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1. Pós graduandos em Docência do Ensino Superior, pela Líder Instituto Educacional. 
2. Docente, Doutora em Educação, Líder Instituto Educacional. 
 
Líder Instituto Educacional 
DOENÇAS OCUPACIONAIS CAUSADAS AOS DOCENTES DO ENSINO 
SUPERIOR. 
 
Anne Karoline Lima De Oliveira 
1
 
Pandea Priam Siqueira Pinto 
1
 
 Maria do Socorro Gomes Dos Santos
2
 
 
RESUMO: O presente artigo discorre sobre as doenças ocupacionais causadas aos docentes 
do ensino superior. A organização do trabalho definiu as condições de trabalho para os 
professores ao reconhecer o lugar central que estes ocupam na sociedade, uma vez que são os 
responsáveis pela formação do individuo para a vida profissional, as condições atuais de 
trabalho para essa classe buscam basicamente atingir a meta de ensinar de forma eficaz e 
satisfatória sem se preocupar com a saúde do professor. Desta forma o objetivo desta 
pesquisa é verificar as doenças adquiridas pelo professor do ensino superior. Onde 
descreveremos os sinais e sintomas das doenças dessa classe de profissionais, como objetivos 
especifico descreveremos sinais e sintomas das doenças ocupacionais, relatando as principais 
doenças adquiridas pelo docente do ensino superior. A metodologia utilizada foram pesquisas 
nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed. Os artigos selecionados de interesse são em 
idioma de português. Foram utilizados 30 artigos publicados entre 2015 e 2018, utilizando os 
descritores: doenças ocupacionais, trabalho docente e processo de saúde-doença. O estresse e 
exaustão emocional foram os distúrbios mais citados com 33,3% respectivamente, 
correspondendo ambos a 20 artigos. A carga horária elevada foi o determinante de saúde mais 
citado na literatura 63,3% correspondendo a 19 artigos. Percebe-se que o processo de 
adoecimento do professor está relacionado a vários fatores como carga horária elevada, 
postura inadequada, sedentarismo, dupla jornada e à forma como a atividade de docência é 
realizada. 
Palavra chave: Docente, ensino superior, doenças ocupacionais. 
 
