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@ O A B A I V O U E U - X X X V I I I E X A M E D E O R D E M S E J A A P R O V A D O C O M O @ O A B A I V O U E U E S T U D E C O M D I R E Ç Ã O E I N T E L I G Ê N C I A A S M E L H O R E S D I C A S P A R A S U A A P R O V A Ç Ã O L I V R O 0 1 Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 DE C ON TE ÚD O ÍN D IC E Nós, do OABaivouEU, após o sucesso ABSOLUTO do "DICAS MATADORAS", nosso material de reta final, elaboramos o nosso novíssimo material de DICAS OABENÇOADAS para que você consiga obter o máximo de resultado durante a sua preparação. Com ele, você irá, dia após dia e sem enrolação, aprender de forma prática e direta os conceitos e institutos dos temas que mais caem na prova da OAB! Agora você pode estudar os temas diários propostos no cronograma diretamente das DICAS OABENÇOADAS, fato que, com certeza, turbinará o seu aprendizado e te deixará ainda mais perto da aprovação! DIA 101 11 25 49 54 DIA 2 DIA 3 DIA 4 DIA 5 Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 1 DICAS OABENÇOADAS AS MELHORES DICAS RUMO À APROVAÇÃO NA OAB XXXVIII DIREITO CONSTITUCIONAL DICA DO DIA 01 1. TEORIA DA CONSTITUIÇÃO O QUE VOCÊ DEVE SABER: O constitucionalismo foi um movimento, que tinha como objetivo limitar o poder do estado, garantir os direitos fundamentais e buscar a separação dos poderes, em face do absolutismo. Tal movimento vai muito mais além do que conferir constituições aos estados, até porque estas já existiam materialmente, mas não possuíam força para garantir os direitos que a sociedade precisava, assim como para separar as funções estatais e romper com os ideais absolutistas da época. CONSTITUCIONALISMO ANTIGO: Ocorreu entre a idade clássica até o fim do século. XVII. No início do constitucionalismo antigo tinha-se a limitação do poder estatal por dogmas religiosos, o que originou o Estado Teocrático. Em um segundo momento, nas cidades-estados gregas (Carta Magna 1215), as constituições eram consuetudinárias, pois tinham como base costumes e precedentes judiciais. Caracteriza-se pela existência de direitos perante um monarca limitando seu poder. CONSTITUCIONALISMO CLÁSSICO OU LIBERAL: Inicia do fim do século XVIII e permanece até o fim da 1ª Guerra Mundial. Uma das suas principais características é o surgimento das constituições escritas. Momento em que surgiu a 1ª constituição dos EUA (1787), na França surgiu com o liberalismo em 1789 (a primeira constituição escrita da França foi em 1791) e com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A Declaração do Homem e do Cidadão traz as matérias que devem ser matéria expressa em qualquer constituição, como a separação dos poderes, direitos fundamentais e estrutura do estado. No constitucionalismo Clássico, o Estado era Liberal/de Direito, o qual limitava os direitos que o soberano tinha em seu poder. Surgiu os direitos da Primeira geração, ou seja, os direitos relacionados a liberdade (direitos civis e políticos). CONSTITUCIONALISMO MODERNO OU SOCIAL: Inicia com o fim da 1ª Guerra Mundial e vai até o fim da 2ª Guerra Mundial. Com a crise do liberalismo econômico, no final do século XIX, os constitucionalistas modernos deram ênfase a 2º geração dos direitos fundamentais, tendo como modelo a Constituição do México de 1917 e a de Weimar de 1919. Neste momento surge o ESTADO SOCIAL, o qual se caracteriza pelo abandono de um estado abstencionista e o surgimento de um estado que implementa a igualdade e que intervém em inúmeras questões que antes eram deixas a livre iniciativa. CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO: inicia com o fim da 2º Guerra Mundial. Tem como uma das suas características a garantia jurisdicional da supremacia da Constituição, o surgimento da 3ª geração dos direitos fundamentais. Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 2 No constitucionalismo Contemporâneo surge duas concepções: o neoconstitucionalismo, e o pós-positivismo. O neoconstitucionalismo tem como fundamento a dignidade da pessoa humana. O Estado constitucional de Direito é o seu marco histórico, a legalidade se subordina a constituição, é o chamado força normativa da constituição. Diferença entre Constitucionalismo/ Jusnaturalismo X Positivismo X Pós-Positivismo X Neoconstitucionalismo Jusnaturalismo: Para o Jusnaturalismo, o direito é algo natural e anterior ao ser humano, devendo seguir sempre aquilo que condiz aos valores da humanidade (direito à vida, à liberdade, à dignidade, etc) e ao ideal de justiça. O Jusnaturalismo ou direito natural é aquele que o homem já nasce sendo este imutável. Positivismo: Representa a ultra valorização da lei, além de separar o direito e a moral. Pós-Positivismo: Surge para aperfeiçoar o positivismo e ponderar a relação entre direito e ética com o intuito de dar aos princípios jurídicos caráter normativo. Neoconstitucionalismo: visa refundar o direito constitucional com base em novas premissas, como a difusão e o desenvolvimento da teoria dos direitos fundamentais e a força normativa da constituição Sentidos da Constituição: Em regra, todo Estado tem uma constituição, que a regulamentação e a forma que o estado deve ser, deve ser organizado. SENTIDO SOCIOLÓGICO DA CONSTITUIÇÃO (FERDINAND LASSALLE):Para Lassalle a constituição deve ser puro reflexo da sociedade, a qual adota. NÃO É FORMA DE DEVER SER, MAS DE SER. Os fatores reais do poder (a sociedade) é quem possui força ativa e eficaz de informar quais leis são necessárias, do contrário, as constituições escritas se tornaram ineficazes e passarão a ser uma mera folha de papel. SENTIDO POLÍTICO (CARL SCHIMITT): Para Schimitt a constituição é uma decisão política fundamental, ou seja, é um conjunto de normas que disciplinam sobre o modo e a forma de existência de um Estado. As outras normas que formalmente estão inseridas neste conjunto, mas que não tratam sobre esses temas, são leis constitucionais e não constituição. SENTIDO JURÍDICO (HANS KELSEN): Para Kelsen a verdadeira constituição está dissociada de qualquer fundamento político, filosófico ou sociológico. A constituição é uma norma, ela descreve como as coisas DEVEM SER e não a maneira real de ser das coisas. (VEJA QUE DIFERE DO CONCEITO SOCIOLÓGICO) Para Kelsen, a Constituição posta, a constituição em si, é a norma suprema (sentido jurídico- positivo), pois é dela que todas as outras leis devem tirar a sua validade. Contudo, além de uma constituição posta há ainda uma pressuposta (sentido lógico-jurídico), é a verdadeira norma hipotética fundamental, é a norma que serve de fundamento de validade para a própria constituição. SENTIDO CULTURA (KONRAD HESSE E HABERLE): A constituição é uma norma aberta em correlação aos fatos sociopolíticos, sempre disposta a conectar a realidade com o texto constitucional, para que este de fato possua força normativa. Existe inúmeras formas de classificar as constituições, vejamos algumas delas: NEOCONSTITUCIONALISMO Marco Histórico Estado de Direito Marco Filosófico Pós-Positivismo Marco Teórico Força Normativa da Constituição Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 3 QUANTO AO CONTEÚDO MATERIAL Conjunto de normas, escritas ou costumeiras, onde o importante é o conteúdo delas, e não a fonte normativa em que veiculadas. FORMAL Conjunto de normas que, independentemente do conteúdo, consideram-se constitucionais, pois estão inseridas em ato escrito dotados de hierarquia jurídica superior QUANTO A FORMA ESCRITA/DOGMÁTICA formalizada em um texto escrito. NÃO ESCRITA/HISTÓRICA não há texto único centralizado. É baseada, muitas vezes, pelos costumes e jurisprudência do país. QUANTO A ESTABILIDADE FLEXÍVEL é