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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito 
Tributário - Parte I
Livro Eletrônico
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Renato Cesar Guedes Grilo
Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário – Parte I
DIREITO TRIBUTÁRIO
Sumário
Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário - Parte I ..........................................3
1. A Exclusão do Crédito Tributário ............................................................................... 10
2. A Exclusão é do Crédito Tributário Relacionado às Obrigações Tributárias Principais 12
3. A Isenção ................................................................................................................. 14
3.1. A Diferença entre Isenção e Imunidade .................................................................. 14
3.2. A Isenção como Causa de Exclusão do Crédito Tributário: a Regulação Normativa 
pelo CTN ....................................................................................................................... 18
4. A Anistia .................................................................................................................. 28
Questões de Concurso .................................................................................................. 31
Gabarito .......................................................................................................................54
Gabarito Comentado .....................................................................................................55
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Renato Cesar Guedes Grilo
Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário – Parte I
DIREITO TRIBUTÁRIO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO: A EXCLUSÃO DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO - PARTE I
Olá, estimada leitora, estimado leitor.
Vamos prosseguir no nosso estudo do Direito Tributário, com a análise do crédito tributá-
rio e os quatro assuntos correlatos:
• Suspensão do Crédito Tributário;
• Extinção do Crédito Tributário;
• Exclusão do Crédito Tributário;
• Garantias e privilégios do Crédito Tributário.
Devido à grande quantidade de questões que são cobradas sobre os temas acima, bem 
como pela própria extensão do assunto, a análise tomará mais de uma aula.
As questões de concurso que serão comentadas, fundamentais para quem quer ser apro-
vado nas provas, são interdisciplinares dentro dos quatro temas acima.
Assim, as questões que estarão dispostas ao final do material dirão respeito a qualquer 
dos quatro temas relacionados ao crédito tributário, inclusive com a maioria delas cobrando 
mais de um subtema em um único enunciado.
Dadas essas explicações, digamos, metodológicas, eu preciso que você tenha em mente 
a seguinte sequência: OBRIGAÇÃO – LANÇAMENTO – CRÉDITO.
Obrigação Tributária principal
Lançamento Tributário
Crédito Tributário
A obrigação tributária surge com o fato gerador (art. 113, § 1º, do CTN) e o crédito tribu-
tário só se considera constituído com a produção do ato que formaliza a sua existência e lhe 
dá exigibilidade: o lançamento tributário (art. 142 do CTN).
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
(…)
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Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário – Parte I
DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do 
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do 
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional.
A obrigação tributária surge com a ocorrência de um fato da vida, um fato que é jurídico 
porque encontra um ‘supedâneo’ normativo; digamos, o fato da vida se ‘casa’ com uma des-
crição normativa e desse matrimônio nasce a obrigação de pagar tributo.
Só que é um matrimônio na forma de uma ‘união estável’, não formalizada. Nós sabemos 
que o fato se casou com a norma, mas nenhum ‘papel’ foi assinado, formalizado.
Eu estou dando aula e auferindo renda pela hora-aula, mas eu não assinei um papel com 
a Receita Federal para acertar o pagamento do imposto de renda.
O fato de dar a aula e auferir a renda é um fato da vida, que é jurídico, que se casa com uma 
norma. A lei determina, para esse fato, o pagamento do imposto sobre a respectiva renda.
Mas é preciso “ir ao cartório e assinar os papéis”. A função de fazer isso é, às vezes, do 
próprio ‘nubente’ (contribuinte), quando ele mesmo lança o tributo e o formaliza (lançamento 
por homologação, art. 150 do CTN). Ou, em outros casos, a formalização compete ao Fisco 
(lançamento de ofício ou direto, Art. 149 do CTN), ainda que o contribuinte preste alguma de-
claração de fatos (lançamento por declaração, Art. 147 do CTN).
Lançado o tributo, o casamento de fato-norma está formalizado: há um crédito tributário 
materializado. Os fatos foram verificados, a matéria tributável foi delimitada, há um número/
valor a ser pago e há alguém responsável pelo pagamento (que pode ser o próprio contribuin-
te, que se diz sujeito passivo direto, ou um responsável, que se diz sujeito passivo indireto).
Obs.: � Então, o crédito tributário é esse “casamento de papel passado”, representa uma obri-
gação formalizada pelo lançamento tributário e, o mais importante: goza de exigibili-
dade.
Contudo, esse casamento difere um pouco, em seus ‘votos’, do casamento religioso/civil: 
não haverá compromisso de eternidade. A obrigação, segundo lição clássica do direito civil, 
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Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário – Parte I
DIREITO TRIBUTÁRIO
nasce para morrer. É que a ordem jurídica deseja, quer, anseia, que a obrigação seja efetiva-
mente cumprida e, por conseguinte, extinta/satisfeita.
Claro, assim como no casamento civil, a obrigação tributária lançada tem várias esquinas, 
muitos detalhes e acidentes de percurso, até cumprir a sua finalidade, que é a satisfação.
Nesse meio do caminho, a exigibilidade atingida pelo crédito tributário pode ser suspensa. 
O que significa isso? Em algum momento, por algum motivo, esse crédito não pode ser exigido 
ou cobrado. Fica, portanto, impossibilitado de ser exigida a sua satisfação efetiva pelo Fisco/
credor.
Quais são esses motivos? Eles estão descritos no art. 151 do CTN.
• moratória;
• o depósito do seu montante integral;
• as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo;
• a concessão de medida liminar emmandado de segurança.
• a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação 
judicial;
• o parcelamento.
Algumas vezes essa suspensão alcança o crédito tributário quando ele já está lançado. 
Outras vezes a suspensão vem quando o crédito ainda não foi lançado (formalizado ou cons-
tituído).
Prestem atenção nisso. Vou ficar nesse ponto, do momento em que a suspensão pode 
ocorrer. Darei um exemplo para facilitar. Um professor de direito tributário, que ministra aulas 
todos os dias, toma conhecimento de uma nova Lei ou entendimento da Receita acerca do 
pagamento do imposto de renda, cuja aplicação se dará alguns meses à frente. Esse profes-
sor não concorda com a referida alteração ou entendimento e resolver agir, para evitar ser 
atingido e ter que pagar um tributo de uma forma com a qual não concorda. Então, ele ajuíza 
um mandado de segurança preventivo e pede uma liminar; o juiz defere a liminar e suspende 
a exigibilidade do crédito tributário. O  tributo estará com a exigibilidade suspensa; poderá 
ser objeto de lançamento, para prevenção de decadência, mas não poderá ser cobrado e nem 
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DIREITO TRIBUTÁRIO
fluirá a prescrição. Pois bem. Um colega desse professor, que ministra aulas de filosofia do 
direito, não toma a mesma atitude e já se depara com um auto de infração da Receita, man-
dando que ele complemente o recolhimento do imposto de renda conforme a nova Lei e o 
novo entendimento do Fisco. Então, já de posse do ato estatal (auto de infração), ele ajuíza 
um mandado de segurança repressivo e o juiz, assim como fez no MS preventivo do professor 
de tributário, suspende a exigibilidade do crédito, que havia sido recém constituído (lançado 
ou formalizado).
Eu não gosto de fazer parágrafos muito extensos, mas fiz a explicação acima para vocês 
perceberem que uma mesma causa de suspensão da exigibilidade (liminar em mandado de 
segurança) pode suspender um crédito que ainda não foi constituído (caso do professor de 
tributário), como também pode suspender um crédito que já foi objeto de constituição/lança-
mento (caso do professor de filosofia).