ABSTRACT: This article deals with occupational diseases caused to higher education 
teachers. The organization of work defined the working conditions for teachers in recognizing 
the central place that they occupy in society, since they are responsible for the formation of 
the individual for the professional life, the current conditions of work for this class basically 
seek to reach the goal of teaching effectively and satisfactorily without worrying about the 
health of the teacher. In this way the objective of this research is to verify the diseases 
acquired by the professor of higher education. Where we will describe the signs and 
symptoms of diseases of this class of professionals, as specific objectives we will describe 
signs and symptoms of occupational diseases, reporting the main diseases acquired by the 
higher education teacher. The methodology used was researches in the databases Scielo, 
Lilacs and Pubmed. Selected articles of interest are in Portuguese language. We used 30 
articles published between 2015 and 2018, using the descriptors: occupational diseases, 
teaching work and health-disease process. Emotional stress and exhaustion were the most 
cited disorders with 33.3%, respectively, corresponding to 20 articles. The high workload was 
the most cited health determinant in the literature, 63.3% corresponding to 19 articles. It can 
be noticed that the process of illness of the teacher is related to several factors such as high 
hours, inadequate posture, sedentary lifestyle, double journey and the way the teaching 
activity is performed. 
Key words: Teacher, higher education, occupational disease. 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
O trabalho do docente do ensino superior é uma atividade de caráter social, formador de 
identidade e desenvolvimento pessoal e, portanto, pode gerar problemas de saúde e qualidade 
de vida. Nota-se que a saúde e qualidade de vida possuem entre si complexas relações, 
dependentes de um contexto econômico e sociocultural, e também de questões individuais, 
físicas e emocionais (ANDRADE et al, 2012). Entre as várias atividades ocupacionais 
existentes, a docência apresenta uma série de conteúdos cognitivos, efetivos e instrumentais 
que interferem na qualidade de vida (ARAUJO et al, 2003). 
Na docência é possível encontrar um número de trabalhadores que ultrapassam a 
jornada de trabalho prevista em lei, uma vez que o vínculo profissional nem sempre se faz 
com uma única empresa. A dedicação às vezes ocorre de forma exclusiva à docência, mesmo 
que atue em uma ou diversas IES, em outras a docência não é o principal vínculo, como por 
exemplo, profissionais de empresas/indústrias, profissionais liberais como médicos, 
advogados, empresários que têm na docência um vínculo secundário. Independente disso, a 
jornada de trabalho varia de pessoa para pessoa, podendo chegar em níveis de sessenta/setenta 
horas de trabalho semanal. Conforme afirmam Grandjean e Kroemer (2005, p. 188), “o 
excesso de horas trabalhadas não só reduz a produtividade por hora, mas também é 
acompanhado por um aumento característico de faltas, por doenças ou acidentes.”. 
Os professores brasileiros sofrem com o acirrado mercado de trabalho, em função do 
acirrado processo de desvalorização salarial, onde a grande maioria dos professores tem 
aumentado sua jornada de trabalho na tentativa de melhorar rendimentos que lhes deem 
minimamente condições de sobrevivência. Esta combinação entre sobrecarga de atribuições e 
aumento nas horas trabalhadas contribui para o crescente adoecimento dos docentes do ensino 
superior. 
Sendo o trabalho docente caracterizado pela baixa remuneração, superlotação em salas 
de aula e inadequação estrutural das instituições, o professor e obrigado a realizar outras 
atividades estendendo assim sua carga horária. Isto faz com que ocorra falta de pausa para 
descanso, o que acaba interferindo no bem-estar psicológico e na qualidade de vida gerando 
algumas vezes o adoecimento e desconforto (ARAUJO et al, 2005). 
 Diante do exposto o objetivo dessa pesquisa é verificar as doenças adquiridas pelo professor do 
ensino superior. Onde descreveremos os sinais e sintomas das doenças dessa classe de profissionais, 
Este adoecimento pode ser físico, psíquico ou ambos, contribuindo para o abandono do 
emprego. Os maiores causadores de problemas de saúde em docentes têm sido o ambiente de 
3 
 
trabalho e os fatores psicossociais, interferindo na qualidade de vida do mesmo (ANDRADE 
et al, 2012) 
O trabalho do professor do ensino superior tornou-se uma produção a qual esta sendo 
inspirada pelos novos modelos de gestão empresarial. No caso brasileiro, rapidamente 
migramos de uma concepção de educação como direito garantido pelo estado para uma 
concepção de educação como prestação de serviços. E, assim, a educação vem transformando-
se em um negócio e, como tal, sua administração deve conter ingredientes empresariais. Nesta 
operação, a natureza do trabalho docente é alterada: o pragmatismo e o utilitarismo dão o tom 
da cultura escolar, do currículo e do ensino, agora alinhados às necessidades do mercado. 
Problemas de saúde desencadeados pelas condições de trabalho e dos riscos 
ambientais que geram o estresse: hipertensão arterial, disritmia cardíaca, dores musculares, 
fraqueza, diabetes, infarto, distúrbios do sono, gastrite, úlcera nervosa, perda da voz, 
ansiedade, medo, pânico, estresse, e outros (DARTORA, 2008). 
De acordo com Christophoro (2002), o estresse é o resultado de uma reação que o 
organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis e é utilizada para 
conceituar desconforto, opressão e adversidades. Os termos cansaço, fadiga e tensão nervosa, 
são usados para definir o estresse do dia-a-dia. O estresse apresenta efeito positivo e negativo, 
sendo que o positivo consiste estado de alerta, melhor concentração nas tarefas, reflexosmais 
rápidos e conseqüentemente melhora na produtividade. O efeito negativo se apresenta quando 
o indivíduo sente cansaço, fadiga e assim não tem uma boa produtividade no seu trabalho 
(DELCOR et al, 2004; FERNANDES; ROCHA; COSTA-OLIVEIRA, 2009). 
Perrenoud (2002, p. 38) fala sobre a profissão docente como sendo a “profissão 
impossível” por trabalhar com pessoas e delas depender o sucesso. Ou seja, o 
empreendimento educativo que o docente desenvolve está sujeito a diversos fatores externos 
ligados às outras pessoas, como conflitos, dificuldades, mecanismos de defesa, interesse e 
mudanças constantes. 
O estresse em longo prazo pode provocar reações crônicas no indivíduo. O desgaste, o 
esgotamento, a ruptura total dos limites, referem-se a reações do estresse crônico que exigem 
a necessidade urgente da intervenção terapêutica de profissional de saúde. Em pesquisa nos 
Estados Unidos, o docente está entre os profissionais que apresentam alto índice das reações 
do estresse crônico (OITICICA; GOMES, 2008). Segundo Codo e Sampaio (1995), apud 
Oiticica e Gomes (2008), no Brasil: 
 
