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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL DE PINHEIROS DA COMARCA DE SÃO PAULO DO ESTADO DE SÃO PAULO Processo Nº ... JOÃO, Brasileiro, Solteiro, Médico, residente e domiciliado na rua XV de Novembro, 180, Pinheiros, SP, CEP ........, inscrito no CPF/MF sob o nº. ....., endereço eletrônico, intermediado por seu procurador ao final firmado – instrumento procuratório acostado (doc 01) ora representando esse com endereço eletrônico e profissional na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art 287 2 do CPC, indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS em face de BIANCA, menor impúbere, que reside com sua guardião, neste ato representada por sua genitora, MARIA, brasileira, viúva, professora, residente e domiciliada na residente na Rua do Paz, 140, Jabaquara, São Paulo, SP, CEP ....., com endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. DA COMPETÊNCIA O presente juízo tornou-se vara preventa, uma vez que julgou e prolatou a sentença que originou a obrigação de alimentos. Considerando o teor da causa a ser julgada em decorrência compreende-se o cumprimento do requisito de distribuição de forma objetiva da distribuição conforme previsto no art. 286, I, do Código Civil. DOS FATOS João (brasileiro, s0lteiro, médico, residente e domiciliado na rua XV de Novembro, 180 -Pinheiros–SP) e Maria (brasileira, viúva, professora, residente e domiciliada na rua da Paz, 140 –Jabaquara –SP) são pais de Bianca (10 anos de idade, residente e domiciliada com a genitora, sua guardiã). O casal manteve União estável por oito anos e tiveram a filha (devidamente registrada por ambos). Depois de muitas discussões, foi firmado em sede de Ação Judicial de Alimentos que correu no Foro Regional de Pinheiros, que João deveria pagar para sua filha Bianca a pensão no valor de R$ 2.000. Ocorre que João casou-se com Joana e teve com ela uma outra filha, Julia, hoje com 2 anos de idade. João alega que por ter outra família e mais uma filha, não consegue mais pagar a quantia referida sem alterar de forma significativa a condição de manutenção da sua família. Sabe-se que João teve uma diminuição drástica de seus rendimentos que recebia a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e passou a receber remuneração mensal atual no valor de R$7.000,00. DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO Conforme certidão de nascimento anexa da filha da requerente, esta reclamação incide sobre direitos de menor, pelo que tem direito a prioridade no processo judicial nos termos dos artigos 2.º e 152.º do Código da Criança e do Adolescente e artigo 1048.º Secção II do Código de Processo Civil. Portanto, requer a Vossa Excelência a concessão do benefício da tramitação preferencial do presente feito nos termos dos artigos supracitados. DO DIREITO A lei de alimentos garante a legalidade das atividades de revisão nos termos do art. 13 e 15, o que é compatível com o art. 1.699 do Código Civil, que estabelece que o valor da pensão alimentícia deve ser determinado com base no trinômio "necessidade-possibilidade-motivo", sendo o primeiro referente à pessoa que receberá a pensão e o penúltimo àquele a quem caberá fornecê-lo. Ainda é possível que o magistrado prolate nova decisão de ações já julgadas, nos termos do art, 505, II, CPC, conforme os casos previstos em lei, o qual se enquadra o caso em tela. Diante dos fatos acima expostos e das provas juntadas ao processo, não há dúvida de que o valor da pensão alimentícia a que foi condenado não mais corresponde à possibilidade de seu pagamento. A atual realidade do alimentando é muito diferente da realidade na ocasião da fixação de alimentos, além da brusca queda da renda mensal que passou a ser R$ 7.000,00 (sete mil reais), conforme comprovante de rendimento anexo, sobreveio o advento do seu casamento ora comprovado por certidão de casamento junto aos autos e o nascimento de Júlia, sua filha de apenas dois anos de idade, certidão de nascimento anexa. Diante dessa nova realidade manter os alimentos mensais na ordem de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para Bianca se tornou impossível de fazê-lo sem que a sobrevivência do requerente e de suas descendentes sejam afetados. Diante dos novos acontecimentos na vida de João, não querendo se esquivar de suas obrigações parentais para com a requerida, mas devendo a prestação ser adequada à sua situação financeira, o autor pleiteia a redução da pensão alimentícia para o valor proporcional dividido entre as filhas, levando em consideração que o máximo a ser sucumbido para essa finalidade é de 50% (cinquenta por cento) dos seus ganhos mensais, nos temos do art. 529 do CPC, podendo ser descontado em folha de pagamento, neste caso configurando o valor de R$ 1.750,00 (um mil setecentos e cinquenta reais) para cada filha. DOS PEDIDOS Diante do exposto, a requer a Vossa Excelência: a) Prioridade de tramitação nos termos do art. 1048, II do CPC C/C o art. 152, §1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente; b) Pedido à tutela de urgência para determinação imediata do novo valor a ser pago de prestação alimentar; c) A procedência do pedido autoral, culminando na redução do valor da pensão alimentícia para R$ 1.750,00 (um mil setecentos e cinquenta reais) em favor da menor; ou subsidiariamente outro valor que Vossa Excelência ache conveniente; d) A condenação do requerido ao pagamento das verbas sucumbenciais, custos processuais e honorários advocatícios previstos em lei e arbitrado pro este juízo; e) A citação pessoal ou por via postal com expedição de AR nos termos do art 5º da Lei de Alimentos, da parte requerida para, querendo, manifestar-se no processo, no prazo legal, bem como o previsto no art. 695 CPC; f) A intimação do membro do Ministério Público para atuar no presente feito, nos termos do art. 178, II, do CPC; g) Manifesta-se a ausência de interesse na audiência de conciliação, nos termos do art. 319, VII, CPC; h) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova e de direito admitidas em lei, conforme documentos iniciais probatórios já anexados aos autos: a) Sentença que prolatou o pagamento de alimentos a menor Bianca; b) certidão de nascimentos das menores Bianca e Julia; c) certidão de casamento com Joana; d) comprovante de renda atual; Dá-se à causa o valor de R$ xxxxxxxxxx Termos em que pede deferimento. Local, Data Advogado: OAB ............
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