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1 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 2 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 Sumário DERMATOLOGIA ............................................................................................................................................................. 3 ORTOPEDIA ................................................................................................................................................................... 10 OTORRINOLARINGOLOGIA............................................................................................................................................ 15 PSIQUIATRIA ................................................................................................................................................................. 18 3 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 DERMATOLOGIA HANSENÍASE a. Etiologia Mycobacterium leprae – BAAR b. Transmissão Aérea – alta infectividade, baixa patogenicidade Período de incubação: 2-7 anos Alvos: pele e nervos periféricos c. Clínica – lesão cutânea com alteração de sensibilidade INDETERMINADA Mácula hipocrômica, sem pelo Baciloscopia negativa TUBERCULOIDE – imunidade celular Placa eritematosa/hipocrômica bem delimitada Baciloscopia negativa Reação de Mitsuda positiva VIRCHOWIANA – imunidade humoral Lesão infiltrativa difusa Baciloscopia positiva Reação de Mitsuda negativa DIMORFA/BORDERLINE Placas eritematosas variadas Baciloscopia positiva *Reação de Mitsuda mostra resposta imune celular, a qual tem a capacidade de combater o bacilo d. Diagnóstico – é clínico! Pelo menos 1: Lesão de pele com alteração de sensibilidade (térmica > dolorosa > tátil) Acometimento de nervo periférico (espessamento, neuropatia) Baciloscopia positiva (lóbulos e cotovelos + lesão) e. Tratamento PAUCIBACILAR ≤ 5 lesões MULTIBACILAR > 5 lesões Indeterminada Tuberculoide Virchowiana Dimorfa/Borderline Baciloscopia + Rifampicina 600mg 1x/mês + Dapsona 100mg 1x/mês e 100mg/dia + Clofazimina 300mg 1x/mês e 50mg/dia 6 doses sob supervisão (até 9 meses) 12 doses sob supervisão (até 18 meses) *Gravidez e HIV não muda! 4 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 REAÇÕES HANSÊNICAS Não interrompe/reinicia tratamento!!! TIPO 1 / REAÇÃO REVERSA TIPO 2 / ERITEMA NODOSO Reação celular Lesão cutânea agudizada, piora da neuropatia Tuberculoide Deposição de imunocomplexos Nódulos subcutâneos, orquite, glomerulite Virchowiana Prednisona Talidomina +/- Virchowiana *Mulher em idade fértil: Pentoxifilina f. Controle Contactantes: Exame dermatoneurológico anual 0 ou 1 cicatriz: 1 dose BCG CA DE PELE NÃO MELANOMA CBC CEC Mais comum do mundo 2/3 superiores da face Relação com exposição solar esporádica Fenótipo claro + idade avançada 1/3 inferior da face FR: queimadura (úlcera de Marjolin), ceratose actínica, HPV Relação com exposição solar contínua / transplantados Fenótipo claro + idade avançada + trabalhador Nódulo-ulcerativo perolado com telangiectasias Pouco agressivo, mas com invasão local Risco de recidiva (> 10-20mm ou região H da face) Placa ceratótica > ulceração com sangramento Maior risco de metástase Ressecção cirúrgica com margem livre (5mm) MELANOMA a. Fatores de risco Nevo melanocítico (> 50, displásico, congênito > 20cm) – apenas 25% tem nevo prévio HF – gene CDK2NA 5 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 Fenótipo claro UVB b. Clínica A – assimetria B – borda irregular C – cor variada (≥ 2) D – diâmetro (> 6mm) E – evolução (tamanho, formato, sintomas) c. Diagnóstico Biópsia excisional com margem de 1-3mm de gordura – incisional se lesão extensa ou em face d. Classificação Extensivo superficial Mais comum (70%) Mácula Crescimento lento e radial (excêntrico) Local: dorso (homem), perna (mulher) Nodular Mais grave Nódulo Crescimento rápido e vertical Acral Crescimento lento Negros Local: palmoplantar Lentigo maligno Crescimento muito lento Idosos Local: cabeça e mãos e. Tratamento 1) Cirurgia – ampliação das margens da biópsia de acordo com a espessura (Breslow) In situ 0.5-1cm ≤ 1mm 1cm 1-2mm 2cm > 2mm ≥ 2cm 6 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 2) Pesquisa de linfonodo sentinela Indicações: Ausência de linfonodomegalia clínica Espessura > 0.8mm Ulceração DERMATOSES ECZEMA ATÓPICO Inflamação crônica, hipersensibilidade Maior risco de infecções secundárias: maior colonização da pele por S. aureus + disfunção da barreira cutânea Pode ser a primeira manifestação da atopia a. Clínica Prurido cutâneo + xerodermia + hiper-reatividade cutânea LACTENTE (3m-2a) Placas eritematocrostosas exsudativas em face (poupa maciço centrofacial) e região extensora (poupa área da fralda) INFANTIL (2-12a) Placas eritematocrostosas com escoriações em região flexora, tornozelo e pescoço PUBERAL Xerose e liquenificação em região flexora *Início > 3m, pois tem que ser sensibilizado! b. Tratamento Controle ambiental Emolientes + sabonete pH ácido Corticoide tópico + anti-histamínico Imunomoduladores ECZEMA SEBORREICO Mais comum em RN, homem, transtorno de ansiedade, doença de Parkinson Associação com pitiríase versicolor (Malassezia furfur) a. Clínica – início < 3m Lesões eritematodescamativas em áreas seborreicas (couro cabeludo, sobrancelha, sulco nasolabial) Crosta láctea, sem prurido, com escamas amareladas (graxentas) – lactente Prurido b. Tratamento Sulfeto de selênio, zinco Cetoconazol AAS Se acometimento linfonodal: linfadenectomia +/- adjuvante (anticorpos monoclonais) Sinal da dupla prega de Dennie-Morgan Sinal de Hertoge Tubérculo de Kaminsky Ceratose pilar 7 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 ECZEMA DE CONTATO IRRITANTE PRIMÁRIO – problema da substância ALÉRGICO – problema do paciente Lesão direta Teste de contato negativo – a pessoa não tem “alergia” (reposta imune) ao produto Lesão no local do contato Ex: detergente, fralda (preserva dobras) *Candidíase: acomete dobras e tem lesões satélites Sensibilização prévia (hipersensibilidade IV) Teste de contato positivo Lesão no local do contato e distante Ex: bijouteria/relógio (níquel), couro/cimento, esmalte, borracha PSORÍASE Ativação imunológica inapropriada > hiperplasia da epiderme a. Clínica VULGAR Placas eritematodesmacativas bem delimitadas, de tom prateado, em áreas extensoras/couro cabeludo Ceratose ungueal INVERTIDA Áreas flexoras HIV, negros, obesidade GUTATATA Crianças Após faringite estreptocócica Inicio abrupto, súbito Melhora sozinho PUSTULOSA Pústulas estéreis Inflamação exuberante Grave: Von Zumbusch – febre, queda do estado geral, leucocitose *Fenômeno de Koebner: aparecimento de lesão em área de trauma b. Diagnóstico Curetagem de Brocq: sinal da vela > membrana > sinal de Auspitz (orvalho sanguíneo) c. Tratamento Fototerapia Acitretina Metotrexate 8 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 BULOSES PÊNFIGO FOLIÁCEO PÊNFIGO VULGAR Descolamento superficial Anticorpos antidesmossomos na camada granulosa da epiderme Lesões crostosas, SEM bolhas Poupa mucosa Descolamento profundo Anticorpos antidermossomos na camada espinhosa da epiderme Lesões bolhosas + erosão (“bife sangrante”) Acomete mucosa Corticoide / Imunoglobulina / Plasmaférese Foliáceo Vulgar FARMACODERMIAS Todo fármaco pode causar alteração cutânea Pode aparecer até 6 semanas após o uso A – Amoxicilina (Penicilinas), AINE, Alopurinol B – Bactrim (SMX-TMP) C – Convulsões (Fenitoína, Carbamazepina) ERITEMA MULTIFORME Lesão “em alvo” em região extensora, mãos e pés *Pode ser infeccioso (herpes vírus) STEVENS-JOHNSON (SSJ) / NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (NET) 1) Febre, mialgia, artralgia (1-2 semanas) 2) Exantema + lesão mucosa + descolamento da epiderme (clivagem dermoepiférmica) com sinal de Nikolsky (piora com tração) SSJ: descolamento < 10% NET: descolamento > 30% + sintomas sistêmicos graves DRESS Exantema + linfonodomegalia + eosinofilia + linfócitos atípicos + sintomas sistêmicos (fígado) Anticonvulsivantes, Alopurinol 9 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 INFECTOCONTAGIOSAS ESCABIOSE (SARNA) – Sarcoptes scabiei Pápula com túnel Prurido noturno Forma grave: “norueguesa” Tratamento: Permetrina / Enxofre (grávida, < 2m) / Ivermectina (> 15kg) ESPOROTRICOSE – Sporothix schenckii Jardineiro / contato com gatos Nódulo com ulceração + linfangite em “contas de rosário” Tratamento: iodeto de potássio / Itraconazol / AnfoB MICOSES PITIRÍASE – Malassezia furfur Máculas com descamação furfurácea (sinal de Zireli) Pode ter várias cores Tratamento: antifúngico tópico DERMATOFITOSE (TINEA) – Microsporum, Tricophyton Alopécia Eritema circinado (bordas ativas) descamativo Tratamento: tópico / Griseofulvina (capitis) LEISHMANIOSE TEGUMENTAR – Leishmania brasiliensis, amazonenses, guyanensis Úlcera com bordas elevadas (“em moldura”) indolor Diagnóstico: raspado / Montenegro + Tratamento: Glucantime / Anfo B MOLUSCO CONTAGIOSO – Pox vírus Pápula com umbilicação central Tratamento: resolução espontânea / curetagem PLECT P – Paracoco (mucosa!) L – Leishmaniose tegumentar E – Esporotricose C – CEC / Cromomicose T – Tuberculose SSSS (SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA) S. aureus produz