4 
 
o estresse do professor parece estar relacionado ao salário não digno, à 
precariedade das condições de trabalho, ao alto volume de atribuições 
burocráticas, ao elevado número de turmas assumidas e de alunos por 
sala, ao mau comportamento desses alunos, ao treinamento 
inadequado do professor diante de novas situações e emergências da 
época. O professor sofre, ainda, com pressões de tempo, pressões dos 
pais dos alunos e de suas preocupações pessoais extra-escola 
(OITICICA; GOMES, p. 2540, 2008). 
 
Segundo Araújo et al (2003), há associação positiva entre trabalho com alta exigência 
e efeito negativo sobre a saúde mental, explicando a predominância de estresse na categoria 
docente, a qual possui grande volume de atividade e em sua maioria de caráter psíquico 
(GASPARINI; BARRETO; ASSUNÇÃO, 2005). 
A síndrome de Burnout é um fenômeno psicossocial em resposta crônica a agentes 
estressores interpessoais comumente encontrados em situações de trabalho e em profissionais 
que mantém contato direto com outras pessoas. Inicialmente o indivíduo relata falta de 
energia e finalmente não se compromete com os resultados, e apresenta dissimulação afetiva, 
afastamento pessoal e consequentemente o isolamento e até quebra do vínculo empregatício 
(BATISTA, et al, 2010). 
Segundo Cantos (2005), o estresse pode ser o precursor de doenças como: HAS, lesões 
miocárdicas e arteriosclerose, além de interferir na relação interpessoal e causar 
desmotivação. Deve-se analisar a fonte estressora para que este seja amenizado ou resolvido 
(FONSECA et al, 2009). 
Para Brum, (2004) a voz é um instrumento de trabalho fundamental em determinadas 
profissões, o que exige conhecimento sobre os cuidados necessários que os profissionais 
devem ter para manter uma voz sempre saudável. Aponta que entre essas profissões, que 
necessitam da voz, está a docência e que os problemas relacionados interferem na transmissão 
dos conhecimentos. Os docentes utilizam a voz com um alto grau de demanda por toda a 
jornada de trabalho, mas poderiam, de forma correta, empregar menor esforço com resultados 
efetivos. 
Conforme a Norma Regulamentadora NR 17 – Ergonomia, item 17.5, sobre as 
condições ambientais de trabalho, essas “devem estar adequadas às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado”. Trata, ainda, no 
item 17.5.2 sobre as condições dos locais de trabalho onde são executadas atividades com 
demanda intelectual e atenção, com as seguintes recomendações de conforto: 
 
5 
 
níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma 
brasileira registrada no INMETRO; b) índice de temperatura efetiva 
entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus centígrados); c) 
velocidade do ar não-superior a 0,75m/s; 70 d) umidade relativa do 
ar não-inferior a 40 (quarenta) por cento (MTE, 2009). 
 
