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Avaliação e auditoria ambiental
Prof.ª Camilla Haubrich
Descrição
A avaliação ambiental e a auditoria ambiental como ferramentas de
preservação do meio ambiente.
Propósito
Para preservar o meio ambiente é necessário conhecer seu
funcionamento e a dinâmica ao longo do tempo. Técnicas de avaliação
e auditoria ambiental, bem como de avaliação dos recursos naturais são
essenciais para que a preservação e a recuperação do meio ambiente
sejam atingidas.
Objetivos
Módulo 1
Avaliação ambiental e auditoria
ambiental
Reconhecer a avaliação ambiental e a auditoria ambiental como
importantes ferramentas para a conservação do meio ambiente.
Módulo 2
Métodos de avaliação de recursos
faunísticos e �orísticos
Identificar os métodos de avaliação de recursos faunísticos e
florísticos.
Módulo 3
Métodos de avaliação de recursos
límnicos
Identificar os métodos de avaliação de recursos límnicos.
Módulo 4
Biomonitoramento e
bioindicadores
Distinguir a relevância do biomonitoramento e dos bioindicadores na
avaliação ambiental.
Introdução

A degradação do meio ambiente é um fato amplamente
reconhecido em todo o mundo. Se, anteriormente, o homem
acreditava que a natureza era fonte inesgotável de recursos,
atualmente, sabe-se que os recursos naturais são limitados e
finitos. Por causa disso, desde meados do século passado, uma
preocupação com a preservação e recuperação dos ambientes
naturais surgiu e vem crescendo ao redor do mundo.
Neste conteúdo, estudaremos a avaliação ambiental e a auditoria
ambiental como ferramentas de preservação do meio ambiente.
Também conheceremos os métodos de avaliação faunísticos,
florísticos e limníticos, que auxiliam a entender o estado e a
evolução dos sistemas naturais. Por fim, entenderemos o
biomonitoramento e os bioindicadores como importantes
ferramentas de controle e preservação da natureza.
1 - Avaliação ambiental e auditoria ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a avaliação
ambiental e a auditoria ambiental como importantes ferramentas para a
conservação do meio ambiente.
Avaliação ambiental
Conceito de avaliação ambiental
É de conhecimento geral que vivemos uma crise ambiental. O meio
ambiente é cada vez mais explorado e a utilização de seus recursos
beira o esgotamento.
Mas como sabemos disso?
Para entendermos que o meio ambiente não se encontra mais em sua
condição original e vem se deteriorando com o tempo, é necessário
avaliar as condições ambientais e compará-las com condições
ambientais anteriores ou posteriores e com parâmetros de qualidade, de
acordo com o uso previamente estabelecido. Vamos pensar em um
exemplo.
Situação 1
Imagine que um biólogo chegue a uma ilha nunca antes
estudada. Vamos chamar essa ilha de Ilha Amanhecer. Ao
realizar um profundo estudo das aves dessa ilha, ele verifica
que ela abriga 7 espécies, com cerca de 30 indivíduos de cada
espécie. Mas quanto de informação isso nos dá no que diz
respeito à preservação do meio ambiente? Pouquíssima
informação, não é verdade?
Situação 2
Imagine agora que esse mesmo biólogo chegou a uma ilha
vizinha, a Ilha Anoitecer. Em seus estudos sobre esse novo
ambiente natural, ele encontrou 13 espécies de aves com cerca
de 30 indivíduos de cada espécie. E agora? Quais informações
sobre a preservação desses ambientes podemos obter? Uma
pessoa poderia pensar que a Ilha Anoitecer é mais bem
preservada do que a Ilha Amanhecer, por abrigar mais
espécies. Porém, não podemos chegar a essa conclusão sem
antes comparar tais resultados com outras avaliações
ambientais feitas nas mesmas ilhas ao longo do tempo.
Digamos que esse mesmo biólogo descubra que ambas as ilhas já
haviam sido estudadas alguns anos antes, por outro grupo de
pesquisadores. Vamos comparar os resultados obtidos!
Estudo de 2019
Ilhas Amanhecer Anoitecer
Número de
espécies
7 16
Média de
Indivíduos de cada
espécie
27 33
Tabela: Resultados fictícios da amostragem de aves de diferentes ilhas ao longo do tempo.
Camilla Haubrich.
E agora, quais informações sobre preservação ambiental você consegue
obter dos resultados encontrados em ambos os estudos? Vejamos:
Ilha Amanhecer
Manteve a quantidade de espécies ao longo do tempo e teve um
aumento na média de indivíduos de cada espécie.

Ilha Anoitecer
Perdeu algumas espécies nos últimos anos e teve uma redução na
média de indivíduos de cada espécie.
Por meio dessa simples análise – e desconsiderando outros possíveis
fatores que podem influenciar na manutenção das espécies das ilhas e
na amostragem dos pesquisadores –, é possível imaginar que a Ilha
Amanhecer provavelmente esteja mais conservada do que a Ilha
Anoitecer.
É evidente que esse é um exemplo fictício, bastante simplificado, porém,
o objetivo da avaliação ambiental será sempre o mesmo, ou seja,
observar parâmetros ambientais ao longo do tempo, de modo a
entender como se comporta o meio ambiente.
Podemos, então, conceituar avaliação ambiental como:
A análise das características ambientais de um dado
local, utilizando-se de metodologias predeterminadas
com fins de obter um diagnóstico ambiental. A
avaliação ambiental deve fundar-se em referências ou
critérios de qualidade, que permitam observar o grau
de conservação da área estudada ao longo do tempo.
Avaliação ambiental no Brasil
Como a avaliação ambiental é feita no país?
De modo geral, no Brasil, a avaliação ambiental é definida por lei e é
parte obrigatória para instalação e operação de empreendimentos que
possam causar danos ao meio ambiente.
Constituição Federal.
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) está disposta na Lei nº
6.938/81. E, apesar de essa não ser a única norma que trata sobre
direito ambiental no país, é ela, junto com a Constituição Federal, que
dispõe as diretrizes gerais que toda legislação brasileira sobre o meio
ambiente deve seguir.
A PNMA, em seu art. 9º, inciso III, define a Avaliação de Impacto
Ambiental como um importante instrumento para preservar, melhorar e
recuperar o meio natural. É uma ferramenta essencial para a gestão de
planos, programas e projetos em todos os âmbitos da federação.
A avaliação ambiental é tratada na legislação brasileira com diferentes
finalidades e abordagens, de acordo com as características do impacto
ambiental e com os objetivos de cada estudo. Vamos conhecer algumas
formas de avaliação ambiental utilizadas em nosso país.
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) foi a primeira forma de
avaliação ambiental definida por lei no país, ainda em 1981. Seu
principal objetivo é identificar e analisar possíveis impactos que
determinada atividade possa causar ao meio ambiente, de modo que
seja possível traçar planos para mitigar eventuais impactos negativos e
acentuar eventuais impactos benéficos.
A AIA é um complexo processo, obrigatório para toda atividade
potencialmente causadora de impacto ambiental, que envolve estudos
das características do meio natural em que os impactos do
empreendimento serão verificados. É realizada desde a fase prévia à
instalação da atividade, durante a etapa de instalação, durante sua
operação e, em alguns casos, mesmo após o encerramento da
atividade.
Consiste em um documento público, realizado com participação popular
e de extrema importância para a gestão do meio ambiente do país. Nela
são definidos os principais impactos de cada atividade, abrangendo
impactos econômicos e socioambientais, com as respectivas diretrizes
para mitigação de cada um deles.
Avaliação Ambiental Estratégica (AAE)
A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) é uma forma de avaliação
ambiental derivada da AIA. No entanto, a AAE não está relacionada
somente a um empreendimento que potencialmente possa causar
danos ambientais, mas a toda uma área.
O objetivo da AAE é antecipar e integrar políticas
publicas, planos e programas que visam preservar e
recuperar o meio natural. Tal avaliação é proativa e
antecipa-se aos danos ao meio ambiente,procurando
evitar impactos.
Entre alguns exemplos de AAE no país podem ser citadas a Política
Nacional de Recursos Hídricos, os planos de bacias hidrográficas, e
outros.
Avaliação Ambiental Integrada (AAI)
A Avaliação Ambiental Integrada (AAI) surgiu da necessidade de
prevenir e mitigar impactos ambientais em áreas em que são dispostas
mais de uma atividade que potencialmente possa causar impactos
ambientais. Imagine o seguinte cenário:
Em certo rio, encontram-se duas indústrias, uma de produção de
derivados de petróleo e uma química. Ambas as atividades podem
potencialmente causar danos ao rio. Sendo assim, não é razoável,
tampouco produtivo que as avaliações ambientais foquem em cada
indústria individualmente. É necessária uma avaliação integrada dos
potenciais danos que cada atividade pode causar ou já causa ao
ambiente aquático estudado.
Foi por conta dessa necessidade que surgiu a AAI.
A AAI é um processo interdisciplinar e social, ligando conhecimento e
ação no contexto de decisão pública, para a identificação, análise e
avaliação de todos os relevantes processos naturais e humanos e suas
interações. Envolve análise do cenário atual e futuro do estado da
qualidade do meio ambiente e recursos nas apropriadas escalas de
tempo e espaço, facilitando a definição e implementação de políticas e
estratégias.
