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Licenciamento Ambiental: Tipos e Importância

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3ºAula
Licenciamento ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
•	 compreender a importância do licenciamento ambiental;
•	 conhecer e diferenciar os tipos de licenças ambientais;
•	 entender o Sistema Nacional do Meio Ambiente e compreender o papel de cada órgão dentro do sistema. 
O licenciamento ambiental é um instrumento da Política Nacional 
do Meio Ambiente, sendo uma importante ferramenta para o controle de 
impactos ambientais. Todos os empreendimentos geradores de impactos 
listados	na	Resolução	CONAMA	237/97	necessitam	realizar	o	processo	
de licenciamento. O processo de licenciamento ambiental é dividido 
em três etapas: prévia, de instalação e de operação, cada uma com suas 
exigências e procedimentos. Quem concede a licença ambiental é o órgão 
ambiental responsável, podendo ser local, estadual ou nacional, quem dita 
às diretrizes e atribuições dos órgãos ambientais no Brasil é o Sistema 
Nacional do Meio Ambiente. Vamos aprender mais sobre o assunto?
Boa aula!
Bons estudos!
Gestão Ambiental 18
1 - Licenciamento Ambiental
2 - Tipos de Licenças Ambientais 
3 - Sistema Nacional do Meio Ambiente
1 - Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental é de incumbência 
compartilhada entre a União e os Estados da Federação, 
Distrito Federal e os Municípios, de acordo com as respectivas 
competências (RUPPENTHAL, 2014). 
O licenciamento ambiental tem como objetivo 
regulamentar qualquer atividade e empreendimento que 
utilizam os recursos naturais e que podem causar impacto 
ambiental. A Figura 1 demonstra as possíveis vertentes que o 
processo de licenciamento ambiental engloba. 
Figura 1. Aspectos a serem considerados no processo de 
licenciamento ambiental
Fonte: <http://carusoambiental.com.br/site/procedimentos/licenciamento-
ambiental/>. Acesso em: 25 mar. 2019.
Desde	1981,	de	acordo	com	a	Lei	Federal	6.938/81	o	
licenciamento ambiental é obrigatório, todo empreendimento 
listado na Resolução CONAMA 237 de 1997 deve realizar o 
processo de licenciamento, caso a empresa não faça, poderá 
ser penalizada de acordo com a Lei de Crimes Ambientais 
9.605/98	cabendo	advertências,	multas,	embargos,	paralisação	
temporária	ou	definitiva	das	atividades.	Além	disso,	a	empresa	
é condicionada a apresentar a licença ambiental para obter 
financiamentos	e	incentivos	governamentais.
A licença ambiental para empreendimentos e atividades 
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de 
significativa	degradação	do	meio	dependerá	de	prévio	estudo	
de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre 
o	meio	ambiente	(EIA/RIMA),	ao	qual	dar-se-á	publicidade,	
garantida a realização de audiências públicas, quando couber, 
Seções de estudo
de acordo com a regulamentação. 
Antunes	 (2010)	 afirma	 que	 o	 requerimento	 de	 licença	
ambiental, feito pelo empreendedor, visa à obtenção de um 
Alvará concedido pelo Estado, com o intuito de habilitá-lo 
ao exercício de determinada atividade utilizadora de recursos 
ambientais. Dessa forma, não há dúvidas de que o Alvará de 
licença ambiental será um limitador ao exercício de atividade 
econômica, a qual apenas será lícita se respeitar os limites da 
Licença concedida. 
Conforme	 o	 art.	 10,	 §1º	 da	 Lei	 6.938/81,	 os	 pedidos	
de licenciamento, bem como sua renovação e a respectiva 
concessão,	deverão	ser	publicados	em	jornal	oficial,	e	também	
em periódico regional ou local de grande circulação, ou, ainda, 
em meio eletrônico de comunicação que seja mantido pelo 
órgão ambiental competente.
O processo de licenciamento ambiental é dividido em 
três etapas, cada uma com suas exigências e procedimentos:
•	 Licença prévia (LP)
•	 Licença de instalação (LI) 
•	 Licença de operação (LO)
O órgão ambiental estabelecerá os prazos de validade de 
cada	tipo	de	licença,	a	resolução	CONAMA	237	especifica	os	
prazos máximos para renovação conforme o quadro 1:
Quadro 1. Prazos estabelecidos de acordo com a 
RESOLUÇÃO Nº 237, de 19 de dezembro de 1997. 