Segundo Delcoretal (2004), as queixas músculo esqueléticas não são incomuns e estão 
relacionadas a postura corporal inadequada decorrente de mobiliário, posição incômoda do 
corpo e esforço físico para desenvolver sua atividade (DALVI, 2010). As queixas mais 
comuns no meio docente são dores nas costas, nas pernas, nos braços e cervical que estão 
relacionadas ao fato de permanecerem por longos períodos na posição de pé, escrever no 
quadro, carregar material didático, instalações de materiais audiovisuais, deslocamento com 
estes materiais de um lugar para outro e inadequação de mobiliário (FONSECA et al, 2009; 
MARTINEZ et al, 2009; MARTINELLO, 2011; PITANGA; LESSA, 2005). 
De acordo com o estudo de Reis et al (2006), a relação é inversamente proporcional 
entre a renda e Burnout, porém Delcoret al (2004) observaram que a presença de um salário 
insuficiente possui relação direta com Burnoute estresse ocupacional (REIS et al, 2006). 
Pode-se inferir que a o aumento da renda é determinante nos fatores relativos a melhor 
qualidade de vida e a menor renda, presença de dupla jornada, interferindo ao aumento do 
estresse ocupacional podendo desenvolver a síndrome de Burnout (BATISTA et al, 2010; 
CEBALLOS et al, 2011; CHRISTOPHORO, 2002). 
Desta forma este estudo se justifica devido à necessidade de discutir e refletir sobre os 
condicionantes da literatura científica relativos às condições de trabalho e saúde dos docentes 
no ensino superior. O objetivo deste estudo foi descrever as doenças/disfunções ocupacionais 
mais comuns no meio docente, descrevendo as atividades extras/dupla jornada de docentes. 
 
2. MATERIAL E METODOS 
Trata-se de um estudo exploratório e descritivo que se utilizou dos métodos da revisão 
integrativa da Literatura – estudo exploratório e descritivo que utilizou os métodos da revisão 
da Literatura – consiste em organizar, esclarecer e resumir as principais obras existentes bem 
como fornecer citações completa abrangendo o espectro de literatura relevante em uma área. 
As informações incluídas na presente revisão literária foram selecionadas por meio de 
pesquisa nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed. Foram utilizados os seguintes 
descritores: doenças ocupacionais causadas aos docentes do ensino superior. 
6 
 
Os artigos foram pré-selecionados a partir do título apresentado e do idioma português, em 
sequência foram lidos integralmente. Foram selecionados como possíveis fontes para essa revisão 
aqueles que abordaram as doenças relacionadas ao trabalho docente, condições de trabalho da 
categoria, estresse e qualidade de vida do docente. 
Os critérios para inclusão dos artigos estão relacionados a seguir: 
 Data de publicação entre 2015 e 2018; 
 Citação de possíveis doenças relacionadas ao trabalho docente; 
 Informações sobre qualidade de vida do docente; 
 Informações sobre doenças ocupacionais. 
 
Não foram incluídas nesta revisão literária as formas de tratamento e as informações a 
respeito da fisiopatologia dessas doenças. 
 
Os critérios de exclusão estão listados a seguir: 
 Não citavam doenças ou disfunções relacionadas ao docente; 
 Não eram das línguas portuguesa, inglesa ou espanhola; 
 Artigo que abordam as formas de tratamento para doenças ocupacionais; 
 Artigos que abordam a fisiopatologia das doenças ocupacionais; 
 
3. RESULTADOS E DISCURSÃO 
Dos 30 artigos referenciados nesta revisão correlacionando as doenças mais comuns 
no meio docente (GRÁFICO 1) podemos perceber que esta se dividem em HAS, citada em 2 
artigos (6.6%), distúrbios da voz (disfonia) em 06 artigos (20%), síndrome de Bornout em 04. 
artigos (13%), exaustão emocional em 10 artigos (33,3%), estresse em 10 artigos (33,3%), 
depressão em 02 artigos (6,6%), disfunções musculoesqueléticas em 06 artigos (20%). 
 