alterada da mesma formaque as leis inferiores. SEMIRÍGIDA uma parte é flexível e outra é rígida. RÍGIDA a sua alteração é mais rígida do que as leis inferiores SUPER-RÍGIDA uma parte é rígida e outra é imutável, ou seja, não pode ser modificada de modo algum IMUTÁVEL : todo o texto é imutável. QUANTO Á ORIGEM OUTORGADA Imposta por quem está com detenção do poder PROMULGADA Elaborada com participação popular CESARISTA(BONAPATIST A) o soberano elabora o texto e, posteriormente , o submete a um referendo popular. PACTUADA(DUALISTA) elaborada POR MEIO de um pacto realizado entre os detentores do poder político. QUANTO Á VOLUNTARIEDADE HETERÔNOMA É elaborada por um pais diferente de onde será executada AUTÔNOMA É Elaborada pelo próprio país que será executada. QUANTO A DOGMÁTICA ORTODOXA Formada por uma só ideologia ECLÉTICA Formada por várias ideologias. QUANTO À FINALIDADE Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 4 DIRIGENTE/ANALÍTICA Estabelece um projeto de estado para o futuro GARANTIA Garante buscar a liberdade e limitar o poder. BALANÇO descreve e registra a organização política atual, estabelecida Podemos classificar a CF/88 em PRAFED(ê) Promulgada Rígida Autônoma Formal Escrita Dogmática 2. PODER CONSTITUINTE O QUE DEVO SABER: PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO: O poder constituinte originário é inicial, ilimitado, incondicionado, é soberano, autônomo e permanente. • Inicial: inicia a ordem jurídica. Não há nenhuma força jurídica acima dele, pois o Direito Natural não é aceito por essa concepção • Autônomo: não convive com nenhuma força jurídica de mesma hierarquia. • Incondicionado ou ilimitado juridicamente: não há nenhuma força jurídica nem superior, nem de mesma hierarquia para limitar o Poder Constituinte. Para maioria dos doutrinadores é um poder de fato. O poder constituinte tem Limites? Depende. Para os Positivistas não. Contudo, a doutrina moderna entende que está concepção está refutada, pois existe os limites transcendentes, iminentes. Os Limites transcendentes estão relacionados ao Poder Constituinte Material (Relacionado a matéria), são direitos que toda uma sociedade já conquistou e que deve transcender a próxima, ainda que surja uma nova constituição. EX: Direitos Fundamentais conexos com a dignidade da pessoa humana. É o princípio da proibição do retrocesso (Efeito Cliquet). Já os imanentes estão relacionados ao Poder Constituinte formal, ou seja, a configuração do estado, como a soberania e forma do estado. OBS: Não pode LEI ESTADUAL prevê prerrogativa de foro no Tribunal de Justiça para o PGE. PODER CONSTITUINTE DERIVADO: É o poder de modificar a constituição, assim como o de criar as constituições estaduais. Poder constituinte derivado reformador- é poder de modificar a constituição FORMALMENTE, por meio do Congresso Nacional, mediante o poder legislativo. As alterações constitucionais poderão ocorrer FORMALMENTE, por meio da revisão constitucional e das emendas constitucionais. Revisão constitucional (rito do art. 3º do ADCT): é uma reforma geral, global, de uma vez só se reforma todo o texto. Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. Essa revisão ocorreu em 1993, motivo pelo qual o STF entende não ser possível nova revisão constitucional: a norma do art. 3º do ADCT teve sua APLICABILIDADE ESGOTADA e EFICÁCIA EXAURIDA, de forma a NÃO ser mais possível nova manifestação do poder constituinte derivado revisor. Emendas constitucionais (rito do art. 60 da CF/88): dizem respeito a reformas pontuais, por temas. Existe 3 tipos de emendas: Inclusiva- Inclui dispositivo novo. Supressiva- Retira dispositivo Híbrida- Inclusiva + supressiva. Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 5 Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - De um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal ;( é ou um ou outro ta?) II - Do Presidente da República (o VICE- PRESIDENTE NÃO PODE) III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Limitações ao poder de reforma: § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio (Limitações circunstanciais) CUIDADO: É VEDADO EMENDAR A CONSTITUIÇÃO NA VIGÊNCIA DO ESTADO DE SÍTIO E NÃO PROMOVER/PROPOR A EMENDA. Para que o estado de sítio entre em vigor faz-se necessário autorização do CN, ou seja, é vedado emendar a CF na vigência do estado de sítio e não no momento em que o Presidente formaliza a proposta e ainda está esperando a autorização do CN. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros (Limitações formais) Obs. Os Legitimados a propor a PEC também fazem parte das limitações formais. § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. OBS: QUEM PROMULGA E PUBLICA AS EC SÃO AS MESAS. NÃO É UMA OU OUTRA, SÃO AS DUAS. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: (LIMITAÇÕES MATERIAIS EXPRESSAS/CLAUSULAS PETREAS) I - A forma federativa de Estado; II - O voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - Os direitos e garantias individuais. Obs. Limitações Materiais IMPLÍCITAS As que dizem respeito à forma de criação de norma constitucional, bem como as que impedem a pura e simples supressão dos dispositivos atinentes à intocabilidade dos temas já elencados, tais como: A titularidade do poder, o exercício do Poder de Reforma, o procedimento das Emendas, a República e o Presidencialismo, o Próprio rol das cláusulas pétreas, pois não se adota o critério da dupla modificação § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. As cláusulas pétreas poderão ser objeto de emendas constitucionais quando estas possuírem o intuito de ampliar ou sofisticar (não de eliminar) os assuntos relacionados no 60, §4º, CF. Exemplo: EC 45/2004, art. 5º, LXXVIII, CF: direito à razoável duração do processo. Poder constituinte derivado decorrente- é o poder de criar e modificar as constituições estaduais. É um poder limitado, condicionado, de segundo grau, pois deve observar, como regra geral, as limitações materiais impostas ao poder constituinte decorrente inicial, além daquelas estatuídas pela própria Constituição Estadual As constituições Estaduais devem observar certos limites constitucionais em respeito ao princípio da simetria, esses limites são divididos em categoria de PRINCÍPIO. 1-PRINCÍPIOS SENSÍVEIS- Essência da organização constitucional federativa (Art. 34, VIII da CF: hipóteses que admitem intervenção_ 2-PRINCÍPIOS EXTENSÍVEIS-Normas organizatórias da União que se estendem aos Estados, por previsão constitucional expressa ou implícita; Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 6 3- PRINCÍPIOS ESTABELECIDOS- Normas já ESTABELECIDA S na Constituição sobre Estados e DF Art. 25 da CF- Os Estados organizam-se e regem- se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Não há que se falar em reprodução obrigatória de cláusulas pétreasnas Constituições Estaduais, todavia, norma da constituição Estadual não pode atentar contra as mesmas. Elas PODEM ser reproduzidas, mas não existe obrigatoriedade. - A Constituição Estadual não pode trazer hipóteses de intervenção estadual diferentes daquelas que são elencadas no art. 35 da Constituição Federal. As hipóteses de intervenção estadual previstas no art. 35 da CF/88 são taxativas. Caso concreto: STF julgou inconstitucionais os incisos IV e V do art. 25 da Constituição do Estado do Acre, que previa que o Estado-membro poderia intervir nos Municípios quando: IV – se verificasse, sem justo motivo, impontualidade no pagamento de empréstimo garantido pelo Estado; V – fossem praticados, na administração municipal, atos de corrupção devidamente comprovados. STF. Plenário. ADI 6616/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 