Vamos prosseguir; veremos linhas à frente que com, na extinção e na exclusão do crédito 
tributário, o momento em que ocorre o fato respectivo de extinção ou exclusão é determinan-
te.
Vejamos uma outra decorrência muito importante da exigibilidade e da sua suspensão. 
A exigibilidade é a possibilidade de efetiva cobrança do crédito tributário, para a qual corre um 
prazo prescricional contra o credor/Fisco/Administração Tributária. 
Com a exigibilidade o credor (Fisco) pode efetivamente cobrar o seu crédito do devedor 
(contribuinte), sendo que a sua inércia tem um ônus: a possibilidade de ser extinto o crédito 
pela ocorrência da prescrição.
Prescrição se relaciona com a exigibilidade do crédito tributário; decadência tributária se 
relaciona com o direito de o Fisco de constituir (formalizar ou lançar) o crédito tributário pelo 
lançamento.
Pois bem. Essa exigibilidade, que pode ser suspensa, também pode ser extinta ou exclu-
ída.
Aqui eu preciso voltar a frisar uma relevante ferramenta de compreensão que está muito 
presente na aula passada e também será útil agora.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Recordem que, ‘artificialmente’, o CTN optou por separar ‘obrigação’ de ‘crédito’, inserindo 
o lançamento tributário entre os dois.
Recordem o que eu disse: obrigação e crédito, em verdade, são faces de uma mesma mo-
eda, mas o CTN optou por uma técnica, digamos, ‘fabril’ – ‘obrigação’, para o Código Tributá-
rio Nacional, fica num momento anterior à formação do crédito pelo ‘lançamento’.
Porque eu chamei essa técnica de ‘fabril’? Porque é como se fosse uma linha de produção. 
O objetivo inicial é produzir um crédito, devidamente formalizado, bem delimitado e exigível; o 
segundo e principal objetivo, é fazer com que esse crédito seja efetivamente satisfeito.
Mas até chegar no ‘crédito’, o processo da “fábrica de créditos” do CTN tem as etapas da 
‘obrigação’ (encontro de ‘fato e norma’, não formalizado) e do ‘lançamento’ (procedimento, 
nos termos do art. 142 do Código, de constituição ou formalização do crédito).
Para ser coerente com essa lógica, o CTN criou duas formas de ‘terminação’ do crédito 
formado:
• Extinção.
• Exclusão.
No nosso bom português, salvo melhor juízo, não é muito diferente dizer que uma coisa 
está extinta ou excluída.
Para o CTN, não é a mesma coisa extinguir e excluir um crédito tributário; há uma diferen-
ça técnica relevante.
Extinção tem um significado técnico, exclusão, outro. Para assimilarmos essa diferença, 
pensem no processo fabril do qual me referi (e nos alongamos na aula passada).
1. Obrigação Tributária principal
2. Lançamento Tributário
3. Crédito Tributário
A exclusão se dá tendo por pressuposto que houve o surgimento da obrigação tributária 
principal; assim, fato e norma se encontraram, mas o crédito não pode ser lançado. Ele está 
excluído.
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Exclui-se o crédito tributário que não foi formalizado, porque não pode ser formalizado. Aí 
você me diz, “professor, como se exclui algo que não se formou”? E eu repondo: sim, é assim 
mesmo, essa é a lógica do CTN. A exclusão representa um impedimento ao lançamento tri-
butário, ou um bloqueio à qualquer tipo de possibilidade de exigibilidade. A Lei traz um favor 
legal, uma dispensa legal de tributo devido – essa a melhor definição para a isenção –, ou 
uma dispensa legal para uma multa tributária devida – essa a melhor definição para a anistia.
A extinção, por sua vez, “termina” um crédito tributário quando o seu processo fabril já 
estava completo, ou seja, quando o crédito já se encontrava lançado. Há uma exceção: a de-
cadência. Veremos isso quando tratamos dela.
1. Obrigação Tributária principal
UMA CAUSA DE EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO IMPEDE QUE A OBRIGAÇÃO SEJA 
CONSTITUÍDA PELO LANÇAMENTO.
A exclusão se coloca aqui: há um bloqueio no processo de formação da exigibilidade do 
crédito tributário.
2. Lançamento Tributário
3. Crédito Tributário
UMA CAUSA DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO EXTINGUE O CRÉDITO JÁ FORMALI-
ZADO.
A extinção atinge o crédito latente, exigível, formalizado.
Assim, excluem o crédito tributário, impedindo a sua constituição mediante o lançamento, 
nos termos do art. 175 do CTN:
• Isenção.
• Anistia.
Por sua vez, extinguem o crédito tributário que foi “definitivamente concluído”, nos termos 
do art. 156 do CTN:
I – o pagamento;
II – a compensação;
III – a transação;
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DIREITO TRIBUTÁRIO
IV – remissão;
V – a prescrição e a decadência*;
VI – a conversão de depósito em renda;
VII – o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto 
no artigo 150 e seus § § 1º e 4º;
VIII – a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita adminis-
trativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X – a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas 
em lei.
Eu coloquei um asterisco ao lado da decadência porque um tributo que decaiu é um 
tributo que não foi objeto de lançamento tributário; ou seja, o Fisco deixou transcorrer 
o prazo para constituir o crédito tributário. Portanto, excepcionalmente, no caso da de-
cadência, o processo fabril restou incompleto, exclusivamente (contudo), por desídia do 
Fisco. Não fosse a inação do Fisco, o processo de “fabricação” do crédito tributário teria 
sido concluído.
Portanto, colegas, o estudo do crédito tributário no CTN não é difícil. Assim como não é 
complexo o estudo da obrigação e do lançamento tributários.
O grande diferencial do aluno que apreende de verdade o Direito Tributário e, de modo es-
pecial, esse “miolo” (obrigação – lançamento – crédito) é ter entendido que o CTN tem uma 
técnica peculiar.
Por isso eu insisto nesse ponto. Leia e estude essa técnica adotada pelo CTN sem ne-
nhuma “âncora” em outro ramo do direito. Nenhuma outra área da ciência jurídica optou por 
‘justapor’ esses institutos do modo como o CTN fez: obrigação – lançamento – crédito (e, por 
conseguinte, as hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário).
Faça o estudo do crédito tributário sem nenhuma amarra ou comparação com outro ramo 
do direito; a solução aqui é única.
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Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário – Parte I
DIREITO TRIBUTÁRIO
Se você conseguir fazer essa abstração, a mecânica deixa de ser complexa. Exclua a com-
paração e você apreenderá mais facilmente essas temáticas tributárias.
Por fim, e eu encerro essa ‘introdução/resumão’, veremos que esse crédito tributário – 
cuja finalidade última é a sua satisfação – goza de alguns privilégios ou garantias.
Sigamos!
1. A Exclusão do crédito tributário
O art. 175 do CTN prevê duas causas de exclusão do crédito tributário: a isenção e a anis-
tia. Tanto uma como outra dependem de lei específica, o que decorre direta e expressamente 
do art. 150, § 6º, da Constituição Federal.
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I – a isenção;
II – a anistia.
Parágrafo único. A  exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações 
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
(…)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
(…)
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, 
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido me-
diante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima 
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, 
§ 2º, XII, g.