Saiba mais
A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) e a Avaliação Ambiental
Integrada (AAI) possuem conceitos distintos, mas que se
complementam. A AAE é o processo formal, sistemático e abrangente
de avaliar os impactos ambientais de uma política, plano ou programa e
suas alternativas, incluindo a elaboração de um relatório contendo as
conclusões da avaliação, usando-as em um processo decisório
publicamente responsável. Já a AAI tem por escopo aferir os impactos
cumulativos e sinérgicos decorrentes da presença ou da futura
instalação de vários empreendimentos no mesmo ecossistema.
Ainda existem outras ferramentas para avaliação ambiental no país,
como:
Avaliação de Desempenho ambiental (ADA);
Perícia e arbitragem ambiental;
Relatório Ambiental Preliminar (RAP);
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV);
Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV);
Plano de Controle Ambiental (PCA);
Relatório de Controle Ambiental (RCA);
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).
Aqui, conhecemos alguns dos principais instrumentos de avaliação
ambiental, você pode aprofundar seus estudos pesquisando sobre as
outras formas de avaliação ambiental.

Avaliação de Impacto
Ambiental (AIA)
Confira agora as etapas da Avaliação de Impacto Ambiental abrangendo
o EIA/RIMA e as diferenças entre AIA, AAE e AAI.
Auditoria ambiental
Conceito de auditoria ambiental
Auditoria ambiental é o processo sistemático e documentado de
verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências
de auditoria para determinar se as atividades, os eventos, sistemas de
gestão e as condições ambientais especificadas ou as informações
relacionadas a eles estão em conformidade com os critérios de
auditoria e, para comunicar os resultados desse processo ao cliente
(ABNT, 1996b).
Em outras palavras, a auditoria ambiental consiste em verificar se a
instituição auditada está cumprindo a normatização ambiental a que se
submeteu.
Vamos pensar em um exemplo?
Situação 1
Imagine um posto de gasolina, que constantemente vem
sofrendo sanções devido ao vazamento de óleo para os corpos
hídricos da região em que se localiza. Esse posto, além de
sofrer o prejuízo financeiro com o pagamento de multas, vem
sofrendo também com a diminuição de clientes, que deixaram
de frequentar o posto devido às manchetes de jornal que
expuseram tal situação.
Situação 2
Os proprietários do posto pretendem reerguer o seu negócio.
Por conta disso, contrataram uma empresa que fez um
planejamento de gestão ambiental para o empreendimento.
Depois de implementada a gestão ambiental, todavia, os
clientes não retornaram e os órgãos ambientais continuam a
fiscalizar com frequência o posto de gasolina, o que é uma
enorme fonte de tensão para todos os funcionários e clientes.
Nesse caso, o que é aconselhável que os proprietários do posto de
gasolina façam para melhorar a imagem do estabelecimento com os
clientes e órgãos fiscalizadores?
Poderia ser realizada uma auditoria ambiental!
Por meio da auditoria, uma série de parâmetros de qualidade ambiental
serão determinados e verificados com periodicidade pré-programada
pelos auditores, que verificarão se o posto de gasolina está se
comprometendo com os resultados prometidos. O resultado da
auditoria pode, então, ser divulgado para clientes e órgãos
fiscalizadores, de modo a melhorar a imagem do posto de gasolina no
que tange à responsabilidade com a questão ambiental.
Saiba mais
As auditorias ambientais surgiram no final da década de 1970, nos
Estados Unidos, quando as empresas voluntariamente buscaram adotar
ferramentas de gerenciamento para identificar, mitigar e melhorar de
forma antecipada os danos ambientais que poderiam causar. Dessa
forma, tais empresas poderiam ser consideradas “ambientalmente
responsáveis”.
Atualmente, as auditorias ambientais ocorrem em todo o mundo e são
voluntárias. Por meio delas, as empresas comprovam que se
preocupam com o meio ambiente e trabalham a imagem da marca por
meio do marketing verde. Além da vantagem competitiva com os
consumidores, empresas que utilizam a auditoria ambiental também
têm a vantagem de melhorar seu relacionamento com os órgãos
fiscalizadores, o que pode evitar ou, ao menos, reduzir as sanções
administrativas ou penais.
Marketing verde
Marketing verde ou marketing ambiental: é uma estratégia utilizada pelas
empresas para divulgação de ações sustentáveis e ecológicas, visando
demonstrar compromisso com as questões ambientais.
Normas de auditoria ambiental
A realização de uma auditoria ambiental depende necessariamente de
uma norma. Assim, no processo de auditoria, verifica-se se aquela
instituição está atendendo ao escopo determinado por aquela norma
específica.
A primeira norma específica para a realização de
auditorias ambientais surgiu em 1992, no Reino Unido,
e chamava-se BS 7750. Em 1995, a Comunidade
Econômica Europeia criou o Environmental
Management and Auditing Schemes (EMAS).
Internacionalmente, a normatização das auditorias ambientais deu-se
no âmbito da International Organization for Standardization (ISO),
utilizada até hoje. No Brasil, as auditorias ambientais tiveram suas
principais normas reconhecidas pela ABNT, a partir de 1996, por meio
das NBR ISO 14010, 14011 e 14012. Vamos conhecer um pouco melhor
cada uma a seguir:
A NBR ISO 14010 estabelece princípios gerais aplicáveis a todos
os tipos de auditoria ambiental. É estruturada em três grandes
temas:
NBR ISO 14010 
Definições;
Requisitos;
Princípios gerais.
Para essa norma devem estar bem definidos o objeto em foco
para ser auditado e os responsáveis por tais objetos devem estar
claramente definidos e documentados.
A NBR ISO 14011 estabelece procedimentos para condução de
auditorias de sistema de gestão ambiental. É estruturada em 4
grandes temas:
Definições;
Objetivos, funções e responsabilidades da auditoria do
sistema de gestão ambiental;
Etapas da auditoria de sistema de gestão ambiental;
Encerramento de auditoria.
A NBR ISO 14012 estabelece diretrizes quanto aos critérios que
qualificam um profissional a atuar como auditor e como auditor-
líder ambientais, tanto externo como interno.
NBR ISO 14011 
NBR ISO 14012 
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Atualmente, as auditorias ambientais ocorrem em todo o mundo e
são voluntárias. Por meio delas, as empresas comprovam que se
preocupam com o meio ambiente e trabalham a imagem da marca
por meio do marketing verde. No que tange ao surgimento da
auditoria ambiental, assinale a alternativa correta.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O primeiropaís a realizar auditorias ambientais foram os Estados
Unidos. Dessa maneira, as empresas que buscavam a auditoria
poderiam ser consideradas ambientalmente responsáveis.
Questão 2
O planejamento ambiental pode ser feito em âmbito nacional, ou
seja, abrangendo todo um aspecto ambiental do país. A Política
A
As auditorias ambientais surgiram na década de
1980, na Europa, quando a Comunidade Econômica
Europeia criou o Environmental Management and
Auditing Schemes (EMAS).
B
As auditorias ambientais surgiram no início da
década de 1990, nos Estados Unidos, por meio da
International Organization for Standardization (ISO),
utilizada até hoje.
C
As auditorias ambientais surgiram no início da
década de 1990, no Brasil, quando tiveram suas
principais normas reconhecidas pela ABNT a partir
de 1996, por meio das NBR ISO 14010, 14011 e
14012.
D
As auditorias ambientais surgiram no final da
década de 1970, nos Estados Unidos, quando as
empresas voluntariamente buscaram adotar
ferramentas de gerenciamento para identificar,
mitigar e melhorar de forma antecipada os danos
ambientais que poderiam causar.
E
As auditorias ambientais surgiram no início da
década de 1970, no Brasil, por meio da International
Organization for Standardization (ISO), utilizada até
hoje.
Nacional dos Recursos Hídricos é um exemplo de plano de manejo
ambiental que abrange todo o país. No que tange à avaliação
ambiental, a Política Nacional dos Recursos Hídricos melhor se
enquadra em qual dos tipos a seguir?
Parabéns! A alternativa B está correta.
A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) é uma forma de avaliação
ambiental derivada da AIA. No entanto, a AAE não está relacionada
somente a um empreendimento que potencialmente pode causar
danos ambientais, mas a toda uma área, como todo o país, hipótese
em que melhor se enquadra a Política Nacional dos Recursos
Hídricos. O objetivo da AAE é antecipar e integrar políticas públicas,
planos e programas que visam preservar e recuperar o meio natural.
Tal avaliação é proativa e antecipa-se aos danos ao meio ambiente,
procurando evitar impactos.
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
B Avaliação Ambiental Estratégica (AAE)
C Avaliação Ambiental Integrada (AAI)
D Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA)
E Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
2 - Métodos de avaliação de recursos faunísticos e
�orísticos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os métodos de
avaliação de recursos faunísticos e �orísticos.