LICENÇAS PRAZO MINIMO PRAZO MÁXIMO
LP
O estabelecido pelo 
cronograma do projeto 
apresentado.
Não superior a 5 anos.
LI De acordo com o cronograma de instalação da atividade. Não superior a 6 anos.
LO Não inferior a 4 anos. Não superior a 10 anos.
Fonte: Elaborado pelo autor.
A Licença Ambiental não é um documento permanente, 
como visto no quadro 1, possui prazo para sua revalidação, 
sendo o Poder Público responsável pelo prazo de vigência de 
cada etapa. Caso a atividade não cumpra com os requesitos 
legais estabelecidos e informados, ou havendo violação ou 
inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; 
omissão ou falsa descrição de informações relevantes que 
subsidiaram a expedição da licença; ou superveniência de graves 
riscos ambientais e de saúde; o órgão ambiental competente, 
mediante	decisão	motivada,	poderá	modificar,suspender	ou	
cancelar uma licença. 
O valor da taxa para obtenção das licenças é estabelecido 
em normas na maior parte dos estados e, em geral, é baseado 
na	 classificação	 do	 empreendimento	 quanto	 ao	 porte	 e	
potencial poluidor. 
2 - Tipos de Licenças Ambientais
Para realização do processo de licenciamento ambiental, 
o dono do empreendimento necessita analisar quais as 
condições e características da atividade. Em primeiro 
19
momento, ele deve se dirigir ao órgão ambiental e solicitar 
o enquadramento da atividade, assim o órgão fornecerá as 
informações pertinentes perante os quesitos que o mesmo 
precisará atender. 
Conforme a Figura 2, podemos observar as alternativas 
para a concessão da licença ambiental. Caso o empreendimento 
já	esteja	em	funcionamento,	ele	irá	realizar	de	forma	unificada	
as licenças prévia e de instalação. 
Quando o proprietário inicia suas atividades de acordo 
com a legislação e não possui o empreendimento já em 
operação, ele irá realizar as três licenças de forma separada, 
respeitando os prazos propostos pelo órgão ambiental. 
Figura 2. Procedimentos que devem ser tomados para 
realização do licenciamento ambiental.
Fonte: <http://197.249.65.74:8080/biblioteca/bitstream/123456789/1170/1/e_
Book3_Licnciamento_Ambiental.pdf>. Adaptado pelo Autor. Acesso em: 29 mar. 
2019. 
Há três tipos de licenças: licença prévia, licença de 
instalação e licença de operação. As licenças têm caráter 
provisório, sendo competência do Poder Público liberar as 
mesmas, e o mesmo órgão ambiental que expediu poderá 
modificar	 suas	 condições	 e	medidas	 de	 controle,	 ou	 ainda	
suspender ou cancelar uma licença em vigor diante de algumas 
situações (MENEGUETTI et al., 2016).
O Art. 8º da Resolução CONAMA 237 estabelece as 
funções para cada etapa do licenciamento ambiental.
Quadro	 2.	 Definições	 das	 licenças	 de	 acordo	 com	 a	
RESOLUÇÃO Nº 237, de 19 de dezembro de 1997.
Licença Prévia (LP) Licença de Instalação 
(LI)
Licença de Operação 
(LO)
Concedida na 
fase preliminar do 
planejamento do 
empreendimento ou 
atividade aprovando 
sua localização 
e concepção, 
atestando a 
viabilidade ambiental 
e estabelecendo os 
requisitos básicos 
e condicionantes a 
serem atendidos nas 
próximas fases de 
sua implementação.
Autoriza a instalação 
do empreendimento 
ou atividade de 
acordo com as 
e s p e c i f i c a ç õ e s 
constantes dos 
planos, programas e 
projetos aprovados, 
incluindo as 
medidas de controle 
ambiental e demais 
condicionantes, da 
qual constituem 
motivo determinante.
Autoriza a operação 
da atividade ou 
empreendimento, 
após	a	verificação	do	
efetivo cumprimento 
do que consta das 
licenças anteriores, 
com as medidas de 
controle ambiental 
e condicionantes 
determinados para a 
operação.
Fonte: Elaborado pelo autor. 
