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E-Book_Introdução e Fundamentos da Estética e Cosmética (ESTÉTICA E COSMÉTICOSPROFISSÃO E CARREIRA)_CENGAGE_V3 (Versão Digital)

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INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS
DA ESTÉTICA E COSMÉTICA
ORGANIZADORES LUANA RENYELLE DE OLIVEIRA MENEZES E FRANCISCA
KELCIA DE SOUSA LIMA
INTRODUÇÃO E
FUNDAMENTOS DA
ESTÉTICA E 
COSMÉTICA
(Estética e Cosméticos: 
Profissão e Carreira)
ORGANIZADORES LUANA RENYELLE DE OLIVEIRA MENEZES E FRANCISCA 
KELCIA DE SOUSA LIMA
Introdução e fundam
entos da estética e cosm
ética
GRUPO SER EDUCACIONAL
O livro Introdução e fundamentos da estética e cosmética é direcionado 
para estudantes de cursos de estética e de cosmética. 
Além de abordar assuntos gerais e preliminares, o livro traz os principais 
tópicos sobre os conceitos e ética pro�ssional na área de estética, concei-
tos e aplicações na área da cosmetologia, recursos cosmetológicos aplica-
dos a estética facial e corporal.
Após a leitura da obra, o leitor vai entender a evolução dos cuidados com o 
corpo desde a antiguidade até os dias atuais; estudar sobre os diferentes 
conceitos de estética e cosmética; compreender os fundamentos legais 
que norteiam a pro�ssão do esteticista; aprender sobre as normas de bios-
segurança e ergonomia a serem observadas no atendimento ao cliente; 
conhecer as noções e conceitos da cosmetologia moderna e as visões que 
norteiam o mercado da beleza; identi�car os fundamentos legais que 
regem a fabricação, o estudo e a distribuição dos cosméticos no Brasil; 
saber as diversas alterações que podem ser tratadas tanto nos protocolos 
corporais quanto nos faciais; dominar o conceito de associações cosméti-
cas e sua aplicação com os demais recursos estéticos, e muito mais.
Aproveite a leitura do livro. 
Bons estudos!
gente criando futuro
I SBN 9786555581041
9 786555 581041 >
C
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INTRODUÇÃO E 
FUNDAMENTOS 
DA ESTÉTICA E 
COSMÉTICA 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. 
Diretor de EAD: Enzo Moreira
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato 
Coordenadora de projetos EAD: Manuela Martins Alves Gomes
Coordenadora educacional: Pamela Marques
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa
Designers gráficos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos,Tiago da Rocha
Ilustradores: Anderson Eloy, Luiz Meneghel, Vinícius Manzi 
 
Menezes, Luana Renyelle de Oliveira.
 Introdução e fundamentos da estética e cosmética / Luana Renyelle de Oliveira Menezes; 
e Francisca Kelcia de Sousa Lima:
Cengage – 2020.
 Bibliografia.
 ISBN 9786555581041
 1. Cosmética 2. Estética
Grupo Ser Educacional
 Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro 
CEP: 50100-160, Recife - PE 
PABX: (81) 3413-4611 
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
“É através da educação que a igualdade de oportunidades surge, e, com 
isso, há um maior desenvolvimento econômico e social para a nação. Há alguns 
anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação também 
passa por tais transformações. A demanda por mão de obra qualificada, o 
aumento da competitividade e a produtividade fizeram com que o Ensino 
Superior ganhasse força e fosse tratado como prioridade para o Brasil.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, 
tem como objetivo atender a essa demanda e ajudar o País a qualificar 
seus cidadãos em suas formações, contribuindo para o desenvolvimento 
da economia, da crescente globalização, além de garantir o exercício da 
democracia com a ampliação da escolaridade.
Dessa forma, as instituições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar 
as competências básicas da educação de seus estudantes, além de oferecer-
lhes uma sólida formação técnica, sempre pensando nas ações dos alunos no 
contexto da sociedade.”
Janguiê Diniz
PALAVRA DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Autoria
Luana Renyelle de Oliveira Menezes
Graduada no curso tecnólogo em Estética e Cosmética pela Universidade Tiradentes (UNIT-SE), Mestre 
em Saúde e Ambiente pela Universidade Tiradentes (UNIT-SE), Pós graduanda em Terapias Alternativas 
e Homeopatia Clássica e Saúde Estética pela FACUMINAS, Professora do Curso Tecnólogo em Estética e 
Cosmética do Centro Universitário Estácio de Sergipe, Professora do Instituto Especializado em Saúde 
(IES), ministra cursos livres na área de Estética e Cosmética.
Francisca Kelcia de Sousa Lima
Bacharel em estética e cosmetologia, formada pela Universidade Anhembi Morumbi e pós graduanda 
em docência de ensino superior e tutoria de E.A.D, atua na área da estética há quase 10 anos em vários 
seguimentos, como clínicas de estética e cirurgia plástica e Spas renomados de Sp. Produz, desenvolve 
e implementa projetos relacionados a estética em clínicas atuando como consultora. Docente de 
diversos cursos na área da estética, já ministrou aulas em instituições de renome como Cruz Vermelha, 
Senac, Universidade Braz cubas como tutora do curso de estética E.A.D, além de produzir conteúdos 
relacionados a área da beleza e bem estar para cursos de estética.
SUMÁRIO
Prefácio .................................................................................................................................................8
UNIDADE 1 - Introdução à estética e cosmética ..............................................................................9
Introdução.............................................................................................................................................10
1 Introdução e história da beleza .......................................................................................................... 11
2 Introdução à Estética e Cosmética ..................................................................................................... 14
3 História, correntes e teorias da Estética............................................................................................. 16
4 Padrões de beleza ............................................................................................................................. 19
5 Perfil profissional do esteticista ........................................................................................................ 25
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................28
UNIDADE 2 - Estética: conceitos e ética profissional .......................................................................31
Introdução.............................................................................................................................................32
1 Introdução à estética ......................................................................................................................... 33
2 Princípios éticos, preparação e posicionamento para o tratamento .................................................34
3 Aspectos da relação terapeuta-paciente ........................................................................................... 41
4 Profissão do Esteticista - Atividades profissionais .............................................................................. 44
5 Procedimentos estéticos faciais e corporais ...................................................................................... 46
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................52
UNIDADE 3 - Cosmetologia: conceitos e aplicações ........................................................................53
Introdução.............................................................................................................................................541 Noções preliminares .......................................................................................................................... 55
2 História e introdução à cosmética ...................................................................................................... 55
3 Tipos de pele ...................................................................................................................................... 57
4 Estrutura dos cosméticos ................................................................................................................... 61
5 Tipos de cosméticos ........................................................................................................................... 66
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................71
UNIDADE 4 - Recursos cosmetológicos aplicados à estética facial e corporal ..................................73
Introdução.............................................................................................................................................74
1 Noções preliminares ......................................................................................................................... 75
2 Tratamentos cosméticos faciais ......................................................................................................... 78
3. Tratamentos cosméticos corporais ................................................................................................... 88
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................95
O livro Introdução e fundamentos da estética e cosmética traz ao leitor, além de 
informações básicas da área, o conteúdo descrito a seguir em suas quatro unidades.
Entre os assuntos, a primeira unidade, Introdução à estética e cosmética, dá ao 
leitor um panorama dos conceitos de belo, beleza, estética e cosméticos ao longo do 
tempo. O texto explica, ainda, os deveres, as obrigações e as funções do esteticista nos 
cuidados com o corpo e a beleza do paciente. 
A segunda unidade, Estética: conceitos e ética profissional, explica o conceito de 
ética profissional e o papel do profissional no contexto social ao qual ingressará. O 
leitor saberá as diretrizes que regem a profissão, como se dá o relacionamento entre 
profissional e cliente, e os procedimentos de base para os atendimentos estéticos.
A terceira unidade, Cosmetologia: conceitos e aplicações, aborda o conceito 
cosmetologia enquanto estudo de formulações cosmetológicas e as suas aplicações. 
Trata da estrutura dos cosméticos, suas formulações e apresentações para uso, além 
dos tipos de cosméticos disponíveis no mercado, as associações possíveis entre eles e 
sua interação com a pele.
A quarta e última unidade, Recursos cosmetológicos aplicados à estética facial 
e corporal, fornece noções da cosmetologia associada a tratamentos para que a 
utilização das formulações cosméticas potencialize o resultado do tratamento. 
Esta é apenas uma pequena amostra do que o leitor aprenderá após a leitura do 
livro. A ele, sorte em seus estudos!
PREFÁCIO
UNIDADE 1
Introdução à estética e cosmética
Olá,
Você está na unidade Introdução à Estética e Cosmética. Conheça aqui os conceitos de 
belo, beleza, estética e cosméticos ao longo do tempo, você vai conhecer também o que 
os povos usavam para seus rituais de beleza desde os primórdios da humanidade, até os 
dias atuais. Além disso, irá conhecer os principais nomes e destaques da estética.
