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 EMPREENDEDORISMO
A Construção de um 
Plano de Negócios
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EMPREENDEDORISMO
8.1 PLANOS DE NEGÓCIO E REQUISITOS FINANCEIROS
Vamos iniciar esse tópico, perguntando a você, para que serve um plano?
Segundo diversos dicionários a definição clássica para plano é:
 Um plano é uma intenção ou um projeto. Trata-se de um modelo sistemático que se elabora 
antes de realizar uma ação, com o objetivo de dirigir e de a encaminhar. Neste sentido, um plano 
também pode ser o conjunto das disposições necessárias para levar um projeto a cabo.
 Você com certeza já deve ter feito planos para uma infinidade de coisas ao longo de sua vida. 
Muitos desses planos, um simples arranjo mental e outros possivelmente, os mais sofisticados e com-
plexos, algo que tenha seguida um modelo.
Mas vou refazer a pergunta e fazer algumas outras: 
VOCÊ de fato é um Empreendedor?
 Você já se casou? Isso é um empreendimento.
Você tem filhos? Isso é um grande empreendimento para vida toda.
Você já organizou uma festa? Isso é empreender uma atividade.
Você já realizou uma viagem? Ser empreendedor é realizar projetos.
Você já construiu uma casa? Esse é um empreendimento de grandes proporções.
Você já coordenou um projeto? Liderar pessoas a partir de uma ideia é a essência do empreen-
dedorismo.
 
 Todos temos a capacidade de empreender. O que precisamos é direcionar essa capacidade 
para realização de projetos de duradouros. Mas para isso iremos necessitar de um plano haja visto a 
necessidade de nos prepararmos para as diversas variáveis controláveis.
 O plano de negócios, seguramente é o documento mais importante para o empreendedor de 
estágio inicial. Assim o plano de negócios é uma espécie de mapa de navegação que o empreende-
dor deve fazer uso para navegar no mundo dos negócios. Dessa forma o plano de negócios irá buscar 
respostas para uma série de perguntas que deverão ser feitas por quem pretende iniciar um negócio 
longevo.
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 EMPREENDEDORISMO
 O plano de negócios deve sempre ter alinhamento com suas metas pessoais e desta forma, as 
metas da futura empresa. Pense em seus objetivos pessoais para os próximos anos e a partir daí, dê 
início aos planos empresariais.
Vários questionamentos devem ser realizados antes de compor um plano de negócios:
 Sendo assim, cabe questionar quais as Metas Pessoais e Empresariais; as Metas Financeiras; 
quais os Recursos Humanos serão necessários para o empreendimento; quais Produtos e Serviços 
serão ofertados e para quais segmentos e tipos de Clientes? Onde será localizada a empresa e em 
quanto tempo pretende investir no negócio, quanto tempo do meu dia estará dedicado ao empreen-
dimento e por fim enquanto tempo pretendo ter retorno financeiro?
 Então, como já disse o plano de negócios funciona como um mapa e ajuda a identificar opor-
tunidades, conhecer o mercado e planejar a parte financeira, diminuindo os riscos de abrir ou admi-
nistrar a empresa.
 Contudo o plano não precisa ficar totalmente concluído para que você possa iniciar seu em-
preendimento. Você pode começar com algo bastante básico, que dê uma visão geral do negócio. A 
partir do documento básico, novas ideias serão desenvolvidas e adicionadas conforme seu trabalho 
avance.
 A elaboração progressiva é o melhor caminho para aqueles que ainda têm dúvidas ou não 
conhecem bem os planos de negócios. Preparar o documento pouco a pouco lhe dará a flexibilidade 
e tranquilidade mental que você precisa para iniciar seu projeto.
 O interessante é que ao documentar seu plano, você automaticamente encontrará lacunas 
em seu raciocínio que devem ser preenchidas. As ideias servem para serem trabalhadas e melhora-
das, é necessário entender que nem sempre sua primeira visão será concretizada sem alterações.
 
