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CONTABILIDADE 
GERAL 
Fatos Contábeis e Respectivas 
Variações Patrimoniais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO 
 
 
 
 
 
 
Livro Eletrônico 
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Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais 
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SUMÁRIO 
Feliphe Araújo 
 
Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais ................................................... 3 
1. Introdução .................................................................................................................... 3 
2. Tipos de Sociedades ................................................................................................. 3 
2.1. Sociedades Anônimas ............................................................................................. 3 
2.2. Sociedades Por Quota de Responsabilidade Limitada ............................................... 4 
2.3. Sociedades de Grande Porte ................................................................................... 5 
3. Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais ................................................ 6 
3.1. Fatos Permutativos ................................................................................................. 7 
3.2. Fatos Modificativos ................................................................................................ 9 
3.3. Fatos Mistos .................................................................................................. 9 
4. Receitas e Despesas. Apuração do Resultado ........................................................... 14 
4.1. Regimes Contábeis: Regime de Caixa e Regime de Competência ............................ 16 
4.2. Apuração do Resultado ........................................................................................ 20 
5. Operações com Duplicatas ...................................................................................... 25 
5.1. Cobrança em Carteira de Duplicatas ...................................................................... 28 
5.2. Cobrança Simples de Duplicatas ........................................................................... 28 
6. Receitas e Despesas Antecipadas ............................................................................ 30 
7. Balancete de Verificação ......................................................................................... 36 
Resumo ..................................................................................................................... 42 
Questões de Concurso ............................................................................................... 47 
Gabarito .................................................................................................................... 64 
Gabarito Comentado .................................................................................................. 65 
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1. INTRODUÇÃO 
FATOS CONTÁBEIS E RESPECTIVAS 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
Feliphe Araújo 
 
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem? 
Seja bem-vindo(a) a mais uma aula do nosso curso. 
Hoje vamos tratar os seguintes tópicos: fatos contábeis, regimes contábeis e 
apuração do resultado, operações com duplicatas, receitas e despesas antecipadas e 
balancete de verificação. 
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estaremos à disposição no Fórum. Não deixe de 
nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo 
(FÉ)! Vamos começar a nossa aula! 
Um forte abraço, Feliphe Araújo. 
2. TIPOs DE sOCIEDADEs 
Sabemos que a contabilidade é aplicada a todas as entidades econômico-administrativas 
que possuam um patrimônio, seja pessoa física ou jurídica, com ou sem fins lucrativos. 
O nosso estudo é focado mais nas pessoas jurídicas, especificamente as que exercem a 
atividade empresarial. Essa atividade pode ser desempenhada individualmente por um empre- 
sário ou pela união de duas ou mais pessoas que são chamadas de sociedades empresárias. 
Assim, uma empresa pode ser organizada de diferentes formas. Dentre estas formas de 
organização jurídica, as sociedades anônimas (S/A) e as sociedades por quotas de 
responsa- 
bilidade limitada (Ltda.) são as mais importantes. 
Vamos estudar de forma resumida os tipos de sociedades mais importantes para a prova. 
2.1. sOCIEDADEs ANÔNIMAs 
A companhia ou sociedade anônima é regida pela Lei n. 6.404/1976 (ou Lei das S/A), 
apli- cando-se, nos casos omissos, as disposições do Código Civil. Esta forma jurídica é 
utilizada pelas sociedades de maior porte. As principais empresas do Brasil são organizadas 
sob a forma de S/A. 
Nas sociedades anônimas, a administração da companhia competirá, conforme dispuser 
o estatuto, ao conselho de administração e à diretoria, ou somente à diretoria. Neste tipo 
de administração, há maior qualidade e menor rapidez nas decisões tomadas. Além disso, o 
cus- to de manutenção é maior que o das sociedades limitadas, uma vez que estes não 
possuem conselhos ou diretoria. 
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Feliphe Araújo 
Ainda, a sociedade anônima tem controles internos mais rígidos, pois existe um conselho 
fiscal que tem, entre outras funções, fiscalizar os atos dos administradores e verificar o 
cum- primento dos seus deveres legais e estatutários. 
As sociedades por ações (ou sociedades anônimas) podem ser: 
1) Companhia aberta (ou empresa de capital aberto): são aquelas que comercializam 
tí- tulos e valores mobiliários no mercado (Ex.: bolsa de valores), por meio de ações que 
podem ser livremente comercializadas junto ao público. São fiscalizadas pela Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM). 
2) Companhia fechada (ou empresa de capital fechado): são aquelas que não comer- 
cializam títulos e valores mobiliários no mercado. As suas ações são negociadas de manei- 
ra privada. 
Com base na Lei das Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/1976), trago uma esquematiza- 
ção com as principais características das sociedades anônimas: 
 
 
2.2. sOCIEDADEs POR QUOTA DE REsPONsABILIDADE LIMITADA 
Ao contrário do anterior, este tipo de organização jurídica é mais utilizado pelas sociedades de 
menor porte e, por isso, é mais comum. 
Neste tipo societário, os controles internos são menos rígidos, pois não existe conselho 
fiscal. A administração da sociedade limitada é feita por uma ou mais pessoas designadas no 
ato constitutivo ou em ato separado, levando a menor qualidade e maior agilidade nas de- 
cisões tomadas. Com isso, o custo de manutenção é menor que o das S/A, uma vez que as 
companhias limitadas não possuem conselhos ou diretoria. 
Esta forma jurídica de constituição de empresa é regulada, atualmente, pelo Novo Código 
Civil. Nas hipóteses de omissão da referida Lei e do documentode constituição da empresa, 
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Feliphe Araújo 
que chamamos de contrato social, devem ser utilizadas as normas da Lei n. 6.404/1976. Por 
isso, as demonstrações contábeis das sociedades limitadas serão elaboradas de acordo com a 
Lei das S/A, no que couber. 
Esquematização com as principais características das sociedades limitadas: 
 
 
Segue quadro-resumo das duas sociedades que estudamos até agora: 
 
 
 
Sociedades 
 
Capital 
Documento 
de 
Constituição 
 
Administração 
 
Objeto Social 
 
Anônima 
 
Ações 
 
Estatuto Social 
Conselho de 
administração 
e diretoria ou 
apenas diretoria 
Sempre 
mercantil (ou 
comercial) 
 
Limitada 
 
Quotas 
 
Contrato Social 
1 ou mais 
pessoas 
designadas no 
contrato 
 
Sociedades civis 
ou comerciais 
2.3. sOCIEDADEs DE GRANDE PORTE 
A Lei n. 11.638/2007 criou a sociedade de grande porte. De acordo com o artigo 3º 
desta Lei, aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a 
forma de so- ciedades por ações, as disposições da Lei n. 6.404/1976, sobre escrituração e 
elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente 
por auditor registra- do na Comissão de Valores Mobiliários. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
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Feliphe Araújo 
Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos da Lei n. 11.638/2007, a sociedade 
ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiverem, no exercício social anterior, ativo 
total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta 
anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). 
Assim, por exemplo, se uma sociedade limitada ultrapassar os parâmetros da 
sociedade de grande porte, ela será obrigada a aplicar os procedimentos contábeis 
exigidos para as so- ciedades anônimas relativos à escrituração, elaboração de 
demonstrações contábeis e con- tratação de auditoria independente. 
É importante destacar que referidas empresas não estão obrigadas a publicar suas de- 
monstrações financeiras, como estão as S/A. 
Esquematizando: 
 
 
3. FATOs CONTÁBEIs E REsPECTIVAs VARIAÇÕEs PATRIMONIAIs 
 
A empresa, por meio de seus funcionários, administradores e dirigentes, pratica atos e fa- 
tos administrativos com o objetivo de gerenciar a empresa, que é uma pessoa jurídica. 
Os atos administrativos são acontecimentos que ocorrem na empresa e não alteram o 
seu patrimônio, tais como nomeação da diretoria, garantia prestada em favor de terceiros e 
assi- natura de contrato de compra e venda. 
Os atos administrativos não devem ser registrados na contabilidade. Porém, se tais atos 
forem relevantes, podendo influenciar no patrimônio da empresa futuramente, devem ser di- 
vulgados em notas explicativas. 
O art. 176, § 4º, da Lei 6.404/1976, afirma que as demonstrações serão complementadas 
por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias 
para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
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EXEMPLO 
A empresa apresentava a seguinte situação patrimonial: 
Ativo = 100; Passivo = 80; PL = 20. 
Compra de veículos à vista no valor de 10. + A e - A 
D – Veículos (Aumenta o ativo pela entrada do veículo) 10 
C – Caixa (Diminui o ativo pela saída de dinheiro) 10 
Nova situação patrimonial após a operação: 
Ativo = 100; Passivo = 80; PL = 20. 
Após o fato, o PL não foi alterado, nem o patrimônio relativo ao Ativo e ao Passivo. 
 
