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Disc.: LITERATURA BRASILEIRA: PRÉ E PÓS MODERNISMO Aluno(a): Acertos: 10,0 de 10,0 1a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Leia o fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto: "Para bem compreender o motivo disso, é preciso não esquecer que o major, depois de trinta anos de mditação patriótica, de estudos e reflexões, chegava agora ao período da frutificação. A convicção que sempre tivera de ser o Brasil o primeiro país do mundo e o seu grande amor à pátria eram agora ativos e impeliram-no a grandes cometimentos. Ele sentia dentro de si impulsos imperiosos de agir, de obrare de concretizar suas ideias. Eram pequenos melhoramentos, simples toques, porque em si mesma (era a sua opinião), a grande pátria do Cruzeiro só precisava de tempo para ser superior à Inglaterra") (http://www.sinergia-spe.net/editorialeletronica/autor/020/02000100_2.htm) A partir da leitura do excerto e dos seus conhecimentos sobre a obra de Lima Barreto, é correto afirmar: Com enredos ambientados prioritariamente na região do Vale do Paraíba, denuncia a prática agrícola da queimada e a devastação da natureza. Reflete forte sentimento nacional e grande preocupação com questões históricas, culturais e sociais, denotada a partir de uma consciência crítica contumaz dos problemas brasileiros. X Presa aos cânones estéticos e literários, é considerada modernista, apesar de fazer uma retomada aos assuntos abordados pela escola parnasiana. Não apresenta cunho social e está voltada para a experimentação e aos estudos da própria linguagem, apresentando um novo tipo de relação narrador-leitor. Pode ser considerada precursora do romance regionalista moderno, representando a sociedade rural do século XIX. Respondido em 27/05/2023 18:42:59 Explicação: No trecho, podemos notar que o personagem tem profunda preocupação com o nacionalismo e que procura por todos os meios fazer com que o país atingisse o lugar que merecia no contexto mundial. Assim, reflete forte sentimento nacional e grande preocupação com questões históricas, culturais e sociais, denotada a partir de uma consciência crítica contumaz dos problemas brasileiros. 2a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Atente para o texto a seguir: A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos. Neste trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas: a recusa da língua falada pelos portugueses a incorporação da fala brasileira à língua literária nacional. X o repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção. a imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses Respondido em 27/05/2023 19:28:05 Explicação: O trecho que confirma a alternativa correta se apresenta em: "A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos." Verifica-se a ênfase na captura da fala brasileira e suas peculiaridades. 3a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Assinale a opção que indica o poeta da década de 1930, por cuja participação de um grupo católico defendia a renovação do catolicismo e da arte. Ele acreditava que o cristianismo politizado e envolvido com as questões do dia a dia era a única via capaz de fazer valer a justiça, paz e igualdade social. Carlos Drummond de Andrade Oswald de Andrade Mário de Andrade Murilo Mendes X Manuel Bandeira Respondido em 27/05/2023 19:06:44 Explicação: O poeta Murilo Mendes estava fortemente ligado ao movimento católico. Sua poesia também pode ser caracterizada como metafísico-religiosa 4a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 João Cabral de Melo Neto traz para a literatura a imagem da seca nordestina. Por que o nome SEVERINA aparece como um adjetivo? Morte e vida severina (Auto de Natal Pernambucano) João Cabral de Melo Neto (...)E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida). Porque qualifica e uniformiza a forma de viver e de morrer do homem sertão X Porque caracteriza, apenas, a vida do homem sertanejo. Porque se trata de um nome comum no Nordeste. Porque caracteriza, apenas, a morte do homem sertanejo. Porque caracteriza a região da seca. Respondido em 27/05/2023 18:52:49 Explicação: Severino é um substantivo próprio, nome de pessoa muito popular no Nordeste brasileiro. No poema de João Cabral "severina" passa a ser um adjetivo que se atribui às pessoas que habitam o sertão nordestino e que agem com bravura diante das adversidades. 5a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 CONCURSO PÚBLICO - GRUPO MAGISTÉRIO EDITAL Nº. 36/2011-REITORIA/IFRN(modificada) Leia o fragmento de texto transcrito a seguir. Às mui queridas súbditas nossas, Senhoras Amazonas. Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis, São Paulo. Senhoras: Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudade e muito amor, com desagradável nova.Muito nos pesou a nós Imperator vosso, tais dislates da erudição porémheis de convir conosco que, assim, ficais mais heróicas e mais conspícuas, tocadas por essa pátina respeitável da tradição e da pureza antiga. (ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 31. ed. Belo Horizonte / Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 2000, p. 71.) Em relação à Carta pras Icamiabas (capítulo IX, do livro Macunaíma), fragmento reproduzido acima, é correto afirmar que o autor elogia a dependência cultural a que a literatura brasileira estava submetida limita-se a reproduzir os registros da linguagem próprios à imitação do modelo colonizador. tem a intenção de, com humor, criticar aqueles que se propunham a romper com o modelo hegemônico da cultura ocidental. insiste em reiterar os elementos próprios da dependência cultural a que estávamos sujeitos. tem a intenção de, parodicamente, criticar a submissão cultural, que via o modelo europeu como único a ser adotado. X Respondido em 27/05/2023 19:10:22 Explicação: O narrador, ao empregar uma linguagem rebuscada em um texto extremamente prolixo, indica a submissão dos brasileiros aos padrões europeus estéticos. Gabarito Comentado 6a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 UERJ- 2018 Esta questão refere-se ao romance A hora da estrela, de Clarice Lispector. Um outro escritor, sim, mas teria que ser homem porque escritora mulher pode lacrimejar piegas. Considerando que o romance é de Clarice Lispector, pode-se inferir que a frase do narrador é irônica. Essa ironia está baseada na: alienação cultural crítica ao machismo X inclinação ao universal relativização da opressão sofisticação da escrita Respondido em 27/05/2023 18:56:38 Explicação: A ironia clariceana com relação ao narrador indica a crítica a um comportamento machista da crítica em considerar que alguns temas deveriam ser escritos por homens. Na esteira de Virgínia Woolf, Clarice constroi um narrador frágil, insuficiente e pouco preparado para narrar a história da protagonista. 7a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Gianfrancesco Guarnieri estreou como dramaturdo, em 1958, com a peça: A falecida. Eles não usam black-tie. X Beijo no asfalto. Vestido de noiva. O Rei da vela. Respondido em 27/05/2023 18:57:44 Explicação: "Em 1958, Gianfrancesco Guarnieri estreia, no Teatro deArena, com a peça Eles não usam black-tie." ( conteúdo online) Gabarito Comentado 8a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 No Concretismo, há os seguintes princípios: I- a poesia não fica apenas no âmbito auditivo; II- à noção de poesia se incorporoa o elemento visual; III- o apelo ao não-verbal exerce papel fundamental. IV- há presença de uma linguagem enfática e declamatória Assinale abaixo a opção correta: I e III III e IV I- I e IV I e II I -II e III X Respondido em 27/05/2023 19:01:09 Explicação: No concretismo, há a ênfase na linguagem visual, dessa forma a linguagem declamatória não é característica do movimento Gabarito Comentado 9a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 da sua memória mil e mui tos out ros ros tos sol tos pou coa pou coa Pag amo meu ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espaço. São Paulo: Perspectiva, 1998. Trabalhando com recursos formais inspirados no Concretismo, o poema atinge uma expressividade que se caracteriza pela renovação das formas tradicionais, para propor uma nova vanguarda poética. reestruturação formal da palavra, para provocar o estranhamento no leitor. dispersão das unidades verbais, para questionar o sentido das lembranças. fragmentação da palavra, para representar o estreitamento das lembranças. X interrupção da fluência verbal, para testar os limites da lógica racional. Respondido em 27/05/2023 19:02:34 Explicação: A fragmentação das palavras, uma proposta do Concretismo, foi associada ao sentido de esgotamento do emissor face à memória do receptor. 10a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 UFSM 2016 No conto Passeio noturno parte II (1975), de Rubem Fonseca, o protagonista utiliza o seu carro, um Jaguar preto, como arma. Observe os excertos a seguir. Evocê não é lá essas grandes coisas. O teu carro é melhor do que você, disse Ângela. Um completa o outro, eu disse. Ela saltou. Foi andando pela calçada, lentamente, fácil demais, mas eu tinha que ir logo para a casa, já estava ficando tarde. Apaguei as luzes e acelerei o carro. Tinha que bater e passar por cima. [...]. Bati em Ângela com o lado esquerdo do para-lama, [...], e passei, primeiro, com a roda da frente - [...] - e logo atropelei com a roda traseira, [...]. A partir das passagens destacadas, assinale a alternativa correta. A aproximação humano-máquina indica o encantamento pelo novo, o que é frequente no denominado Modernismo. A complementaridade homem-máquina aponta para a desumanização do personagem, traço característico da prosa brutalista de Rubem Fonseca. X A complementaridade carro-homem revela o entusiasmo diante dos avanços tecnológicos, o que é próprio da ficção científica A estreita relação protagonista-veículo pode ser vista como uma crítica ao consumismo, já que o personagem só se sente um homem completo dentro do carro. A complementaridade homem-máquina pode ser entendida como uma crítica à falta de empatia entre as pessoas, traço característico da literatura do século XXI. Respondido em 27/05/2023 19:04:02 Explicação: A violência presente na narrativa de Rubem Braga denota a desumanização do homem.