 Resumindo, não se preocupe muito com o trabalho de preparar um plano de negócios. Siga 
passos graduais, e tenha consciência que o plano é um instrumento que irá potencializar as chances 
de sucesso do negócio e evitar perdas financeiras.
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EMPREENDEDORISMO
 8.2. TIPOS DE PLANOS DE NEGÓCIOS. 
 Já sabemos que iniciar um negócio sem um plano é temerário. Na verdade essa afirmação 
tem sentido para tudo que se faz na vida, ou seja, qualquer iniciativa que por ventura queira motivar, 
sem sobra de dúvidas de que haverá necessidade de traçar um plano, sobretudo nos dias atuais onde 
o mundo está cada vez mais incerto.
 Mas quais os tipos de planos de negócio?
 Em seu artigo intitulado: 4 tipos de negócios para você escolher, o autor André Bartholomeu 
Fernandes, baseado em One Business Plan, Four Different Ways”, da Entrepeneur, sugere e oferece 
um guia passo-a-passo fácil para a criação de um plano para a sua nova empresa.
 Baseado no livro Write Your Business (Escreva Seu Negócio) ele coloca que os planos de negó-
cios podem ser divididos basicamente em 4 tipos distintos.
 São eles:
MINIPLANOS: são resumos de 5 a 10 páginas que explicam quem você é e o que pretende rea-
lizar. Podem ser os preferidos pelos investidores, que podem lê-los rapidamente, até mesmo de 
seus telefones.
 
PLANOS DE APRESENTAÇÃO: estes são planos criados em PowerPoint, e apresentados para 
potenciais investidores e parceiros de negócios. O problema desses planos é que você precisa 
mostrar como vai monetizar o seu negócio de maneira atraente.
 
PLANOS DE TRABALHO: esse tipo de plano é usado internamente, para ajudar a gerir a sua 
empresa.
 
PLANOS DO QUE FAZER: esse plano mostra a banqueiros ou investidores o que você tem pen-
sado em fazer, caso seu negócio enfrente cenários ruins.
 
Outros estudiosos do assunto preferem dividir a tipologia em três modalidades de planos.
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 EMPREENDEDORISMO
STARTUP PLAN 
Este é o plano mais usado e reconhecido, visa tópicos como a empresa, o produto, o mercado, estra-
tégias de implementação, a equipe de gestão e análise financeira (projeção de vendas, cash-flow e 
outras demonstrações financeiras).
PLANOS DE CRESCIMENTO 
Os planos de crescimento, ou expansão, focam-se em áreas específicas de negócio. São documentos 
internos com a estrutura de um STARTUP PLAN, que beneficiam da experiência já adquirida pela 
empresa, aprofundando análises financeiras e aprimorando projeções.
 PLANO DE REESTRUTURAÇÃO 
É igualmente um plano de negócio sumário, mas dedicado à solução e análise dos constrangimentos 
atuais, problemas e dificuldades da empresa. Este plano deve ser bastante detalhado, avaliando a 
realidade e descriminando uma estratégia bem definida para o futuro.
 Portanto como vimos nos exemplos acima, não há uma estrutura rígida e específica para se 
escrever um plano de negócios, porém, qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo de se-
ções as quais proporcionam um entendimento completo do negócio.
 O plano de negócios nada mais é do que um plano de vôo, onde o empreendedor descreve 
sua ideia acerca do empreendimento que deseja colocar emprática, projetando seus desdobramen-
tos para os próximos anos (três a cinco). O Sebrae desenvolveu um esboço de plano de negócio ob-
jetivando subsidiar os empreendedores que normalmente recorrem aos seus serviços.(veja figura 
abaixo)
 