 
Feliphe Araújo 
Os fatos contábeis são acontecimentos que provocam alterações qualitativas e/ou 
quan- titativas no patrimônio das entidades. Esses fatos são contabilizados por meio de 
contas pa- trimoniais (ativo, passivo ou PL) ou contas de resultado (receitas ou despesas), 
podendo ou não alterar o patrimônio líquido. 
Em provas de concursos tem se considerado fatos contábeis como sinônimo de fatos 
administrativos. Na essência, os termos são distintos. 
Os fatos contábeis, em sentido estrito, não são a mesma coisa que fatos 
administrativos. Este é necessariamente um fato contábil, mas a recíproca não é 
verdadeira. O fato adminis- trativo depende de uma vontade da administração. 
Por exemplo, a compra à vista de mercadorias é decorrente de uma vontade da gestão 
da administração da empresa, logo, é um fato administrativo. Por alterar o patrimônio, temos 
também um fato contábil. 
Agora vamos supor, por exemplo, a ocorrência de um incêndio no estoque. Esta perda não 
é decorrente da vontade da gestão administrativa, mas produzirá uma variação patrimonial. 
Aqui não temos um fato administrativo, mas estamos diante de um fato contábil. 
Os fatos contábeis podem ser divididos em três espécies: 
• Fatos permutativos, qualitativos ou compensatórios. 
• Fatos modificativos ou quantitativos. 
• Fatos mistos ou compostos. 
3.1. FATOs PERMUTATIVOs 
Fatos Permutativos são fatos que provocam alterações qualitativas no Patrimônio 
Líqui- do, ou seja, seu valor não é alterado. Apenas provocam trocas de elementos do ativo, 
do pas- sivo, de ambos, ou entre elementos do patrimônio líquido. Não causa impacto na 
equação do patrimônio (PL = A – P), permanecendo o patrimônio líquido com o mesmo valor 
de antes do registro. Eles podem ocorrer das seguintes formas: 
 
• Permuta entre elementos do ativo: 
 
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EXEMPLO 
A empresa apresentava a seguinte situação patrimonial: 
Ativo = 100; Passivo = 80; PL = 20. 
Compra de mercadorias a prazo no valor de 10. + A e + P 
D – Mercadorias (Aumenta o ativo pelo estoque) 10 
C – Fornecedores (Aumenta o passivo com a nova obrigação) 10 
Nova situação patrimonial após a operação: 
Ativo = 110; Passivo = 90; PL = 20. 
Após o fato, observe que o PL não foi alterado. Porém, o Ativo e o Passivo 
aumentaram de valor. Assim, Permuta entre elementos do ativo e passivo que 
provoquem aumento no patrimônio. 
EXEMPLO 
Pagamento de fornecedores. - A e - P 
D – Fornecedores (Diminui o passivo com o pagamento da obrigação) C 
– Caixa (Diminui o ativo com a saída de dinheiro) 
EXEMPLO 
Retenções na Folha de Pagamento. + P e - P 
D – Salários a Pagar (Diminui o passivo) 
C – INSS a recolher - parte do empregado (Aumenta o passivo) 
EXEMPLO 
Constituição de reservas com o lucro do exercício. + PLe – PL 
D – Lucros acumulados (Diminui o PL) 
C – Reservas (Aumenta o PL) 
 
b) Permuta entre elementos do ativo e 
passivo 
Feliphe Araújo 
b.1) Permuta entre elementos do ativo e passivo que provoquem aumento no 
patri- mônio total. 
 
 
b.2) Permuta entre elementos do ativo e passivo que provoquem diminuição no 
patri- mônio total. 
 
 
c) Permuta entre elementos do passivo: 
 
 
d) Permuta entre elementos do patrimônio líquido: 
 
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EXEMPLO 
Recebimento de receitas. + PL e + A 
D – Caixa (aumenta o ativo pela entrada de dinheiro) 
C – Receitas (aumenta o PL pelas receitas) 
EXEMPLO 
Pagamento de despesas. - PL e - A 
D - Despesas de consumo (diminuição do PL pelas despesas) 
C - Caixa (diminui o ativo pela saída de dinheiro) 
3.2. FATOs MODIFICATIVOs 
Feliphe Araújo 
 
Fatos Modificativos são fatos que provocam alterações quantitativas no Patrimônio 
Líqui- do, ou seja, fazem o PL aumentar ou diminuir. Esses fatos podem ser aumentativos ou 
diminu- tivos, de acordo com o tipo de alteração que provocam no PL. Geralmente estão 
relacionados a fatos contábeis que envolvem registro de receitas ou despesas. 
 
• Fatos modificativos aumentativos: 
 
Quando há aumento do PL, tem-se um fato aumentativo, que é provocado pela 
recei- ta, a saber: 
 
 
• Fatos modificativos diminutivos 
 
De maneira oposta, quando há diminuição do PL, ocorre um fato diminutivo, que é provo- 
cado pela despesa: 
 
 
Receitas e Despesas não são contas do PL e sim de resultado. Receita aumenta e despesa 
diminui o resultado. Depois, o resultado é transferido para o PL. Assim, indiretamente a receita 
aumenta e a despesa diminui o PL. 
 
3.3. FATOs MIsTOs 
Fatos Mistos são aqueles em que ocorrem, simultaneamente, fatos modificativos e fatos 
permutativos. Os fatos mistos também podem ser aumentativos ou diminutivos. 
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EXEMPLO 
Recebimento de clientes com juros. + A e – A e + 
PL: D – Caixa (Entrada de dinheiro – aumenta o ativo) 
110. C – Clientes (diminui o ativo) 100. 
C – Receitas com juros (receitas – aumenta o PL) 10. 
EXEMPLO 
Pagamento de obrigações com juros. – P e – PL e – A: 
D – Obrigações (diminui o passivo) 100. 
D – Despesa de juros (diminui o PL pela despesa) 10. 
C – Caixa (diminui o ativo pela saída de dinheiro) 110. 
 
• Fatos Mistos 
aumentativos: 
Feliphe Araújo 
 
Ocorre quando, além da permuta de contas patrimoniais, aumenta quantitativamente o 
PL por meio de receitas. 
 
 
Há uma permuta entre as contas caixa e clientes no valor de R$ 100 e uma modificação 
entre as contas caixa e receitas no valor de R$ 10. 
 
• Fatos Mistos diminutivos: 
 
Ocorre quando, além da permuta de contas, diminui quantitativamente o PL por 
meio de despesas. 
 
 
Há uma permuta entre as contas obrigações e caixa no valor de R$ 100 e uma modifica- 
ção entre as contas despesa e caixa no valor de R$ 10. 
 
Colega, existem alguns fatos contábeis que são chamados de fatos complexos quando há 
divergência de entendimento pela doutrina contábil. 
Fatos Complexos: são fatos contábeis que alteram o patrimônio líquido de forma 
quantitativa, mas não envolvem contas de resultado (receitas ou despesas). 
O exemplo clássico é o aumento de capital social com integralização em dinheiro. Vamos su- 
por um aumento de capital no montante de R$ 10.000,00. O lançamento da operação é: 
D – Caixa (aumenta o ativo pela entrada de dinheiro) 10.000. 
C – Capital Social (aumenta o patrimônio líquido) 10.000. 
Agora vamos ver qual tipo de fato representa a operação acima, segundo as duas doutrinas 
existentes. 
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Feliphe Araújo 
De acordo com a doutrina majoritária, alterou quantitativamente o PL, mesmo sem ter 
re- ceita ou despesa, temos um fato modificativo. Assim, o fato do exemplo é modificativo 
aumen- tativo, pois aumentou o patrimônio líquido (PL) em R$ 10.000,00. Esta doutrina está 
de acordo com o conceito de fato modificativo. A FCC e o Instituto AOCP seguem este 
entendimento. 
Contudo, de acordo com a doutrina minoritária, fato modificativo é aquele que provoca 
alteração no PL necessariamente por meio de contas de resultado (receita ou despesa). 
Logo, com base nesta doutrina, o aumento de capital social com integralização em dinheiro é 
um fato permutativo, pois o aumento do PL não se deu com receita. A ESAF, o CESPE e a 
FUNCAB seguem este entendimento. 
Em relação à banca FGV, o fato acima era modificativo até 2016. Porém, com base em uma 
questão de 2016 (Concurso Oficial de Chancelaria – MRE), a banca passou a entender que 
os fatos contábeis modificativos envolvem, ao menos, um lançamento em alguma conta de 
re- sultado. Assim, apesar de aumentar o valor total do PL, a banca FGV considerou referido 
fato contábil como permutativo, pois não há conta de resultado. 
Peço atenção a este tópico, pois as bancas podem mudar de 
entendimento. Esquematizando: 
 
Fatos Complexos: são fatos contábeis que alteram o patrimônio líquido de forma quantita- 
tiva, mas não envolvem contas de resultado (receitas ou despesas). 
 
