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1 Camila Carminate - MEDCEL Tumores do Trato Geniturinário Hiperplasia Prostática Benigna INTRODUÇÃO Hiperplasia de células do epitélio do estroma prostático Formação de tecido adenomatoso Aumento de volume da glândula (normal – 20 g) Sintomas do trato urinário inferior Homens a partir dos 40 anos Prevalência 45 a 49 anos – 2,7% Prevalência 80 anos – 27% ANATOMIA Normal: 30% glandular e 60% fibromuscular 4 regiões anatômicas (McNeal) Zona periférica (70% da glândula) = CA próstata Zona de transição = hiperplasia benigna (fibromuscular) LOBO MEDIANO: crescimento do tecido prostático em direção a bexiga ETIOPATOGENIA Vários mecanismos interativos: - testosterona - di-hidrotestosterona (DHT) - fatores de crescimento tecidual Estroma fibromuscular – tônus (SNA simpático) Receptores alfa-1-adrenérgicos – estroma e colo vesical Hiperatividade simpática – oclusão da uretra prostática HPB – crescimento do estroma fibromuscular (>70%) Componente glandular – sensível à ação da testosterona + testosterona transforma-se em DHT por ação da enzima 5- alfarredutase = ligação DHT – receptor androgênico = síntese proteica e divisão celular -> efeito trófico sobre a proliferação de células prostáticas FISIOPATOLOGIA Efeito estático: aumento volumétrico = diminuição do calibre uretral Efeito funcional: atividade alfa-adrenérgica provoca elevação da resistência uretral Componente vesical: hiperatividade devido ao esforço contínuo de esvaziamento MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS SINTOMAS DE ESVAZIAMENTO Durante a micção Esforço miccional Hesitação Jato fraco Incontinência paradoxal Retenção urinaria SINTOMAS DE ARMAZENAMENTO Urgência Polaciúria 2 Camila Carminate - MEDCEL Nocturia Incontinência de urgência Pequenos volumes de micção Dor suprapúbica SINTOMAS PÓS MICCIONAIS Gotejamento terminal Sensação de esvaziamento incompleto Pontuação do escore Sintomatologia leve: de zero a 7 Sintomatologia moderada: escore de 8 a 19 Sintomatologia grave: escore de 20 a 35 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – COMPLICAÇÕES Retenção urinária aguda Infecção urinária e prostatite Litíase vesical Insuficiência renal aguda ou crônica Hematúria Alteração estrutural vesical DIAGNÓSTICO História clínica Manifestações de esvaziamento e armazenamento IPSS Exame físico: geral – abdominal – toque retal EXAMES LABORATORIAIS OBRIGATÓRIOS Exame de urina (piúria e hematúria) Ureia e creatinina PSA (antígeno prostático específico) ULTRASSONOGRAFIA Morfologia do trato urinário Volume da próstata Resíduo pós-miccional UROFLUXOMETRIA Método urodinâmico URETROCISTOSCOPIA Estenose de uretra Aspecto da parede vesical Doenças associadas vesicais UROGRAFIA EXCRETORA Outras doenças Imagens morfológicas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL URETRAIS Estenose de uretra Uretrite Divertículo Litíase Disfunção de esfíncter Dissinergia detrusora Pseudossinergia PROSTÁTICOS Prostatites Câncer Infarto VESICAIS Disfunção do colo Cistite especifica Cistite inespecífica 3 Camila Carminate - MEDCEL Cistite actínica Hiperatividade vesical Tumores vesicais superficiais Tumores infiltrados Tumores insitu Litíase vesical TRATAMENTO Ausência de correlação entre dimensões da próstata e sintomas urinários Indicação cirúrgica absoluta: retenção urinária, infecção urinária recorrente, hidronefrose, hematúria macroscópica refratária, incontinência urinária paradoxal, sintomas urinários após tratamento clínico Opções - observação - tratamento farmacológico - tratamento cirúrgico ESCORES DE 0 A 7 Observação e acompanhamento Sintomas leves e sem complicação ESCORES 8 A 19 Farmacológico Sintomatologia moderada Bloqueadores alfa-adrenérgicos Inibidores da 5-alfarredutase Fitoterápicos Inibidores da fosfodiesterase tipo 5 BLOQUEADORES ALFA-ADRENÉRGICOS 2 subtipos Alfa-1a (específico para musculatura prostática) Alfa-1b (específico para vasos sanguíneos) Bloqueadores alfa-1a = urosseletivos – sintomas miccionais Contraindicação absoluta: IR pós-renal/resíduo vesical elevado/hipotensão postural ou hipersensibilidade a droga Contraindicações relativas: doença cerebrovascular/história de síncope/retenção aguda repetida/ITU recorrente Alfabloqueadores Disponíveis Prazosina Baixa urosseletividade – provoca hipotensão postural, pouco usado Terazosina Semelhante a prazosina com mais urosseletividade. Dose habitual 10 a 20mg ao deitar – meia vida de 12 horas Alfuzosina Urosseletividade mais elevada: 10mg/dia ou 2,5mg 3x/dia Doxazosina Afinidade elevada aos receptores alfa-1. Vida média de 20 horas. 