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Sponsored by: Suplemento de Cabeamento Estruturado Cisco Networking Academy Program CCNA 1: Conceitos Básicos das Redes v3.1 2 - 136 CCNA 1 Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. Objetivos O Suplemento de Cabeamento Estruturado para o CCNA proporciona matérias e exercícios de laboratório em sete áreas: a. Sistemas de Cabeamento Estruturado b. Padrões e Códigos para o Cabeamento Estruturado c. Segurança d. Ferramentas do Ofício e. Processos de Instalação f. Fase de Acabamento g. A Indústria de Cabeamento Este material e os laboratórios associados oferecem uma ampla apresentação da instalação do cabeamento estruturado. A Seção sobre Sistemas de Cabeamento Estruturado estuda as regras e subsistemas do cabeamento estruturado para uma rede de área local (LAN). Uma LAN é definida como um prédio ou grupo de prédios em um conjunto, próximos um do outro, tipicamente menos de dois quilômetros quadrados ou uma milha quadrada. Este suplemento começa no ponto de demarcação, vai estudando as várias salas de equipamentos, e continua até a área de trabalho. É também abordada a questão de escalabilidade. Os objetivos de aprendizado para Sistemas de Cabeamento Estruturado são os seguintes: 1.1 Regras do Cabeamento Estruturado para as LANs 1.2 Subsistemas do Cabeamento Estruturado 1.3 Escalabilidade 1.4 Ponto de demarcação 1.5 Salas de Telecomunicações e de Equipamentos 1.6 Áreas de Trabalho 1.7 CP, CI, e CH A Seção sobre Padrões e Códigos de Cabeamento Estruturado faz uma apresentação das organizações que definem padrões que estabelecem as diretivas usadas pelos especialistas em cabeamento. São incluídas informações sobre as organizações internacionais de padronização. 3 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. Os objetivos de aprendizado para Sistemas e Códigos de Cabeamento Estruturado são os seguintes: 2.1 A Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronic Industries Association (EIA) 2.2 O Comitê Europeu da Normalização Eletrotécnica (CENELEC) 2.3 International Organization for Standardization (ISO) 2.4 Códigos para os Estados Unidos 2.5 Evolução dos Padrões A seção de Segurança contém informações importantes que freqüentemente são negligenciadas no estudo do cabeamento de baixa voltagem para telecomunicações. Os alunos que não estejam acostumados a trabalhar no ambiente físico serão beneficiados pelos laboratórios e treinamento nesta seção. Os objetivos de aprendizado para a Segurança são os seguintes: 3.1 Códigos e Padrões de Segurança para os Estados Unidos 3.2 Segurança na Presença de Eletricidade 3.3 Práticas de Segurança no Laboratório e no Local de Trabalho 3.4 Equipamento de Segurança pessoal A seção de Ferramentas do Ofício explica como várias ferramentas podem tornar um trabalho difícil de resultados medíocres em trabalho fácil de ótimos resultados. Este módulo dá ao aluno experiência prática na utilização de várias ferramentas muito utilizadas pelos instaladores de cabeamento de telecomunicações para assegurar resultados profissionais. Os objetivos de aprendizado para Ferramentas do Ofício são os seguintes: 4.1 Ferramentas de Decapar e de Corte 4.2 Ferramentas de Fixação de Terminais 4.3 Ferramentas de Diagnóstico 4.4 Ferramentas de Suporte de Instalação A seção de Processo de Instalação descreve os elementos de uma instalação. Este capítulo começa na fase da montagem inicial, quando os cabos são puxados. Esta seção também trata dos cabos verticais, ou seja de backbone, dos bloqueios corta-fogo utilizados quando um cabo passa por uma parede corta-fogo, dos terminais de cobre, e dos acessórios tais como adaptadores montados na parede. 4 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. Os objetivos de aprendizado para o Processo de Instalação são os seguintes: 5.1 Fase de Montagem Inicial 5.2 Instalação de Cabos de Backbone Vertical e Horizontais 5.3 Dispositivos Corta-Fogo 5.4 Terminação em Meio de Cobre 5.5 A Fase de Ajustes A Fase de Acabamento trata do ponto em que os instaladores testam e às vezes certificam o seu trabalho. A realização de testes assegura que todos os cabos sejam encaminhados os seus devidos destinos. A certificação assegura que a qualidade do cabeamento e das conexões atenda aos padrões da indústria. Os objetivos de aprendizado para a Fase de Acabamento são os seguintes: 6.1 Testes dos Cabos 6.2 Reflectômetro no Domínio do Tempo (TDR) 6.3 Certificação e Documentação dos Cabos 6.4 Conversão da Estrutura A seção da Indústria de Cabeamento trata do lado comercial da indústria. Antes que possam ser instalados os cabos, precisa haver uma proposta. Antes que possa existir uma proposta, precisa haver uma solicitação de propostas, e numerosas reuniões e exames do local para determinar a abrangência do trabalho. Poderá ser necessário fornecer documentação para descrever o projeto e mostrar como foi construído. Poderão existir também exigências sindicais e de alvarás para a realização do trabalho. Todos os projetos precisam ser realizados em tempo hábil e com o mínimo de desperdício de materiais. Isto geralmente exige planejamento e aplicações de gerenciamento de programas para o projeto. Os objetivos de aprendizado para Indústria de Cabeamento Estruturado são os seguintes: 7.1 Pesquisa no Local 7.2 Situação de Trabalho 7.3 Revisão e Celebração do Contrato 7.4 Planejamento do Projeto 7.5 Documentação Final 5 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. Os exercícios de laboratório dão aos alunos a oportunidade de praticar a parte que envolve habilidades manuais na instalação do cabeamento estruturado. 6 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 1 Sistemas de Cabeamento Estruturado 1.1 Regras do Cabeamento Estruturado para as LANs O cabeamento estruturado é uma aproximação sistemática ao cabeamento. É um método de criação de um sistema organizado de cabeamento que pode ser facilmente entendido pelos instaladores, administradores de redes, e qualquer outro técnico que lida com cabos. Existem três regras que ajudarão a garantir a eficácia e eficiência na concepção de projetos de cabeamento estruturado. A primeira regra é procurar uma solução completa para a conectividade. Uma solução otimizada para a conectividade de uma rede inclui todos os sistemas criados para conectar, rotear, gerenciar e identificar cabos nos sistemas de cabeamento estruturado. Uma implementação baseada em padrões tem a finalidade de suportar tanto as tecnologias atuais como as do futuro. A aderência ao padrões ajudará a garantir ao longo prazo um bom desempenho e confiabilidade do projeto. A segunda regra é planejar para o crescimento futuro. O número de cabos instalados também deve atender aos futuros requisitos. As soluções de fibra ótica, de Categoria 5e e Categoria 6 devem ser consideradas para garantir o atendimento à futuras necessidades. O plano de instalação da camada física deve ter a capacidade de funcionar durante dez anos ou mais. A última regra é manter a liberdade de escolha de fornecedores. Embora um sistema fechado e proprietário possa ser inicialmente mais barato, isto poderá acabar custando muito mais a longo prazo. Um sistema fora dos padrões, provido por um único fornecedor, poderá trazer consigo dificuldades futuras na realização de mudanças, acréscimos ou alterações. 7 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 1.2 Subsistemas do Cabeamento Estruturado Figura 1 Subsistemas do Cabeamento Estruturado Existem sete subsistemas associados ao sistema de cabeamento estruturado, conforme indicado na Figura 1. Cadasubsistema realiza uma função específica no fornecimento de serviços de voz e dados através de toda a estrutura dos cabos. • Ponto de demarcação dentro das instalações de entrada (IE) na sala de equipamentos. • Sala de Equipamentos (SE) • Sala de Telecomunicações (ST) • Cabeamento de backbone, que é também conhecido como cabeamento vertical • Cabeamento de distribuição, que é também conhecido como cabeamento horizontal • Área de trabalho (AT) • Administração O ponto de demarcação é o lugar onde os cabos do provedor de serviços externos se conectam aos cabos do cliente dentro das instalações. O cabeamento de backbone são os cabos de alimentação que seguem um caminho do ponto de demarcação até as salas de equipamentos e depois continuam até as salas de telecomunicações através de todas as instalações. O cabeamento horizontal distribui os cabos desde as salas de telecomunicações até as áreas de trabalho. As salas de telecomunicações são onde se realizam as conexões a fim de 8 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. proporcionar uma transição entre o cabeamento de backbone e o cabeamento horizontal. São estes subsistemas que fazem do cabeamento estruturado uma arquitetura distribuída com capacidades de gerenciamento que se limitam aos equipamentos ativos, tais como PCs, switches, hubs, etc. A criação de uma infra-estrutura de cabeamento estruturado que encaminha, identifica e termina apropriadamente os meios de cobre ou óticos, é absolutamente essencial para o desempenho da rede e para futuras atualizações. 1.3 Escalabilidade Uma LAN que é capaz de acomodar o crescimento futuro é conhecida como rede escalável. É importante planejar para o futuro ao fazer uma estimativa do número de lances de cabos e pontos de acesso (drops) dentro da área de trabalho. É melhor instalar um número maior de cabos do que depois não ter o suficiente. Além de puxar cabos adicionais na área do backbone para uma eventual expansão futura, é geralmente puxado um cabo extra até cada estação de trabalho ou desktop. Isto provê proteção contra os pares que possam falhar nos cabos de voz durante a instalação, como também proporciona a possibilidade de expansão. É também uma boa idéia incluir um cordão de puxamento ao instalar os cabos, para facilitar o acréscimo de cabos no futuro. Sempre que se adicione cabos novos, também deve-se adicionar um novo cordão de puxamento. 