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Trabalho 2

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Mini curriculum 
Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor em Pós Graduação e 
Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil 1ª e 2ª Fases da OAB/FGV. 
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EXAME XXVIII 
 
TRABALHADOR TEMPORÁRIO – LEI 13.429/2017 
 
Altera dispositivos da Lei 6.019/74 (trabalho temporário) e dispõe sobre as relações de trabalho na 
empresa de prestação de serviços a terceiros. 
 
Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de 
trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para 
atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda 
complementar de serviços. 
 
a) “substituição transitória de pessoal permanente” (substituição de funcionária em licença maternidade) 
b) “demanda complementar de serviços” (para suprir necessidades produtivas sazonais). 
 
Caso de Greve e Contratação de Temporário: 
 
§ 1º É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em 
greve, salvo nos casos previstos em lei. 
 
SOMENTE, poderá haver contratação de temporários no lugar de grevistas quando lei específica assim 
dispuser. 
 
Por outro lado, o art. 7º, parágrafo único da Lei n. 7.783/1989 veda rescisão de contrato de trabalho 
durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos. 
 
Art. 4º - Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério 
do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente. 
 
Na qualidade de empregadora, a empresa de trabalho temporário é a responsável por pagamento de 
salários, bem como oferecimento e entrega de benefícios, como vale transporte e auxílio alimentação. 
 
Art. 5º Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra 
contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4o desta Lei. 
mailto::%20prof.custodionogueira@gmail.com
http://www.custodionogueira.com.br/
 
 
 
PJ x PJ - Empresa Tomadora de Serviços é a PJ que contrata outra PJ, Empresa de Trabalho Temporário. 
 
Responsabilidade da Empresa de Trabalho Temporário e da Tomadora 
 
Art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será 
por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de 
serviços e conterá: 
I - qualificação das partes; 
II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; 
III - prazo da prestação de serviços; 
IV - valor da prestação de serviços; 
V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de 
realização do trabalho. 
 
§ 1º É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e 
salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou em local 
por ela designado. 
 
§ 2º A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo 
atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas 
dependências da contratante, ou local por ela designado. 
 
A empresa tomadora dos serviços temporários, garantirá a estes atendimento médico e de refeição dos 
seus empregados diretos. 
 
§ 3º O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e 
atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços. 
 
Não há nenhuma novidade aqui. 
 
Garantida a Remuneração do Temporário: 
 
Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa 
tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do 
salário mínimo regional; 
 
Vínculo de Emprego no Trabalho Temporário. 
 
Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de 
emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. 
 
Atendendo os termos desta lei, não haverá vínculo de emprego do empregado temporário com a empresa 
tomadora do serviços. 
 
Prazo no Contrato de Trabalho Temporário: 
 
 
 
§ 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder 
ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. 
 
O prazo do contrato temporário, com o mesmo empregador, poderá ser de 180 dias, consecutivos ou não. 
 
§ 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo 
estabelecido no § 1º deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o 
ensejaram. 
 
Poderá ainda, ser prorrogado por mais 90 dias, ou seja, no total poderá ser de 270 dias, 
independentemente de autorização administrativa, mas desde que mantidos os motivos que determinaram 
a pactuação. 
 
Após os 270 dias? Vínculo? 
 
§ 5º O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1º e 2º deste artigo 
somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato 
temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. 
 
§ 6º A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracteriza vínculo empregatício 
com a tomadora. 
 
E o contrato de Experiência? 
 
§ 4º Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de 
experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. 
 
Responsabilidade Subsidiária! 
 
§ 7º A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao 
período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias 
observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 
 
E nos casos de Falência? 
 
Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é 
solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao 
tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, 
pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. 
 
ALTERAÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO 
 
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes 
interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos 
coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. 
 
 
 
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses 
previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os 
instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba 
salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
 
 
SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO: 
 
1.EMPREGADO URBANO (art. 3º da CLT): 
 
Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
- pessoa física 
- realiza serviços não eventuais - habitual 
- é subordinado 
- recebe salário 
 
EMPREGADO EM DOMICÍLIO (arts. 6º e 83 da CLT) 
 
Art. 6o Não se distingueentre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o 
executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados 
os pressupostos da relação de emprego. 
 