26/4/2021 (Info 1014). Art. 35 da CF O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde IV - O Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial PODER CONSTITUINTE DIFUSO: O poder constituinte difuso, por meio da mutação constitucional, poderá dar um novo sentido a constituição, sem alterar seu texto, sem reforma, sem processo legislativo, apenas modificando informalmente o seu sentido. A mutação constitucional é feita indiretamente pela população, pois de acordo com a evolução, novos costumes, novas práticas, nova realidade cultural, a sociedade pressiona o judiciário para que seja dado novo sentido a constituição, mas sem modifica-la. #olhaolinkmental Mutação X OVERRULING: A mutação Constitucional é a alteração na interpretação ou no sentido de um texto constitucional, em razão das transformações da realidade social. O overruling é a superação de um precedente, sem a modificação fática na realidade, mas pelo amadurecimento da corte sobre o direito aplicado anteriormente. CONSTITUCIONALIZAÇÃO SUPERVINIENTE: Ocorre quando uma norma originalmente inconstitucional é constitucionalizada em razão do surgimento de uma nova constituição. Ela não é aceita no nosso ordenamento. Obs. O poder constituinte supranacional busca a sua fonte de validade na cidadania universal, no pluralismo de ordenamentos jurídicos, na vontade de integração e em um conceito remodelado de soberania. RECEPÇÃO E DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO: Recepção: Quando surge uma nova constituição, dois fenômenos ocorrem em relação às normas infraconstitucionais anteriores. Primeiro as que forem Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 7 materialmente compatíveis são recepcionadas; as que forem materialmente incompatíveis não são recepcionadas. As que são recepcionadas perdem o fundamento de validade antigo e ganham um novo fundamento de validade, elas deixam de constitucionais, afinal a nova constituição acabou de surgir, não teria como ela ser uma norma constitucional. A incompatibilidade formal superveniente (a norma era formalmente constitucional perante a constituição anterior, mas deixou de ser perante a nova) não impede a recepção, mas faz com que a norma adquira uma nova roupagem, um novo status. Para ocorrer a RECEPÇÃO a lei precisa: ter compatibilidade formal e material perante a Constituição sob cuja regência ela foi editada (no ordenamento anterior); ter compatibilidade somente material, pouco importando a compatibilidade formal, com a nova Constituição. Obs: A incompatibilidade FORMAL superviniente não impede a recepção( estamos falando de uma lei, mas faz com que a norma adquira uma nova roupagem. Ex: Código Tributário Nacional. Existe uma exceção: no caso de normas cuja competência era atribuída a entes federativos distintos (inconstitucionalidade formal orgânica). Nessas hipóteses a recepção só é admitida quando a competência anterior era de um ente maior e passa a ser de um ente menor, por exemplo, a competência era do Município e passa a ser do Estado, dessa forma a norma não é recepcionada. Por sua vez, no caso, a competência fosse da União e passasse a ser dos Estados, a lei seria recepcionada. Desconstitucionalização: É o fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior (leis constitucionais e não a Constituição propriamente dita), desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com o status de lei infraconstitucional. ESSA TEORIA NÃO É ACEITA NO BRASIL. Perceba que a diferença é que a desconstitucionalização trata de normas constitucionais anteriores e a recepção de normas infraconstitucionais. E o poder adquirido sobre a constituição antiga? Poder Constituinte Originário é absoluto e, portanto, não é possível alegar direito adquirido em face de uma nova Constituição. Contudo, em face de uma Emenda à Constituição (Constituinte Reformador), esse poder é limitado e o direito adquirido poderá ser arguido, uma vez que se trata de um direito fundamental, assegurado expressamente no art. 5, XXXVI, da CF/88. Obs. O OABençoado PIRA quando cai direito adquirido. Segundo o STF NÃO há direito adquirido em face de: P- Poder constituinte originário I- Instituição ou Majoração de Tributos R- Regime Jurídico A- Atualização monetária (Mudança de Moeda) Obs: O princípio da interpretação conforme a constituição interpreta normas INFRACONSTITUCIONAIS e não a constituição propriamente dita. É Técnica interpretativa, cujo objetivo é preservar a validade da norma, evitando que sejam declaradas inconstitucionais. A interpretação conforme poderá ser: Com redução de texto e sem redução de texto. Presta atenção na seguinte mudança Legislativa: Quais são os fundamentos da CF: SO, CI DI VA PLU Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 8 I - A soberania; II - A cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) V - O pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 3. DIREITOS POLÍTICOS/NACIONALIDADE: O QUE DEVO SABER: Espécies de Nacionalidade: Nacionalidade primária (adquirida por razão do nascimento) Art. 12. São brasileiros: I - Natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país (Critério territorial) b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil (Critério sanguíneo) c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (Critério jus sanguinis + residência no Brasil + opção pela nacionalidade) Nacionalidade Secundária (adquirida por manifestação de vontade) II - Naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos origináriosde países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral (Secundária Ordinária) b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira (Secundária Extraordinária) NÃO CONFUNDA: A cassação dos direitos políticos não se confunde com a perda dos direitos políticos. A cassação é expressamente vedada pela Constituição Federal, proibição estampada em seu Art. 15. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: DECORA: MP3.COM I - De Presidente e Vice-Presidente da República; P1 II - De Presidente da Câmara dos Deputados; P2 III - de Presidente do Senado Federal; P3 IV - De Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - Da carreira diplomática; VI - De oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa 4. PARTIDOS POLÍTICOS O QUE DEVO SABER: Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - Caráter nacional; II - Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 9 IV - Funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. SEMPRE CAI § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. § 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022) § 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022) 4. IMUNIDADE PARLAMENTAR O QUE DEVO SABER: Os membros do poder legislativo possuem prerrogativas e não garantias. As prerrogativas existem para garantir a liberdade dos congressistas ao exercer seu cargo, por isso, elas não podem ser renunciadas, pois não pertencem a pessoa, mas o cargo. Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 10 Atualmente o STF tem o entendimento de que o afastamento do parlamentar suspende as imunidades material e formal, mas não afasta a prerrogativa de foro. Como regra, durante a vigência de estados de anormalidade, os parlamentares não perdem as imunidades. Apenas durante o estado de sítio as imunidades poderão ser suspensas, pelo voto de 2/3 dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso, que sejam incompatíveis com a execução da medida. Art. 53 da CF: Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (Imunidade Material/Real/Substantiva ou Inviolabilidade) 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Imunidade Formal relacionada a Prisão/Freedom of arrest) OBS: A aprovação pela Casa é condição necessária para a manutenção da prisão realizada, sendo feita em votação aberta. § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação (imunidade formal relacionada ao process0) Resumo: Imunidade material/ freedom of speach Dentro do recinto; ABSOLUTA, salvo falta de decoro parlamentar Fora do Recinto: Tufo que tiver pertinência com a atividade parlamentar A imunidade material é uma excludente de tipicidade. § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. Prerrogativa de Foro Segundo a previsão da CF, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o STF, pela prática de qualquer tipo de crime. Entretanto, o STF passou a atribuir ao texto normativo um entendimento mais restritivo, com base na teleologia do instituto e nos demais elementos de interpretação constitucional. Trata-se da chamada “redução teleológica” (Karl Larenz) ou da aplicação da técnica da “dissociação” (Riccardo Guastini), que consiste em reduzir o campo de aplicação de uma disposição normativa a somente uma ou algumas das situações de fato previstas por ela segundo uma interpretação literal, que se dá para adequá-la à finalidade da norma. Nessa operação,o intérprete identifica uma lacuna oculta (ou axiológica) e a corrige mediante a inclusão de uma exceção não explícita no enunciado normativo, mas extraída de sua própria teleologia. Como resultado, a norma passa a se aplicar apenas a parte dos fatos por ela regulados. Nesse contexto, só haverá foro de prerrogativa de função por delito cometido após a diplomação e desde que relacionado ao exercício da função. São constitucionais dispositivos da Constituição do Estado que estendem aos Deputados Estaduais as imunidades formais previstas no art. 53 da Constituição Federal para Deputados Federais e Senadores. A leitura da Constituição da República revela, sob os ângulos literal e sistemático, que os Deputados Estaduais também têm direito às imunidades formal e Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 11 material e à inviolabilidade que foram conferidas pelo constituinte aos congressistas (membros do Congresso Nacional). Isso porque tais imunidades foram expressamente estendidas aos Deputados pelo § 1º do art. 27 da CF/88. STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgados em 8/5/2019 (Info 939). Não é possível a recondução dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura. (STF. Plenário. ADI 6524, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2020 (Info 1003).) Marco para o fim do foro: término da instrução após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018 (Info 900). Obs. Os Vereados somente gozam de imunidade material na circunscrição do Município. As Constituições Estaduais ou as respectivas leis orgânicas dos municípios não podem estabelecer imunidades formais em relação aos vereadores, nem ampliar a imunidade material, uma vez que a competência para legislar sobre direito civil, penal e processual é privativa da União. As imunidades, inclusive o foro privilegiado, não se estendem aos suplementes, a não ser que a estejam em seu efetivo exercício. Não é possível a recondução dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura. DIREITO ELEITORAL 1ª DICA DO DIA 02 1. DEMOCRACIA E ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. O QUE VOCÊ DEVE SABER: Para que possamos compreender o Direito Eleitoral faz-se necessário entendermos que a democracia é a condição basilar para sua existência. O direito Eleitoral é um ramo do direito público que normatiza o poder do sufrágio popular, viabilizando a democracia. Para que exista um processo eleitoral confiável é preciso a participação dos membros da sociedade, em oportunidades iguais e efetivas para expressar suas opiniões, ou seja, é necessário que exista democracia. É claro que o ideal democrático não define a realidade democrática e é exatamente por isso, que esta vive em constante evolução. A ideia de democracia não se resume aos direitos políticos. Não se presta apenas a indicar a participação popular no governo ou a detenção do poder soberano pelo povo, vai muito além disso, abarca também os direitos civis, individuais, sociais e econômicos. O objetivo maior da democracia dentro do direito eleitoral é garantir a normalidade e legitimidade do poder inerente ao povo de tomar decisões, determinando prioridades e ações no âmbito público (sufrágio popular). O Estado Democrático de Direito é aquele que se submete às normas por ele próprio criadas. É aquele que respeita os direitos e garantias fundamentais, individuais, políticos, sociais e coletivos, é o estado que os cidadãos dele participam nas decisões e são os próprios destinatários de suas escolhas e nas formulações das políticas públicas. 1.1 Espécies de democracia: Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 12 a) Democracia direta- é o modelo de democracia caracterizada pelo exercício do poder popular sem a presença de intermediários. Modelo que origem na Grécia antiga, porém pouco utilizado nos dias de hoje, sendo observado sua presença nos cantões da suíça. Por ela procura-se realizar o ideal de autogoverno, no qual os cidadãos participam das decisões governamentais. Pretende-se fazer coincidirem as vontades de governantes e governados. b) Democracia indireta (Representativa)- Este modelo é caracterizado pela pouca atuação efetiva do povo no poder, uma vez que, a população por meio do exercício do sufrágio, cabe apenas escolher seus representantes políticos. Se desenvolveu na Revolução Francesa, estando relacionada aos interesses elitistas da nova classe econômica dominante de distanciar o povo do exercício do poder. c)Democracia Semidireta (Participativa)- Este tipo de democracia é caracterizado pela participação direta do povo no exercício do poder soberano e pela preservação da representação política aliada. Neste tipo de democracia a população não exerce a soberania popular apenas com a eleição dos seus representantes, mas também com a sua participação de forma direta na vida política do estado, por meio dos institutos do plesbicito, referendo e iniciativa popular de lei, todos previstos constitucionalmente. PERGUNTA: O plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de lei são as únicas formas de soberania popular prevista na Constituição Federal? NÃO. O voto, proferido nas eleições, pelo povo, também é uma forma de soberania popular. Em uma democracia participativa, o poder de sufrágio é exercido por meio do voto, instrumento de materialização do sufrágio manifestado nas eleições e nas consultas populares (plesbicito e referendo), bem como por outros meios de participação direta do povo na formação da vontade política do estado, como por exemplo, iniciativa popular de lei. Mas, o que danado é esse sufrágio? É o poder inerente ao povo de participar na gerência da vida pública. E existe tipos de sufrágio? SIM. Quais? O universal, onde poderá ser exercido por todos os cidadãos e o restrito, que é quando existe restrições ao exercício do poder democrático, como por exemplo: sufrágio censitário (leva em consideração o grau de riqueza do eleitor), sufrágio racial ( restringe em decorrência da etnia), sufrágio por gênero (leva em conta o sexo do eleitor), entre outros. Existe também o sufrágio plural e o singular, o primeiro é quando o mesmo indivíduo tem o poder de exercer, mais de uma vez, o direito ao voto em determinado processo eleitoral, por exemplo, um cidadão pode votar duas vezes e o Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 13 outro pode votar apenas uma. Por sua vez, o singular, cada cidadão tem direito a um único voto. E o voto? é a materialização desse poder. O instrumento utilizado para exercer esse poder E escrutínio? É a forma como se pratica o voto. A democracia semidireta/participativa é a adotada pelo Brasil, conforme traz a nossa CF/88. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - A soberania; II - A cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - O pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representanteseleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - Plebiscito; II - Referendo; III - iniciativa popular. Resumindo de forma direta e em poucas palavras: No Brasil é adotado a democracia semidireta, onde o povo, exerce o sufrágio, de forma indireta, por meio de representantes eleitos ( a população vota), assim como de forma direta, por meio de instrumentos, como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de lei. 1.2 PLEBISCITO- Consiste na consulta prévia à edição de ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. (Lei nº 9.709/98, art. 2 o, § 1 º) 1.3 REFERENDO- É a consulta posterior à edição de ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição (Lei no 9.709/98, art. 2º, § 2º). 1.4 INCIATIVA POPULAR- É o poder atribuído aos cidadãos para apresentar projetos de lei ao Parlamento, desfechando, com essa medida, procedimento legislativo que poderá culminar em uma lei. 2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL O QUE DEVO SABER: Para interpretação do direito eleitoral e para procurar garantir a máxima efetividade de suas normas é preciso entender que a Constituição Federal de 1988 é a sua fonte primária. A constituição Federal de 1988 que estabelece princípios e regras fundamentais da democracia, Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 14 além de normas primárias sobre direito da nacionalidade, condições de elegibilidade, causas de inelegibilidade, sistemas eleitorais, hipóteses de perda e suspeição de direitos políticos, previsão sobre propositura de ação de impugnação de mandato eletivo, além de formas gerais sobre funcionamento de partidos políticos e organização da justiça eleitoral. Além da CF/88 existe outras fontes como o código eleitoral, a lei das eleições (lei nº 9.504/1997), lei das inelegibilidades (LC nº 64/90), resoluções do TSE, consultas a Tse e TER. Após essas considerações iniciais, passemos ao estudo dos princípios do direito eleitoral. a) Princípio da lisura das eleições- Este princípio está relacionado na busca da verdade real no processo eleitoral, inclusive, admitindo que o juiz produza provas de ofício, a fim de formar seu convencimento. O artigo 23 da Lei Complementar nº 64/90 dispõe o seguinte: Art. 23. O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos indícios e presunções e prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não indicados ou alegados pelas partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral. Vale destacar a súmula n.18 do TSE: conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/97.” b) Princípio do aproveitamento do voto- Como forma de valorizar a soberania popular e sua legitimidade, o juiz eleitoral deverá abster-se de pronunciar nulidades sem prejuízo, é o chamado “in dubio pro voto” Art. 219 do Código eleitoral- Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo. c)Princípio da celeridade- O processo eleitoral como um todo tem como uma das suas características principais, a sua celeridade. Os prazos recursais, no processo eleitoral, é um exemplo desse princípio, pois em regra é de três dias, inclusive para recurso extraordinário. Art. 97-A da lei da eleições- Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º da Constituição Federal, considera-se duração razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1 (um) ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral. § 1º A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em todas as instâncias da Justiça Eleitoral. Art. 257 §1º do código eleitoral- A execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, através de comunicação por ofício, telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, através de cópia do acórdão. d) Princípio da anualidade- Significa que a lei que alterar o processo eleitoral não será aplicada, se publicada um ano antes do processo eleitoral. Art. 16 da CF/88- A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. #jurisprudêncianovinha As regras da Lei 14.356/2022, que permitem o aumento de gastos com publicidade dos governos federal, estaduais e municipais em ano eleitoral, não podem ser aplicadas antes do pleito 2022 É constitucional a modificação dos critérios de cálculo para a fixação do limite de gastos com publicidade institucional dos órgãos públicos no primeiro semestre do ano eleitoral, promovendo ajustes na redação do art. 73, VII, Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 15 da Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições). Entretanto, essa alteração não se aplica ao pleito eleitoral de 2022, em razão do princípio da anterioridade eleitoral (art. 16 da CF/88). A ampliação dos limites para gasto com publicidade institucional às vésperas das eleições pode afetar significativamente as condições da disputa eleitoral, sendo necessário postergar, em obediência ao princípio da anterioridade eleitoral (art. 16 da CF/88), a eficácia de alterações normativas nesse sentido. STF. Plenário. ADI 7178/DF e ADI 7182/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgados em 17/12/2022 (Info 1081). e) Princípio da moralidade eleitoral- Esse princípio estabelece a possibilidade de análise da vida pregressa dos candidatos para fins de impugnação do registro de candidaturas daqueles que tenham praticado atos violadores da conduta ética e ameaçadores da normalidade e da legitimidade das eleições. Trata-se de princípio constitucional eleitoral expresso no art. 14, §9º, da Constituição Federal: Art. 14, § 9º. Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 3.DIREITOS POLÍTICOS E IMUNIDADES O QUE DEVO SABER: Os Direitos Políticos são aqueles relacionados com a participação política do cidadão na vida política do estado. Essa participação poderá ser exercida de duas formas: O direito de votar e o direito de ser votado. Eles estão regidos pela CF/88 como direitos e garantias fundamentais do cidadão. Art. 2º do Código eleitoral :Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas. De acordo com a doutrina, esse dispositivo retrata o princípio democrático, ao conferir ao povo o exercício da soberania. A soberania é exercida direita ou indiretamente pelo povo brasileiro. O exercício direto da soberania remete ao estudo do plebiscito, do referendo e da iniciativa popular, que é objeto de legislação específica. Já o exercício indireto ou representativo da soberania será exercido pelo voto, cuja disciplina consta do CE. Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - Plebiscito; II- Referendo; III - iniciativa popular. Quem são os alistáveis? Conforme a Constituição federal, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - Obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - Facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos. (NÃO SÃO OS DE 70 ANOS, MAS OS MAIORES DE SETENTA) c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Conforme o código eleitoral em seu art.4º, o qual trata da capacidade eleitoral ativa, que é o direito de exercer o voto. Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 16 “Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei”. Por sua vez, o artigo 6º do código eleitoral traz a seguinte redação: Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo: I – Quanto ao alistamento: a) os inválidos; b) os maiores de setenta anos; c) os que se encontrem fora do país; •Inválidos: essa expressão é equivocada, na verdade, refere-se à pessoa com deficiência. No entanto, o parágrafo primeiro do art. 76 do Estatuto da Pessoa com Deficiência estipula que “à pessoa com deficiência será assegurado o direito de votar e de ser votada...” Ao mesmo tempo, dispõe o artigo 1º da Resolução 21.920 do TSE que “O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para todas as pessoas portadoras de deficiência”. •Maiores de 70 anos: não apenas o alistamento, como o voto são facultativos conforme se extrai da CF. •Quem se encontra fora do país: quem tiver domicílio fora do país deverá votar apenas nas eleições presidenciais. II – Quanto ao voto: a) os enfermos; b) os que se encontrem fora do seu domicílio; c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar. •Enfermos: caso a pessoa esteja doente e não possa votar no dia das eleições, terá o prazo de 60 dias após o pleito para comparecer à Justiça Eleitoral e comprovar a situação impeditiva. •Fora do domicílio: quem estiver fora do domicílio deverá justificar a abstenção, sob pena de multa. •Funcionários civis/militares impossibilitados de votar: deverão justificar a impossibilidade perante a Justiça Eleitoral. Como podemos perceber existe algumas incompatibilidades entre a CF e o código eleitoral com relação a quem pode ou não votar, tendo inclusive artigos, no código eleitoral, que não foram recepcionados pela CF, mas que continuam no texto eleitoral e que podem ser cobrados pela FGV. Por exemplo, conforme o código eleitoral os inválidos não são obrigados ao alistamento eleitoral. CERTO OU ERRADO? CERTO. A questão pergunta, CONFORME O CÓDIGO ELEITORAL. Quem são os inalistáveis? Conforme a constituição federal, art.14§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Por sua vez, o art. 5º do Código eleitoral traz uma redação diferente: Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: I – Os analfabetos; Obs. CF/1988, art. 14, § 1º, II, a: alistamento e voto facultativos aos analfabetos. Ac.-TSE nº 23291/2004: este dispositivo não foi recepcionado pela CF/1988. II – Os que não saibam exprimir-se na língua nacional; Obs.V. Res.-TSE nº 23274/2010: este dispositivo não foi recepcionado pela CF/1988. III – os que estejam privados, temporária ou definitivamente, dos direitos políticos. Parágrafo único. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas- marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais. Conforme a Constituição Federal, art. 14,§3º: Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 17 São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - A nacionalidade brasileira; II - O pleno exercício dos direitos políticos; III- O alistamento eleitoral; IV - O domicílio eleitoral na circunscrição; V - A filiação partidária VI - A idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal; C) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. Quem não pode ser votado? § 4º São inelegíveis os inalistáveis (ESTRANGEIROS E CONSCRITOS) e os analfabetos. 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. (Deputados, senadores e vereadores NÃO PRECISAM RENUNCIAR) § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - Se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. Vimos que o voto é obrigatório certo? Mas, e se a pessoa que tem obrigatoriedade de votar não vota? O que acontece? Conforme o Art. 7º do Código eleitoral: “ O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até trinta dias após a realização da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367” Este artigo teve a sua redação dada pela lei nº 4.961/1966, porém a lei nº 6.091/1974 trouxe a ampliação desse prazo de justificação para 60 dias, logo por ela ser posterior é este o prazo que deve ser considerado. Contudo, a redação do código eleitoral não foi modificada e por isso, que coloquei aqui, pois sabemos que a FGV AMA uma pegadinha e uma sofrÊncia, mas com o OABençoado ela não terá vez! Hahaha Por isso, preste atenção na pergunta da questão. Resumindo: Em regra, o exercício do voto é obrigatório. Em razão disso, se o eleitor não votar deverá justificar o voto no prazo de 60 Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 18 dias e não de 30 como prevê o CE. Essa regra vem insculpida no art. 7º da Lei nº 6.091/1974 que tem prevalência perante o CE uma vez que é lei posterior. E se a pessoa não votar e nem justificar seu voto? O que acontece? § 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor: I – Inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles; II – Receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentesao segundo mês subsequente ao da eleição; III – participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal ou dos municípios, ou das respectivas autarquias; IV – Obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos; V – Obter passaporte ou carteira de identidade; Obs. a impossibilidade de obtenção do passaporte pelo eleitor que não votou, pagou ou justificou não será aplicada aos eleitores que estiverem no exterior e que requeiram novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil, ou seja, embora esteja em falta com a Justiça Eleitoral, está sem o passaporte e não tem documento de identificação para retornar ao Brasil (§ 4º O disposto no inciso V do § 1º não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil) VI – Renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; VII – praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda. PRESTE ATENÇÃO: § 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido. § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. § 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) § 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) A nacionalidade brasileira é um dos requisitos para a elegibilidade de um candidato, conforme foi visto acima, assim como é um dos requisitos para o alistamento eleitoral. Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 19 #olhaolinkmental #direitoconstitucional Vamos relembrar? Quem é considerado brasileiro? Espécies de Nacionalidade: Nacionalidade primária (adquirida por razão do nascimento) Art. 12. São brasileiros: I - Natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país (Critério territorial) b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil (Critério sanguíneo) c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (Critério jus sanguinis + residência no Brasil + opção pela nacionalidade) Nacionalidade Secundária (adquirida por manifestação de vontade) II - Naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral (Secundária Ordinária) b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira (Secundária Extraordinária) O código eleitoral e seu artigo 8º traz a seguinte redação: Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio requerimento. Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar dezenove anos. VAMOS RESUMIR: O VOTO É OBRIGATÓRIO •A PARTIR DOS 18 ANOS PAGA-SE A MULTA CASO NÃO ALISTADO •APÓS TER COMPLETADO 19 ANOS E NÃO TER REQUERIDO SUA INCRIÇÃO ATÉ O 151 DIA ANTERIOR A ELEIÇÃO SUBSEQEUENTE Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 20 § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: DECORA: MP3.COM I - De Presidente e Vice-Presidente da República; P1 II - De Presidente da Câmara dos Deputados; P2 III - de Presidente do Senado Federal; P3 IV - De Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - Da carreira diplomática; VI - De oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; PERDA II - Incapacidade civil absoluta; SUSPENSÃO III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; SUSPENSÃO IV - Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; SUSPENSÃO V - Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4 SUSPENSÃO Obs. Preste atenção que o artigo fala em sentença transitada em julgado, ou seja, apenas a sentença não gera perda dos direitos políticos, faz-se necessário que ela tenha transitado em julgado. Obs. Com relação a condenação criminal é a mesma coisa. APENAS A TRANSITADA EM JULGADO. Obs. Com relação a incapacidade civil absoluta sabe-se que atualmente apenas os menores de 16 anos se enquadram neste rol e como estes ainda não podem gozar dos seus direitos políticos, tal inciso torna-se sem aplicabilidade. Obs. Lembre-se, um é possível que uma pessoa interditada, ainda que possua deficiência mental grave, exerça seus direitos políticos, mesmo que, para tanto, precise contar com o auxílio de uma pessoa da sua confiança na hora do voto Obs. Com relação a recusa em cumprir uma obrigação, nos termos do art. 5º, VIII da Constituição Federal, é estabelecido que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. É a denominada escusa de consciência. NÃO CONFUNDA: A cassação dos direitos políticos não se confunde com a perda dos direitos políticos. A cassação é expressamente vedada pela Constituição Federal, proibição estampada em seu Art. 15. 3.2-IMUNIDADE PARLAMENTAR Os membros do poder legislativo possuem prerrogativas e não garantias. As prerrogativas existem para garantir a liberdade dos congressistas ao exercer seu cargo, por isso, elas não podem ser renunciadas, pois não pertencem a pessoa, mas o cargo. Atualmente o STF tem o entendimento de que o afastamento do parlamentar suspende as imunidades material e formal, mas não afasta a prerrogativade foro. Como regra, durante a vigência de estados de anormalidade, os parlamentares não perdem as imunidades. Apenas durante o estado de sítio as imunidades poderão ser suspensas, pelo voto de 2/3 dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 21 praticados fora do recinto do Congresso, que sejam incompatíveis com a execução da medida. Art. 53 da CF: Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (Imunidade Material/Real/Substantiva ou Inviolabilidade) 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Imunidade Formal relacionada a Prisão/Freedom of arrest) OBS: A aprovação pela Casa é condição necessária para a manutenção da prisão realizada, sendo feita em votação aberta. § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação (imunidade formal relacionada ao process0) Resumo: Imunidade material/ freedom of speach Dentro do recinto; ABSOLUTA, salvo falta de decoro parlamentar Fora do Recinto: Tufo que tiver pertinência com a atividade parlamentar A imunidade material é uma excludente de tipicidade. § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. Prerrogativa de Foro Segundo a previsão da CF, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o STF, pela prática de qualquer tipo de crime. Entretanto, o STF passou a atribuir ao texto normativo um entendimento mais restritivo, com base na teleologia do instituto e nos demais elementos de interpretação constitucional. Trata-se da chamada “redução teleológica” (Karl Larenz) ou da aplicação da técnica da “dissociação” (Riccardo Guastini), que consiste em reduzir o campo de aplicação de uma disposição normativa a somente uma ou algumas das situações de fato previstas por ela segundo uma interpretação literal, que se dá para adequá-la à finalidade da norma. Nessa operação, o intérprete identifica uma lacuna oculta (ou axiológica) e a corrige mediante a inclusão de uma exceção não explícita no enunciado normativo, mas extraída de sua própria teleologia. Como resultado, a norma passa a se aplicar apenas a parte dos fatos por ela regulados. Nesse contexto, só haverá foro de prerrogativa de função por delito cometido após a diplomação e desde que relacionado ao exercício da função. São constitucionais dispositivos da Constituição do Estado que estendem aos Deputados Estaduais as imunidades formais previstas no art. 53 da Constituição Federal para Deputados Federais e Senadores. A leitura da Constituição da República revela, sob os ângulos literal e sistemático, que os Deputados Estaduais também têm direito às imunidades formal e material e à inviolabilidade que foram conferidas pelo constituinte aos congressistas (membros do Congresso Nacional). Isso porque tais imunidades foram expressamente estendidas aos Deputados pelo § 1º do art. 27 da CF/88. STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgados em 8/5/2019 (Info 939). Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 22 Não é possível a recondução dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura. ( STF. Plenário. ADI 6524, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2020 (Info 1003).) Marco para o fim do foro: término da instrução após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018 (Info 900). Obs. Os Vereados somente gozam de imunidade material na circunscrição do Município. As Constituições Estaduais ou as respectivas leis orgânicas dos municípios não podem estabelecer imunidades formais em relação aos vereadores, nem ampliar a imunidade material, uma vez que a competência para legislar sobre direito civil, penal e processual é privativa da União. As imunidades, inclusive o foro privilegiado, não se estendem aos suplementes, a não ser que a estejam em seu efetivo exercício. Não é possível a recondução dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura. DIREITO ADMINISTRATIVO 2ª DICA DO DIA 02 1. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA O QUE VOCÊ DEVE SABER: Inicialmente, você deve ler nosso E-book de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA MASTIGADA. Probidade está relacionado a honestidade, moralidade...a IMPROBIDADE é o contrário disso, é a corrupção administrativa por meio de atitudes desvirtuadas do funcionário público. A Lei nº 8.429/1992 traz as sanções aplicáveis aos atos de improbidade administrativa executados por agentes públicos, servidores ou não. O ato ilícito geralmente é praticado de forma dolosa, contra as entidades públicas e privadas, GESTORAS DE RECURSOS PÚBLICOS, capaz de acarretar enriquecimento ilícito, lesão ao erário ou violação aos princípios que regem a administração pública. Quais são os atos de improbidade administrativa? São quatro os tipos de improbidade: Enriquecimento ilícito, Prejuízo ao erário, atentar contra os princípios e Concessão de benefício financeiro indevido. Para você diferenciar um tipo do outro preste atenção ao VERBO que vier narrado no caso prático ou simplesmente na questão. Caso o verbo seja: Deixar, Descumprir, Negar, Retardar: o ato estará, regra geral, contra os princípios. Verbo FRUSTRAR, se for licitude de licitação é prejuízo ao erário, se for licitude de concurso atenta contra os princípios. OBS: Não há pena de cassação dos direitos políticos, ocorre a suspensão. Quem é o terceiro na ação de improbidade administrativa? É o particular que induziu, concorreu ou se beneficiou do ato de improbidade. O Terceiro pode ser Pessoa Jurídica? Pode. “É inviável a propositura de ação civil de improbidade administrativa exclusivamente contra o particular, sem a concomitante Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 23 presença de agente público no polo passivo da demanda” Agente Política responde por Improbidade administrativa? Sim. Em que pese, os agentes políticos responderem por crimes de responsabilidade, estes também são responsabilizados por improbidade administrativa NÃO CONFIGURANDO “bis in idem”, pois a própria Constituição Federal os considera institutos autônomos. Todavia, como