1.3.1 Escalabilidade do backbone Ao decidir a quantidade adicional de cabo de cobre a ser puxado, determine primeiro o número de lances atualmente necessários e em seguida adicione aproximadamente 20 por cento de cabo adicional. Outra maneira de se obter esta capacidade de reserva seria utilizar um cabeamento e equipamentos de fibra ótica no backbone do edifício. Por exemplo, os equipamentos de terminação podem ser atualizados pela introdução de lasers e drivers mais velozes para acomodar o crescimento através das fibras. 9 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 1.3.2 Escalabilidade da área de trabalho Figura 1 Permita a Possibilidade de Crescimento Cada área de trabalho precisa de um cabo para voz e um para dados. No entanto, outros dispositivos poderão precisar de uma conexão com o sistema de voz ou de dados. As impressoras de rede, máquinas FAX, laptops, e outros usuários na área de trabalho poderão precisar de seus próprios cabos de acesso à rede. Quando os cabos já estiverem instalados, use espelhos com várias portas em cima dos conectores. Existem várias possíveis configurações para móveis modulares ou para paredes divisórias. Podem ser utilizados conectores codificados com cores para simplificar a identificação de tipos de circuitos, conforme ilustra a Figura 1. Os padrões administrativos exigem que cada circuito seja claramente identificado para ajudar na realização de conexões e na resolução de problemas. Uma nova tecnologia que está se tornando muito popular é o Protocolo de Voz sobre Internet (VoIP). Esta tecnologia permite que telefones especiais utilizem as redes de dados ao realizar chamadas telefônicas. Uma grande vantagem desta tecnologia é a de evitar as tarifas de chamadas interurbanas ou internacionais ao utilizar o VoIP em conexões já existentes na rede. Outros dispositivos como impressoras ou computadores podem ser ligados no telefone IP. O telefone IP então se torna um hub ou switch para a área de trabalho. 10 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. Mesmo que tais tipos de conexões sejam planejados, devem ser instalados cabos em números suficientes para permitir o crescimento. Considere especialmente a possibilidade do tráfego de telefonia IP e de vídeo IP compartilharem os cabos da rede no futuro. Para acomodar as dinâmicas exigências dos usuários nos escritórios, é recomendada a provisão de pelo menos um cabo adicional no painel de conexões da área de trabalho. Os escritórios poderão tornar-se espaços para vários usuários onde originalmente há somente um usuário. Esta situação poderá resultar em um área de trabalho ineficiente se for puxado um só conjunto de cabos de comunicação. Você deve supor que todas as áreas de trabalho terão que acomodar vários usuários no futuro. 1.4 Ponto de demarcação Figura 1 Ponto de Demarcação O ponto de demarcação, ilustrado na Figura 1, é o ponto em que o cabeamento externo, proveniente do provedor de serviços, se conecta ao cabeamento de backbone dentro do edifício. Representa a divisa entre a responsabilidade do provedor e a responsabilidade do cliente. Em muitos edifícios, o ponto de demarcação se encontra nas proximidades do ponto de presença (POP) de outras utilidades tais como eletricidade e água. O provedor de serviços é responsável por tudo a partir do ponto de demarcação até as instalações do provedor de serviços. O restante, a 11 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. partir do ponto de demarcação para dentro do edifício é da responsabilidade do cliente. O provedor local de serviços telefônicos tipicamente tem a responsabilidade de terminar o seu cabeamento dentro de 15 m (49,2 pés) da penetração do edifício e de proporcionar proteção primária de voltagem. O provedor de serviços normalmente instala esta parte. A Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronic Industries Alliance (EIA) criam e publicam padrões para várias indústrias, inclusive para a indústria de cabeamento. Para garantir que o cabeamento seja seguro, que esteja corretamente instalado, e que retenha os parâmetros de desempenho, estes padrões devem ser seguidos durante qualquer instalação ou manutenção de cabos de voz ou de dados. O padrão TIA/EIA-569-A especifica os requisitos de espaço para o ponto de demarcação. Os padrões para a estrutura e tamanho do espaço do ponto de demarcação se baseiam no tamanho do edifício. Nos edifícios com área construída acima de 2,000 metros quadrados (21.528 pés quadrados), é recomendada uma sala trancada, dedicada e fechada. As seguintes são diretivas para a configuração de um espaço de ponto de demarcação: • Proporcionar um metro quadrado (10,8 pés quadrados) de montagem sobre parede de compensado para cada 20 metros quadrados (215,3 pés quadrados) de área construída • Cobrir as superfícies de montagem de hardware com compensado corta-fogo ou com compensado pintado com duas demãos de tinta corta-fogo. • O compensado ou as tampas dos equipamentos terminais devem ser de cor alaranjada para indicar o ponto de demarcação. 12 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 1.5 Salas de Telecomunicações e de Equipamentos Figura 1 Sala de Telecomunicação Figura 2 Painel de Distribuição Panduit Depois de entrar no edifício atravésdo ponto de demarcação, o cabo segue até as instalações de entrada (IE), que geralmente se encontram na sala de equipamentos. A sala de equipamentos é o núcleo da rede de voz e de dados. Uma sala de equipamentos é essencialmente uma grande sala de telecomunicações com a capacidade de acomodar o quadro de distribuição, os servidores de redes, os roteadores, 13 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. switches, e PBX telefônico, proteção secundária de voltagem, receptores de satélite, equipamentos de Internet de alta velocidade etc. Os aspectos do design da sala de equipamentos são especificados no padrão TIA/EIA-569-A. Nas instalações maiores, a sala de equipamentos podem alimentar uma ou mais salas de telecomunicações (ST) distribuídas através do edifício. As STs contêm equipamentos do sistema de cabeamento de telecomunicações para uma certa área da LAN, por exemplo, um andar ou parte de um andar, conforme indica a Figura 1. Isto inclui as terminações mecânicas e dispositivos de conexão cruzada para o sistema de cabeamento horizontal e de backbone. Os switches, hubs e roteadores departamentais ou de grupos de trabalho freqüentemente se encontram na ST. Um hub de fiação e um patch panel dentro de uma ST podem ser montados na parede com um suporte articulado, dentro de um gabinete de equipamentos completo, ou um painel de distribuição como mostra a Figura 1. Um suporte articulado precisa ser afixado ao painel de compensado, de modo que ele cubra a superfícies da parede subjacente. A articulação permite que o conjunto seja afastado para que os técnicos possam acessar a parte posterior da parede. É importante deixar um espaço de 48 cm (19 polegadas) para o afastamento do painel da parede. Um painel de distribuição precisa ter um mínimo de 1 metro (3 pés) de espaço livre de trabalho na frente e atrás do painel. Uma placa de base de 55,9 cm (22 polegadas) é utilizada para a montagem do painel de distribuição. A placa de base proporcionará estabilidade e determinará a distância mínima para o posicionamento final do painel de distribuição. Um painel de distribuição é ilustrado na Figura 2. Um gabinete de equipamentos completo exige um mínimo de 76,2 cm (30 polegadas) de espaço na frente para a articulação da porta ao abrir. Os gabinetes de equipamento geralmente medem 1,8 m (5,9 pés) de altura, 0,74 m (2,4 pés) de largura e 0,66 m (2,16 pés) de profundidade). Ao colocar equipamentos dentro de um gabinete de equipamento, considere se eles usam ou não eletricidade. Outras considerações incluem o roteamento dos cabos, o controle dos cabos e a facilidade de utilização. Por exemplo, um patch panel não deve ser colocado no alto de um painel se for para fazer um grande número de mudanças após a instalação. Os equipamentos mais pesados, tais como switches e servidores devem ser colocados na parte de baixo do painel para proporcionar estabilidade. A escalabilidade que permite a expansão no futuro é outra consideração na disposição dos equipamentos. A disposição inicial deve incluir espaço adicional nos painéis para o acréscimo futuro de 14 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. patch panels ou então espaço na área para a instalação futura de outros painéis. A instalação apropriada de painéis de equipamento e patch panels na ST facilitará modificações na instalação do cabeamento no futuro. 1.6 Áreas de Trabalho Figura 1 Áreas de Trabalho Uma área de trabalho é a área ao qual um ST individual fornece serviços. Uma área de trabalho geralmente ocupa um andar ou parte de um andar de um edifício, conforme mostra a Figura 1. A distância máxima para um cabo desde o seu ponto terminal dentro da ST até o conector terminal na área de trabalho não deve exceder a 90 metros (295 pés). Esta distância máxima de 90 metros para cabeamento horizontal é conhecida como link permanente. Cada área de trabalho precisa contar com um mínimo de dois cabos. Um para dados e outro para voz. Conforme já mencionado, devem ser consideradas acomodações para outros serviços e para futura expansão. Como a maioria dos cabos não pode ser estendida pelo chão, os cabos geralmente estão contidos em dispositivos de organização de cabos tais como bandejas, cestos, escadas e canaletas. Muitos destes dispositivos encaminham a rota dos cabos para as áreas abertas em cima do teto suspenso. A altura do teto então precisa ser multiplicada por dois e subtraída do raio máximo da área de trabalho para compensar pelo caminho do fio que entra e sai do dispositivo de organização. 