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DICA 
Cuidado, pois as bancas podem mudar de entendimento. 
 
 
 
01. (INÉDITA/2021) A operação de compra de mercadorias com pagamento a vista é consi- 
derada como um fato contábil: 
a) de iliquidez; 
b) modificativo; 
c) misto; 
d) extraordinário; 
e) permutativo. 
 
Já podemos descartar as assertivas A e D, porque sabemos que os fatos contábeis são dividi- 
dos em três espécies: 
• Fatos permutativos; 
• Fatos modificativos; e 
• Fatos mistos. 
 
O lançamento da compra de mercadorias à vista é: 
D – Mercadorias (Ativo) + A 
C – Caixa (Ativo) - A 
Aumenta o ativo pela entrada das mercadorias e diminui o ativo pela saída de dinheiro. 
Portan- to, temos um fato permutativo. 
Letra e. 
 
 
 
 
02. (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/2017) O recebimento de 
uma duplicata com desconto representa um fato: 
a) misto diminutivo. 
b) modificativo aumentativo. 
c) modificativo diminutivo. 
d) permutativo. 
e) misto aumentativo. 
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Fatos Mistos são aqueles em que ocorrem, simultaneamente, fatos modificativos e fatos per- mutativos. 
Os fatos mistos também podem ser aumentativos ou diminutivos. 
Fatos Mistos diminutivos: Ocorre quando, além da permuta de contas, diminui quantitativa- 
mente o PL por meio de despesas. 
D – Caixa (aumenta o ativo). 
D – Desconto concedido (despesa). 
C – Duplicatas a Receber (diminui o ativo). 
 
Método turbo para resolução no dia da prova: 
Recebimento de boleto, duplicatas ou clientes com descontos (despesa), temos um fato mis- 
to diminutivo. 
Letra a. 
 
Continuando a aula, agora vamos abordar um assunto bem específico que, apesar de não 
ser tratado muito em provas, algumas bancas já cobraram. Trata-se das insubsistências e 
superveniências. 
Insubsistência consiste no desaparecimento de algo, ou seja, quando deixa de existir. 
Insubsistência do ativo ou insubsistência passiva acontece quando desaparece um 
bem ou um direito (insubsistência do ativo), que terá um efeito negativo sobre o 
patrimônio, ge- rando uma despesa (insubsistência passiva). Esse fato provoca uma 
diminuição da situação líquida. Por exemplo, um veículo da empresa que sofreu um 
acidente e houve perda total. 
 
Lançamento: 
Despesa com perda de veículo (diminui o PL). 
A Veículo (Diminui o Ativo). 
 
Insubsistência do passivo ou insubsistência ativa acontece quando desaparece uma 
dí- vida (insubsistência do passivo), que terá um efeito positivo sobre o patrimônio, 
gerando uma receita (insubsistência ativa). Esse fato provoca um aumento do patrimônio 
líquido. Por exem- plo, a prescrição de um crédito tributário da empresa a recolher. 
 
Lançamento: 
Tributos a recolher (diminui o passivo). 
A Receita com Prescrição de Crédito Tributário (Aumenta o PL). 
 
Superveniência consiste no surgimento de algo, ou seja, quando é adicionado ou acrescido. 
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Superveniência do ativo ou superveniência ativa acontece quando surge um bem ou 
um direito, que terá um efeito positivo sobre o patrimônio, gerando uma receita. Esse fato 
provoca um aumento do patrimônio líquido. Por exemplo, o recebimento da doação de 
um veículo. 
Superveniência do passivo ou superveniência passiva acontece quando surge uma dívida, 
que terá um efeito negativo sobre o patrimônio, gerando uma despesa. Esse fato provoca 
uma diminuição do patrimônio líquido. Por exemplo, os juros pelo atraso do pagamento 
de uma obrigação. 
Esse assunto é resumido na tabela abaixo: 
Fato Efeito Classificação 
Insubsistência do ativo ou insubsistência 
passiva 
Redução do 
ativo 
Despesa 
Insubsistência do passivo ou insubsistência 
ativa 
Redução do 
passivo 
Receita 
Superveniência do ativo ou superveniência 
ativa 
Aumento do 
ativo 
Receita 
Superveniência do passivo ou 
superveniência passiva 
Aumento do 
passivo 
Despesa 
4. RECEITAs E DEsPEsAs. APURAÇÃO DO REsULTADO 
Sabemos que as receitas e as despesas são contas de resultado. As receitas são, em 
re- gra, escrituradas a crédito, porque contribuem para o aumento do resultado. As 
despesas, por representarem reduções no resultado, são registradas a débito. Estas contas 
são chamadas de unilaterais, pois, em regra, só admitem um tipo de lançamento (a débito 
ou a crédito). 
Falei, em regra, porque essa determinação não é absoluta. Na maioria das vezes, os 
lan- çamentos de despesas (débito) e de receitas (crédito) são unilaterais. Porém, poderá 
ocorrer lançamento diverso nessas contas, principalmente em casos de correção de erros. 
Exemplo: Contabilista registra, erroneamente, a venda de mercadorias a prazo: 
 
 
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Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa vende mercadorias de seu estoque ocorre um aumento da conta 
clientes (direito da empresa) e um aumento de receita (pela venda). 
Ativo → Natureza Devedora → Entrada de Direitos (Clientes) → Debita. 
Receita → Natureza Credora → Aumento de Receita (Venda) → Credita. 
 
Assim, os saldos estarão corrigidos: 
Feliphe Araújo 
 
Receita 
financeira 
Receita de 
vendas 
 
 
 
Observe que a conta de receita, receita financeira, foi debitada, apesar de, em regra, admitir 
apenas o crédito. 
Lançamento correto para registrar a venda de mercadorias a prazo: 
D – Clientes (Ativo) 
C – Receita de vendas (resultado)............... 100,00 
 
 
 
 
Para agilizar no momento do lançamento, segue tabela simplificada com a natureza das 
contas de receitas e despesas: 
 
 
Grupo de 
Contas 
Natureza das 
Contas 
Saldo 
Aumenta Diminui 
Receitas Credora Crédito Débito 
Despesas Devedora Débito Crédito 
 
As Contas de Despesas são caracterizadas pelo consumo de bens e utilização de 
serviços com o objetivo de obter receitas, bem como as perdas que surgem no curso das 
atividades normais das entidades. Por exemplo: aquisição de materiais de expedientes, 
custo das mer- cadorias vendidas, os salários, a depreciação, os gastos com internet e 
telefone, entre outros. 
Também são consideradas incorridas as despesas: 
• Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; e 
• Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo; 
100 (2) (2) 100 100 (1) (1) 100 
100 
Clientes 
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EXEMPLO 
Um veículo da empresa que sofreu um acidente e houve perda total. O veículo é um ativo da 
empresa (BEM) e, após, o acidente houve uma extinção do ativo, ou seja, surgiu uma 
despesa. 
EXEMPLO 
Um veículo que a empresa recebeu em doação. O veículo passa a ser um ativo da empre- 
sa (BEM) a partir da doação, sem haver uma o nascimento de uma obrigação por parte da 
empresa. 
 
