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Texto SAF - Sociedade Anônima de Futebol

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TEXTO – SAF – Sociedade Anônima de Futebol 
 
1) Escolha de um caso paradigmático do Direito Empresarial, podendo ser um 
IPO, uma operação de M&A, um julgado de quaisquer dos Tribunais de Justiça 
Brasileiro, um caso internacional, uma disputa de arbitragem, uma 
recuperação judicial ou falência, etc. A escolha deste caso será de inteira 
responsabilidade do inscrito; 
 
Lei da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) 
 
2) Envio de no máximo 2 parágrafos explicando a razão pela qual escolheu o 
referido caso; 
 
A escolha do caso se deu por saber da importância, tanto no ramo cultural 
quanto no ramo econômico, do futebol brasileiro. Assim, a SAF se torna um modelo 
inédito no futebol do nosso país, suscitando possíveis discussões de grande valor 
sobre sua forma e seus impactos dentro do Direito Societário. 
 
3) Envio de um texto, a ser redigido pelo inscrito, de no máximo 2 laudas, 
explicando os principais pontos do caso escolhido. 
 
Em agosto do ano de 2021, foi autorizado pelo Governo Federal que os 
clubes de futebol brasileiro se transformassem em sociedades anônimas, de modo 
que o gerenciamento dos clubes pudesse ter uma melhora significativa no ramo 
econômico. A partir daí, foi criada a Lei da SAF - Sociedade Anônima de Futebol. 
A Lei da SAF, que foi instaurada em 6 de agosto de 2021, traz ganhos 
fundamentais aos clubes, já que estes, anteriormente, não podiam ser geridos como 
empresas devido à legislação vigente, o que levava a uma significativa “bagunça” na 
estrutura interna. Assim, a possibilidade de se tornar uma sociedade dentro do 
contexto do futebol leva aos clubes diversos benefícios, como: a permissão para 
que eles possam realizar o pagamento de suas dívidas aos seus credores por meio 
da recuperação judicial; a capacidade de resolver conflitos por meio da via 
extrajudicial - como mediação e arbitragem; além de ajudar na reestruturação das 
equipes, permitindo que o futebol brasileiro não só sane suas crises financeiras 
como também cresça. 
A "dissociação" do clube como grupo desportivo da parte empresarial do 
mesmo, permite que haja uma reorganização interna das entidades, uma vez que os 
dirigentes do grupo, como sócios, respondem ao acionista majoritário, fazendo com 
que o direcionamento do grupo seja focado no equilíbrio de contas e visando o lucro 
para manutenção de operações e para que haja capital de giro. Deste modo, uma 
solução para o endividamento bilionário de clubes surge, evitando situações como a 
de clubes extremamente rentáveis que entraram em inadimplência, como Cruzeiro, 
Vasco e Botafogo. 
Dos clubes citados acima, é possível ver como a transformação para uma 
sociedade é extremamente benéfica, já que o Cruzeiro foi recentemente comprado 
pelo famoso ex-jogador Ronaldo Fenômeno, enquanto o Botafogo foi comprado pelo 
empresário norte-americano John Textor. Desse modo, ambos caminham de forma 
positiva para uma reestruturação, que além de muito mais organizada, também é 
muito mais facilitada. 
 
Ademais, pode-se observar que ao redor do mundo o modelo de sociedade 
anônima do futebol encontra grande êxito. Clubes como Liverpool, que é gerido por 
um grupo experiente em gestão de grandes empresas, sucederam em equilibrar os 
gastos exorbitantes que vieram a se esperar do mercado futebolístico internacional, 
conseguindo se adequar ao Fair Play financeiro estabelecido pela FIFA e ainda 
extrair lucros para os investidores, sem deixar que uma larga porção seja voltada 
para o clube. Assim, é demonstrado novamente a natureza de investimento que é 
adotada com a aquisição de clubes, além de ser extremamente visível os seus 
benefícios para as instituições, mesmo sem que se adentre nos méritos esportivos 
dos clubes que seguem este modal.

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