exotoxina esfoliativa Poupa mucosa Clivagem intraepidérmica: a pele que solta é fininha (clara) e não acinzentanda (SSJ, NET) 10 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 ORTOPEDIA TRAUMA FRATURAS Perda da continuidade óssea a. Conceitos Diáfise: meio do osso Metáfise: meio (transição), parte mais vascularizada Epífise: extremidade proximal ou distal Especiais Em galho verde: crianças > incompleta, um lado quebra e do outro enverga/amassa De tórus: crianças > amassa, mas não quebra Por estresse/fadiga: trauma crônico/repetitivo Patológica: osso frágil por doença prévia (osteoporose, tumor) b. Tratamento 1) Redução (< 4-6h) Fechada/incruenta Aberta/cruenta – fraturas articulares 2) Estabilização Gesso Cirurgia (fio, placa, parafuso, fixador) c. Complicações ▪ DA FRATURA Lesão arterial – ausência de pulso Síndrome compartimental – osso lesa músculo > edema muscular dentro da fáscia Embolia gordurosa Osteomielite ▪ DO TRATAMENTO Consolidação viciosa (deformidade) – contratura de Volkmann Pseudoartrose – não consolida > 9m FÊMUR PROXIMAL Idosa com queda da própria altura Dor no quadril + encurtamento do membro + rotação externa Cirurgia em até 12h (colo) RÁDIO DISTAL Colles: cai com a palma da mão + fragmento posterior Smith: cai com o dorso da mão + fragmento anterior Barton: acometimento intra-articular – mais grave FRATURA EXPOSTA – urgência 1) ATLS 2) Curativo estéril 3) Imagem 4) ATB em até 3h (Gustillo-Anderson) + profilaxia antitetânica 5) Cirurgia em até 4-6h – desbridamento + limpeza mecânica + estabilização 11 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 Classificação de Gustillo-Anderson TIPO FERIDA CONTAMINAÇÃO ANTIBIÓTICO I < 1cm Pequena Cefazolina II 1-10cm Moderada III > 10cm / rural / PAF Grande IIIa. Cobertura possível IIIb. Retalho IIIc. Lesão arterial Ceftriaxona +/- Penicilina (área rural) LUXAÇÃO Urgência ortopédica!!!! Mais grave que fratura! Cotovelo: n. ulnar Joelho: artéria poplítea, n. fibular Quadril: n. ciático CABEÇA DO RÁDIO Causa: elevar criança com braços estendidos Clínica: membro em pronação fixa Manobra de redução: supinação + flexão POSTERIOR DO QUADRIL Causa: acidente de carro Clínica: adução + rotação interna Riscos: lesão do n. ciático, necrose avascular da cabeça do fêmur, osteoartrose Manobra de redução: Allis / Stimson ENTORSE TORNOZELO Causa: inversão lateral Ligamento mais lesado: ligamento talofibular anterior Tratamento: PRICE – proteção, repouso, gelo, compressão, elevação OSTEOMIELITE a. Origem Contiguidade (80%): pé diabético, fratura exposta, cirurgia, celulite Hematogênica: mais comum em crianças, meninos (metáfise de ossos longos!) b. Fisiopatologia Inflamação + infecção óssea > aumento da pressão intraóssea > isquemia/necrose > piora da inflamação e infecção > sequestro ósseo (isolamento de uma parte do osso que foi necrosado) – indica cronificação c. Conduta 1) Clínica 2) Laboratório: aumento de PCR, VHS 3) RX (se normal: RM) – altera com 10-14 dias 4) ATB d. Tratamento Drenagem cirúrgica + ATB Todas as idades S. aureus Oxacilina RN S. aureus + GBS + Gram neg Oxacilina + Gentamicina ou Ceftriaxona Anemia falciforme Salmonella Ceftriaxona 12 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 TUMORES ÓSSEOS PRIMÁRIOS Dor + proeminência óssea por semanas/meses OSTEOSSARCOMA Adolescente e adulto jovem (10-25 anos) Metáfise de ossos longos: fêmur distal, tíbia proximal, úmero Multiplicação de osso imaturo: aumento da FA RX: raios de sol, triângulo de Codman (eleva periósteo) Tratamento: cirurgia + QT neo/adjuvante – má resposta à RT SARCOMA DE EWING Criança e adolescente (5-15 anos) Diáfise de ossos longos e pelve RX: lesão permeativa (“roído de traça”), reação periosteal em “casca de cebola” Tratamento: cirurgia + QT neo/adjuvante + RT CONDROSSARCOMA Adultos (40-60 anos) Pelve e fêmur proximal RX: espessamento da cortical Tratamento: cirurgia Osteossarcoma Ewing METÁSTASE ÓSSEA BLÁSTICA LÍTICA Próstata Carcinoide Oat cell Hodgkin Pulmão (exceto oat cell) Melanoma Mieloma Tireoide Não-Hodgkin Renal *A metástase óssea acomete o pedículo! ORTOPEDIA PEDIÁTRICA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL Imaturidade articular > instabilidade articular a. Fatores de risco HF Sexo feminino Oligodrâmnia Torcicolo congênito Apresentação pélvica 13 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 b. Diagnóstico RN > 2-3m Manobra de Barlow: provoca luxação – adução do quadril + pressão posterior Manobra de Ortolani: reduz a luxação – abdução do quadril Limitação da abdução do quadril Sinal de Galeazzi: joelho mais baixo Assimetria das pregas inguinais, glúteas