Entenda também quais são as funções do esteticista nos cuidados com o corpo e a beleza 
do paciente. Aprenda as diversas áreas de atuação do esteticista, bem como seus deveres 
e obrigações nos diversos locais que abrangem os serviços estéticos.
Bons estudos!
Introdução
11
1 INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA BELEZA
A busca pelo belo, a busca pelo corpo perfeito, o culto pela beleza que dita modas e tendências 
e caminha sempre em busca da perfeição, seja facial, corporal ou capilar, são desejos que advêm 
de muito tempo atrás.
Esta busca nos faz retornar ao período da pré-história e relembrarmos o período dos homens 
das cavernas, quando eles dominaram as pinturas, no Paleolítico, que surge a técnica das mãos 
pintadas em negativo (arte parietal), onde se mistura o pó colorido, que advém das rochas 
trituradas, misturado com gordura animal como fixador, que é soprado por um canudo sobre a 
mão pousada na parede da caverna.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
Antiguidade
No período da pedra lascada, surgem também as esculturas femininas como a Vênus 
de Willendorf, que foi encontrada na região de Willendorf, na Áustria, possuindo 11,1 cm, é 
esculpida em calcário oolítico (que não existe na região onde foi encontrada), e colorida com ocre 
vermelho, tendo sido esculpida há 22.000 ou 24.000 mil anos. Pouco se sabe sobre a origem, e 
representa uma mulher com barriga, vulva e seios robustos, com características de obesidade, e 
acredita-se que ela demonstra a fertilidade do período, a Vênus faz parte da coleção do Museu de 
História Natural de Viena (ANTL-WEISER, 2008).
Egito
Os egípcios eram cultuadores da beleza e da estética corporal, dedicavam bastante tempo 
à higiene corporal, tinham o culto ao corpo como primórdio da atração sexual. Suas salas de 
banho, perfumes, óleos aromáticos, pigmentos para maquiar os olhos, unguentos: tudo isso 
12
indicava que, para os egípcios, cuidar da beleza do corpo era um reflexo da alma. É no Egito que 
supostamente surgiram os rituais de beleza e estes cuidados se estendiam desde o faraó até os 
seus súditos (HRNCIROVÁ, 2015).
Figura 1 - Vênus de Willendorf – estatueta pré-histórica representando a fertilidade da mulher 
daquela época 
Fonte: shutterstock.com
#PraCegoVer: imagem de escultura pequena, feita em barro, antiga, com seios, vulva e barriga 
grande, cabeça coberta com um tipo de penteado da época em que foi esculpida, não possui boca 
nem olhos, e possui fundo branco.
Os lábios e o rosto eram corados com pigmentos, sendo o de maior destaque o ocre vermelho, 
que era composto de óxido de ferro hidratado, retirado do solo, era separado da areia e seco ao 
sol e quando queimado obtinha-se o realce da coloração. A maquiagem dos olhos foi o ponto 
primordial do autocuidado no Egito, para isto utilizavam o khol, constituído de galena (minério 
primário do chumbo) e misturado a óleos para ser aplicado nos olhos. Os egípcios, tanto homens, 
quanto mulheres, aplicavam a mistura ao redor dos olhos, faziam um contorno grosso que, além 
de embelezar, ajudava a diminuir o ofuscamento pela luz do sol (OLIVEIRA et al., 2018).
Vários rituais de beleza são encontrados em papiros e, segundo Souza (2004, p.57), as argilas 
eram utilizadas como máscaras e banhos esfoliantes, os óleos eram utilizados para massagem, 
todos os elementos utilizados para cuidados com o corpo e maquiagem eram recursos utilizados 
por faraós, sacerdotisas, rainhas e escravas em seus rituais de embelezamento.
Grécia
A exaltação da beleza e dos cuidados com o corpo chega até a Grécia e a valorização do belo 
destaca-se na figura masculina, onde as formas do corpo se davam a partir da prática de esportes na 
adolescência. Neste momento da história, a mulher dá espaço ao homem nos destaques ao cuidado 
13
com o corpo. Culto aos deuses na tentativa de aproximar-se destes, guerras, batalhas e a prática da 
agricultura em terrenos acidentados também contribuíam para a força, rapidez e o culto ao corpo 
dos gregos, percebe-se neste momento da história a valorização do belo (FILHO, 2010). É na Grécia 
que a busca pelobelo, aquele que difere do feio, traz a estética como disciplina da filosofia que 
estuda as formas de manifestação da beleza natural ou artística (RUSENHAK, 2020).
A beleza passa quase que despercebida por bastante tempo durante a Idade Média, por 
muito tempo as questões científicas, políticas e religiosas tomaram espaço e o culto ao corpo e a 
estética ficou de lado. Filho (2018) relembra que, neste tempo, Shakespeare retratava a mulher 
robusta em seus escritos, já que a mulher magra retratava a maldade, a astúcia e até mesmo a 
traição e a gordura era sinônimo de saúde e fartura.
Figura 2 - Escultura do deus grego Zeus, personificação da beleza e símbolo do culto ao corpo masculino 
Fonte: shutterstock.com
#PraCegoVer: imagem com fundo preto mostra a estátua de Zeus, um deus grego que possui 
barba grande, está sentado em posição de divã, está sem roupa e seus músculos estão visíveis e 
perna cruzada.
Os Romanos
Popularizaram os banhos públicos, cuidavam do corpo nas famosas casas de banho, que eram 
construções públicas que atendiam tanto homens quanto mulheres, após os banhos aplicavam 
óleos e fragrâncias na pele para mantê-la saudável e atraente, possuíam rituais de banho e 
usavam em suas fragrâncias flores, açafrão e amêndoas. Vale destacar a sensualidade desse povo, 
que era algo bastante próximo da cultura grega (VILAR, 2014).
Ao longo dos séculos, os padrões de beleza mudam, por vezes exigem menos adereços, 
outras vezes a extravagância, que também é acentuada no cuidado com o corpo, a exemplo dos 
egípcios e gregos. Muitas mudanças e adaptações ocorreram ao longo dos tempos em relação ao 
belo e aos padrões de beleza e consequentemente à estética.
14
Dias atuais
Atualmente a busca pela beleza não limita-se mais ao externo, com o advento de tecnologias 
utilizadas pelo mundo da estética, da beleza e consequentemente dos cosméticos, hoje pode-se 
dizer que a tecnologia está ao alcance de várias camadas da sociedade, transcrita em cosméticos, 
itens de beleza de uma forma geral, quando são aplicadas à nanotecnologia, uma influência 
tecnológica que busca tratar o externo a partir do interno, o alto poder de penetração dos 
cosméticos só evoluem e seus efeitos são mais rápidos, mais eficazes e é neste sentido que o aluno, 
futuro tecnólogo em estética e cosmética, assume a responsabilidade de mostrar ao seu cliente/
paciente novos horizontes para quem busca um novo corpo, uma nova beleza e vários conceitos.
2 INTRODUÇÃO À ESTÉTICA E COSMÉTICA
Sabe-se que desde a antiguidade o culto à beleza e o uso de itens com finalidades de embelezar e 
perfumar eram bastante utilizados. Com a evolução da humanidade, em alguns momentos da história, 
os cuidados com o corpo ficaram esquecidos e em outros momentos, foram destaques na sociedade.
A palavra cosmético tem origens variadas, no grego kosmétikos e do latim cosmetorium, 
significa “relativo ao adorno”, sendo a raiz da palavra “kosmos = ordem”. Também tem origem 
em Cosmus, perfumista romano famoso no século I, que fabricava o cosmianum, um unguento 
antirrugas muito utilizado na época, além de ter desenvolvido diversos outros preparados 
voltados para o tratamento da pele (PICOLOSCHUTZ et al., 2020).
Durante o Império Romano, um médico grego chamado Galeno de Pérgamo (129 a 199 d.C.) 
desenvolveu um precursor dos modernos cremes para a pele a partir da mistura de cera de abelha, 
óleo de oliva e água de rosas, era o primeiro creme facial, feito com cera de abelha e óleo de oliva 
que posteriormente foi substituído pelo óleo de amêndoas, misturado ao bórax, que amenizou o 
tempo de ação do produto, este ainda é utilizado atualmente nas emulsões de água em óleo.
Os hábitos de higiene foram abandonados porque o cristianismo ensinava que os males do 
corpo só poderiam ser curados com a intervenção divina, era o conhecido tempo das trevas. 