O dispositivo constitucional do § 6º acima é substancialmente diferente do dispositivo do 
art. 150, I, também transcrito.
Para exigir o tributo é necessária lei genérica; para instituir um benefício fiscal, dentre os 
quais estão a isenção e a anistia, é indispensável uma lei específica.
Mas que lei específica é essa?
Sobre o tema, devemos destacar o entendimento do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL a 
respeito da Lei da Copa de 2014:
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Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário – Parte I
DIREITO TRIBUTÁRIO
É constitucional a isenção fiscal relativa a pagamento de custas judiciais, concedida 
por Estado soberano que, mediante política pública formulada pelo respectivo governo, 
buscou garantir a realização, em seu território, de eventos da maior expressão, quer 
nacional, quer internacional. Legitimidade dos estímulos destinados a atrair o principal 
e indispensável parceiro envolvido, qual seja, a Fifa [Federação Internacional de Futebol], 
de modo a alcançar os benefícios econômicos e sociais pretendidos.
[ADI 4.976, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 7-5-2014, P, DJE de 30-10-2014.]
Esse julgamento do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é bastante relevante pela interpre-
tação que foi feita do termo constitucional “lei específica”, utilizado como exigência para a 
instituição de uma isenção e anistia tributárias.
Entendeu o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL que a lei específica, para efeitos de instituição 
de benefício fiscal, estará atendida mesmo quando a legislação tratar de outras temáticas, 
desde que conexas com o benefício fiscal.
No caso da Lei Geral da Copa, evidente que a lei não tratou apenas do benefício fiscal, mas 
todos os demais temas da lei (incluída a própria isenção) disseram respeito a uma mesma 
temática: a regulação de um evento esportivo específico. Assim, considerou o SUPREMO TRI-
BUNAL FEDERAL que se tratava de uma “lei específica”.
Prosseguindo, como o CTN artificialmente aparta o surgimento da obrigação tributária 
(art. 114) da constituição do crédito tributário (art. 142), estabelecendo momentos distintos 
para cada qual, podemos concluir que a exclusão do crédito se dá pressupondo o prévio sur-
gimento da obrigação respectiva, mas a sua constituição (mediante lançamento) em crédito 
tributário se encontra bloqueada.
A isenção e a anistia, ao excluírem o crédito, dispensam o contribuinte de apurar e de 
cumprir a obrigação tributária principal; além disso, impedem o Fisco de constituir o crédito 
pelo lançamento e de exigi-lo, seja administrativa ou judicialmente.
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Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário – Parte I
DIREITO TRIBUTÁRIO
2. A Exclusão é do crédito tributário rElAcionAdo às obrigAçõEs tributáriAs 
PrinciPAis
Pessoal, um tema muito cobrado em concurso (bastante recorrente, basta ver as ques-
tões anexas a este material), envolve o art. 175, parágrafo único, do CTN.
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
(…)
Parágrafo único. A  exclusãodo crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações 
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
A exclusão do crédito não dispensa o sujeito passivo de cumprir as obrigações tributárias 
acessórias (art. 175, parágrafo único, do CTN).
Mesmo os contribuintes isentos ou anistiados continuam sujeitos aos deveres de colabo-
ração com a administração e à fiscalização tributária.
Não se confunde o dever fundamental de pagar tributo com o dever de contribuir com a 
tributação.
O dever de contribuir com a tributação pode atingir todos, sujeitos passivos de tributo ou não.
O dever fundamental de pagar o tributo tem como norte a capacidade contributiva; o dever 
de contribuir com a tributação tem como foco a capacidade de colaboração.
Tem-se em conta, no dever de contribuir, a posição que o terceiro ocupa e o dever de todas as 
pessoas naturais ou jurídicas de participar da construção de uma política tributária justa e isonô-
mica.
Leandro Paulsen (em curso completo de direito tributário) ensina que os deveres de cola-
boração têm um fundamento constitucional próprio, tal como o dever fundamental de pagar 
tributos, baseados ambos no Estado de direito democrático. O chamamento de todos, mesmo 
dos não contribuintes, ao cumprimento de obrigações com vista a viabilizar, a  facilitar e a 
simplificar a tributação, dotando-a da praticabilidade necessária, encontra suporte no dever 
fundamental de colaboração com a Administração Tributária.
Para materializar esse dever, a Lei Complementar Nacional que traz as normas gerais de Direito 
Tributário – o Código Tributário Nacional – prevê as chamadas “obrigações tributárias acessórias”.
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(…)
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
A criação de “prestações positivas ou negativas” no interesse da arrecadação ou da fis-
calização dos tributos, constituem obrigações que não são objeto de lançamento tributário.
Isso porque uma obrigação tributária acessória não irá constituir um crédito tributário. De 
acordo com o art. 139 do CTN, o crédito decorre das obrigações PRINCIPAIS.
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
Portanto, um crédito tributário ou decorre de uma obrigação tributária principal de pagar 
tributo, ou decorre de uma obrigação tributária principal de pagar a multa tributária.
Quando dizemos que um crédito tributário está excluído, juntando a disposição do art. 175 
com a do art. 139, ambos do CTN e transcritos acima, evidentemente, não estamos nos refe-
rindo à exclusão de qualquer tipo de obrigação acessória.
Nenhum crédito decorrerá da obrigação acessória. O que pode ocorrer é que, diante do 
descumprimento de uma obrigação acessória, a lei imponha o pagamento de uma multa; a 
multa é obrigação tributária principal, relativa ao pagamento da penalidade pecuniária.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
(…)
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação 
principal relativamente à penalidade pecuniária.
A multa pelo descumprimento de uma obrigação acessória pode, nos termos do art. 139 
do CTN, se transformar em crédito.
Mas, nunca, uma obrigação acessória, em si, será um crédito tributário.
Por isso, o art. 175, parágrafo único, do CTN deixa claro que a exclusão do crédito não 
atinge qualquer tipo de obrigação acessória. Ora, a obrigação acessória sequer pode se cons-
tituir em crédito tributário, como, então, ela seria objeto de exclusão de um crédito?
Essa é a lógica por trás do art. 175, parágrafo único, do CTN, e que poderá ser capaz de 
ajudar a entender e memorizar a norma.
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3. A isEnção
3.1. A difErEnçA EntrE isEnção E imunidAdE
Um ponto de relevantíssima importância é a distinção entre a imunidade e a isenção.
Nas questões de concurso anexas, vocês poderão ver como esse tema também é recor-
rente, sendo que as bancas exploram bastante a referida diferenciação.
A tributação tem sua raiz permissiva na Constituição Federal, onde nasce o poder de tri-
butar.
O poder de tributar é exercido através da competência tributária. Portanto, o “start” tribu-
tário nasce na Constituição Federal, que outorga o poder de tributar aos entes federativos, por 
meio do exercício da competência tributária.
Entretanto, a Constituição Federal não só diz o que pode ser tributado, mas também o que 
não pode ser tributado. Ou seja, na via da outorga de poder de tributar, a Constituição dá a 
competência; na mão contrária, a Constituição retira qualquer possibilidade de se exercer a 
tributação, por meio da imunidade.
Quando dá a competência, a  Constituição Federal outorga poder para tributar; quando 
retira a competência, a Constituição estabelece uma imunidade.
A imunidade é uma norma que estabelece uma determinação de não fazer, ou uma norma 
de incompetência; é uma ordem de não tributação, estabelecida pelo mesmo texto constitu-
cional que dá a ordem de tributação.