Monitoramento dos ciclos de
vida e populações
Natalidade, mortalidade e movimento
Durante o procedimento de avaliação ambiental é importante conhecer
as características dos recursos ambientais que estão sendo avaliados,
entre eles, os recursos faunísticos e florísticos. Na avaliação da fauna e
da flora, é essencial que entendamos como as populações de cada
espécie e as comunidades por elas formadas se comportam no tempo e
no espaço.
Um dos primeiros parâmetros que podemos utilizar na avaliação dos
recursos faunísticos e florísticos é a avaliação dos ciclos de vida.
Ciclo de vida
Cada indivíduo passará por um ciclo único no qual se dará a sua vida.
Desde o nascimento, desenvolvimento, reprodução até a sua morte.
Avaliar o ciclo de vida de cada indivíduo pode ser relevante para
examinar os recursos de fauna e flora que estão sendo analisados.
Ciclo de vida de um anfíbio até a fase adulta.
Além disso, a avaliação dos ciclos de vida de cada indivíduo pode
fornecer informações para a análise da população estudada como um
todo. Isso significa que, em muitos estudos, não só o nascimento e a
morte de cada indivíduo são relevantes, mas também suas
consequências, ou seja, a quantidade de indivíduos presentes e como
esse número varia ao longo do tempo.
Nesse contexto, primeiramente, precisamos entender o conceito de
população.
População
Uma população pode ser definida como um grupo de indivíduos, da
mesma espécie, dentro de determinada área, em um espaço de tempo,
que reproduzem e interagem entre si.
Algumas características das populações são essenciais na avaliação
ambiental, como o tamanho da população. Vamos entender melhor!
Tamanho da população
O tamanho da população, ou seja, a quantidade de indivíduos que
formam uma população, é um importante critério de avaliação
ambiental, uma vez que avaliar se o tamanho populacional aumenta,
diminui ou se mantém estável ao longo do tempo pode ser um indicativo
do que ocorrerá com aquela espécie no futuro.
O tamanho da população pode ser avaliado pela contagem direta, ou
seja, contam-se todos os indivíduos de uma população. No entanto, tal
técnica é quase impossível de ser aplicada para a maioria das espécies,
uma vez que seria demasiadamente trabalhosa.
Por conta disso, a população também pode ser quantificada por
estimativas, nas quais os indivíduos de uma área determinada são
amostrados e o resultado é extrapolado para toda a área em análise,
chegando ao tamanho estimado da população.
Vamos ver a seguir como a análise do tamanho de uma população ao
longo do tempo pode nos dar importantes informações sobre o meio
ambiente.
Imagine que um biólogo esteja estudando diferentes populações de
borboletas em um parque nacional. Esse biólogo encontrou o seguinte
resultado para uma das espécies:
Tempo 1 Tempo 2
População A 27 25
População B 33 30
População C 4 8
Tabela: Estudo de diferentes populações de borboletas.
Camilla Haubrich.
O que poderia ser aferido a partir dos resultados apresentados?
População A
Manteve-se estável ao longo do tempo, dessa forma, é provável que
essa população se perpetue, mantendo uma quantidade estável de
indivíduos.
População B
Está diminuindo ao longo do tempo, dessa forma, é provável que, se
nada se alterar, essa população seja reduzida, podendo se extinguir com
o passar do tempo.
População C
Está aumentando ao longo do tempo, dessa forma, é provável que essa
população se torne a maior população de borboletas com o passar do
tempo.
Outra forma de avaliar o que acontece com uma população é a partir da
análise da quantidade de nascimentos e mortes. Tal técnica pode ser
bastante complexa, uma vez que a quantificação de nascimentos e
mortes pode ser bastante difícil no ambiente natural. Ainda, nesse
contexto, é importante avaliar também se indivíduos entram e saem da
população, ou seja, se há imigração e emigração de indivíduos entre as
populações de uma mesma área.
A interpretação dos resultados pode ser feita da seguinte maneira:
Se (Nascimento + Imigração) > (Mortes + emigração): A população está
crescendo.
Se (Nascimento + Imigração) < (Mortes + emigração): A população está
diminuindo.
Se (Nascimento + Imigração) = (Mortes + emigração): A população está
estável.
Apesar de possuírem certa complexidade, os estudos das dinâmicas
populacionais são bastante disseminados nas avaliações ambientais e
nos dão importantes informações sobre o que poderá ocorrer com uma
espécie ao longo do tempo.
Saiba mais
Outros fatores podem ser relevantes na avaliação ambiental das
populações de fauna e flora, no entanto, tal análise deverá ser avaliada
caso a caso e a metodologia de estudo deverá ser determinada de
acordo com o caso em questão. Entre os fatores que podem influenciar
no tamanho das populações estão: competição, predação,
disponibilidade de água e alimentos, taxas reprodutivas, doenças etc.
Monitoramento das
comunidades
Fatores espaciais e temporais que in�uenciam as
comunidades
Quando estudamos populações, necessariamente falamos do estudo de
uma única espécie. No entanto, a natureza é muito mais complexa e os
ambientes naturais são formados por conjuntos de diferentes espécies,
dos mais diferentes grupos de seres vivos.
Sendo assim, para uma avaliação ambiental completa, é importante
abranger o estudo de toda a comunidade biológica em análise. Nesse
contexto, a avaliação da riqueza de espécies pode nos dar importantes
informações.
Riqueza de espécies
Pode ser definidacomo a abundância numérica, ou seja, a quantidade
de espécies, em determinada área geográfica, região ou até comunidade
sob estudo. Ou seja, riqueza de espécies é o número de espécies da
área que está sendo avaliada.
Imagine que uma pesquisadora estivesse analisando a comunidade de
peixes em um riacho. Ela encontrou os seguintes resultados:
Espécie Quantidade de indivíduos
M. sanctaefilomenae 113
A. dentatus 28
O. pintoi 217
B. stramineus 55
A. fasciatus 14
P. caudimaculatus 74
Tabela: Análise de comunidade de peixes em um riacho.
Camilla Haubrich.
A partir dos resultados encontrados pela pesquisadora,
qual a riqueza de espécies de peixes daquele riacho?
No ambiente em questão, o riacho, estimou-se a riqueza
de 7 espécies.
Quando analisamos comunidades, além da riqueza de
espécies, a quantidade de indivíduos dentro de cada
espécie pode ser um outro parâmetro importante.
A equidade ou equitabilidade pode ser definida como a proporção de
distribuição de indivíduos entre as espécies da área estudada em
relação ao total de indivíduos dessa área. Com base nessas
informações, o pesquisador pode responder a perguntas como:
Existe dominância de alguma espécie?
Existem espécies que são mais raras de serem encontradas nessa
comunidade?
Dentro do número total de indivíduos de uma comunidade, qual é a
participação de cada espécie?
A quantidade de indivíduos está harmonicamente distribuída entre
as espécies ou existem espécies dominantes na área estudada?
Ainda nesse contexto, precisamos entender que fatores espaciais
podem influenciar nas características das comunidades ao longo do
tempo, afetando os parâmetros de riqueza de espécies e equitabilidade,
por exemplo. Em outras palavras, o espaço, o ambiente, a área
geográfica podem influenciar nas comunidades em questão.
Para entendermos melhor como os fatores espaciais podem afetar a
comunidade, vamos analisar um exemplo:
Imagine que pesquisadores estão estudando uma espécie de ave. Em
certo local, eles encontraram uma enorme população dessa ave que
habita de forma permanente aquele local. É mais provável que outras
populações dessa mesma espécie sejam encontradas mais próximas
ou mais distantes dessa população em estudo? O que você acha?
A resposta é: Depende! De forma simplificada, podemos considerar
alguns cenários:
Cenário 1
Se essa espécie de ave surgiu naquela região e tem dificuldade em
sobrevoar longas distâncias, por longos períodos, é mais provável
que se encontrem outras populações da mesma espécie mais
próximas à população inicialmente estudada.
Cenário 2
Se for uma espécie de ave altamente competitiva, na qual uma
população mais forte tenha vantagem sobre os recursos em
comparação com as demais populações mais fracas, é mais
provável que você encontre outras populações da mesma espécie
mais distantes da população incialmente estudada.
Os principais parâmetros espaciais que influenciam na dinâmica das
comunidades são:
Isolamento e área
Ex.: Ilhas vs. continentes.
Gradiente latitudinal

Ex.: Latitude ao longo da Mata Atlântica.
Gradiente altitudinal
Ex.: Altitude ao longo de uma montanha como a cordilheira dos Andes.
Gradiente em relação à
profundidade
Ex.: Ao longo de diferentes zonas do oceano Atlântico.
Os parâmetros temporais, aqueles relacionados ao tempo, também
podem ser muito importantes na dinâmica das comunidades na
natureza e devem ser levados em consideração nas avaliações
ambientais. Veja:
Efeito fundador
É o estabelecimento de uma nova população em nova área a
partir de um pequeno número de indivíduos da população
base.
Dominância
Quando há uma espécie em maior número que exerce
grande influência na comunidade.
Estágios sucessionais
É a sequência de mudanças estruturais e funcionais que
ocorrem nas comunidades ao longo do tempo. São definidos
a partir da análise das formações vegetais de uma floresta
em pioneira, intermediária e clímax.