 
Feliphe Araújo 
 
 
 
 
 
As Contas de Receitas decorrem da venda de bens ou da prestação de serviços, 
bem como dos ganhos, dependendo do ramo ou atividade da empresa. Por exemplo: as 
receitas de vendas, os juros ativos, os descontos ativos e os aluguéis recebidos. 
Também são consideradas realizadas as receitas: 
• Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um passivo; e 
• Pelo surgimento de um ativo, sem o correspondente passivo; 
 
4.1. REGIMEs CONTÁBEIs: REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETêNCIA 
Os regimes contábeis utilizados para apuração do resultado são: Competência e 
Caixa. Os regimes de caixa e de competência são os critérios utilizados para registro 
das recei- 
tas e despesas em determinado período. 
No regime de caixa (ou regime financeiro), as receitas são reconhecidas no momento 
do seu recebimento, mesmo que não tenham sido realizadas. As despesas, nesseregime, 
são re- gistradas no momento do seu pagamento, ainda que não tenham sido incorridas. As 
receitas recebidas antecipadamente e as despesas pagas por antecipação integram o 
resultado pelo regime de caixa. 
Já no regime de competência, as receitas e despesas são registradas, 
respectivamente, nos períodos em que forem realizadas ou incorridas, independentemente 
de recebimento ou pagamento. Assim, levam em conta o fato gerador da operação. 
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A receita é ganha ou realizada quando a empresa entrega a mercadoria (transferência do 
bem) ou presta o serviço, independentemente de ter recebido o valor. Por exemplo, o super- 
mercado reconhece a receita da venda do arroz no dia que entrega a mercadoria a seu clien- 
te. O salão de beleza reconhece a receita no dia que há o corte de cabelo do cliente. Ao 
longo dos exemplos vamos dar mais dicas de como saber o momento de reconhecer a 
receita. 
A despesa é incorrida quando a empresa consome algo, independentemente de ter 
sido pago o valor. Por exemplo, quando a empresa solicita o serviço de conserto do ar- 
-condicionado, a despesa é contabilizada quando há o conserto do ar-condicionado. No 
caso dos empregados, como o pagamento é mensal, a apropriação (termo que significa 
que ocorreu o fato gerador da despesa) da despesa de salários é, regram no final do mês. 
Ao longo dos exemplos vamos dar mais dicas de como saber o momento de reconhecer 
a despesa. 
 
 
Feliphe Araújo 
 
 
Em regra, as empresas utilizam o regime de competência para apurar o resultado. Lem- 
brando que quando uma questão não mencionar qual regime contábil adotar, deve ser utilizado 
o regime de competência. 
No regime de competência, as receitas recebidas antecipadamente e as despesas pagas 
por antecipação vão ser contabilizadas, porque alterou o patrimônio da entidade. Porém, ainda 
não são contabilizadas como receitas e despesas, porque ainda não ocorreu o fato gerador. 
O nosso foco aqui é em encontrar o resultado, ou seja, calcular as receitas e despesas pe- 
los dois regimes. 
Para melhor explicar vou utilizar um exemplo com despesa de salários. Geralmente as 
empresas pagam os salários dos seus funcionários no 5º (quinto) dia subsequente ao mês de 
trabalho. Assim, se um empregado trabalha de 01 a 31/12/X1, só recebe o salário no dia 05 
de janeiro de X2. Temos duas situações: 
1. Essa despesa de salário entra no resultado de X1 pelo regime de COMPETÊNCIA, 
porque é o ano em que a despesa foi incorrida (mês em que o serviço foi efetivamente 
prestado pelo funcionário). 
2. Essa despesa de salário entra no resultado de X2 pelo regime de CAIXA, porque é o ano 
em que a despesa foi paga (mês em que houve o desembolso financeiro do salário pela 
empresa). Assim, podemos incorrer em quatros situações quanto ao regime de caixa e 
competência. 
Vamos considerar apenas o resultado no ano de X1, conforme dados abaixo: 
• 1. O empregado não trabalhou e a empresa não pagou o dinheiro no mês de 
dezembro de X1. Então, temos no resultado do ano de X1: 
 
a) pelo regime de competência: Não entra no resultado, porque o empregado não 
trabalhou. 
b) pelo regime de caixa: Não entra no resultado, porque a empresa não pagou o dinheiro. 
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Feliphe Araújo 
2. O empregado trabalhou no mês de dezembro de X1, mas só será pago pela empresa 
no dia 05 de janeiro de X2. Então, temos no resultado do ano de X1: 
a) pelo regime de competência: Entra no resultado, porque o empregado trabalhou. 
b) pelo regime de caixa: Não entra no resultado, porque a empresa não pagou o dinheiro. 
 
3. O empregado recebeu em dezembro de X1 adiantamento de salário do mês de janeiro 
de X2. Então, temos no resultado do ano de X1: 
a) pelo regime de competência: Não entra no resultado, porque o empregado não 
traba- lhou no mês de dezembro de X1. 
b) pelo regime de caixa: Entra no resultado, porque a empresa pagou o dinheiro 
ao funcionário. 
 
4. O empregado trabalhou no mês de dezembro de X1 e a empresa pagou o salário 
dentro do próprio mês, no dia 30 de dezembro de X1. Então, temos no resultado do ano de 
X1: 
a) pelo regime de competência: Entra no resultado, porque o empregado trabalhou. 
b) pelo regime de caixa: Entra no resultado, porque a empresa pagou o dinheiro em dezembro. 
 
Quando acontecer as situações 1 e 4, você não precisa fazer ajuste no resultado solicitado 
pela banca, seja pelo regime de caixa, seja pelo regime de competência, porque ou não 
entra no resultado pelos dois métodos ou entra no resultado pelos dois métodos. 
Quando acontecer as situações 2 e 3, você precisa fazer ajuste no resultado solicitado 
pela banca, seja pelo regime de caixa, seja pelo regime de competência, nos casos que já 
tiver o resultado do exercício por um método e solicitar o resultado pelo outro método. 
Esquematizando: 
 
A tabela abaixo tem as possíveis hipóteses de receitas e despesas pelos dois regimes e 
como devem ser contabilizadas no resultado do exercício. 
É importante lembrar que não registramos contas de resultado nos fatos 3 e 6 pelo 
regime de competência, porém, há registro em contas patrimoniais neste regime, pois o valor 
foi rece- bido ou pago e isto impactou o disponível da empresa (caixa ou bancos). 
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Vamos estudar posteriormente a contabilização dos fatos 3 (receitas antecipadas) e 6 
(despesas antecipadas). 
 
Importante para a sua prova: Registra no Resultado 
N. Fato 
Regime de 
Competência 
Regime de 
Caixa 
1 Receitas realizadas (ganhas) e recebidas SIM SIM 
2 Receitas realizadas (ganhas) e não recebidas SIM NÃO 
3 
Receitas não realizadas (não ganhas) e 
recebidas 
NÃO SIM 
4 Despesas incorridas e pagas SIM SIM 
5 Despesas incorridas e não pagas SIM NÃO 
6 Despesas não incorridas e pagas NÃO SIM 
 
 
03. (FGV/PREF. SALVADOR-BA/TNS II – CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2017) A Cia. Rent a 
Book oferece aluguel de livros. Ela cobra uma anuidade de R$ 240,00 e mais R$ 5,00 por livro 
alugado. Em 31/12/2016 a empresa possuía 200 associados. Em janeiro de 2017 a empresa 
recebeu a inscrição de mais 40 associados, que começaram a pagar suas anuidades em 
fevereiro e se tornaram sócios em março, estando aptos a alugar livros. Além disso, a 
empresa alugou 400 livros em janeiro, 500 em fevereiro e 700 em março. 
Assinale a opção que indica o valor da Receita do primeiro trimestre de 2017 da Cia. Rent a 
Book de acordo com o Regime de Competência. 
a) R$ 20.800. 
b) R$ 21.600. 
c) R$ 22.400. 
d) R$ 56.000. 
e) R$ 65.600. 
 
O regime de competência estabelece que as receitas devem ser reconhecidas quando as tran- 
sações ocorrerem, independentemente de recebimento. 
Aplicando ao caso prático com base nos dadosda questão, a receita da anuidade deve ser re- 
conhecida mensalmente quando o associado estiver apto a alugar livros. Em relação à receita 
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Feliphe Araújo 
dos livros alugados, esta deve ser reconhecida quando os livros são efetivamente alugados e 
utilizados pelos associados. 
Os 40 associados que pagaram em fevereiro só se tornaram sócios em março, ou seja, de 
acordo com o regime de competência, a empresa só pode reconhecer a receita desses novos 
a partir do mês de março/2017. 
Valor mensal da receita dos associados = 240/12 = R$ 20,00. 
Receita de Janeiro/2017 = 200 x R$ 20 + 400 livros x R$ 5 = R$ 6.000. 
Receita de Fevereiro/2017 = 200 x R$ 20 + 500 livros x R$ 5 = R$ 6.500. 
Receita de Março/2017 = 240 x R$ 20 + 700 livros x R$ 5 = R$ 8.300. 
Receita do primeiro trimestre de 2017 = 6.000 + 6.500 + 8.300 = R$ 20.800. 
Letra a. 
4.2. APURAÇÃO DO REsULTADO 
As contas de resultados têm seus saldos encerrados ao fim de cada exercício social, 
com o objetivo de que as receitas e despesas de um exercício não sejam afetadas por 
receitas e despesas de exercícios anteriores. Logo, a apuração do resultado deve refletir o 
cotejo entre as receitas e despesas exclusivas do exercício social encerrado. 
Utilizamos o regime de competência para apuração do resultado. De modo simplificado, o 
resultado do período é apurado conforme abaixo: 
Receitas. 
(-) Despesas. 
= Resultado do exercício. 
As contas de resultado são denominadas de contas transitórias, porque terão seus 
saldos encerrados ao fim de cada exercício. Assim, no início de cada exercício, os saldos das 
contas de resultado devem ser iguais a zero. Já as contas patrimoniais são chamadas de 
contas per- manentes, pois os saldos ao fim de um exercício serão transferidos para os 
saldos iniciais do exercício seguinte. 
O encerramento das contas de resultado é feito em contrapartida a uma conta de 
Resulta- do do Exercício. O saldo desta conta pode ser devedor ou credor: 
 
Resultado do Exercício 
Prejuízo Lucro 
Saldo devedor Saldo credor 
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Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa compra à vista veículos para uso ocorre um aumento da conta 
Veículos (BEM da empresa) e uma diminuição do caixa (saída de bens numerários). 
Ativo → Natureza Devedora → Entrada de BEM (Veículos) → Debita. 
Caixa → Natureza Devedora → Saída de BEM (dinheiro) → Credita. 
 