A fonte é a mesma, seja para tributar, seja para não tributar: o pressuposto para o exercício 
da competência tributária nasce na Constituição Federal; as imunidades nascem também na 
Constituição Federal.
Assim, imunidade é expressão do arquétipo constitucional, é uma representação da fonte 
normativa do poder de tributar e de não tributar: a Constituição Federal.
A medida da tributação, tal como outorgada pela CF, é o resultado da competência tributá-
ria aberta aos entes tributantes, subtraída as imunidades (ou incompetências tributárias); o 
resultado essa equação é a exata medida da competência para se exercer a tributação.
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Pois bem.
A outorga da competência para tributar não é um mandamento “cego”: aquele que recebe 
o poder de instituir um determinado tributo tem o dever de aferir a capacidade contributiva, 
antes de criar efetivamente o tributo.
Depois de criado o tributo, essa aferição deve ser constante, de modo que a dose da ca-
pacidade de se contribuir deve ser medida em todo o tempo.
Vamos a um exemplo.
A União, os Estados, DF e Municípios recebem competência tributária para instituir im-
postos, pelo art. 145, I, da CF. A União, especificamente, recebe competência para instituir o 
imposto sobre “renda e proventos de qualquer natureza” (art. 153, III, da CF).
(Um parêntese: eu falo muito sobreimposto de renda por ser o tributo, a meu ver, mais 
próximo da vida das pessoas e mais comum em todo o mundo).
Ao outorgar essa competência, a própria Constituição Federal também estabelece uma 
incompetência: não se pode tributar a renda dos demais entes federativos, por força da 
imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a).
Recebida a competência em sua exata medida, a União não está autorizada a tributar 
toda e qualquer renda e proventos, mas apenas a renda e proventos que representem ca-
pacidade contributiva. Ou seja, a instituição tributária passa por uma dosagem por ocasião 
da efetiva criação do tributo.
É por esse motivo que, até determinado valor mensal (hoje, quase 2 mil reais), não se 
tributa a renda.
Assim, embora a renda surja, conceitualmente e de fato, quando se ganha qualquer cen-
tavo por mês, a renda tributável é aquela que representa uma capacidade efetiva de contri-
buir, de participar da tributação.
Renda, como fato da vida, é uma coisa; renda tributável, é outra coisa.
Quando você toma a renda (fato) e a adjetiva de “tributável”, deve ter em mente que essa 
qualificação passa por um exame da capacidade contributiva.
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Desse modo, na dosagem da tributação da renda, a União entendeu que a medida da 
capacidade de contribuir surge a partir de quase 2 mil reais mensais; abaixo disso, a renda 
simplesmente não é tributada.
Essa faixa de dispensa legal do pagamento do tributo não está na Constituição Federal, 
mas sim na Lei que instituiu o imposto. A isso se dá o nome de isenção, ou dispensa legal 
de tributo devido.
Ademais, há casos em que o ente tributante, mediante a Lei, isenta determinada renda 
da tributação: o portador de neoplasia maligna não para imposto sobre a renda (art. 6º, XIV, 
Lei 7.713/1988), por exemplo. Ou seja, ao dosar a tributação efetiva, o ente tributante pode 
optar por isentar determinada faixa de valores ou determinado grupo de contribuintes.
Veja o ‘andar’ (o estágio) em que isso ocorre. A Constituição deu a medida da tributação, 
ao outorgar a competência e firmar a incompetência (imunidades); em nível infralegal, já quando 
do exercício da competência recebida, o ente tributante pode isentar determinada parte daquilo 
que foi autorizado ser tributado (no meu exemplo, foi autorizada a tributação sobre a “renda”).
Portanto, a imunidade é norma (determinação) do Constituinte, contida no desenho tributá-
rio da CF; a isenção é norma do legislador, veiculada em Lei complementar ou ordinária, contida 
na avaliação da capacidade contributiva, conveniência e justiça tributária em concreto.
A isenção é veiculada, por paralelismo, no mesmo veículo legislativo que é utilizado para criar 
o tributo; então, se o tributo somente é instituído mediante lei complementar, como é o caso do 
IGF – Imposto sobre grandes fortunas, eventual isenção também deve observar a mesma ritua-
lística.
Em verdade, a isenção é o reverso da instituição do tributo e por isso mesmo é chamada 
de dispensa legal de um tributo devido: o fato ou pessoa por ela abarcados seria objeto da 
tributação, não fosse a dispensa legal.
Tecnicamente, a isenção é causa de exclusão do crédito tributário:
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I – a isenção;
II – a anistia.
Parágrafo único. A  exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações 
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
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Por aí, como causa de exclusão do crédito tributário, vemos claramente como isenção e 
imunidade são distintas.
A obrigação tributária surge, mesmo em casos de isenção, mas há um bloquei de qualquer 
possibilidade de efetiva cobrança do tributo; a exclusão do crédito impede que esse crédito 
seja exigido, formalizado e cobrado.
Imunidade Isenção
Escolha protetiva constitucional, conforme um valor 
eleito como digno de estímulo ou salvaguarda.
Dosagem da capacidade contribuinte ou de con-
veniência de uma política tributária.
Delimitação constitucional da competência tributária – 
Limitação ao Poder de Tributar.
Benefício fiscal.
Sede constitucional.
Benefício legal – classificado como causa de exclu-
são do crédito tributário, pelo art. 175 do CTN.
Por fim, destaco o seguinte trecho retirado de informativo do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 
no qual assentada relevante diferença entre os institutos da isenção e da imunidade:
Ao decidir acerca da aplicação da imunidade em favor da ECT – Correios (Repercus-
são Geral, RE 773992/BA, julgado em 15/10/2014), o  Supremo Tribunal Federal fez a 
seguinte diferenciação: “Distinguiu os institutos da isenção — que seria uma benesse 
decorrente da lei — e da imunidade — que decorreria diretamente do texto constitucional. 
Deduziu que, no primeiro caso, incumbiria ao contribuinte que pretendesse a fruição da 
benesse o ônus de demonstrar seu enquadramento na situação contemplada, enquanto, 
no segundo, as presunções sobre o enquadramento originalmente conferido deveriam 
militar a favor do contribuinte. Constatou, a partir desse cenário, que se a imunidade já 
houvesse sido deferida o seu afastamento só poderia ocorrer mediante a constituição de 
prova em contrário produzida pelo Fisco. Sublinhou que o oposto ocorreria com a isen-
ção, que constituiria mero benefício fiscal concedido pelo legislador ordinário, presun-
ção que militaria em favor da Fazenda Pública.” Trecho do Informativo de Jurisprudência 
n. 763 de outubro de 2014.
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3.2. A  isEnção como cAusA dE Exclusão do crédito tributário: A 
rEgulAção normAtivA PElo ctn
A isenção tem por pressuposto a incidência da norma tributária impositiva. Não incidisse, 
não surgiria nenhuma obrigação, não havendo a necessidade de lei para a exclusão do cré-
dito.
A norma que cria a isenção sobrevém justamente porque tem o legislador a intenção de 
afastar os efeitos da incidência da norma impositiva que, de outro modo, implicaria a obriga-
ção, o lançamento, o surgimento do crédito tributário e a imposição do pagamento do tributo.