No âmbito da avaliação ambiental e da conservação da natureza, tais
parâmetros podem nos trazer informações muito importantes. Vamos a
mais um exemplo:
Se uma espécie de árvore é extinta em determinada área devido ao
desmatamento, porém, se pode ser encontrada em manchas florestais
próximas à área original, é possível que, por dispersão, essa espécie
volte a aparecer na área que havia sido desmatada. Contudo, se não há
fragmentos florestais próximos à área desmatada, será necessário o
plantio de mudas, com intervenção antrópica, para que essa espécie
volte a aparecer na área na hipótese de reflorestamento.
Resumindo: a mensuração dos parâmetros relacionados às
comunidades na avaliação ambiental pode nos dar importantes
informações para a conservação das espécies.
Riqueza de espécies e
equitabilidade
Confira agora dados reais e entenda, de forma prática, como calcular a
riqueza de espécies e a sua equitabilidade em uma comunidade sob
estudo.
Avaliação do estado de
conservação das espécies
Conservação da fauna e �ora no país
As avaliações do estado de conservação de flora e fauna realizadas por
instituições oficiais no país seguem uma metodologia predefinida. Essa
metodologia foi criada pela União Internacional para Conservação da

Natureza (UICN) e é amplamente utilizada em avaliações de espécies
globalmente.
Para essa avaliação, preferencialmente, utiliza-se o nível taxonômico de
espécie e são analisados os parâmetros:
Redução da população (passada, presente e projetada).
Distribuição geográfica restrita apresentando fragmentação,
declínio ou flutuações.
População pequena e com fragmentação, declínio ou flutuações.
População muito pequena ou distribuição muito restrita.
Análise quantitativa de risco de extinção.
Os resultados são avaliados de acordo com os critérios contidos no
Roteiro metodológico para avaliação do estado de conservação das
espécies da fauna brasileira de 2014 (BRASIL 2014).
A. Redução da população (declínio medido ao longo de 10 anos ou 3 
longo)
Criticamente em
perigo
Em perigo
A1 ≥ 90% ≥ 70%
A2, A3 e A4 ≥ 80% ≥ 50%
A1 Redução da
população
observada,
estimada, inferida
ou suspeitada de
ter ocorrido no
passado, sendo as
causas da redução
claramente
reversíveis E
compreendidas E
tenham cessado.
Baseado em um ou
mais dos seguintes
itens:
(a) observação d
(b) índice de abu
táxon;
A2 Redução da
população
(c) declínio na á
ocorrência e/ou
A. Redução da população (declínio medido ao longo de 10 anos ou 3 
longo)
observada,
estimada, inferida
ou suspeitada de
ter ocorrido no
passado, sendo
que as causas da
redução podem
não ter cessado OU
não ser
compreendidas OU
não ser reversíveis.
A3 Redução da
população
projetada ou
suspeitada de
ocorrer no futuro
(até um máximo de
100 anos).
(d) níveis reais o
A4 Redução da
população
observada,
estimada, inferida,
projetada ou
suspeitada, sendo
que o período de
tempo deve incluir
tanto o passado
quanto o futuro
(até um máximo de
100 anos), e as
causas da redução
podem não ter
cessado OU não
ser compreendidas
OU não ser
reversíveis.
(e) efeitos de tá
patógenos, polu
parasitas.
B. Distribuição geográfica restrita e apresentando fragmentação, dec
Criticamente em
perigo
Em perigo
A. Redução da população (declínio medido ao longo de 10 anos ou 3 
longo)
B1 Extensão de
ocorrência
< 100 km² < 5.000 km²
B2 Área de
ocupação
< 10 km² < 500 km²
E pelo menos 2 dos seguintes itens:
(a) População
severamente
fragmentada, OU
número de
localizações.
= 1 ≤ 5
(b) declínio continuado em um ou mais dos itens: (i) extensão de ocor
(iii) área, extensão e/ou qualidade do habitat; (iv) número de localizaç
número de indivíduos maduros.
(c) flutuações extremas em qualquer um dos itens: (i) extensão de oc
(iii) número de localizações ou subpopulações; (iv) número de indivídu
C. Tamanho da população pequeno e com declínio
Criticamente em
perigo
Em perigo
Número de
indivíduos maduros
< 250 < 2.500
E C1 ou C2
C1 Um declínio continuado observado, estimadoou projetado de pelo
100 anos no futuro):
25% em 3 anos ou
1 geração
20% em 5 anos 
2 gerações
C2 Um declínio continuado observado, estimado, projetado ou inferido
condições:
(a) (i) número de
indivíduos maduros
em cada
≤ 50 ≤ 250
A. Redução da população (declínio medido ao longo de 10 anos ou 3 
longo)
subpopulação
(ii) ou % indivíduos
em uma única
subpopulação
90–100% 95–100%
(b) flutuações extremas no número de indivíduos maduros
D. População muito pequena ou distribuição muito restrita
Criticamente em
perigo
Em perigo
D Número de
indivíduos maduros
< 50 < 250
D2 Área de
ocupação restrita
ou número de
localizações, sob
uma ameaça futura
plausível de levar o
táxon à condição
de CR ou EX em
curto prazo.
- -
E. Análises quantitativas
Criticamente em
perigo
Em perigo
Indicando que a
probabilidade de
extinção na
natureza é de:
≥ 50% em 10 anos
ou 3 gerações
≥ 20% em 20 an
ou 5 gerações
Tabela: Critérios para avaliação do estado de conservação das espécies da fauna brasileira.
Ministério do meio ambiente.
Cada espécie analisada será classificada com base nas seguintes
categorias:
Extinta (EX) – Extinct
Extinta na natureza (EW) – Extinct in the Wild
Regionalmente extinta (RE) – Regionally Extinct ou Extinta no Brasil
Criticamente em perigo (CR) – Critically Endangered
Em perigo (EN) – Endangered
Vulnerável (VU) – Vulnerable
Quase ameaçada (NT) – Near Threatened
Menos preocupante (LC) – Least Concern
Dados insuficientes (DD) – Data Deficient
Não aplicável (NA) – Not Applicable
Não avaliada (NE) – Not Evaluated
De acordo com as informações obtidas por essa avaliação ambiental,
planos de atuação voltados para a conservação das espécies são
realizados e colocados em prática com fins de entender melhor o que
ocorre com as espécies e como reverter tal estado de ameaça. Dessa
maneira, busca-se evitar novas extinções de formas de vida.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Imagine que uma bióloga esteja estudando diferentes populações
de um roedor em uma reserva biológica e tenha encontrado o
resultado a seguir para a espécie:
Tempo 1 Tempo 2
População A 117 107
População B 88 85
População C 10 20
O que pode ser aferido a partir dos resultados apresentados?
Marque a alternativa correta.
Parabéns! A alternativa C está correta.
É possível observar nos dados analisados que a população C está
aumentando em escala geométrica ao longo do tempo. Assim, é
provável que ela se torne a população predominante no espaço
estudado.
Questão 2
O estudo da dinâmica das comunidades fornece informações
importantes para as avaliações do meio ambiente. Assinale a
alternativa a seguir que corretamente lista os fatores espaciais e
temporais que influenciam na dinâmica de comunidade.
A
A população A manteve-se estável ao longo do
tempo, dessa forma, é provável que essa população
se perpetue em uma quantidade estável de
indivíduos.
B
A população B está diminuindo ao longo do tempo,
dessa forma, é provável que essa população se
extinga com o passar do tempo.
C
A população C está aumentando ao longo do tempo,
dessa forma, é provável que essa população se
torne a maior população de roedores com o passar
do tempo.
D
A população B está aumentando ao longo do tempo,
dessa forma, é provável que essa população se
torne a maior população de roedores com o passar
do tempo.
E
A população A está diminuindo ao longo do tempo,
dessa forma, é provável que essa população se
torne a maior população de roedores com o passar
do tempo.
Parabéns! A alternativa E está correta.
Os principais parâmetros espaciais que influenciam na dinâmica
das comunidades são: isolamento e área; gradiente latitudinal,
gradiente altidudinal e gradiente em relação à profundidade. Ainda,
o tempo pode ser muito importante na dinâmica das comunidades
na natureza e deve ser levado em consideração nas avaliações
ambientais. O efeito fundador, a dominância e os estágios
sucessionais podem influenciar na dinâmica de populações.
A
Fatores espaciais: isolamento e área; gradiente
latitudinal; fatores temporais: gradiente em relação
à profundidade, efeito fundador e a dominância.
B
Fatores espaciais: isolamento e área, gradiente
altidudinal e gradiente em relação à profundidade;
fatores temporais: gradiente latitudinal, efeito
fundador e a dominância.
C
Fatores espaciais: efeito fundador, dominância e os
estágios sucessionais; fatores temporais:
isolamento e área; gradiente latitudinal, gradiente
altidudinal e gradiente em relação à profundidade.
D
Fatores espaciais: dominância e os estágios
sucessionais; fatores temporais: isolamento e área
e gradiente em relação à profundidade.
E
Fatores espaciais: gradiente altidudinal e gradiente
em relação à profundidade; fatores temporais:
estágios sucessionais.
3 - Métodos de avaliação de recursos límnicos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os métodos de
avaliação de recursos límnicos.
