilhança das alegações e hipossuficiência da autora;
4. a confirmação da tutela antecipada;
5. Seja deferido o pedido para reconhecer a ilegalidade do procedimento realizado pela Ré e condená-la a proceder imediatamente ao cancelamento da cobrança sobre a fatura referente ao mês de janeiro de 2023, com vencimento17/01/2023, onde a Ré a emitiu no valor de R$ 473,96 (quatrocentos e setenta e três reais e noventa e seis centavos, sendo o valor de 212,72 (duzentos e dois reais e setenta e dois centavos), cobrados a título de tão somente “extra”, sem qualquer explicação e informação à Autora, o valor de consumo de R$ 235,62 (duzentos e trinta e cinco reais e sessenta e dois centavos) e o valor taxas de R$ 2,24 (dois reais e vinte e quatro centavos) emitindo nova fatura substitutiva apenas com o valor sobre o consumo, com tempo hábil para pagamento, sem cobrança de juros e multa;
6. Que as rés sejam obrigadas a reconhecer o pagamento da fatura do mês de referência de Nov/2021, e a restituição do valor de R$ 200,98, referente à fatura emitidade em duplicidade e paga pela autora, com os valores devidamente corrigidos e atualizados.
7. Seja deferido o pedido para condenar que a empresa ré a indenização por danos morais, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
DAS PROVAS:
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 32 do da lei 9.099/95, em especial as de caráter documental, depoimento pessoal das partes.
DO VALOR DA CAUSA:
Dá-se a causa o valor de R$ 5.674,94 (cinco mil, seiscentos e setenta e quatro reais e noventa e quatro centavos).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Rio de Janeiro, 17 de Março de 2023.
MAGDALA SOLIVA REIS

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