A primeira licença é a Prévia, um impotente documento que 
estabelece o local do empreendimento e observa a viabilidade 
ambiental dele. O órgão ambiental atesta se a localização é 
adequada e principalmente se essa região conseguirá absorver 
os impactos gerados pelo empreendimento. 
O principal documento exigido na licençaprévia é o 
estudo	ambiental,	como	o	EIA/RIMA	(Estudo	e	Relatório	
de Impacto Ambiental) para atividades que geram impactos 
potenciais,	 ou	 o	 RAS	 (Relatório	 Ambiental	 Simplificado).	
Esses documentos englobam o estudo do ambiente que 
circunda o empreendimento e todos os possíveis impactos 
que a atividade irá gerar. Além dos estudos ambientais, a 
licença prévia contempla os projetos estrutural, arquitetônico 
e hidrossanitário do empreendimento. 
Após a concessão da licença prévia, e requerida a 
licença de instalação, essa permite o início da construção 
do empreendimento. Alguns documentos requeridos na 
licença de instalação são: comprovante do local que irá 
gerar o fornecimento de água e coleta de esgotos, caso 
houver	 captação	 de	 águas	 subterrâneas	 ou	 superficiais	 ou	
lançamento	de	efluentes	líquidos	em	corpo	d’água	apresentar	
a outorga, e apresentar o local de destinação de resíduos 
sólidos ambientalmente correto. Um estudo ambiental 
exigido na licença de instalação é o Sistema de Controle 
Ambiental (SCA), que se trata de um conjunto de operações e 
ferramentas destinadas ao controle dos impactos negativos das 
intervenções	físicas,	efluentes	líquidos,	emissões	atmosféricas	
e resíduos sólidos gerados pela atividade instalada.
A última etapa do licenciamento consta com a 
Licença de Operação, que autoriza o funcionamento do 
empreendimento. Essa deve ser requerida quando a empresa 
estiver	edificada	e	após	a	verificação	da	eficácia	das	medidas	
de controle ambiental estabelecidas nas condicionantes das 
licenças anteriores. Nas restrições da LO estão determinados 
os métodos de controle e as condições de operação.
Figura 3. Tipos e diferenças entre as licenças ambientais.
Fonte: <http://rj.olx.com.br/rio-de-janeiro-e-regiao/servicos/licenca-ambiental-
previa-instalacao-operacao-consultoria-ambiental-404632054>. Acesso em 25 
mar. 2019.
Gestão Ambiental 20
3 - Sistema Nacional do Meio 
Ambiente
Todas as atividades e empreendimentos geradores 
de impactos ambientais estão sujeitas ao licenciamento 
ambiental. O órgão nacional responsável pelo licenciamento 
ambiental é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), órgãos estaduais e 
municipais também podem conceder licenças ambientais para 
atividades de menor impacto. 
Exemplificando,	 usaremos	 o	 caso	 do	 município	 de	
Dourados, Mato Grosso do Sul. Dourados possui um 
órgão ambiental local, IMAM (Instituto do Meio Ambiente 
de Dourados), que avalia e concede o licenciamento para 
atividades locais. Atividades potencialmente poluidoras ou 
que abrangem, além de Dourados, outros municípios do 
estado do Mato Grosso do Sul, o órgão responsável é o 
IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do 
Sul). Caso a atividade ou empreendimento ultrapassar o limite 
interestadual, ou apresentar características peculiares, o órgão 
responsável será o IBAMA. No quadro 3, consta os órgãos 
ambientais (nacional, estadual e municipal) e as atividades que 
cada um compete licenciar. 
Quadro 3. Atividades que cada órgão compete licenciar, de acordo com a RESOLUÇÃO Nº 237, de 19 de dezembro de 
1997.
Nacional (IBAMA) Estadual Municipal
I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente 
no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; 
na plataforma continental; na zona econômica 
exclusiva; em terras indígenas ou em unidades 
de conservação do domínio da União.
II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou 
mais Estados;
III - cujos impactos ambientais diretos 
ultrapassem os limites territoriais do País ou de 
um ou mais Estados;
IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, 
beneficiar,	 transportar,	 armazenar	 e	 dispor	
material radioativo, em qualquer estágio, ou 
que utilizem energia nuclear em qualquer de 
suas formas e aplicações, mediante parecer da 
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;
V- bases ou empreendimentos militares, 
quando couber, observada a legislação 
específica.