e poplíteas USG (ideal < 4-6m) c. Tratamento Suspensório de Pavlik (quadril em abdução e flexão) por 6 semanas DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES Necrose avascular da cabeça femoral idiopática a. Fisiopatologia Isquemia temporária idiopática da cabeça femoral > necrose > revascularização com remodelação óssea defeituosa > incongruência articular > artrose precoce b. Clínica Menino branco 2-12 anos (pico: 4-9 anos) Claudicação + dor na virilha / face interna da coxa / joelho Limitação da rotação interna e abdução do quadril c. Diagnóstico RX: colapso da epífise femoral + aumento do espaço articular d. Tratamento Imobilização ou cirurgia SINOVITE TRANSITÓRIA DO QUADRIL Artrite reativa após infecção – 7-14 dias após infecção respiratória viral a. Clínica – parece Legg-Calvé-Perthes,mas tem infecção prévia e o RX é normal 3-8 anos Claudicação + dor no quadril / face interna da coxa / joelho RX: normal b. Tratamento Repouso + analgesia + AINE EPIFISIÓLISE Deslizamento da epífise da cabeça femoral através da fise (placa de crescimento) a. Clínica Menino, 11-15 anos Claudicação Limitação da rotação interna, flexão e abdução do quadril Sinal de Drehman: rotação externa involuntária ao fazer flexão do quadril b. Diagnóstico RX: linha de Klein não atravessa a cabeça femoral 14 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 c. Tratamento Epifisiodese (fixação com parafuso) DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER Lesão na tuberosidade anterior da tíbia – tração excessiva do ligamento patelar a. Clínica Menino 8-15 anos, praticante de esporte Dor + tumoração tibial anterior b. Diagnóstico RX: fragmentação da tuberosidade tibial c. Tratamento Repouso + analgesia + AINE + joelheira PARTES MOLES DOR NO OMBRO SÍNDROME DO IMPACTO: abdução do ombro > compressão de estruturas que passam entre o acrômio e o úmero – bursite, tendinite do m. supraespinhal MANGUITO ROTADOR Supraespinhal – abdução Redondo menor Infraespinhal – rotação externa Subescapular – rotação interna NEER Com a escápula estabilizada, faz-se elevação passiva do braço em rotação interna Síndrome do impacto HAWKINS Rotação interna passiva do braço em flexão anterior e com cotovelo fletido JOBE Elevação do membro em rotação interna (polegar para baixo) contra resistência – lata vazia Supraespinhoso PATTE Rotação externa do membro contra resistência com o cotovelo flexionado – bolsinha paty Infraespinhoso GERBER Afastar a mão do dorso após colocar o braço para trás em rotação interna com cotovelo flexionado – general Subescapular YERGASON Com braço aduzido ao tórax e cotovelo flexionado a 90, fazer supinação contra resistência Bíceps SPEED (PALM UP) Com antebraço estendido e supinado, realizar elevação do braço contra a resistência enquanto se palpa o sulco bicipital Fraqueza: rotura / Dor: tendinite DOR NO COTOVELO ▪ EPICONDILITE LATERAL – Tenista MEDIAL – Golfista Doe com extensão do punho contra a resistência Dor com flexão do punho contra a resistência COZEN Extensão do punho contra resistência Epicondilite lateral MILL Oposição à flexão 15 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 DOR NO PUNHO FINKELSTEIN Flexão do polegar e desvio ulnar passivo Tenossinovite de DeQuervain – tendões do polegar (abdutor longo e extensor curto) TINEL Percussão da face anterior do punho Síndrome do túnel do carpo – n. mediano (1º + 2º + 3º + metade lateral do 4º dedo) PHALEN Flexão palmar por 1 min DOR NO JOELHO Ligamentos cruzados GAVETA ANTERIOR Coxa e perna em flexão, puxar a perna para frente Ligamento cruzado anterior LACHMAN Tração anterior da perna e posterior do fêmur PIVOT SHIFT Rotação interna da tíbia segurando o pé seguida da flexão do joelho GAVETA POSTERIOR Coxa e perna em flexão, empurrar a perna para trás Ligamento cruzado posterior Ligamentos colaterais ESTRESSE EM VALGO Forçar joelho medialmente Ligamento colateral medial ESTRESSE EM VARO Forçar o joelho lateralmente Ligamento colateral lateral Meniscos MCMURRAY Rotação externa da tíbia seguida de extensão do joelho Menisco medial Rotação interna da tíbia seguida de extensão do joelho Menisco lateral APPLEY Decúbito ventral, pressão na região plantar e rotação externa da perna Menisco medial Decúbito ventral, pressão na região plantar e rotação interna da perna Menisco lateral *O calcanhar aponta para o menisco testado!!! OTORRINOLARINGOLOGIA VERTIGEM Ilusão de movimento (rotação) – a pessoa roda ou o ambiente roda PERIFÉRICO (80%) CENTRAL Labirinto N. vestibulococlear (VIII par) Tronco encefálico Córtex VPP Doença de Meniére Neurite AVE – circulação posterior (vertebrobasilar) Tumor Súbita, intensa, limitada Insidiosa, crônica Horizontal / Rotatório Unidirecional Inibe com a fixação visual Vertical Multidirecional Não inibe com fixação visual Zumbido Disartria, disfasia VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA (VPPB) Otolitos (debris de cálcio) saem do utrículo e caem no canal semi-circular (principalmente posterior) > movimenta endolinfa > células ciliadas interpretam como movimento *Principal causa de vertigem 16 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 a. Clínica Mulher > 60 anos Após trauma, infecções Episódios rápidos (< 1min) provocados por movimentos da cabeça b. Diagnóstico Manobra de Dix-Hallpike (Nylen-Barany) c. Tratamento Manobra de Epley *Evitar antivertiginosos (“vertix”) – parkinsonismo d. Diagnósticos diferenciais DOENÇA DE MENIÉRE Hidropsia endolinfática com distorção do labirinto – acúmulo de endolinfa Vertigem recorrente + zumbido + hipoacusia Tratamento: dieta hipossódica / betaistina / diurético / corticoide / cirurgia / reabilitação NEURITE VESTIBULAR – “Labirintites” Lesão neural inflamatória Crise vertiginosa após IVAS Tratamento: sintomáticos (dimenidrato / clonazepam) – “deprime” o labirinto RINITE Inflamação da mucosa nasal 1: Rinorreia Obstrução nasal Prurido Espirros ALÉRGICA Exposição a alérgeno > liberação de IgE e histamina Perene (ácaro) x Sazonal (pólen) a. Clínica História de atopia – asma, eczema atópico Dupla prega de Dennie-Morgan, saudação alérgica, prega nasal (linha transversal eritematosa) Rinoscopia: mucosa edemaciada e pálida b. Classificação Intermitente Sintomas < 4 dias/semana ou < 4 semanas Persistente Sintomas ≥ 4 dias/semana e ≥ 4 semanas Leve Sono e atividades normais, sem sintomas incômodos Moderada-grave Atividades comprometidas, incômodo c. Diagnóstico Clínico Laboratório: eosinofilia, aumento de IgE Testes alérgicos: cutâneo, sérico d. Tratamento Não farmacológico – controle ambiental Quarto ventilado 17 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 Evitar tapetes, cortinas e bichos de pelúcia Limpeza com pano úmido Controle do mofo e umidade Evitar animais de pelo e pena Não fumar Evitar produtos de forte odor Lavagem nasal com SF Farmacológico Intermitente / Persistente leve Corticoide tópico (spray nasal) – beclometasona, budesonida, fluticasona Anti-histamínicos 2ª geração – loratadina, desloratadina, fexofenadina Cromoglicato – se < 2 anos, menos efetivo Persistente moderada ou grave Corticoide tópico +/- Anti-histamínicos Corticoide oral Descongestionantes – pseudoefedrina Antileucotrienos Imunoterapia – único que altera curso da doença Indicações: Falha no tratamento farmacológico Sensibilização comprovada por testes Relação exposição x manifestação clínica Extrato alergênico disponível e padronizado OUTRAS CAUSAS DE RINITE EOSINOFÍLICA NÃO-ALÉRGICA IgE normal HORMONAL Gravidez, menstruação INDUZIDA POR DROGAS Uso prolongado de vasoconstritores (efeito rebote) / IECA, sildenafil *Congestão nasal, vermelhidão, friabilidade ATRÓFICA Klebsiella ozenae SISTÊMICA Granulomatose de Wegener / Sarcoidose IDIOPÁTICA - EPISTAXE ANTERIOR POSTERIOR Plexo de Kiesselbach Ramos posterolaterais da artéria esfenopalatina Mais comum (90%) Coagulopatias Criança/adulto jovem Idosos Autolimitada Mais grave – sai sangue pelo nariz e pela boca 1) Estabilização hemodinâmica / via aérea 2) Medidas gerais Assoar nariz – remover coágulo Borrifar vasoconstritor – oximetazolina Comprimir narina 10-15min – gelo local 3) Medidas específicas Cauterização – química, elétrica, laser Tamponamento – anterior, posterior Embolização Cirurgia – ligaduras 18 Ana Bárbara Dias LopesUrzedo – 2021 APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO Bloqueio inspiratório da via respiratória durante o sono Hipoxemia + hiperatividade simpática (HAS) + resistência à insulina a. Fatores de risco Sexo masculino, 40-65 anos Obesidade Hipotireoidismo Acromegalia Ehler-Danlos b. Clínica Roncos Sonolência diurna – sono não reparador HAS / AVE / IAM – são fatores independente da obesidade!!! Depressão / déficit cognitivo Esteatose hepática c. Diagnóstico Polissonografia (noite inteira ou split-night): IAH ≥ 5/h de sono – assintomáticos: IAH ≥ 15/h *Opção: HAST d. Classificação Leve (IAH 5-15) Oligo/assintomática Moderada (IAH 15-30) Alteração funcional, HAS Grave (IAH > 30, sat < 90% em > 20% do sono) Sintomas francos, aumento do RCV e. Tratamento Todos: perda ponderal, atividade física, cessar etilismo Leve/moderado: CPAP ou dispositivo oral Grave: CPAP Intolerância ou refratário: cirurgia PSIQUIATRIA TRANST. NEUROCOGNITIVOS DELIRIUM – Estado