8.3. ETAPAS DO PLANO DE NEGÓCIO.
 Como já abordado, o Plano de Negócios, constitui-se em uma ferramenta essencial a qual 
possibilita uma avaliação e ponderação das vantagens e desvantagens do uso seus recursos tendo 
em vista o investimento que se pretende iniciar. Sabemos que nos dias atuais, em um mundo extre-
mamente tecnológico e competitivo, não há mais espaço para o empirismo, para sonhos, para “achis-
mos”. (é uma gíria atribuída à “teoria” que é criada por alguém sobre algo com base unicamente nas 
suas opiniões e intenções, sem nenhum tipo de argumentação concreta ou justificativa - https://
www.significados.com.br/achismo/).
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EMPREENDEDORISMO
 Um plano deve ser alicerçado em pontos fundamentais e rigorosamente observados, para 
que o vôo seja o menos turbulento possível. Desta forma alguns pontos são fundamentais:
 1) ESTABELECIMENTO DE METAS:
Tenho dito reiteradas vezes nas diversas aulas que tenho tido o privilégio de ministrar, que quem 
não têm objetivos não vai a lugar algum. Digo isso não somente sob o ponto de vista empresa-
rial, mas também sob a ótica pessoal também. Como disse Lewis Carroll, autor de Alice no país 
das maravilhas: “Se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve”. Assim sendo não sou 
eu quem afirma, mas todos os demais especialistas que reiteram que é imperioso que o plano 
crie objetivos, estabelecendo metas de longo e curto prazos e de fácil medição.
 2) BUSCA DE INFORMAÇÕES 
Quem já não ouviu alguém dizer que a informação é tudo. E de fato é. Para citar apenas um 
exemplo, basta ver a velocidade com a expansão da telefonia celular e de suas facilidades de 
acorreram, isso demonstra a necessidade que as pessoas têm em se comunicar e obterem in-
formações. Com o empreendedor não poderia ser diferente, antes de iniciar sua jornada deve 
se cercar de informações detalhadas de sobre seus potenciaisclientes, dos fornecedores e dos 
concorrentes. Promover uma verdadeira investigação sobre os desejos e necessidades de seu 
público alvo com vistas aos produtos e/ou serviços desejados, se valendo de todas as fontes pos-
síveis de informações.
 3) PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO SISTEMÁTICOS 
Outra questão primordial é o monitoramento sistemático da execução do plano estabelecido. 
Pois como disse Peter Drucker: “Se você não medir, você não pode gerenciar”. Baseado nessa 
premissa que ressaltamos que este é um dos pontos fundamentais para o empreendedor, ou 
seja, por em prática um plano de execução, no sentido de acompanhar os desdobramentos 
internos e externos do desenrolar das ações e as possíveis correções de rotas em função de mu-
danças de cenários que por ventura venha a ocorrer.
 Desta forma, o plano de negócios constitui-se em uma das etapas fundamentais para que o 
empreendimento nasça e obtenha o sucesso desejado. Entrando no plano de negócios, também ire-
mos encontrar pontos fundamentais para atingimento do sucesso.
 
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 EMPREENDEDORISMO
No momento de elaboração do plano, vemos como é importante traçar os principais pontos e carac-
terísticas. 
O que é o negócio;
Onde será localizada a empresa;
Qual será o faturamento mensal;
Que lucro espera obter do negócio;
Quem serão seus principais clientes;
O montante de capital a ser investido;
Quais os principais produtos e/ou serviços;
Em quanto tempo espera que o capital investido retorne.
 
 Alguns autores ainda enfatizam a necessidade de se dar a devida importância a alguns par-
ceiros os quais se constituem em agentes principais e diretamente ligados ao sucesso ou fracasso da 
iniciativa empreendedora.
 Abaixo alguns atores destacados por Chiavenato.
EMPREGADOS: são as pessoas que contribuem com seu tempo e esforço para o funcionamen-
to e crescimento da empresa, fornecendo habilidades e conhecimentos em troca de salários e 
de outros incentivos;
 
INVESTIDORES: são pessoas ou instituições que contribuem com os investimentos financeiros 
a fim de proporcionar o capital e os meios financeiros para as operações da empresa, esperan-
do um retorno para o seu investimento;
 
FORNECEDORES: são pessoas ou instituições que contribuem com recursos para a produção, 
como materiais, matérias-primas, tecnologia, serviços (consultoria, assessoria, contabilidade, 
propaganda, manutenção), energia, componentes em troca de atrativos, como remuneração 
de seus produtos/serviços e continuidade de suas operações;
DISTRIBUIDORES: são pessoas ou instituições que adquirem os produtos/serviços produzidos 
pela empresa e os distribuem para o mercado de clientes ou consumidores em troca de atrati-
vos, como remuneração de suas atividades e continuidade de suas operações;
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EMPREENDEDORISMO
CONSUMIDORES: são pessoas ou instituições que adquirem os produtos/serviços produzidos 
pela empresa para utilizá-los e consumi-los na expectativa de satisfazer suas necessidades.
 