I- localizados ou desenvolvidos em mais de um 
Município ou em unidades de conservação de 
domínio estadual ou do Distrito Federal;
II	 -localizados	 ou	 desenvolvidos	 nas	 florestas	
e demais formas de vegetação natural de 
preservação permanente relacionadas no 
artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro 
de 1965, e em todas as que assim forem 
consideradas por normas federais, estaduais 
ou municipais;
III - cujos impactos ambientais diretos 
ultrapassem os limites territoriais de um ou 
mais Municípios;
IV – delegados pela União aos Estados ou 
ao Distrito Federal, por instrumento legal ou 
convênio.
Compete ao órgão ambiental municipal, 
ouvidos os órgãos competentes da União, dos 
Estados e do Distrito Federal, quando couber, o 
licenciamento ambiental de empreendimentos 
e atividades de impacto ambiental local e 
daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado 
por instrumento legal ou convênio.
Fonte: Adaptado pelo autor. 
21
Quem regulamenta os órgãos que concedem as 
licenças ambientais é o Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA), que engloba todos os aspectos ambientais 
nacionais, desde a criação de legislações e normativas, 
até a execução de multas ambientais. Além de auxiliar no 
cumprimento da legislação ambiental, o SISNAMA permite 
a organização do setor desde o quesito nacional até local, no 
quadro 4 encontramos as instâncias, órgãos e atribuições de 
cada setor. 
O sistema foi criado com o intuito de efetivar o 
cumprimento legal de sentenças relacionado ao meio 
ambiente, dispostas na legislação brasileira e na constituição 
federal. O Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA 
vem	expresso	no	art.	6º,	da	Lei	nº	6.938/81,	nos	seguintes	
termos:
Art. 6º. Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos territórios e dos Municípios, bem como 
as Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis 
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão 
o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, assim 
estruturado:
I – Órgão Superior: o Conselho de Governo, com a 
função de assessorar o Presidente da República, na formulação 
da política nacional e nas diretrizes governamentais para o 
meio ambiente e os recursos ambientais;
II – Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho 
Nacional	do	Meio	Ambiente	–	CONAMA,	com	a	finalidade	
de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, 
diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e 
os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, 
sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de 
vida;
III – Órgão Central: Secretaria do Meio Ambiente da 
Presidência	 da	 República,	 26	 com	 a	 finalidade	 de	 planejar,	
coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a 
política	nacional	e	as	diretrizes	governamentais	fixadas	para	o	
meio ambiente;
IV – Órgão Executor: o Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, 
com	a	finalidade	de	 executar	 e	 fazer	 executar,	 como	órgão	
federal,	a	política	e	diretrizes	governamentais	fixadas	para	o	
meio ambiente;
V – Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais 
responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo 
controle	 e	 fiscalização	 das	 atividades	 capazes	 de	 provocar	
degradação ambiental;
VI – Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, 
responsáveis	pelo	controle	e	fiscalização	dessas	atividades,	nas	
suas respectivas jurisdições.
A forma como é organizado o SISNAMA permite a 
comunicação e atribuição de funções para cada instância. A 
coordenação é realizada no Ministério do Meio Ambiente, 
que promove a integração entre ações governamentais, órgãos 
consultivo, deliberativo e executivo, como apresentado na 
Figura 4. 
Figura 4. Estrutura do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente. 
Fonte: RUPPENTHAL, 2014.
O órgão CONAMA tem função consultiva e deliberativa, 
sendo o responsável pela elaboração de normas e padrões, 
estabelecidas como medidas de proteção ambiental,assim 
existem as resoluções CONAMA, que atribuem diretrizes 
para o controle e preservação ambiental. Cabe aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios a regionalização das 
medidas emanadas do SISNAMA, elaborando normas e 
padrões supletivos e complementares.
O órgão executivo IBAMA tem a principal função 
de	 fiscalização	 do	 cumprimento	 da	 legislação	 brasileira,	
envolvendo a Política Nacional do Meio Ambiente, as 
resoluções CONAMA, a Constituição federal e também 
as Políticas locais. Os órgãos seccionais e locais auxiliam 
no	processo	de	fiscalização	e	 também	no	de	elaboração	de	
programas e projetos visando problemas e particularidades de 
cada município ou estado. 