A água como um importante
recurso
Limnologia
Quando falamos de recursos ambientais, é difícil quantificar o grau de
importância de cada um deles para a vida humana, afinal de contas,
nossa sociedade depende da natureza para sua sobrevivência. No
entanto, não há dúvidas de que a água é um dos recursos ambientais
mais importantes para a nossa espécie.
O ser humano possui o corpo formado por aproximadamente 70% de
água e depende desse recurso para realizar diversas das atividades
essenciais do seu organismo. No entanto, apesar de cerca de 70% do
planeta ser formado de água, estima-se que pouco menos de 5% desse
total seja próprio para consumo humano.
Para sobreviver, a espécie humana precisa de água doce, potável, livre
de patógenos. Apesar de existirem técnicas de dessalinização da água,
é consenso mundial que a água doce é mais simples de tratar e menos
custosa para ser utilizada pelo ser humano.
A ciência que estuda a ecologia das águas doces é chamada de
limnologia. Por definição, limnologia é o estudo científico do conjunto
das águas continentais em todo o planeta, incluindo lagos, represas,
rios, lagoas costeiras, áreas pantanosas, lagos salinos e estuários.
Na análise estrutural dos ecossistemas aquáticos dois aspectos
básicos devem ser incluídos (Tundisi e Tundisi, 2008):
A descrição dos componentes
abióticos
Suas propriedades, fatores físicos e químicos, concentrações,
intensidades.
A avaliação das comunidades
bióticas
Composição de espécies, abundância, biomassa, ciclos de vida.
Estudaremos a seguir sobre a importância da avaliação ambiental dos
fatores límnicos na conservação da água doce do planeta. Porém,
primeiro, vamos entender um pouco mais sobre a legislação brasileira
sobre o uso das águas.
Legislação brasileira sobre recursos hídricos
O Brasil é referência mundial no que diz respeito à legislação aplicada
aos recursos hídricos. Com uma legislação moderna, abrangente e
preocupada com a conservação dos recursos, nossas normas servem
de referência para vários países do mundo.
Curiosidade
Apesar de termos um Código de Águas desde 1932, a Política Nacional
dos Recursos Hídricos, positivada pela Lei nº 9.433, publicada em 1997,
é o nosso norte no que diz respeito à legislação sobre recursos hídricos,
atualmente.
Entre as novidades legislativas, a elevação das águas como recurso
hídrico, prioritário para conservação e uso humano e dessedentação de
animais já demonstra, desde os seus fundamentos, a importância da
conservação da água.
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos
baseia-se nos seguintes fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de
valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário
dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais; [...]
(BRASIL, 1997)
Foi a partir dos instrumentos da Política Nacional dos Recursos Hídricos
que surgiu um importante instrumento de avaliaçãoambiental: o
enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos
preponderantes da água.
Você já entendeu a importância da avaliação ambiental. Todavia, de
nada adiantaria mensurar parâmetros dos ecossistemas naturais, se
tais resultados não fossem interpretados à luz da conservação da
natureza. Com a água não é diferente.
A existência de uma classificação nacional, com o enquadramento dos
corpos de água em classes, segundo seu uso preponderante, é um
importante instrumento de avaliação ambiental. Vamos conhecer mais
adiante.
Classi�cação dos corpos
hídricos
Os corpos hídricos e seu uso preponderante
Cabe ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) realizar o
enquadramento das águas em classes de acordo com o seu uso
preponderante. Mas o que isso quer dizer? Analise os três cenários a
seguir:
1. Imagine um rio que corta uma região rural no interior do Mato
Grosso do Sul. Esse rio é utilizado primordialmente pela população
humana, que, além do consumo, utiliza essa água para banhar-se e
para a realização das atividades domésticas. Além disso, essa
água é utilizada também para a dessedentação de animais.
2. Agora imagine uma lagoa, no estado do Rio de Janeiro, que é
utilizada primordialmente para fins de turismo ambiental
(apreciação da sua beleza natural) e para atividades aquáticas
com contato indireto com a água, como para a prática de caiaque,
passeios de barco e pedalinho.
3. Por fim, imagine um rio, no estado de São Paulo, que já está
linearizado e canalizado em alguns pontos e recebe os efluentes
tratados de indústrias e da estação de tratamento de esgoto da
região.
Re�exão
Você acha que esses três corpos aquáticos, utilizados de formas
diferentes pela população, precisam ter as mesmas características
ambientais? É preciso que a lagoa do Rio de Janeiro tenha a mesma
potabilidade que o rio do interior do Mato Grosso do Sul? E o rio que
recebe os efluentes em São Paulo, precisa ser enquadrado nos mesmos
aspectos do que aquele ambiente onde as pessoas praticam esportes?
É claro que não!
Cada ambiente aquático pode e deve ser enquadrado de acordo com
seus usos preponderantes, de modo que a avaliação ambiental nos
mostre se ele está apropriado ao uso a que se destina.
Classes da água
Atualmente, algumas resoluções do Conama e do CNRH (Conselho
Nacional de Recursos Hídricos) são responsáveis por enquadrar os
recursos hídricos em classes. É importante que tenhamos em mente as
seguintes normativas principais:
Resolução Conama nº 357/2005
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências.
Resolução CNRH nº 91/2008
Estabelece os procedimentos gerais para o enquadramento dos corpos
d’água superficiais e subterrâneos.
Resolução Conama nº 396/2008
Estabelece o enquadramento das águas subterrâneas.
Resolução Conama nº 397/2008
Altera o art. 34 da Resolução Conama nº 357/2005.
A seguir, conheceremos alguns dos principais conceitos contidos na
resolução Conama nº 357/2005, importantes nas avaliações ambientais
de corpos aquáticos.
Classe de qualidade
É o conjunto de condições e padrões de qualidade de água
necessários ao atendimento dos usos preponderantes,
atuais ou futuros.
Classi�cação das águas
É a qualificação das águas doces, salobras e salinas em
função dos usos preponderantes (sistema de classes de
qualidade) atuais e futuros.
Condição de qualidade
Qualidade apresentada por um segmento de corpo d'água,
em determinado momento, em termos dos usos possíveis
d d f t à l d lid d
com segurança adequada, frente às classes de qualidade.
Controle de qualidade da água
Conjunto de medidas operacionais que visa avaliar a
melhoria e a conservação da qualidade da água estabelecida
para o corpo de água.
Enquadramento
Estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água
(classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em
um segmento de corpo de água, de acordo com os usos
preponderantes pretendidos, ao longo do tempo.
Efetivação do enquadramento
Alcance da meta final do enquadramento.
Monitoramento
Medição ou verificação de parâmetros de qualidade e
quantidade de água, que pode ser contínua ou periódica,
utilizada para acompanhamento da condição e do controle
da qualidade do corpo de água.
A partir dos conceitos acima apresentados, incialmente, as águas são
classificadas de acordo com sua salinidade da forma que se apresenta
a seguir:
Águas doces: Águas com salinidade igual ou inferior a 0,5%;
Águas salobras: Águas com salinidade superior a 0,5% e inferior a
30%;
Águas salinas: Águas com salinidade igual ou superior a 30%.
A partir da classificação de acordo com a salinidade, as águas doces,
salobras e salinas do território nacional são categorizadas segundo a
qualidade requerida para os seus usos preponderantes, em 13 classes
de qualidade.
As águas de melhor qualidade podem ser aproveitadas em uso menos
exigente, desde que este não prejudique a qualidade da água, atendidos
outros requisitos pertinentes. Vejamos abaixo o destino de cada classe
de água.
Águas doces
Classe especial Classe 1 Classe 2
• Destinadas ao
abastecimento
para consumo
• Destinadas ao
abastecimento
para consumo
humano, após
• Destinadas ao
abastecimento
para consumo
humano, após
Padrão
Valor limite adotado como requisito normativo de um
parâmetro de qualidade de água ou efluente.
Parâmetro de qualidade da água
Substâncias ou outros indicadores representativos da
qualidade da água.
Classe especial Classe 1 Classe 2
humano, com
desinfecção;
tratamento
simplificado;
tratamento
convencional;
• À preservação do
equilíbrio natural
das comunidades
aquáticas;
• À proteção das
comunidades
aquáticas;
• À proteção das
comunidades
aquáticas;
• À preservação
dos ambientes
aquáticos em
unidades de
conservação de
proteção integral.
• À recreação de
contato primário,
tais como natação,
esqui aquático e
mergulho,
conforme
Resolução Conama
nº 274, de 2000;
• À recreação de
contato primário
tais como nataç
esqui aquático e
mergulho,
conforme
Resolução Cona
nº 274, de 2000;
• À irrigação de
hortaliças que são
consumidas cruas
e de frutas que se
desenvolvam
rentes ao solo e
que sejam
ingeridas cruas
sem remoção de
película;
• À irrigação de
hortaliças, plant
frutíferas e de
parques, jardins
campos de espo
e lazer, com os
quais o público
possa vir a ter
contato direto;
• À proteção das
comunidades
aquáticas em
terras indígenas.
• À aquicultura e
atividade de pes
Tabela: Classificação de acordo com a salinidade – Águas doces.