Com relação à estrutura do plano de negócios, reapresentamos aqui a fi gura indicativa dos 
passos de processo:
8.4 IMPLICAÇÕES DO MODELO DE NEGÓCIO SOBRE OS REQUISITOS FI-
NANCEIROS
 Como falamos reiteradas vezes, o planejamento fi nanceiro é uma das principais ferramentas 
na estratégia para que os empreendedores possam de alguma maneira determinar seus objetivos e 
metas fi nanceiras no curto e longo prazo, baseados na análise da condição fi nanceira da organização, 
de forma a orientar suas decisões sobre os rumos do negócio.
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 EMPREENDEDORISMO
 Vamos começar falando de um erro comum aos empreendedores.
 Diversos empreendedores até têm o conhecimento de que não se devem misturar suas fi-
nanças pessoais com as da empresa, mas acabam por violar um principio básico da contabilidade. 
Acabam fazendo uso do mesmo cartão de crédito para seus pagamentos pessoais e também para 
as contas da empresa, ou mesmo fazem uma pequena retirada de seu caixa para pagar uma mensa-
lidade do colégio dos filhos ou outra fatura pessoal qualquer, e via de regra, não repondo a retirada 
realizada em momento oportuno.
 Tal condição, invariavelmente levará o empreendedor ao descontrole financeiro, tanto em seu 
ambiente de negócios quanto do ambiente pessoal.
 Ainda que você seja o único dono de sua empresa, na verdade sua empresa e você são duas 
pessoas distintas, ou seja, uma jurídica e a outra física. Caso esse não seja o entendimento, ficará 
impraticável realizar um planejamento financeiro adequado se não houver divisão entre o total de 
recursos para tocar os negócios.
 A situação dúbia impedirá que o empreendedor enxergue precisamente os cenários e da con-
dição financeira da organização.
 Desta forma, existem basicamente dois motivos para separar as finanças da empresa das fi-
nanças pessoais.
 O principal deles é que a separação permitirá ao empreendedor verificar quais os setores de 
seu negócio estão de fato dando mais retorno financeiro, e onde nãoestá dando, assim possibilitando 
trabalhar no sentido de reduzir custos ou mesmo investir mais para expandir o negócio. Sendo assim, 
somente tendo por base o histórico de movimentações financeiras de sua empresa, o empreendedor 
poderá fazer uma boa contabilidade gerencial no sentido de seguir adequadamente as regras fiscais, 
percebendo e se valendo de possíveis condições de obtenção de isenções e quiçá um enquadramen-
to melhor da empresa nas questões tributárias junto aos órgãos municipais, estaduais e federais, 
conforme o caso.
 Na medida em que o empreendedor se envolve e de fato dirige seu planejamento financeiro, 
ele poderá organizar a direção da empresa, fazendo-a crescer de maneira sustentável.
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EMPREENDEDORISMO
 Essa condição dará ao empreendedor uma visão adequada, possibilitando-o administrar as 
receitas da empresa de uma forma mais eficiente, conhecendo o volume de recursos necessários 
para o pagamento de tributos e demais despesas mensais, além de possibilitar a redução dos custos 
de forma que possa dimensionar de forma adequada sua necessidade de capital de giro.
Mas de que forma o planejamento financeiro pode ajudar?
 Planejamento, seja qual for, sempre ajuda, mas especificamente o financeiro, irá permitir 
ao empreendedor, reunir uma série de iniciativas e mecanismos de controles, desde a origem da 
despesa, preparando o orçamento e execução das despesas, além do monitoramento das entradas 
e saídas dos recursos. Desta forma, monitoramento do fluxo de caixa, permite que o empreendedor 
acompanhe diariamente o fluxo de entradas e saídas dos recursos financeiros, constituindo-se em 
ferramenta poderosa na gestão do negócio. Essa condição possibilita ao empreendedor o acom-
panhamento das metas estabelecidas, além de permitir imprimir ações de correção de rota, se for 
o caso.O controle se torna menos pesado e os benefícios interessantes, quando o empreendedor 
lança mão de softwares específicos de gestão financeira, objetivando dar agilidade, criar histórico 
e organizar de maneira mais adequada o fluxo financeiro da organização. Outra questão deve ser 
pensada é de poder contar com a assistência de um profissional de contabilidade, que poderá pos-
sibilitar ao empreendedor dar maior atenção a sua atividade principal e desta forma não desper-
diçar tempo e energia em uma área a qual não possui expertise, ou mesmo recursos, contratando 
mais pessoas para cuidar das questões contábeis.
 Essa opção por terceirizar as análises e registros contábeis irá ajudá-lo a evitar erros de lança-
mentos, abater custos, e deixar de pagar os tributos nas datas específicas, mas lembre-se que você 
mão está terceirizando a administração de seu negócio, mais sim as questões especificas. Lembre-se 
sempre de que a responsabilidade pelo negócio é sua, assim como a gestão e a responsabilidade.
 Vencida essa questão, o empreendedor deve se preocupar com as estratégias e ferramentas 
que irá empregar para operacionalizar o planejamento financeiro.
Margem de lucro;
Volume de vendas;
Gastos fixos e variáveis;
Fluxo de caixa;
Ponto de equilíbrio.
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 EMPREENDEDORISMO
 