2 a 8mg/dia – dose única ou fracionada. Ação favorável, baixos efeitos colaterais Tansulosina Mais moderno e potente bloqueadores alfa-1, dose diária de 0,4mg Na vida prática vamos usar Doxazosina= + barato, geralmente disponível no SUS, mais hipotensão Tansulosina = + caro, mais potente, menos efeitos colaterais INIBIDORES DA 5-ALFARREDUTASE Impede a transformação de testosterona em DHT Redução do volume prostático sobretudo em torno de 30% Indicado para próstatas maiores ( > 40 g) Melhora de fluxo urinário e redução do I-PPS (6 meses) Reduz risco de retenção aguda e necessidade de cirurgia Efeito colateral restrito à esfera sexual Finasterida – inibe a isoenzima 2 - dose: 5 mg ao dia Dutasterida – inibe isoenzimas 1 e 2 - dose: 0,5 mg ao dia TERAPIA COMBINADA Alfabloqueador (tansulosina) e inibidor da 5- alfarredutase (dutasterida) Redução dos sintomas e volume prostático Diminuição dos riscos de retenção e cirurgia Exemplo: Combodart® (dudasterida 0,5 mg + tansulosina 0,4 mg) 4 Camila Carminate - MEDCEL ANTICOLINÉRGICOS Indicados em pacientes com sintomas de armazenamento exuberantes com resíduo miccional < 150 mL Se > 150 mL, associar alfa-bloqueador Oxibutinina, solifenacina, tolterodina BENIGNA BETA-3 AGONISTAS Atua nos receptores beta-3-adrenérgicos vesicais Promove relaxamento vesical Melhora sintomas de armazenamento MIRABEGRONA FITOTERÁPICOS Naturais e desprovidos de efeitos colaterais Compreensão farmacocinética comprometida pela associação de agentes Respostas positivas com Serenoa repens (saw palmetto 320 mg ao dia) Sem recomendação INIBIDORES DE FOSFODIESTERASE TIPO 5 (PDES) Relaxamento de músculo liso Efeito na proliferação de células endoteliais Melhora do fluxo sanguíneo Atividade sobre nervos eferentes prostáticos Tadalafila 5 mg 1 vez ao dia TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICAÇÕES DE TRATAMENTO CIRURGICO Retenção urinaria Infecções recorrentes ou persistentes do trato urinário Distúrbios anatômicos ou funcionais decorrentes de obstrução prostática Calculose ou divertículos secundários à obstrução Hematúria macroscópica de origem prostática Impossibilidade ou insucesso de tratamento clinico INCISÃO TRANSURETRAL DA PRÓSTATA Sintomatologia leve ou moderada (< 30 g) 2 incisões posteriores do colo vesical ao verumontanum Taxas razoáveis de sucesso – curto período (2 anos) Incisão que se estende do trígono vesical justameatal e termina no verumontanum prostático, em profundidade até a gordura retrovesical e prostática, seccionando o colo vesical TRATAMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS Objetivo: menor morbidade, anestesia local, menor tempo de internação e reabilitação mais rápida INACEITÁVEIS: dilatação por balão, hipertermia e ultrassonografia de alta frequência – resultados imprevisíveis ACEITAVEIS COM RESTRIÇÃO: stent uretral- falta de evidencia cientifica do real beneficio ACEITÁVEIS: micro-ondas, ablação por agulhas, coagulação intersticial por laser e eletrovaporização transuretral – não possibilitam anatomopatológico e sucesso não comparável ás prostatectomias RESSECÇÃO TRANSURETRAL DA PRÓSTATA Tratamentocirúrgico mais utilizado (90%) Alta taxa de sucesso, minimamente invasiva, reabilitação e alta precoce Pode ser utilizada em pacientes com risco cirúrgico elevado Mortalidade – 2% Melhora dos sintomas – 85% Cerca de 20% dos pacientes necessitarão de outra RTUP ao longo da vida COMPLICAÇÕES: Hemorragia perioperatoria Perfuração da capsula 5 Camila Carminate - MEDCEL Retenção urinaria pós operatória Tamponamento por coágulos Infecção urinaria Ejaculação retrograda Disfunção erétil Esclerose do colo vesical Incontinência urinaria VAPORIZAÇÃO TRANSURETRAL DA PRÓSTATA Variante da RTUP Alça especial destrói o tecido – vaporizado Pode ser utilizado em problemas de coagulação RESSECÇÃO TRANSURETRAL COM CORRENTE BIPOLAR Variante da RTUP clássica Corrente elétrica bipolar Menor risco de complicações hemorrágicas TERAPIA A LASER Terapia laser green light (laser verde) Menos efeito colateral – eficácia do procedimento tradicional Quase ausência de efeitos hemorrágicos Baixa taxa de disfunção erétil Incontinência urinária pós-operatória rara Complicação: fenômenos irritativos miccionais reversíveis EVAPORAÇÃO PLASMA BOTTON Vaporização dos tecidos Rápida recuperação e redução de transtornos Energia elétrica por gerador bipolar – “bolsão” de plasma ionizado permite ressecção, vaporização e hemostasia ao mesmo tempo PROSTATECTOMIA SIMPLES Taxas mais elevadas de melhora do fluxo urinário Maior índice de morbimortalidade Indicação: próstatas volumosas – acima de 80g Prostatectomia simples aberta Técnica transvesical (Freyer) Técnica retropúbica (Millin) Laparoscópica Robótica-assistida SÍNDROME DA INTOXICAÇÃO HÍDRICA Principal complicação Absorção excessiva, pelo leito cruento, da solução utilizada no procedimento QUADRO CLÍNICO Hiponatremia Hipertensão Bradicardia Confusão mental Náuseas e vômitos Distúrbios da visão TRATAMENTO Hemostasia Interromper procedimento Solução hipertônica para correção do sódio Tumor Renal EPIDEMIOLOGIA Incidência 3% das neoplasias em adultos 3ª neoplasia mais frequente do trato urinário Mais letal Relação homem/mulher – 3:1 Mais comum dos 50 aos 70 anos 4% são familiares Mais frequente em negros Iincidência aumenta 3 a 4% por ano FATORES DE RISCO Tabagismo (cerca de 2x risco) Hipertensão arterial sistêmica Obesidade Uso crônico de diuréticos tiazídicos e furosemida Exposição a asbesto e derivados de petróleo 6 Camila Carminate - MEDCEL Doença renal cística adquirida em pacientes com IRCT Predisposição genética a partir de síndromes (por exemplo: Von Hippel-Lindau) CÂNCER HEREDITÁRIO Von Hippel-Lindau - doença autossômica – 1/36.000 hab. - clínica - CCR, feocromocitoma, angiomas de retina e SNC - cistos renais e pancreáticos - 50% dos pacientes apresentam CCR - caráter multifocal e bilateral - acomete 3ª, 4ª e 5ª décadas de vida CCR familiar papilar APRESENTAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO Tríade Clássica: Hematúria; Massa palpável; Dor no flanco Fase inicial - maioria assintomática - 50% dos casos – achados incidentais Hematúria – 60% Febre, fadiga, perda de peso, sudorese noturna e hipertensão Associação com síndrome paraneoplásica (20%) Eritrocitose Hipercalcemia Hipertensão por produção aumentada de renina Lesões renais nem sempre malignas Lesões benignas - Maior parte - Acompanhamento Sangramento - Intervenção (exemplo: angiomiolipomas) TUMORES BENIGNOS Cistos simples Adenoma Angiomiolipoma Oncocitoma Pielonefrite xantogranulomatosa TUMORES MALIGNOS Carcinoma de células renais Sarcoma Carcinoma de urotélio (células transicionais) Tumor de Wilms DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO UROGRAFIA Pouco valor para CCR Raios X simples – calcificações centrais em 10,3% ULTRASSONOGRAFIA Diferencia tecidos sólidos e líquidos Útil na avaliação do tecido gorduroso (AML) Normalmente faz o diagnóstico “incidental” TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Exame ouro Sensibilidade de 80 – 90% para pequenas massas Qualquer massa isodensa – CCR até que se prove contrário Massas renais que não são cistos simples ao USG – fazer TC Em geral captação pós-contraste com aumento de 15 UH Diferenciar de pseudotumores (dismorfismo e hipertrofia coluna de Bertin) 10% a 15% suspeita de CCR são benignos Porém oncocitoma está associado a CCR em 30% dos pacientes Densidade do rim e TU: + 30UH Gordura: - 50UH Após contraste: lesões hipovasculares mantêm UH Tumores concentram contraste: aumento de 15 a 20 UH RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Pacientes alérgicos ao contraste ou insuficiência renal Diferencia bem invasões vasculares (trombo e tumor) PRINCIPAIS TÓPICOS Ultrassonografia – diagnóstico acidental CT com contraste – melhor exame 7 Camila Carminate - MEDCEL TC de tórax para estadiamento RNM – alérgicos a contraste e insuficiência renal Exame de escolha - Tomografia computadorizada - Elevada acurácia - Dispensa biópsia na maioria das vezes - Reconstruções 3D e tomografia multislice: melhor estudo do trombo neoplásico - Avaliação venosa - ressonância nuclear magnética HISTOPATOLOGIA Diversos tipos celulares com diferentes comportamentos Células claras – 75% - túbulo próxima Papilar – 15% - túbulo distal Células cromófobas – 5% - Túbulo distal Ducto