Acreditava-se que a água deixaria a pele suscetível a doenças, já que abriria os poros, permitindo 
a entrada de doenças. A higiene pessoal resumia-se a lavar as mãos e o rosto antes das refeições 
e limpar os dentes com um pano (TREVISAN, 2011)
No século XVII, o arsênico passou a ser empregado como pó facial em substituição ao 
chumbo. A Itália e a França despontam como grandes centros produtores de cosméticos, e em 
toda a Europa apenas a aristocracia utilizava os cosméticos por conta do alto preço. Com o avanço 
dos produtos para embelezamento, pintar os lábios tornou-se moda. Nesse mesmo período, com 
o abandono da higiene pessoal, usar perfumes e maquiagem virou uma febre (TREVISAN, 2011).
15
Segundo Trevisan (2011), a Rainha Elizabeth I usava tinta branca com chumbo no rosto, 
ela popularizou o estilo chamado Máscara da Juventude. Mas o puritanismo liderado por 
Oliver Cromwell (1599-1658) provocou um período de obscurantismo, durante o qual o uso de 
cosméticos e perfumes foi banido. 
qualquer mulher que... se imponha, seduza e atraia ao matrimônio qualquer um dos súditos de 
Sua Majestade por utilizar pinturas, perfumes, cosméticos, produtos de limpeza, dentes artificiais, 
cabelos falsos, espartilho de ferro, sapatos de saltos altos, enchimento nos quadris, irá incorrer nas 
penalidades previstas pela Lei contra a bruxaria e o casamento será considerado nulo e sem validade
Esse era o castigo para mulheres que se perfumassem e se embelezassem. Tal fato ocorreu na 
Inglaterra, por volta de 1770, século XVI (TREVISAN, 2011).
Somente no século XX, com os avanços da indústria química, é que os cosméticos passaram 
a ser produtos de uso geral. Em 1921, em Paris, pela primeira vez, o batom é embalado em 
um tubo, vendido em cartucho. Esse produto tornou-se um sucesso, dominando rapidamente o 
mercado americano. Cada vez que um grande estilista lançava uma coleção, surgia uma nova cor 
de boca (TREVISAN, 2011).
No fim do século XX, novas fórmulas, baseadas em tecnologia de ponta, como proteção solar, 
umectação e produtos anti-idade, dominam o mercado mundial. Nos anos 90, a era do benefício 
visível ganha grande importância. Atualmente, temos produtos que colorem e tratam a pele, bem 
como limpam e perfumam os cabelos, como nunca na história.
O século XXI é marcado pela nanotecnologia, que pode ser entendida como a tecnologia aplicada 
à manipulação da matéria através de uma escala atômica ou molecular. O que há de mais atual no 
mundo da tecnologia voltada para a permeação de ativos. A produção mundial de nanocosméticos 
abrange a indústria de cosméticos convencionais, constituindo, de maneira geral, uma linha de 
produtos diferenciados. Os nanocosméticos entram já como um setor específico da indústria química 
juntamente com os produtos de higiene pessoal e perfumaria (CAVALCANTI, 2014).
No Brasil, os produtos de limpeza foram inseridos com a chegada da família real no início 
do século XXI. O alto custo dos sabões importados levou à instalação de fábricas de velas e 
sabões no país, sendo a primeira a de Guilherme Müller, instalada em 1821. A famosa perfumaria 
Desmarais, que vendia essências, sabonetes, escovas, esponjas, adornos de toucador, vidrinhos 
de cheiro, espelhos, perucas, tinturas e cosméticos, como pó de arroz. A Casa de Banhos Pharoux 
e a Casa Granado foram instaladas no Rio de Janeiro até o final do século XIX (TREVISAN, 2011).
Desde então, o setor de cosméticos não para de crescer e hoje movimenta o mercado 
nacional com produtos que abrangem todas as idades, todas as classes sociais, todas as culturas, 
e os cosméticos passaram a ser itens obrigatórios para mulheres, homens, adolescentes e até 
mesmo crianças, vão desde sabonete, xampu, condicionador, até produtos de embelezamento 
16
como maquiagem e protetor solar.
O que tem de mais novo e em ascensão no mercado mundial, segundo a ABIHPEC (2018), são 
os prebióticos e probióticos e o ácido hialurônico, esses farão parte dos avanços da tecnologia 
cosmética nos próximos anos. Os prebióticos e probióticos estarão em ascensão nos tratamentos 
faciais com variados tamanhos moleculares, facilitando o seu aproveitamentoem vários níveis da 
epiderme, e envolto em lipossomas, facilitando a penetração. Propõem equilibrar a microflora da 
pele, incrementando sua resistência contra agentes agressores, atuam na melhora da hidratação 
e diminuindo irritações, dentre outros benefícios.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
3 HISTÓRIA, CORRENTES E TEORIAS DA ESTÉTICA
A arte, a beleza, o belo e a estética estão intimamente ligados, e ao longo dos séculos 
assumem destaque nos desejos das sociedades. Pode-se considerar o conceito de beleza um 
ato cultural que muda de acordo com as transformações ocorridas no decorrer das épocas. 
Na Grécia Antiga, foram encontrados pelo menos três principais conceitos que refletiam o 
belo e o relacionava com: o mundo, o humano, e os padrões sociais como cultura e justiça, 
harmonia, respeito e cidadania (ULLMANN, 2007).
3.1 Filosofia, arte e o belo
Para Platão, a reflexão estética está em pleno debate com a ética, política e educação e diz 
que a beleza é o equilíbrio, já a feiura é o desequilíbrio. Já Sócrates achava que se deveria pensar 
e discutir sobre o belo e não sobre o feio (BARROS et al., 2020).
Durante a Idade Média, o sagrado e o profano foram representados pela mulher, e o belo e 
a beleza feminina eram vistos como algo pecaminoso que conduzia ao erro, a mulher era impura 
17
e produtora do mal e representante do pecado original, pois despertava a culpa e o desejo nos 
homens. A beleza e os cuidados com o corpo ficam de lado por séculos e a virgem Maria era a 
única mulher bela e inocente (BARROS et al., 2020).
Para Kant, a reflexão estética é uma consequência do seu projeto crítico, percebe que a estética 
(arte) compreende um gênero de conhecimento autônomo, afirma que o belo é algo que agrada 
universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente (CAUQUELIN, 2005, 71 f.).
Nietzsche introduz na estética dois princípios em relação ao belo e associa a dois deuses 
gregos: Apolo e Dioniso. O primeiro contempla a razão e o segundo associa a reconciliação do 
homem com a natureza. Já Theodor Adorno fez uma das mais importantes análises do fenômeno 
estético na primeira metade do século XX, a estética não é mero campo de reflexão, mas parte 
intrínseca de um projeto de superação e ruptura da reificação, diz que a essência da arte não é 
mais independente da história, ela perde seu universalismo e afrouxa as certezas sobre sua 
natureza (CAMARGO, 2009).
A estética e a arte bifurcam-se e a estética agora sai das artes, dos quadros, dos textos 
literários e passa a ditar a beleza, as tendências com as mulheres reais, no cinema e nas ruas, 
posteriormente nas passarelas, associando a estética ao estilismo. 
3.2 O surgimento dos grandes nomes da estética 
A partir do século XXI, as receitas passam a ser feitas para atender a população, as receitas 
caseiras dão espaço para a produção em larga escala. E a lanolina purificada e a vaselina são os 
primeiros ingredientes a serem purificados e usados nessa produção em escala. Atualmente a 
lanolina ainda é bastante utilizada e é indicada principalmente para lactantes para estimular o 
processo de cicatrização e o alívio da dor, por seu alto poder de hidratação e regeneração tecidual 
(COCA, ABRÃO, 2007).
David McConnell foi um dos pioneiros em perfumaria. Abriu a California Perfume Company, 
em Nova York, em 1886 e posteriormente fundou a Avon Products. Atualmente a Avon vem 
trabalhando fortemente a diversidade em suas campanhas e lançamentos de linhas, sobretudo 
nas redes sociais (ABIHPEC, 2018).
“A mulher que inventou a beleza”, foi assim que ficou conhecida a polonesa Helena Rubinstein, 
quando se mudou para Melbourne, em 1902, levava em sua bagagem potes de creme de 
fabricação familiar para auxiliar nos cuidados com sua pele que era castigada pelo clima quente 
e seco da Austrália. Foi nessa cidade que fundou sua primeira loja na rua Collins, em Melbourne, 
e mais tarde mudou-se para os Estados Unidos, aumentando sua difusão e contribuição para a 
indústria cosmética (TREVISAN, 2011).
18
Quando Coco Chanel conseguiu a libertação das mulheres dos espartilhos no início do século XX, as 
mulheres passaram a lutar pelo direito de usar batom vermelho, Helena Rubinstein (1870-1965) chega 
então aos EUA e diz que “Proibir as mulheres de usar maquiagem é acabar com uma parte da liberdade”, 
uma vez que a maquiagem e o batom vermelho estavam ligados aos cabarés daquela época.