Para efeitos de concurso, colegas, tenham em mente sempre que a isenção é uma causa 
de exclusão do crédito tributário; é essa a natureza jurídica da isenção. Desconsidere, res-
peitosamente, eventuais elucubrações doutrinárias sobre a natureza jurídica do instituto, que 
não seja a que está expressa no CTN.
Sobre a isenção, o CTN traz diversas disposições, que analisaremos a seguir.
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique 
as condições e requisitos exigidos paraa sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, 
o prazo de sua duração.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tribu-
tante, em função de condições a ela peculiares.
O legislador pode delimitar a abrangência da isenção, circunscrevendo-a a determinado 
tributo em particular, ou fixar um prazo para a sua duração.
Também pode ser isentada determinadas pessoas ou operações dos tributos de com-
petência do respectivo ente político. Neste caso de isenção genérica, contudo, de qualquer 
modo não se aplicará às taxas e contribuições de melhoria, que têm caráter contraprestacio-
nal, e aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão (art. 177 do CTN).
As isenções de taxas e contribuições de melhoria têm de ser específicas e inequívocas.
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Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
I – às taxas e às contribuições de melhoria;
II – aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
Quanto aos requisitos e condições as isenções podem ser classificadas em simples ou 
onerosas.
Art. 178. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, 
pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do 
art. 104.
(…)
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publi-
cação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
I – que instituem ou majoram tais impostos;
II – que definem novas hipóteses de incidência;
III – que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao 
contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.
O estabelecimento de requisitos remete à caracterização do objeto ou fato, ou do sujeito 
alcançado pela norma em face de uma situação preexistente ou atual, que lhe é inerente, exi-
gida como mero critério de enquadramento na sua hipótese de incidência.
A isenção onerosa estabelece requisitos para que se feita a formulação do pedido do be-
nefício fiscal. Não será gozada a isenção se não se preencherem certos requisitos essenciais, 
os quais estão previstos na lei que cria o benefício. Trata-se, pois, de requisito para a formu-
lação do pedido, para o requerimento da isenção.
A isenção simples (não onerosa) constitui benefício fiscal passível de revogação a qual-
quer tempo, observadas as garantias de anterioridade de exercício e nonagesimal, com base 
na remissão ao art. 104, III, do CTN, e no entendimento do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:
EMENTA: AGRAVO INTERNO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA PACIFI-
CADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HIPÓTESE DE NÃO CABIMENTO. RISUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL, ART. 332. RESSALVA DA POSIÇÃO PESSOAL DO RELATOR.
1. O  art.  332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal preconiza que “não 
cabem embargos, se a jurisprudência do Plenário ou de ambas as Turmas estiver fir-
mada no sentido da decisão embargada”.
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2. Precedentes recentes de ambas as Turmas desta CORTE estabelecem que se aplica o 
princípio da anterioridade tributária, geral e nonagesimal, nas hipóteses de redução ou 
de supressão de benefícios ou de incentivos fiscais, haja vista que tais situações confi-
guram majoração indireta de tributos.
3. Ressalva do ponto de vista pessoal do Relator, em sentido oposto, na linha do decidido 
na ADI 4016 MC, no sentido de que “a redução ou a extinção de desconto para paga-
mento de tributo sob determinadas condições previstas em lei, como o pagamento ante-
cipado em parcela única, não pode ser equiparada à majoração do tributo em questão, 
no caso, o IPVA. Não incidência do princípio da anterioridade tributária.”.
4. Agravo Interno a que se nega provimento.
(RE 564225 AgR-EDv-AgR, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado 
em 20/11/2019, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-264 DIVULG 03-12-2019 PUBLIC 04-12-
2019)
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. REINTEGRA. Decreto n. 
8.415/15. Princípio da anterioridade nonagesimal.
1. O  entendimento da Corte vem se firmando no sentido de que não só a majoração 
direta de tributos atrai a aplicação da anterioridade nonagesimal, mas também a majo-
ração indireta decorrente de revogação de benefícios fiscais.
2. Negativa de provimento ao agravo regimental. Não se aplica ao caso dos autos a 
majoração dos honorários prevista no art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, 
uma vez que não houve o arbitramento de honorários sucumbenciais pela Corte de 
origem (Súmula 512/SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). 
(RE 1081041 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 09/04/2018, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-082 DIVULG 26-04-2018 PUBLIC 27-04-2018) 
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – DECRETOS N. 39.596 E 
N. 39.697, DE 1999, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIO 
FISCAL – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – DEVER DE OBSERVÂNCIA – PRECEDENTES. 
Promovido aumento indireto do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – 
ICMS por meio da revogação de benefício fiscal, surge o dever de observância ao prin-
cípio da anterioridade, geral e nonagesimal, constante das alíneas “b” e “c” do inciso III 
do artigo 150, da Carta. (…) 
(RE 564225 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 
02/09/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-226 DIVULG 17-11-2014 PUBLIC 18-11-2014) 
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Tratando-se, porém, de isenção onerosa concedida por prazo certo, ou seja, de isenção 
temporária em contrapartida a determinadas ações do contribuinte – como a realização de 
investimentos –, não poderá ser negada a aqueles que tenham cumprido as condições para 
gozo do benefício.
A garantia do direito adquirido, nesse caso, mesmo em face de lei que revogue o benefício, 
é prevista tanto no art. 178 do CTN quanto na Súmula 544 do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 
que enuncia:
Súmula 544 do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: “Isenções tributárias concedidas, sob 
condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas”.
Sendo revogada a lei de isenção, de qualquer modo prosseguirá tendo ultratividade para 
aqueles que tenham direito adquirido.
Vou trazer alguns exemplos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
O primeiro deles é um caso clássico de isenção onerosa. Essa isenção não mais vige no 
ordenamento jurídico brasileiro, mas aqueles que atenderam aos requisitos para o seu gozo, 
permaneceram fazendo jus ao benefício.
Suponha que você ganhe 10 mil reais hoje, em um sorteio. Não precisando do dinheiro,você procura um assessor de investimentos que recomenda a compra de ações de determi-
nada empresa; você se cadastra como investidor na Bolsa de Valores e compra as ações por 1 
real cada. Passados 8 anos, cada ação está valendo 10 reais. Ou seja, teus 10 mil reais agora 
valem 100 mil. Você teve um ganho de capital de 90 mil reais e deveria pagar o imposto de 
renda sobre esse valor.
Contudo, o Decreto-lei n. 1.510/1976, art. 4º, ‘d’, trouxe uma isenção fiscal para afastar 
o pagamento do imposto de renda sobre ganhos de capital no contexto narrado, desde que 
fosse atendido um requisito: o titular do papel (da ação) tivesse a sua propriedade por mais 
de 5 anos.
Ou seja, se você comprou o papel e o segurou por 5 anos (o que os especialistas da área 
chamam de estratégia “hold”), quando o alienar com ganho de capital, não vai pagar imposto 
de renda.
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Muitas pessoas, durante a vigência da norma, “seguram” seus papeis mobiliários por mais 
de 5 anos, para que quando os vendesse (mais caro do que comprou) não pagasse imposto 
de renda sobre o ganho de capital.
Imagine que você comprou mil ações da Petrobrás em 1980. Conhecendo a isenção, você 
resolve ficar com o papel por pelo menos mais de 5 anos. Em 1987, ainda de posse das mes-
mas mil ações adquiridas em 1980, você já tem um ganho de 100 mil reais. Mas resolve es-
pecular mais um pouco, pois já passou mais de 5 anos com os papeis e crer que fará jus à 
isenção.