 
Feliphe Araújo 
A conta de Resultado do Exercício, também denominada Resultado, Rédito, 
Apuração de Resultado etc., é transitória. Após apuração do resultado do exercício, o 
saldo dessa conta é transferido para o patrimônio líquido, para a conta lucros ou prejuízos 
acumulados. Em regra, temos que: 
 
Vamos apurar o resultado do exercício da Empresa Aprovados S/A referente aos 
seguin- tes fatos contábeis: 
1) 01/05/X1: Constituição de uma sociedade com capital social de R$ 10.000,00, realizado 
em dinheiro. 
Lançamento contábil: 
D – Caixa (Ativo). 
C – Capital Social (PL). .................... 10.000,00. 
 
2) 06/05/X1: Compra à vista de um veículo no valor de R$ 5.000,00. 
Lançamento contábil: 
D – Veículos (Ativo). 
C – Caixa (Ativo). ........................... 5.000,00. 
 
 
 
 
3) 10/05/X1: Compra a prazo de mercadorias no valor de R$ 1.000,00, sem incidência 
de tributos. 
D – Estoque de Mercadorias (Ativo). 
C – Fornecedores (Passivo). .......... 1.000,00. 
 
4) 20/05/X1: Venda à vista de todo o estoque de mercadorias por R$ 2.000,00, sem inci- 
dência de tributos. 
D – Caixa (Ativo). 
C – Receita de Vendas (Resultado)....................2.000,00. 
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Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa vende mercadorias, além do registro da venda, deve ser 
efetuada a baixa do estoque que foi vendido (crédito na conta de Estoque de Mercadorias), 
em con- trapartida com um débito na conta de despesa Custo das Mercadorias Vendidas 
(CMV). 
CMV → Natureza Devedora → Aumento de despesa → Debita. 
Ativo → Natureza Devedora → Saída de BEM (mercadorias) → Credita. 
Explicação do lançamento: 
Pagamento à vista de aluguel ocorre surgimento de uma despesa de aluguel (aumento 
de despesas) e uma redução de caixa (saída de dinheiro). 
Despesa → Natureza Devedora → Aumento de despesa de Aluguel → Debita. 
Ativo → Natureza Devedora → Saída de BEM (dinheiro) → Credita. 
Explicação do lançamento: 
Apropriação de despesa de salários significa reconhecer o fato gerador de uma des- 
pesa que ocorreu e não foi paga. Assim, ocorre surgimento de uma obrigação (Salários a 
pagar) e um aumento de despesa (despesa de salários). 
Despesa → Natureza Devedora → Aumento de despesa com salários → Debita. 
Passivo → Natureza Credora → Entrada de Obrigações (Salários a pagar) → Credita. 
 
 
Feliphe Araújo 
4.1) Baixa do estoque vendido: 
D – CMV (Resultado). 
C – Estoque de Mercadorias (Ativo). .................. 1.000,00. 
 
 
 
5) 31/05/X1: Pagamento do aluguel do mês de maio no valor de R$ 150,00. 
D – Despesa de Aluguel (Resultado). 
C – Caixa (Ativo). ................. 150,00. 
 
 
 
 
6) 31/05/X1: Registro dos salários dos empregados, que serão pagos no mês seguinte, no 
valor de R$ 500,00. 
D – Despesa de Salários (Resultado). 
C – Salários a Pagar (Passivo). .......... 500,00. 
 
 
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Aluguel 
(1) 10.000 5.000 (2) 
(4) 2.000 150 (5) 
6.850 
 
 
(2) 5.000 
 
 
 
(4) 1.000 
 
 
 
 
2.000 (4) 
 
 
10.000 (1) 
(6) 500,00 
(6) 500,00 
 
Registro dos fatos no livro Razão de acordo com o lançamento: 
Feliphe Araújo 
 
Caixa Capital Social Veículos 
 
 
 
Estoque de 
Mercadorias 
Fornecedores 
Despesa de
 
 
 
 
CMV Receita de Vendas Salários a pagar 
 
 
Despesa de 
Salários 
 
O encerramento das contas de receitas e despesas ocorre mediante um registro inverso a 
natureza de cada conta. 
Vamos encerrar as contas de receitas e despesas: 
7) Encerramento da conta de Receita de Vendas: 
D – Receita de Vendas. 
C – Resultado. ........................................ 2.000,00. 
 
8) Encerramento da conta de Despesa de Aluguel: 
D – Resultado. 
C – Despesa de Aluguel (Resultado). ............. 150,00. 
(5) 150 
 
 
 
 
1.000 (3) 
 
 
(3) 1.000 1.000 (4) 
 
 
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9) Encerramento da conta de Custo das Mercadorias Vendidas: 
D – Resultado. 
C – CMV (Resultado). ............................. 1.000,00. 
 
10) Encerramento da conta de Despesa de Salários: 
D – Resultado. 
C – Despesa de Salários (Resultado). ............ 500,00. 
 
Nova situação do Livro Razão: 
 
 
A conta Resultado apresentou saldo credor, indicando que houve lucro. Devemos 
encer- rar a conta de resultado, mediante a transferência do seu saldo para a conta de 
Patrimô- nio Líquido. 
 
11) lançamento de encerramento da conta de resultado: 
D – Resultado. 
C – Lucros Acumulados (PL). ........................ 350,00. 
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Apurado o resultado ao fim do exercício, o patrimônio da empresa apresenta a seguinte 
estrutura: 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Caixa 6.850 Fornecedores 1.000 
Veículos 5.000 Salários a pagar 500 
 
PL 
Capital Social 
 
10.000 
Lucros Acumulados 350 
Ativo Total = 11.850 Passivo Total = 11.850 
 
As receitas e as despesas não são contas do patrimônio líquido, mas sim de resultado. 
Porém, por comporem o resultado que será transferido para o patrimônio líquido, as contas de 
receitas e despesas impactam indiretamente o patrimônio líquido. 
 
Obs.
: 
Esclareço que, em caso de lucro, eles devem ser distribuídos aos sócios, 
destinados a reservas de lucros, utilizados para reduzir os prejuízos acumulados ou, 
ainda, incorpo- rado ao capital social. Oportunamente descobriremos como efetuar a 
distribuição dos lucros e destiná-los a reservas. 
5. OPERAÇÕEs COM DUPLICATAs 
Duplicata é um título de crédito próprio das operações de compra e venda a prazo de 
mer- cadorias e das prestações de serviços a prazo. Quem emite a duplicata é o vendedor. 
Ao longo do nosso curso, vamos ver várias operações e lançamentos com duplicatas, na 
visão do vendedor e do comprador. Por isso, vamos verificar como ocorre essas transações 
na prática. 
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EXEMPLO 
Em 01/12/20X0, a empresa Aprovados S/A vende mercadorias a prazo no valor de R$ 10.000,00 
para a empresa Sortudos Ltda. A operação por meio de emissão de duplicatas pela Aprovados 
S/A. com vencimento para o dia 31/12/20X0. Desconsidere impostos e o cálculo do custo das 
mercadorias vendidas na venda. 
Vendedor: empresa Aprovados 
S/A. Comprador: empresa 
Sortudos Ltda. 
 