Helena foi uma grande empresária, possuía uma rede de salões de beleza, pois o sucesso dos 
seus cremes foi tão intenso que ela se mudou para Londres e abriu um salão de beleza em Mayfair 
- Margot Asquith, nos EUA, e criou o “dia da beleza” em sua rede de salões para divulgar os seus 
lançamentos. Em 1976, a Helena Rubinstein Inc. foi vendida para o grupo Colgate-Pamolive, e é 
atualmente controlada pelo grupo L’Oréal (CAVENDISH, 2015).
A maior rival de Rubinstein era Estée Lauder (1908–2004), que dava a oportunidade das 
mulheres se sentirem belas. Estée fundou uma companhia fabricante de produtos de beleza e 
cosméticos com seu nome, sua marca era sinônimo de qualidade, feminilidade e satisfação. Seu 
negócio foi próspero, incluindo linhas de produtos como Estée Lauder, MAC Cosmetics e Clinique, 
continua a ditar tendências e a prosperar até hoje.
Nadine Georgine Payot (1887- 1966), mais conhecida como Drª Payot, era médica e, 
ao analisar uma dançarina, percebeu a beleza do seu corpo escultural, porém sua face e seu 
pescoço eram flácidos, foi então que se dedicou a desenvolver técnicas de massagem utilizando 
as pontas dos dedos associadas a cremes nutritivos, um revolucionário tratamento cosmético, 
e trabalhando em salões de beleza nos Estados Unidos difundiu a técnica, tornando-se muito 
conhecida. Retornou para a França onde fundou um laboratório no qual químicos especializados 
formulavam produtos cosméticos (SEBRAE, 2020).
Anna Pegova (1896-1991) foi uma cosmetóloga e empresária russo-francesa. Amiga de 
Helena Rubinstein e Edith Piaf, que foi uma cliente assídua dos seus serviços. Ficou conhecida por 
criar o peeling vegetal, que formulou depois de muitas adaptações. Anna Pegova visitou o Brasil 
e ficou fascinada com o país, decidindo instalar-se nele para desenvolver tratamentos de skincare 
ao lado de renomados cirurgiões plásticos. Após sua morte, seu filho tomou a frente do instituto 
e desenvolveu a marca no Brasil (SEBRAE, 2020).
Max Factor, maquiador de origem polonesa, começou sua carreira maquiando os integrantes 
do Royal Ballet na Rússia. Em 1909, inaugurou uma pequena loja no centro teatral da cidade de 
Los Angeles. No ano de 1914, criou a primeira maquiagem especificamente para personagens 
de filmes, era um creme com 12 tipos de graduações de cores. Começou com maquiagem para 
teatro, mas logo percebeu o potencial do mercado doméstico de consumo (SEBRAE, 2020).
19
3.3 No Brasil
Anne Marie Klotz. Fundou no Rio de Janeiro a primeira escola de estética, “Ecole Francis 
Bel”, tendo formado várias personalidades do mundo da estética brasileira. Fundadora da FEBECO 
(Federação Brasileira de Estética e Cosmetologia), com o maior objetivo de que o esteticista 
brasileiro pudesse conseguir garantias para o desenvolvimento profissional e educacional da sua 
categoria (SEBRAE, 2020).
Luiz Fernando Lomba e Marcos Lomba. Esteticista Luiz Fernando Lomba, na década de 1983, 
foi editor da Revista Les Nouvelles Esthétiques, sua carreira inicia-se na estética com uma força 
em prol de trazer para o Brasil conhecimentos de altíssimo nível internacional. Separaram-se do 
Les Nouvelles Esthétiques e fundou a revista Vida Estética, que conta com congressos científicos 
por todo o país, Marcos Lomba transfere a direção para seu filho Rodrigo Lomba (SEBRAE, 2020). 
4 PADRÕES DE BELEZA
Desde a Primeira Revolução Industrial o mercado dita regras de consumo, em todas as áreas. 
Na estética não é diferente, uma vez que as modas e tendências de belezasão determinadas 
a partir do interesse econômico. O estilo que sai das passarelas e atinge todas as camadas 
sociais, as tendências de maquiagem, de corte e cor de cabelo, de formato de sobrancelhas e 
principalmente de corpo, fazem parte das exigências do mercado, da mídia, da indústria, que 
sempre ditaram um padrão de beleza que, vez ou outra, entra em declínio, dando espaço a novas 
exigências sociais (ECO, 2004). 
4.1 Sociedade e padrão de beleza 
A sociedade vive em busca da manutenção da beleza, desde a antiguidade bem como na 
atualidade, não mede esforços para tal. Segundo Dutra et al. (2015), as mulheres representam a 
camada da sociedade mais vulnerável aos padrões de beleza veiculados através das mídias, para 
tanto se submetem a diversos sacrifícios como: dietas rigorosas, extensos programas de exercícios 
e a prática da automedicação, tudo isso para atingir um padrão de beleza física que é veiculado 
pela mídia como sendo requisito fundamental para que o indivíduo seja aceito socialmente.
Para Braga (2018), durante muito tempo a mulher foi cultuada, alcançando em algumas 
sociedades o patamar de deusa, em outros tempos foi considerada uma ameaça, e com isso teve 
o seu papel social diminuído.
Desde a infância, os padrões de beleza são impostos e muitas vezes exigidos pela sociedade. A 
partir do momento que a criança/adolescente começa a construir sua identidade, ela é obrigada 
a representar a feminilidade. É importante entender que a imagem do corpo exprime sua 
20
relação com o emocional e que os conflitos se acentuam com as mudanças do corpo durante 
a adolescência, muitas vezes impregnada de desejos, que na maioria das vezes são reprimidos.
Os conflitos infantis adentram a adolescência e muitas vezes a vida adulta. A pintura e o 
autorretrato há tempos foram símbolos de personificação da imagem, atualmente os espelhos 
são refletores e convergem a autoimagem que, por muitas vezes, não são aceitas. Silva et al. 
(2020) dizem que as fotos (selfies) e as redes sociais são nossos novos espelhos que refletem uma 
verdade repleta de utopias da perfeição, com fotos manipuladas que moldam e transformam a 
nossa própria imagem.
Sempre ouvimos que os olhos eram vistos como a janela da alma, já Rosa (1962, 77 f.) diz que 
os olhos são a porta do engano. 
Durante a adolescência e vida adulta, a beleza se transforma em um dever cultural para a 
mulher, ser magra, ter pele, depilação, unhas e cabelo em dia e impecáveis, em que ser bela, 
parecer jovem e magra é tido como uma valorização social. Em contra partida, a obesidade, 
a depressão, a baixa autoestima, a ansiedade e os transtornos alimentares e psicológicos são 
realidade para aquelas que não se encaixam nesses padrões de beleza estipulados pela sociedade 
(SUENAGA et al., 2012).
Há pouco tempo, o corpo malhado e musculoso, bem como o consumo de bens para 
manter este corpo esculpido e os músculos torneados, foi destaque na sociedade e nas mídias, 
resultando em alto investimento e altas frustrações. Cada corpo, biotipo e cada organismo são 
únicos. As comparações não devem existir, pois cada ser humano é único e a autoaceitação é o 
fator primordial para o bem-estar (SUENAGA et al., 2012).
No mercado da beleza atual, dietas personalizadas e adaptadas para cada indivíduo, produtos 
cosméticos específicos para cada tipo de cabelo, de cor e tonalidade das madeixas e de curvatura 
tomaram conta das prateleiras de supermercados, de farmácias e lojas específicas de cosméticos. 
A valorização das suas raízes, de cada cultura, de cada cabelo, de cada corpo e biotipo estão 
em ascensão. A personalização e a humanização de cada atendimento deve ser levada em 
FIQUE DE OLHO
Quando Silva et al. (2020) analisam a relação da mulher X espelho, nos faz repensar quesitos 
da nossa vida. Você já parou para pensar e analisar qual a sua relação com o espelho? Isso 
mesmo, aquele que você tem no quarto, no banheiro. Você gosta da imagem que você 
reflete? O profissional da estética deve fazer com que seu paciente não se compare com 
personagens das redes sociais, principalmente no quesito corpo. 
21
consideração, uma vez que é de fundamental importância entender o que cada cliente/paciente 
deseja tratar e mudar em si e para este paciente deve ser traçado um perfil e o tratamento deve 
acontecer de forma individualizada, personalizada e avaliada ao longo do tratamento para se 
definir a continuidade ou não. 