GRÁFICO 01: Doenças mais comuns no meio docente de acordo com a literatura 
pesquisada. 
7 
 
5% 
15% 
10% 
25% 
25% 
5% 15%HAS
Distúrbios da voz
síndrome de Bornout
Exaustao Emocional
Extresse
Depressão
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As disfunções que tiveram maior destaque foram estresse e exaustão emocional com 
25% cada, em seguida os problemas musculoesqueléticos com 20% de distúrbios da voz 15% 
síndrome de Burnout10%, depressão e HAS com 5%. 
As condições sob as quais o trabalho é desenvolvido também são consideradas um 
fator que pode levar ao adoecimento (CEBALLOS, et al, 2011). Condições de trabalho 
envolvem o ambiente onde este é realizado, materiais utilizados entre outros (FERNANDES; 
ROCHA; COSTA-OLIVEIRA, 2009; FONSECA, et al, 2009). 
 A disfonia tem impacto direto nas atividades docentes, bem como na sua qualidade de 
vida, pois limita a utilização da voz, baixa a resistência vocal, interferindo no bem-estar. O 
docente que, mesmo sentindo sinais de cansaço vocal, continua lecionando e forçando a voz, 
sem tomar nenhum cuidado ou tratar o problema, acaba desgastando ainda mais a sua voz, 
chegando algumas vezes à afonia (perda da voz), ou até mesmo à interrupção precoce da 
carreira (CNVP 22, 2004). 
− uso incorreto ou abusivo da voz: falar com forte intensidade, falar 
muito durante quadros gripais, falar em ambientes ruidosos por muito 
tempo, falar com tensão ou esforço, num tom inadequado de voz, com 
má postura, entre outros; − fatores físicos e ambientais: ar-
condicionado, pó de giz, poluição, ventilação inadequada, poeira, ruído, 
sala de aula muito grande e com acústica ruim, disposição das classes, 
número de alunos, escassez de recursos materiais, etc.; − fatores 
psicoemocionais: relacionados ao estresse, má remuneração, falta de 
reconhecimento social, etc.; 
− fatores intrínsecos: resistência vocal, idade, estado geral de saúde, 
alergias, gripes, problemas posturais, respiração bucal, etc.; − hábitos 
vocais inadequados: beber pouca água, fumar, tossir ou pigarrear 
constantemente. 
 
8 
 
 Preservando a voz o professor terá condições de continuar a se dedicar as suas 
atividades de forma a não prejudicar sua atividade em sala de aula. 
Dos 30 artigos referenciados nesta revisão no GRÁFICO 02, estão relacionados os 
dados referentes aos determinantes sociais de saúde sendo que o sedentarismo foi citado em 
09 artigos (30%), condições de trabalho em 16 artigos (53,3%), carga horária elevada em 19 
artigos (63,3%), postura inadequada em 08 artigos (26,6%). 
O adoecimento ocorre sob condições ou estilo de vida que afetam a saúde e podem 
aumentar ou diminuir os riscos de contrair ou desenvolver doenças em particular (DELCOR 
et al, 2004). Segundo Canova (2010), a atividade física regular tem impacto positivo sobre o 
estresse no trabalho, sintomas osteomusculares e relacionou maior nível de estresse em 
docentes sedentários. Sugere ainda que a atividade física pode ser um mecanismo de 
enfrentamento do estresse vivido por eles no cotidiano (ARAUJO et al 2005; LIMA et al, 
2009). 
 
GRÁFICO 02: Determinantes Sociais que adoecem o Docente do Ensino Superior. 
 