Camilla Haubrich.
Águas salinas
Classe especial Classe 1 Classe 2
• Destinadas à
preservação dos
ambientes
• Destinadas à
recreação de
contato primário,
• Destinadas à
pesca amadora;
Classe especial Classe 1 Classe 2
aquáticos em
unidades de
conservação de
proteção integral;
conforme
Resolução Conama
nº 274, de 2000;
• À preservação do
equilíbrio natural
das comunidades
aquáticas.
• À proteção das
comunidades
aquáticas;
• À recreação de
contato
secundário.
• À aquicultura e à
atividade de pesca.
Tabela: Classificação de acordo com a salinidade – Águas salinas.
Camilla Haubrich.
Águas salobras
Classe especial Classe 1 Classe 2
• Destinadas à
preservação dos
ambientes
aquáticos em
unidades de
conservação de
proteção integral;
• Destinadas à
recreação de
contato primário,
conforme
Resolução Conama
nº 274, de 2000;
• Destinadas à
pesca amadora;
• À preservação do
equilíbrio natural
das comunidades
aquáticas.
• À proteção das
comunidades
aquáticas;
• À recreação de
contato
secundário.
• À aquicultura e à
atividade de pesca;
• Ao abastecimento
para consumo
humano após
tratamento
convencional ou
avançado;
Classe especial Classe 1 Classe 2
• À irrigação de
hortaliças que são
consumidas cruas
e de frutas que se
desenvolvam
rentesao solo e
que sejam
ingeridas cruas
sem remoção de
película, e à
irrigação de
parques, jardins,
campos de esporte
e lazer, com os
quais o público
possa vir a ter
contato direto.
Tabela: Classificação de acordo com a salinidade – Águas salobras.
Camilla Haubrich.
Dessa maneira, de acordo com o uso preponderante a que se destina o
copo hídrico, as águas podem ser avaliadas e sofrer intervenções para
garantir que estejam apropriadas ao uso a que se destinam.
Qualidade da água e avaliação
ambiental
Parâmetros físico-químicos da água para a
avaliação ambiental
De acordo com sua classificação, as águas precisam atender a critérios
de qualidade, que se baseiam, principalmente, na avaliação de
parâmetros físicos, químicos e biológicos.
Vamos conhecer, a seguir, os principais parâmetros físico-químicos
utilizados na avaliação ambiental dos corpos aquáticos.
Condições de qualidade de água:
a) Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais:
virtualmente ausentes;
b) Óleos e graxas: virtualmente ausentes;
c) Substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente
ausentes;
d) Corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente
ausentes;
e) Resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;
f) DBO (demanda bioquímica de oxigênio) 5 dias a 20°C até 3
mg/L O2 (oxigênio);
g) OD (oxigênio dissolvido), em qualquer amostra, não inferior a 6
mg/L O2 (oxigênio);
h) Turbidez até 40 unidades nefelométrica de turbidez (UNT);
i) Cor verdadeira: nível de cor natural do corpo de água em mg
Pt/L;
j) pH: 6,0 a 9,0.
Aplicam-se a essas águas as condições e padrões da classe 1
previstos anteriormente, à exceção do seguinte:
I. Não será permitida a presença de corantes provenientes de
fontes antrópicas que não sejam removíveis por processo de
coagulação, sedimentação e filtração convencionais;
II. Cor verdadeira: até 75 mg Pt/L;
III. Turbidez: até 100 UNT;
IV. DBO (demanda bioquímica de oxigênio) 5 dias a 20°C até 5
mg/L O2;
V. OD (oxigênio dissolvido), em qualquer amostra, não inferior a 5
mg/L O2;
Águas doces de classe 1 
Águas doces de classe 2 
VI. Densidade de cianobactérias: até 50.000 cel/mL ou 5 mm³/L;
VII. Fósforo total:
a) Até 0,030 mg/L, em ambientes lênticos;
b) Até 0,050 mg/L, em ambientes intermediários, com tempo de
residência entre 2 e 40 dias, e tributários diretos de ambiente
lêntico.
Essas águas observarão as seguintes condições e padrões:
I. Condições de qualidade de água:
a) Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais:
virtualmente ausentes;
b) Óleos e graxas: virtualmente ausentes;
c) Substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente
ausentes;
d) Não será permitida a presença de corantes provenientes de
fontes antrópicas que não sejam removíveis por processo de
coagulação, sedimentação e filtração convencionais;
e) Resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;
f) DBO (demanda bioquímica de oxigênio) 5 dias a 20°C até 10
mg/L O2;
g) OD (oxigênio dissolvido), em qualquer amostra, não inferior a 4
mg/L O2;
h) Turbidez até 100 UNT;
i) Cor verdadeira: até 75 mg Pt/L;
j) pH: 6,0 a 9,0.
Essas águas observarão as seguintes condições e padrões:
I. Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais:
virtualmente ausentes;
Águas doces de classe 3 
Águas doces de classe 4 
II. Odor e aspecto: não objetáveis;
III. Óleos e graxas: toleram-se iridescências;
IV. Substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o
assoreamento de canais de navegação: virtualmente ausentes;
V. Fenóis totais (substâncias que reagem com 4 -
aminoantipirina) até 1,0 mg/L de C6H5OH (fenol);
VI. OD (oxigênio dissolvido), superior a 2,0 mg/L O2 (Oxigênio)
em qualquer amostra;
VII. pH: 6,0 a 9,0.
Parâmetros biológicos da água para a avaliação
ambiental
Entre os principais parâmetros biológicos importantes na avaliação
ambiental da água doce, podem ser citados:
Presença ou ausência de coliformes termotolerantes, que são
bactérias gram-negativas, em forma de bacilos, oxidase negativas,
caracterizadas pela atividade da enzima galactosidase. Podem
crescer em meios contendo agentes tensoativos e fermentar a
lactose nas temperaturas de 44 - 45°C, com produção de ácido,
gás e aldeído. Além de estarem presentes em fezes humanas e de
animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras
matrizes ambientais que não tenham sido contaminados por
material fecal.
Presença ou ausência de Escherichia coli (E.coli), bactérias
pertencentes à família Enterobacteriaceae caracterizada pela
atividade da enzima glicuronidase. Produz indol a partir do
aminoácido triptofano. É a única espécie do grupo dos coliformes
termotolerantes, cujo hábitat exclusivo é o intestino humano e de
animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades elevadas.
Vamos conhecer a seguir a classificação dos corpos aquáticos, de
acordo com seu uso preponderante no que diz respeito aos principais
parâmetros biológicos utilizados na avaliação ambiental.
Essas águas observarão as seguintes condições de qualidade:
Águas doces de classe 1 
a) Não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de
acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental
competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou
internacionais renomadas, comprovado pela realização de
ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método
cientificamente reconhecido.
b) Coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de
contato primário deverão ser obedecidos os padrões de
qualidade de balneabilidade, previstos na Resolução Conama
274, de 2000. Para os demais usos, não deverá ser excedido um
limite de 200 coliformes termotolerantes por 100mL em 80% ou
mais, de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de
um ano, com frequência bimestral. A E. coli poderá ser
determinada em substituição ao parâmetro coliformes
termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão
ambiental competente.
Aplicam-se a essas águas as condições e padrões da classe 1
previstos anteriormente, à exceção do seguinte:
I. Coliformes termotolerantes: para uso de recreação de contato
primário deverá ser obedecida a Resolução Conama 274, de
2000. Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de
1.000 coliformes termotolerantes por 100 mL em 80% ou mais
de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um
ano, com frequência bimestral. A E. coli poderá ser determinada
em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de
acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental
competente;
II. Densidade de cianobactérias: até 50.000 cel/mL ou 5 mm³/L.
I. Essas águas observarão as seguintes condições e padrões:
a) Não verificação de efeito tóxico agudo a organismos, de
acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental
competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou
internacionais renomadas, comprovado pela realização de
Águas doces de classe 2 
Águas doces de classe 3 
ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método
cientificamente reconhecido;
b) Coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de
contato secundário não deverá ser excedido um limite de 2.500
coliformes termotolerantes por 100mL em 80% ou mais de pelo
menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com
frequência bimestral. Para dessedentação de animais criados
confinados não deverá ser excedido o limite de 1.000 coliformes
termotolerantes por 100mL em 80% ou mais de pelo menos 6
amostras, coletadas durante o período de um ano, com
frequência bimestral. Para os demais usos, não deverá ser
excedido um limite de 4.000 coliformes termotolerantes por
100mL em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas
durante o período de um ano, com periodicidade bimestral. A E.
coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro
coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos
pelo órgão ambiental competente;
c) Cianobactérias para dessedentação de animais: os valores de
densidadede cianobactérias não deverão exceder 50.000 cel/ml,
ou 5 mm³/L.
Parâmetros biológicos de
avaliação ambiental
Confira agora outros parâmetros biológicos de avaliação ambiental,
como a comunidade zooplanctônica, fitoplanctônica, bentônica,
macroalgas, bactérias etc.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Na avaliação ambiental, os parâmetros biológicos podem nos dar
importantes informações sobre a qualidade da água. Assinale a
seguir a alternativa que somente contém parâmetros biológicos.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Os principais parâmetros biológicos de análise ambiental da água
são quantificação de bactérias termotolerantes, de coliformes
totais e fecais, de cianobactérias e presença e/ou ausência de E.
coli.