A partir do anos 2000, o modelo do belo bem como suas exigências trouxeram para o mercado 
da estética e da beleza a presença masculina. Para Filho (2010), o homem metrossexual tomou seu 
espaço no mundo da beleza e esta preocupação trouxe um novo nicho para este mundo, atualmente 
encontramos salões especializados em beleza masculina que oferecem serviços de corte de cabelo, 
barba e sobrancelhas, depilação e limpeza de pele específicos para homens. Este padrão de beleza 
teve início com o jogador inglês, David Beckham, e os atores Leonardo DiCaprio e Brad Pitt, com a 
busca pelas formas corporais perfeitas que se dão com a malhação e dieta rigorosas, além do uso 
de cosméticos específicos para barba e cabelo masculino. O mercado identificou um novo público 
extremamente consumidor que, segundo a ABIHPEC (2018), está em ascensão no mercado mundial. 
4.2 Indústria da beleza e sociedade do consumo
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é quem regulamenta a fabricação 
e distribuição de produtos cosméticos. O mercado da beleza está intimamente ligado ao mercado 
dos cosméticos. Várias pesquisas e inovações tecnológicas são aplicadas aos produtos de beleza, 
buscando atender as exigências dos clientes. Estes produtos trazem autoestima e melhoram a 
qualidade de vida dos seus usuários, sendo uma forma de entrar no padrão da sociedade em que 
se convive (SANFELICE, TRUITI, 2010).
Moraes et al. (2008) destacam o crescimento de produtos voltados para cuidados faciais como 
os antirrugas (nas versões creme, sérum) e produtos para tratamento capilar, que atendem aos 
diversos públicos, sejam lisos, caracolados ou crespos em diferentes curvaturas, e principalmente 
antiquedas. Um ponto estratégico para o aumento de grandes empresas do ramo de cosmético 
tem sido a competitividade e a diversificação dos produtos de beleza, sendo este o segmento 
mais bem-sucedido do mercado.
Com o uso das tecnologias e inovações, os produtos cosméticos passaram por uma grande 
transformação ao longo dos séculos, a descoberta e inclusão de novos ativos e novas matérias-
primas nos cosméticos estimula e impulsiona a cadeia produtiva. Surgem também novos designs, 
tornando as embalagens mais arrojadas, funcionais e práticas (FRITZ E SOUZA, 2006).
Segundo Reckziegel e Zamberlan (2017), o Brasil era o terceiro país no ranking mundial na 
produção cosmética, sendo o xampu e o condicionador os mais produzidos. Tal destaque vem 
desde a década de 70, em que Avon e Barro Minas, destaques no mercado, existindo certa de 
1600 empresas no ramo da cosmetologia no Brasil, indicam que há uma competição nacional 
entre as mesmas.
22
Atualmente são lançados diariamente no mercado produtos de embelezamento, principalmente 
para as cacheadas, que têm sido destaque, após a ditadura dos fios lisos, os cachos voltam a ter 
espaço nos centros de beleza e os produtos disponíveis no mercado prometem cachos definidos, 
enfatizando a valorização da cultura afrodescendente e a autoaceitação (ABIHPEC, 2014).
O último boletim da ABIHPEC (2018) demonstrou que os cosméticos para o público masculino 
têm apresentado um grande avanço e estarão sempre em ascensão. Outro mercado em evidência 
é o de produtos biodegradáveis, sempre buscando inovar na qualidade e no desenvolvimento 
sustentável, reduzindo os impactos ambientais que os produtos podem causar no meio ambiente.
O mercado de cosméticos tem diversificado sua tecnologia, existe o nicho de produtos 
altamente tecnológicos e o de consumo de produtos naturais e veganos que vem ganhando 
destaqueno mercado mundial. Os produtos mais tecnológicos são aqueles baseados em 
nanotecnologia, direcionados a camadas específicas da pele, maximizando os resultados, 
possuem liberação progressiva e resultados rápidos. Os ativos mais usados para este tipo de 
tecnologia são as vitaminas A (renovador tecidual), C (antioxidante), E (combate radicais livres) 
e o ácido salicílico (peeling), e os sistemas de entrega, os lipossomas e os peptídeos botânicos 
(DAUDT et al., 2020).
No Brasil, segundo a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, divide-se o mercado de 
cosméticos em três tipologias de produtos: cosméticos, produtos de higiene e perfumes (BRASIL, 
1976). Dados da ABIHPEC (2018) mostram que o mercado de estética e cosméticos deve crescer 
14% em 2020 e apontam crescimento do setor pelo 5º ano consecutivo. Também indicam que a 
partir da regulamentação da profissão de Esteticista e Cosmetóloga, em 2018 (Lei 13.643, 3 de 
abril de 2018), a procura por profissionalização cresceu na mesma proporção que o mercado em 
2018, o setor movimentou cerca de R$ 47,5 bilhões e a perspectiva é que aumente a cada ano.
O caderno de tendências 2019-2020 (ABIHPEC, 2018) mostra que até 2020 o mercado passará 
por atualizações, principalmente para os produtos de pele “home care” e de cabelo “haircare”, são 
aqueles produtos que dão continuidade aos tratamentos em casa, os produtos possuem ativos 
iguais ou semelhantes aos usados nas clínicas, só que em menor quantidade, dando eficácia e 
eficiência aos tratamentos.
Para o uso de produtos de pele tanto nas clínicas quanto em casa, cabe citar a identificação 
dos tipos de pele para assim poder traçar o perfil dos produtos específicos a serem utilizados. 
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD, 2017), existem quatro tipos de pele: 
normal, oleosa, seca, mista.
Normal
Geralmente, a pele normal apresenta poros pequenos e pouco visíveis.
23
Possui textura saudável e aveludada, produz sebo (gordura) em quantidade adequada, sem 
excesso de brilho ou ressecamento.
Oleosa
Influenciada pela herança genética, que contribui para a oleosidade da pele os fatores 
hormonais, o excesso de sol, o estresse e uma dieta rica em alimentos com alto teor de gordura.
Apresenta poros dilatados e maior tendência à formação de acne, cravos e espinhas.
Seca
Normalmente tem poros poucos visíveis, pouca luminosidade e é mais propensa à descamação 
e vermelhidão.
Pode apresentar maior tendência ao aparecimento de pequenas linhas e fissuras. pele seca 
pode ser causada por fatores genéticos ou hormonais, como menopausa e problemas na tireoide, 
e por condições ambientais, como o tempo frio e seco, o vento e a radiação ultravioleta. Banhos 
demorados e com água quente podem provocar ou contribuir para o ressecamento da pele.
Mista
Apresenta aspecto oleoso e poros dilatados na “zona T” (testa, nariz e queixo), podendo 
apresentar acne nesta região, e aspecto seco nas bochechas e extremidades. É o tipo de pele 
mais frequente.
A partir destas classificações de cor e tipo de pele existem cosméticos e ativos específicos, 
bem como maquiagens e artigos para correção de imperfeições da pele, levando em consideração 
o tom de pele, uma vez que algumas possuem fundo de cor mais amarelada e outras mais rosada, 
isso facilita, por exemplo, a escolha de bases usadas nas maquiagens.
Não diferente para os cosméticos e tratamentos corporais, avaliar a pele é de fundamental 
importância não só para tratamentos faciais como corporais. Para isto, utiliza-se a ficha de 
anamnese, onde nela você irá descrever todas as observações obtidas do paciente e poderá 
traçar o melhor tratamento para ele, levando em consideração a queixa principal (por que ele 
procurou os seus tratamentos estéticos), a predisposição genética (casos ocorridos na família), 
uso de medicamento contínuo (anticoncepcional, por exemplo), dentre outras informações.
Para tratamentos corporais, deve ser levado em consideração o biotipo de cada indivíduo, 
sem comparações, principalmente o famoso antes e depois, muito conhecido nas redes sociais, 
onde mostra a possível evolução dos tratamentos, o que deve ser levado em consideração é 
a individualidade de cada paciente, sem comparações, pois pode influenciar em desordens 
24
emocionais e psicológicas quando o paciente não consegue um resultado igual ao da foto que 
estava nas redes sociais.
Os biotipos corporais apresentam características específicas, segundo Dalbosco (2015), 
existem três biotipos:
Mesomorfo
Possui corpo musculoso com formas angulosas. O peito é proporcionalmente mais largo que 
o abdome. Os membros são musculosos e fortes.
Endomorfo
Possui formas arredondadas e acúmulo de gorduras, o abdome é proporcionalmente maior 
que o tórax e os braços e as pernas são curtos e flácidos.
Ectomorfo
Possui corpo e membros longilíneos, com os ombros largos e caídos. O tórax e o abdome são 
estreitos e finos.
Existem outras nomenclaturas que associam as formas femininas com formas geométricas e 
formatos de frutas: ampulheta, oval (pode ser chamado de maçã), triângulo invertido, triângulo 
(chamado de pera) e retangular, ou seja, não é justo comparar um corpo com formato ectomorfo, 
com um corpo endomorfo, os resultados dificilmente irão corroborar (MENEGUCCI et al., 2017). 