 Nada é mais importante para saber da saúde de sua empresa do que o fluxo de caixa. Controle 
e projete o seu fluxo, com o objetivo de chegar ao ponto de equilíbrio, ou seja, o momento em que as 
suas receitas se igualam às suas despesas.
 Levando em consideração a sua margem de lucro por unidade sua projeção de receitas e seus 
custos, em quanto tempo chegará ao ponto de equilíbrio desejado? Além destes pontos básicos na 
produção de um planejamento financeiro, você deve ficar atento a algumas questões estratégicas 
que fatalmente irão colaborar com a saúde financeira de seu negócio, bem como com sua credibili-
dade junto aos investidores de seu negócio.
Negocie com seus fornecedores pagamentos parcelados (sem juros é claro);
Promova vendas à vista (promoções, descontos ou coisas do tipo);
Pense cenários distintos;
Jamais desconsidere a sazonalidade;
Acompanhe seu plano e reveja quando necessário;
Faça upgrade ao investimento planejado.
 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO 
 Pesquisa realizada pelo SEBRAE revela que a falta de planejamento, deficiências na gestão e 
o próprio comportamento empreendedor são as principais causas do fechamento de empresas em 
seus primeiros anos de atividade. 
 Pesquisa realizada em 2015 pelo Global Entrepreneurship Monitor - GEM demonstra que dos 
empreendedores entrevistados somente 14,1% procuraram algum órgão público ou privado de apoio.
 Entre esses empreendedores, 66,2% buscaram o SEBRAE. A grande maioria (85,9%) não recor-
reu a qualquer órgão de apoio, visando a melhoria da gestão ou expansão de seu negócio, mesmo 
quando este apoio está disponível de forma gratuita em diversos canais de atendimento, seja presen-
cial, por telefone ou por chat online, como é o caso do SEBRAE. O Senac (13,9%) e o Senai (13,8%) são 
órgãos também demandados pelos empreendedores como fonte de conhecimento e capacitação.
 Não somente o planejamento financeiro, mas todo e qualquer planejamento é a essência de 
uma boa administração, uma vez que o planejamento estabelece fundamentos, objetivos, metas e 
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EMPREENDEDORISMO
critérios de controle, os quais permitem que por meio de planos de ação, a empresa seja adequada-
mente gerida.
 
FLUXOS DE CAIXA 
 O papel do fluxo de caixa é o de registrar as realizações diárias, via software ou em planilhas 
próprias objetivando acompanhar o fluxo de entradas e saídas dos recursos financeiros da empresa, 
de forma que ao comparar essas duas variáveis, se obtém o saldo para determinado período.
 Essa simples comparação de variáveis lhe permitirá: 
Determinar o capital de Giro;
Verificar o grau de liquidez;
Realizar projeções;
Determinar a necessidade de capital de terceiros;
Mapear as metas.
ORÇAMENTO E ORÇAMENTO AJUSTADO (BUDGET E FORECAST)
 Mas o empreendedor não deve e não pode navegar apenas por meio do instrumento de fluxo 
de caixa, para tanto deve se valer de outras ferramentas.
 O orçamento e o orçamento ajustado (budget e forecast) são ferramentas bastante utilizadas 
no meio empresarial e apresenta-se como um dos métodos mais populares. Nada mais é do que a 
elaboração de um orçamento do tipo fixo, que estabelece as metas e objetivos de uma organização 
para determinado período de tempo. Em caso de necessidade, esse orçamento estático, ao longo de 
sua execução deixa de ser estático e sofre ajustes por meio de forecasts.
 Esse acompanhamento de forecast, normalmente é feito por meio de planilha, a qual é elabo-
rada mensalmente e no sentido de comparar os valores projetados no budget àqueles notadamente 
realizados no mês. Como resultado dessa comparação calcula-se os ajustes e os novos valores que 
precisam ser atingidos nos meses subsequentes, até o final do período de execução, para que se 
possam cumprir os objetivos traçados no orçamento inicial -
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a lei.
 EMPREENDEDORISMO
Quadro: Estratégias Financeiras
 
 
IMPORTANTE!
O Fluxo de Caixa constitui-se em uma das ferramentas mais simples do fi nanceiro, mas possibi-
lita uma visão clara e atualizada da movimentação das entgradas e saídas em um determinado 
tempo.

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