Ocorre que no ano seguinte, uma Lei revoga a isenção. E aí? Você terá direito ao gozo de 
isenção de imposto de renda que não mais está vigente?
Vai. É precisamente esse um caso de isenção onerosa. Veja. A norma estabeleceu uma 
condição, que era a de “segurar” o papel por mais de cinco anos. Condição atendida, direito 
garantido. Ainda que lei posterior revogue a isenção, você fará jus a ela.
E se a lei que previa a isenção for revogada ANTES de se completarem os 5 anos? Aí não 
foi cumprido o requisito estabelecido na lei revogada e não haverá direito adquirido.
TRIBUTÁRIO – ACÓRDÃO PROLATADO EXCLUSIVAMENTE POR JUÍZES CONVOCADOS À 
SEGUNDA INSTÂNCIA – AUSÊNCIA DE NULIDADE – ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA 
SOBRE ALIENAÇÃO DE AÇÕES SOCIETÁRIAS – DECRETO-LEI 1.510/76 – REVOGAÇÃO 
PELA LEI 7.713/88 – DIREITO ADQUIRIDO – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Inexiste nulidade em julgamento promovido exclusivamente por juízes de primeiro 
grau convocados para substituição no Tribunal de Justiça. Precedentes.
2. Tem prevalecido nesta Corte o entendimento de que a isenção conferida pelo Decreto-
-lei n. 1.510/1976, art. 4º, ‘d’, é isenção onerosa, hipótese em que, nos termos do art. 178 
do CTN e da Súmula 544/SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL não poderia ser revogada se 
atendidos os seus requisitos, configurando-se direito adquirido à isenção. Precedentes.
3. Recurso especial parcialmente provido.
(REsp 1241131/RJ, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 
27/08/2013, DJe 04/09/2013)
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Esse exemplo acima é de uma isenção que foi considerada onerosa pelo SUPERIOR TRI-
BUNAL DE JUSTIÇA. Agora vamos a um exemplo de uma outra isenção, dessa vez que não foi 
considerada onerosa pelo Superior Tribunal de Justiça.
Em 2005 foi criado o Programa Universidade para Todos – PROUNI, por meio da Lei 11.096 
de 2005, destinado à concessão de bolsas de estudo integrais e bolsas de estudo parciais de 
50% (cinquenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento) para estudantes de cursos de 
graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de ensino superior, 
com ou sem fins lucrativos.
Ou seja, a finalidade do programa era a destinação das bolsas de estudo; em contraparti-
da, a instituição educacional faz jus a isenção de alguns tributos, nos termos do art. 8º da Lei: 
Imposto de renda, CSLL, PIS, COFINS.
Entendido? Um centro universitário particular, por exemplo, oferece determinadas bolsas 
de estudos, integrais e parciais, e, em contrapartida, o Estado dá a ele isenção fiscal de alguns 
tributos.
Só que a prática mostrou que as instituições educacionais criavam as bolsas, mas não 
preenchiam as vagas, ou seja, as bolsas de estudos ficavam ociosas.
A Instituição de Ensino é contemplada com a isenção da totalidade dos impostos que 
arrola o art. 8º, da Lei 11.096/05, mas não concede a totalidade das bolsas que deveria con-
ceder, deixando-as ociosas (embora as tenha formalmente criado).
Então, veio a Lei 12.431/2011 e acrescentou o seguinte parágrafo ao art. 8º da Lei do 
PROUNI:
Art. 8º A instituição que aderir ao Prouni ficará isenta dos seguintes impostos e contribuições no 
período de vigência do termo de adesão:
(…)
§ 3º A isenção de que trata este artigo será calculada na proporção da ocupação efetiva das bolsas 
devidas.
Nada mais salutar, concordam? A isenção seria usufruída na proporção da ocupação EFE-
TIVA das vagas das bolsas.
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Como boa parte das vagas dos bolsistas não eram preenchidas pelas instituições, as isen-
ções fiscais diminuíram de tamanho, com a lei nova.
De imediato, as instituições ingressaram na Justiça, alegando que estava sendo alterada 
uma isenção onerosa e, portanto, não poderia alcançá-las.
O Superior Tribunal de Justiça, embora tenha considerado que a isenção, de fato, pode ser 
tida como onerosa, não interpretou que a dicção da lei nova, que passou a exigir a EFETIVA 
ocupação da bolsa de estudos, estava inovando nas condições já existentes.
Entendeu o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA que a Lei nova tão somente aprimorou a 
relação de ônus/benefício, que já era explícita na Lei. Vale a pena ler a ementa:
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS – PROUNI. 
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA. INEXISTÊNCIA DE MODIFICAÇÃO OU REVOGAÇÃO DA CON-
CESSÃO DE ISENÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. ART. 535, II, DO CPC.
1. Não se configurou a ofensa ao art. 535, I e II, do Código de Processo Civil, uma vez que 
o Tribunal de origem julgou integralmente a lide e solucionou a controvérsia, tal como 
lhe foi apresentada.
2. Como salientado no acórdão recorrido, “trata a controvérsia da possibilidade de legis-
lação posterior alterar as condições para fruição de isenção concedida sob prazo certo 
e sob determinadas condições (a denominada ‘isenção onerosa’), caso do Prouni”.
3. O representante do Ministério Público Federal acrescentou: “De acordo com o TCU, 
a estimativa da RFB para a renúncia de receita do Prouni para 2011 é de R$ 666.287.785,00, 
tendo ingressado no programa 619.857 bolsistas integrais e 299.694 bolsistas parciais.
Porém, o número de ociosidademédio das bolsas é de 19% para os processos seletivos 
do primeiro semestre e de 25% para os processos de segundo semestre. Ou seja, a Ins-
tituição de Ensino é contemplada com a isenção da totalidade dos impostos que arrola 
no art. 8º, da Lei 11.096/05, mas não concede a totalidade das bolsas que deveria con-
ceder”.
4. Não houve violação ao art. 178 do CTN, pois a novel legislação em apreço não revo-
gou ou modificou as condições de isenção oferecidas pela Lei que instituiu o Programa 
Universidade para Todos – Prouni.
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Muito pelo contrário, a  Lei 12.431/2001, que acrescentou o §  3º ao art.  8º da Lei 
11.096/2005, teve como escopo ajustar as condições da referida isenção, para que as 
instituições de ensino não se locupletassem indevidamente com o dinheiro público, pois 
recebiam os beneplácitos do programa sem prestarem a correspectiva prestação que 
lhes cabiam. Precedente em caso idêntico: REsp 1.420.527/SC, Rel.
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 23/5/2016.
5. Recurso Especial não provido.
(REsp 1601118/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
21/06/2016, DJe 06/09/2016)
Por fim, temos no CTN sobre isenção a dicção do art. 179:
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por des-
pacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do pre-
enchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua 
concessão.
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo 
será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a 
partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do 
reconhecimento da isenção.
§  2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, 
o disposto no artigo 155.
Esse dispositivo instrumentaliza o modo pelo qual será comprovado o atendimento aos 
requisitos para o gozo de uma isenção tributária.
Caso o tributo seja lançado periodicamente, a comprovação dos requisitos para o gozo da 
imunidade também será periódica.