4.3 Beleza e mídias sociais
A democratização da informação e a evolução dos meios de comunicação auxiliaram 
consideravelmente a imposição de padrões de beleza e serviram para difundir modelos e padrões 
sociais, criar costumes e por muitas vezes ditar regras de beleza e de consumo.
É sabido que o fascínio pelo belo surge na Grécia e até os dias atuais essa busca convive 
prontamente com os interesses sociais. As artes, de uma forma geral, influenciam o culto ao belo 
e a beleza de forma extraordinária, o cinema, o teatro, a música, as novelas, são quem ditam e 
influenciam o culto à beleza desde os tempos em que os meios de comunicação, informação e 
entretenimento começaram a evoluir. A internet atualmente é um grande aliado na divulgação da 
beleza há pouco tempo, as revistas e editoriais foram responsáveis pela divulgação da entrada da 
mulher na sociedade, que era predominantemente masculina (WOLF, 1992).
Quando a mídia propõe um modelo igual de beleza feminina, essa beleza fica pasteurizada, 
engessada, isso acontece quando os editoriais de revistas, por exemplo, trazem o mesmo padrão 
25
de modelo em suas páginas, o mesmo corpo longilíneo, magro, com braços e pernas finos, 
quadris estreitos, cintura pouco acentuada e seios pequenos, esse padrão imposto torna-se uma 
imposição ferrenha que pode levar àquelas que não possuem tais características a distúrbios de 
personalidade, danos à saúde com o desenvolvimento de fobias e doenças (GOETZ et al., 2008).
Atualmente, devido à globalização, as imagens são dissipadas pelo mundo tão rapidamente 
quanto um clique de botão, e na mesma velocidade que as tendências são padronizadas e 
impostas, principalmente pelas influências midiáticas, há uma difusão e imposição de valores 
estéticos que é intencional e orientada para obter um efeito nos indivíduos (FLOR, 2009). 
Segundo Barros et al. (2020), as redes sociais (Instagram, Twitter, Facebook, dentre outros) 
são responsáveis atualmente por compartilhar conteúdos que não correspondem com a realidade 
vivida por muitas pessoas, e isto traz o sentimento de não pertencimento, de inadequação em 
mulheres que se deparam com esses personagens criados pelas redes sociais e não se identificam. 
Essa não identificação pode causar em alguns casos um desconforto com aquilo que é visto no 
espelho e a não aceitação do seu próprio eu.
Mas qual é o padrão a ser seguido? Quem determina o que é belo ou o que é feio?
Muitas vezes não tem como fugir de um padrão de beleza, outras vezes o culto à beleza se 
transforma num mito. O que deve ser levado em consideração é o sentir-se bem consigo mesmo, 
o indivíduo deve identificar e entender que é único, deve estar com o corpo e a mente saudável,sem nenhuma cobrança de padrão exigida pelas mídias. Entender que a mídia pode ditar os 
padrões e entender que ele não precisa se encaixar. Levar em consideração a sua cultura, o seu 
estilo de vida, e identificar frente ao espelho o que te faz se sentir bem, sem imposições (XAVIER 
et al., 2018). 
5 PERFIL PROFISSIONAL DO ESTETICISTA
Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o profissional graduado em curso de nível superior 
com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por instituição regular de 
ensino no Brasil, devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação (BRASIL, 2018).
 No Brasil, o reconhecimento do profissional esteticista tardou. Muitos já trabalhavam com as 
práticas estéticas há tempos, mas só na década de 50 do século passado foi fundado o primeiro 
curso de estética no Brasil, por Anne Marie Klotz na “Escola France Bel” (SEBRAE, 2013). E a 
formação nos cursos de nível superior só surgiu em 2003 através do projeto de Lei nº 959/2003. 
Neste mesmo ano, foi implantado o primeiro curso de nível superior em cosmetologia e estética. 
Com a aprovação da Lei nº 13.643 (BRASIL, 2018), foi decretada a regulamentação da profissão 
que compreende a alteração de perfil do Esteticista e Cosmetólogo e a formalização do diploma. 
26
Pode atuar em tratamentos estéticos manuais, manipular cosméticos específicos e aparelhos com 
certificações pela ANVISA (BRASIL, 2018).
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
FIQUE DE OLHO
No mundo da estética, o “home care” é um termo utilizado para vender produtos aos 
clientes para usarem em casa. São produtos desenvolvidos com maior tecnologia e 
ingredientes especiais que oferecem benefícios e complementam o tratamento que é feito 
pelo profissional, seja ele na clínica, no ateliê, no Studio, em cabine, no salão (existem várias 
denominações para o seu local de trabalho). São exemplos de home care: sabonetes, tônicos, 
sérum, máscaras, fluidos, xampu, condicionador, todos eles são produtos específicos para o 
tratamento em andamento, seja no rosto, no corpo ou no cabelo. 
27
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Entender a evolução dos cuidados com o corpo desde a antiguidade até os dias atuais;
• Estudar sobre os diferentes conceitos de estética e cosmética;
• Conhecer as diferentes correntes e teorias da estética;
• Estudar e entender os diferentes padrões de beleza;
• Entender o perfil do profissional da estética e cosmética bem como sua atuação no 
mercado.
PARA RESUMIR
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 2
Estética: conceitos e ética 
profissional
Você está na unidade Estética: conceitos e ética profissional. Conheça aqui o conceito 
de ética profissional relacionado aos atendimentos de estética, bem como o papel do 
profissional da área dentro do contexto social ao qual ingressará.
Aprenda as diretrizes que regem a profissão de acordo com o código de ética do esteticista. 
Conheça também os conceitos fundamentais do relacionamento entre profissional e 
cliente, bem como os procedimentos de base para os atendimentos estéticos.
Bons estudos!
Introdução
33
1 INTRODUÇÃO À ESTÉTICA
Ao falarmos sobre o papel do esteticista e principalmente ao apresentarmos a nova profissão 
ao ingressante do curso, é natural que façamos uma explanação da história da estética e como, 
de forma geral, os hábitos estéticos podem ser encontrados em várias civilizações ao longo da 
história, mesmo antes de qualquer contato entre eles, o que nos leva a concluir que a percepção 
do belo e os cuidados individuais, de alguma maneira, sempre estarão presentes no cotidiano da 
humanidade, seja em que contexto a história se apresente, muitas vezes o que muda é a leitura 
social do belo dentro de determinada sociedade.
Porém a intenção da unidade Estética: conceitos e ética profissional é expandir essa discussão 
sobre o profissional de estética e suas responsabilidades enquanto agente de promoção de saúde 
e bem-estar. Discutir esse prisma é fundamental para o entendimento da profissão nos dias 
atuais e a partir daí buscar o saber necessário para descobrir quais os próximos passos dentro 
do contexto profissional. Portanto a discussão sobre a ética profissional e o papel do esteticista 
dentro do mercado de trabalho é algo de primeira importância, pois somente entendendo quem 
fomos e sabendo quem somos poderemos visualizar com clareza quem poderemos ser.
Figura 1 - Estudo 
Fonte: Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem mostra o desenho de uma lupa sobre uma folha de papel, 
simbolizando a busca constante de estudos.
1.1 Desafios para o profissional da estética
Muitos estudantes de estética são profundamente comprometidos com o desempenho de 
uma técnica profissional e isso é, de fato muito, importante no exercício da profissão, porém, não 
podemos deixar de desenhar um quadro maior onde o esteticista está inserido em um mercado 
de trabalho competitivo, que exige expertise na aplicação de técnicas, estudos constantes e 
atualizações necessárias para se manter a par das tendências mundiais. Porém, ao estudarmos as 
novas formas de entendimento do trabalho é necessário lançar luz sobre o novo perfil profissional 
exigido pelo mercado e pela sociedade moderna.
34
Se nos séculos passados o ofício era ensinado de forma familiar e a profissão era tida como 
uma herança de sobrenome, pois um pai sapateiro, por exemplo, formava uma família de 
sapateiros e o comércio era realizado de forma menos expandida, com a revolução industrial 
iniciamos uma mudança de comportamento de mercado, pois agora havia mais demanda, sendo 
necessário oferecer mais produtos e serviços, o que gerou uma expansão da mão de obra e a 
necessidade de formação da mesma de forma mais rápida. Atualmente, o mercado exige mais 
que apenas formação de mão de obra, não basta saber fazer, é necessário fazer melhor e isso 
se estende não somente ao exercício de uma função metodicamente, mas da expertise de um 
atendimento diferenciado e um conhecimento a fundo das atribuições enquanto profissional 
moderno. A estética é uma profissão relativamente recente que busca se encontrar dentro desse 
cenário de trabalho moderno, portanto, cabe ao futuro esteticista entender que o mercado 
cresce a cada dia, mas também crescem as exigências para um profissional capacitado, ético e 
que pense na sua profissão da melhor forma possível.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
Neste momento, após essa breve explanação sobre o conteúdo, acredita-se que seja possível 
ampliar a perspectiva e aprofundar mais alguns conceitos apresentados.