coletor – 2% - ducto coletor CCR CÉLULAS CLARAS 70 a 80% dos casos Pior prognóstico que cromófobo e papilar Normalmente, são amarelados e hipervascularizados CCR PAPILAR OU TUBULOPAPILAR 10 a 15% dos CCR. Mais comuns em idosos e IRC Multicêntricos em quase 40% casos Menos vascularizados que as células claras tipo 1: mais comum e menos agressivo tipo 2: menos comum e mais agressivo RCC cromofóbico - 4 a 5% dos casos – melhor prognóstico Carcinoma do ducto de Bellini - < 1% casos - alto grau e estádio – pior prognóstico - atinge mais jovens – 3ª, 4ª e 5ª décadas - + de 50% com metástase ao diagnóstico Carcinoma renal medular - negros (3ª década) – prognóstico ruim Variantes sarcomatoides (1 a 5% casos) - não é considerado subtipo distinto - Mais associado com CCR comum (células claras) - piora o prognóstico quando presente Classificação de Fuhrman – baseava-se nas características do núcleo Era classificação prognóstica Foi substituída pela classificação da OMS/ISUP para carcinoma de células renais de células claras e papilas DESCRIÇÃO 1 Nucléolos são ausentes ou imperceptíveis e basofilicos a aumento 400x 2 Nucléolos são perceptíveis e eosinofilicos a aumento 400x, e visíveis, mas não proeminentes a 100x 3 Nucléolos são perceptíveis e eosinofilicos a aumento 100x 4 Extremo pleomorfismo nuclear, células gigantes multinucleares e/ou diferenciação rabdoide e/ou sarcomatoide DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ANGIOMIOLIPOMA Consiste em grande quantidade de tecido adiposo, MM e vasos Raro antes da puberdade – mais frequente em mulheres Sangramento retroperitoneal volumoso (síndrome de Wunderlich) – 10% dos pacientes Considerar angiomiolipoma, quando presença de gordura (UH < 50) Não operar quando não há risco de sangramento Apesar de ser lesão sólida, é benigna ONCOCITOMA 7% das massas renais Amarronzados, homogêneos, cicatriz central em forma de estrela Muitas vezes não distinguíveis dos CCR Quando não distinguir – tratamento cirúrgico Associado a CCR em 30% casos 8 Camila Carminate - MEDCEL OUTROS TUMORES RENAIS METÁSTASES Mais frequente que tumor primário Alto fluxo sanguíneo e rica vascularização renal Fontes: pulmões, mama, GI, melanoma etc Normalmente lesões múltiplas BIOPSIA Possibilidade de lesão inflamatória Suspeita linfoma ou metástase Antes de ablação térmica RASTREAMENTO E ASSOCIAÇÃO CLÍNICA Não compensa custo – Tu raro Indicado em IRC – proporção decistos e tumores Cistos adquiridos CCR familiar Esclerose tuberosa METÁSTASES Pulmão – 40% a 60% Ln periaórtico 20% a 35% fígado – 30% osso – 20% a 30% sobrevida em 1 ano – menor que 50% e pior para metástases não pulmonares ESTADIAMENTO TNM T1: ≤ 7 cm, confinado rim T1a: ≤ 4 cm T1b: 4 a 7 cm T2: > 7 cm, confinado ao rim T2a: 7-10 cm T2b: > 10 cm T3a: invasão vascular (veia renal) ou tecido perinéfrico (não invade adrenal) T3b: veia cava abaixo do diafragma T3c: veia cava acima do diafragma T4: ultrapassa Gerota (cólon, adrenal) N0: sem acometimento linfonodal N1: acometimento Ln regional M0: sem metástase à distância M1: metástases à distância FATORES PROGNÓSTICOS ESTÁDIO – FATOR ISOLADO MAIS IMPORTANTE Invasão gordura perinefrética – Sobrevida 5ª 15% a 20% Doença órgão confinada – Sobrevida 5a 70% a 90% ENVOLVIMENTO LINFONODAL Sobrevida 10a - 0 a 5% Sobrevida 5a - 5% a 30% TRATAMENTO NEFRECTOMIA RADICAL Remoção obrigatória da adrenal – controverso Acesso – laparotomia, lombotomia, acesso toracoabdominal (grandes massas) Videolaparoscopia – padrão-ouro (menor morbidade) NEFRECTOMIA PARCIAL Tumores pT1a em rim contralateral normal Tumores maiores – resultados promissores Rim único Tumores bilaterais Rim contralateral com risco de perda de função ABLAÇÃO TÉRMICA – CRIOABLAÇÃO OU RADIOFREQUÊNCIA Dano celular imediato e falência microcirculatória tardia Margem de 1 cm do tumor determinado por USG 9 Camila Carminate - MEDCEL Lesões menores que 3 cm Fazer biópsia prévia para ter AP VIGILÂNCIA ATIVA Tu menores que 2 cm Pacientes com alto risco cirúrgico Idosos, expectativa de vida < 5a, histologia favorável, crescimento lento Repetir imagem 3 – 6 meses para avaliar crescimento TRATAMENTO ADJUVANTE Resposta pobre à quimioterapia IL2 + INF – resposta parcial em 16% e total em 4,4% Terapia-alvo: sunitinibe, bevacizumabe, sorafenibe PROGNÓSTICO LIMITES, INVASÃO LOCAL E