confusional agudo Alteração aguda da função cognitiva e do nível de consciência Prognóstico ruim – mortalidade 50% em 1 ano a. Fatores de risco (predisponentes) Idoso Sexo masculino Demência Acamado b. Fatores precipitantes (causas) Infecções AVE / IAM Medicamentos – opioide, anticolinérgico, BZD “Invasão” – cateter, sonda.. Dor 19 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 c. Clínica Quadro agudo e flutuante de: Déficit de atenção – obrigatório! Alteração do nível de consciência Desorientação Amnésia Ilusão (o objeto existe) / alucinação (o objeto não existe) Alteração do ciclo sono-vigília Disautonomias Mioclonia d. Tipos HIPOATIVO – mais comum Apatia, sonolência, lentidão HIPERATIVO Agitação, ilusão, disautonomias MISTO Flutua ao longo do dia e. Diagnóstico ▪ CAM-ICU Alteração aguda / flutuante do estado de mental + Déficit de atenção + Pensamento desorganizado ou alteração do nível de consciência f. Tratamento Tratar fator desencadeante Em caso de agitação: antipsicótico em baixa dose – haloperidol TRANST. RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS Depressoras – álcool, opioides, BZD, barbitúricos Diminuem atividade cerebral – sonolência Estimuladoras – cocaína, anfetamina, nicotina Aumentam atividade cerebral – “ligam” as pessoas Perturbadoras – maconha, LSD, cetamina Alucinógenas – alteram percepção e pensamento Abstinência é o oposto do efeito da droga! DEPRESSORAS ÁLCOOL Intoxicação aguda 1) Euforia, perda da censura, alteração do raciocínio 2) Tontura, incoordenação 3) Comportamento emocional afetado 4) Confusão, estupor, coma *Intoxicação alcóolica idiossincrática ou patológica: grave alteração do comportamento com pouca quantidade de álcool Suporte +/- BZD ou antipsicótico Dependência Questionário CAGE (≥ 2) Já tentou diminuir a bebida? – cut down Já se irritou com os outros porque criticaram seu jeito de beber? – annoyed Já se sentiu culpado por causa do seu jeito de beber? – guilty Já teve que beber para aliviar a ressada? – eye opener Abordagem familiar, grupo de ajuda, intervenção breve Naltrexona – antagonista opioide Acamprosato – tem que ter parado de beber Dissulfiram – aversão ao álcool (aumenta acetaldeído) Abstinência LEVE – 6-36h após cessar uso Tremor – mais precoce Insônia Agitação Suporte + BZD + tiamina (B1) Prevenção: evitar isolamento, ambiente tranquilo 20 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 *Hiperatividade simpática DELIRIUM TREMENS Delírio Confusão mental Taquicardia HAS Febre Convulsão ALUCINOSE ALCÓOLICA Alucinações com sinais vitais normais! Transtorno amnéstico SÍNDROME DE WERNICKE Alteração precoce da falta de tiamina (B1) É reversível Ataxia + confusão mental + alterações da motilidade ocular SÍNDROME DE KORSAKOFF Alteração crônica da falta de tiamina (B1) É irreversível Pode ser evolução de Wernicke Demência com perda da memória recente + confabulação Repor tiamina (B1) OPIOIDE – morfina, heroína, metadona, fentanil, oxicodona Intoxicação aguda = ÁLCOOL (hiperatividade parassimpática) Overdose: bradicardia, hipotensão, hipotermia, bradipneia, depressão respiratória, miose, coma Suporte + Naloxone Abstinência = ÁLCOOL (hiperatividade simpática) Midríase, HAS, sudorese, tremor, dor abdominal Suporte + Metadona (desmame) / Naltrexona (antagonista opioide) BENZODIAZEPÍNICOS – agonista GABA (diazepam, clonazepam, clordiazepóxido) Intoxicação aguda = ÁLCOOL + Depressão dos sinais vitais Suporte + Flumazenil Abstinência Tremores, palpitações, cefaleia, insônia, pesadelos, delírio, convulsões *Hiperatividade simpática Redução gradativa da dose ESTIMULADORAS COCAÍNA/CRACK – aumenta dopamina, noradrenalina e serotonina Intoxicação aguda Irritabilidade, agitação, confusão, mania, impulsividade sexual Taquicardia, HAS, midríase, sudorese Suporte + BZD + Fentolamina *NÃO FAZER BB! Abstinência Disforia, ansiedade, depressão, ideação suicida, sonolência, fadiga Suporte psicológico ANFETAMINA – metanfetamina, ecstasy, rebite Intoxicação aguda = Cocaína + Polidipsia Abstinência 21 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 NICOTINA – agonista nicotínico dos receptores da acetilcolina Abstinência Disforia, insônia, ansiedade, ganho de peso, depressão TCC +/- medicamento (≥ 20/dia, Fagerstrom ≥ 5, falha terapêutica) Nicotina (adesivo, goma, pastilha) – CI: IAM < 15 dias Bupropiona – CI: convulsão Vareniclina – CI: IR, grávida PERTURBADORAS Intoxicação aguda Alteração do comportamento e da percepção, ansiedade Suporte +/- BZD ou haloperidol Abstinência Pouco risco de abstinência física TRANST. PSICÓTICOS Perda do juízo da realidade Sem queda do nível de