Questão 2
Na avaliação ambiental, a classificação da água de acordo com a
salinidade pode fornecer importantes informações sobre sua
qualidade. Assinale a seguir a alternativa que corretamente contém
a classificação das águas de acordo com tal parâmetro.
A Medição de turbidez, medição de pH, análise de E.
coli.
B
Quantificação de bactérias termotolerantes,
quantificação da concentração de fósforo e enxofre,
quantificação de cianobactérias.
C
Quantificação de coliformes totais e fecais, medição
de pH, análise de E. coli.
D
Quantificação de bactérias termotolerantes,
quantificação de coliformes totais e fecais,
quantificação de cianobactérias.
E
Quantificação da concentração de nutrientes,
quantificação de coliformes totais e fecais,
quantificação de cianobactérias.
A
Águas doces: águas com salinidade igual ou inferior
a 0,5%; águas salobras: águas com salinidade
superior a 0,5% e inferior a 30%; águas salinas:
águas com salinidade igual ou superior a 30%.
Parabéns! A alternativa A está correta.
As águas podem ser classificadas em águas doces: com salinidade
igual ou inferior a 0,5%; águas salobras: com salinidade superior a
0,5% e inferior a 30%; e águas salinas: com salinidade igual ou
superior a 30%.
B
Águas doces: águas com salinidade igual ou inferior
a 0,2%; águas salobras: águas com salinidade
superior a 0,2% e inferior a 15%; águas salinas:
águas com salinidade igual ou superior a 15%.
C
Águas doces: águas com salinidade igual ou inferior
a 0,0%; águas salobras: águas com salinidade
superior a 0,0% e inferior a 30%; águas salinas:
águas com salinidade igual ou superior a 30%.
D
Águas doces: águas com salinidade igual ou inferior
a 1%; águas salobras: águas com salinidade
superior a 1% e inferior a 30%; águas salinas: águas
com salinidade igual ou superior a 30%.
E
Águas doces: águas com salinidade igual ou inferior
a 1%; águas salobras: águas com salinidade superior
a 1% e inferior a 15%; águas salinas: águas com
salinidade igual ou superior a 15%.
4 - Biomonitoramento e bioindicadores
Ao �nal deste módulo, você será capaz de distinguir a relevância do
biomonitoramento e dos bioindicadores na avaliação ambiental.
Biomonitoramento
Conceito de biomonitoramento
O primeiro passo para a resolução dos problemas socioambientais
ocasionados pela má gestão dos recursos é o desenvolvimento de
metodologias de diagnóstico eficientes.
Monitoramento pode ser definido como a medição ou verificação de
parâmetros de qualidade e quantidade, que pode ser contínua ou
periódica, utilizada para acompanhamento da condição e do controle da
qualidade.
O monitoramento dos recursos naturais, há muito tempo, é utilizado na
avaliação ambiental. Avaliar constantemente o meio ambiente é um
importante instrumento para a conservação da natureza. No entanto,
somente nas últimas décadas marcadores biológicos começaram a ser
utilizados de forma frequente como instrumentos de proteção da
natureza, por meio do biomonitoramento.
Saiba mais
A ideia de que espécies podem ser usadas para indicar certas
condições ambientais pode ser verificada ao longo da história. Um
exemplo ocorreu durante a Revolução Industrial (século XIX), quando
canários eram colocados dentro de minas de carvão para monitorar a
qualidade do ar. Caso o canário sofresse alguma alteração desfavorável,
causada por altas concentrações de monóxido de carbono, as pessoas
eram imediatamente retiradas do local, evitando possíveis danos à
saúde (BUSS et. al., 2003).
O biomonitoramento pode ser definido como o uso sistemático das
respostas de organismos vivos para avaliar as mudanças ocorridas no
ambiente, geralmente, causadas por ações antropogênicas (BUSS et. al.,
2003).
A resposta dos organismos é a base dos índices biológicos utilizados.
Em termos práticos, é uma avaliação da qualidade ambiental dentro de
uma escala espacial e temporal definidas. Consiste na análise da
resposta de indivíduos, populações, assembleias ou comunidades a
diferentes gradientes de contaminação ou poluição.
O uso de parâmetros biológicos para avaliação ambiental se baseia nas
respostas dos organismos em relação ao meio onde vivem. Assim, se
um meio tem suas características ambientais preservadas, alguns
parâmetros biológicos serão encontrados. Todavia, se há uma
deterioração na qualidade ambiental, outros parâmetros, condizentes
com essa degradação, serão observados.
Espécies bioindicadoras são aquelas escolhidas por sua tolerância ou
sensibilidades às condições ambientais. Tais espécies terão uma
“resposta biológica” aos estímulos recebidos pelo meio em que vivem.
De acordo com a resposta das espécies bioindicadoras, pode-se prever
o que está acontecendo ou acontecerá com determinado ambiente
natural.
O uso das respostas biológicas como indicadores de degradação
ambiental é vantajoso em relação às medidas físicas e químicas da
água, pois estas registram apenas o momento em que foram coletadas,
como uma fotografia do rio, necessitando de um grande número de
análises para a realização de um monitoramento temporal eficiente.
Porém, a desvantagem é que se forem feitas longe da fonte poluente, as
medições químicas na água não serão capazes de detectar
perturbações sutis sobre o ecossistema.
Por sua vez, as espécies integram as condições ambientais durante toda
a sua vida, permitindo que a avaliação biológica seja utilizada com
bastante eficiência na detecção tanto de ondas tóxicas intermitentes
agudas quanto de lançamentos crônicos contínuos. Além disso, as
metodologias biológicas são bastante eficazes na avaliação de poluição
não pontual (difusa), tendo, portanto, grande valor para avaliações em
escala regional (BUSS et. al., 2003).
O biomonitoramento tem trazido respostas
importantes e eficazes na avaliação ambiental e
quando utilizado conjuntamente com as análises dos
parâmetros ambientais físico-químicos podem trazer
resultados ainda mais completos. Apesar disso, no
Brasil, o biomonitoramento ainda é pouco utilizado
pelos órgãos ambientais, com um uso bastante
incipiente.
Bioindicadores e
biomonitoramento na
avaliação ambiental
Características dos bioindicadores
Ao selecionar um bioindicador ou indicador biológico, ou seja, uma
espécie que será utilizada como bioindicadora, Buss e colaboradores
(2003) definem alguns critérios importantes. Confira!
Ser taxonomicamente bem definido e facilmente reconhecível por
não especialistas.
Apresentar distribuição geográfica ampla.
Ser abundante ou de fácil coleta.
Ter baixa variabilidade genética e ecológica.
Preferencialmente possuir tamanho grande.
Apresentar baixa mobilidade e longo ciclo de vida.
Dispor de características ecológicas bem conhecidas
Ter possibilidade de uso em estudos em laboratório.
Deve-se atentar para a escolha do grupo ou espécie bioindicador, pois
seu monitoramento deve facilitar a análise ambiental e não ser uma
dificuldade adicional. Entenda:
Imagine que um pesquisador está em processo de seleção de um
bioindicador para determinada área. Suponha que certa ilha, no sul do
Brasil, tem sofrido os efeitos da poluição do ar produzida por uma região
industrial na área costeira. O depósito de material particuladosobre as
rochas e a morte de algumas espécies já estão sendo notados por
turistas e moradores locais. Após uma extensa análise, existe dúvida
sobre qual espécie poderá ser utilizada como boa bioindicadora da
qualidade do ar na região.
Opção número 1
A primeira espécie consiste em um mamífero, de pequeno
porte, com hábitos noturnos. Por conta da poluição do ar, os
indivíduos sofrem de um achatamento do sistema respiratório
que pode levar à morte de toda a população em poucos meses,
ou seja, ao desaparecimento daquela população. Tal espécie é
muito parecida com outros roedores e há certa confusão em
sua taxonomia e identificação. Seu ciclo de vida é curto e entre
nascimento e morte, em média se passam 33 dias.
Opção número 2
A segunda espécie é de um líquen, presente nas árvores da
região, bem conhecido taxonomicamente e de fácil
identificação. Tal espécie apresenta mudança em sua
coloração quando entra em contato com alguns componentes
químicos presentes na fumaça das indústrias em questão. Seu
ciclo de vida, entre nascimento e morte, pode durar anos.
Então, qual espécie o pesquisador deve usar para biomonitorar a
qualidade do ar na região? A segunda espécie, certo? Vamos entender o
porquê.
Resposta
O ciclo de vida curto, a rápida extinção de populações e a confusão na
taxonomia/identificação da espécie indicam que a primeira espécie não
deve ser utilizada como bioindicadora, apesar de ela sofrer com os
efeitos da poluição. Já a segunda espécie possui ciclo de vida longo, é
bem conhecida e de fácil identificação, é séssil, ou seja, possui baixa
mobilidade, e passível de ser estudada em laboratório, o que a
caracteriza como potencial boa espécie bioindicadora.