15 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. O padrão ANSI/TIA/EIA-568-B especifica que pode haver 5 m (16,4 pés) de patch cable para interconectar os patch panels de equipamentos, e 5 m (16,4 pés) de cabo entre o ponto terminal do cabo na parede até o telefone ou computador. Este máximo de 10 metros (33 pés) adicionais de patch cables acrescido ao link permanente chama-se o canal horizontal. A distância máxima de um canal é de 100 metros (328 pés), consistente nos 90 metros (295 pés) máximos do link permanente, mais os 10 metros (33 pés) máximos dos patch cables. Outros fatores podem contribuir para a redução do raio da área de trabalho. Por exemplo, o roteamento dos cabos possivelmente não vai direto ao destino. A disposição de equipamentos de aquecimento, ventilação e ar condicionado, transformadores de alimentação e equipamentos de iluminação podem exigir um roteamento que adicione ao comprimento do cabo. Depois de levar tudo em conta, o raio máximo de 100 m (328 pés) pode ser reduzido até cerca de 60 m (197 pés). Um raio de área de trabalho de 50 , (164 pés) é normalmente usado para fazer projetos. 1.6.1 Proporcionando serviço à área de trabalho Figura 1 Proporcionando Serviço à área de trabalho A utilização de um patch cable é útil quando há freqüentes mudanças de conectividade. É muito mais fácil levar um patch cable da saída da área de trabalho até uma nova posição dentro da ST do que remover de hardwares conectados os cabos já terminados e terminá-los outra vez em outro circuito. Os patch cables são utilizados também para ligar equipamentos de rede às conexões cruzadas na ST. Os patch cables são limitados pelo padrão TIA/EIA-568-B.1 a 5 m (16,4 pés). Um esquema de cabeamento uniformizado precisa ser utilizado em todo o sistema de patch panel. Por exemplo, se for utilizado o plano de cabeamento T568A para terminar saídas ou conectores de dados, o esquema T568A deve ser usado para terminar patch panels também. O mesmo se dá para o esquema de cabeamento T568B. Patch panels podem ser usados para conexões de Par Trançado não blindado (UTP - Unshielded Twisted Pair), de Par Trançado isolado (ScTP - Screened Twisted Pair), ou, caso sejam montados en 16 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. gabinetes, de fibra ótica. Os patch panels mais comuns são para conexões UTP. Estes patch panels utilizam conectores RJ-45. Os patch cables, normalmente confeccionados de cabo retorcido para aumentar a sua flexibilidade, se conectam a estes conectores. Na maioria das instalações, não há provisões para evitar que o pessoal autorizado de manutenção instalem patches ou hubs sem autorização em um circuito Existe uma nova família de patch panels automatizados que podem oferecer amplo monitoramento da rede além de simplificar a realização de mudanças, adições e modificações. Estes patch panels normalmente proporcionam uma lâmpada em cima de qualquer patch cable que precisa ser removido, e uma vez solto o cabo, ilumina-se outra lâmpada em cima do conector onde deve ser reconectado. Desta maneira o próprio sistema pode automaticamente orientar um técnico relativamente inexperiente na realização de mudanças, adições e modificações.O mesmo mecanismo que detecta a mudança de um dado conector também detectará quando o conector for removido. Uma nova configuração de um patch sem autorização pode disparar um evento no registro do sistema, e se for desejável, disparar um alarme. Por exemplo, se meia dúzia de fios na área de trabalho acontecerem de estar abertos às 2h30 da madrugada, este evento poderá ser digno de investigação, já que poderá ser um caso de furto. 1.6.2 Tipos de patch cables Figura 1 Patch Cable UTP Os patch cables existem em vários esquemas de confecção. O Cabo direto é o patch cable mais comum. Ele tem o mesmo esquema de fiação nas duas extremidades do cabo. Desta maneira, um pino em uma extremidade é conectado ao pino correspondente do mesmo número na outra extremidade. Estes tipos de cabos são utilizados para conectar PCs em uma rede, hub ou switch. Ao conectar-se um dispositivo de comunicação, como um hub ou switch, em outro hub ou switch adjacente, é tipicamente utilizado um 17 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. cabo cruzado. Os cabos cruzados utilizam um esquema de fiação T568A em uma extremidade e T568B na outra extremidade. Laboratório 1: Exame dos Tipos de Terminação 1.6.3 Gerenciamento de Cabos Figura 1 Sistema Panduit de Gerenciamento de Cabos Verticais e Horizontais Montado em Rack Os dispositivos de gerenciamento de cabos são usados para rotear os cabos em um caminho arrumado e ordenado e para garantir a manutenção dos raios mínimos de curvatura. O gerenciamento dos cabos também simplifica acréscimos e modificações ao sistema de cabeamento. Existem várias opções para o gerenciamento dos cabos em uma ST. Os cestos para cabos podem ser utilizados para instalações fáceis e leves. Os racks de escada são utilizados freqüentemente para suportar cargas pesadas de cabos agrupados (em feixe). Conduítes de vários tipos podem ser utilizados para passar os cabos dentro de divisórias, tetos, e assoalhos, ou para protegê-los de condições externas. Os sistemas de gerenciamento de cabos são usados vertical e horizontalmente nos racks de telecomunicações para distribuir ordenadamente os cabos, conforme ilustrado na Figura 1. 18 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 1.7 CP, CI, e CH Figura 1 Planejamento de CP, CH e CI A maioria das redes possuem várias ST por vários motivos. Se uma rede for espalhada em vários andares ou edifícios, será necessário que haja uma ST para cada andar ou cada edifício. Os meios físicos podem estender-se apenas uma certa distância antes que o sinal comece a degradar-se ou atenuar-se. Por isso, as STs são dispostas a distâncias predefinidas através da LAN para proporcionar interconexões e conexões cruzadas para hubs e switches de modo a assegurar o desempenho desejado na rede. Estas STs acomodam equipamentos tais como repetidores, hubs, bridges, ou switches necessários para a regeneração dos sinais. A ST primária é conhecida como conexão cruzada principal (CP). A CP é o núcleo da rede. É aqui onde se origina todo o cabeamento e onde se localiza a maior parte dos equipamentos. A conexão cruzada intermediária (CI) se liga à CP e pode acomodar equipamentos para um edifício, por exemplo, em uma cidade universitária. A conexão cruzada horizontal (CH) proporciona uma conexão cruzada entre o backbone e os cabos horizontais em um só andar de um edifício. 19 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 1.7.1 Conexão cruzada principal (CP) Figura 1 CP, CH e CI Figura 2 A Conexão do CP às CIs e CHs A CP é o ponto principal de concentração de um edifício ou conjunto de edifícios. É a sala que controla as demais STs do local. Em certas redes, é aqui onde todo o sistema de cabos faz a conexão com o mundo externo, ou ponto de demarcação. Todas as CIs e CHs se conectam à CP em uma topologia de estrela. O cabeamento de backbone, ou vertical, é utilizado para conectar as CIs e CHs em diferentes andares. Se a rede inteira estiver confinada a um 20 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. só edifício com vários andares, a CP é normalmente localizada em um dos andares intermediários, mesmo que o ponto de demarcação esteja localizado nas instalações de entrada no andar térreo ou no porão. O cabeamento de backbone passa da CP até cada uma da CIs. As linhas vermelhas da Figura 1 representam o cabeamento de backbone. As CIs encontram-se em cada um dos edifícios da cidade universitária, e as CHs prestam serviços às áreas de trabalho. As linhas pretas representam o cabeamento horizontal das CHs até as áreas de trabalho. Para as redes em cidades universitárias, em vários edifícios, a CP é normalmente localizada em um dos edifícios. Cada edifício tipicamente possui a sua própria versão de CP, denominada conexão cruzada intermediária (CI). A CI interconecta várias as CHs dentro do edifício. Ela também permite a extensão do cabeamento de backbone da CP a cada CH, pois este ponto de interconexão não degrada os sinais de comunicações. Conforme mostra a Figura 2, pode haver só uma CP para toda a instalação de cabeamento estruturado. A CP alimenta as CIs. Cada CI alimenta vária CHs. Pode haver só uma CI entre a CP e qualquer CH. 1.7.2 Conexão cruzada horizontal (CH) Figura 1 Cabeamento Horizontal e Símbolos A conexão cruzada horizontal (CH) é a ST mais próxima às áreas de trabalho. A CH é tipicamente um patch panel ou bloco punchdown. A CI também poderá conter dispositivos de rede, tais como repetidores, hubs ou switches. Pode ser montado em rack numa sala ou num gabinete. Como um sistema típico de cabeamento horizontal inclui 21 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. vários lances de cabos até cada estação de trabalho, ele pode representar a maior concentração de cabos em toda a infra-estrutura do edifício. Um edifício com 1.000 estações de trabalho poderá conter um