consciência Sem causas orgânicas identificáveis ESQUIZOFRENIA a. Epidemiologia Grave Sem cura Adulto jovem Sem preferência de sexo e classe social b. Clínica PRÉ-MÓRBIDO Passividade, introversão, sem interesse romântico e social Personalidades pré-mórbidas – esquizoide (frio, isolado, introspectivo), esquizotípica (excêntrica, filosofia, galáxias, desleixado) SINTOMAS POSITIVOS Alucinação – distorção sensoperceptiva (auditiva!!) Delírio – distorção do pensamento (paranoide) Alteração da linguagem – neologismos, ecolalia Agitação, discurso desorganizado SINTOMAS NEGATIVOS Isolamento Perda do prazer Diminuição do afeto Avolia c. Diagnóstico > 6 meses + ≥ 2: Delírios Alucinações Discurso desorganizado Comportamento desorganizado Sintomas negativos *NÃO é obrigatório ter delírios/alucinações d. Classificação PARANOIDE Mais comum Delírios – persecutórios, grandeza Alucinações – vozes HEBEFRÊNICA Prognóstico ruim Comportamento infantil Sintomas negativos 22 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 CATATÔNICA Predominam distúrbios motores – posturas bizarras, rigidez INDIFERENCIADA Não preenche critérios anteriores ou sintomas mistos e. Tratamento ANTIPSICÓTICOS ▪ TÍPICOS – bloqueio não seletivo do receptor D2 da dopamina + bloqueio colinérgico/histamínico/alfa1- adrenérgico Alta potência – menos sedativo Haloperidol, Flufenazina Baixa potência – mais sedativo Clorpromazina Efeitos colaterais: Parkinsonismo, acatisia, discinesia, distonia Galactorreia, amenorreia Boca seca, constipação intestinal, retenção urinária ▪ ATÍPICOS – bloqueio seletivo do receptor de serotonina e dopamina Melhor para sintomas negativos Menos efeitos colaterais motores Menos hiperprolactinemia Clozapina Agranulocitose, diminui limiar convulsivo *Indicado paracasos refratários Olanzapina Síndrome metabólica Quetiapina Ação hipnótica, antidepressivo Risperidona Melhora irritabilidade *Em altas doses tem efeito típico f. Diagnósticos diferenciais TRANST. DELIRANTE PERSISTENTE > 40 anos Delírio fixo ≥ 1 mês (persecutório, ciúmes) – delírio e só! TRANST. ESQUIZOAFETIVO Transtorno do humor (depressão ou mania) + transtorno psicótico TRANST. ESQUIZOFRENIFORME “Esquizofrenia limitada” – dura no máximo 6m TRANST. PSICÓTICO BREVE “Esquizofrenia limitada” – dura no máximo 1m Pode ocorrer após estresse TRANST. DO HUMOR DEPRESSÃO a. Epidemiologia Recorrente Mulheres (2:1) 17% da população Sem preferência de classe social b. Diagnóstico – queda da autoestima e da energia ≥ 2 semanas de humor deprimido ou diminuição do interesse/prazer + 4: Diminuição/ganho de peso Insônia ou hipersonia Agitação ou retardo psicomotor Fadiga ou perda de energia Culpa Diminuição da concentração Pensamentos suicida 23 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 c. Classificação LEVE Não impede atividades diárias – pouco prejuízo MODERADA Intermediária GRAVE Sofrimento grave, não manejável – muito prejuízo d. Tratamento LEVE Psicoterapia ou antidepressivo MODERADA/GRAVE Psicoterapia + antidepressivo ISRS – 1ª escolha Fluoxetina, Sertralina (de escolha para cardiopatas), Escitalopram (mais tolerado, mas aumenta intervalo QT) EA: tontura, perda do apetite, queda da libido, náuseas/vômitos – tendem a diminuir com o tempo DUAIS Venlafaxina, Duloxetina (atua na dor) EA: = IRSR, hipertensão TRICÍCLICOS Amirtriptilina, Nortriptilina, Clomipramina (mais seratoninérgico, menos EA) EA: anticolinérgicos (boca seca, constipação, retenção urinária, midríase, demência), hipotensão, sonolência, alteração da condução cardíaca, ganho de peso *Não usar em idoso! TETRACÍCLICOS Maprolitina EA: = Tricíclico ATÍPICOS Bupropiona Bom para dependência de nicotina, pouco risco de disfunção sexual EA: diminui limiar convulsivo Agomelatina Bem tolerado, bom para insônia Mirtazapina Dose baixa tem efeito sedativo, aumenta apetite, não causa disfunção sexual *Boa para depressão com insônia e falta de apetite! MODULADORES DA SEROTONINA Trazodona EA: priapismo, sedativo *Boa para idoso! INIBIDORES DA IMAO Tranilcipromina EA: crise hipertensiva, evitar tiramina (queijo, cerveja, vinho, leite) MANIA/HIPOMANIA a. Clínica – aumento da autoestima e da energia ≥ 1 semana Logorreia Insônia Diminuição da atenção Arrogância Delírio de grandeza Fuga de ideias Hipersexualidade Gastos excessivos Impulsividade Efeito sedativo: Mirtazapina, Trazodona Não geram disfunção sexual: Mirtazapina, Bupropiona Hipomania: NÃO TEM prejuízo social, necessidade de internação e sintoma psicótico (delírio de grandeza) 24 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 b. Tratamento Hipomania / Mania leve ou moderada Antipsicótico