2 PRINCÍPIOS ÉTICOS, PREPARAÇÃO E 
POSICIONAMENTO PARA O TRATAMENTO
As discussões sobre a ética profissional são extensas e sua compreensão é necessária para 
entender toda a área de atuação do profissional, sua relação com o cliente e mais que isso, 
entender a ética ajuda a responder questões importantes sobre o exercício profissional. Já que 
o mercado de trabalho está em constante mudança, surgem questões que necessitam de uma 
avaliação de acordo com o momento social sempre à luz da ética profissional, como por exemplo 
35
quais são as atribuições reais de um profissional da estética e como avaliar os limites de atuação? 
Essas questões só podem ser respondidas depois da reflexão sobre a ética profissional aplicada à 
estética e portanto as discussões e os apontamentos devem ser constantes e não condicionados 
apenas à leitura inerte de normativas.
Segundo Chaui (2000), a ética pode ser definida como o estudo dos valores morais da 
relação entre a vontade e a paixão ou entre a vontade e a razão, trazendo sobre a si a reflexão 
sobre a liberdade, responsabilidade, dever e obrigação. Em 2013, durante uma entrevista ao 
apresentador Jô Soares, o filósofo Mario Sérgio Cortella forneceu uma definição semelhante. 
Quando questionado sobre o que seria ética, prontamente respondeu que ética é o conjunto 
de valores e princípios que cada indivíduo usa para responder às três questões primordiais da 
vida: o que eu quero, o que eu devo e o que eu posso, pois nem tudo que quero eu devo, nem 
tudo que devo eu posso e nem tudo queeu posso eu quero, e quando o indivíduo consegue 
uma harmonia entre essas questões vitais, ele tem paz com suas escolhas de vida. Nesse ponto 
existe uma semelhança entre as duas definições apresentadas no texto, pois a resposta a essas 
perguntas norteiam nossas escolhas com relação a deveres e obrigações, vontades e limites para 
um convívio adequado.
A ética profissional é o conjunto de valores e deveres aplicados ao exercício de determinada 
profissão, no qual são observados a relação entre profissional e cliente, entre profissionais da 
mesma classe e entre o profissional e a sociedade com relação ao que se deve ou não fazer, ou 
seja, deveres e obrigações. Todo ser ético pensa antes de agir e age sabendo que deverá assumir 
as consequências dos seus atos (CHAUI, 2000).
No Brasil, desde 1992, o MEC (Ministério da Educação) determina que a disciplina de ética 
faça parte da grade curricular de cursos de graduação, estimulando o debate sobre os limites de 
atuação profissional pertinente a cada área profissional (ARRUDA, RAMOS, 2003, apud OLIVEIRA 
et al., 2010).
Cada profissão tem seu próprio código de ética, porém alguns valores são aplicáveis a todas, 
como por exemplo estar habilitado para o exercício da profissão de forma a oferecer sempre o 
melhor serviço, honestidade e responsabilidade no trato ao cliente e aos demais profissionais. O 
código de ética profissional aponta os deveres, obrigações, responsabilidades, direitos, limites de 
atuação e relação com o cliente que devem ser observados no exercício da função.
O código de ética do profissional da estética aborda temas relacionados aos deveres, 
obrigações e sanções possíveis pelo não cumprimento das normativas descritas, abordando tanto 
a relação entre profissionais de classe como também a interação entre profissional e cliente.
36
2.1 Código de ética do profissional da estética
Como qualquer outra profissão, a estética possui seu próprio código de ética que tem como 
objetivo nortear as ações do profissional no exercício de sua função, tanto em relação ao cliente, 
quanto em relação aos demais profissionais da classe e mesmo com relação ao seu espaço no 
mercado e na sociedade.
O código de ética do profissional de estética está disponível para consulta no site da 
ASSOCEMSP (Associação dos profissionais de cosmetologia, estética e maquilagem do Estado de 
São Paulo) e aborda em seis artigos as condutas profissionais, separando-as por temas:
• Responsabilidades fundamentais.
• Deveres e das proibições.
• Proibições aos esteticistas.
• Honorários profissionais.
• Disposições gerais.
A seguir consta o código de ética do profissional da estética na íntegra, extraído do site da 
ASSOCEMSP (Associação dos profissionais de cosmetologia, estética e maquilagem do Estado de 
São Paulo):
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ESTETICISTA (TÉCNICOS E TECNÓLOGOS)
CAPÍTULO I
DO OBJETIVO
Art. 1º – Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual devem se 
conduzir os esteticistas, quando no exercício profissional.
CAPÍTULO II
DAS RESPONSABILIDADES FUNDAMENTAIS
Art. 2º - O esteticista deve prestar assistência, sem restrições de ordem racial, religiosa, 
política ou social, promovendo procedimentos estéticos específicos que beneficiem a saúde, 
higiene e beleza do Homem.
I – o esteticista presta serviços de estética facial, corporal e capilar, programando e 
coordenando todas as atividades correlatas;
37
II – o esteticista deve autoavaliar periodicamente sua competência, aceitando e assumindo 
procedimentos somente quando capaz do desempenho seguro para o cliente;
III – ao esteticista cabe a atualização e aperfeiçoamento contínuos de seus conhecimentos 
técnicos, científicos e culturais, visando o benefício de seus clientes, bem como o progresso de 
sua profissão;
IV – o esteticista - Tecnólogo é responsável por seus auxiliares esteticistas Técnicos, seja sob 
sua direção, coordenação, supervisão ou orientação.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES
Art. 3º – São deveres do esteticista:
I – exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente 
e resguardados os interesses de seus pacientes, sem prejuízo da dignidade e independência 
profissional;
II – guardar absoluto respeito pela saúde humana, exercendo a profissão em conformidade 
com os preceitos éticos deste código e com a legislação vigente;
III – organizar seu ambiente de trabalho, tornando-o asséptico, conforme exigido pela 
Secretaria de Vigilância Sanitária;
IV – abster-se de atos que impliquem na mercantilização da Tecnologia Estética e combatê-los 
quando praticado por outrem;
V – fazer prévia anamnese estética do cliente, que se submeter ao seu procedimento;
VI – indicar os diversos procedimentos estéticos, de acordo com os tipos e alterações da pele;
VII – identificar alterações da pele;
VIII - executar todas as técnicas existentes na tecnologia estética, para a recuperação da pele, 
desde que apropriadas e reconhecidas cientificamente;
IX – ter domínio técnico na utilização de equipamentos eletroestéticos aplicados na tecnologia 
estética;
X - ter boa visão, agilidade, coordenação motora, atenção, percepção de detalhes e conjunto, 
paciência, iniciativa, responsabilidade, assiduidade e hábitos de higiene; XI - cumprir e fazer 
38
cumprir os preceitos contidos no Código de Ética dos Esteticistas.
Art. 4º – DAS PROIBIÇÕES AOS ESTETICISTAS:
I – anunciar cura de enfermidades da pele, sobretudo as incuráveis;
II – usar títulos que não possua ou anunciar especialidades para as quais não está habilitado;
III – praticar atos de deslealdade com os colegas de profissão;
IV – o esteticista cometerá grave infração ético-disciplinar se deixar de atender às solicitações 
ou intimações para instrução nos processos ético-disciplinares;
V – é vedado ao esteticista aceitar emprego deixado por colega de profissão, que tenha 
sido dispensado injustamente, por motivos vãos, salvo anuência do órgão responsável pelo seu 
registro;
VI – considera-se falta de ética da moral profissional, causar qualquer tipo de constrangimento 
a outro esteticista, visando, com isso, conseguir para si o seu emprego, cargo ou função;
VII – abandonar o procedimento estético, deixando o cliente sem orientação específica, salvo 
por motivo relevante;
VIII – prescrever medicamentos, injetar substâncias ou praticar atos cirúrgicos;
IX – publicar trabalhos científicos sem a devida citação da bibliografia utilizada ou mesmo 
deixar de citar outras publicações, caso o autor julgue necessário, ressalvando-se o caso em que 
o autor deixar notoriamente claro que tais obras não foram reproduzidas para a elaboração do 
trabalho. Da mesma forma, não é lícito utilizar, sem referência ao autor ou sem sua autorização 
expressa, dados, informações ou opiniões, colhidos em fontes não publicadas ou particulares;
X – assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou 
desprestígio para a classe.