sistema de cabeamento horizontal com entre 2.000 e 3.000 lances de cabos. O cabeamento horizontal inclui os meios físicos para rede em cobre ou fibra ótica que serão utilizados entre o gabinete de fiação e a estação de trabalho, conforme mostra a Figura 1. O cabeamento horizontal também inclui os meios físicos de rede que seguem um caminho horizontal que leva até a saída de telecomunicações, assim como os patch cables, ou jumpers na CH. Qualquer cabeamento entre a CP e outra ST é considerado cabeamento de backbone. A diferença entre cabeamento horizontal e cabeamento de backbone é definida nos padrões. Laboratório 2: Terminação de um Cabo Categoria 5e em um Patch Panel Categoria 5e 1.7.3 Cabeamento de backbone Qualquer cabeamento instalado entre a CP e outra ST é conhecido como cabeamento de backbone. A diferença entre cabeamento horizontal e cabeamento de backbone é claramente definida nos padrões. O cabeamento de backbone é também conhecido como cabeamento vertical. Ele consiste em cabos de backbone, conexões cruzadas intermediárias e principais, terminações mecânicas e patch cables ou jumpers usados para uma conexão horizontal de backbone a backbone. O cabeamento de backbone inclui os seguintes elementos: • STs em um só andar, CM até CI, e CA até CH • Conexões verticias, ou risers, entre STs em diferentes andares, tais como o cabeamento entre CP e CI • Os cabos entre STs e pontos de demarcação • Os cabos entre edifícios, ou cabos inter-prédios, em um conjunto de vários edifícios A distância máxima para lances de cabos depende do tipo de cabo instalado. Para o cabeamento de backbone, a distância máxima também pode ser afetada pela função projetada para o cabeamento. Por exemplo, se um cabo de fibra ótica monomodo destina-se à conexão da CH à CP, então a distância máxima para o lance decabeamento de backbone será de 3000 m (9842,5 pés). Às vezes, a distância máxima de 3000 m (9842,5 pés) precisa ser dividida em duas seções. Por exemplo, se o cabeamento do backbone for conectar a CH a uma CI e a CI à CP. Quando isso ocorre, a distância máxima para o lance de cabeamento de backbone entre a CH e a CI é de 300 m (984 pés). A distância máxima para os lances 22 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. de cabeamento de backbone entre a CI e a CP é de 2700 m (8858 pés). 1.7.4 Backbone de fibra ótica A utilização de fibra ótica é uma maneira eficaz de comportar o tráfego do backbone por três motivos: • As fibras óticas são impenetráveis pelo ruído elétrico e pela interferência de radiofreqüência. • A fibra não conduz correntes que podem gerar loops de terra. • Os sistemas de fibra ótica possuem alta largura de banda e podem funcionar a altas velocidades. Um backbone de fibra ótica também pode ser atualizado para proporcionar um desempenho ainda maior, à medida que sejam desenvolvidos e disponibilizados novos equipamentos terminais. Este fato pode tornar a fibra ótica bastante custo-efetiva. Outra vantagem é que a fibra pode cobrir maior distância que o cobre quando se trata de meios físicos de backbone. A fibra ótica multimodo pode cobrir distâncias de até 2000 metros (6561,7 pés). Os cabos de fibra ótica monomodo podem cobrir até 3000 metros (9842,5 pés). A fibra ótica, especialmente a monomodo, podem levar os sinais a muito mais distância. Distâncias de até 96,6 a 112,7 km (60 a 70 milhas) são possíveis, conforme o equipamento de terminal utilizado. No entanto, tais longas distâncias estão fora do âmbito dos padrões para LANs. 1.7.5 MUTOAs e Pontos de Consolidação Figura 1 Uma Instalação Típica de MUTOA 23 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. Figura 2 Uma Instalação Típica de Ponto de Consolidação Especificação adicionais para cabeamento horizontal em áreas de trabalho com móveis e divisórias deslocáveis foram incluídas no padrão TIA/EIA-568-B.1. São especificadas metodologias para cabeamento horizontal, utilizando conjuntos de tomadas de comunicações multiusuário (MUTOAs - multiuser telecommunications outlet assemblies) e pontos de consolidação para ambientes de escritórios abertos. Estas metodologias oferecem maior flexibilidade e economia para as instalações que freqüentemente exigem reconfiguração. Em vez de substituir todo o sistema de cabeamento horizontal que alimenta estas áreas, um PC (ponto de consolidação) ou um MUTOA pode ser colocado nas proximidades de uma área de escritório aberto, eliminando a necessidade de substituir todo o cabeamento até a ST toda vez que é modificada a disposição dos móveis. Só precisa ser refeito o cabeamento entre as tomada na nova área de trabalho e o PC ou MUTOA. A distância maior de cabeamento de volta à ST permanece intacta. Um MUTOA é um dispositivo que permite que o usuário troque de lugar, acrescente dispositivos, e faça mudanças nas configurações dos móveis modulares sem ter que refazer o cabeamento. Os patch cables podem ser encaminhados diretamente de um MUTOA até os equipamentos na área de trabalho, conforme indica a Figura 1. O local de um MUTOA precisa ser permanente e de fácil acesso. Um MUTOA não pode ser montado no vão do teto ou por baixo de um piso de acesso. Não pode ser montado em um móvel, a menos que o móvel seja permanentemente afixado à estrutura do edifício. O padrão TIA/EIA-568-B.1 inclui as seguintes diretivas para os MUTOAs: 24 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. • Pelo menos um MUTOA é necessário para cada conjunto de móveis. • Um máximo de 12 áreas de trabalho podem ser acomodadas por um só MUTOA. • Os patch cables nas áreas de trabalho devem levar rótulos em ambas as extremidades com identificadores exclusivos. • O comprimento máximo de um patch cable é de 22 m (72,2 pés). Os pontos de consolidação (PCs) proporcionam um acesso de conexões em uma área limitada. Geralmente são utilizados painéis embutidos, montados permanentemente na parede, no teto, ou em colunas de suporte nas áreas de trabalho com móveis modulares. Tais painéis precisam permanecer desobstruídos e totalmente acessíveis sem ter que mover acessórios, equipamentos, ou móveis pesados. As estações de trabalho e outros equipamentos da área de trabalho não fazem a conexão ao PC como é o caso do MUTOA, conforme ilustra a Figura 2. As estações de trabalho se ligam a uma tomada, que, por sua vez, se liga ao PC. O padrão TIA/EIA-569-B.1 inclui as seguintes diretivas para os PCs (Pontos de Consolidação: • Pelo menos um PC é necessário para cada conjunto de móveis • Um máximo de 12 áreas de trabalho podem ser acomodadas por um só PC. • O comprimento máximo de um patch cable é de 5 m (16,4 pés). Tanto para pontos de consolidação como para MUTOAS, o padrão TIA/EIA-568-B.1 recomenda uma separação mínima de 15 m (49 pés) para os equipamentos localizados entre a ST e os PCs ou MUTOAs. Isto tem a finalidade de evitar problemas de diafonia e de perda de retorno. 25 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 2 Padrões e Códigos para o Cabeamento Estruturado Os padrões são conjuntos de regras ou procedimentos amplamente usados ou oficialmente especificados, e que servem como modelo de excelência. Um único fornecedor especifica alguns padrões. Os padrões da indústria suportam a interoperabilidade de vários fornecedores da seguinte maneira: • Descrições dos layouts e meios físicos padronizados para o cabeamento tanto de backbone como horizontal • Interfaces de conexão padronizadas para a conexão física dos equipamentos • Projeto consistente e uniforme que segue um plano para o sistema e princípios básicos de projeto. Numerosas organizações regulam e especificam diferentes tipos de cabos. Agências do governo municipal, estadual, e federal também emitem códigos, especificações e requisitos. Uma rede criada de acordo com os padrões deve funcionar bem, ou interoperar com outros dispositivos padrão de rede. O desempenho e o valor de investimento a longo prazo de muitos sistemas de cabeamento de redes já foram diminuídos por instaladores que não cumprem com os padrões obrigatórios e voluntários. Estes padrões são constantemente estudados e periodicamente atualizados para refletir novas tecnologias e as crescentes exigências das redes de voz e de dados. À medida que são adicionadas novas tecnologias aos padrões, outras são abandonadas por serem obsoletas. Uma rede poderá incluir tecnologias que já não fazem parte do padrão atualizado ou que em breve serão eliminadas. Tais tecnologias geralmente não precisam ser imediatamente substituídas. Com o tempo serão trocadas por tecnologias mais novas e mais velozes. Várias organizações internacionais se esforçam para criar padrões universais. Tais organizações como IEEE, ISO, e IEC são exemplos de grupos internacionais de normalização. Estas organizações incluem membros de várias nações, as quais possuem seus próprios processos para a criação de padrões. Em muitos países os códigos nacionais servem como o modelo para as agências estaduais ou provinciais assim como para as municipalidades e outras unidades governamentais para a inclusão dos padrões em suas leis e regulamentos. A fiscalização então se torna a responsabilidade das autoridades locais. Sempre consulte as autoridades locais para determinar quais códigos estão em vigência. A maioria dos códigos locais tem precedência sobre os códigos nacionais, que, por sua vez, têm precedência sobre os códigos internacionais. 