Art. 83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado 
na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere 
 
EMPREGADO EM TELETRABALHO (art. 75 E LETRAS da CLT) 
 
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto 
neste Capítulo. 
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços PREPONDERANTEMENTE fora das 
dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação 
que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. 
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades 
específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de 
teletrabalho. 
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do 
contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. 
§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo 
acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. 
§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por 
determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com 
correspondente registro em aditivo contratual. 
 
Questão 74 – Exame XXVII 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
Uma sociedade empresária do ramo de informática, visando à redução de custos, decidiu 
colocar metade de seus funcionários em teletrabalho, com possibilidade de revogação, caso 
não desse certo. 
Sobre o regime de teletrabalho, com base na legislação trabalhista em vigor, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por 
determinação do empregador, garantido o prazo de transição mínimo de 15 dias, com 
correspondente registro em aditivo contratual. 
B) Os materiais fornecidos pelo empregador para a realização do teletrabalho representam 
utilidades e integram a remuneração do empregado 
C) A jornada do empregado em teletrabalho que exceder o limite constitucional será paga 
como hora extra 
D) A empresa pode implementar, por vontade própria, o teletrabalho, sendo desnecessária 
a concordância expressa do empregado, já que seria mais vantajoso para ele 
 
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento 
dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho 
remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato 
escrito. 
Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do 
empregado. 
Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às 
precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. 
Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir 
as instruções fornecidas pelo empregador. 
 
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
III - os empregados em regime de teletrabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
2.EMPREGADOR URBANO (art. 2º da CLT): 
 
Art. 2º Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da 
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. 
 
- PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA 
- ASSUME OS RISCOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA 
- ASSALARIA E DIRIGE A PRESTAÇÃO PESSOAL DE SERVIÇOS 
 
EMPREGADOR POR EQUIPARAÇÃO: (§1º DO ART. 2º, CLT) 
 
§1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais 
liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins 
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 
 
GRUPO DE EMPRESAS/GRUPO ECONÔMICO (§2º DO ART. 2º, CLT) 
 
§2º: Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica 
própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis 
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. 
 
Súmula nº 129 do TST - CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) 
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma 
jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo 
ajuste em contrário. 
 
GRUPO DE EMPRESAS/IDENTIDADE SÓCIOS (§3º DO ART. 2º, CLT) 
 
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a 
configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses 
e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
OBS1: ALTERAÇÕES NA EMPRESA/SUCESSÃO TRABALHISTA (ARTIGOS 10 E 448 DA CLT) 
 
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por 
seus empregados. 
 
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade 
relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois 
de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
 
I – a empresa devedora; 
II – os sócios atuais; e 
III – os sócios retirantes. 
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar 
comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. 
 
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de 
trabalho dos respectivos empregados. 
 
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 
desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os 
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. (Incluído 
pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar 
comprovada fraude na transferência. 
 
TRABALHADOR DOMÉSTICO 
 
EMPREGADO DOMÉSTICO (art.1º da Lei Complementar 150/2015) 
 
‘Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de natureza 
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no 
âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei”. É 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
vedada a contratação de menor de 18 anos para desempenho de trabalho doméstico (art. 1º, 
parágrafo único, LC 150/2015). 
 
OBS: AS DIARISTAS NÃO SÃO CONSIDERADAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS, MAS TRABALHADORAS 
EVENTUAIS. 
 
Questão 70 – Exame XXVII 
Paula trabalha na residência de Sílvia três vezes na semana como passadeira. Em geral, comparece 
às segundas, quartas e sextas, mas, se necessário, mediante comunicação prévia, comparece emoutro dia da semana, exceto sábados, domingos e feriados. 
A CTPS não foi assinada e o pagamento é por dia de trabalho. 
Quando Paula não comparece, não recebe o pagamento e não sofre punição, mas Sílvia costuma 
sempre pedir que a ausência seja previamente comunicada. 
Paula procura você, como advogado(a), com dúvida acerca da sua situação jurídica. À luz da 
legislação específica em vigor, assinale a opção que contempla a situação de Paula. 
A) Paula é diarista, pois trabalha apenas 3 vezes na semana 
B) Paula é autônoma, porque gerencia seu próprio trabalho, dias e horários 
C) Paula é empregada eventual 
D) Paula é empregada doméstica. 
 