METÁSTASE SOBREVIDA EM 5 ANOS Tumor restrito ao rim 60 – 85% Tumor que invade a capsula renal e a gordura perirrenal 40 – 60% Invasão da veia renal ou cava, acometimento dos linfonodos retroperitoneais 15 – 35% Metástases hematológicas 0 – 15% SEGUIMENTO ESTÁDIO AV CLINICA RX TORAX CT ABDOME T1a N0M0 Anual X X T1b-2b N0M0 Anual Anual X T3-T4 N0M0 6m 6m – 1º 3ª Anual após 1º ano Bianual após Tx N1 M0 6m 4m por 2ª 6m após 6m – 1º a Anual após TRATAMENTO DO TU RENAL METASTÁTICO 1/3 são metastáticos ao diagnóstico 40% metástases após diagnóstico Nefrectomia: controle da dor, hemorragia e metástases ressecáveis Nefrectomia citorredutora antes de terapia-alvo CARCINOMA UROTELIAL DO TRATO URINÁRIO SUPERIOR EPIDEMIOLOGIA 5 - 10% dos tumores uroteliais Aspecto macroscópico similar aos tumores de bexiga Tabagismo (2 - 7x mais) + comum = pelve e cálices QUADRO CLÍNICO Inicial: hematúria, disúria e dor lombar Avançado: massa em flanco ou abdome, anorexia, dor óssea DIAGNÓSTICO Citologia urinária Cistoscopia: em busca de tumores sincrônicos Ureteroscopia flexível para biópsia Urotomografia: diagnóstico e estadiamento ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO BAIXO RISCO Unifocal <1cm Baixo grau Não invasivo na TC ALTO RISCO Multifocal >1cm Alto grau Hidronefrose Cistectomia por Ca urotelial previa TRATAMENTO CIRURGIA ÓRGÃO-POUPADORA Insuficiência renal Rim único = tentar preservar o máximo de parênquima, sem comprometer os resultados oncológicos 10 Camila Carminate - MEDCEL NEFROURETERECTOMIA RADICAL Padrão-ouro para tumores alto grau, multifocais, grandes e/ ou invasivos Exérese rim + ureter + cuff vesical em monobloco Tumor Bexiga EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO Idade média de 70 anos: raro antes dos 40 anos Incidência homem: mulher de 3:1 4º lugar neoplasias malignas no homem 8º lugar neoplasias malignas na mulher Caucasianos > afrodescendentes > hispânicos > asiáticos Na apresentação inicial - 75% doença não musculoinvasiva - 20% musculoinvasiva - 5% metastática TABAGISMO – FENILALANINAS Aumento de 2 a 4 vezes Responsável no homem em 50% casos; em mulheres, 30% Período de latência: 15 a 25 anos Risco alto mesmo após parar de fumar FATORES OCUPACIONAIS E AMBIENTAIS Indústria de corantes com anilina Exposição química em indústrias: alumínio, tinta, borracha, petróleo, têxtil e impressão Profissões de alto risco: cabeleireiros, indústria de papel, encanadores HISTOLOGIA E DIAGNÓSTICO 90 a 95% carcinomas de células transicionais (CCT) 5% carcinomas epidermoides Cistites crônicas: lesado medular, sondados 80% nas regiões endêmicas: Schistosoma haematobium (Egito, Sudão, Arábia Saudita e África) 0,5 a 2% adenocarcinomas: regiões do trígono ou úraco Histórico de extrofia vesical Hematúria - 80 a 90% dos casos: Macroscópica, intermitente, indolor e durante toda a micção Câncer de bexiga: causa mais frequente de hematúria macroscópica em pacientes > 50 anos Hematúria – diagnóstico diferencial - ITU, litíase, câncer de rim, glomerulonefrite, trauma, HPB Considerar contexto clínico: idade, sexo, fatores de risco Considerar os detalhes da hematúria Todas as hematúrias macroscópicas de etiologia desconhecida necessitam de avaliação urológica completa! SINTOMAS IRRITATIVOS URINÁRIOS DISÚRIA E URGÊNCIA 20 a 30% dos casos Confundido com cistite e prostatite Mais comum em doenças agressivas e de alto grau CIS: carcinoma in situ EXAME FÍSICO Estágio inicial: raramente anormal Doença avançada - Massa pélvica ou dor lombar - Toque retal: extensão prostática - Linfadenopatia inguinal ou à distância - Caquexia e perda de peso ULTRASSONOGRAFIA 1. tamanho das lesões 2. sinais indiretos – hidronefrose Tu < 0,5 cm – 33% casos Tu < 1,0 cm – 90% casos UROGRAFIA EXCRETORA 1. Avaliação do trato urinário superior 2. Tumor grande – falha de enchimento TC DE ABDOME (URO-CT) Avaliar obstrução ou CCT do trato urinário alto 2% nos estágios iniciais 11 Camila Carminate - MEDCEL 20% na doença avançada Raios X de tórax: metástase pulmonar? Limitado Cintilografia óssea: suspeita de metástase óssea CISTOSCOPIA Padrão-ouro no diagnóstico 1. ausência de substitutos adequados (marcadores urinários) 2. citologia: auxílio no diagnóstico ESTADIAMENTO TA (70%) Não invade lâmina própria 70% são baixo grau Sobrevida (5a) 95% 2/3 de recorrência T1A (20%) Invade lâmina própria Não invade musc. mucosa Sobrevida (5a) 72% T1B Invade lâmina própria Invade musc. mucosa Sobrevida (5a) 64% T2 Invade muscular própria Sobrevida (5a) 40-50% T3 Invade adiposo perivesical Sobrevida (5a) 30% T4 Invade próstata, útero, vagina Sobrevida (5a) 18% CARCINOMA IN SITU – CIS Histologia de células pouco diferenciadas + em 25% dos Tu baixo grau e 75% alto grau Piora o prognóstico TRATAMENTO BAIXO RISCO Tumor <3cm Tumor único Baixo grau pTa Ausência de câncer in situ Recorrência 1x/ano ALTO RISCO Tumor >3cm Tumores múltiplos Alto grau pT1 Presença de câncer in situ Recorrência >1x/ano INVASÃO MUSCULAR (DETRUSORA) SIM – cistectomia radical -> preservação vesical RUT + QT + RT NÃO – Baixo risco – acompanha; Alto risco – Re RTU BCG BCG – IMUNOTERAPIA INTRAVESICAL Esquema de indução por 6 semanas Esquema de manutenção 3 doses no 3º e 6º meses Depois 3 doses a cada 6 meses Sintomas irritativos Febre baixa Se > 38,5º C em 24 horas – INZ 3 meses Doença hepática ou pulmonar – INZ + RFP 6 meses 12 Camila Carminate - MEDCEL Sepse – raro Contraindicada em imunodeprimidos TUMORES SUPERFIC IAIS – SEGUIMENTO BAIXO RISCO 1º e 2º ANO 3º ao 5º ANOS CITOLOGIA 6 – 6m Intercalar de 6 – 6m USG 6 –6m Intercalar CITOSCOPIA 6 – 6m Intercalar ALTO RISCO 1º e 2º ANO 3º ao 5º ANOS CITOLOGIA 4 – 4m 6 – 6m USG 4 – 4m 6 – 6m CITOSCOPIA 4 – 4m 6 – 6m OBS: Tumor de bexiga com invasão da camada muscular – TTO: cistectomia radical COMPLICAÇÕES DA NEOBEXIGA ILEAL Cirúrgicas Tardias: acidose hiperclorêmica e hipocalêmica Elevação dos escores nitrogenados DERIVAÇÃO INCONTINENTE – BRICKER Tratamento TUMORES MUSCULOINVASIVOS SEGUIMENTO 1º E 2º ANOS 3º AO 5º ANOS BIOQUIMICA E HMG 4 – 4m 6 – 6m TC OU USG 4 – 4m 6 – 6m RX TÓRAX 4 – 4m 6 – 6m Câncer Próstata LOCALIZAÇÃO DOS TUMORES 70 a 80% zona periférica 20 a 30% zona transição ou central FATORES DE RISCO Homens negros: 1,6 vez mais chance Asiáticos: menor incidência Idade Aumento da frequência com o aumento da idade História familiar = maior risco! 1 familiar: 2,2x 2 familiares: 4,9x 3 familiares: 10,9x ETIOLOGIA Instabilidade genética Perda de genes supressores: p53, Rb, p21, E-Cadherin Proto-oncogenes: HPC 1 (Hereditary Prostate Cancer) Testosterona - Não constitui agente carcinogenético - Acelera o crescimento da neoplasia se essa já existir FATORES DE RISCO Nenhuma dieta preventiva específica é recomendada para reduzir o risco de CaP Em homens hipogonádicos – reposição de testosterona não ↑ risco de CaP Vasectomia - não interfere RASTREAMENTO – CONTROVERSO SBU - SBU: deve ser discutido com o paciente - homens a partir dos 50 anos - a partir dos 45, se negros ou HF positiva - após 75 anos, apenas se expectativa vida > 10 anos 13 Camila Carminate - MEDCEL AUA - deve ser discutido com o paciente - sem benefício abaixo dos 40 anos - rastreamento em f. risco – discutir com paciente de 40-54 anos - recomendado aos 55-69 anos - após 70 anos, apenas se em boa performance SINAIS E SINTOMAS Doença localizada - assintomático Doença localmente avançada - Obstrução infravesical: mais frequente - Poucos: hematúria, infecção e sintomas irritativos Doença avançada (raro) - Linfonodomegalia: edema MMI - Metástase óssea: dor óssea e paralisia DIAGNÓSTICO Ideal associar os 2 métodos: Toque retal + PSA “O diagnóstico é histológico por BIÓPSIA” PSA (NG/ML) PSA idade 40-49: 2,5 50-59: 3,5 60-69: 4,5 70-79: 6,5 PSA velocidade – Até 0,75 ng/mL/ano PSA densidade – PSA 10% do tamanho da próstata PSA L/T > 15% Toque retal com nódulo independe do valor do PSA = BIÓPSIA!! INDICAÇÕES DE BIÓPSIA Toque retal suspeito, independentemente do valor do PSA PSA alterado (afastar prostatite recente) Biópsia anterior com ASAP = RNM NÃO indica biópsia!! BIÓPSIA GUIADA POR USGTR Biópsia sextante estendida Mais dois fragmentos de nódulo, área suspeita ou alteração focal da vascularização ao Doppler em cores 12 fragmentos Transperineal - técnica mais recente - mais cara - menos infecção Transuretral - não é feita de rotina PATOLOGIA Tipo histológico 95% adenocarcinoma 5% outros (sarcomas, epidermoide, CCT, pequenas células) ESCORE DE GLEASON GLEASON (2 A 10) Pontuação baseada na diferenciação glandular e não em alterações celulares Nota A - Padrão predominante Nota B - Segundo padrão mais frequente ou terciário 4 e 5 Gleason 9 