 
 
Os lançamentos serão realizados pela perspectiva do vendedor e do comprador. Vamos lá: 
Em 01/12/20X0, no momento da venda, o lançamento é o seguinte: 
 
Visão vendedor Visão comprador 
D – Duplicatas a Receber (Ativo) 
C – Receita de Vendas (Resultado) 10.000,00 
D – Mercadorias (Ativo) 
C – Duplicatas a Pagar (Passivo) 10.000,00 
 
Vamos agora analisar três hipóteses que podem acontecer. 
a) Se o vendedor recebe o valor da duplicata na data do vencimento, temos os seguintes 
lançamentos em 31/12/20X0: 
 
Visão vendedor Visão comprador 
D – Caixa (Ativo) 
C – Duplicatas a Receber (Ativo) 10.000,00 
D – Duplicatas a Pagar (Passivo) 
C – Caixa (Ativo) 10.000,00 
 
 
b) Ocorre que o comprador pode passar por dificuldades financeiras e efetuar o pagamento 
após a data do vencimento. Assim, o credor da operação, empresa Aprovados S/A, irá cobrar 
juros pelo atraso no recebimento. Observem que a empresa Aprovados S/A terá uma receita 
financeira. Já a empresa Sortudos Ltda. terá uma despesa financeira. 
Vamos supor que o recebimento ocorreu somente um mês após a data do vencimento. A 
taxa de juros é de 10% ao mês. 
Juros = 10% x 10.000 = R$ 1.000,00. 
Em 31/01/20X1, temos os seguintes lançamentos: 
 
 
Visão vendedor Visão comprador 
D – Caixa (Ativo). .......................... 11.000,00 
C – Duplicatas a Receber (Ativo). .. 10.000,00 
C – Juros Ativos (Resultado). .......... 1.000,00 
D – Duplicatas a Pagar (Passivo) .. 10.000,00 
D – Juros Passivos (Resultado). ....... 1.000,00 
C – Caixa (Ativo). ........................... 11.000,00 
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c) Vamos supor que o vendedor concede um desconto de 5% sobre o valor devido se o 
cliente efetuar o pagamento até 10 dias antes do vencimento. Sabendo que a empresa Sor- 
tudos Ltda. pagou antecipado e obteve o desconto, temos os seguintes lançamentos em 
20/12/20X0: 
Desconto = 5% x 10.000 = R$ 500,00. 
 
Visão vendedor Visão comprador 
D – Caixa (Ativo). ............................. 9.500,00 
D – Descontos Concedidos¹. ..............500,00 
C – Duplicatas a Receber (Ativo) ... 10.000,00 
D – Duplicatas a Pagar (Passivo) ... 10.000,00 
C – Caixa (Ativo). .............................. 9.500,00 
C – Descontos Obtidos². ..................... 500,00 
1. Descontos concedidos é um tipo de despesa financeira, que vai para o resultado. 
2. Descontos obtidos é um tipo de receita financeira, que vai para o resultado. 
 
Observe que, em todos os casos, seja pagamento antes, na data ou depois do vencimento, 
o valor que foi dado baixa nas duplicatas a receber e a pagar foi o valor da duplicata inicialmen- te 
emitida, ou seja, R$ 10.000,00. As variações de recebimentos antecipados ou atrasados são 
registradas em conta de resultado. 
 
 
04. (FUNDATEC/PREF. SALVADOR DAS MISSÕES/TESOUREIRO/2019) Arepresentação 
grá- fica que corresponde ao lançamento contábil relativo ao registro de um pagamento em 
di- nheiro de duplicata, cujo valor nominal é de R$ 500,00, com juros de mora no valor de R$ 
50,00, é a seguinte: 
a) D – DUPLICATAS A PAGAR 500,00. 
C – JUROS PASSIVO 50,00. 
C – CAIXA 550,00. 
b) D – CAIXA 550,00. 
C – DUPLICATAS A PAGAR 500,00. 
C – JUROS PASSIVOS 50,00. 
c) D – DUPLICATAS A PAGAR 550,00. 
C – JUROS 500,00. 
C – CAIXA 50,00. 
d) D – DUPLICATAS A PAGAR 500,00. 
C – JUROS 50,00. 
C – CAIXA 550,00. 
e) D – DUPLICATAS A PAGAR 500,00. 
D – JUROS 50,00. 
C – CAIXA 550,00. 
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As Duplicatas a Pagar são uma obrigação da empresa, portanto faz parte do passivo exigível 
(conta credora). Dessemodo ao se pagar em dinheiro, credita-se o Caixa em 500 e debita-se 
Duplicatas a Pagar em 500. Ademais, houve a apropriação e o pagamento de Juros de 50, 
sendo necessário reconhecer uma despesa e creditar o Caixa em mais 50. 
Lançamento: 
D – DUPLICATAS A PAGAR (passivo) 500. 
D – JUROS (despesa) 50. 
C – CAIXA (ativo) 500 + 50 = 550. 
Letra e. 
 
Colega, acabamos de estudar que quando uma empresa vende mercadorias a prazo com 
emissão de duplicatas, surge uma conta denominada Duplicatas a Receber para a 
empresa vendedora. 
Dependendo da empresa, as duplicatas podem ser cobradas de duas formas: cobrança 
em carteira ou cobrança simples. Nestes casos, a entidade vendedora vai esperar até a 
data do vencimento para receber o dinheiro. 
5.1. COBRANÇA EM CARTEIRA DE DUPLICATAs 
 
A cobrança em carteira é feita pela própria empresa e não por terceiros. Nesta 
cobrança, os lançamentos serão realizados conforme tópico anterior, na visão do vendedor. 
5.2. COBRANÇA sIMPLEs DE DUPLICATAs 
A cobrança simples ocorre quando a empresa faz uma remessa de duplicatas para 
serem cobradas por outra entidade (banco ou não), que prestam serviços à empresa. 
Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse dos títulos aos bancos, porém a 
propriedade continua sendo da empresa. Logo, a empresa não recebe nenhum dinheiro ao 
enviar as duplicatas para cobrança pelo banco. 
O simples envio das duplicatas para cobrança por terceiros não altera, a priori, a estrutura 
contábil-patrimonial da empresa remetente, pois as duplicatas continuam registradas como 
direitos até os respectivos vencimentos. Sendo assim, para fins de controle da remessa 
das duplicatas enviadas ao banco para cobrança, a empresa relaciona os títulos por meio 
de um borderô, ao qual anexa os respectivos títulos. 
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A operação de cobrança se resume nas seguintes fases: 
1. Remessa dos títulos para cobrança (Bancos ou empresas de cobrança): 
a. Registro da operação, através das contas de compensação; 
b. Registro das despesas cobradas pelo Banco com a cobrança dos títulos. 
 
2. Pelo recebimento das importâncias referentes aos títulos: 
O Banco comunica que os títulos foram quitados. 
c) Baixa da responsabilidade através do lançamento de compensação; 
d) Baixa dos Direitos, através do débito da conta Bancos Conta Movimento pelo recebimen- 
to das importâncias referentes aos títulos e crédito da conta Duplicatas a Receber ou Clientes 
para baixa dos respectivos Direitos. 
 
EXEMPLO 
Vamos fazer um exemplo de contabilização da cobrança simples de Duplicatas com quitação 
na data do vencimento. 
A Empresa XYZ faz uma remessa de Duplicatas ao Banco do Brasil, para cobrança simples, 
conforme borderô no valor de R$ 50.000,00. O Banco cobrou R$ 50,00 de comissões e taxas. 
1. Contabilização: 
Pela remessa dos títulos ao banco: 
a. Lançamento de compensação (não entra na Contabilidade): 
D – Títulos Endossados¹ ou Duplicatas em Cobrança (Conta de Compensação Ativa). 
C – Endossos Para Desconto² ou Endosso para Cobrança (Conta de Compensação Passiva). 
Histórico: Banco do Brasil, duplicatas conf. Borderô R$ 50.000,00. 
* É um controle extracontábil. 
* Endosso, na essência, é uma declaração escrita que transfere a propriedade de um 
título de crédito, a exemplo das duplicatas, para outra pessoa ou entidade. No nosso 
caso da cobran- ça simples de duplicatas, que é realizada por outra empresa, seria uma 
declaração escrita transferindo os títulos para que entidade cobre os valores, 
repassando a posse dos títulos aos bancos, porém a propriedade continua sendo da 
empresa. 
1. A conta Títulos Endossados significa que a empresa tem um valor a receber por meio de 
títulos, porém, foi endossado para ser cobrado por terceiros (banco ou não). 
2. A empresa assume a responsabilidade pelo endosso de títulos. 
b. Registro da despesa: 
D – DESPESAS BANCÁRIAS. ...... R$ 50,00. 
C – Banco do Brasil. ......................R$ 50,00. 
Histórico: Banco do Brasil, aviso de despesas R$ 50,00. 
2. Quando do pagamento das duplicatas pelos clientes, o banco comunica a empresa que os 
referidos títulos foram quitados: 
c. Baixa nas contas de compensação: 
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D – Endossos Para Desconto ou Endosso para Cobrança (Conta de Compensação Passiva). 
C – Títulos Endossados ou Duplicatas em Cobrança (Conta de Compensação Ativa). 
Histórico: Banco do Brasil, baixa duplicatas R$ 50.000,00. 
d. Pelo recebimento das duplicatas: 
D – Banco do Brasil. ............................. R$ 50.000,00. 
C – Duplicatas A Receber ou Clientes .. R$ 50.000,00. 
Histórico: Cliente ou Duplicatas a Receber, aviso bancário R$ 50.000,00. 
 