Os Órgãos Seccionais prestarão informações sobre os seus 
planos de ação e programas em execução, consubstanciadas 
em relatórios anuais, que serão consolidados pelo Ministério do 
Meio Ambiente, em um relatório anual sobre a situação do meio 
ambiente no País, a ser publicado e submetido à consideração 
do CONAMA, em sua segunda reunião do ano subsequente.
O conjunto de todas as instâncias e órgãos do SISNAMA 
garante a efetividade da realização, execução e padronização 
de medidas relacionadas à proteção ambiental, e, permite 
assim a salubridade e qualidade de vida da população. 
Quadro 4. Organização do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente
INSTÂNCIA ÓRGÃO ATRIBUIÇÃO
Superior Conselho do Governo Assessorar o presidente da 
República na formação da 
Política Nacional do Meio 
Ambiente.
Consultiva 
Deliberativa
CONAMA - Conselho 
Nacional do Meio 
Ambiente.
Estudar e propor diretrizes 
e políticas governamentais 
para o meio ambiente e 
deliberar, no âmbito de 
sua competência sobre 
normas, padrões e critérios 
de controle ambiental 
(Resoluções CONAMA).
Gestão Ambiental 22
Central Ministério do Meio 
Ambiente - MMA
Planejar, coordenar e 
supervisionar as ações 
relativas à Política Nacional 
do Meio Ambiente.
Executora IBAMA- Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais 
Renováveis.
Entidade autárquica, de 
personalidade jurídica de 
direito público e autonomia 
administrativa, é a 
encarregada de excussão 
da Política Nacional do 
Meio Ambiente e sua 
fiscalização.
Seccional Secretarias Estaduais/ 
Órgãos Estaduais de Meio 
Ambiente.
Entidades estaduais 
responsáveis de 
programas e projetos de 
controle	 e	 fiscalização	das	
atividades potencialmente 
poluidoras.
Local Entidades e Órgãos 
Municipais de Meio 
Ambiente
Responsável por avaliar 
e estabelecer normas, 
critérios e padrões 
relativos ao controle e 
a manutenção do meio 
ambiente, supletivamente 
ao Estado e a União.
Fonte: Adaptado pelo autor. 
Retomando a aula
Ao	final	 desta	 	 terceira	 aula,	 vamos	 recordar	 o	que	
aprendemos até aqui.
1 - Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental tem como objetivo 
regulamentar qualquer atividade e empreendimento que 
utilizam os recursos naturais e que podem causar impacto 
ambiental. O licenciamento ambiental é de incumbência 
compartilhada entre a União e os Estados da Federação, 
Distrito Federal e os Municípios, de acordo com as respectivas 
competências.
2 - Tipos de Licenças Ambientais 
Licença Prévia (LP): Concedida na fase preliminar do 
planejamento do empreendimento ou atividade aprovando 
sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental 
e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a 
serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. 
 Licença de Instalação (LI): Autoriza a instalação do 
empreendimento ou atividade de acordo com as especificações 
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, 
incluindo as medidas de controle ambiental e demais 
condicionantes, da qual constituem motivo determinante. 
Licença de Operação (LO): Autoriza a operação da 
atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo 
cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as 
medidas de controle ambiental e condicionantes determinados 
para a operação.
3 - Sistema Nacional do Meio Ambiente
O sistema foi criado com o intuito de efetivar o 
cumprimento legal de sentenças relacionado ao meio 
ambiente, dispostas na legislação brasileira e na constituição 
federal. O Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA 
vem	 expresso	 no	 art.	 6º,	 da	 Lei	 nº	 6.938/81.	 Ele	 engloba	
todos os aspectos ambientais nacionais, desde a criação de 
legislações e normativas, até a execução de multas ambientais. 
Além de auxiliar no cumprimento da legislação ambiental, o 
SISNAMA permite a organização do setor desde o quesito 
nacional até local. 
Manual de Licenciamento ambiental: guia de 
procedimento passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2004. 
Disponível	 em:<http://197.249.65.74:8080/biblioteca/
bitstream/123456789/1170/1/e_Book3_Licnciamento_
Ambiental.pdf>.
Vale a pena ler
RESOLUÇÃO Nº 237 , DE 19 DE dezembro DE 
1997	 -	 <http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/
res97/res23797.html>.
Vale a pena acessar
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