pode ser: - Gleason 9 (4 + 5) - Gleason 9 (5 + 4) ASAP Atypical small acinar proliferation: “suspeito, mas não diagnóstico” Se material suficiente – IMUNO Chance de 40% de CaP Material insuficiente 14 Camila Carminate - MEDCEL - Rebiópsia em 30 a 90 dias - Biópsias próximas à lesão PIN = PROSTATIC INTRAEPITHELIAL NEOPLASIA Pode ser de baixo ou alto grau Baixo grau -> sem importância clínica Alto grau -> em 2 fragmentos ou +, acompanhar com mais cuidado, mas não precisa rebiopsiar = muitos advogam nem reportar PIN no laudo anatomopatológico COMO ESTADIAR O CAP? Toque retal PSA < 4 ng/mL: 80% localizados 4,1 a 10 ng/mL: 70% localizados > 10 ng/mL: 50% localizados > 50 ng/mL: doença sistêmica Gleason com PSA: nomogramas Exames de imagem: TC de abdome, RNM, cintilografia óssea e raios X ESTADIAMENTO T1a: < 5% em RTU T1b: > 5% em RTU T1c: elevação T2a: unilat. até ½ lobo T2b: unilat. > ½ lobo T2c: ambos os lobos T3a: extracápsula prostática T3b: invade vesículas seminais T4: invade colo vesical, reto LOCAL E REGIONAL Baixo risco - T1c-T2a PSA < 10 ng/mL - Gleason < 7 (ISUP 1) Risco intermediário - T2b Psa 10-20 ng/dL - Gleason 7 (ISUP 2 ou 3) Alto risco - T3-T4 PSA ≥ 20 ng/dL - Gleason >7 (ISUP 4 ou 5) ESTADIAMENTO LOCAL E A DISTÂNCIA RM – multiparamétrica boa para avaliar préoperatório. Orientar novas biópsias em pacientes com biópsia negativa prévia por US Avalia tumores localmente avançados em pacientes de alto risco Cintilografia óssea – Sintomatologia óssea Tumores localmente avançados (T3/T4) Tumores de médio e alto risco TRATAMENTO DO CAP – BAIXO RISCO PROSTATECTOMIA RADICAL Retropúbica Perineal Laparoscópica pura ou robótica Prostatectomia radical sem linfadenectomia: - Idade preferência pelos mais jovens - Expectativa vida > 10 anos - Técnicas sem diferenças entre complicações e controle da doença RADIOTERAPIA Radioterapia de intensidade modulada (IMRT) Não associar bloqueio androgênico VIGILÂNCIA ATIVA T1-T2a Gleason < 7 (ISUP 1) Comorbidades importantes Até 2 fragmentos ou 34% Até 50% cada fragmento Cuidados - Nova biópsia aos 12 e 36 meses - se PSADT < 12 meses ou progr. histol – RTx ou PR COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA Disfunção erétil - Preservação da banda neurovascular - Aumenta com a idade 15 Camila Carminate - MEDCEL - Tratado com medicação via oral, injeções e próteses Incontinência urinária - Preservação do esfíncter externo - Aumenta com a idade - Diminui com a experiência do cirurgião - Tratado com medicações e esfíncter artificial BRAQUITERAPIA Indicação – opção RT CaP de baixo risco Próstata pequenas Sem obstrução Sem RTU-P prévia TRATAMENTO DO CAP DE RISCO INTERMEDIÁRIO Prostatectomia radical com linfadenectomia pélvica Estendida se risco de Ln + maior que 5% Radioterapia - com HT 4 a 6 meses TRATAMENTO TRATAMENTO DO CAP DE RISCO ALTO Prostatectomia radical com linfadenectomia pélvica estendida Radioterapia - com HT 2 a 3 anos CONCEITO DE RECIDIVAS BIOQUÍMICAS Após PR - se PSA > 0,20 em 2 dosagens intervalo 2 semanas - se recidiva local – RT resgate - se doença a distância: bloqueio hormonal Após RT - PSA > 2 ng/dL acima do nadir - se TR com limites precisos e suspeita de local: PR - se doença à distância: bloqueio hormonal SEGUIMENTO PACIENTES APÓS TRATAMENTO 1 ano: PSA a cada 3 meses 2 anos: PSA a cada 6 meses A partir de 3 anos: PSA a cada 12 meses CAP METASTÁTICO EPIDEMIOLOGIA 5% são metastáticos ao diagnóstico Sobrevida média de 42 meses 90% respondem ao bloqueio androgênico TRATAMENTO BLOQUEIO ANDROGÊNICO Objetivo: diminuir a testosterona sérica Castração cirúrgica Estrogênios Análogos LHRH (LHRHa) Antiandrogênicos RISCOS DA TERAPIA HORMONAL Fogachos Perda da libido Disfunção erétil Perda da memória Perda óssea e osteoporose Perda muscular e acúmulo de gordura Sequela metabólica - Resistência à insulina - Diabetes - Dislipidemia - Aumento da mortalidade cardíaca O QUE FAZER QUANDO FALHA A CASTRAÇÃO? PSA elevado, mas sem metástases evidentes - bloqueio completo Presença de metástases - docetaxel (cuidado nos pacientes com EP ruim) - abiraterona + prednisona - enzalutamida Opções variam de acordo com a presença de metástases radiológicas e performance status DOENÇA ÓSSEA: COMO PROTEGER OS OSSOS? Radium-223 - Doença óssea e dor óssea 16 Camila Carminate - MEDCEL - Pacientes sem