para toda regra existe uma exceção, o único agente político que NÃO responde por improbidade administrativa é o PRESIDENTE DA REPÚBLICA, pois foi o único que a Constituição Federal previu expressamente que o ato de improbidade administrativa praticado por ele já consubstancia crime de responsabilidade (entendimentodo STJ). E os agentes que tem prerrogativa de foro? Quem julga? Não existe foro por prerrogativa de função na ação de improbidade administrativa. Os agentes políticos que possuem foro por prerrogativa de função são julgados por juiz de primeiro grau, devendo o magistrado impor as penalidades PATRIMONIAIS, sendo vedada a aplicação por este das sanções de suspensão dos direitos políticos e perda de cargo do réu. E porque isso? A ação de improbidade tem natureza Civil e não penal. Os agentes políticos possuem foro por prerrogativa de função nas ações de natureza penal e não civil. Por ex: se for proposta uma ação penal contra um Deputado Federal por crime (ação de natureza penal) que ele tenha cometido durante o seu mandato e que esteja relacionado com as suas funções, esta deverá ser ajuizada no STF. Ex2: se for ajuizada uma ação de cobrança de dívida (ação de natureza civil) contra esse mesmo Deputado, a demanda será julgada por um juízo de 1ª instância. Qualquer pessoa poderá REPRESENTAR o ato de improbidade, contudo, apenas o MP e a Pessoa Jurídica lesada têm LEGITIMIDADE para propor a ação. CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR. SANÇÕES PARA O ATO DE IMPROBIDADE: A lei nº 8.422/1992 traz os atos de improbidade e as sanções correspondente a cada de improbidade. No artigo 9º da mencionada lei, podemos verificar os atos que causam o enriquecimento ilícito do agente, no artigo 10º os atos de lesão ao erário e no artigo 11º os atos que violam os princípios da administração pública. CRITÉRIO OBJETIVO CRITÉRIO SUBJETIVO Art. 9º — Atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito do agente público Exige DOLO Art. 10 — Atos de improbidade que causam prejuízo ao erário Exige DOLO/ antes poderia ser Dolo ou Culpa. Art. 11 — Atos de improbidade que atentam contra princípios da administração pública Exige DOLO Procedimento da Ação- Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a NOTIFICAÇÃO do requerido para se manifestar por escrito em 15 dias (Defesa prévia). Verifiquem que antes do Recebimento da inicial, o juiz ele ordena que a NOTIFICAÇÃO do acusado, para que este se defenda, e sendo o caso a inicial nem venha a ser recebida. Contudo, caso a inicial seja recebida o réu será CITADO para apresentar contestação. 0bs: Do RECEBIMENTO da inicial cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO. Da sentença de REJEIÇÃO da inicial cabe APELAÇÃO Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 24 Obs: No âmbito administrativo se admite a verdade real. Obs: Não se admite a Reformatio in pejus em processo de REVISÃO, mas se admite no processo de RECURSO. Obs: Em regra, para a configuração dos atos de improbidade administrativa previstos no art. 10 da Lei nº 8.429/92 exige-se a presença do efetivo danos ao erário. Exceção: no caso da conduta descrita no inciso VIII do art. 10, VIII não se exige a presença do efetivo danos ao erário. Isso porque, neste caso, o dano é presumido (dano in re ipsa). STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1542025/MG, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 05/06/2018. Art. 10 (...) VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; Com relação a prescrição, qual o prazo prescricional para ingressar com uma ação de improbidade? OBS: O prazo prescricional para o particular é o mesmo que corre para o agente público. OBS: Não existe prescrição intercorrente nas ações de improbidade. OBS: O termo inicial do prazo prescricional da ação de improbidade administrativa, no caso de reeleição de prefeito, se aperfeiçoa após o término do segundo mandato. OBS: A tortura de preso custodiado no sistema prisional praticada por agente penitenciário constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública, fora as demais repercussões nas esferas penal e disciplinar. OBS: Na ação de improbidade, a decretação de indisponibilidade de bens pode recair sobre aqueles adquiridos anteriormente ao suposto ato, além de levar em consideração, o valor de possível multa civil como sanção autônoma. PRESCRIÇÃO NAS AÇÕES DE IMPOBRIDADE ADMINISTRATIVA Se o ato de improbidade for praticado por: O prazo para ajuizar a ação será: O início da contagem desse prazo será: Agente público com vínculo TEMPORÁRIO (mandato, cargo em comissão ou de função de confiança) Até 5 anos O primeiro dia após o fim do vínculo. Agente público com vínculo PERMANE NTE (cargo efetivo ou emprego público) O prazo e o início da contagem serão os mesmos que são previstos no estatuto do servidor para prescrição de faltas disciplinares puníveis com demissão. Ex.: na Lei nº 8.112/90, em regra, o prazo prescricional é de 5 anos, contado da data em que o fato se tornou conhecido (salvo se a infração for também crime). Leis estaduais e municipais podem trazer regra diferente. Todos os atos improbidade são prescritíveis ou existe algum imprescritível? Ação de reparação de danos á Fazenda Pública decorrente de ilícito Civil- É PRESCRITÍVEL. Ação de reparação decorrente de ato de improbidade administrativa praticado com CULPA- É PRESCRITÍVEL. Ação de Ressarcimento decorrente de ato de improbidade praticado com DOLO- É IMPRESCRITÍVEL. Como pode cair na sua prova: João dirigia seu carro quando, por imprudência, acabou batendo no carro de um órgão público estadual em serviço. Ficou provado, por meio da perícia, que o particular foi o culpado pelo acidente. O órgão público consertou o veículo, tendo isso custado R$ 10 mil. Sete anos depois Licensed to Monique Campos - moniqueecampos61@gmail.com - 09074173454 25 do acidente, o Estado ajuizou ação de indenização contra João cobrando os R$ 10 mil gastos com o conserto do automóvel. A defesa de João alegou que houve prescrição. A alegação da defesa está correta. Isso porque o prejuízo ao erário não decorreu de um ato de improbidade administrativa, mas foi decorrente de um ilícito civil. Logo, incide prazo prescricional neste caso, caso já tenha passado os prazos demonstrados na tabela acima Acordo de não persecução cível O § 1º do art. 17 da Lei nº 8.429/92 proibia a realização de transação, acordo ou conciliação nas ações de improbidade administrativa. A Lei nº 13.964/2019 alterou esse dispositivo para admitir a celebração de acordo de não persecução cível: LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Antes da Lei 13.964/2019 ATUALMENTE Art. 17. (...) § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput. Art. 17. (...) § 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei. Tanto o Ministério Público como a pessoa jurídica lesada poderão, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar acordo de não persecução cível, tendo como limite temporal o trânsito em julgado da sentença, logo o acordo de não persecução penal poderá ser feito em fase recursal. PRESTA ATENÇÃO NISSO! DIREITO DO TRABALHO 1ªDICA DO DIA 03 1. EMPREGADO E EMPREGADOR O QUE VOCÊ DEVE SABER: Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Elementos básicos da relação de emprego: Pessoalidade (o trabalho deve ser prestado por pessoa física. Ainda, o empregado não pode transferir seu trabalho para outros (é INTUITU PERSONAE)), Não-eventualidade (A relação empregatícia é contínua e as atividades prestadas devem corresponder às atividades normalmente desenvolvidos na empresa), Subordinação
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