 
Feliphe Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contas de Compensação 
 
O sistema de compensação é um controle à parte do sistema patrimonial, ou seja, 
en- quanto este último engloba as contas que compõem o patrimônio da empresa (ativo, 
passivo e patrimônio líquido), aquele abrange contas que servem exclusivamente para 
controle, sem fazer parte do patrimônio. 
Desta forma, as contas de compensação nada têm a ver com o sistema de contas patri- 
moniais, tratando-se de um conjunto de contas de uso facultativo e destinado a finalidades 
internas da empresa, podendo servir, como fonte de dados para transmitir determinadas infor- 
mações a terceiros. 
O uso das contas de compensação é recomendável, para as finalidades de controle interno, 
para registro de possíveis alterações patrimoniais futuras e como fonte de dados para a elabo- 
ração de notas explicativas. 
Resumindo, para fins de concursos, as contas Endosso para Desconto e Títulos 
Endossa- dos são de compensação e não alteram o patrimônio da empresa, ou seja, não 
são lançadas como ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas ou despesas. 
6. RECEITAs E DEsPEsAs ANTECIPADAs 
Em atendimento ao princípio da competência, as receitas e despesas são registradas 
quando ocorrem, independente do seu recebimento ou pagamento. 
Por causa desse princípio, a receita de venda de uma mercadoria é contabilizada no mo- 
mento da entrega da mercadoria, que é quando ocorre a transferência de propriedade. 
Porém, a empresa pode receber o valor da venda antes que efetue a operação de comercia- 
lização de mercadoria. Assim, as receitas não são reconhecidas no momento do recebimento 
dos recursos, mas apenas nos períodos a que se referem. 
Por exemplo, a empresa Aprovados Ltda. recebe o valor de R$ 10.000,00 do cliente X, 
em maio/20X0, referente ao adiantamento para aquisição de mercadorias que serão 
entregues agosto/20X0. Quando o cliente efetua o pagamento, gera uma obrigação para a 
empresa e um direito para o cliente de receber o bem. Lançamento do recebimento do 
dinheiro é: 
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Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa recebe adiantamento de clientes ocorre um aumento da conta 
Adiantamento de Clientes (obrigação) e um aumento de caixa (entrada de bens numerá- 
rios). O cliente passa a ser credor da empresa Aprovados, por isso, creditamos a conta 
Adiantamento de Clientes. 
Ativo → Natureza Devedora → Entrada de Bens (Dinheiro) → Debita. 
Passivo → Natureza Credora → Aumento de Obrigações → Credita. 
Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa entrega as mercadorias que já tinham sido pagas pelo cliente 
ocorre uma saída de obrigações (Adiantamento de Clientes) e um aumento de receita (rea- 
lização da receita por meio da entrega das mercadorias). 
Passivo → Natureza Credora → Saída de Obrigações → Debita. 
Receita → Natureza Credora → Aumento de receita (Venda) → Credita. 
 
 
Feliphe Araújo 
D – Caixa (Ativo circulante). 
C – Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 10.000,00. 
 
 
 
Em agosto de 20X), quando a mercadoria for entregue, devemos reconhecer a receita pelo 
lançamento abaixo: 
D – Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 
C – Receita de vendas (Resultado) 10.000,00. 
 
 
 
Acabamos de ver uma hipótese de receita antecipada classificada no passivo 
circulante1. Porém, devemos distinguir esta classificação com a de uma receita antecipada 
à conta de receitas diferidas, no passivo não circulante. 
O exemplo clássico de receita antecipada que seria registrada no passivo não circulante 
– receitas diferidas – é o aluguel recebido antecipadamente, quando não houver cláusula 
de restituição. A existência de cláusula de não restituição é primordial para classificação 
dessa receita antecipada em receitas diferidas. 
As expressões receitas antecipadas e receitas diferidas têm a mesma ideia, qual seja, 
iden- tificar receitas recebidas de forma antecipada, mas que ainda não foram realizadas. Em 
outras palavras, as receitas foram transferidas (diferidas) para serem apropriadas em períodos 
futuros (por exemplo, mensais ou anuais) por não competirem aos períodos em que foram 
recebidas (ou aos períodos em que ocorreram o recebimento antecipado da receita). 
 
1 Vamos estudar posteriormente que o passivo é dividido em passivo circulante e passivo não circulante. De forma simpli- 
ficada, passivo circulante corresponde as dívidas de curto (até 12 meses da data do balanço). Já o passivo não circulante 
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Feliphe Araújo 
Porém, a classificação de receita antecipada como receita diferida no passivo não circulan- 
te veio com a entrada em vigor da Lei n. 11.941/2009. Vamos analisar o histórico. 
Antes da entrada em vigor da Lei n. 11.941/2009, existia um grupo chamado de “Resultado 
de Exercícios Futuros” que era apresentado no balanço patrimonial entre o Passivo Exigível a 
Longo Prazo (também extinto por essa mesma Lei) e o Patrimônio Líquido. 
De acordo com a doutrina predominante, uma receita é considerada como de 
exercício futuro quando: 
1) corresponder a recebimento antecipado que, efetivamente, contribuirá para a formação 
de resultado de exercício futuro; 
2) o valor assim recebido não for passível de devolução pela empresa, nem estiver 
vincu- lado a futuro fornecimento de bens ou prestação de serviços (pois, nesse caso, 
representaria um adiantamento de clientes, classificável no Passivo Circulante ou Passivo 
Não Circulante, conforme o caso). 
O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto com a edição da MP n. 449/2008, con- 
vertida na Lei n. 11.941/2009. De acordo com as alterações, o saldo existente no resultado 
de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 deve ser reclassificado para o passivo não 
circu- lante em conta representativa de receita diferida. Base Legal: Lei n. 6.404/1976, 
artigo 299-B. Portanto, o aluguel recebido antecipadamente é uma receita antecipada que, 
quando não houver cláusula de restituição (devolução) do dinheiro recebido, deve ser 
classificada no pas- 
sivo não circulante como receita diferida. 
A receita antecipada pode ficar no passivo circulante ou no não circulante, 
independente- mente de cláusula de restituição, sempre seguindo a questão de curto e longo 
prazo. 
Porém, conforme estudamos, devido a um entendimento anterior (resultado de exercícios 
futuros), convencionou-se que receita diferida é classificada no passivo não circulante e o 
exemplo clássico utilizado pela nomenclatura anterior era o aluguel recebido antecipadamente 
quando não houver cláusula de restituição (devolução) do dinheiro recebido. 
É mais para ter cuidado na classificação de contas, pois muitas vezes trazem somente 
a expressão receita diferida (classificando no passivo não circulante) e a receita antecipada 
(classificando direto no passivo circulante). Porém, dependendo do contexto, as classificações 
podem ser distintas. 
Conforme explicamos inicialmente e com base no histórico recente das bancas, este tem 
sido o entendimento. Claro, devemos ficar atentos as possíveis ressalvas que as questões de 
concursos colocarem nos enunciados. Atualmente, em regra, a receita antecipada deve ser 
classificada no passivo circulante e a receita diferida no passivo não circulante. 
Vamos agora abordar as despesas antecipadas. A Lei n. 6.404/1976, em seu art. 179, 
afir- ma que as contas serão classificadas do seguinte modo: 
 
I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social sub- 
sequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; 
corresponde aas dívidas de longo prazo (acima de 12 meses da data do balanço). 
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EXEMPLO 
A empresa Aprovados Ltda. efetuou, em 01/07/X0, o pagamento de R$ 1.200,00, referente 
ao seguro de veículo, com vigência de 12 meses a partir dessa data. 
- Valor total do seguro: R$ 1.200,00; 
- Vigência de 01/07/X0 a 30/06/X1 (12 meses); 
- Despesa mensal de seguro: R$ 100,00 (1.200/12); 
Na data do pagamento, em 01/07/X0, o lançamento será: 
D – Seguros a Vencer (Ativo Circulante) 
C - Caixa (Ativo Circulante). ................. 1.200,00 
Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa paga antecipadamente um seguro ocorre uma entrada de direi- 
tos (Seguros a vencer) e um saída de bens numerários (dinheiro). 
Ativo → Natureza Devedora → Entrada de Direitos → Debita. 
Caixa → Ativo → Natureza Devedora → Saída de bens (dinheiro) → Credita. 
Explicação do lançamento: 
Ativo → Natureza Devedora → Diminuição de Direitos → Credita. 
Despesa → Natureza Devedora → Aumento de despesa → 
Debita. 
 