metástases visceraisOferecer vitamina D e cálcio Bifosfonados – zoledronato – meta óssea e castração Câncer Testículo INTRODUÇÃO Tumor mais prevalente – masculino jovem 15 a 35 anos – alto índice de cura Suscetível a quimioterapia – mesmo avançado ANATOMIA ESCROTAL TESTÍCULOS Produz esperma e hormônios (testosterona) Formato ovoide 3-5 cm Geralmente esquerdo mais baixo que direito TÚNICA VAGINAL Fáscia que recobre o espaço virtual nos 2/3 anteriores do testículos Pode acumular líquidos (água, sangue, pus) EPIDÍDIMO Estrutura tubular na porção posterior dos testículos Esperma percorre os túbulos da rede testis até o epidídimo chegando ao ducto deferente Função de armazenar e transportar esperma e facilitar a maturação do mesmo CORDÃO ESPERMÁTICO Vasos testiculares Ramo inguinal ilioinguinal Músculo cremaster Gordura Ducto deferente APÊNDICES TESTICULARES Pequena estrutura vestigial na região anterossuperior do testículo. Remanescente do ducto müleriano. Mede certa de 3 mm e corre risco de torção APÊNDICES EPIDIDIMÁRIOS Vestígio ducto de Wolff Geralmente na porção superior do epidídimo EXAME FÍSICO Aumento testicular uni ou bilateral Uniforme (hidrocele) ou filiforme (varicocele) Localizado na porção cefálica do epidídimo (cisto epidídimo) Manobra de Valsalva Massas pétreas (neoplasias) TRANSILUMINAÇÃO DIAGNÓSTICO Lesão indolor, endurecida Crescimento progressivo 10% – apresentação inicial com metástases Dor testicular – possível devido a infarto testicular Sinal clínico – nódulo ou massa testicular detectada pelo autoexame FATORES DE RISCO Criptorquidia ou ectopia gonadal Tumor testicular contralateral Irradiação 17 Camila Carminate - MEDCEL Exposição a hormônios exógenos femininos no período pré-natal Parentes de 1º grau acometidos pela doença Síndrome de Klinefelter Infertilidade ULTRASSONOGRAFIA Lesão sólida no parênquima testicular 95% de sensibilidade na detecção Tomografia – avaliação de metástases retroperitoneais Ressonância – dúvida não esclarecida à ultrassonografia DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Orquiepididimite Orquite Hidrocele Torção de testículo Tuberculose Hérnia encarcerada MARCADORES TUMORAIS Tumores se originam de células germinativas (maioria) Seminomatosos e não seminomatosos Não seminomatosos – elevação de alfafetoproteína e beta-HCG ORIENTAÇÕES CLÍNICO Massa endurecida e indolor ULTRASSONOGRAFIA Diferenciar tumor de outras lesões MARCADORES Elevação de alfafetoproteína e beta-HCG TOMOGRAFIA Avaliar retroperitônio RAIOS X TÓRAX Avaliar metástases pulmonares TOMO DE TÓRAX Avaliar metástase HISTOLOGIA Guiada – inguinotomia CLASSIFICAÇÃO Maioria a partir de células germinativas Raros Tu de células de Sertoli, Leydig ou sarcomas 2 grandes grupos: seminomas e não seminomas Não seminomas – elevação de alfafetoproteína e beta-HCG SEMINOMA 40 a 45% CARCINOMA EMBRIONÁRIO 20 a 25% TERATOCARCINOMA 25% TERATOMA 10% CORIOCARCINOMA 1% ESTADIAMENTO I - Tumor restrito ao escroto Ia Intratesticular Ib Invasão de túnica albugínea, epidídimo ou cordão II - Metástase em linfonodos retroperitoneais IIa Metástases microscópicas IIb Metástases < 2 cm IIc Metástases > 2 cm III - Metástase supradiafragmática ou visceral IIIa Metástase pulmonar IIIb Metástase mediastinal ou visceral TRATAMENTO Orquiectomia radical com ligadura alta dos elementos Orquiectomia parcial – tumores menores que 2 cm Pacientes com testículo único, doença bilateral Suspeita de lesão benigna Estádios I e IIa – muitos curados apenas por orquiectomia 20 a 30% de recorrência (com sinais de maior agressividade: invasão da túnica, vascular, linfática ou tipo histológico, como carcinoma embrionário) Drenagem linfática do testículo é inguinal Se fizer orquiectomia via escrotal mudar o estadiamento para T4 - Orquiectomia radical sempre via inguinal! SEMINOMA I e IIa – excelente resposta a radioterapia Cura – aproximadamente 100% NÃO SEMINOMA Ttratamento adicional proposto 30% de estádio I e 60% IIa = metástases linfonodais Linfadenectomia retroperitoneal (também estadiamento) Quimioterapia 18 Camila Carminate - MEDCEL LESÕES AVANÇADAS (I IB , I IC E I I I ) Quimioterapia = efetiva Regressão mesmo de lesões metastáticas Bleomicina/ cisplatina/ etoposídeo Linfadenectomia pós-quimioterapia – complexa
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