EMPREGADOR DOMÉSTICO: é a pessoa ou família (nunca PJ) que, sem finalidade lucrativa, admite 
empregado doméstico para lhe prestar serviços de natureza contínua para o seu âmbito residencial. 
 
 
TRABALHADOR RURAL 
 
EMPREGADO RURAL (art. 2º da Lei nº 5.889/73): 
 
Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta 
serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. 
 
Será empregado rural aquele que planta, adube, ordenha e cuida do gado, o tratorista, o peão, o boiadeiro, 
desde que o empregador explore a atividade rural com finalidade lucrativa. 
 
EMPREGADOR RURAL (art. 3º da Lei nº 5.889/73): 
 
“Art. 3º Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, 
proprietária ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, 
diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados.” 
 
NÃO SÃO CONSIDERADOS EMPREGADOS PELA CLT: 
 
A) Trabalhador Eventual - (NÃO TEM HABITUALIDADE NEM PESSOALIDADE): aquele que presta a sua 
atividade para alguém ocasionalmente. Depende de acontecimento incerto, casual ou fortuito. (ex: 
chapas, esporádico em lava rápido, diarista). 
 
B) Trabalhador Autônomo – (NÃO TEM SUBORDINAÇÃO): profissional por conta própria e independente 
diante daqueles para os quais presta continuadamente ou não os seus serviços. 
 
 
 
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou 
sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 
3o desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
C) Trabalhador Avulso – (NÃO TEM HABITUALIDADE NEM PESSOALIDADE): pessoa física que presta 
serviços sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sendo 
sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de 
mão-de-obra (OGMO). Aquele que presta serviços de curta duração a um beneficiário. Depende da 
intermediação do sindicato do trabalhador na colocação da mão-de-obra. A remuneração é paga 
basicamente em forma de rateio procedido pelo sindicato (ex: estivadores, o classificador de frutas que 
trabalha no meio rural, o ensacador de café, cacau, sal etc). 
 
OBS: APESAR DE NÃO SEREM CONSIDERADOS EMPREGADOS, OS AVULSOS POSSUEM TODOS OS 
DIREITOS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, POIS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL ESTABELECEU QUE 
HÁ IGUALDADE DE DIREITOS ENTRE O TRABALHADOR COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO PERMANENTE E O 
TRABALHADOR AVULSO (ART. 7º, XXXIV, CF). 
 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso. 
 
D) Trabalhador voluntário (NÃO TEM ONEROSIDADE): aquele que presta serviços sem remuneração a 
entidade pública ou entidade privada sem fins lucrativos. 
 
E) Empreiteiro (NÃO TEM SUBORDINAÇÃO): aquele que se compromete a realizar obra certa, recebendo 
remuneração pela obra realizada. 
 
F) Estagiário (LEI IMPEDE O VÍNCULO): o estágio é regulado pela Lei nº 11.788/08. Estagiário é o aluno 
regularmente matriculado no ensino regular em instituições de educação superior, de educação 
profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental. O estágio 
visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, 
objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. O estagiário não é 
empregado e não tem os direitos previstos pela CLT. A diferença entre o estágio e o contrato de 
trabalho é que no primeiro o objetivo é a formação profissional do estagiário, embora haja, 
pessoalidade, subordinação, habitualidade e certa onerosidade. 
 
Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de 
emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação 
trabalhista e previdenciária. 
 
PORÉM NÃO SE APLICA ESSA REGRA SE O TOMADOR FOR ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (OJ 366 
DA SDI-1 DO TST). 
 
OBS1: A DURAÇÃO DO ESTÁGIO NÃO PODERÁ EXCEDER 2 ANOS, SALVO SE PORTADOR DE DEFICIÊNCIA 
(ARTIGO 11 DA LEI 11.788/08). 
 