Para encerrar esse tema da isenção, destaco o seguinte enunciado sumular do SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA:
Súmula 627-SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: O contribuinte faz jus à concessão ou 
à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da 
contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade. SUPE-
RIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1ª Seção. Aprovada em 12/12/2018, DJe 17/12/2018.
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O imposto de renda é regido pela Lei n. 7.713/88, que prevê que as pessoas portadoras de 
doenças graves e, que estejam na inatividade, não pagarão imposto de renda sobre os rendi-
mentos recebidos a título de aposentadoria, pensão ou reforma (art. 6º, XIV).
Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguintes rendimentos percebidos por pessoas 
físicas:
(…)
XIV – os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos 
pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, 
neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, 
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, esta-
dos avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome 
da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a 
doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma;
Inclusive, quanto à comprovação da doença grave, o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
tem o seguinte entendimento:
Súmula 598-SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: É desnecessária a apresentação de 
laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do Imposto de Renda, 
desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por 
outros meios de prova.
Já a Súmula 627 tem por finalidade esclarecer o entendimento jurisprudencial no sentido 
de que o portador de uma doença grave (art. 6º, XIV, da Lei n. 7.713/88) mesmo que assinto-
mático, sempre deverá fazer o acompanhamento médico periódico, tendo que tomar medica-
ções para o resto da sua vida, além de eventuais cuidados adicionais com a saúde.
Assim, as razões protetivas que justificaram a edição da norma ainda permanecem, mes-
mo que os sintomas tenham eventualmente desaparecido.
É o caso do cardiopata grave. Mesmo que tenha feito as devidas intervenções cirúrgicas 
e esteja sem sintomas, continuará fazendo jus à isenção, pois sua condição lhe impõe deter-
minados gastos e cuidados que motivaram a criação do benefício fiscal.
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É relevante destacar que, sob o argumento da isonomia, muitos contribuintes da ativa in-
gressaram em juízo na intenção de obter a imunidade para si; argumentaram que era contra a 
isonomia fiscal que a isenção de imposto de renda alcançasse apenas os aposentados.
O Supremo Tribunal Federal considerou constitucional que a isenção alcançasse apenas 
os inativos:
EMENTA: CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE 
PROVENTOS DE APOSENTADORIA OU REFORMA. REQUISITOS LEGAIS CUMULATIVOS 
E RAZOÁVEIS. IMPOSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO DA ISENÇÃO POR DECISÃO JUDI-
CIAL. RESPEITO AOS PRINCÍPIOS DA SEPARAÇÃO DE PODERES E LEGALIDADE ESTRITA 
(ARTS. 2º E 150, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO). CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 6º DA LEI 
7.713/1988. IMPROCEDÊNCIA.
1. A concessão de isenção tributária configura ato discricionário do ente federativo com-
petente para a instituição do tributo e deve estrito respeito ao princípio da reserva legal 
(art. 150, § 6º, da Constituição Federal).
2. A legislação optou por critérios cumulativos absolutamente razoáveis à concessão do 
benefício tributário, quais sejam, inatividade e enfermidade grave, ainda que contraída 
após a aposentadoria ou reforma. Respeito à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, 
da Constituição Federal), aos valores sociais do trabalho (art. 1º, IV, da CF) e ao princípio 
da igualdade (art. 5º, caput, da CF).
3. Impossibilidade de atuação do Poder Judiciário como legislador positivo, ampliando 
a incidência da concessão de benefício tributário, de modo a incluir contribuintes não 
expressamente abrangidos pela legislação pertinente. Respeito à Separação de Pode-
res. Precedentes.
4. Os poderes de Estado devem atuar de maneira harmônica, privilegiando a coopera-
ção e a lealdade institucional e afastando as práticas de guerrilhasinstitucionais, que 
acabam minando a coesão governamental e a confiança popular na condução dos negó-
cios públicos pelos agentes políticos.
5.Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada improcedente.
(ADI 6025, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 20/04/2020, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-161 DIVULG 25-06-2020 PUBLIC 26-06-2020)
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No mesmo sentido, o Superior Tribunal de Justiça, em recurso repetitivo, considerou im-
possível a extensão do benefício aos inativos (Tema 1.037 – REsp 1.814.919 e REsp 1.836.091).
No julgamento realizado em 25/6/2020, o Ministro Relator do repetitivo Og Fernandes afir-
mou que: “Como reza o artigo 111, inciso II, do CTN, a legislação que disponha sobre isenção 
tributária deve ser interpretada literalmente, não cabendo ao intérprete estender os efeitos da 
norma isentiva, por mais que entenda ser uma solução que traga maior justiça do ponto de 
vista social. Esse é um papel que cabe ao Poder Legislativo, e não ao Poder Judiciário”.
4. A AnistiA
Nós sabemos que há dois tipos de obrigações tributárias principais: a de pagar o tributo e 
a de pagar as penalidades pecuniárias tributárias.
CTN
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
O tributo, quando excluído o seu crédito, foi alcançado pela isenção. A penalidade pecuni-
ária, quando excluída, é porque foi alcançada pela anistia.
Se isenta tributos e se anistiam penalidades tributárias pecuniárias.
Portanto, a anistia se dá quando o legislador exclui o crédito tributário decorrente de infra-
ções à legislação tributária (art. 180 do CTN), dispensando o pagamento da multa.
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei 
que a concede, não se aplicando:
I – aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qua-
lificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em 
benefício daquele;
II – salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas 
naturais ou jurídicas.
Importante destacar que a anistia não se confunde com a remissão, ou seja, com a extin-
ção do crédito que alcança o próprio tributo devido, nos termos do art. 172 do CTN. A anistia 
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é para as penalidades pecuniárias impostas em virtude do cometimento de infrações tribu-
tárias.
É como que as leis específicas que instituam benefícios fiscais combinem a adesão a 
parcelamentos especiais com anistia total ou parcial das multas. Além disso, a mesma lei 
pode conter uma espécie de isenção e também uma hipótese de anistia, muito embora sejam 
causas autônomas e independentes de exclusão do crédito tributário – independência, aliás, 
extraída da própria independência existente entre a obrigação tributária principal de pagar 
tributo e a obrigação tributária principal de pagar multa tributária.
A anistia visa perdoar determinadas infrações, aplicando-se apenas às infrações já come-
tidas. Se aplicada ao futuro a lei estaria suspendendo ou revogando a lei anterior, instituidora 
da penalidade. As leis que deixam de definir determinada conduta como infração tributária, 
deixando, portanto, de cominar-lhe penalidade, são aplicadas retroativamente por determina-
ção do art. 106, II, a, do CTN, que consagra a retroatividade da lei mais benigna.
Art. 181. A anistia pode ser concedida:
I – em caráter geral;
II – limitadamente:
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou 
não com penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculia-
res;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação 
seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
O legislador tem a faculdade de delimitar a extensão da anistia concedida, de modo que 
restem abrangidas apenas determinadas infrações, além do que é válido o estabelecimento 
de condições, como o pagamento do tributo.
Efetivamente, o legislador pode estabelecer anistia sob condição do pagamento do tributo 
em determinado prazo, como medida para incentivar o ajuste de contas e para incrementar a 
arrecadação em determinado período.