CAPÍTULO IV
DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
Art. 5º - Fundamentos:
I – só poderão cobrar honorários, os profissionais legalmente habilitados para o exercício da 
39
profissão;
II – o esteticista deverá levar em conta as possibilidades financeiras do cliente;
III – o esteticista poderá recorrer à via judicial, para receber honorários não pagos pelo cliente;
IV – os parâmetros observados para a cobrança de honorários devem ser as condições 
socioeconômicas da região, a complexidade do procedimento, o material utilizado, o desgaste 
dos equipamentos eletroestéticos, a escolha de cosméticos importados e a demanda de tempo 
no procedimento;
V - o esteticista deverá respeitar o critério de cobrança de honorários, observando a sugestão 
da Associação Profissional que estiver afiliado, para a correta cobrança dos mesmos.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 6º - Generalidades:
I – ao infrator deste Código de Ética serão aplicadas as penas disciplinares, estabelecidas pelo 
regimento interno do ÓrgãoFiscalizador, sendo avaliadas e votadas em Assembleia Geral.
2.2 Preparação para atendimento estético
Ao analisar minuciosamente o código de estética apresentado anteriormente, fica claro que é 
necessário um preparo no tocante ao entendimento da técnica a ser aplicada, pois a mesma exige 
responsabilidade do profissional para aplicação e isso fica explícito ao abordarmos a ética como 
um todo, portanto o estudo constante e a atualização são partes fundamentais da preparação de 
um profissional da área. Porém o atendimento em estética exige a observação de outros pontos 
muito importantes para que a manutenção da segurança e o zelo no cuidar do cliente sejam 
sempre observados.
Um desses fatores a serem observados durante o atendimento é a biossegurança no que diz 
respeito aos cuidados com a higienização e assepsia do local de trabalho e instrumentos utilizados 
bem como as medidas tomadas para a preservação contra agentes físicos, químicos e biológicos. 
Outro ponto a ser observado são os cuidados com o trabalho em si, a relação entre homem e 
maquinário e a gestão de todos os processos envolvidos na execução da função profissional. A 
esses cuidados chamamos de ergonomia.
Biossegurança: pode ser definida como o conjunto de normas de segurança executadas 
com a finalidade de evitar, minimizar ou eliminar riscos no exercício de uma função, seja ela 
40
de pesquisa, prestação de serviço, produção, desenvolvimento tecnológico ou outra área de 
atuação. As normas de biossegurança estão relacionadas tanto ao uso de EPI (Equipamento 
de Proteção Individual) como máscaras, toucas, luvas, jalecos, sapatos fechados, entre outros 
itens que garantem a proteção do indivíduo, quanto ao uso de EPC (Equipamentos de Proteção 
Coletiva) como sinalizações adequadas nos locais ou presença de extintores de incêndio, porém 
não se restringem a isso, sendo observadas como normas de biossegurança também:
A higienização e limpeza do local de trabalho
Limpeza, desinfecção ou esterilização dos equipamentos utilizados de acordo com a 
necessidade de cada item
Lavagem correta das mãos
Remoção correta das luvas de procedimento após o uso (do punho, evitando tocar a parte 
externa)
Enquanto estiver de luvas, não se deve manusear canetas e outros itens não relacionados ao 
atendimento
Armazenamento correto dos produtos em estoque (data de validade, nome do fabricante e 
ativos do produto sempre devem estar visíveis e legíveis, além de estarem guardados em locais 
arejados).
Os cuidados de biossegurança são importantes para minimizar, controlar ou eliminar os riscos 
quanto a agentes:
Físicos: exposição do indivíduo a temperaturas insalubres, radiação, objetos cortantes etc.
Químicos: exposição do indivíduo a substâncias químicas como ácidos, ou mesmo agentes 
que possam entrar no organismo via respiração como gases e vapores, causando danos.
Biológicos: exposição do indivíduo a agentes danosos como vírus, bactérias e fungos, 
causando risco de doenças.
Todas essas medidas e muitas outras devem compor o manual de boas práticas adotado pelo 
espaço de beleza ou clínica. O manual de boas práticas é um documento elaborado pela clínica 
ou espaço de estética, contendo todos os cuidados com a biossegurança e descrevendo seus 
processos de execução como por exemplo limpeza e esterilização de equipamentos e utensílios, 
higienização da sala de atendimento e periodicidade para a realização do processo, detalhes 
do armazenamento de cosméticos e descartáveis etc. O manual de boas práticas deve estar 
disponível para a consulta sempre que solicitado.
41
Ergonomia: é o estudo, relativamente recente, da interação entre o homem e o ambiente 
de trabalho em todos os seus aspectos e tem como objetivo entender essa relação de maneira 
a minimizar lesões e otimizar funções. A ergonomia não somente contempla a forma correta de 
sentar-se ou a qualidade da cadeira utilizada, como também analisa os métodos aplicados na 
execução do trabalho para otimização do mesmo, além de estudar medidas para evitar o desgaste 
físico, psicológico e emocional. Cada dia mais, as empresas percebem a importância de manter 
o funcionário estimulado e preservar sua integridade física e emocional e adotam medidas de 
cuidados relacionados à ergonomia e suas divisões:
Ergonomia física: acompanha o arranjo físico do profissional no espaço de trabalho e observa a 
postura, movimentos repetitivos, entre outras interações físicas, portanto as medidas preventivas 
estão relacionadas à postura, como ajuste de cadeiras e macas, e aos cuidados na execução da 
função, como a postura ao realizar uma massagem com a finalidade de evitar desgastes físicos.
Ergonomia cognitiva: acompanha os processos mentais relacionados à execução da função 
como memória, controle motor, cognição e muitas empresas já adotam medidas relacionadas 
à ergonomia cognitiva, como por exemplo área de jogos para funcionários, momentos em que 
podem descontrair e assim aumentar o rendimento sem prejudicar a saúde emocional.
Ergonomia organizacional: analisa os mecanismos do trabalho, ou seja, com os sistemas e a 
estrutura organizacional de processos de trabalho, como por exemplo a otimização da agenda por 
meio do estudo de tempo em cabine, ou mesmo uma mudança na forma de atendimento que 
resulte em ganho de tempo.
Todo atendimento estético deve estar envolto nessas observações gerais, focando tanto no 
preparo do profissional para o atendimento com excelência, que passa pelo conhecimento e 
prática da função, quanto nos cuidados com a segurança tanto do profissional, quanto do cliente.
3 ASPECTOS DA RELAÇÃO TERAPEUTA-PACIENTE
A cada dia buscamos a excelência no atendimento tanto do ponto de vista de resultados 
FIQUE DE OLHO
O termo ergonomia deriva das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (lei natural). O 
termo ergonomia começou a ganhar contornos de estudo quando em meados dos anos 50 
foi fundada, em Oxford, a Associação Internacional de Ergonomia (IEA), e em 1961 ocorreu 
na Suécia o primeiro congresso da Associação.
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das técnicas aplicadas, como também da implementação de um atendimento de alto nível, que 
se entende como um atendimento que supra as necessidades, tanto de resultado, como de 
percepção humana. Portanto é necessário estar atento ao quesito social necessário para a análise 
de nossos clientes, e para o entendimento dos possíveis resultados.
Para entendermos mais a fundo essa relação, é importante trabalharmos alguns pontos e o 
primeiro deles é a compreensão de que cada cliente é único e traz consigo um histórico pessoal 
que precisa ser considerado, pois cada resultado pode ser drasticamente impactado por essas 
pequenas diferenças de histórico, tanto biológico como social e comportamental. O segundo ponto 
dessa equação é justamente compreender que o ser humano não é somente biológico e não deve 
ser interpretado dessa forma, pois os aspectos sociais, comportamentais e emocionais impactam 
diretamente sobre os resultados dos procedimentos estéticos, e portanto devem nortear nossas 
escolhas. De forma prática, podemos exemplificar no atendimento de uma cliente que busca o 
clareamento de uma lesão hipercrómica (mancha). A primeira escolha ao analisarmos somente a 
queixa (hipercromia) e o recurso estético seria a aplicação de um peeling, porém ao investigarmos 
seu histórico, descobrimos que ela se expõe ao sol diariamente por causa da profissão e não pode 
fazer uso de peelings e isso se aplica à análise comportamental de clientes que não farão uso de 
vários cosméticos e exigem um cosmético multifuncional, ou diversos outros casos onde a análise 
individual é vital para a escolha do recurso adequado.
Para que a troca de informações aconteça de forma natural, é necessário seguir algumas 
orientações durante o atendimento:
Acolha bem: seu ambiente de atendimento deve ser acolhedor e receptivo e a postura 
profissional deve refletir esse acolhimento.
Deixe claro o papel do profissional: apesar do acolhimento ser fundamental, sempre se

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