26 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 2.1 A Telecommunications Industry Association (TIA)e a Electronic Industries Association (EIA) Figura 1 Padrões da TIA/EIA para edifícios Figura 2 Padrões da TIA/EIA para o Cabeamento Estruturado A Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronic Industries Alliance (EIA) são associações industriais que criam e publicam uma série de padrões que cobrem o cabeamento estruturado 27 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. para voz e dados em LANs. Estes padrões são enumerados na Figura 1. Tanto a TIA como a EIA são reconhecidas pelo American National Standards Institute (ANSI) para a criação de padrões voluntários para a indústria de telecomunicações. Muitos padrões levam a marca ANSI/TIA/EIA. Os vários comitês e sub-comitês da TIA/EIA criam padrões para fibra ótica, equipamentos para as instalações dos usuários, equipamentos de rede, comunicações wireless, e comunicações por satélite. Padrões EIA/TIA Enquanto existem muitos padrões e suplementos, os seguintes são mais freqüentemente usado pelos instaladores de cabos e constam da Figura 2: • TIA/EIA-568-A – Este antigo Padrão de Cabeamento de Telecomunicações para Edifícios Comerciais especificava os requisito mínimos para o cabeamento de telecomunicações, recomendações para a topologia, limites de distância, especificações de desempenho dos meios físicos e dispositivos de conexão, e designações para conectores e pinagens. • TIA.EIA-568-B – O Padrão atual de Cabeamento especifica os requisitos dos componentes e da transmissão para os meios físicos de telecomunicações. O padrão TIA/EIA-568- B se divide em três seções separadas: 568-B.1, 568-B.2, e 568-B.3. TIA/EIA-568-B.1 especifica um sistema genérico para o cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais que acomodará um ambiente multi-produto e multi-fornecedor. TIA/EIA-568-B.1.1 é uma emenda que se aplica aos raios de curva dos patch cables UTP de 4 pares e ScTP par trançado blindado de 4 pares. TIA/EIA-568-B.2 especifica componentes de cabeamento, transmissão, modelos de sistemas, e procedimentos de medição necessários para a verificação do cabeamento em par trançado. TIA/EIA-568-B.2.1 é uma emenda que especifica os requisitos do cabeamento de Categoria 6. TIA/EIA-568-B.3 especifica os requisitos de componentes e transmissão para um sistema de cabeamento em fibra ótica. • TIA/EIA-569-A – O Padrão para Caminhos e Salas de Telecomunicações em Edifícios Comerciais especifica práticas de projetos e construção dentro e entre edifícios que 28 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. acomodam meios físicos e equipamentos de telecomunicações. • TIA/EIA-606-A – O Padrão Administrativo para a Infra- estrutura de Telecomunicações em Edifícios Comerciais inclui padrões para a aplicação de rótulos nos cabos. Este padrão especifica que cada unidade de terminação de hardware deve levar um identificador exclusivo. Também define os requisitos para a manutenção de registros e a documentação da administração da rede. • TIA/EIA-607-A – O Padrão de Requisitos de Aterramento e Junção de Telecomunicações em Edifícios Comerciais acomoda um ambiente multi-fornecedor e multi-produto assim como define as práticas de aterramento para vários sistemas que possam vir a ser instalados nas dependências dos clientes. Este padrão especifica os pontos exatos de interface entre os sistemas de aterramento do edifício e a configuração de aterramento dos equipamentos de telecomunicações. O padrão também especifica as configurações de aterramento e junção dos edifícios necessárias para acomodar tais equipamentos. Link da Web: http://www.tiaonline.org/ http://www.eia.org/ 2.2 O Comitê Europeu da Normalização Eletrotécnica (CENELEC) O Comitê Europeu de Normalização Eletrotécnica (CNELEC) foi estabelecido como organização sem fins lucrativos sob as leis da Bélgica em 1973. O CENELEC cria padrões eletrotécnicos para a maior parte da Europa. O CENELEC funciona com 35.000 peritos técnicos de 22 países da Europa para publicar padrões para o mercado europeu. Ele é reconhecido oficialmente como a organização normativa européia na Diretiva 83/189/EEC da Comissão Européia. Muitos dos padrões de cabeamento da CENELEC são idênticos a padrões de cabeamento da ISO, com mínimas modificações. O CENELEC e a International Electrotechnical Commission (IEC) operam em dois níveis diferentes. No entanto, suas ações têm uma forte influência mútua. São as agências de normalização mais importantes no campo eletrotécnico da Europa. A cooperação entre o CENELEC e a IEC é delineada no Acordo de Dresden. Este acordo foi aprovado e firmado por ambas as partes na Alemanha, na cidade de Dresden em 1996. Este acordo pretendia alcançar os seguintes objetivos: • Agilizar a publicação e adoção universal de padrões internacionais http://www.tiaonline.org/ http://www.eia.org/ 29 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. • Acelerar o processo de preparação de padrões para atender às exigências do mercado • Assegurar a utilização prudente de recursos disponíveis Desta maneira, preferivelmente deveria ser dada plena consideração técnica aos padrões ao nível internacional. Link da Web: http://www.cenelec.org/ http://www.iec.ch/ 2.3 International Organization for Standardization (ISO) A International Organization for Standardization (ISO) é constituída de organizações nacionais de padronização de mais de 140 países, inclusive a ANSI. A ISO é uma organização não governamental que fomenta a elaboração de padrões e atividades correlatas. O trabalho da ISO resulta em acordos internacionais, os quais são publicados como padrões internacionais. A ISO já definiu vários padrões importantes no setor da informática. O padrão mais significativo talvez seja o modelo Open Systems Interconnection (OSI), uma arquitetura normalizada para projetos de redes. Link da Web: http://www.iso.org/iso/en/ISOOnline.frontpage 2.4 Códigos dos EUA Alguns projetos de rede exigem a obtenção de um alvará para assegurar que o trabalho seja realizado corretamente. Consulte os departamentos locais de planejamento urbano para obter informações sobre os requisitos de alvará. Para obter cópias dos códigos de construção locais e estaduais, consulte os oficiais de construção para cada jurisdição. Todos os códigos básicos de construção por todos os Estados Unidos podem ser comprados da International Conference of Building Officials (ICBO). Os códigos básicos de construção incluem CABO, ICBO, BOCA, SBCCI e ICC. http://www.cenelec.org/ http://www.iec.ch/ http://www.iso.org/iso/en/ISOOnline.frontpage 30 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. Observação: A Lei de Americanos com Deficiências (ADA - Americans with Disabilities Act) tem acarretado a várias mudanças importantes nas diretivas para a construção, modificação e reforma de construções com relação às redes e telecomunicações. Tais requisitos dependem da utilização das instalações e podem ser impostas multas pelo não cumprimento. Muitos códigos que exigem inspeções e fiscalizações locais são incorporados nos governos estaduais e provinciais para depois serem transferidos às unidades de fiscalização municipais e dos condados. Incluídos são os códigos para construção, incêndio e eletricidade. De modo semelhante à questão de segurança, estas questões eram originalmente de interesse local, mas a divergência dos padrões e uma falta de fiscalização resultaram em padrões nacionais. A exeqüibilidade de certos códigos variará, conforme a cidade, condado ou estado. Os projetos dentro dos limites de uma cidade são geralmente controlados pelas agências municipais, enquanto os realizados fora dos limites da cidade são cobertos pelas agências do condado. Em certas comunidades,os códigos contra incêndios podem ser fiscalizados pelo departamento que concede alvarás de construção, enquanto em outras, pelo corpo de bombeiros local. A violação destes códigos pode resultar em graves penalidade e em custos por atraso do projeto. As entidades locais inspecionam e fiscalizam a maioria dos códigos, mas estes são geralmente escritos pelas organizações que criam os padrões. O National Electrical Code (NEC) foi redigido com a linguagem de um regulamento legal. Isto permite que os governos locais adotem o código por voto. Esta situação talvez não seja regularizada e por isso é importante saber qual é a versão do NEC adotada na área onde será instalado o cabeamento. Observe que a maioria dos países possuem sistemas de códigos semelhantes. O conhecimento de tais códigos locais é importante para o planejamento de um projeto que se estende além das divisas nacionais. Link da Web: http://www.icbo.org/ http://www.icbo.org/ 31 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 2.5 Evolução dos Padrões Figura 1 Alterações nos Padrões de Cabeamento Horizontal Quando a largura de banda aumentou de 10 Mbps até mais de 1000 Mbps, foi criada uma nova exigência para o cabeamento. Muitos dos tipos de cabos mais antigos não são adequados para utilização nas redes modernas, mais rápidas. Por isso, o cabeamento normalmente vai sendo trocado com o tempo. Os seguintes padrões TIA.EIA-568- B.2 refletem este fato. Para os cabos de par trançado, somente os cabos de 100 ohms Categoria 3, 5e e 6 são reconhecidos. O cabo de Categoria 5 já não é mais recomendado para novas instalações, e foi transferido do corpo do padrão até o anexo. Agora a Categoria 5e ou superior é recomendada para cabo de par trançado de 100 ohms. O padrão da Categoria 6 especifica parâmetros de desempenho que assegurarão que os produtos que atendem ao padrão serão compatíveis com os componentes, retro-compatíveis, e interoperáveis entre fornecedores. Ao se fazer a terminação dos cabos da categoria 5e e superiores, as tranças dos pares de cabos não devem ser