Como adverte Leandro Paulsen, aproximadamente a cada três anos têm surgido leis que 
permitem ao contribuinte reconhecer e parcelar seus débitos, com anistia total ou parcial de 
multas, desde que o faça no prazo por elas estabelecido. Assim foram o Refis, o Paes, o Paex 
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e o Parcelamento da Crise. A reiteração dessas anistias, todavia, tem o efeito perverso de fa-
vorecer os infratores em detrimento daqueles que se sacrificam para o cumprimento correto 
e tempestivo das suas obrigações. Acaba criando uma cultura de impunidade. Deveriam, tais 
anistias, ser verdadeiramente excepcionais.
Não pode ser concedida anistia relativamente a atos qualificados em lei como crimes ou 
contravenções ou de qualquer modo praticados com dolo, fraude ou simulação, pois tal é ve-
dado pelos incisos do art. 180 do CTN.
Por fim, em disposição semelhante ao art. 179 do CTN, o art. 182 traz o procedimento para 
o gozo de anistia onerosa.
Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despa-
cho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do pre-
enchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando 
cabível, o disposto no artigo 155.
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QUESTÕES DE CONCURSO
QuEstão 1 (VUNESP/2019/CÂMARA DE TATUÍ-SP/PROCURADOR LEGISLATIVO) O prefeito 
de um determinado Município, precisando de recursos em caixa para pagar obrigações ante-riormente assumidas, determina, por meio de decreto, a antecipação da data de recolhimento 
à Municipalidade do imposto sobre a prestação de serviços, cujos fatos geradores já tenham 
ocorrido. A antecipação
a) institui tratamento desigual entre os contribuintes dos tributos municipais, em razão do 
fato gerador do tributo.
b) não configura exigência ou aumento de tributo e pode ser veiculada por meio de decreto.
c) não pode ocorrer no mesmo exercício financeiro em que haja sido editado o decreto.
d) somente poderá produzir efeitos após noventa dias da data da publicação do decreto.
e) para ser implementada por meio de decreto depende da existência de previsão expressa 
em lei complementar.
QuEstão 2 (IBADE/2020/CÂMARA DE SÃO FELIPE D’OESTE-RO/ADVOGADO) Sobre as es-
pécies extintivas do crédito tributário, a modalidade que significa o perdão total ou parcial do 
crédito tributário é:
a) pagamento.
b) compensação.
c) transação.
d) remissão.
e) decadência do direito de lançar.
QuEstão 3 (DÉDALUS CONCURSOS/2020/COREN-SC/ADVOGADO) A decadência, no Direi-
to Tributário, refere-se ao decaimento (ou perecimento) do estatal direito de constituição do 
crédito tributário pelo lançamento. Assinale a alternativa que apresenta somente caracterís-
ticas da decadência tributária:
a) Atinge o direito subjetivo do sujeito ativo e sempre decorre de lei.
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b) Ocorre sempre após o lançamento do crédito tributário e aplicam-se a ela os princípios da 
legalidade e da segurança jurídica.
c) Confunde-se com a prescrição, de modo que o tributo cobrado e atingido pela decadência 
será restituído.
d) Existem casos de decadência intermitente previstos em lei e a decadência não se aplica 
aos empréstimos compulsórios.
e) A decadência será de 5 (cinco) anos a contar do fato gerador e não possui hipóteses de 
suspensão.
QuEstão 4 (FUNDEP/2019/PREFEITURA DE LAGOA SANTA-MG/PROCURADOR DA FAZEN-
DA) Suponha que o prefeito de um determinado município resolveu conceder isenção de IPTU, 
durante um período de cinco anos, a proprietários com idade igual ou superior a sessenta 
anos que utilizem energia solar em suas propriedades, visando ao menor consumo de energia 
elétrica.
Considerando a situação narrada e o que prevê a legislação tributária, é correto afirmar:
a) Somente por meio de lei específica municipal pode ser concedida isenção de IPTU.
b) Tal isenção é hipótese de extinção do crédito tributário do IPTU.
c) É possível que o prefeito institua a isenção do IPTU por meio de decreto.
d) O benefício concedido pelo prefeito se trata na verdade de anistia.
QuEstão 5 (UECE-CEV/2016/PREFEITURA DE AMONTADA-CE/PROCURADOR AUTÁRQUI-
CO) Assinale a opção que completa corretamente a lacuna da seguinte frase: “A _____________, 
ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições 
e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo 
de sua duração”.
a) isenção
b) anistia
c) decadência
d) moratória
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QuEstão 6 (UECE-CEV/2016/PREFEITURA DE AMONTADA-CE/PROCURADOR AUTÁRQUI-
CO) Extingue(m) o crédito tributário:
a) a moratória.
b) o depósito do seu montante integral.
c) o parcelamento.
d) o pagamento antecipado e a homologação do lançamento.
QuEstão 7 (IBADE/2019/PREFEITURA DE VILHENA-RO/FISCAL TRIBUTÁRIO) É forma de 
exclusão do crédito tributário:
a) a moratória.
b) a transação.
c) o parcelamento.
d) a prescrição e a decadência.
e) a anistia.
QuEstão 8 (VUNESP/2016/PREFEITURA DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP/PROCURADOR 
MUNICIPAL) Suspende a exigibilidade do crédito tributário a
a) propositura de ação anulatória com pedido de tutela antecipada.
b) propositura de ação de consignação em pagamento, em razão do depósito nela efetuado.
c) impetração de mandado de segurança com pedido de liminar.
d) concessão de moratória.
e) concessão de isenção parcial, na parte do crédito que estiver isenta.
QuEstão 9 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/DIREITO) São hi-
póteses de exclusão do crédito tributário:
a) isenção e remissão.
b) pagamento e depósito integral em dinheiro.
c) anistia e isenção.
d) liminar em ação judicial e conversão de depósito em renda.
e) anistia e remissão.
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QuEstão 10 (FUNDATEC/2017/CREMERS/ADVOGADO) A moratória representa um benefício 
outorgado pelo credor ao devedor, dilatando ou prorrogando o prazo para o vencimento de 
determinada obrigação. No Direito Tributário, em relação à concessão de moratória, é correto 
afirmar que:
a) Somente poderá ser concedida em caráter individual, por despacho fundamentado da au-
toridade administrativa.
b) Poderá ser concedida em caráter individual ou em caráter geral.
c) Somente poderá ser concedida pela União
d) A lei que concede a moratória não precisará indicar o prazo de duração, vigorando até ser 
revogado por nova lei ordinária.
e) Somente poderá ser concedida por lei complementar.
QuEstão 11 (QUADRIX/2019/CREA-TO/ADVOGADO) Acerca do direito tributário, julgue o 
item. Suponha‐se que o contribuinte, uma vez notificado da existência do débito tributário 
decaído, tenha feito a confissão da dívida e o parcelamento. Nesse caso, de acordo com a 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA), por ser 
a decadência forma de extinção do crédito tributário, não poderá ser reavivado o direito pela 
confissão de dívida e pelo parcelamento.
QuEstão 12 (VUNESP/2018/CÂMARA DE SÃO JOAQUIM DA BARRA-SP/PROCURADOR JU-
RÍDICO) Havendo recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tri-
buto ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória, autoriza o Código Tribu-
tário Nacional que a importância do crédito tributário possa ser objeto de ação
a) anulatória de lançamento tributário, mediante depósito do montante integral.
b) anulatória com pedido de tutela de urgência.
c) consignatória.
d) declaratória de inexigibilidade.
e) declaratória de inconsistência tributária.
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Crédito Tributário: A Exclusão do Crédito Tributário – Parte I
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