OBS2: O ARTIGO 10 DA LEI ESTABELECE A JORNADA DE TRABALHO DO ESTAGIÁRIO: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial 
e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e 
adultos; 
 
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da 
educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. 
 
§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão 
programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que 
isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. 
 
OBS3: NOS TERMOS DO ARTIGO 13 DA LEI É ASSEGURADO AO ESTAGIÁRIO, SEMPRE QUE O ESTÁGIO 
TENHA DURAÇÃO IGUAL OU SUPERIOR A 1 ANO, UM RECESSO DE 30 DIAS, A SER GOZADO 
PREFERENCIALMENTE NAS FÉRIAS ESCOLARES. OS DIAS DE RECESSO TAMBÉM SERÃO CONCEDIDOS DE 
MANEIRA PROPORCIONAL NO ESTÁGIO COM DURAÇÃO INFERIOR A 1 ANO. O RECESSO DEVERÁ SER 
REMUNERADO SE O ESTAGIÁRIO RECEBER BOLSA OU OUTRA FORMA DE CONTRAPRESTAÇÃO. 
 
OBS4: ESTAGIÁRIO X APRENDIZ (ESTE É O EMPREGADO, COM IDADE DE 14 A 24 ANOS, SUJEITO A 
FORMAÇÃO PROFISSIONAL METÓDICA DO OFÍCIO EM QUE EXERÇA O SEU TRABALHO ATRAVÉS DE 
CONTRATO DETERMINADO DE 2 ANOS COM JORNADA DE TRABALHO DE ATÉ 6 HORAS POR DIA – FGTS 2%). 
A DURAÇÃO DO CONTRATO DE APRENDIZAGEM NÃO PODERÁ EXCEDER 2 ANOS, SALVO PORTADOR DE 
DEFICIÊNCIA (ART. 428, §3º, CLT). 
 
G) Cooperado – (NÃO HÁ SUBORDINAÇÃO): o trabalhador é seu próprio patrão, pois se destina a prestar 
serviços a seus associados que são profissionais autônomos (Lei nº 5.764/71 + Lei nº 12.690/12). 
 
 
TERCEIRIZAÇÃO – LEI 13.429/2017 alterada pela Reforma 
 
O que é Prestação de Serviços à Terceiros: 
 
Art. 4º-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da 
execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de 
direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua 
execução. 
 
Responsabilidade da Prestadora de Serviços: 
 
§ 1º A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus 
trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. 
 
É a quarteirização agora prevista no § 1º, permitindo-se que uma empresa contratada para realizar serviços 
terceirizados “repasse” a integralidade ou parte da mesma atividade para outra empresa. 
 
Não configura Vínculo: 
 
§ 2º Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas 
prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. 
 
 
 
Quem é a Contratante: 
 
Art. 5º A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresade prestação 
de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. 
 
§ 1º É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que 
foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços. 
 
§ 2º Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa 
contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. 
 
A terceirização pode ocorrer tanto na sede da empresa tomadora, como em outras localidades. Não há 
vedação, por exemplo, para a pactuação de terceirização de serviço de call center a ser desenvolvido nas 
dependências da empresa de prestação de serviços, admitindo-se que o trabalho terceirizado venha 
ocorrer na residência do trabalhador terceirizado, como em situações de tele trabalho. 
 
§ 3º É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade 
dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente 
convencionado em contrato. 
 
§ 4º A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo 
atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas 
dependências da contratante, ou local por ela designado. 
 
Diferentemente do trabalhador temporário, aqui na terceirização, a contratante PODERÁ estender 
atendimento médico e de refeição. 
 
Responsabilidade Subsidiária: 
 
§ 5º A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas 
referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições 
previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. 
 
TERCEIRIZAÇÃO na Lei nº 7.102/83 - Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, 
estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de 
vigilância e de transporte de valores. 
 