ou estabilizador do humor (Lítio, Valproato) Mania grave Antipsicótico + estabilizador do humor (Lítio, Valproato) +/- BZD BIPOLAR a. Diagnóstico CID-10 DSM-V Mania + Mania Mania + Depressão Mania: bipolar tipo I Hipomania + depressão: bipolar tipo II *Se tem mania é bipolar tipo I b. Tratamento Manutenção Estabilizador do humor (Lítio, Valproato, Quetiapina) +/- Antipsicótico Depressão Estabilizador do humor (Lítio, Valproato, Quetiapina) + Antipsicótico *Não tratar com antidepressivo, pois pode haver virada maníaca! c. Diagnósticos diferenciais DISTIMIA Depressão leve crônica > 2 anos CICLOTÍMIA Instabilidade persistente do humor > 2 anos Sintomas hipomaníacos (sem critérios para hipomania) + sintomas depressivos (sem critérios para depressão) TRANST. DE ANSIEDADE Preocupação e medo excessivos Tratamento Psicoterapia – TCC Antidepressivos – ISRS, dual, tricíclicos BZD por curto período TRANST. DO PÂNICO (> 1m) Ataques de ansiedade inesperados Mulher, 25 anos Ataques de pânico (medo intenso que dura 20-30min + sensação de morte iminente + medo de enlouquecer) + medo de novos ataques Com ou sem agorafobia – medo de passar mal fora de casa AGORAFOBIA (> 6m) Medo de lugares que não dá pra fugir ou que não consiga ajuda se passar mal Medo de transporte público, espaço aberto, locais fechados, fila, multidão, sair de casa sozinho Procuram companhia para sair de casa FOBIA ESPECÍFICA (> 6m) Medo de situações/objetos específicos – voar, animais, sangue São comuns ataques de pânico FOBIA SOCIAL (> 6m) Medo de se expor em público, de ser avaliado pelos outros Mulheres, 5-35 anos Medo de falar em público, encontrar pessoas novas, falar com autoridades, ir a festas/entrevistas/provas ANSIEDADE GENERALIZADA (> 6m) Preocupação/medo excessivo e persistente Mulheres, fim da adolescência Preocupação contínua e excessiva Inquietação motora, tremor Cefaleia, irritabilidade, insônia Prejuízo social 25 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 TRANST. OBSESSIVO-COMPULSIVO Pensamento obsessivo e/ou ato compulsivo a. Clínica Obsessões Compulsões Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes intrusivas e indesejáveis Morte de parentes, pensamentos sexuais, simetria Comportamento ou ato mental repetitivo Pode ter a ver ou não com o pensamento – lavar mãos, contar, organizar, checar *Alivia o pensamento obsessivo b. Tratamento Psicoterapia ISRS – 1ª linha TRANST. DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO Ocorre após evento traumático (ter vivido ou ter testemunhado) a. Clínica – adulto jovem, > 1 mês Lembranças intrusivas Flashbacks Evitação de pensamentos e situações Sonhos sobre o ocorrido Sintomas depressivos b. Tratamento Psicoterapia ISRS, Venlafaxina – 1ª linha TRANST. ALIMENTARES ANOREXIA Baixo peso corporal com medo intenso de ganhar peso – distorção da imagem corporal a. Clínica Restrição da ingesta calórica com peso muito baixo Guarda segredo sobre o comportamento Rituais alimentares Pode ter episódios de compulsão alimentar com purgação Amenorreia, osteopenia, perda da libido b. Tratamento Suporte nutricional + terapia BULIMIA Compulsão alimentar seguida de purgação a. Clínica Compulsão alimentar – grande quantidade em pouco tempo Perda de controle Comportamentos compensatórios – vômitos, laxantes, diuréticos, exercício exagerado Peso normal ou acima do peso Preocupação excessiva com o peso 3 dias – 1 mês: transtorno de estresse agudo 26 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 b. Tratamento Terapia TRANST. DE PERSONALIDADE BORDERLINE Instabilidade nas relações, na autoimagem, no afeto e na impulsividade HISTRIÔNICA Busca atenção em excesso (centro das atenções), sedutor DEPENDENTE Necessidade de ser cuidado, não toma decisões OBSESSIVA-COMPULSIVA Preocupação excessiva com regras, detalhes, perfeccionista, inflexível, excessivamente dedicado ao trabalho ANTISSOCIAL Não tem empatia, não sente culpa, manipuladores, “psicopatas” > 18 anos, não tem insight SUICÍDIO a. Fatores de risco Tentativa anterior Doença psiquiátrica – depressão, dependência de álcool Desempregado, viúvo, doença crônica incapacitante b. Abordagem 1) Pensa sobre 2) Planeja 3) Tem data c. Conduta Baixo risco – só pensa Manejo clínico ou psiquiatra Médio risco – pensa e planeja Psiquiatra + apoio familiar Alto risco – pensa, planeja e tem data / tentativa prévia Psiquiatra + apoio familiar + avaliar internação imediata (se não conseguir uma avaliação imediata do psiquiatra) Internação imediata: Tentativa prévia Plano e data Ausênciade apoio familiar Doença psiquiátrica grave
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