destrançados mais de 13 mm (0,5") a partir do ponto da terminação. O raio mínimo de curva para o cabeamento UTP horizontal permanece como quatro vezes o diâmetro do cabo. O raio mínimo de curva para os patch cables UTP agora é igual ao diâmetro do cabo. Os patch cables UTP contêm fios retorcidos. Por isso, são mais flexíveis que os cabos de núcleos sólidos utilizados no cabeamento horizontal. O comprimento máximo aceitável dos patch cables na sala de telecomunicação mudou de 6 m (19,7 pés) para 5 m (16,4 pés). O 32 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. comprimento máximo aceitável de um cabo jumper na área de trabalho mudou de 3 m (9,8 pés) para 5 m (16,4 pés). A distância máxima de um segmento horizontal permanece em 90 m (295 pés). Se for utilizado um MUTOA, o comprimento do jumper na área de trabalho pode ser aumentado, caso seja diminuído o comprimento horizontal, fazendo um comprimento máximo total de segmento de enlace de 100 m (328 pés). Estes padrões aparecem na Figura 1. A utilização de MUTOA ou Ponto de Consolidação também exige uma separação mínima de 15 metros (49 pés) entre a ST e o MUTOA ou Ponto de Consolidação para limitar problemas de diafonia ou de perdas de retorno. No passado, exigia-se que todos os patch cables e jumpers de conexão cruzada utilizassem cabo retorcido para prover a flexibilidade necessária para sobreviver as repetidas conexões e reconexões. Este padrão agora só sugere que sejam usados os condutores retorcidos. Isto permite projetos que utilizem cabos de núcleo sólido. Os patch cables são elementos críticos de um sistema de rede. É ainda permitida a confecção de patch cables e jumpers no local. No entanto, os projetistas de redes são encorajados enfaticamente a comprarem cabos pré-confeccionados e testados. Os cabos da Categoria 6 e da emergente Categoria 7 são os cabos de cobre mais novos disponíveis. Já que os cabos de Categoria 6 são cada vez mais utilizados, é importante que os instaladores de cabos conheçam as suas vantagens. A principal diferença entre a Categoria 5e e a Categoria 6 é o método de manter o espaçamento entre os pares no interior do cabo. Certos cabos de Categoria 6 utilizam um divisor físico no centro do cabo. Outros possuem uma capa exclusiva que prende os pares nas suas posições. Outro tipo de cabo de Categoria 6, que é freqüentemente denominado ScTP, utiliza uma blindagem de folha metálica que envolve os pares dentro do cabo. Para obter ainda melhor desempenho que a Categoria 6, os propostos cabos da Categoria 7 utilizam uma construção totalmente blindada que limita a diafonia entre todos os pares. Cada par é envolvido em uma blindagem de folha metálica e uma blindagem trançada envolve todos os quatro pares assim envolvidos em folha metálica. Um fio de escoamento poderá ser incluído nos futuros cabos para facilitar o aterramento. Os padrões para o cabeamento estruturado continuarão a evoluir. A ênfase será em acomodar as novas tecnologias convergentes nas redes de dados, tais como as seguintes: � A telefonia IP e Wireless, utilizando um sinal de alimentação na transmissão para prover alimentação aos Telefones IP ou aos Pontos de Acesso. 33 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. � Storage Area Networking (SAN) utilizando transmissão Ethernet de 10Gb � Soluções “last mile” (acesso ao usuário final) de Metro Ethernet que exigem a otimização dos requisitos de largura de banda e de distância. O padrão para Alimentação sobre Ethernet (PoE – Power over Ethernet) está sendo elaborado e estará disponível em um futuro próximo. PoE incorpora um sinal de alimentação nos cabos utilizados para a transmissão Ethernet. Este sinal de alimentação é utilizado para dispensar a conexão à rede elétrica para os telefones IP e pontos de acesso wireless, simplificando a implementação e reduzindo custos. 34 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 3 Segurança 3.1 Códigos e Padrões de Segurança para os Estados Unidos Em muitas nações, existem regras cuja finalidade é proteger os trabalhadores contra condições perigosas. Nos Estados Unidos, a organização encarregada da segurança e saúde dos trabalhadores é a Occupational Safety and Health Administration (OSHA). Desde a criação da agência em 1971, as mortes no local do trabalho têm diminuído em 50% e os ferimentos e doenças relacionadas ao trabalho têm diminuído em 40 %. Ao mesmo tempo, o número de empregados subiu ao dobro de 56 milhões de trabalhadores em 3,5 milhões de locais até 105 milhões de trabalhadores em 6,9 milhões de locais. A OSHA é responsável pela fiscalização do cumprimento das leis de trabalho relacionadas à proteção dos trabalhadores. A OSHA não é uma agência relacionada aos códigos de construção ou ao requisitos de alvarás de construção. No entanto, os inspetores da OSHA podem impor onerosas multas ou até suspender as atividades no local de trabalho se encontrarem graves violações dos regulamentos da segurança. Qualquer pessoa que trabalha em local de construção ou instalação comercial ou que esteja responsável por estes, terá que estar familiarizada com os regulamentos da OSHA. A organização oferece informações de segurança, estatísticas e publicações no seu website. 3.1.1 MSDS Uma folha de dados de segurança de material (MSDS - material safety data sheet) é um documento que contém informações sobre a utilização, armazenagem e manipulação de materiais perigosos. Uma MSDS proporciona informações detalhadas sobre possíveis efeitos sobre a saúde decorrentes da exposição e como manipular o material com segurança. Inclui as seguintes informações: • Quais são os perigos do material • Como manipular o materialcom segurança • O que se deve esperar se as recomendações não são seguidas • O que se deve fazer por ocasião de um acidente • Como reconhecer os sintomas da exposição excessiva • O que se deve fazer se ocorrerem tais incidentes 35 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. Link da Web: http://www.osha.gov 3.1.2 Underwriters Laboratories (UL) Underwriters Laboratories (UL) é uma organização independente e sem fins lucrativos que realiza testes e certificações de segurança dos produtos. O UL vem testando produtos com relação à sua segurança há mais de um século. O UL focaliza os padrões de segurança, mas tem expandido o seu programa de certificação para incluir a avaliação do desempenho dos cabos para LAN em par trançado. Esta avaliação é baseada nas especificações de desempenho da IBM e TIA/EIA, assim como nas especificações de segurança da NEC. O UL também estabeleceu um programa para marcar cabos de LAN de par trançado blindado ou não blindado. Isto deve simplificar o processo de garantir que os materiais usados numa instalação atendam às especificações. O UL começa pelo teste e avaliação de amostras de cabo. Depois de conceder uma aprovação na sua lista, a organização realiza testes e inspeções de acompanhamento. Este processo de testes concede valor à marca UL aos olhos dos consumidores. O Programa de Certificação LAN da UL trata da segurança e desempenho. As empresas que fabricam cabos dignos de receber a marca do UL a coloca na capa exterior. Por exemplo, Level I, LVL I, ou LEV I. (Nível I) Link da Web: http://www.ul.com 3.1.3 National Electrical Code (NEC) A finalidade do National Electrical Code (NEC) é proteger as pessoas e propriedades dos perigos que surgem da utilização da eletricidade. A Associação Nacional de Proteção contra Incêndios (NFPA - National Fire Protection Association) patrocina este código com o apoio do ANSI. O código é revisado de três em três anos. Várias organizações, inclusive o UL, têm estabelecido padrões para chamas e fumaça que se aplicam aos cabos de redes em edifícios. No entanto, os padrões do NEC são mais extensamente apoiados pelos responsáveis locais que concedem alvarás e fazem a fiscalização. http://www.osha.gov/ http://www.ul.com/ 36 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 3.1.4 Os códigos de tipos do NEC Figura 1 Códigos de Tipos do NEC Os códigos de tipos do NEC são enumerados nos catálogos de cabos e materiais afins. Estes códigos classificam os produtos para usos específicos, conforme indica a Figura 1. Os cabos de rede de uso interno são geralmente colocados na categoria CM para comunicações ou MP para multi-propósito. Algumas firmas optam por submeter seus cabos ao processo de testes como cabos de controle remoto ou de testes gerais de circuito de potência limitada classe 2 (CL2) ou classe 3 (CL3) em vez de submetê-los aos testes de CM ou CP. No entanto, os critérios de chamas e fumaça geralmente são idênticos para todos os testes. As diferenças entre estas marcas se relacionam à quantidade de potência elétrica que poderia passar pelo cabo na pior das hipóteses. O cabo MP é sujeito a testes que supõem a maior capacidade de potência. As categorias CM, CL3 e CL2 passam pelos testes com níveis decrescentes de capacidade de potência. Link da Web: http://www.nfpa.org/Home/index.asp 3.2 Segurança na Presença de Eletricidade Além de aprender sobre as organizações de segurança, os instaladores de cabos devem também aprender sobre os princípios básicos da segurança. Estes princípios serão utilizados diariamente no trabalho e são necessários para os laboratórios do curso. Já que há muitos perigos envolvidos na instalação de cabos, o instalador deve estar preparado para todas as situações a fim de evitar acidentes e ferimentos. http://www.nfpa.org/Home/index.asp 37 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 3.2.1 Alta voltagem Os instaladores de cabos trabalham com fios destinados a sistemas