 
Os determinantes sociais que podem contribuir para o adoecimento do docente do 
ensino do ensino superior são respectivamente: carga horária elevada 37%, condições de 
trabalho 31%, sedentarismo 17%, e posturas inadequadas 17%. 
A jornada de trabalho varia de acordo com a função e o vínculo que a empresa pretende 
com o funcionário, desde que respeitada a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT e as 
convenções coletivas da categoria. 
17% 
31% 37% 
15% 
sedentarismo
Condicoes de Trabalho
Carga Horaria Elevada
Postura Inadequada
9 
 
Baixo salarios 
Dupla jornada 
Lazer 
Atividades 
admonistrativas 
Baixo salarios
Dupla jornada
Lazer
Atividades
admonistrativas
 A rotina de aulas quase sempre requer a permanência do docente na posição em pé. O 
docente pode adotar movimentos repetitivos, como escrever e apagar o quadro, as quais 
exigem um esforço de levantar os braços acima da altura do ombro e ficar em pé por um 
longo período, atitude que pode acarretar doenças vasculares e problemas de postura. A 
atividade docente apresenta fatores de risco para o surgimento de lesões nas estruturas 
corporais, como ossos, músculos e nervos. Tais lesões, na maioria das vezes, aparecem na 
coluna vertebral e nos membros superiores, podendo afetar a realização das suas atividades e 
ocasionar incapacidades temporárias ou permanentes, levando a afastamento das atividades 
profissionais (SINPRO-SP, 2008). 
Com isso, auxilia a usar os sons no meio ambiente. Qualquer ambiente onde o som seja 
produzido com o fim de ser ouvido por um público deve considerar o processo de como esse 
som chega a esse público. O estresse do docente no atual mundo do trabalho, como visto 
anteriormente, é intensificado diante das condições acústicas do espaço físico de trabalho 
(OITICICA; GOMES, 2008), demonstrando a importância desse fator e seu impacto que pode 
ser observado na profissão. 
Dos 30 artigos referenciados nesta revisão no gráfico 3 estão relacionados os dados 
referentes aos determinantes sociais de saúde sendo que os baixos salários foram citados em 
11 artigos (36,6%), dupla jornada em 14 artigos (46,6%), lazer em 10 artigos (33,3%), 
atividades administrativas em 07 artigos (23,3%). 
 
GRÁFICO 03: Determinantes Sociais que adoecem o Docente do Ensino Superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A carga horária elevada a exaustão emocional, nervosismo, cansaço mental piora das 
questões gerais de qualidade de vida, maior queixas de doenças indicam que o desgaste 
10 
 
psíquico pode ser agravado pela jornada de trabalho excessiva, afetando sua qualidade de vida 
(ARAUJO et al, 2003; BATISTA et al, 2010; FONSECA et al, 2009; LIMA et al, 2009). 
Estes fatores podem levar o docente a decisão de abandonar a profissão que nesta fase já 
não é mais uma fonte de realização pessoal, sendo este comportamento considerado um meio 
de enfrentar e lidar com o estresse e exaustão emocional (BATISTA et al, 2010). 
Para complementação da renda familiar muitos professores trabalham em outras escolas 
ou atividades remuneradas fora da docência (DALVI, 2010; GASPARINI, 2006; 
SERVILHA, 2009). Portanto devido à dupla jornada, são submetidos a sobrecarga. 
 
 
FIGURA I: Representação esquemática do modelo ERI 
 
Segundo Andrade et al (2012) os baixos salários, dupla jornada e carga horária de 
trabalho que as vezes pode incluir aos finais de semana pode estar relacionado ao adiamento 
ou preterimento da realização do lazer (PITANGA; LESSA, 2005). 
Pitanga e Lessa (2005) associam o sedentarismo no lazer às doenças mentais e 
cardiovasculares como HAS (REIS et al, 2006; SERVILHA, 2009; TABELEÃO; TOMASI; 
NEVES, 2009). 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este estudo teve como objetivo descrever os sinais e sintomas das doenças ocupacionais, 
relatando as principais doenças adquiridas pelo docente do ensino superior onde analisou-se as 
principais doenças adquiridas pelo docente do ensino superior, durante a pesquisa constatou-
se um quadro bastante preocupante quanto à saúde do mestre do ensino superior. Muitos 
aspectos, dimensões e elementos do processo de trabalho docente estão gerando problemas de 
11 
 