 
Feliphe Araújo 
O texto destacado refere-se as despesas antecipadas. Geralmente, são valores desem- 
bolsados pela empresa de forma antecipada, representando saídas de caixa, sem haver a 
ocorrência imediata da despesa. 
O exemplo mais comum, que as bancas cobram em suas provas, é a contratação de segu- 
ros. A conta para registrar o pagamento do seguro antecipado é seguros a vencer ou seguros 
pagos antecipadamente. 
Na aquisição do seguro, a empresa efetua o pagamento antecipado do prêmio, referente 
a cobertura para a proteção do bem contra sinistro,em relação a um período futuro. No mo- 
mento do pagamento, não ocorre a despesa. Assim, inicialmente, o pagamento antecipado é 
registrado como um direito (despesa antecipada), no ativo. Dentro do período de cobertura 
do seguro, de acordo com o regime de competência, a despesa é lançada mensalmente. 
 
 
 
 
 
Em 31/07/X0, a parcela mensal do seguro será apropriada como despesa no resultado: 
D – Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado). 
C – Seguros a Vencer (Ativo). .................... 100,00. 
 
 
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Feliphe Araújo 
Em 31/08/X0, bem como nos meses subsequentes, até terminar o contrato (30/06/20X1), 
devemos efetuar o mesmo lançamento referente a parcela mensal do seguro. 
Para consolidar o aprendizado, vamos as questões. 
 
 
05. (CESPE/TRE-PE/CONTABILIDADE/2017) No dia 31/8/2015, determinada empresa pú- 
blica firmou contrato de seguros para cobertura de seus ativos para o período equivalente a 
1º/9/2015 a 31/8/2016. Na referida data, a entidade pagou o montante total de R$ 18.000. Em 
caso de sinistro, o valor da franquia equivale a R$ 1.800 e a empresa poderá receber indeniza- 
ção no montante de até dez vezes o prêmio pago. As demonstrações contábeis da empresa 
foram feitas de acordo com a legislação societária em 31/12/2015. 
Com base nessas informações, é correto afirmar que: 
a) a conta Despesas Pagas Antecipadamente, integrante do grupo ativo não circulante, foi 
apresentada no balanço patrimonial, com saldo de R$ 18.000. 
b) a conta Seguros a Vencer, integrante do grupo ativo circulante, foi apresentada no balanço 
patrimonial, com saldo de R$ 12.000. 
c) o balanço patrimonial apresentou a conta Seguros a Receber, no ativo não circulante, com 
saldo de R$ 180.000. 
d) a DRE continha o valor de R$ 4.500, referente à conta Despesas com Seguros, no rol de 
des- pesas operacionais. 
e) a DRE continha o valor de R$ 1.800, referente à conta Despesas com Seguros, no rol de 
des- pesas não operacionais. 
 
Método turbo para resolução no dia da prova: 
• Valor total do seguro: R$ 18.000,00; 
• Vigência de 01/09/15 a 31/08/16 (12 meses); 
• Despesa mensal de seguro = 18.000/12 meses = R$ 1.500,00; 
Até dezembro de 2015, devemos apropriar quatro meses (setembro a dezembro) como despe- 
sa de seguro, totalizando R$ 6.000,00 (1.500,00 x 4). 
Com isso, eliminamos as alternativas D e E. 
Em 31/12/15, o saldo da conta seguros a vencer: 
Seguros a Vencer = Saldo inicial da conta – despesa apropriada em 2015 
Seguros a Vencer = 18.000 – 6.000 = R$ 
12.000,00 Portanto, o gabarito é a letra B. 
Expliquei acima o método mais rápido de responder à questão. Vou detalhar abaixo outra ma- 
neira de resolução. 
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Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais 
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(1) Lançamento do pagamento: 
D – Seguros a Vencer (Ativo). 
C – Caixa (Ativo circulante). ............ 18.000,00. 
(2) Apropriação da despesa no mês de setembro: 
D – Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado). 
C – Seguros a Vencer (Ativo). ............ 1.500,00. 
(3) Apropriação da despesa no mês de outubro: 
D – Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado). 
C – Seguros a Vencer (Ativo). ............ 1.500,00. 
(4) Apropriação da despesa no mês de 
novembro: D – Prêmio de seguros (resultado). 
C – Seguros a Vencer (Ativo). ............ 1.500,00. 
(5) Apropriação da despesa no mês de dezembro: 
D – Despesa de seguros ou prêmio de seguros (resultado) 
C – Seguros a Vencer (Ativo). ................ 1.500,00 
Razonete da conta seguros a vencer em 31/12/2007: 
Feliphe Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Letra 
b. 
Seguros a Vencer 
 
(1) 18.000 1.500 (2) 
1.500 (3) 
 1.500 (4) 
 1.500 (5) 
18.000 6.000 
12.000 
 
 
 
 
06. (FCC/ISS TERESINA/AUDITOR-FISCAL/2016) Uma empresa contratou os serviços 
de uma transportadora pelo prazo de um ano e o valor total do contrato negociado foi R$ 
1.200.000,00. O contrato foi assinado em 01/09/2015, entrou em vigor imediatamente, sendo 
que o volume mensal a ser transportado já estava estabelecido em cláusula contratual e era 
constante durante todo prazo contratado. A empresa efetuará o pagamento do valor total no 
final do prazo do contrato, e este somente poderá ser rescindido antecipadamente com o pa- 
gamento integral do valor contratado, sem qualquer desconto. 
Os valores evidenciados na Demonstração do Resultado de 2015 e os saldos das contas 
do Balanço Patrimonial em 31/12/2015, decorrentes do contrato assinado e efetivado em 
01/09/2015, foram: 
a) Despesas com Transporte = R$ 400.000,00 e Despesas Antecipadas = R$ 400.000,00. 
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b) Despesa com Transporte = R$ 400.000,00 e Contas a pagar = R$ 
400.000,00. 
Feliphe Araújo 
c) Despesa com Transporte = R$ 400.000,00; Contas a pagar = R$ 400.000,00 e 
Despesas Antecipadas = R$ 800.000,00. 
d) Despesas Antecipadas = R$ 1.200.000,00 e Contas a pagar = R$ 1.200.000,00. 
e) Despesa com Transporte = R$ 400.000,00; Contas a pagar = R$ 1.200.000,00 e 
Despesas Antecipadas = R$ 800.000,00. 
 
Esta é uma questão bem interessante e pode ser uma novidade da FCC e tendência de ou- 
tras bancas. 
Uma parte da doutrina contábil entende que, mesmo sem ocorrer o efetivo pagamento 
ante- cipado, a empresa deve registrar uma despesa antecipada em casos específicos, 
como por exemplo os prêmios de seguros, quando parcelados ou financiados. A 
despesa será apropria- da de acordo com o regime de competência. 
Assim, o lançamento correto na data da assinatura do contrato é: 
D – Despesas Antecipadas (Ativo). ................ 1.200.000,00. 
C – Contas a Pagar (Passivo).......................... 1.200.000,00. 
Depois, a empresa deve apropriar mensalmente a despesa com transporte: 
- Despesa mensal com transporte: R$ 100.000,00 (1.200.000/12). 
Até 31/12/2015, devemos apropriar quatro meses (setembro a dezembro) como despesa com 
transporte, na DRE, totalizando R$ 400.000,00 (100.000 x 4). 
Portanto, em 31/12/2015, o saldo da conta despesas antecipadas será de R$ 800.000,00 
(1.200.000 – 400.000). 
O saldo de contas a pagar não foi alterado, porque o pagamento ocorrerá somente ao final 
do contrato. 
Assim, temos que: 
Despesa com Transporte = R$ 400.000,00; Contas a pagar = R$ 1.200.000,00 e Despesas An- 
tecipadas = R$ 800.000,00. 
Letra e. 
 
7. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
O balancete de verificação é um demonstrativo de caráter auxiliar (não obrigatório) em 
que são relacionadas todas as contas de acordo com a natureza do saldo, sejam elas 
patri- moniais ou de resultado, retificadoras ou não. As contas são apresentadas em duas 
colunas, uma de saldo devedor e a outra de saldo credor. 
O balancete de verificação evidencia a igualdade matemática dos lançamentos 
efetuados no período, com o objetivo de verificar a correta

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