de baixa voltagem. A maioria das pessoas nem nota o nível de voltagem aplicado a um cabo de dados. No entanto, a voltagem utilizada nos dispositivos de rede nos quais os cabos de dados são conectados varia entre 100 e 240 volts na América do Norte. Se uma falha no circuito tornasse a voltagem acessível, isto poderia causar um choque perigoso ou até fatal no instalador. Os instaladores, que lidam com baixa voltagem, também precisam considerar os perigos da fiação de alta voltagem. Choques perigosos podem resultar se o isolamento for removido inadvertidamente de algum fio existente de alta voltagem. Ao entrar em contato com a alta voltagem, um instalador poderia ficar incapaz de controlar os músculos ou de livrar-se. 3.2.2 Os raios e o perigo de alta voltagem A alta voltagem não se limita apenas às linhas de energia elétrica. Os raios são outra fonte de alta voltagem. A queda de raios pode ser fatal ou pode danificar os equipamentos da rede. Por isso, é importante prevenir a entrada de raios no cabeamento da rede. As seguintes precauções devem ser tomadas para evitar ferimentos pessoais e danos à rede resultantes da queda de raios e curtos circuitos: • Toda a fiação externa precisa ser munida de protetores de circuito de sinais corretamente aterrados e registrados no ponto onde entram no edifício, ou seja o ponto de entrada. Estes protetores precisam ser instalados de acordo com os requisitos locais da companhia telefônica e com os códigos em vigência. Os pares de fios telefônicos não devem ser utilizados sem autorização. Se for obtida autorização, não remova ou modifique protetores ou fios de aterramento dos circuitos telefônicos. • Jamais instale fios entre estruturas sem a proteção apropriada. Aliás, a proteção contra os efeitos de raios é provavelmente uma das maiores vantagens da utilização de fibra ótica entre edifícios. • Evite a instalação de fios em locais úmidos ou perto deles. • Jamais instale ou conecte fios de cobre durante uma tempestade elétrica. Um fio de cobre, inapropriadamente protegido, pode conduzir uma descarda elétrica fatal por vários quilômetros. 38 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 3.2.3 Teste de segurança de alta voltagem A voltagem é invisível. No entanto, os efeitos da voltagem podem ser vistos quando do mau funcionamento de um equipamento ou quando alguém leva um choque. Ao trabalhar com qualquer coisa que se conecta a uma tomada na parede, verifique se existe voltagem nas superfícies e nos dispositivos antes de tocar neles. Use um dispositivo de medição de voltagem de confiança, tal como multímetro ou detector de voltagem. Faça medições diariamente, imediatamente antes do início do trabalho. Faça medições novamente após um período de descanso em qualquer trabalho. Verifique as medições novamente ao final do trabalho. A queda de raios e a eletricidade estática não podem ser previstas. Jamais instale ou conecte fios de cobre durante uma tempestade elétrica. Um fio de cobre pode conduzir uma descarga elétrica fatal por vários quilômetros. Este fato é importante considerar na instalação de fios entre edifícios ou subterrâneos. Toda a fiação externa deve ser equipada com protetores de circuito de sinal apropriadamente aterrados e aprovados. Estes protetores precisam ser instalados de acordo com os códigos locais. Na maioria dos casos, os códigos locais se alinham com os códigos nacionais. 3.2.4 Aterramento O aterramento proporciona um caminho direto à terra para a voltagem. Os projetistas de equipamentos isolam seus circuitos do chassis. O chassis é a caixa onde são montados os circuitos. Qualquer voltagem que vaza do equipamento até o seu chassis não deve permanecer no chassis. O aterramento do equipamento conduz qualquer voltagem espúriaaté a terra sem causar danos ao equipamento. Sem um caminho apropriado para escoar até a terra, a voltagem espúria poderá utilizar outro caminho, por exemplo, um corpo humano. O eletrodo de aterramento é a barra metálica enterrada na terra perto do ponto de entrada do edifício. Durante muitos anos, a tubulação de água fria do sistema público subterrâneo de água que entrava no edifício era considerada um aterramento adequado. Grandes peças estruturais, tais como perfis em I e vigas, também eram aceitáveis. Embora tais itens possam proporcionar um caminho adequado até a terra, a maioria dos códigos locais agora exigem um sistema de aterramento dedicado. Os equipamentos são conectados aos eletrodos de aterramento através de condutores de aterramento. Esteja sempre familiarizado com o sistema de aterramento no laboratório e em cada local de trabalho. Verifique o funcionamento apropriado do sistema de aterramento. Não é raro o aterramento estar incorretamente instalado. Alguns instaladores utilizam de atalhos para realizar um aterramento tecnicamente adequado mas fora dos padrões. Alterações em outras partes da rede ou no próprio edifício poderão destruir ou eliminar um sistema de aterramento que esteja 39 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. fora dos padrões. Isto poderia expor a perigo os equipamentos e o pessoal. 3.2.5 Junção Figura 1 Junção A junção permite que vários dispositivos da instalação elétrica sejam interligado com o sistema de aterramento, conforme ilustra a Figura 1. A junção é uma extensão da fiação de aterramento. Um dispositivo tal como um switch ou roteador poderá possuir uma tira de junção entre o gabinete e o circuito de aterramento para garantir uma boa conexão. A junção e aterramento corretamente instalado terá os seguintes resultados: • Minimizar os efeitos de surtos e picos • Manutenção da integridade do sistema de aterramento elétrico • Fornecimento de um caminho mais eficiente e mais seguro de escoamento à terra 40 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. As junções de telecomunicações são tipicamente utilizadas nos seguintes lugares: • Instalações de entrada • Salas de equipamentos • Salas de telecomunicações 3.2.6 Padrões para aterramento e junção O National Electrical Code (Código Elétrico Nacional) contém informações sobre aterramento e junção. O padrão TIA/EIA sobre Aterramento e Junção, TIA/EIA-607-A, Commercial Building Grounding and Bonding Requirements for Telecommunications (Requisitos de Aterramento e Junção para Telecomunicações em Edifícios Comericias) estende o aterramento e junção até o sistema de cabeamento estruturado para telecomunicações. O TIA/EIA-607-A especifica os pontos exatos de interface entre o sistema de aterramento de um edifício e a configuração do equipamento de aterramento de telecomunicações. Acomoda um ambiente multi- fornecedor e multi-produto para as práticas de aterramento para vários sistemas que possam vir a ser instalados nas dependências dos clientes. Também especifica as configurações necessárias para o aterramento e junção nos edifícios que acomodam tais equipamentos. Link da Web: http://www.nfpa.org/ http://www.tiaonline.org/ 3.3 Práticas de Segurança no Laboratório e no Local de Trabalho Embora a instalação de cabos em geral seja uma profissão sem maiores perigos, ainda assim há bastante possibilidade de ocorrer ferimentos. Muitos ferimentos são causados quando os instaladores entram em contato com fontes de voltagem espúria, ou voltagems alheias à instalação. Voltagens alheias incluem raios, eletricidade estática e voltagens causadas por falhas na instalação ou correntes de indução nos cabos da rede. Ao trabalhar dentro de divisórias, tetos ou sótãos, desligue primeiro todos os circuitos que passam por estas áreas de trabalho. Se você não tiver certeza de quais fios passam pela seção do edifício em que vai trabalhar, desligue toda a força elétrica. Nunca, jamais, toque nos cabos de energia! Mesmo que tenha sido cortada a energia naquela área, não há como saber se os circuitos ainda estão energizados. A maioria dos países possui agências que elaboram e administram padrões de segurança. Certos padrões têm a finalidade de garantir a segurança pública enquanto outros protegem o trabalhador. Os padrões que protegem o trabalhador geralmente cobrem a segurança http://www.tiaonline.org/ http://www.nfpa.org 41 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. no laboratório, a segurança no local de trabalho, o cumprimento com os regulamentos ambientais e a disposição de resíduos perigosos. 3.3.1 A segurança no local de trabalho As seguintes diretrizes objetivam manter a segurança no local de trabalho. • Antes de começar a trabalhar, saiba onde se encontram os extintores de incêndio da área. Um pequeno fogo poderá virar um incêndio fora de controle se você não puder encontrar rapidamente um extintor. • Sempre determine os códigos locais antecipadamente. Alguns códigos de construção civil talvez proíbam perfurações ou cortes em algumas áreas, como em paredes corta-fogo ou tetos. O administrador ou engenheiro das instalações será capaz de ajudá-lo a determinar quais são as áreas fora dos limites. • Ao instalar cabos entre andares, use um cabo de regime “riser”. Os cabos “riser” são revestidos de uma capa de propileno etileno fluorado (FEP) para evitar que as chamas passem de um andar a outro através do cabo. • Os cabos externos normalmente possuem uma capa de polietileno. O polietileno queima com facilidade e emite gases perigosos. Os códigos NEC declaram que os cabos de polietileno, ao entrar no edifício não podem ficar expostos por mais de 15 m (49,2 pés) dentro do edifício. Se for necessário transpor uma distância maior, o cabo precisa passar por conduítes metálicos. • Deve ser consultado o engenheiro de manutenção do edifício para determinar se existe amianto, chumbo ou PCB (bifenila policlorada) na área de trabalho. Se for o caso, siga todas as regulamentações governamentais para lidar materiais perigosos. Não arrisque prejudicar a saúde ao trabalhar sem proteção em tais áreas. • Se o cabo precisar ser encaminhado através de espaços onde circula o ar, sempre utilize cabos com regime contra fogo ou tipo plenum. Os cabos plenum mais comuns possuem uma capa de Teflon ou Halar. Os cabos de regime plenum não emitem gases venenosos ao serem queimados como é o caso dos cabos normais, que possuem uma capa de PVC (policloreto de vinila). 