saúde a esse profissional da educação, colocando assim em risco o pleno desenvolvimento de 
sua profissão. 
Durante a pesquisa percebeu-se que o trabalho docente associado a estilos de vida 
corridos podem desencadear adoecimentos. As doenças ou disfunções mais comuns, de 
acordo com a literatura referenciada apresentam que a exaustão emocional e estresse seguidas 
de distúrbios da voz e disfunções musculoesqueléticas podem provocar o afastamento do 
docente devido a perda de capacidade física e psíquica para desenvolver suas atividades. Os 
fatores que interferem no adoecimento do docente, mais relatados foram carga horária elevada 
e condições de trabalho seguidas de dupla jornada e falta de lazer. 
A categoria docente apresentadoenças e/ou disfunções realmente ligadas ao 
sedentarismo, estresse, falta de tempo para o lazer, sendo o estilo de vida dos mesmos na sua 
maioria inadequado decorrente da falta de tempo e aos fatores socioeconômicos. O 
adoecimento e desgaste físico do professor advêm da sua atividade e forma que esta é 
realizada, levando em conta o excesso de trabalho e agentes estressores persistentes. 
Desta forma se faz necessário mais estudos abrangendo os fatores psicossociais, 
fisiológicos que possam mensurar e corresponder estes fatores ao processo saúde/doença na 
profissão da docência, por outro viés cabe ao docente entender que sua saúde e fundamental 
para continuar em plena atividade acadêmica, o mesmo deve resguarda-se e preservar sua 
integridade física e mental. 
 
7.REFERÊNCIAS 
ANDRADE, P. S. et al. Prazer e Dor na Docência: revisão bibliográfica sobre a Síndrome de 
Burnout. Saúde e Sociedade. v.21, n.1, 2012, p.129-140. Disponível em:Acesso em: 18agosto. 
2018. 
 
ARAÚJO, T. M. et al. Estresse ocupacional e saúde: contribuições do Modelo Demanda 
Controle. Ciência & Saúde Coletiva. v.8, n. 4, 2003, p. 991-1003. Disponível em:Acesso em: 
30 ago. 2012 ARAÚJO, T. M. et al. Estresse ocupacional e saúde: contribuições do Modelo 
DemandaControle. Ciência & Saúde Coletiva. v.8, n. 4, 2003, p. 991-1003. Disponível em: 
Acesso em: 30 ago. 2018. 
 
ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia. O que é ergonomia. Disponível em 
http://www.abergo.org.br/oqueeergonomia.htm. Acesso em 13 jun. 2018. 
 
BATISTA, Jaqueline Brito Vidal et al. Prevalência da Síndrome de Burnout e fatores 
sociodemográficos e laborais em professores de escolas municipais da cidade de João Pessoa, 
PB. Revista brasileira de epidemiologia. v. 13, n. 3, Set. 2010. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf >. Acesso em: 14 mai. 2018. 
12 
 
 
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1999. 
 
BRUM, D. M. A voz do professor merece cuidados. Revista textual, RJ, 2004, p. 14-18. 
Disponível em <www.sinteemar.com.br/Informes/voz.pdf>. Acesso em 10 agosto. 2018. 
 
BRUNO, M. M. G. Deficiência visual: reflexão sobre a prática pedagógica. São Paulo: 
Laramara, 1997. 
 
BUGALHO FILHO, A. F. Curso Básico de Psicoacústica. Curso de Musicoterapia da 
UNAERP - Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto. Disponível em 
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