Utilização de biomonitoramento na avaliação
ambiental
Como vimos, o biomonitoramento é um importante instrumento de
avaliação ambiental.
Imagine a seguinte situação: Um grupo de macroinvertebrados
aquáticos é extremamente sensível à presença de metais pesados,
muito comuns em efluentes industriais. Em certo lago no Pará, as
análises dos parâmetros físico-químicos e biológicos habituais da água
estão dentro dos valores esperados, de acordo com o enquadramento
do corpo aquático segundo seu uso pretendido. No entanto, a
modificação da comunidade de macroinvertebrados chamou a atenção
de pesquisadores que trabalhavam na região. O que essa alteração
biológica pode significar?
Nesse caso hipotético, é possível que efluentes industriais clandestinos
estejam sendo jogados no lago.
As análises habituais da água somente perceberiam tal alteração depois
de muito tempo, quando a degradação ambiental fosse praticamente
irreversível. Porém, nesse exemplo fictício, o trabalho dos pesquisadores
possibilitou que as autoridades fiscalizadoras fossem capazes de
identificar a indústria clandestina e impedir o descarte de efluentes
industriais no lago em questão.
Na prática, os macroinvertebrados bentônicos são utilizados com
frequência como bioindicadores dos ecossistemas aquáticos. Isso
acontece, pois esses grupos de organismos possuem características
que facilitam a análise e a interpretação das respostas obtidas. Entre
tais características estão:
São ubíquos, podendo responder a perturbações em todos os
ambientes aquáticos e em todos os períodos.
Incluem grande número de espécies, oferecendo um amplo
espectro de respostas.
Mesmo em rios de pequenas dimensões, sua fauna pode ser
extremamente rica.
Têm natureza relativamente sedentária na maioria das espécies, o
que permite uma análise espacial eficiente dos efeitos das
perturbações.
Requerem metodologias de coleta simples e de baixo custo, que
não afetam adversamente o ambiente.
São relativamente fáceis de se identificar/nomear segundo as
metodologias existentes.
Agora, vamos a um exemplo de caso real.
Para a avaliação da qualidade do ar, o estado de São Paulo já utilizou o
biomonitoramento. As respostas das plantas bioindicadoras aos
poluentes podem ser observadas tanto em nível macroscópico (com o
aparecimento de necroses, cloroses, quedas de folhas e diminuição do
seu crescimento) como em nível genético, estrutural, fisiológico ou
bioquímico.
Para a avaliação do potencial fitotóxico foram determinadas as
concentrações de poluentes em amostras de folhas de espécies
vegetais existentes no local (biomonitoramento passivo) e também de
espécies cultivadas em ambiente não poluído e expostas por tempo
determinado ao poluente (biomonitoramento ativo).
O biomonitoramento com plantas tem sido usado para confirmar
impactos fitotóxicos de poluentes atmosféricos e demonstrar descarga
de compostos tóxicos no meio ambiente e na cadeia alimentar. O
biomonitoramento utilizando plantas é uma metodologia efetiva, fácil e
econômica.
Cabe ressaltar que o emprego de bioindicadores não pretende e não
consegue substituir medições de concentrações ambientais de
poluentes por meio de métodos físico-químicos, mas fornece
informações adicionais referentes aos efeitos sobre organismos vivos
(CETESB, 2015).
Ainda, pode-se citar os líquens como importantes bioindicadores da
qualidade do ar. A espécie Cladonia verticillaris é uma das mais
utilizadas em biomonitoramento. Seu tecido acumula poluentes que
podem ser observados por meio de análises químicas e servem como
importante instrumento de avaliação da qualidade do ar. Tal técnica é
utilizada em algumas cidades do país.
Líquen em galho de árvore.
Exemplos de utilização de
bioindicadores no mundo
Confira agora casos reais da utilização de bioindicadores pelo mundo.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os bioindicadores são uma importante ferramenta de avaliação
ambiental. Assinale a assertiva que contém uma característica
esperada dos bioindicadores.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Ao selecionar bioindicadores, os profissionais devem se atentar a
algumas de suas características, entre elas: ser taxonomicamente
bem definido e facilmente reconhecível inclusive por não-
especialistas; apresentar distribuição geográfica ampla; ser
abundante ou de fácil coleta; ter baixa variabilidade genética e
ecológica; preferencialmente possuir tamanho grande; apresentar
baixa mobilidade e longo ciclo de vida; dispor de características
ecológicas bem conhecidas; e ter possibilidade de uso em estudos
em laboratório.
A Somente devem ser reconhecidos por especialistas.
B
Devem apresentar distribuição geográfica restrita à
área de estudo.
C
Devem possuir alta variabilidade genética e
ecológica.
D
Devem dispor de características ecológicas bem
conhecidas.
E Devem possuir tamanho pequeno e alta mobilidade.
Questão 2
Os bioindicadores são uma importante ferramenta de avaliação
ambiental. Assinale a assertiva que contém uma característica dos
macroinvertebrados, que os tornam excelentes bioindicadores:
Parabéns! A alternativa E está correta.
As características que tornam os macroinvertebrados excelentes
bioindicadores incluem as seguintes: são ubíquos, respondendo a
perturbações em diferentes ambientes aquáticos e em diferentes
períodos; incluem muitas espécies que oferecem um amplo
espectro de respostas; mesmo em rios de pequenas dimensões, a
fauna pode ser extremamente rica em número de espécies; várias
espécies são sedentárias e permitem uma análise espacial
eficiente; requerem metodologias de coleta simples e de baixo
custo; e são relativamente fáceis de serem
identificados/nomeados.
Considerações �nais
A Baixo número de espécies com resposta restrita.
B Espécies restritas a rios de grandes dimensões.
C Espécies com alta mobilidade.
D Espécies com distribuição restrita.
E
Espécies fáceis de se identificar de acordo com as
metodologias existentes.
A avaliação ambiental é uma importante ferramenta para a conservação
dos ambientes naturais. Nesse conteúdo, você aprendeu um pouco
sobre o que é avaliação ambiental e sua importância para a manutenção
da vida de forma geral – da nossa e dos outrosorganismos vivos que
habitam a Terra.
Você descobriu como a auditoria ambiental pode ser uma alternativa
para empresas privadas certificarem sua preocupação ecológica e
reduzirem seu impacto negativo nos ambientes naturais.
Em seguida, você aprendeu as principais metodologias de avaliação
ambiental utilizadas para análise da fauna, da flora e dos ambientes
aquáticos, incluindo os parâmetros relacionados às populações e às
comunidades biológicas, assim como os aspectos legais relacionados
ao uso dos recursos hídricos. Por fim, você conheceu o
biomonitoramento e acessou alguns exemplos de seu uso e de espécies
bioindicadoras.
Podcast
Ouça agora um pouco sobre as iniciativas de monitoramento de
represas no estado do Rio de Janeiro.

Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14010.
Diretrizes para auditoria ambiental – Princípios gerais. Rio de Janeiro:
ABNT: 1996, b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14011.
Diretrizes para auditoria ambiental: procedimentos de auditoria –
Auditorias em sistema de gestão. Rio de Janeiro: ABNT: 1996, c.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14012.
Diretrizes para auditoria ambiental: critérios de qualificação de auditores
ambientais. Rio de Janeiro: ABNT: 1996, d.
BEGON, M.; TOWSEND, C. R.; HARPER, J. L. Ecologia: de indivíduos a
ecossistemas. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
BRASIL. Lei n° 6.938, de 31 de Julho de 1981. Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação e dá outras providências. Brasília, DF: Casa Civil, 1981.
BRASIL. Lei n° 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política
Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art.
21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de
março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de
1989. Brasília, DF: Casa Civil, 1997.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Roteiro metodológico para
avaliação do estado de conservação das espécies da fauna brasileira.
Brasília, DF: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade –
Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade –
Coordenação Geral de Manejo para Conservação, 2014.
BUSS, et al. Bases conceituais para a aplicação de biomonitoramento
em programas de avaliação da qualidade da água de rios. Cadernos de
Saúde Pública, v. 19, n. 2, abr. 2003.
CETESB. Biomonitoramento da vegetação na região de Cubatão:
fluoreto, cádmio, chumbo, mercúrio e níquel. São Paulo: Secretaria do
Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2015.
ESTEVES, F. A. (org). Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro:
Interciência, 2011.
SCHMID, M. L. Auditoria e perícia ambiental. Curitiba: Contentus, 2020.
TUNDISI, J. G.; TUNDISI, T. M. Limnologia. São Paulo: Oficina de textos,
2008.
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Confira as indicações que separamos para você!
Conheça uma avaliação ambiental real no site do ICMBIO. Pesquise
Programa Áreas Protegidas da Amazônia ARPA – Fase II e veja os reais
resultados apresentados.
Você pode ver a íntegra da metodologia de avaliação de fauna do país,
pesquisando por Roteiro metodológico para avaliação do estado de
conservação das espécies da fauna brasileira. O material completo está
no site do ICMBIO.
Leia a íntegra da Resolução Conama nº 357/2005, que dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes para o seu enquadramento
e aprenda mais sobre o enquadramento dos corpos aquáticos em
classes.

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