3.3.2 Segurança com escadas de mão As escadas de mão existem em vários tamanhos e formatos para tarefas específicas. Podem ser fabricadas de madeira, alumínio ou fibra de vidro e destinadas à utilização leve ou industrial. Os dois tipos mais comuns são escadas retas e dobráveis. Independentemente 42 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. do tipo de construção, certifique-se de que a escada seja certificada e que atenda às especificações ANSI e padrões UL. Selecione a escada correta para o serviço. A escada deve ter o comprimento necessário para trabalhar confortavelmente e com a resistência suficiente para suportar o uso repetido. As escadas de fibra de vidro são as mais utilizadas na instalação de cabeamento. As escadas de alumínio são mais leves, mas têm menos estabilidade e não devem nunca ser utilizadas na presença de eletricidade. Ao trabalhar nas proximidades de eletricidade, devem sempre ser utilizadas escadas de fibra de vidro. Primeiro, faça uma inspeção da escada. Em qualquer escada podem surgir problemas que a tornem insegura. Inspecione a escada quanto a degraus, escaleiras, laterais ou apoios danificados. Certifique-se de que os pés da escada dobrável possam ser travados no lugar e que possuam calços desegurança. Os calços de segurança proporcionam maior estabilidade e reduzem as possibilidades da escada escorregar durante o trabalho. Jamais use uma escada defeituosa. As escadas dobráveis devem ficar totalmente abertas com a articulação travada. As escadas retas devem ser colocadas a uma inclinação de 4 para 1. Isto significa que a base da escada deve estar a uma distância de 0,25 m (10 polegadas) da parede ou outra superfície vertical para cada 1 m (40 polegadas) de altura até o ponto de apoio. Amarre uma escada reta tão perto quanto possível do ponto de apoio para evitar movimentos. As escadas devem ser sempre colocadas em uma superfície sólida e nivelada. Jamais suba além do penúltimo degrau superior de uma escada dobrável ou além do antepenúltimo degrau de uma escada reta. Delineie a área de trabalho com marcadores apropriados tais como cones de tráfego ou fita de balizamento. Coloque avisos para que o pessoal esteja ciente da escada. Tranque ou barre qualquer porta que possa bater contra a escada. 3.3.3 Segurança com fibra ótica Já que os cabos de fibra ótica contêm vidro, é importante tomar as precauções apropriadas. As aparas possuem partes cortantes e devem ser apropriadamente descartadas. Quando quebrados, estilhaços podem ferir a pele. As seguintes regras devem ser observadas para evitar ferimentos ao trabalhar com fibra ótica: • Sempre use óculos de segurança com protetores laterais. • Coloque uma esteira ou pedaço de material adesivo sobre a mesa para que quaisquer estilhaços que caiam sejam facilmente identificados. 43 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. • Não toque nos olhos ou em lentes de contato ao trabalhar com sistemas de fibra ótica até que as mãos tenham sido cuidadosamente lavadas. • Coloque todas as aparas de fibra num lugar seguro e descarte- as corretamente. • Use um pedaço de esparadrapo ou fita adesiva para remover o material que se pega à roupa. Use esparadrapo para remover estilhaços dos dedos e das mãos. • Não traga alimentos ou bebidas dentro da área de trabalho. • Não olhe diretamente nas pontas dos cabos de fibra ótica. Certos dispositivos energizados por laser podem causar danos irreversíveis ao olho. 3.3.4 Utilização de extintor de incêndios Jamais tente combater um incêndio sem saber usar um extintor de incêndios. Leia as instruções e inspecione a válvula. Nos Estados Unidos, os extintores utilizados em edifícios comerciais precisam ser inspecionados a intervalos regulares. Se não estiverem em bom estado de funcionamento, devem ser substituídos. Note Se alguém estiver em chamas, lembre-se da dica, Parar, Deitar e Rolar. Não corra. O fogo aumenta rapidamente quando a pessoa em chamas começa a correr. Se uma pessoa em chamas entrar em pânico e começar a correr pelo corredor, derrube aquela pessoa. Deite no chão e role pelo chão para extinguir as chamas. Os extintores de incêndios possuem rótulos que identificam os tipos de incêndios para os quais são projetados. Nos Estados Unidos, estes tipos se denominam regimes. Quatro tipos diferentes de incêndios foram classificados nos Estados Unidos: • Os incêndios de Classe A são de materiais normais como papel, madeira, papelão e materiais plásticos. • Os incêndios de Classe B envolvem líquidos inflamáveis ou combustíveis, tais como gasolina, querosene e solventes orgânicos comuns utilizados no laboratório. • Os incêndios de Classe C envolvem equipamentos elétricos energizados, tais como máquinas, comutadores, gabinetes de painéis, ferramentas elétricas, chapas elétricas e demais dispositivos eletrônicos. A água é um meio perigoso de extinguir incêndios de Classe C devido ao risco de choque elétrico. • Os incêndios de Classe D envolvem metais combustíveis, tais como magnésio, titânio, potássio e sódio. Estes materiais queimam a temperaturas altas e reagem violentamente com a água, com o ar e com outros produtos químicos. 44 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 3.4 Equipamento de Proteção Individual Um dos aspectos da segurança no trabalho é a utilização de roupas apropriadas para o trabalho. A roupa ou vestimenta de proteção pode evitar ferimentos ou reduzir a sua severidade. Ao trabalhar com ferramentas elétricas, é importante proteger os olhos contra detritos no ar e os ouvidos contra os ruídos ensurdecedores. Se não forem utilizado óculos de proteção e protetores auriculares, a visão ou audição poderá sofrer danos permanentes. 3.4.1 Roupa de trabalho Calças e mangas compridas ajudam a proteger os braços e pernas contra cortes, arranhões e outros perigos. Evite usar roupas excessivamente soltas ou largas pois elas poderão ficar presas em objetos salientes ou emaranhadas nas ferramentas elétricas. Calce sapatos fortes, completamente fechados e apropriados para o trabalho. Devem proteger a sola do pé contra objetos pontiagudos no piso. Os sapatos de sola grossa são melhores ao trabalhar onde há pregos, aparas metálicas e outros materiais. Os sapatos com bico de aço podem proteger os dedos do pé contra objetos que caem. As solas também devem providenciar boa tração para evitar deslizamentos. 3.4.2 Proteção para os olhos Figura 1 Proteção para os olhos É muito mais fácil proteger os olhos do que repará-los. Devem ser utilizados óculos de segurança sempre que esteja cortando, perfurando ou trabalhando em um espaço sob o piso. Dois tipos de 45 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. óculos de segurança são ilustrados na Figura 1. Quando os materiais são cortados, preparados e descartados durante o processo de afixar terminais nos cabos, pequenas partículas podem ser projetadas pelo ar. Ao trabalhar com fibra ótica, as fibras de vidro, os adesivos e solventes podem entrar em contato com os olhos. O óculos também protegem os olhos das mão contaminadas. Pequenas partículas ou produtos químicos nos dedos podem ser esfregados nos olhos. Os óculos de segurança também devem ser usados ao trabalhar em um espaços sob o piso ou no espaço de um teto suspenso para proteger os olhos contra objetos que caem. Muitos locais de trabalho exigem a utilização constante de óculos de segurança. Proteção para os olhos deve ser usada em todos os laboratórios. Antes de iniciar qualquer exercício de laboratório, estude as instruções de segurança e verifique os equipamentos de segurança exigidos. 3.4.3 Utilização de capacete É possível que seja exigida a utilização de capacete no local de trabalho, especialmente quando se trata de construção. Muitas empresas fornecem capacetes ou exigem que os instaladores comprem seus próprios. Os capacetes às vezes levam cores ou logotipos da empresa para identificar quem o usa como membro de certa organização. Se você comprar um capacete para uso pessoal, não coloque decorações nele sem obter permissão da empresa. OSHA não permite adesivos nos capacetes pois poderão ocultar rachaduras. Inspecione periodicamente o capacete, procurando rachaduras. Um capacete rachado poderá deixar de proteger a cabeça. Para os capacetes proporcionarem uma proteção eficaz, precisam ser corretamente ajustados. Ajuste as tiras internas e certifique-se de que o capacete cabe firme e confortavelmente. Um capacete é exigido quando se trabalha em escada, e freqüentemente ao trabalhar em ambientes de construção nova. 46 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. 4 Ferramentas do Ofício 4.1 Ferramentas de Decapar e de Corte Figure 1 Ferramenta de Desencapar Cabos UTP Panduit Figura 2 Tesoura de Eletricista e Faca para Cabos 47 - 136 CCNA 1: Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc. As ferramentas de desencapar são utilizadas para cortar as capas dos cabos e isolamentos dos fios. A ferramenta
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