ART. 3º A VIGILÂNCIA OSTENSIVA E O TRANSPORTE DE VALORES SERÃO EXECUTADOS: 
I - por empresa especializada contratada; ou 
II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim, com 
pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça e 
cujo sistema de segurança tenha parecer favorável à sua aprovação emitido pelo Ministério da 
Justiça. 
 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 
7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à 
atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. 
 
 
 
 
TERCEIRIZAÇÃO DONO DA OBRA (CONSTRUÇÃO CIVIL) O CONTRATO DE EMPREITADA ENTRE O DONO DA 
OBRA E O EMPREITEIRO NÃO ENSEJA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA OU SUBSIDIÁRIA NAS OBRIGAÇÕES 
TRABALHISTAS CONTRAÍDAS PELO EMPREITEIRO, SALVO SE O DONO DA OBRA FOR UMA EMPRESA 
CONSTRUTORA OU INCORPORADORA (OJ 191 DA SDI-1 DO TST). 
 
191. CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE. 
(nova redação) - Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de 
construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou 
subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma 
empresa construtora ou incorporadora. 
 
 
EMPREITEIRO E O SUBEMPREITEIRO - Responsabilidade SOLIDÁRIA. 
 
Art. 455 CLT - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações 
derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de 
reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do 
primeiro. 
Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva 
contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações 
previstas neste artigo. 
 
 
SALÁRIO - REMUNERAÇÃO 
 
A remuneração é gênero e salário é a espécie desse gênero. 
 
Salário: É o valor acordado com o empregado e pago DIRETAMENTE pelo empregador. 
 
Remuneração: É a soma do salário com outras vantagens percebidas na vigência do contrato de trabalho 
como horas extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, insalubridade, comissões, percentagens, 
gratificações, entre outras, tenham ou não natureza salarial. 
 
Remuneração indica a totalidade dos ganhos do empregado, pagos diretamente ou não pelo empregador 
(Gueltas). 
 
Para a CLT A T E N Ç Ã O – Remuneração é: 
 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do 
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as 
gorjetas que receber. 
 
Na “prática” remuneração vai além: pois é a soma de verbas salariais e não salariais... 
 
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada (salário base), as gratificações legais e as 
comissões pagas pelo empregador. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salarios_variacoes_ponto.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/periculosidade.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
 
Questão 70 – EXAME XXVI 
Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$ 
4.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e 
previdência oferecido e aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com 
suas atividades de caixa, computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os 
produtos em referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa 
do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge. 
Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as 
disposições da CLT, assinale a afirmativa correta. 
A) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, 
por se tratar de liberalidade 
B) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, 
porque relacionados a produtos de terceiros 
C) Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge. 
D) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, 
uma vez que ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge já é 
remunerado pelo banco 
 
SALÁRIO BÁSE = SALÁRIO PAGO EM $ E EM UTILIDADES IN NATURA 
 
UTILIDADE fornecida PARA a prestação do serviço NÃO terá natureza salarial 
 
Art. 458, § 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as 
seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de 
trabalho, para a prestação do serviço; 
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores 
relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por 
transporte público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; 
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI – previdência privada; 
VII – (vetado) 
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. 
 
E outros: 
 
1º-) Participação nos Lucros (art. 3º da Lei 10.101/2000). 
 
Art. 3º A participação de que trata o art. 2º não substitui ou complementa a remuneração devida a 
qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe 
aplicando o princípio da habitualidade. 
 
PLR Proporcional: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2001/Mv581-01.htmSúmula nº 451 do TST. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL 
ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS MESES 
TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante 
acordo coletivo ou norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos 
lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a 
distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da 
parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os 
resultados positivos da empresa. 
 
2º-) PAT não integra (OJ 133 SDI -1 do TST) 
 
OJ 133 SDI-1 - AJUDA ALIMENTAÇÃO. PAT. LEI Nº 6.321/76. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. A 
ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao 
trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, não tem caráter salarial. Portanto, não integra o 
salário para nenhum efeito legal. 
 
3º-) Habitação e outros não integração (Súmula 367 do TST) 
 
Súmula nº 367 do TST. UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. 
CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO 
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando 
INdispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de 
veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. 
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. 
 
4º-) Serviços Médicos e outros não integração (Reforma Trabalhista) 
 
§ 5o O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, 
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, 
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes 
modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito 
nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, 
de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
UTILIDADE fornecida PELA prestação do serviço terá natureza salarial: 
 
1ª- Hipótese: Pagamento de condomínio, automóvel, casa, fornecido pela empresa quando dispensável 
para realização do trabalho. 
 
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a 
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do 
contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o 
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
 
2ª- Hipótese: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art28§9q
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art28§9q
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
Súmula nº 241 do TST. SALÁRIO-UTILIDADE. ALIMENTAÇÃO (mantida) - O vale para refeição, 
fornecido por força do contrato de trabalho, TEM CARÁTER SALARIAL, integrando a remuneração 
do empregado, para todos os efeitos legais. 
 
 
VERBAS DE NATUREZA INDENIZATÓRIA 
 
 NÃO INTEGRAM O SALÁRIO 
 
Art. 457, § 2º - As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-
alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não 
integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não 
constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada 
pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
NÃO INTEGRAM O SALÁRIO 
 
- Ajuda de Custo; 
- Auxílio alimentação; 
- Diárias para viagem, 
- Prêmios e abonos. 
 
VERBAS DE NATUREZA SALARIAL: 
 
Os Adicionais legais. 
 
A PARCELA PAGA AOS BANCÁRIOS SOB A DENOMINAÇÃO “QUEBRA DE CAIXA” POSSUI NATUREZA 
SALARIAL, INTEGRANDO O SALÁRIO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS, PARA TODOS OS EFEITOS LEGAIS 
(SÚMULA 247 DO TST). 
 
Súmula nº 247 do TST. QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA JURÍDICA (mantida) - A parcela paga aos 
bancários sob a denominação "quebra de caixa" possui natureza salarial, integrando o salário do 
prestador de serviços, para todos os efeitos legais. 
 
Ainda quanto ao Salário: 
 
O pagamento do salário não deve ser estipulado por período superior a 1 mês, salvo comissões, 
percentagens e gratificações (art. 459 CLT). 
 
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser 
estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e 
gratificações. 
 
Quando o pagamento for estipulado por mês, deverá ser efetuado até o quinto dia útil do mês 
subsequente (art. 459, §1º da CLT). 
 
Art. 459, § 1º - Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais 
tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
 
O salário deve ser pago em dinheiro (art. 463 da CLT). No nosso ordenamento jurídico proíbe o chamado 
truck system, quando o empregador mantém o empregado em trabalho de servidão por dívidas com ele 
contraídas. O empregador obriga seu empregado a gastar o salário dentro da empresa, geralmente 
cobrando preços bem superiores aos de mercado. (art. 462, §§2º, 3º e 4º, da CLT). 
 
Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. 
 
OBS: NÃO SE ADMITE O SALÁRIO COMPLESSIVO, OU SEJA, AQUELE QUE ENGLOBA VÁRIOS ITENS EM UM 
SÓ, NÃO APONTANDO O PAGAMENTO DE CADA VERBA NO HOLERITE (SÚMULA 91 DO TST). 
 
Súmula nº 91 do TST. SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Nula é a cláusula contratual que fixa 
determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou 
contratuais do trabalhador. 
 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL: 
 
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no 
mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, 
nacionalidade ou idade. 
 
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade 
e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo 
empregador não seja superior a QUATRO ANOS e a diferença de tempo na função não seja superior 
a dois anos. 
 
Tempo de casa máximo 4 anos e na função 02 anos. Não importam os Cargos. 
 
Quando a Equiparação Salarial NÃO é Devida: 
 
§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em 
quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, 
plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão 
público. 
 
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por 
antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. 
 
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental 
atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de 
equiparação salarial. 
 
§ 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na 
função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo 
tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. 
 
§ 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do 
pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 
 
 
50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de PrevidênciaSocial. 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
 
OBS1: É DO EMPREGADOR O ÔNUS DA PROVA DO FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DA 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL (SÚMULA 6 DO TST). 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1

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